MEMORIAL DESCRITIVO

Assunto:
PROJETO ELÉTRICO - POSTO DE TRANSFORMAÇÃO 150kVA
13,8KV, 220/127V

Proprietário:
PREFEITURA MUNICIPAL DE DENISE/MT
CNPJ: 03.953.718/0001-90

Local:
CONSTRUÇÃO DE NOVA UNIDADE ESCOLAR COM 16 SALAS
DE AULA E QUADRA POLIESPORTIVA

Responsável Técnico (Elaboração do Projeto):

Fábio Lopes de Araújo
Engenheiro Eletricista
CREA: 1200573099
Contato: (65) 9 8116-2962
E-mail: [email protected]

DENISE - MT
FEVEREIRO/ 2022
 ÍNDICE

01 – OBJETIVOS
02 - CRITÉRIOS
03 – DESCRIÇÃO
3.1 – RAMAL DE ENTRADA
04 – PROTEÇÃO E OPERAÇÃO
05 – BAIXA TENSÃO.
06 – MEDIÇÃO.
07 – ATERRAMENTO
07.1 – VALOR DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO.
07.2 – ELETRODOS DE ATERRAMENTO
07.3 – CONDUTORES
07.4 – INSTALAÇÃO DO ATERRAMENTO
08 – ESPECIFICAÇÕES DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS.
08.1 – CHAVE FUSIVEL.
08.2 – ELO FUSIVEL
08.3 – PARA RAIO POLIMÉRICO
08.4 – FERRAGENS E DEMAIS MATERIAIS
09 – PROTEÇÃO CONTRA RISCO DE INCÊNDIO EXPLOSÃO.
10 – RELAÇÃO DE CARGAS INSTALADAS
11 – CÁLCULO DE DEMANDA PROVÁVEL
12 – RELAÇÃO DE MATERIAIS
13 – CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO.
14- PROJETOS
 1. OBJETIVOS:
Este memorial tem por objetivo descrever a instalação de uma subestação de energia
elétrica (posto de transformação) de 150 kVA sendo, CLASSE 15 kV, 220/127V, para atender a
PREFEITURA MUNICIPAL DE DENISE, situada na Rua Júlio José de Campos, s/nº, bairro centro –
Denise/ MT.
O projeto se destina atender uma Escola Estadual.
A rede de energia elétrica possui as seguintes características:
- Consumidor: 01 consumidor que será atendido em tensão primária distribuição 13.8kV.
- Carga total instalada: 155,03 kW.

2. CRITÉRIOS
A rede de Distribuição de energia elétrica deverá ser executada de acordo com:

a) Critérios econômicos e em concordância com as normas técnicas de execução,

segurança, eficiência e confiabilidade, de acordo com as Normas Técnicas das Centrais
Elétricas Mato-Grossense S/A:

b) As normas técnicas adotadas para elaboração do projeto:

 NTE 010 – Caixas para Equipamentos de Medição.
 DONOR – NTE-025 – isolador tipo pilar
 NTE – 024 – Cruzeta de concreto armado
 NDU 001: Fornecimento de Energia Elétrica a Agrupamentos ou Edificações Individuais
Até 3 Unidades
 NDU - 002 - Fornecimento de Energia em Tensão Primária de Distribuição
 NDU 006: Critérios Básicos para Elaboração de Projetos de Redes Aéreas Urbanas
 NDU 008 - Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição
 NBR 5410 - ABNT - Instalações elétricas de baixa tensão.
 NBR 5419 - Aterramento
 NR 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade.
 NDU – 004.1 - Instalações Básicas para Construção de Redes Compactas de Média
Tensão de Distribuição.
 3. DESCRIÇÃO
O posto de transformação em projeto tem as seguintes características:
 É de fácil acesso;
 A disposição dos equipamentos está conforme detalhada no desenho de vistas frontal
e lateral;
 O posto de transformação será construído conforme projeto anexo;
 Possuíra caixa para medição trifásica, do tipo convencional “B” e instalada pela Rede
Energisa, de tal maneira que a face superior do visor fique a uma altura de 3,00
metros.
 Será construída uma caixa de passagem 80x80x80cm próximo ao poste de medição,
para saída dos cabos de baixa tensão para alimentar a carga da distribuidora.
 A alimentação da baixa tensão será através de cabo de cobre isolado até o armário de
medição e proteção instalada em mureta no poste duplo T;
 Os materiais especificados em projeto deverão estar de acordo com as normas NDU’s
da Energisa.
 O poste a ser utilizado no posto de transformação será de concreto armado seção
duplo T de 12 metros e resistência de 1000 Kgf com base concretada.
 A rede de energia elétrica trifásica em alta tensão será em Cabo condutor - CA
3x1x50mm²+9,5mm² - XLPE 8,7/15KVA, e a distância mínima do solo até a parte
inferior do transformador deverá ser de 6,0 metros.

3.1– RAMAL DE ENTRADA

Será instalada a seguinte infra-estrutura para atender o cliente com energia da ENERGISA:
Um posto de transformação de 150 kVA em estrutura do tipo CE3-T-PR montada em um
poste 12/1000 Kgf com base concretada e com três pára-raios 12kV.
A carga geral (motores, iluminação e outros equipamentos) estará protegida por um
disjuntor tripolar termomagnético de 400A / 750V.

4. PROTEÇÃO E OPERAÇÃO
O transformador será acionado e protegido contra sobre correntes através de chave-
fusível com base tipo C, tensão nominal de 15 kV e corrente nominal de 400A. Capacidade de
interrupção mínima assimétrica de 10 KA e NBI 95 kV. O elo fusível (6 K) utilizado será
adequado para o transformador de 150 kVA.
A proteção contra sobre tensões será feita utilizando-se pára-raios de distribuição
polimérico com tensão nominal de 12 kV e corrente nominal de descarga de 10 KA.
A proteção da baixa tensão contra sobre correntes será feita com a utilização de
disjuntor trifásico termomagnético de 400A instalado no posto do transformador.
 5. BAIXA TENSÃO
O sistema de baixa tensão será alimentado por 01 (um) transformador trifásico com
potência de 150 kVA com tensão secundária de 220/127 Volts.
Os cabos de baixa tensão saem do secundário do transformador de 150 kVA, com
seção de 2x {3#120(70)} mm², passam pelo sistema de medição instalado pela concessionária
de energia elétrica e seguem para o disjuntor geral de 400A instalado em caixa apropriada no
poste do Posto de Transformação.

6. MEDIÇÃO
A medição será única em baixa tensão do tipo indireta através de T.C., conforme
padrão ENERGISA, todos os equipamentos serão abrigados em caixas apropriadas conforme
normas da concessionária.
A medição de energia será do tipo convencional sem demanda a ser contratada com
tarifa tipo “B” que será a mais aplicável ao tipo de utilização do estabelecimento.
Os equipamentos de medição de energia, medidor, TC´s e TP´s e seus respectivos
quadros serão fornecidos e instalados pela concessionária de energia.
A queda de tensão da baixa do transformador até a medição terá um percentual de
no máximo 2%.

7. ATERRAMENTO
A malha de aterramento do posto de transformação será construída de acordo com as
seguintes características:
7.1- Valor da Resistência de Aterramento

A resistência de aterramento deverá ser menor ou igual a 10 Ω (dez Ohms) em qualquer

época do ano. Caso não se atinja o valor mínimo da resistência de aterramento de 10Ω,
deverá ser feito o tratamento químico do solo com aterragel ou similares, ou ainda a
ampliação da malha de terra, onde as novas hastes terão disposição análoga as existentes.
7.2- Eletrodos de aterramento

As hastes de aterramento serão de aço revestidos de cobre de diâmetro ϕ 5/8” com

3,00m de comprimento, conforme especificados na ABNT e NT06 - R3 da CEMAT.
7.3- Condutores

Os condutores de aterramento deverão ser contínuos, isto é, não deverão ter em série
nenhuma parte metálica, ser o mais curto possível, devendo-se evitar curvas e ângulos
pronunciados e serão de:
- Cabo de cobre nu #50mm², para interligação das hastes de aterramento;

- Serão protegidos na descida no poste por um eletroduto de PVC rígido de ϕ 3/4”.

 7.4- Instalação do aterramento

Serão ligadas a malha de aterramento o neutro do transformador, todas as carcaças de

equipamentos e todas as partes normalmente não energizadas do Posto de Transformação.
O condutor de interligação dos pára-raios a terra será o mais curto possível, evitando as
curvas e os ângulos pronunciados.
O condutor de aterramento será firmemente ligado à malha de aterramento por meio de
conector transversal ou solda exotérmica.
O número total de eletrodos de terra deverá ser no mínimo igual a 03 (três). Com
eletrodos em linha encravados no solo a uma distância de 3,00 metros um do outro no
mínimo, onde a extremidade superior da haste de aterramento terá uma profundidade de 30
centímetros abaixo do nível do solo. Os eletrodos serão interligados através de cabo de cobre
nu #50mm².
Com finalidades de permitir o acesso para fins de inspeção e medição dos valores da
resistência de aterramento, existirá 01 (uma) haste protegida com caixa de alvenaria de
30x30x30cm, com tampa de concreto removível, instalada próximo ao poste.

O cabo de cobre nu de interligação das hastes de aterramento deverá estar a uma

profundidade mínima de 60 cm e a 1ª haste deverá estar distanciada de 80 cm da base do
poste.
7.5- Aterramento do mensageiro

O mensageiro deve ser aterrado em pontos onde haja malha de aterramento de para-
raios, de equipamentos e em finais de rede-(mensageiro ancorado) e em pontos adicionais
(com uma haste de terra), de tal forma que a distância entre os pontos de aterramento não
seja superior a 300 metros.
O aterramento do mensageiro dever ser interligado ao neutro da rede de BT (caso haja no
local).

8. ESPECIFICAÇÕES DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

Os equipamentos e acessórios possuirão características especificas, conforme segue:

08.1 – Chave Fusível

 Corrente nominal...................................... 400 A

 Elo fusível................................................. 6K
 Tensão nominal........................................ 12 KV
 Capacidade de interrupção....................... 10 KA
 NBI (Nível Básico de Impulso)................ 95 KV
08.2 – Pára-Raios Poliméricos

 Tensão nominal................................. 12 KV
 Corrente nominal de descarga........... 10 KA
 Frequência........................................ 60 Hz
 NBI (Nível Básico de Impulso)........ 110 KV

08.3 – Ferragens e demais materiais.

Todas as ferragens utilizadas nas estruturas e nos postos de transformação serão

galvanizadas a fogo e os demais materiais assim como as ferragens deverão ser padronizadas
conforme normas REDE/ENERGISA.

9. INSTALACÃO DOS ESPAÇADORES LOSANGULARES

 Acessório de material polimérico de formato losangular cuja função e a de

sustentação dos cabos cobertos ao longo do vão.
 Com o término do lançamento, tracionamento e encabeçamento dos cabos das fases,
deverá ser iniciada a instalação dos espaçadores losangulares.
 Deve-se observar as estruturas instaladas nos postes e posicionar os espaçadores de
acordo com a tabela de vãos e tipos de estruturas, conforme padrão de construção.
 Esta atividade deverá ser executada com cesta aérea, podendo, para facilitar a
instalação dos espaçadores, ser marcado no chão os locais de fixação dos mesmos.
Para que a sequência de fases seja mantida nos espaçadores ao longo da rede, e
fundamental obedecer, sempre que possível, a seguinte convenção:
9.1 - Espaçadores ao longo do vão.

Instalar espaçadores em intervalos de 8 a 10 metros, obedecidas as condições anteriores.

10. PROTEÇÃO CONTRA RISCO DE INCÊNDIO EXPLOSÃO

Todas as partes das instalações elétricas da baixa tensão devem ser projetadas,
executadas e conservadas de forma a prevenir os riscos de incêndios e explosões, atendendo
especificamente ao estabelecido na NBR 9883.
Os ambientes das instalações elétricas que apresentam riscos de incêndios devem ter
proteção contra incêndio e sinalização de segurança, de acordo com as prescrições
estabelecidas pela NBR 5410 (NB-3).
Os extintores de incêndio, nas instalações elétricas, devem ser do tipo dióxido de
carbono, pó químico seco, ou outro elemento não condutor de eletricidade, nas capacidades
estabelecidas pela NR-23, sendo a extinção de incêndio com sistema fixo de água nebulizada
restritos a equipamentos (transformadores, disjuntores, capacitores) a grande volume de
óleo, de acordo com NBR 8674.

11.RELAÇÃO DE MATERIAL
ITEM DESCRIMINAÇÃO – ESTRUTURA DO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO UNID. QTD
1.1 Poste de concreto Duplo T 11/600 Pç. 1
1.2 Poste de concreto Duplo T 12/1000
1.3 Cruzeta de concreto –250 daN – retangular Pç. 1
1.4 Isolador de Pino para 15KV Pç. 1
1.5 Pára-raios de distribuição- 12 kV – polimérico – 10 kA Pç. 3
1.6 Cabo de cobre nú #50mm² M. 08
1.7 Cabo condutor - CA 3#50mm² - XLPE 8,7/15KV M. 167
1.8 Arame 12 BWG ou fita de aço Inox KG 3
1.9 Haste de aterramento – 5/8” x 3,00m Pç. 3
1.10 Transformador trifásico – 150kVA – 13,8kV, 220/127V Pç. 1
1.11 Eletroduto de aço galvanizado a fogo por imersão – 100mm Pç. 2
1.12 Mureta de alvenaria M² 3
1.13 Caixa para disjuntor, TC’s, chave de aferição e medidor CJ. 1
1.14 Disjuntor tripolar tipo caixa moldada – 400A Pç. 1
1.15 Isolador de ancoragem polimérico para cabo aberto Pç. 6
1.16 Grampo de ancoragem para cabo aberto Pç. 6
1.17 Manilha Sapatilha Pç. 6
1.18 Sapatilha Pç. 6
1.19 Conector Pç. 12
1.20 Braço suporte tipo C Pç. 1
1.21 Massa de calafetar KG 10
1.22 Perfil U Pç. 1
1.23 Fixador de perfil U Pç. 1
1.24 Mão francesa plana Pç. 3
1.25 Chave fusível tipo C Pç. 5
1.26 Elo fusível 6K Pç. 3
 Relação de Carga e Demanda Provável
A) Demanda de Iluminação
Relação de Carga Demanda Provável
Iluminação e Tomadas 12000x1 12,00 kVA
34030x0,50 17,01 kVA
Total 46,03 kW 29,01 kVA
B) Demanda de Aparelhos Eletrodomésticos e de Aquecimento.
Aquecimento 6900x0,84 5,84 kVA
Total 6,9 kW 5,84 kVA
C) Demanda para Condicionador de Ar
Aparelhos de Ar Condicionado Split 102530x0,78 79,97 kVA
Total 102,53 kW 79,97 kVA
D) Motores
Motores 1280x1 1,28 kVA
Total 1,28 kW 1,28 kVA
E) Uso específico
Uso específico Motores 13400x1 13,40 kVA
Total Total 13,40 kW 13,40 kVA

CARGA INSTALADA A+B+C+D+E 170,20 kW

CARGA DEMANDADA A+B+C+D+E 129,50 kVA

TRANSFORMADOR A SER INSTALADO 150 kVA

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________________________________________________
FÁBIO L. DE ARAÚJO
Engenheiro Eletricista
CREA: 1200573099