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Prova Mérito 1 Fev

O documento apresenta as diretrizes e instruções para a prova objetiva de promoção no quadro do magistério para professores de língua portuguesa. Inclui orientações sobre a aplicação da prova, questões sobre legislação educacional e direitos humanos, além de discussões sobre a inclusão e a gestão democrática nas escolas. O foco é garantir que os candidatos estejam cientes das normas e conteúdos relevantes para a avaliação.

Enviado por

Carol Sauer
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Prova Mérito 1 Fev

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PROCESSO DE PROMOÇÃO | QUADRO DO MAGISTÉRIO – 2019

021. Prova Objetiva

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA Ii – língua portuguesa


PROFESSOR ii – língua portuguesa
(OPÇÕES: 023 E 034)

 Você recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 60 questões objetivas.
 Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.
 Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema,
informe ao fiscal da sala para a devida substituição deste caderno.
 Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
 Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu.
 A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas.
 Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridas 3 horas do início da prova.
 Deverão permanecer em cada uma das salas de prova os 3 últimos candidatos, até que o último deles entregue sua prova,
assinando termo respectivo.
 Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este caderno.
 Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

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Conhecimentos Gerais 04. A Resolução CNE/CP no 1/2012 estabelece diretrizes
n­acionais para a Educação em Direitos Humanos (EDH).
01. De acordo com o que estabelece o artigo 5o da Constitui- No parágrafo 2o de seu artigo 2o, o documento determi-
ção da República Federativa do Brasil, de 1988, assinale na que aos sistemas de ensino e suas instituições cabe
a alternativa que indica um crime inafiançável e impres- a efetivação da Educação em Direitos Humanos, impli-
critível, sujeito à pena de reclusão. cando a todos(as) os(as) envolvidos(as) nos processos
educacionais
(A) O atentado contra o nacionalismo.
(A) a opção voluntária pela adesão a essas diretrizes.
(B) A associação com finalidade ideológica.
(C) O absenteísmo escolar. (B) a reformulação ativa dessas diretrizes.

(D) A prática do racismo. (C) a adoção sistemática dessas diretrizes.


(E) O furto famélico. (D) a criminalização caso infrinjam essas diretrizes.

(E) a flexibilização dessas diretrizes à realidade particular.


02. Durante a pandemia de Covid-19, as escolas viram-se
obrigadas a adotar o ensino remoto, devido à suspen-
são das atividades presenciais ao longo de períodos
05. Leia o excerto a seguir, adaptado do Preâmbulo da Con-
significativos. Tendo em vista o que estabelece a Lei
venção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
no 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(Decreto no 6.949/2009):
N­acional), especificamente no parágrafo 4o de seu artig­o
32, é correto afirmar que tal adoção, no contexto do “[…] a deficiência resulta da interação entre pessoas com
e­nsino fundamental, deficiência e as barreiras devidas           ,
(A) não encontra respaldo na referida lei, que veta qual- que impedem a plena e efetiva participação dessas pes-
quer utilização do ensino à distância na educação soas na sociedade em igualdade de oportunidades com
básica. as demais pessoas”.

(B) não encontra respaldo na referida lei, que veta a utili- Assinale a alternativa que preenche corretamente a
zação do ensino à distância com caráter regular, per- l­acuna, conforme o documento.
mitindo-o apenas em atividades extracurriculares.
(A) às atitudes e ao ambiente
(C) encontra respaldo na referida lei, que prevê a utiliza-
ção do ensino à distância como complementação da (B) aos antecedentes familiares
aprendizagem ou em situações emergenciais.
(C) aos traços psíquicos individuais
(D) encontra respaldo na referida lei, que prevê a utiliza-
ção do ensino à distância na proporção de 50% da (D) às limitações fisiológicas e mentais
carga horária.
(E) às legislações pertinentes
(E) encontra respaldo na referida lei, que prevê a utiliza-
ção do ensino à distância (na modalidade síncrona)
como alternativa equivalente ao ensino presencial. 06. A Lei no 13.445/2017 (Lei de Migração), em seu arti-
go 3o, estabelece princípios e diretrizes para a política
m­igratória brasileira. A esse respeito, o inciso X do refe­
03. Conforme o artigo 53-A da Lei no 8.069/1990 (Estatuto da
rido artigo prevê expressamente a inclusão social, laboral
Criança e do Adolescente), as instituições de ensino têm
e produtiva do migrante por meio
o dever de
(A) ofertar educação regular em contexto domiciliar (A) da atuação de associações de imigrantes.
quando for atestada evasão escolar superior ao per-
(B) de programas assistenciais do país de origem.
centual máximo permitido por lei.
(B) assegurar medidas de conscientização, prevenção (C) de nivelamento educacional.
e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas (D) de parcerias público-privadas.
ilícitas.
(C) flexibilizar a carga horária letiva ao adolescente (E) de políticas públicas.
aprendiz ou jovem trabalhador, a fim de garantir o
cumprimento da jornada laboral.
(D) efetuar matrícula compulsória a todas as crianças
e adolescentes que estejam excluídos do processo
educacional por negligência de seus familiares e/ou
responsáveis.
(E) manter sigilo em caso de maus-tratos envolvendo
seus alunos, a fim de preservar os direitos à digni­
dade, ao respeito e à convivência familiar.

SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 2 Confidencial até o momento da aplicação.


07. O artigo 2o da Resolução CNE/CP no 1/2004 apresent­a 09. De acordo com a Política de Educação Especial do
a meta das diretrizes curriculares nacionais para a Estad­o de São Paulo (2021), o oferecimento de opor-
educação das relações étnico-raciais e para o ensin­ o tunidades de aceleração de estudos, consubstanciado
de história e cultura afro-brasileira e africana, nos na adoção de estratégias educacionais que respeitem a

eguintes termos: “promover a educação de cidadãos diversidade de habilidades e ritmos de aprendizagem, é
           no seio da sociedade multicultural aplicável a um grupo particular entre os estudantes elegí-
e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais veis aos serviços da Educação Especial. Trata-se espe-
positivas, rumo à construção de nação democrática”. cificamente dos discentes com

Assinale a alternativa que completa corretamente a (A) deficiência visual / baixa visão.
l­acuna, conforme o texto do documento.
(B) deficiência física.
(A) cultos e reflexivos (C) transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
(B) tolerantes e benevolentes (TDAH).

(D) transtorno global do desenvolvimento (TGD) / trans-


(C) atuantes e conscientes
torno do espectro autista (TEA).
(D) militantes e empáticos
(E) altas habilidades / superdotação.
(E) criativos e inovadores

10. Em sua Meta 6, a Lei no 16.279/2016 (Plano Estadual de


Educação de São Paulo) estabelece o compromisso
08. Dalila, professora de inglês da rede estadual de de assegurar educação em tempo integral em, no míni-
São Paulo, é uma pessoa transexual em fase de transi- mo, 50% das escolas públicas, de forma a atender a, pelo
ção. No início do ano letivo, ela solicitou uma atualização menos, 25% dos alunos na educação básica. Para tan-
do seu cadastro na secretaria da escola, indicando o pre- to, nas estratégias da referida meta, considera-se que a
nome pelo qual agora se identifica. A comunidade escolar permanência dos alunos em tempo integral na escola (ou
prontamente passou a se referir a Dalila pelo prenome sob sua responsabilidade) passe a ser igual ou superior a
indicado. No entanto, um professor e um aluno têm se
recusado a adotar a escolha de tratamento nominal fei- (A) 7 horas diárias durante todo o ano letivo.
ta por Dalila, chamando-a pelo prenome masculino pelo
(B) 8 horas diárias durante, no mínimo, 75% dos dias
qual a conheciam antes. Considerando o que estabelece
letivos.
o § 1o do artigo 2o do Decreto Estadual no 55.588/2010
sobre o tratamento nominal de pessoas transexuais, é (C) 8 horas diárias durante todo o ano letivo.
correto afirmar que
(D) 7 horas diárias durante, no mínimo, 75% dos dias
(A) apenas a conduta do aluno fere as determinações letivos.
do documento, que preserva a autonomia e a livre
(E) 6 horas diárias durante todo o ano letivo.
expressão do cidadão em seu exercício profissional.

(B) ambas as condutas, do professor e do aluno, con-


vergem com as determinações do documento, que 11. Em suas diretrizes, o Currículo Paulista (2019) afir-
exige adoção do prenome indicado apenas em atos ma que, no período do desenvolvimento cognitivo dos
escritos. 6 aos 12 anos, “a criança passa a desenvolver conceitos
mais elaborados em relação a ela mesma”. O documento
(C) ambas as condutas, do professor e do aluno, con- o­bserva que, nessa fase, os conflitos aparecem, sendo
vergem com as determinações do documento, que a escola de fundamental importância para que a criança
recomenda a adoção do prenome indicado apenas passe a
após a transição ser concluída.
(A) melhorar suas habilidades de resolução de proble-
(D) apenas a conduta do professor fere as determi- mas a partir do desenvolvimento de estratégias de
nações do documento, segundo o qual servidores cálculo moral.
p­ úblicos deverão tratar a pessoa pelo prenome
(B) utilizar a razão em vez da emoção em suas intera-
i­ndicado.
ções com o outro, pautando-se pela sua crescente
(E) ambas as condutas, do professor e do aluno, ferem capacidade cognitiva.
as determinações do documento, que obriga todos (C) harmonizar-se com o coletivo e com sua comuni-
os cidadãos a tratarem a pessoa pelo prenome dade, de forma a construir uma experiência escolar
i­ndicado. l­ivre de conflitos.

(D) ampliar o controle emocional e as interações sociais,


construindo sua identidade socialmente.

(E) conformar sua subjetividade aos limites estabeleci-


dos, seja pela figura do professor, seja por meio de
combinados e do regimento escolar.

Confidencial até o momento da aplicação. 3 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa


12. Estudando sobre gestão democrática, o professor João 14. A respeito da avaliação na educação, Soares (In: Carvalho
se deu conta de que a escola em que leciona não tem et al., 2007) relata:
Conselho Escolar (CE). Interessado em contribuir para
“[…] diversos autores mostram como são de diferentes
a intensificação do caráter democrático da escola, ele
origens as dificuldades com o uso da categoria resulta-
consultou o documento do MEC intitulado Conselhos
dos para a análise da instituição escolar e como todos
escolares: democratização da escola e construção da
nós que trabalhamos em escolas não fomos preparados
cidadania (Brasil, 2004). Acabou desistindo de atuar
para analisar os resultados dos processos escolares.
na criação do Conselho Escolar, entendendo que esse
Acostumamo-nos a pensar como cada um desses pro-
p­apel não cabe a um professor. Tendo em vista o que
cessos deveria funcionar e quais recursos são necessá-
diz o referido documento, o entendimento de João está
rios, mas não se seus resultados atendem aos alunos e
(A) equivocado, pois a iniciativa de criação do CE cabe à sociedade.”
especificamente aos professores, assegurando seu Em conformidade com a reflexão do autor sobre o tema,
protagonismo e sua primazia na deliberação desse assinale a alternativa correta.
órgão.
(A) A ideia de resultado está associada a uma visão
(B) equivocado, pois a iniciativa de criação do CE cabe m­eramente instrumental da instituição escolar.
ao diretor da escola ou a quaisquer representantes
dos segmentos das comunidades escolar e local. (B) Medir os resultados dos processos escolares é f­unda­
mental, embora seja sempre algo injusto e ­excludente.
(C) correto, pois a iniciativa de criação do CE cabe espe-
cificamente aos gestores da unidade de ensino, nas (C) Analisar os processos escolares pelos seus resulta-
figuras do coordenador pedagógico, do diretor e/ou dos é inútil e desnecessário, se temos em vista a
do vice-diretor. melhoria da escola.

(D) correto, pois a iniciativa de criação do CE cabe à (D) Aferir resultados por meio de medidas é útil quando
S­ecretaria Estadual de Educação, via ato oficial. se trata de uma única sala de aula, mas não em um
sistema que conta com milhões de alunos.
(E) correto, pois a iniciativa de criação do CE é ato obri-
gatório concomitante à criação da escola, de modo (E) Todo estudante tem o direito de ser avaliado, sendo
que a irregularidade dessa escola deve ser verifi­ que a avaliação começa com a caracterização dos
cada pela Diretoria de Ensino. resultados escolares.

13. Considerando o cenário de acelerada renovação das 15. Ao discutirem ocorrências de conflito e violência na
tecnologias baseadas em inteligência artificial, Azambuj­a e­scola, Ceccon et al. (2009) apresentam uma análi-
e Silva (2024) discutem um processo que denominam se s­obre diferentes circunstâncias em que as escolas
technotização, em referência à necessidade de que os p­odem se encontrar. A partir da perspectiva adotada,
educadores estejam constantemente se atualizando do os autores consideram que uma escola está em equilí-
ponto de vista do domínio das novas tecnologias inte­ brio quando
lectuais e culturais. Nesse contexto, segundo os autores,
(A) as necessidades básicas dos membros são satisfa-
o processo de alfabetização tecnológica se torna
toriamente atendidas e os conflitos são manejados
(A) uma prioridade situacional. sem interrupção do diálogo.

(B) uma eletividade profissional. (B) os conflitos entre membros permanentes inexistem,
podendo haver desajustes ocasionais com a comu-
(C) uma variável constante. nidade externa.

(D) uma etapa obsoleta. (C) as ações para manter a paz e o diálogo tornam-se
totalmente desnecessárias, pois as relações são
(E) uma utopia irreal. a­utorreguladas de forma permanente.

(D) as ocorrências conflituosas e violentas se limitam


a episódios isolados e, portanto, sem impacto nas
r­elações de ensino-aprendizagem.

(E) as finalidades institucionais são atendidas e assegu-


radas pelos mecanismos de poder legitimados, con-
centrando a comunicação de modo ascendente.

SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 4 Confidencial até o momento da aplicação.


16. Leia o excerto a seguir, adaptado de Costa e Vieira (2000): 19. De acordo com a perspectiva de Mantoan (2015), o ensi-
no individualizado/diferenciado para os alunos que apre-
A interação mais intensa e mais importante para os ado- sentam déficits intelectuais e problemas de aprendiza-
lescentes é a relação          . A tendência gem é uma solução
à          é parte constitutiva do modo de ser
dos adolescentes. A ação educativa que se mostrar inca- (A) incompatível com os princípios inclusivos, pois o pro-
paz de reconhecer e de operar com esse dado da reali- fessor deve orientar-se por expectativas gerais de
dade não terá, certamente, chance de êxito significativo desenvolvimento esperadas em cada faixa etária,
junto aos jovens. ignorando limites individuais.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- (B) compatível com os princípios inclusivos diante de
mente, as lacunas do excerto. problemas de aprendizagem laudados, assegurando
credibilidade à flexibilidade curricular necessária à
(A) com a família … desobediência
inclusão.
(B) com seus pares … grupalidade
(C) compatível com os princípios inclusivos, pois em
(C) com o saber … reflexão t­
odos os casos de inclusão deve-se implementar
práticas de ensino específicas para cada deficiência.
(D) consigo … interioridade
(D) incompatível com os princípios inclusivos, pois não
(E) com as redes sociais … virtualidade podemos diferenciar um aluno pela sua deficiência.

(E) compatível com os princípios inclusivos nos casos


específicos de ordem cognitiva, mas inoperante
17. Um dos conceitos abordados por Lemov (2023) é o da diante de deficiências físicas.
memória de trabalho, dotada de um poder surpreen­
dente. Segundo o autor, a característica mais dominante
da memória de trabalho é
20. No prefácio de seu livro, Williams (2005) apresenta uma
(A) sua autossuficiência.
lista de proposições acerca do feedback, classificando-as
(B) sua constituição inata. como verdadeiras ou falsas. Assinale a alternativa que
apresenta corretamente uma das proposições avaliadas
(C) sua retenção a longo prazo. pelo autor como verdadeira.

(D) sua minúscula capacidade. (A) O feedback corretivo funciona melhor quando apli-
cado a atitudes genéricas e não a comportamentos
(E) seu caráter inconsciente.
específicos.

(B) Ao dar um feedback corretivo a fim de modificar o


comportamento de alguém, nunca deixe que a pes-
18. Ao abordar expectativas de comportamento, Lemov
soa assuma total responsabilidade pelo que fez.
(2023) discute a organização da sala de aula. Embora
avalie que alguns educadores se oponham à sua pers- (C) Se os seus feedbacks a uma pessoa se concentram
pectiva, o autor defende que no que ela faz bem, ela certamente se tornará menos
consciente de sua própria performance.
(A) a autoridade bem aplicada de um professor deve
pautar-se por medidas disciplinares claras.
(D) Só é realmente necessário dar feedback quando
(B) a imposição criteriosa do silêncio equivale a suprimir algo dá errado, pois o feedback não é uma experiên-
as vozes dos alunos. cia particularmente agradável.

(C) uma sala de aula deve ser organizada para que haja (E) Ao dar um feedback positivo, descreva com clareza
aprendizado. o comportamento e/ou os resultados gerados pelo
tipo de comportamento que você gostaria de ver
(D) salas de aula ordenadas facilitam a cognição, mas r­epetido.
prejudicam muito a dimensão socioemocional.

(E) a desordem faz parte da educação, pois aprender é


um ato confuso, caótico e barulhento.

Confidencial até o momento da aplicação. 5 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Leia a tira para responder às questões de números 21 a 23.

ESTA NOITE, TIVE


AQUELE SONHO DE
NOVO DE QUE
ESTAVA CAINDO.

(Bob Thaves, “Frank & Ernest”. Em: https://www.estadao.com.br/cultura/quadrinhos. 29.10.2024)

21. De acordo com Koch e Elias (Ler e compreender: os sentidos do texto. 2011), “Na e para a produção de sentido do texto, é
preciso que o leitor ative conhecimentos previamente constituídos e armazenados na memória”. Considerando o propósito
de humor da tira, esses conhecimentos dizem respeito a
(A) princípios de conservação da natureza e técnicas de reflorestamento.
(B) conhecimentos elementares de botânica e das estações do ano.
(C) estudos sobre eventos climáticos sazonais e doenças em árvores.
(D) teorias sobre comportamento humano e distúrbios do sono.
(E) relações entre flora e fauna nacional e técnicas de desmatamento.

22. Essas noções teóricas iniciais terão decisivo impacto em todo o trabalho proposto para Língua Portuguesa, pois, ao adotar
essa perspectiva, toma a linguagem como prática social, o que coloca como necessidade considerar, em todos os eixos do
componente (Leitura, Produção de textos, Oralidade, Análise linguística e semiótica), as práticas de linguagem que se dão
em dado contexto entre os sujeitos sociais e historicamente situados em uma interação sempre responsiva; coloca ainda
a necessidade de articular todos esses eixos na promoção de uma aprendizagem voltada à formação integral de sujeitos
que dominem a leitura e a escrita [...] e que usem a reflexão linguística e semiótica a favor da produção de sentido, de um
uso consciente da língua e seus recursos.
(Currículo Paulista: ensino fundamental, 2019)

A reflexão linguística e semiótica permite concluir que, na fala do personagem, as preposições “de” formam
(A) diferentes sintagmas: o primeiro remetendo ao sentido global do enunciado; o segundo, complementando o sentido
do termo “sonho”.
(B) sintagmas interdependentes, uma vez que a oração formada a partir do segundo “de” complementa o sentido do
sintagma “de novo”.
(C) sintagmas que se referem ao mesmo termo – tive –, razão pela qual eles podem ser intercambiados entre si, sem
prejuízo ao sentido da frase.
(D) sintagmas que se referem ao mesmo termo – sonho –, razão pela qual eles mantêm uma posição fixa na frase, sem
possibilidade de permuta.
(E) diferentes sintagmas: o primeiro complementando o sentido da expressão “Esta noite”; o segundo, complementando
o sentido do termo “tive”.

23. De acordo com Koch e Elias (Ler e compreender: os sentidos do texto. 2011), dêiticos “são elementos da língua que têm
por função localizar entidades no contexto espácio-temporal, social e discursivo”. Na tira, o termo que exemplifica a defi-
nição das autoras é:
(A) Esta.
(B) tive.
(C) noite.
(D) caindo.
(E) sonho.
SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 6 Confidencial até o momento da aplicação.
24. Roxane Helena Rodrigues Rojo e Eduardo de Moura 26. Não confundir erro de português (que, afinal, não existe)
Almeida (Letramentos, mídias, linguagens. 2019) empre- com simples erro de ortografia. A ortografia é artificial, ao
gam o termo “autor-criador”, com base em Bakhtin, para contrário da língua, que é natural.
designar aquele que (Marcos Bagno. Preconceito linguístico. 2015)

(A) evita utilizar o conteúdo axiológico que lhe é inerente Com base nas considerações do autor, que reconhece
em suas obras. a visão normativista presente nas aulas de língua portu-
guesa, haveria nessa perspectiva de ensino um “erro de
(B) dispensa interagir com o leitor, pois busca uma pro- português” na passagem:
dução isenta.
(A) O tenente interessou-se pela educação dos meus filhos.
(C) revela influência do contexto histórico, social e cultu- (B) Se eu soubesse que ele era tão amável...
ral em suas escolhas.
(C) ... porque não faz um relatorio e envia para os politicos?
(D) produz material literário desconectado da realidade
externa. (D) Fui na delegacia e falei com o tenente.

(E) ... do que tornar-se util à patria e ao país.


(E) constrói significados em que prevalece a tradição
histórico-literária.
27. A interpretação da frase – A fome também é professo-
ra. – implica reconhecer a conotação presente no termo
Leia o texto para responder às questões de números 25 a 28.
“professora”, que remete ao sentido de

10 DE MAIO Fui na delegacia e falei com o tenente. Que (A) indiferença.


homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu (B) desvirtude.
teria ido na delegacia na primeira intimação. (...) O tenen-
te interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me (C) apreensão.
que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem
(D) resiliência.
mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util à pa-
tria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto, porque não faz um (E) dificuldade.
relatorio e envia para os politicos? O senhor Janio Quadros,
o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora falar para
mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as 28. Com base na competência – Empregar, nas interações
minhas dificuldades. sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados
...O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já pas- à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gê-
sou fome. A fome também é professora. nero do discurso/gênero textual. – do Currículo Paulista:
Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas ensino fundamental (2019), conclui-se que o texto de
crianças. Caro­lina Maria de Jesus

(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – diário de uma favelada) (A) fica aquém do previsto, uma vez que a variedade lin-
guística empregada em seus relatos compromete a
interação social, que se estabeleceria em razão de
25. De acordo com Koch e Elias (Ler e escrever: estratégias um diário com linguagem formal e tema mais intimista.
de produção textual. 2011), a coerência é “entendida
como princípio de interpretabilidade”. Com base nesse (B) cumpre a função de interação social, uma vez que a
conceito, conclui-se corretamente que a interpretação escritora se vale da variedade linguística pertinente
das informações se altera com a reescrita de: à sua condição social e cria seu estilo de escrita, ba-
seado no relato, em forma de diário, de suas expe­
(A) ... eu teria ido na delegacia na primeira intimação. riências de vida.
... na primeira intimação eu teria ido na delegacia.
(C) possibilita múltiplas formas de interação social, pela
diversidade linguística presente na escrita autêntica
(B) Se ele sabe disto, porque não faz um relatorio e en-
da autora, porém, a opção de tematizar a rotina de
via para os politicos? Porque não faz um relato-
problemas mostra-se como inadequada à situação
rio e envia para os políticos, se ele sabe disto?
comunicativa.
(C) Se eu soubesse que ele era tão amável... Se eu (D) atende ao propósito de criar a interação social com
soubesse que tão amável ele era... os leitores que vieram a ler seu livro, ao qual falta, no
entanto, o atendimento à variedade de língua apro-
(D) O tenente interessou-se pela educação dos meus fi-
priada para a produção de um diário, relatando a ro-
lhos. Interessou-se o tenente pela educação dos
tina da autora.
meus filhos.
(E) fica comprometido pelo estilo de linguagem que é
(E) Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. incompatível com a situação comunicativa, que traz
Agora falar para mim, que sou uma lixeira pobre. tema de questionável relevância social, ainda que a
variedade de linguagem seja coerente com as perso-
nagens apresentadas.

Confidencial até o momento da aplicação. 7 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa


29. Angela Kleiman (Oficina de leitura: teoria & prática. 2017), 32. ... permite ao produtor do texto evitar perturbações previ-
analisando os procedimentos de ensino de leitura, afirma síveis na comunicação ou sanar (on-line ou a posteriori)
que “A união de todos esses aspectos que fazem da ati- conflitos efetivamente ocorridos por meio da introdução,
vidade escolar uma paródia da leitura encontra-se numa no texto, de sinais de articulação ou apoios textuais, e
concepção autoritária de leitura, que parte do pressupos- pela realização de atividades específicas de formulação
to de que há apenas uma maneira de abordar o texto, ou construção textual. Trata-se do conhecimento sobre
e uma interpretação a ser alcançada.” Assim, de acordo os vários tipos de ações linguísticas que, de certa forma,
com a autora, a leitura na escola deveria levar em conta permitem ao locutor assegurar a compreensão do texto e
conseguir a aceitação, pelo parceiro, dos objetivos com
(A) os elementos representativos de significado do texto
que é produzido, monitorando com elas o fluxo verbal.
e a experiência do leitor para construir sentido.
(Ingedore Grunfeld Villaça Koch. Desvendando os segredos do texto. 2018)
(B) a leitura autorizada determinada pelo professor e o
atendimento ou não a ela por parte dos alunos. As informações apresentadas pela autora no excerto
dado referem-se ao conhecimento
(C) o mapeamento das informações na superfície do tex-
to e a oferta regular de textos de fácil entendimento. (A) ilocucional.
(D) a concepção de texto como repositório de significa- (B) comunicacional.
dos e a atividade de extração desses significados.
(C) enciclopédico.
(E) o processo de decodificação dos sentidos do texto e
a promoção da leitura por meio de avaliação. (D) metacomunicativo.

(E) superestrutural.
30. De acordo com Alfredo Bosi (História concisa da litera-
tura brasileira. 2015), em Grande Sertão: Veredas, de
Guimarães Rosa, “a linguagem do mito rompia as amarras 33. Bernard Schneuwly & Joaquim Dolz (Gêneros orais e
espácio-temporais”. Isso se comprova com a passagem: escritos na escola. 2004) consideram que a abordagem
textual na escola se
(A) Quase todo mais grave criminoso feroz, sempre é
muito bom marido... (A) aproxima de um modelo interpretativo, reflexivo e crí-
tico, deixando de lado a reflexão gramatical.
(B) As coisas que não têm hoje e ant’ontem amanhã: é
sempre. (B) fundamenta em práticas reflexivas que não permitem
a extração de informações dos textos.
(C) Compadre meu Quelemém reprovou minhas incer-
tezas. (C) baseia essencialmente em textos canônicos e é po-
tencialmente normalizadora e gramatical.
(D) Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita
coisa. (D) preocupa em conciliar o texto escrito tradicional com
(E) “Eu gosto de matar...” – uma ocasião ele pequenino os textos produzidos nos meios midiáticos.
me disse. (E) detém na exploração predominantemente oral de
textos para discussão de variedades linguísticas.

31. De acordo com Luiz Antônio Marcuschi (Produção


textual, análise de textos e compreensão. 2008), um dos 34. De acordo com o Currículo Paulista: etapa ensino médio
focos na visão da Linguística estrutural consiste na ideia (2020), as obras da tradição literária “... proporcionam o
de que contato com uma linguagem que amplia o repertório lin-
(A) as línguas, as variedades e os estilos estão sujeitos guístico dos jovens e oportuniza novas potencialidades
a diferenciação funcional (adaptativa). e experimentações de uso da língua, no contato com as
ambiguidades da linguagem e seus múltiplos arranjos.”
(B) os elementos e as estruturas são entendidos como
etnograficamente adequados. Essas ambiguidades da linguagem e seus múltiplos ar-
ranjos decorrem
(C) a comunidade linguística é vista como matriz de re-
pertório de códigos de estilos de fala (“organização (A) dos procedimentos artísticos envidados pelos auto-
e diversidade”). res em suas obras.

(D) a organização do uso revela relações e traços adi- (B) da intenção dos escritores de criar uma linguagem
cionais: mostra código e uso em relação (dialética) pessoal e hermética.
integral.
(C) dos usos corriqueiros das linguagens e de seus
(E) a análise do código antecede a análise de uso, e o uso potenciais significados.
apenas implementa o que é analisado como código.
(D) da subjetividade inerente à literatura, que subverte a
ordem do real.

(E) das fragilidades da expressão linguística, passível


de ser corrompida.

SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 8 Confidencial até o momento da aplicação.


35. Conforme explica Ingedore Grunfeld Villaça Koch (Des- Leia o texto para responder às questões de números 38 a 40.
vendando os segredos do texto. 2018), há os gêneros es-
colares 2, chamados por Rojo de “gêneros escolarizados,
Enchente
que são objeto de ensino/aprendizagem (gêneros secun-
dários do discurso, transpostos para a sala de aula)”. Chama o Alexandre!
Entre eles, está o que “seria o protótipo por excelência Chama!
desse tipo de gêneros, visto que é feito para a escrita, Olha a chuva que chega!
para o ensino da escrita, para toda a escolaridade e não É a enchente.
existe, evidentemente, fora da escola”. Olha o chão que foge com a chuva...
O gênero referido é a Olha a chuva que encharca a gente.
(A) explicação. Põe a chave na fechadura.
Fecha a porta por causa da chuva...
(B) regra.
olha a rua como se enche!
(C) narração escolar. Enquanto chove, bota a chaleira
(D) dissertação. no fogo: olha a chama! olha a chispa!
Olha a chuva nos feixes de lenha!
(E) instrução.
Vamos tomar chá, pois a chuva
é tanta que nem de galocha
36. De acordo com Luiz Antônio Marcuschi (Produção tex- se pode andar na rua cheia!
tual, análise de textos e compreensão. 2008), em sua Chama o Alexandre!
análise sobre o continuum da relação fala-escrita, “um Chama!
aspecto interessante é o que se dá no círculo intermedi-
(Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo.
ário que envolve alguns gêneros (intermodais?) que são
Em: Angela Kleiman. Oficina de leitura: teoria & prática. 2017)
de difícil localização em uma ou outra modalidade de ma-
neira muito clara. Trata-se dos chamados gêneros mistos
ou híbridos, sob o ponto de vista da modalidade.” 38. De acordo com Angela Kleiman, muitas práticas com o
Os gêneros que exemplificam a explicação do autor são: texto em sala de aula banalizam-no. Porém, uma ativida-
(A) reportagens ao vivo e conferências. de significativa para engajar os alunos no trabalho com o
poema de Cecília Meireles seria
(B) avisos e noticiários de rádio.
(A) o enfoque ortográfico.
(C) bilhetes e cartas pessoais.
(B) a ficha de leitura.
(D) entrevistas e divulgação científica.
(C) a leitura em jogral.
(E) textos acadêmicos e legislação.
(D) a cópia.
(E) o resumo.
37. Ainda decorrente da opção teórica geral do documento,
que considera a língua numa perspectiva enunciativo-
-discursiva, cabe uma última palavra sobre a reflexão lin- 39. Podem-se citar, corretamente, como recursos de produ-
guística-semiótica: além da continuidade do estudo da or- ção de sentido no poema
tografia, pontuação e acentuação em suas regularidades e
irregularidades, são aprofundados, progressivamente, os (A) os versos livres e as rimas alternadas.
estudos que regem a língua dentro da norma padrão. (B) as rimas emparelhadas e as sinestesias.
(SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação.
Currículo Paulista. 2019) (C) os elementos gráficos e a função fática.
De acordo com o Currículo Paulista: ensino fundamen- (D) as aliterações e as assonâncias.
tal, a reflexão linguística-semiótica deve ser desenvolvida
em sala de aula articulada (E) o ritmo e a métrica rigorosa.

(A) a uma concepção de ensino em que se superam


as dificuldades com a língua por meio de exercícios 40. De acordo com Koch e Elias (Ler e compreender: os sen-
gra­maticais. tidos do texto. 2011), nos versos “Vamos tomar chá, pois
(B) à abordagem contrastiva entre normas populares e a chuva / é tanta que nem de galocha / se pode andar na
norma-padrão, reiterando a noção de erro. rua cheia!”, ocorrem, respectivamente, os encadeamen-
tos por conexão por meio de relação de
(C) ao estudo sistemático da gramática normativa, que
precede o da leitura e da produção textual. (A) explicação e causalidade.
(D) a uma abordagem autônoma da gramática e da lín- (B) causalidade e conformidade.
gua, independentemente dos textos reais.
(C) explicação e condição.
(E) aos outros eixos de aprendizagem, priorizando o re-
conhecimento das estratégias do dizer. (D) conclusão e explicação.
(E) causalidade e condição.
Confidencial até o momento da aplicação. 9 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa
Leia os versos de Tomás Antônio Gonzaga para responder às questões de números 41 a 44.

I
II
Os seus compridos cabelos,
Os teus olhos espelham luz divina,
que sobre as costas ondeiam,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
são os que de Apolo mais belos,
papoila ou rosa delicada e fina
mas de loura cor não são.
te cobre as faces, que são cor da neve.
Têm a cor da negra noite;
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
e com o branco do rosto
teu lindo corpo bálsamos vapora.
fazem, Marília, um composto
da mais formosa união.

(Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. Em: Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira. 2015)

41. A leitura permite afirmar que o eu lírico

(A) exalta a beleza da mulher amada, igual à de Apolo e do sol, em versos decassílabos.

(B) limita a beleza da mulher amada quando a compara, em versos brancos.

(C) enaltece a beleza da mulher amada, em versos de rigor métrico.

(D) compara a beleza da mulher amada à de Apolo e do sol, em versos livres.

(E) diminui a beleza da mulher amada ante a de Apolo e do sol, em versos sem rigor métrico.

42. De acordo com Alfredo Bosi (História concisa da literatura brasileira. 2015), a natureza na poesia árcade corresponde ao

(A) cenário divino dos sonhos de liberdade e glória.

(B) pano de fundo para as inclinações nostálgicas.

(C) retrato do mundo real conhecido do poeta.

(D) espaço de fuga da realidade e das desilusões.

(E) ambiente bucólico de ascensão ao transcendental.

43. Ao analisar os aspectos formais dos versos de Tomás Antônio Gonzaga, Alfredo Bosi assinala que eles

(A) impressionam pela alta carga subjetiva e emocional.

(B) reproduzem contradições dos sentimentos.

(C) traduzem a realidade sem subterfúgios.

(D) aproximam o poeta dos ideais românticos.

(E) representam um universo reduzido de emoções.

44. Tendo por referência Koch e Elias (Ler e compreender: os sentidos do texto. 2011), quando se analisam os versos de I e
II, constata-se entre eles a incoerência

(A) sintática, pois se verifica em ambos uso inadequado de conectores frasais.

(B) pragmática, pois o eu lírico não deixa claro por que compara a mulher amada.

(C) estilística, pois a situação de interlocução formal não condiz com os elogios.

(D) temática, pois há uso de inserções explicativas e avaliativas de forma ambígua.

(E) semântica, pois há entre expressões a violação do princípio da não contradição.

SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 10 Confidencial até o momento da aplicação.


45. Os relatos dos alunos revelam contrastes observáveis 46. Marcos Bagno (Preconceito linguístico, 2015) transcreve,
do ensino, com representações de aula de LP em pers- em sua obra, texto publicado no jornal Correio Brazilien-
pectivas pedagógicas distintas, sendo a intervenção [do se (19.02.1995): “O Correio Braziliense passa a publicar,
projeto] responsável por resultados mais produtivos. A a partir de hoje, uma seção de crítica ao idioma portu-
monotonia das aulas fora representada na fala de Milton guês falado e escrito por autoridades brasileiras em dis-
com repetições lexicais descrevendo exercícios rotinei- cursos, entrevistas e documentos. A seção vai se chamar
ros copiados na lousa em aulas de língua materna (“lei- A última do português e não deve ser entendida como
tura e escrever leitura e escrever”; “só ler e escrever ler uma alusão aos nossos irmãos do além-mar, que falam o
e escrever”). Esse tipo de aula foi rotulado como “meio idioma melhor que os brasileiros.”
chato”. Também reforçou essa monotonia o uso exclusivo
de livro didático em situações educativas do período pan- De acordo com Bagno, o texto do jornal deve ser enten-
dêmico (“basicamente usou só livro podemos se dizer”). dido como
A monotonia comentada aparece retomada em outra (A) apreciação bem-humorada sobre a língua e os cida-
entrevista, quando Milton caracteriza o ensino tradicio- dãos, à qual falta objetividade.
nal pela reprodução de perguntas e respostas (“o ensino
tradicional costuma dá... a questão e a resposta”). Essa (B) manifestação relativa às diferenças linguísticas entre
prática é contrastada com o desafio e o aprendizado dife- os países, com a qual concorda.
renciado trazidos pela pedagogia informada por pesqui-
(C) crítica aos portugueses e preconceito contra os bra-
sa do ConGraEduC (“já na pesquisa de vocês estivemos
sileiros, os quais recrimina.
que ir atrás da resposta... não foi dada de mão beijada...
e eu gostei pois desafiava a gente... aquela coisa toda... (D) expressão de preconceito linguístico contra o portu-
a gente compreendia melhor”). Ao ser questionado sobre guês brasileiro, a qual repudia.
o interesse em participar de outra pesquisa semelhante,
o estudante demonstrou disposição para outras propos- (E) comentário preconceituoso contra os portugueses, o
tas desafiadoras, afirmando se sentir mais preparado e qual considera exagerado.
em momento mais propício para experiências do tipo, di-
ferentemente do período pandêmico (“se outra pesquisa
dessa acontecesse atualmente ... nossa eu me empe-
nharia muito mais”).
(Wagner Rodrigues Silva, Andreia Cristina Fidelis e Kiahra Antonella.
Laboratório virtual de pesquisa escolar com gramática: educação científica
em aulas de língua materna. 2024. Adaptado)

De acordo com os pesquisadores, os contrastes obser-


vados no ensino de língua portuguesa decorrem de um
trabalho em sala de aula que envolveu

(A) a alfabetização científica, que correspondeu ao me-


taconhecimento sobre ciência e envolve o discer-
nimento da existência de distintos procedimentos
investigativos, que se centraram nos gêneros mul-
timodais explorados sem a perspectiva gramatical.

(B) o princípio recontextualizador, que articulou termino-


logias das gramáticas tradicional e sistêmico-funcio-
nal, transformando o discurso científico em um dis-
curso pedagógico mais gerenciável à capacidade de
aprendizagem dos estudantes.

(C) o letramento científico, que correspondeu ao discer-


nimento para participar de interações cotidianas en-
volvendo saberes ou discursos em torno da ciência
linguística, tomados para estudo de textos sem sub-
sídio de teorias gramaticais.

(D) a abordagem da educação científica aplicada à inter-


venção pedagógica para contextualizar a prática de
linguagem da oralidade, explorada em atividades de
usos formais e informais, tendo como principal dife-
rencial o emprego da tecnologia.

(E) o aprimoramento da educação linguística de estu-


dantes da escola básica, que se estabeleceu por
meio de reflexão das categorias gramaticais com o
estudo sistemático da gramática portuguesa na pers-
pectiva normativa tradicional.

Confidencial até o momento da aplicação. 11 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa


Leia o texto para responder às questões de números 47 a 51. 47. O Currículo Paulista: etapa ensino médio (2020) afirma
que “Pretende-se que os jovens incorporem em suas
vidas a prática de escuta, leitura e produção de textos
Um Brasil que não lê pertencentes a gêneros da esfera jornalística em diferen-
tes fontes, veículos e mídias, e desenvolvam autonomia
Brasileiros que não costumam ler um livro tornaram-se e pensamento crítico para se situar em relação a inte-
maioria no Brasil, informa a pesquisa Retratos da Leitura no resses e posicionamentos diversos. Também estão em
Brasil, que traz dados inquietantes sobre o perfil dos leito- jogo a produção de textos noticiosos e opinativos e a
res no País. A pesquisa ouviu 5 504 pessoas em 208 municí- participação em discussões e debates de forma ética e
pios, entre abril e julho deste ano, e constatou que 53% das respeitosa.” Dessa forma, em atividade em sala de aula,
pessoas entrevistadas afirmam não ter lido um livro, mesmo uma prática de leitura producente por parte dos alunos
incompleto, nos três meses anteriores à pergunta – prazo permitirá que eles entendam que o assunto em foco no
que, segundo os pesquisadores, permitiria classificá-las de texto é o
leitoras. É a primeira vez, em seis edições da pesquisa, que
o número de não leitores superou o de leitores. Nos últimos (A) recrudescimento da população que não se dedica à
cinco anos, o Brasil perdeu 6,7 milhões de leitores, queda leitura de livros.
registrada em todas as classes sociais, faixas etárias e níveis
de escolaridade. (B) avanço da internet nas formas de criar ambientes
Não é novidade o baixo índice de leitura no Brasil, em ge- propícios à leitura.
ral aplacado de maneira circunstancial pelo habitual sucesso
(C) deslumbramento efêmero das pessoas com as infor-
de eventos como a Bienal do Livro de São Paulo – a deste
mações digitais.
ano reuniu 722 mil pessoas no Distrito Anhembi, teve quatro
dos dez dias com ingressos esgotados e um balanço geral (D) retrocesso nas práticas de leitura devido ao aumento
de vendas acima das expectativas. Mas o retrato da pesqui- do analfabetismo.
sa demonstra que a histórica pouca valorização do livro e
da leitura, seja no ambiente escolar ou no familiar, chega a (E) fomento aos projetos de formação de leitura e à cria-
níveis perturbadores, agravados pelos hábitos relacionados ção de bibliotecas.
à internet, às redes sociais e às restrições econômicas e so-
ciais. Quase metade dos entrevistados declarou que não leu
mais por falta de tempo – a atenção ao livro é uma dramática
disputa contra a internet, o WhatsApp ou Telegram, as redes 48. Conforme explica Ingedore Grunfeld Villaça Koch (Des-
sociais e a televisão. vendando os segredos do texto. 2018), “a seleção dos
E um contexto igualmente grave: uma escola pública que, modificadores avaliativos é feita de acordo com a orien-
em muitos casos, tem dificuldade de criar ambiente propício tação argumentativa que se pretende dar ao texto.” Por-
à leitura. Basta ver a redução do número de pessoas que tanto, nas passagens – ... a pesquisa Retratos da Lei-
apontam a sala de aula como lugar de leitura. Em 2007, 25% tura no Brasil ...] traz dados inquietantes sobre o perfil
citavam o espaço escolar, índice que caiu para 19% neste dos leitores no País.” (1o parágrafo) – e – E um contexto
ano, efeito direto de uma realidade em que mais da metade igualmente grave... (3o parágrafo) –, os adjetivos desta-
das escolas de ensino básico no Brasil não tem uma bibliote- cados expressam a
ca. Não existe mágica: a escola é decididamente o principal
(A) ideia de superação das dificuldades com a leitura.
espaço para desenvolver o gosto pela leitura, como mostram
algumas correlações diretas entre qualidade da rede de ensi- (B) impossibilidade de resolver o problema, que é antigo.
no e o ranking de leitores. Incluem-se aí Estados como Santa
Catarina, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Ceará, citados por (C) apreensão em relação à situação da leitura no Brasil.
recentes pesquisas pelos avanços no aprendizado.
O fato é que o Brasil ainda deve mais atenção aos pro- (D) necessidade de boicote à internet e às redes sociais.
jetos de formação de leitores, de bibliotecas comunitárias e,
claro, de reforço da infraestrutura nas escolas públicas. É (E) ironia às pesquisas e seus dados desalentadores.
possível, sim, construir projetos e ferramentas que mostrem
ao País que livros podem ser ótimos brinquedos para crian-
ças e imprescindíveis ferramentas para o crescimento pro-
fissional e humano de jovens e adultos. Não custa lembrar,
como escreveu o poeta Mário Quintana, que os verdadeiros
analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não leem.
(https://www.estadao.com.br/opiniao, 25.11.2024. Adaptado)

SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 12 Confidencial até o momento da aplicação.


49. De acordo com Koch e Elias (Ler e compreender: os sen- 51. Considere as passagens:
tidos do texto. 2011) e Luiz Antônio Marcuschi (Produção
textual, análise de textos e compreensão. 2008), consta- • B
 rasileiros que não costumam ler um livro tornaram-se
ta-se a intertextualidade explícita na passagem: maioria no Brasil... (1o parágrafo)
• A
 pesquisa ouviu 5 504 pessoas em 208 municípios,
(A) E um contexto igualmente grave: uma escola pública entre abril e julho deste ano, e constatou que 53% das
que, em muitos casos, tem dificuldade de criar am- pessoas entrevistadas afirmam não ter lido um livro...
biente propício à leitura. (3o parágrafo) (1o parágrafo)
(B) ... a deste ano reuniu 722 mil pessoas no Distrito • O
 fato é que o Brasil ainda deve mais atenção aos pro-
Anhembi, teve quatro dos dez dias com ingressos jetos de formação de leitores, de bibliotecas comunitá-
esgotados e um balanço geral de vendas acima das rias e, claro, de reforço da infraestrutura nas escolas
expectativas. (2o parágrafo) públicas. (4o parágrafo)

(C) Não é novidade o baixo índice de leitura no Brasil, Com base em Luiz Antônio Marcuschi (Produção textual,
em geral aplacado de maneira circunstancial pelo análise de textos e compreensão. 2008), é correto afir-
habitual sucesso de eventos como a Bienal do Livro mar que as passagens são organizadas, respectivamen-
de São Paulo... (2o parágrafo) te, nas seguintes tipologias textuais:

(D) Nos últimos cinco anos, o Brasil perdeu 6,7 milhões (A) narrativa, injuntiva e argumentativa.
de leitores, queda registrada em todas as classes
sociais, faixas etárias e níveis de escolaridade. (B) expositiva, narrativa e descritiva.
(1o parágrafo)
(C) argumentativa, injuntiva e descritiva.
(E) Não custa lembrar, como escreveu o poeta Mário (D) expositiva, narrativa e argumentativa.
Quintana, que os verdadeiros analfabetos são aque-
les que aprenderam a ler e não leem. (4o parágrafo) (E) argumentativa, expositiva e expositiva.

50. Tendo como referência a abordagem de Luiz Antônio 52. Ingedore Grunfeld Villaça Koch (Desvendando os segre-
Marcuschi (Produção textual, análise de textos e com- dos do texto. 2018) justifica a substituição da noção de
preensão. 2008) sobre os processos de compreensão, referência por referenciação considerando que, quando
é correto concluir que, caso o texto Um Brasil que não se usa e se manipula uma forma simbólica,
lê seja tratado como objeto de ensino na aula de língua
portuguesa, é esperado que os alunos (A) acontece tão-somente a utilização da língua como
um sistema de comunicação.
(A) produzam sentidos diversos com esse texto, consi-
derando-se as variadas motivações de leitura. (B) ocorre também a manipulação da estrutura da reali-
dade de forma significativa.
(B) entendam que a compreensão desse texto equivale
a entender todas as suas palavras ou frases. (C) existe o pressuposto de um simples processo de ela-
boração de informação.
(C) extraiam os conteúdos prontos desse texto, pois o
entendimento equivale à localização de informações. (D) há uma troca de nomenclatura que remete à ideia de
localização de informação.
(D) compreendam a leitura desse texto como um proces-
so que resulta em compressão definitiva e única. (E) fica evidente que se trata de diferentes designações
para um mesmo conceito.
(E) construam compreensões variadas a partir desse
texto, as quais não devem ser compatíveis neces-
sariamente.

Confidencial até o momento da aplicação. 13 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa


53. O processo pressupõe a identificação e o aprofundamen- 55. De acordo com Alfredo Bosi (História concisa da literatura
to de um tema ou problema, que orientará a posterior ela- brasileira. 2015), caracteriza a literatura de Casimiro de
boração, apresentação e difusão de uma ação, produto, Abreu
protótipo, modelo ou solução criativa, tais como obras e
espetáculos artísticos e culturais, campanhas e peças (A) o tom contestador, o rigor formal e o egotismo.
de comunicação, programas, aplicativos, jogos e textos
orais, escritos e/ou multissemióticos, envolvendo todos (B) o ritmo cantante, a expressão fácil e a palavra bre-
os componentes curriculares da área. Para concretizar jeira.
tal processo, o estudante deve utilizar e integrar diferen-
(C) o tom lânguido, a afetividade e a liberdade formal.
tes linguagens, manifestações sensoriais, vivência artís-
ticas, culturais e midiáticas. (D) o sarcasmo, a linguagem fluida e a temática pessoal.
(SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação.
Currículo Paulista: etapa ensino médio. São Paulo, 2020) (E) o tom solene, o vocabulário rebuscado e o subjeti-
As informações apresentadas dizem respeito ao Itinerá- vismo.
rio formativo da área de Linguagens e suas Tecnologias,
abordando o eixo estruturante de

(A) investigação científica, com ênfase na ampliação da 56. Leia a tira.


capacidade de investigar a realidade, compreenden-
do, valorizando e aplicando o conhecimento sistema-
tizado.

(B) investigação científica, com ênfase na apropriação


de conhecimentos e habilidades que permitam ao
estudante acessar, selecionar, processar, analisar
e utilizar dados sobre os mais diferentes assuntos,
para compreender e intervir na realidade.

(C) processos criativos, com ênfase na utilização de co-


nhecimentos, habilidades e recursos de forma criati-
va para propor, inventar e inovar.

(D) processos criativos, com ênfase na ampliação da ca-


pacidade do estudante de mobilizar conhecimentos
de diferentes áreas para desenvolver projetos pes-
soais e produtivos articulados ao seu projeto de vida.

(E) mediação e intervenção sociocultural, com ênfase na


apropriação de conhecimentos e desenvolvimento
de habilidades que permitam a construção de uma
sociedade mais ética, justa, democrática, inclusiva,
solidária e sustentável.

54. De acordo com o Currículo Paulista: etapa ensino médio


(2020), a nova estrutura do Ensino Médio “deve asse-
gurar em todas as modalidades de ensino os [...] prin-
cípios específicos, conforme o artigo 5o da Resolução
no 03 de 2018”. Entre esses princípios consta o “respei- (Bill Waterson, “O Melhor de Calvin”.
https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos, 29.11.2024)
to aos direitos humanos como direito universal”. O tre-
cho de redação de aluno, retirado e adaptado do site
De acordo com Koch e Elias (Ler e escrever: estratégias
https://g1.globo.com/educacao/enem/2017/noticia
de produção textual. 2011), a expressão destacada cor-
(26.10.2017), que infringe esse princípio, é:
responde a um organizador textual continuador típico da
(A) a pessoa que não respeita a devoção do próximo fala em:
não deveria ter direito social, como o voto.
(A) Você fez sua cama sem eu mandar!
(B) por haver tanta discriminação, deve-se buscar cada
vez mais o diálogo com todas as religiões. (B) Puxa, sua mãe fica feliz quando você a ajuda.
(C) o combate à intolerância religiosa passa pelo respei- (C) Isso é muito bom, Calvin!
to a cada pessoa e à sua individualidade.
(D) Por isso é que eu nunca faço nada.
(D) o Estado deve promover o congraçamento entre
crenças e evitar o preconceito religioso. (E) Aí ela fica impressionada quando eu cumpro...
(E) para combater a intolerância religiosa, deve ser for-
talecida a liberdade de expressão.

SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa 14 Confidencial até o momento da aplicação.


Leia o texto para responder às questões de números 57 e 58. 59. De acordo com Marcos Bagno (Preconceito linguístico,
2015), “A ortografia é uma decisão política, é imposta por
decreto, por isso ela pode mudar, e muda, de uma época
Mas João Teodoro acompanhava com aperto de co-
para outra.”
ração o deperecimento visível de sua Itoaca.
Comprova o ponto de vista do autor o seguinte fato:
– Isso já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três
médicos bem bons, agora só um e bem ruinzote. Já teve
(A) a utilização das variedades linguísticas sem precon-
seis advogados e hoje mal dá para um rábulo ordinário
ceito.
como o Tenório. (Monteiro Lobato, “Um homem de cons-
ciência”). (B) a sincronia ortográfica entre Brasil, África e Portugal.
(Angela Kleiman. Oficina de leitura: teoria & prática. 2017)
(C) a dicionarização rápida de novos termos criados.

57. De acordo com Angela Kleiman (Oficina de leitura: teoria (D) a realização de novos acordos ortográficos.
& prática. 2017), “Embora nem todas as relações entre
uma palavra e seu contexto linguístico sejam passíveis (E) a imutabilidade da fala ante a variação da escrita.
de descrição e classificação, muitas delas são predizí-
veis, especialmente quando levamos em conta questões
sobre gênero textual.” Com base nessa explicação, con-
clui-se corretamente que o sentido do termo “depereci- 60. ... linguistas que se dedicam a estudar a língua não como
mento”, destacado no texto, é inferido por meio da sistema autônomo, mas por meio de seu funcionamento
em situações concretas de uso. Sob essa perspectiva,
(A) conotação presente no vocábulo. o texto passa a ser visto como lugar de interação entre
sujeitos sociais.
(B) definição apresentada pelo narrador.
(Ingedore Villaça Koch; Vanda Maria Elias.
(C) sentimento expresso por João Teodoro. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2011)

(D) sinonímia na fala do personagem. As informações do texto referem-se aos

(E) explicação através de exemplo. (A) gerativistas.

(B) gramaticistas.

58. De acordo com Angela Kleiman (Oficina de leitura: teoria (C) behavioristas.
& prática. 2017), na perspectiva da análise crítica da lin-
(D) funcionalistas.
guagem, “interessa saber a função, isto é, que é através
do adjetivo que o falante descreve, ou identifica, dentro (E) pragmaticistas.
do conjunto de objetos nomeados pela palavra, aquele
sobre o qual ele está falando”. Com base nessa informa-
ção, conclui-se que o termo “ordinário” denota

(A) admiração manifesta de João Teodoro pelos advo-


gados locais.

(B) visão negativa de João Teodoro com o trabalho dos


médicos.

(C) desprezo de João Teodoro para com a pessoa de


Tenório.

(D) inveja desmesurada de João Teodoro em relação a


Tenório.

(E) pretensão oculta de João Teodoro de escrachar a


sua cidade.

Confidencial até o momento da aplicação. 15 SEED2407/021-PEB-II-LínguaPortuguesa


Confidencial até o momento da aplicação.

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