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Apostila Consolidada - CADA MEMBRO UM DISCÍPULO - MICRODISCIPULADO

O documento aborda a capacitação de membros da igreja para se tornarem discípulos saudáveis, enfatizando a importância do discipulado, mentoria e supervisão. Inclui autoavaliações, reflexões e diretrizes práticas para líderes e discípulos, visando fortalecer a comunhão e o crescimento espiritual. Além disso, apresenta um currículo para microgrupos e ferramentas para resolução de problemas e acompanhamento.

Enviado por

Paulo Cesar
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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O documento aborda a capacitação de membros da igreja para se tornarem discípulos saudáveis, enfatizando a importância do discipulado, mentoria e supervisão. Inclui autoavaliações, reflexões e diretrizes práticas para líderes e discípulos, visando fortalecer a comunhão e o crescimento espiritual. Além disso, apresenta um currículo para microgrupos e ferramentas para resolução de problemas e acompanhamento.

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CONCÍLIO SUL PAULISTA

@IMEL.CONSULPA
@RODRIGO.LIVRE
Pr. Rodrigo Rodrigues Lima
Superintendente

IMeL Jardim Rey

CADA MEMBRO UM DISCÍPULO


CAPACITAÇÃO

DIADEMA, 22 DE FEVEREIRO DE 2025


1

Sumário

Formando Discípulos Saudáveis – 1Jo 2.12-14 .............................................................................. 2


Empoderando Discipuladores Saudáveis – João 17 ....................................................................... 8
Diferenciando Mentoria, Supervisão, Discipulado ...................................................................... 14
Elementos Essenciais do Discipulado........................................................................................... 17
Bíblia X Livro X Pré-Microgrupo ................................................................................................... 26
Currículo para Microgrupos de Discipulado usando a Bíblia do Discipulado .............................. 33
Apêndice 1 - Mentoria: Definição, Modelos e Estilos .................................................................. 38
Apêndice 2 - Perguntas Frequentes sobre a Formação de Discípulos......................................... 42
Apêndice 3 - Orientação para líderes de microgrupos ................................................................ 44
Apêndice 4 - Três Perguntas Chaves para Discipuladores ........................................................... 47
Apêndice 5 – Quadro de Avaliação e Revisão de Módulo - Discipulado ..................................... 52
Apêndice 6 – Vida Devocional – Vida Saudável ........................................................................... 54
Apêndice 7 - Ferramenta de Crescimento Intencional ................................................................ 58
Apêndice 8 – Ferramenta para Resolução de Problemas e Desafios .......................................... 60
Apêndice 9 - As 10 perguntas de Acompanhamento .................................................................. 62
Apêndice 10 - Modelo de convite para Microgrupo de Discipulado ........................................... 64
2

FORMANDO DISCÍPULOS SAUDÁVEIS – 1JO 2.12-14

Autoavaliação como Discípulo


A nossa visão e o propósito da Igreja: Conhecer a Cristo e fazê-lo conhecido, proclamando
e expandindo o Reino de Deus aqui na terra (Mt 6.33; 28.18-20; At. 1:8). A igreja do
primeiro século praticava certas disciplinas básicas para manter esta visão (At 2.42-47).
Qualifique a si mesmo numa escala de zero a dez nas seguintes atividades ou atitudes
de um discípulo:

A PALAVRA
____ 1. Eu recebo ânimo e direção através do meu tempo pessoal com a palavra (meu
tempo devocional).
____ 2. Os membros da igreja me animam compartilhando a Palavra comigo (aqui e no
item seguinte não incluímos a pregação desde o púlpito ou os ensinos do
professor da escola bíblica).
____ 3. Eu animo a outros da igreja compartilhando a Palavra com eles.

A COMUNHÃO
____ 4. Estou envolvido de maneira significativa na vida de outros membros da igreja,
além das reuniões e os cultos.
____ 5. Eu me esmero em comparecer às reuniões semanais, estando preparado tanto
para receber como para dar.
____ 6. Eu peço a outros membros da igreja para me ajudarem a crescer.

A ORAÇÃO E A ADORAÇÃO
____ 7. Eu me aproximo de Deus, orando e vendo as respostas a essas orações. Eu levo
minhas atividades, encontros e reuniões a Deus e escuto o seu ânimo e direção
em relação ao que devo fazer ou falar.
____ 8. Os membros da igreja me animam orando comigo.
____ 9. Eu animo os membros da igreja orando com eles.

O TESTEMUNHO
____10. Eu compartilho o evangelho e/ou meu testemunho com pessoas que não
conhecem a Cristo.
____11. Os membros da igreja me animam com seu evangelismo.
____12. Eu ajudo outros membros da igreja a desenvolver melhor a evangelização,
inclusive fazendo visitas evangelísticas com eles.
3

A VIDA SIMPLES
____13. Eu me desapego de responsabilidades, posses e gastos que não me são
necessários, para dedicar mais do meu tempo em buscar o reino de Deus (como
por exemplo, nas atividades indicadas anteriormente).
____14. Eu mantenho os meus olhos em Jesus e não nas circunstâncias. Eu sinto a alegria
e a paz que procedem da confiança de saber que Deus está usando as dificuldades
para o bem.
____15. Por causa do meu estilo de vida simples, eu tenho tempo disponível para
entregar-me às pessoas que Deus coloca em minha vida.

RELACIONAMENTO COM UM DISCIPULADOR OU MENTOR


____16. Me preparo bem para os encontros com meu discipulador ou mentor.
____17. Os encontros com ele ou ela, são divinos. Realmente fazem diferença na minha
vida.
____18. Eu sou fiel em dar passos práticos com base nesses encontros.
Qual área ou assunto mais lhe preocupa?
Uma resposta de 9 ou 10 é ótima! 7-8 é boa; 5-6 é fraca; precisa ser mudada; e 4 para
abaixo indica que você corre um grande perigo nessa área da sua vida espiritual.

Com base em sua autoavaliação, escreva algumas implicações ou aplicações.

1. Introdução

2. 1 Jo.2.12-14

A. Características de filhinhos

1) “Filhinhos” Conhecem (ginosko) o Pai - Amados (Mt. 3.17).

2) Identidade de filho, não de servo (LQB, cap. 4).

3) Perdoados; identidade de santo, vivendo em Rm. 8.

4) Identidade em Cristo. Gosta de si mesmo.

5) Ainda egocêntrico.
4

B. Características de “pré-filho” (crente sem identidade de filho)

1) Falta de amor fundamental.

2) Identidade de servo (Lc. 15, Líder Que Brilha, cap. 4)).

3) Identidade de pecador, vivendo em Rm 7.

C. Características de jovem

1) Guerreiro, vivendo em prol de outros.

2) Sentido de chamado, usando os seus dons em favor dos outros.

3) Permanece na Palavra.

4) Discípulo.

D. Características de pai

1) Raízes profundas em Deus, caráter de Deus, de Pai.

2) Geram filhos.

3) Formam filhos.

4) Formam jovens guerreiros.

5) Discipulador.
5

3. Dinâmica do pastor ou líder solitário.

Reflexão individual (3’): o que chama a sua atenção sobre 1Jo 2.12-14 e sobre o
pastor ou líder solitário?

Filhinhos, escrevo a vocês, porque os seus pecados são perdoados


por causa do nome de Jesus. Pais, escrevo a vocês, porque
conhecem aquele que existe desde o princípio. Jovens, escrevo a
. vocês, porque vocês têm vencido o Maligno. Filhinhos, escrevi a
vocês, porque conhecem o Pai. Pais, escrevi a vocês, porque
conhecem aquele que existe desde o princípio. Jovens, escrevi a
vocês, porque são fortes, e a palavra de Deus permanece em
vocês, e vocês já venceram o Maligno.

I João 2.12-14

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

4. Provações e conflitos revelam a fase da pessoa.

A. “Pré-filho”. Ferido e reacionário.

B. Filhinho Egocêntrico, procurando o seu próprio bem.

C. Jovem. Sacrificando-se para o bem maior, não procurando os seus interesses.

D. Pai. Discernindo o que o Pai está fazendo e unindo-se a isso.

5. Duas formas de discipulado: 1) um a um; 2) pequeno grupo. (cf. BD, med. 1Co
12.12-13).
Nas duas formas se aplicam as quatro fases de um novo relacionamento ou novo
grupo:

A. Lua de mel
6

B. Conflitos - Mentor, assessor ou discipulador pode ser necessário para


sobreviver esta fase.

C. Adolescência (buscando identidade)

D. Maturidade, vivendo em prol dos outros.

6. Chaves para passar de filhinho a jovem.

A. Um discipulador/mentor.

B. Descobrir o seu chamado e dons.

C. Treinamento.

7. Chaves para passar de jovem a pai.

A. Um discipulador/mentor.

B. Saúde emocional. Restaurado para poder restaurar.

C. Foco em corações, não apenas no ministério.

D. Ouvir, ouvir, ouvir. Amar, amar, amar.


7

8. Grupos de reflexão, aplicação e oração (15min - os primeiros 3 min fazer


individualmente).

A. O que Deus está lhe dizendo?


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B. Indique alguns passos de obediência e fé diante do que Ele está lhe dizendo.
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C. Compartilhem e orem juntos.


8

EMPODERANDO DISCIPULADORES SAUDÁVEIS – JOÃO 17

Auto avaliação de Ser um Discipulador


Qualifique a si mesmo numa escala de zero a dez nos seguintes pontos:

____ 1. Eu sei quem são “aqueles que me deste” (Jo 17.6).

____ 2. Eu tenho um ritmo normal de encontrar-me com eles (Jo 17.18).

____ 3. Eles sabem que eu os amo e deixam nossos encontros firmes e encorajados.

____ 4. Temos encontros importantes além das reuniões de discipulado ou mentoria.

____ 5. Eles estão crescendo na sua dependência de Deus, não de mim.

____ 6. Eu oro por eles, ouvindo de Deus em favor deles.

____ 7. Nossos encontros de discipulado ou mentoria são encontros divinos, marcados


pela graça, direção ou poder que eles recebem.

____ 8. Nossos encontros são dedicados ao crescimento intencional deles. Deixo claro
o valor e a necessidade para que eles cheguem preparados.

____ 9. Tenho um ou mais, bons modelos de como mentorear que uso de forma eficaz.

____ 10. O discípulo/mentoreado tem passos de ação para tomar ao final do nosso
tempo juntos e os toma. Sinto que estou “lhes ensinando a obedecer a todas
as coisas” que Jesus mandou.

____ TOTAL

Com base em sua autoavaliação, escreva algumas implicações ou aplicações.

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9

1. Introdução

2. João 17 – a oração do discipulador. Norteado por três prioridades:

A. Deus (vv. 1-5)

B. Os discípulos (vv. 6-19).

C. O mundo (vv.20-23).

3. João 17.4 – “consumando a obra que me confiaste para fazer”.

A. Qual obra?

B. “Que me deste”. 12 vezes. Dependência radical no Pai.

4. João 17.6 – “aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu os deste a mim”.

A. Quais são as pessoas que Deus te deu?

B. O que você está fazendo com eles? Parábola dos talentos.

5. João 17.18 – “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao


mundo”.

A. Duas missões, uma para cumprir através da sua morte, a outra através da sua
vida.

B. Somos enviados com essas mesmas duas missões.

6. João 17.19 – “A favor deles eu me santifico”.

A. Palavras sinônimas.
10

B. Santificação integral. Vertical e horizontal. Espiritual e relacional.

C. Pessoas, não tarefas.

D. Discípulos, não ministério.

7. Dinâmica de dez anos de trabalho de um discipulador e de um evangelista, cada


um ganhando um por ano. 2Tm 2.1-2.

Reflexão: o que chama a sua atenção sobre João 17 e sobre a dinâmica do


discipulador e o evangelista?
11

8. Definições de discípulo e discipulado.

Definição de um discípulo. Sublinhe as frases que mais chamam sua atenção.

Um discípulo é um aprendiz
comprometido de coração
em crescer para ser como seu mestre.

Sublinhe o que chamar sua atenção na definição de discipulado da Bíblia do Discipulado


(BD) indicado a seguir.

O discipulado é um relacionamento comprometido e pessoal,


em que um discípulo mais maduro
ajuda outros discípulos de Jesus Cristo
a se aproximarem mais dele
e assim reproduzirem.

Comentários e perguntas?

9. Cinco processos de seleção de Jesus. Mc 3.13-19; Lc 6.12-16.

A. Encontros divinos: encontros pessoais onde a vida de alguém é marcada


por receber sabedoria, direção ou poder de Deus. Lc 5.1-11; Jo 1.35-51.

B. Padrão divino: quando a visão, ou compromisso e o ritmo de vida de várias


pessoas coincidem. Mc 1.16-18, 35-39.

C. Altas exigências: tendo critérios, buscando o tipo de pessoa em quem


construir e que vale a pena reproduzir. Mc 10.17-31; Lc 9.23-26; 57-62.

D. Quem ouve sua voz. Pv 2.1-6; Jo 10.3-5, 14-16, 27; Mt 13.10-18.

E. Oração, ouvindo ao Pai. Confirmando os nomes com o Pai. 1Sm 16.6-7;


Lc 6.12; Jo 17.6, 9.

10. Critérios de seleção de Jesus:


12

Ensinável. Disponível. Ouve sua voz. Fiel. Consagrado (comprometido com


Jesus e sua Palavra). Servo-facilitador. Líder. Saúde emocional.
Coloque seu nome na primeira coluna para auto avaliar-se com nota de 0 a
10 antes de avaliar a outros.

Nome 1. 2. 3. 4. 5.
Ensinável, fome e sede de
aprender, aceita correção
Disponível, ajusta sua
agenda a favor do
discipulador
Responde à voz de seu
discipulador
Fiel, cumpre sua palavra
Consagrado,
comprometido com Jesus
e sua Palavra
Servo, Facilitador.
Anima a participação de
outros.

Líder, tem seguidores

Saúde emocional

TOTAL
13

11. Grupos de reflexão, aplicação e oração (15min - os primeiros 3min fazer


individualmente).

A. O que Deus está lhe dizendo?


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__________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

A. Quais seriam uns passos de obediência e fé diante do que ele está lhe
dizendo?
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B. Compartilhem e orem juntos.


14

DIFERENCIANDO MENTORIA, SUPERVISÃO, DISCIPULADO

Termos similares ou sinônimos: para a maioria das pessoas em nossa igreja, é


comum identificar mentoria, supervisão e discipulado como sinônimos. Tentar
diferenciá-los tende a confundir as pessoas e criar discussões teóricas em vez
de contribuir para seguir em frente com a prática.
Embora esses termos possam e devem ser usados como sinônimos na maioria
das vezes, para veteranos que andam nesses tipos de relacionamentos por anos,
pode ser útil distingui-los. Podemos dizer que eles se sobrepõem 80% das vezes
e talvez 20% eles se distinguem entre si. São partes do mesmo diamante, com
facetas diferentes. Apresentamos abaixo uma proposta de definição destas
diferentes facetas. As três palavras expressam uma progressão nos níveis de
relacionamento, passando de uma relação mais leve e menos comprometida
para um relacionamento mais completo e comprometido. Sendo o discipulado,
como Jesus o praticava, o nível mais profundo.
Como estamos definindo essas palavras, cada palavra inclui as dimensões das
palavras anteriores1.
A essência das três palavras pode ser destacada assim:
1. Mentoria: ajudar a crescer onde e como o mentoreado quer; pleno potencial.
2. Supervisão: crescimento focado e intencional 50/50, multiplicação.
3. Discipulado: tornando-se mais como Cristo, discipulador proativo, ouvindo a
Deus.
Vamos ver cada uma com mais detalhes.

1. Mentoria. Mentor é uma pessoa que ajuda a outros a alcançar todo o seu
potencial. Olhando mais profundamente, alguém que acredita em outra
pessoa, vê além do que ela mesmo percebe, apoia e nutre, desafia e ajuda-a
a alcançar seu potencial dentro dos propósitos eternos de Deus.

Geralmente envolve ajudar outra pessoa a amadurecer em Cristo e crescer


em sua competência ministerial ou profissional. Na mentoria, o foco são os
objetivos do mentoreado, ajudando-o a realizar-se plenamente. O
mentoreado define onde ele quer crescer e como ele quer crescer,
considerando as ideias do mentor como opções. A estratégia muito comum e
de grande ajuda é fazer uma tempestade de ideias que leva a um plano de
ação.

1 Algumas pessoas definem essas palavras de maneiras diferentes. Nesse caso, é provável que as distinções
feitas aqui não permaneçam as mesmas. Ao mesmo tempo, pode ser válido e interessante pensar em uma
progressão nos níveis de relacionamento.
15

Mentoria geralmente é um a um. Pode-se adaptar para duas ou três


mentorear um indivíduo.

Seja no encontro individual ou em grupo, se em cada encontro novos temas


forem abordados, os ganhos aparentes podem não gerar crescimento pela
falta de intencionalidade e continuidade. Para resolver isso é ajuda ter tarefas
previas e seguimento.
Se o mentoreado está altamente motivado e comprometido, ele cresce
bastante. Se não for, cresce pouco. Normalmente podemos mentorear um
número limitado de pessoas.

Pode ser bom distinguir um mentor pastoral de um mentor ministerial. O


primeiro acompanha o mentoreado na área espiritual, familiar, emocional e
suas prioridades. O segundo é, geralmente, um especialista em áreas
ministeriais. Na prática, a maioria dos pastores descobre que precisa de
mentores para várias áreas, pois nenhum mentor é competente em tudo.
Muitos procuram um mentor pastoral e um mentor ministerial. Outros
descobrem a importância de um mentor especialista em alguma área,
especialmente quando querem crescer mais em certa área de sua vida ou
ministério.

2. Supervisão: uma pessoa responsável em elevar ao outro, ou seja,


proporcionar ao outro os conhecimentos, habilidades e técnicas necessárias
para seu desenvolvimento e de seu projeto ministerial.

O supervisor se concentra principalmente na área de desenvolvimento


ministerial, embora possa ter alguma iniciativa no cuidado pessoal e pastoral.
Normalmente tem uma tarefa prévia, com foco no crescimento intencional
tanto pessoal quanto ministerial/profissional.

Para dar maior assertividade e qualidade à supervisão, pode fazer uso de


ferramentas específicas, como a Ferramenta de Crescimento Intencional com
foco no crescimento intencional e reprodução com outros: a equipe, o grupo
pastoral e/ou os discípulos. Esta ferramenta possui uma tabela que inclui a
possibilidade de relatar sobre o discipulado/multiplicação para mais de uma
geração. O foco sempre será multiplicação e resultados.

3. Discipulado. Entende-se que no discipulado pode-se incluir todas os outros


tipos de relacionamentos já citados, contudo, o discipulador tem um papel
mais proativo. Ele foca áreas de crescimento que percebe ser importante,
ajudando o discípulo a crescer em áreas que ele necessariamente não
16

pensaria. O discipulador tem um papel de maior liderança na vida do


discípulo. Busca em oração discernir onde os discípulos precisam crescer.
Isso é um passo além da tempestade de ideias, porém, os discípulos são, em
última análise, responsáveis por suas escolhas. No entanto, se alguém é
resiliente ou escolhe repetidamente não seguir a orientação do discipulador
Deus, provavelmente, não está se juntando a eles.

O discipulado também tem um aspecto de compromisso pessoal, lealdade e


amor, que vai além das outros três tipos de relacionamentos. É o vínculo mais
profundo dos quatro tipos de relacionamentos. Geralmente acontece um por
um e em pequeno grupo. Inclui tarefas previas e de seguimento, prestando
contas do seguimento. O foco do discipulado, geralmente, será nossa equipe,
por serem pessoas altamente comprometidas com o mesmo chamado.

As vantagens do crescimento intencional nas relações um-a-um e através de


um pequeno grupo são discutidas em outro artigo.

Um líder precisa saber flexibilizar seu estilo de liderança identificando


quando deve pastorear, mentorear ou discipular. Isto deve mudar de acordo
com as necessidades, competência e maturidade de discípulos ou
aprendizes.

Em resumo, o termo específico usado não é tão importante quanto a


importância de crescer intencionalmente na semelhança de Cristo com a
ajuda de outra pessoa. Ao mesmo tempo, cada termo é uma faceta do
crescimento intencional. Facetas específicas podem ajudar o crescimento de
maneiras específicas.
17

ELEMENTOS ESSENCIAIS DO DISCIPULADO

1. Identifique três qualidades essenciais de um microgrupo ou pequeno grupo


de formação de discípulos que venham à sua mente.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

2. Um microgrupo é um grupo de quatro ... (excepcionalmente três ou cinco)


descritos no artigo "Microgrupos". Os seguintes elementos essenciais para
um microgrupo saudável são divididos em três olhares 1) para cima, 2) para
dentro e 3) para fora. Todas as três partes são sinérgicas: nossa relação com
Deus, com nós mesmos e uns com os outros. Eles expressam a plenitude do
Grande Mandamento para amar a Deus com todo o nosso coração, alma e
mente, e amar nosso próximo como nós mesmos.

A) Olhando para ______________ 2


1. Centrado em Cristo
2. A Palavra de Deus como elemento central
3. Ouvindo a Voz de Deus
4. Flexibilidade

B) Olhando para ____________ 3


5. Preparação
6. Transparência e vulnerabilidade
7. Crescimento intencional acelerado
8. Um currículo escrito, roteiro ou guia
9. Aplicação

C) Olhando para __________4


10. Participação
11. Amor e apoio, uma atmosfera de graça.
12. Prestação de contas, "supervisão" compartilhada
13. Liderança rotativa
14. Discipulado ou mentoria um-a-um
15. Multiplicação
16. O discipulado contínuo e o treinamento após o microgrupo se
multiplicam.

2
cima
3
dentro
4
fora
18

Se eliminar qualquer um desses, você não terá um microgrupo saudável!

A Ferramenta de Crescimento Intencional reflete muitas dessas qualidades. A


Bíblia do Discipulado também faz o mesmo.

3. E agora uma breve descrição de cada um.

Olhando para cima


1. Centrado em ____________5. Cristo nos comissiona a fazer discípulos, então
há uma parte muito humana para fazer discípulos. Ao mesmo tempo, Ele nos
diz para fazê-lo 1) sob Sua autoridade, 2) em nome do Pai, Filho e Espírito
Santo, e 3) Ele promete estar presente com aqueles que fazem discípulos de
uma forma única (28:18-20). O desejo de nossos corações é que Cristo se
revele em cada encontro de discipulado. Nós nos rendemos a Ele antes,
durante e depois do encontro para falar com nossas vidas e nos encher de
Seu poder. Enquanto nossas vidas são exemplos absolutamente necessários;
ganhamos autoridade e sabedoria do Alto à medida que imitamos e
revelamos a Cristo (1 Coríntios 11:1).

2. Centralidade da ________________________6. A Palavra de Deus ilumina nosso


caminho na escuridão (Sl 119:105), alertando-nos sobre o pecado e nos
afastando dela (Sl 119:9, 11). É a verdade objetiva e absoluta em um mundo
muito subjetivo e relativista. É afiada e penetrante em nossas mais profundas
motivações e necessidades (Hb 4:12). Através dela somos ensinados,
repreendidos, corrigidos e treinados para estar equipados para cada bom
trabalho (2 Tm 3:16-17). A chave é que a Bíblia não é simplesmente um livro
para ler ou estudar, mas um livro vivo através do qual ouvimos a voz de Deus e
recebemos a vida (Jo 5:39-40). Um microgrupo geralmente abrirá as
escrituras como base para o aprendizado e o crescimento.

3. _________7 a voz de Deus. O Espírito Santo nos convence do pecado (viver


mal), juízo e justiça (viver corretamente ) (Jn 16:7-11) e nos ensina todas as
coisas (Jo 16:12-15). Deus é uma pessoa e quer ser tratado como uma
pessoa. A oração não deve apenas ser falar com Deus, mas também ouvi-lo.
Ele quer que façamos perguntas a Ele e depois paremos e ouçamos Suas
respostas (Sl 46:10). Ele quer que recordemos (Dt 4:9-10; 2Pd 1:12-15) e
vivamos sob à luz de Sua voz. Um microgrupo normalmente deve ser um
encontro divino, muitas vezes tendo um momento de silêncio intencional

5
Cristo
6
Palavra de Deus
7
Ouvir
19

para ouvir Deus e depois orar de acordo com o que Ele nos revela,
expressando o que Seu coração está nos revelando.

4. __________________8. O foco não está no material, mas na vida das pessoas. O


objetivo não é passar o material, mas permitir que as pessoas abram seus
corações para a presença, propósitos e poder de Deus. Em qualquer reunião de
grupo, a lição ou estudo é o roteiro. O Espírito Santo é o condutor. Muitas vezes
nos tira do caminho que tínhamos planejado. Quando Ele o faz, seguimos sua
liderança com alegria, entrando em um encontro divino. Depois desse encontro,
se ainda houver tempo, voltamos ao mapa. Quando o Espírito não está guiando
de uma forma incomum, continuamos com o roteiro. Em alguns casos, o roteiro
pode ser amplo o suficiente para que, após o primeiro semestre (6 a 9 meses),
o foco do grupo seja identificado pelas necessidades do grupo e pelas áreas em
que mais deseja crescer. Nesse caso, os últimos 6-9 meses terão um roteiro
diferente em cada grupo. Espera-se que o microgrupo dure 12 meses, com
possibilidade de até 18 ou até mais. Mais de doze chegarão em grupos que
sentem que precisam de mais tempo devido à profundidade com que certos
problemas fundamentais são abordados e tratados.

Olhando para dentro


5. A _________________9. Acreditamos fortemente no princípio 10/90 de que
apenas 10% do impacto de uma reunião ou evento ocorre na reunião.
Noventa por cento ocorre na preparação e seguimento. Um microgrupo se
compromete com a preparação substancial (90 minutos), preparando a
mente e o coração para estudar as Escrituras (Ez 7:10) e em ouvir a Deus (Jo
5:19-20), cada um se preparando para compartilhar o que Deus lhes mostrou
(1 Coríntios 14:26).

6. Transparência e ____________________10. A transparência é permitir que as


pessoas nos vejam como realmente somos, sendo honestos sobre nossas
dificuldades, conflitos, problemas e, sim, até mesmo nossos pecados. É tirar
nossas máscaras (2 Coríntios 3:18). Vulnerabilidade é convidar as pessoas
para nos ajudar (Tg 3:16). Se o líder do grupo não modelar essas qualidades,
o grupo nunca avançará muito em profundidade e crescimento genuínos.
Uma das principais qualidades de um líder de microgrupo é ser capaz de falar
mal de si mesmo. Isso requer alguma saúde e segurança fundamentais por
parte de um líder. Sem isso, é provável que o líder compartilhe de maneiras

8
Flexibilidade
9
preparação
10
vulnerabilidade
20

que manipulem ou imponham, em vez de maneiras que convidam as pessoas


a confiar, crescer e se abrir.

7. Crescimento _________________ 11. Esta é praticamente uma descrição de um


verdadeiro discípulo. Os cristãos crescem, em geral, tão lentamente que é
difícil de ver, e muitas vezes mais acidentalmente do que intencionalmente.
Em um microgrupo, queremos desenvolver a profundidade e a confiança que
nos permitam identificar as principais áreas onde precisamos romper
fortalezas (2 Coríntios 10:4-5) e ver mudanças importantes na vida.

8. _____________________12, roteiro ou guia escrito. Várias razões pelas quais isso


é importante. 1) Se vamos multiplicar com sucesso, ajuda as pessoas a saber o
que estão multiplicando. Ajuda ter um "roteiro", um mapa, um odre ou uma
estrutura. Sem a ajuda do currículo, relativamente poucas pessoas se
multiplicariam. 2) Uma vez que nosso propósito é o crescimento intencional, é
útil ter previamente identificado áreas específicas de crescimento e ter um livro
ou guia de estudo que se concentre nisso. 3) Ajuda muito o líder a não sentir
que precisa criar um estudo para cada reunião. 4) Facilita a indicação da tarefa
prévia para a próxima reunião.

O movimento DPP usa os estudos para grupo pequenos na Bíblia do


Discipulado. São cerca de 450 estudos divididos principalmente em sete
cursos: discipulado, relacionamentos, casamentos, equipes, restauração da
alma, caráter e personagens bíblicos que demonstram discipulado. O
currículo básico do primeiro ano de microgrupos caminha com os oito estudos
em cada um desses quatro temas (módulos): comunhão, sendo um bom
discípulo, sendo um bom discipulador e as bases de restauração da alma.

9. __________________13 (Mt 7:24-27; Hb 4:11-14; Tg 1:22). A verdade em si


mesma não transforma. A verdade em si mesma não nos liberta. A verdade
aplicada sim. Em nossos grupos, passamos um tempo revisando a aplicação
da semana anterior antes de continuar falando sobre o desta semana. Uma
aplicação pode continuar de semana a semana se for algo em que ainda
precisamos crescer. Pode resultar do estudo, assim como pode surgir das
necessidades e problemas urgentes de nossas vidas. Uma aplicação
observável ou mensurável pode nos ajudar a saber se estamos crescendo.

11
intencional
12
Currículo
13
Aplicação
21

Olhando para fora


10. Participação. Crescemos proporcionalmente à nossa participação. Como
Jesus, o líder/discipulador faz boas perguntas e facilita a participação em
grupo (Lc 2:46). As perguntas podem seguir o padrão dos estudos da Bíblia
do Discipulado: pessoa – Palavra – pessoa. Cada estudo começa com uma
pergunta sobre a vida das pessoas relacionadas ao tema, segue com 3-4
perguntas indutivas sobre as Escrituras relevantes, e termina com uma
questão de aplicação para se conectar com a vida das pessoas. O líder não é
um professor, mas um facilitador.

Perguntas. Um bom discipulador faz perguntas. Jesus fez 307 perguntas! E


um bom discípulo também faz perguntas (Mc 4:10; Jo 9:2; Jo 13:6, 25, 36, 37).
Jesus recebeu 183 perguntas, das quais Ele respondeu apenas três
diretamente. Alguém descobriu que uma criança de 4 anos faz 437 perguntas
por dia. Jesus diz que, a menos que sejamos como crianças, não entraremos
no Reino de Deus (Mt 18:3-4). Quanto disso poderia incluir aprender a fazer
perguntas?

11. _____________14 e apoio, uma atmosfera de graça. Pesquisas mostram que a


desconfiança é muitas vezes a principal razão pela qual pastores e líderes
não abrem seus corações. É improvável que as pessoas, incluindo líderes e
ainda mais pastores, não tenham sido prejudicadas em algum momento, em
seus anos de formação, e em seus ministérios e carreiras. Eles não se abrirão
se não houver atmosfera de graça, amor e apoio. Todos os ensinamentos e
princípios corretos do discipulado sem amor são inúteis (1 Coríntios 13:1-3).

12. Responsabilidade, prestação de contas mútua. A aplicação (# 9) perde muito


de seu valor sem ele. Em um microgrupo, pedimos aos nossos colegas que nos
perguntem sobre nossas metas de crescimento e planos de ação ou medidas
identificadas para o crescimento. A responsabilidade não é imposta, nem um
grupo força ou pressiona alguém a crescer em uma área onde não quer crescer.
Normalmente, todos são apoiados a crescer na área em que identificaram que
querem crescer. Isso se traduz em responsabilidade.

Normalmente não funciona bem prestar contas a um grupo, mas para uma
pessoa. Quando prestamos contas a um grupo, ninguém assume a
responsabilidade. O ideal é ter um parceiro de prestação de contas específico
que também apoia e ora. Em um grupo de quatro, isso pode significar que cada
um faz isso por outra pessoa, incluindo o discipulador que tem alguém que faz

14
Amor
22

isso por ele ou por ela. Ao mesmo tempo, o discipulador normalmente será mais
proativo em apoiar e encorajar cada um dos outros três em suas metas de
crescimento.

13. Liderança ______________15. Depois de quatro a seis semanas, a liderança é


rotacionada para que todos aprendam a liderar. Idealmente, uma pessoa
deve liderar por quatro semanas, ajudando as pessoas a se prepararem para
a próxima semana. O discipulador fará uma avaliação com o líder após cada
reunião afirmando sua liderança e discutindo uma ou duas áreas onde eles
poderiam melhorar na próxima vez.

14. Discipulado ou mentoria ________________16. O discipulador deve ter


encontros individuais com cada discípulo uma vez por semestre ou de acordo
com a necessidade. Há vantagens distintas para reuniões de pequenos
grupos em relação às reuniões um-a-um, e há vantagens distintas para
reuniões um-a-um em relação às reuniões de pequenos grupos. O ideal é
combinar ambos. Alguns pontos fortes são: maior foco, profundidade,
atenção individual e confiança mais profunda. Às vezes, uma reunião um-a-
um será um encontro inovador, permitindo que o discípulo aborde algo que
ele não estava disposto ou capaz de abordar no pequeno grupo.

15. Multiplicação. O pacto assinado pelos membros no início do microgrupo


inclui a intenção de multiplicar-se no final dele. O currículo deve incluir
normalmente alguns estudos sobre como ser discípulo e sobre processos e
critérios seletivos. Isso começará a emergir na segunda metade do
microgrupo. Muitas vezes será o foco cerca de três meses antes de terminar
o currículo.

16. Discipulado e _______________________________17 depois que o microgrupo


se multiplica. Normalmente, o microgrupo que finalizou continuará a se
reunir mensalmente à medida que eles iniciam seus próprios microgrupos
semanais. As razões para isso incluem: 1) que os novos discipuladores
recebam cuidados e assessoria contínuos; 2) que não caiamos apenas em
uma orientação de programa. O discipulado é fundamentalmente uma
relação amorosa comprometida, não um currículo ou programa que termina.
3) Ter um movimento crescente com pessoas ligadas de formas relacionais
(Efésios 4:16) em vez de grupos isolados, cada um fazendo o seu melhor
sozinho. Isso pode incluir uma reunião especial ou até mesmo um retiro uma
ou duas vezes por ano para todos os discipuladores (líderes de microgrupo).

15
rotativa
16
Um a um
17
Capacitação contínua
23

No movimento fazer discípulos e pastoreio de pastores, nossa ferramenta de


capacitação mais importante é a Ferramenta para o Crescimento Intencional,
onde discipuladores e líderes de equipe relatam seu crescimento pessoal e
ministerial e o daqueles que lideram ou discipulam.

Como acontece o processo e a relação com a estrutura da igreja?

1. Começar com o _______________.18


No contexto de uma organização, denominação ou igreja, o discipulado deve
começar na equipe de liderança. Significa começar com o líder. Esforços para
pedir a outros fazer o que a própria liderança não está fazendo, vai fazer com
que “o tiro saia pela culatra”, gerando resistência ao discipulado.
Uma vez que a liderança está desenvolvendo e crescendo nos modelos e cultura
de fazer discípulos, eles podem estender isto a outros.
Jesus fez exatamente isto. Ele focou nos três, estendeu aos doze, e depois aos
setenta, que se tornaram o odre humano para a explosão do Pentecostes
promovido pelo Espírito Santo (o vinho).

2. Capacitação: Fazer a capacitação “Bases na formação de discipuladores”. A


maioria das igrejas tem uma cultura de ensino, não uma cultura de formação, um
foco na informação, não na formação. A capacitação deve ir além,
desenvolvendo competência, não apenas compreensão. A capacitação une a
mente (conteúdo) com o coração interior (sentimentos) e corpo (ações visíveis).

A formação efetiva surge de uma cultura de formação, o que significa que as


pessoas se formam juntas, praticam e melhoram juntas e reforçam a capacitação
entre si. O objetivo é que a capacitação seja simples e reprodutível, gerando um
efeito multiplicador. Por isso, junto com a informação vinda da capacitação
básica e materiais de apoio, encorajamos a todos a destacar algo que Deus mais
lhe chamou atenção e como aplicar isso em sua vida. A verdade aplicada
transforma.

A partir de encontros semanais de um grupo de até quatro pessoas para


compartilhar os seus destaques cada participante já vai experimentando um
nível de discipulado.

3. Microgrupos: A partir da capacitação básica, com um líder facilitador que já


vivencia microgrupos, surgem os microgrupos de discipulado mútuo com
pastores de igreja local que querem viver discipulado e implantar um processo
de ser uma igreja saudável e discipuladora com seus líderes.

18 Pastor
24

Ser discípulo e fazer discípulos! Não importa se a pessoa é um cristão


relativamente novo, um antigo membro de igreja, um líder ou um pastor, todos
devemos ser e fazer discípulos. Sem vivenciar discipulado, qualquer estratégia
se torna oca, mais teórica do que real, pois falta o DNA.
“Nós procuramos estratégias melhores, mas Deus procura homens melhores”,
nos diz Bound. Deus unge pessoas e não estratégias.
Ensinamos o que sabemos e reproduzimos o que somos, por isso só um discípulo
de Jesus pode fazer discípulos.

4. Assessoria: O assessor é uma pessoa responsável em elevar ao outro, ou


seja, proporcionar ao outro os conhecimentos, habilidades e técnicas necessárias
para seu desenvolvimento e de seu projeto ministerial.

As dificuldades internas e externas surgem naturalmente. Sem assessores,


novos conceitos e modelos são rapidamente torcidos e diluídos para serem mais
semelhantes aos padrões antigos bem conhecidos. Assessoria pode acontecer
individualmente ou em grupo, com foco no crescimento intencional e
desenvolvimento do seu projeto.

É possível que o mesmo líder facilitador seja o assessor dos pastores de seu
microgrupo. Estes pastores fazem o processo em sua igreja local tornando-as
referenciais para outras igrejas ou para igrejas de sua denominação, se for um
projeto denominacional. Para que o processo possa acontecer multiplicando-se
com qualidade é vital que não só o discipulado seja vivenciado pelo pastor e sua
igreja local, mas que o pastor seja assessorado e assessore aos líderes
estratégicos de sua igreja local.

Ideias para facilitar uma reunião de microgrupo e possíveis variações


1. Saudações e oração de abertura (5 min.)
2. Quebra-gelo (10 min.) Geralmente escolha uma atividade como as abaixo.
a. Um ponto alto para comemorar, um ponto para melhorar
b. Em que área da sua vida Deus está trabalhando?
c. Em uma palavra, como você se sente hoje? (Depois que todos falam,
cada um pode explicar sua palavra)
d. Que seguimento você deu nesta semana do que o Senhor falou com
seu coração na última sessão?
3. A primeira pergunta (10 min.) da vida das pessoas em relação ao tema do
estudo. As cinco perguntas seguem o padrão de "Pessoa – Palavra – Pessoa".
4. Estudo bíblico (30 min.). Em sua preparação todos devem pedir a Deus para
falar com eles (1 Coríntios 14:26). O líder facilitador pode usar as perguntas
do estudo bíblico 3-4 como elas são (menos a última aplicação). Você
também pode selecionar uma das perguntas para se concentrar. Ou você
25

pode pedir a todos para comentar sobre o que chamou sua atenção,
possivelmente um toque do Espírito.
5. Aplicação (15 min.) - Isso pode ter foco na última questão do estudo, bem
como em outra área de aplicação que Deus está trabalhando em sua vida.
Pode incluir uma continuação da aplicação do encontro anterior.
6. Ouça Deus / encontro divino (15 min.) . Normalmente cerca de três minutos
de silêncio tentando ouvir o coração de Deus. Depois orar com base no que
ouvimos, muitas vezes tendo algo a ver com uma passagem bíblica. Nosso
maior desejo é que haja um encontro divino para os participantes. Se isso não
acontecer antes deste encerramento, queremos que aconteça aqui.

7. Flexibilidade (5 min.) Dependendo das necessidades que surgem na conversa


pode ser bom fechar orando um pelo outro, às vezes com foco em uma
pessoa.

Variação #1 - pode ser uma vez por mês.


1. Saudações e oração de abertura
2. Quebra-gelo
3. Prestação de contas de nossas metas de crescimento -
a) Espiritual ; b) Emocional ; c) Relacional ; d) Físico ; e) Ministerial
4. Estudo
5. Aplicações pessoais.
6. Ouvindo Deus

Variação #2 – depois de alguns meses, você poderia ter um mês em que todos
passariam por esse processo, uma pessoa por semana.
1. Simplifique a reunião para fazê-lo em 45m.
2. NÓS MINISTRAMOS UM POR TURNO (45 min.) .
a. A pessoa compartilha uma área de descontentamento santo, uma
área onde ele realmente quer mudar (15m).
b. Brainstorm em favor da área onde a pessoa quer crescer (15m).
c. Ouvir o coração de Deus em favor desta pessoa (15m).

Variação #3
1. Simplifique o encontro destacando toques do Espírito (30m).
2. ASSESSORIA. Cada um comenta sobre sua Ferramenta de Crescimento
Intencional quando já tem seus próprios microgrupos (ou aplicados a uma
equipe que lideram) e recebe ASSESSORAMENTO (45m).
3. Brainstorm (tempestade de ideias) em uma área especialmente importante
ou ouvir Deus para uma pessoa ou área (15m).
26

BÍBLIA X LIVRO X PRÉ-MICROGRUPO

1. Qual é a melhor opção?

Mesmo que usemos um livro, a Bíblia não pode ser colocada em segundo plano.
Por outro lado, usar a Bíblia ou um livro não mudará em nada o ambiente se os
elementos essenciais do discipulado não estiverem presentes: a) Centralidade
na Palavra de Deus; b) Transparência e vulnerabilidade; c) Alto nível de
compromisso.
Quanto a microgrupo ou pré-microgrupo, vamos esclarecer a diferença e fazer
sugestões.

Muitos ambientes de discipulado, seja com Bíblia ou com livro, se parecem mais
com terapia do que com discipulado propriamente dito. Não podemos ignorar
que pessoas, ao abrirem os seus corações e dores, na verdade, estão em busca
de uma compreensão divina de suas crises e dificuldades. Elas querem uma
direção de Deus. Por outro lado, Deus permite crises e dores para se revelar às
pessoas e transformá-las à Sua imagem e semelhança. Neste contexto, elas
estão oferecendo um dos momentos mais preciosos para que a riqueza da
Palavra de Deus possa torná-las mais parecidas com Jesus Cristo. O que valerá
não são as opiniões pessoais e as experiências dos participantes, mas o que
Deus fala em Sua Palavra. Às vezes, até para alguns ali, a Palavra de Deus soará
absurdamente confrontadora, mas será o remédio amargo que promoverá a cura
para o coração que está sobre a mesa.

Larry Crabb, um renomado escritor e doutor em psicologia, oferece três


diagramas, dos quais dois explicam o porquê dificilmente vemos transformação
na vida de pessoas.

Diante de uma crise ou conflito, você pode buscar três caminhos. Cada um deles
oferece um ciclo. Pense numa pessoa que traz ao grupo um problema financeiro
em questão. Esta pessoa vive endividada e quer sair dessa condição. Vejamos
em cada um dos ciclos:
27

a) CICLO DO AJUSTE

Estabilidade Negação

Aperfeiçoamento Estratégias

Avaliação

Nesse primeiro ciclo, podemos afirmar que uma pessoa admite o problema
com as finanças, mas tem dificuldade em reconhecer que seja a causadora da
crise.

I) Negação. Ela não olhará para dentro de si, mas para fatores externos e
esperará conselhos que a ajude a encontrar um caminho. Ela não é o
problema, pois, o olhar é externo e não interno. Ela nega ser o problema.

II) Estratégias. Uma vez que ela não é o problema, buscará no conselho e na
experiência do grupo as melhores estratégias: a) Melhor salário; b) Novo
emprego; c) Caminhos para empréstimos; d) empréstimo; e) Planilhas; f)
Cursos de finanças.

III) Avaliação. Após ouvir as estratégias, fará uma avaliação de sua situação
(cíclica), pois, não será a primeira vez que caiu no endividamento.

IV) Aperfeiçoamento. Essa pessoa se sentirá aperfeiçoada (experiente) na


forma como lida com o dinheiro externamente. Geralmente saberá dar os
melhores conselhos no grupo a partir de seus conhecimentos e experiências,
mas sem perceber, voltará ao ciclo de negação em breve.

IV) Estabilidade. Viverá um momento de estabilidade que não se sustentará


por muito tempo, pois está com dinheiro fruto de empréstimos lhe dará uma
falsa sensação de segurança, mas não resolverá o problema se ela não olhar
28

para dentro de si e identificar o que a fez gastar além do que ganha e cairá
em um novo endividamento. Foi apenas um ajuste!

b) CICLO TERAPÊUTICO

Alinhamento Sinceridade

Apoio Discernimento

Direção

Nesse segundo ciclo, podemos afirmar que uma pessoa admite o problema
emocional com as finanças, olhando internamente, mas busca um culpado
para o seu problema e sentimento. Vamos ver como funciona este ciclo:

I) Sinceridade. Ela admite que tem um problema interno em relação ao


dinheiro. Ela é sincera em dizer que gasta porque tem ansiedade. Seu
descontrole emocional é confessado e ela se coloca sob o olhar crítico do
terapeuta ou “terapeutas do grupo” para lidar com essa situação.

II) Discernimento. Ela descobriu parte da raiz do problema, mas tanto ela
quanto o grupo procuram discernir a situação buscando uma causa fora da
pessoa que a leva a ser ansiosa e a gastar o dinheiro. Provavelmente foi uma
carência emocional. A ausência do pai ou da mãe a tornou uma pessoa
ansiosa. Enfim as causas não têm limites e são legítimas.

III) Direção. Discernido o problema, tanto o “paciente” do grupo como os


“terapeutas” buscarão as melhores práticas para a pessoa vencer a sua
dificuldade financeira com: a) terapia; b) cursos; c) perdoando os pais; etc.
29

IV) Apoio. Essa pessoa receberá apoio. De tempos em tempos serão feitas
perguntas no pequeno grupo.

V) Alinhamento. Enquanto ela se sentir emocionalmente apoiada, pois, é um


ciclo terapêutico, haverá por um longo tempo um alinhamento. Entretanto,
quando ela não se sente mais emocionalmente apoiada, não há mais
prestação de contas, todos são surpreendidos com uma recaída. Aqui vejo
muitos líderes frustrados e se cobrando: “Fiz tudo o que pude por essa pessoa
e ela caiu novamente.” Começa-se novamente o ciclo com a sinceridade.

b) CICLO ESPIRITUAL

Liberdade Quebrantamento

Confiança Arrependimento

Abandono

Nesse terceiro ciclo, podemos afirmar que uma pessoa admite o pecado na
administração das finanças olhando internamente e, reconhecendo a
verdadeira causa de sua maneira destrutiva de lidar com o dinheiro de uma
maneira que não agrada a Deus. Embora possa ter um histórico de problemas
emocionais, tratará as suas emoções e confessará o seu pecado. Vamos ver
como funciona este ciclo:

I) Quebrantamento. Ela admite que tem um pecado. Entretanto, como ocorre


esse reconhecimento? Nos dois ciclos anteriores, o grupo agiu de maneira a
aconselhar a partir de suas próprias experiências ou conselhos bíblicos, mas
a pessoa não foi devidamente conduzida na Palavra a olhar para si e a
identificar a raiz do problema como pecado. Ainda que seja de raiz emocional,
os sentimentos tem origem no pecado (falta de perdão; mágoa; etc). O que
produz quebrantamento é uma exposição à Palavra de Deus que leva a
30

pessoa a reconhecer que tal atitude ou sentimento não está nascendo em


Deus, mas fora de Deus e é isso que caracteriza o pecado.

II) Arrependimento. Ela descobriu a raiz do problema, e tanto ela quanto o


grupo, em espírito de oração e submissão à Palavra estão em um ambiente
de graça e ocorre arrependimento evidenciado por uma confissão sincera da
origem do descontrole nas finanças.

III) Abandono. A pessoa decide abandonar a confiança em si própria. Ela


decide não mais caminhar dominada por suas emoções. Ela confessa o seu
pecado e a deixa. Deixa mágoas, feridas e ansiedades diante de Deus. Ocorre
um verdadeiro desapego da justiça própria. Ela buscará uma nova disposição
de coração. Ela fará sim cursos, seguirá conselhos, mas não mais com a
situação sob controle de feridas e emoções.

IV) Confiança. Sua fonte de confiança é o Senhor. Não será mais precipitada
em gastar o recurso. Aprenderá a obedecer a Palavra por amor. Encontrará
em Deus o verdadeiro contentamento. A sua confiança não está mais no
dinheiro, mas em Deus.

V) Liberdade (transformação). Nasce a liberdade financeira. Nasce a


liberdade em Deus. O discipulado cumpriu o seu propósito que é nos levar a
sermos parecidos com Jesus com nossas emoções.

Nas palavras de Larry Crabb, “quando surgem problemas, nosso primeiro foco
deve ser entrar na Presença de Deus (encontro), participar com outros da jornada
para Deus (comunhão/pequeno grupo) e colaborar com o Espírito para formar
Cristo em nós (transformação). Por causa da nova aliança e seu lugar no Plano
Emanuel (Deus Conosco), o foco deve ser o desejo que já é. Devemos
simplesmente entrar em contato com Ele. Nosso desejo mais ardente nos dirigirá
para a meta do ciclo espiritual (que é a satisfação no próprio Deus).”

2. Mediante essa clareza, como conduzir grupos com livros?

A. Um método devocional de contato com a Palavra deve acontecer. Uma


sugestão é pedir que todos façam um TOPO na mesma passagem e
compartilhem o que Deus está falando. Cabe ao facilitar selecionar a
passagem bíblica.
31

B. Peça que leiam o capítulo em questão identificando as áreas que mais


chamaram a atenção e, especialmente as áreas em que houve confronto. Se
o livro não tem perguntas no término de cada capítulo, pelo menos 3 grandes
perguntas devem ser compartilhadas após a leitura:

I. O que Deus está falando com você?


II. O que você fará a respeito disso?
III. Que perguntas lhe vem à mente?

É necessário que o grupo tenha discernimento para ouvir a Deus quando o


tema que trouxe confronto evidenciar uma dificuldade emocional, familiar etc.
Não é momento para fazer terapia, mas para exercer O CICLO ESPIRITUAL.
No apêndice 8 oferecemos ferramentas como AROA, mas sempre lembrando
que o foco é a Palavra que produz quebrantamento, arrependimento,
abandono, confiança e liberdade!

C. 10 perguntas de acompanhamento. A cada mês é oportuno no quebra-


gelo trabalhar com perguntas confrontadoras para focar questões do coração
deixando o livro para a semana seguinte. A forma de manusear esta
ferramenta está detalhada no apêndice 9. Observação: Se for um grupo
misto, como mentoria de casais, tratar separadamente por gênero.

D. Sugestões de livros para discipulado

Tanto para homens quanto para mulheres

1. O Líder que Brilha – David Kornfield


2. Enraizados – Naomi Novik
3. Conhecendo Deus e Fazendo Sua Vontade – Henry T Blackaby e Claude V.
King
4. Identidade e Missão – Rodrigo Rodrigues Lima

Para mulheres

1. Cura pela Palavra – Marcelo Aguiar


2. Como ter o coração de Maria no Mundo de Marta – Joanna Weaver
3. Mulher Única (curso)

Para homens
32

1. A batalha de todo homem: vencendo a tentação sexual, uma vitória por


mês – Stephen Arterburn
2. Homem ao máximo (curso)
3. O silêncio de Adão – Larry Crabb

Para casais

1. Casamentos que se fortalecem por meio de mentoria – David Kornfield

Microgrupo – Pré-microgrupo

MICROGRUPO PRÉ-MICROGRUPO
Utiliza o currículo formal do David Utiliza currículo próprio
Ferramenta: Bíblia do Discipulado Ferramenta: Bíblia do Discipulado
Encontros semanais Encontros quinzenais
Até 5 pessoas Até 5 pessoas
Foco é tranformação Foco na formação do futuro
microgrupo
Começo, meio e multiplicação Começo, meio e nasce microgrupo
33

CURRÍCULO PARA MICROGRUPOS DE DISCIPULADO USANDO A BÍBLIA DO DISCIPULADO

Microgrupos. Este currículo é para ser usado dentro da descrição de microgrupos (outro
documento) incluindo o pacto para iniciar o microgrupo.

O currículo se baseia nos sete cursos da Bíblia do Discipulado, cada um com seus oito
módulos e cada módulo com oito estudos, levando a um total de 64 estudos em cada curso.
O currículo segue o mesmo padrão de cada um desses estudos: “Pessoa – Palavra –
Pessoa”. Abre com um miniretiro ou capacitação introdutória sobre microgrupos para
depois enfocar os relacionamentos do microgrupo nas primeiras quatro semanas. Na
sequência caminha por 12-18 meses do currículo, fechando com uma ênfase sobre a vida
das pessoas no último mês e/ou um retiro de avaliação. O currículo a seguir é previsto ser
48 semanas (um ano) com a possibilidade de tomar mais tempo em qualquer assunto
segundo a necessidade do grupo, assim podendo chegar até 18 meses. A vida e
crescimento das pessoas é o foco, não o estudo ou currículo em si.

Tarefa prévia de 90 minutos. O conceito do microgrupo inclui a perspectiva de 90


minutos de tarefa prévia e 90 minutos de encontro semanal. Nesta proposta, cada
semana normalmente teria dois estudos da BD de aproximadamente meia hora cada.
O discípulo tem a opção de ampliar o estudo se quiser. Poderia ver: as notas de rodapé
nos textos estudados, os três textos opcionais, e as notas e referências cruzadas. A
intenção é que o estudo em si não passe da metade dos 90 minutos. A outra metade
tem a ver com a vida da pessoa. A primeira e última pergunta de cada estudo enfocam
a vida da pessoa. Fora o tempo de estudo, esperamos que haja um tempo significativo
a cada semana de ouvir a Deus e de colocar em prática o que foi aprendido (o que Deus
está falando).

Individualização para cada microgrupo. O currículo é marcado por opções para


corresponder mais às necessidades e áreas onde as pessoas mais querem crescer. Isto
acontece principalmente na segunda metade onde o grupo escolhe os temas que
querem aprofundar como reflexão de onde mais querem crescer.

O currículo é dividido em quatro partes grandes:

1. Introdução: módulo da comunhão (4 semanas) e o discipulado (8 semanas).


Ressaltamos a comunhão para iniciar com relacionamentos e o discipulado
porque é a base e propósito do microgrupo.
2. Restauração da alma (24 semanas). Ressaltamos a restauração porque
queremos ver áreas profundas de nossas vidas transformadas. O pacto do
microgrupo fala de crescimento intencional acelerado. Em muitos casos isso
tem a ver com resolver raízes e fortalezas negativas do passado (2Co 10.4-
5).
34

3. Tema escolhido pelo grupo (aprofundar a restauração, as disciplinas básicas


de um discípulo, relacionamentos, casamento, equipe, caráter ou
personagens bíblicos que demostram o discipulado – 8 semanas).

Avaliação e realinhamento. A cada seis semanas isto será o enfoque da sessão. O


estudo normal semanal será substituído por uma sessão especial de avaliação e foco
nas nossas vidas sem estudo da Bíblia do Discipulado ou outro material. Isso implica no
líder escolher a cada seis semanas, quais dois estudos de um módulo vão saltar.

Os quatro temas do currículo seguem abaixo. Quando um módulo inteiro é indicado,


são oito estudos.

Introdução (conhecendo-nos) e Discipulado – 1º trimestre (dois estudos por semana)

1. Conhecendo-nos. Módulo da comunhão (1º módulo, curso de discipulado).


2. Módulo de ser um bom discípulo (7º módulo, curso de discipulado), saltando
dois dos oito estudos para inserir o encontro de avaliação na sexta semana.
3. Módulo de ser um bom discipulador (8º módulo, curso de discipulado), saltando
dois dos oito estudos para inserir o encontro de avaliação na última semana.

MÓDULO 1.1 - DEDICADOS À COMUNHÃO


Estudo Título Texto base
1.1.1 Compartilhando nossos testemunhos Atos 22.1-21
1.1.2 Compartilhando nossa visão para o futuro Jeremias 29.4-7
1.1.3 Os mandamentos recíprocos I Pedro 1.22
1.1.4 Comunhão na igreja primitiva Filipenses 2.1-5
1.1.5 Comunhão radical: idealismo ou realismo II Coríntios 8.1-5
1.1.6 Respondendo às necessidades uns dos outros Filipenses 4.10-19
1.1.7 Disciplinado como atleta e como discípulo I Coríntios 9.24-27
1.1.8 Visão e Disciplina Atos 26.19

MÓDULO 1.7 - COMO SER UM BOM DISCÍPULO OU MENTOREADO


Estudo Título Texto base
1.7.1 Seja um verdadeiro seguidor de Jesus Mateus 16.24-26
1.7.2 Tenha convicção do que você precisa I Reis 3.3-15
1.7.3 As marcas de um discípulo Mateus 5.3-10
1.7.4 Passos para encontrar um discipulador ou mentor Marcos 10.17-31
1.7.5 Seja proativo para com seu discipulador ou mentor João 3.1-15
1.7.6 Aproveite os encontros com um discipulador ou mentor Provérbios 3.1-12
1.7.7 Estratégias para o crescimento I timóteo 4.11-16
1.7.8 Invista em seu discipulador ou mentor João 21.15-17

MÓDULO 1.8 - COMO SER UM BOM DISCIPULADOR OU MENTOR


Estudo Título Texto base
1.8.1 Convicção de fazer discípulos Juizes 2.8-10
1.8.2 Ande com Jesus I Coríntios 11.1
1.8.3 Seja um discípulo ou mentoreado Mateus 8.5-13
1.8.4 Seja transparente II Coríntios 3.7-18
1.8.5 Faça boas perguntas Mateus 13.9-18
1.8.6 Primeiro princípio do discipulado: indo João 17.18-20
1.8.7 Segundo princípio do discipulado: batizando I Coríntios 12.12-13
1.8.8 Terceiro princípio do discipulado: ensinando a obedecer Mateus 7.21-27
35

Restauração da Alma – a partir do 2º trimestre (duração de 6 meses) – um estudo


por encontro

1. Bases de restauração (1º módulo, curso de restauração).


2. Batalha espiritual – conhecendo o inimigo (4º módulo, curso de restauração),
saltando dois dos oito estudos para inserir o encontro de avaliação na sexta
semana.
3. Batalha espiritual – destruindo fortalezas (5º módulo, curso de restauração),
saltando dois dos oito estudos para inserir o encontro de avaliação na última
semana.

MÓDULO 5.1 - BASES DA RESTAURAÇÃO


Estudo Título Texto base
5.1.1 Restauração: santificação da alma ferida Hebreus 12.7-17
5.1.2 Três níveis de restauração Mateus 17.14-21
5.1.3 Reconhecendo ferodas, defesas e responsabilidades Apocalipse 3.14-22
5.1.4 Experimentando Jesus tomar sobre si nossas dores... Isaias 53
5.1.5 Recebendo perdão e libertação Isaias 1.15-20
5.1.6 Liberando perdão Oseias 3.1-3
5.1.7 O novo começo Levítico 25.8-13
5.1.8 O chamado de Jesus para a restauração Isaías 58.6-12

MÓDULO 5.4 - BATALHA ESPIRITUAL - CONHECENDO O INIMIGO


Estudo Título Texto base
5.4.1 A batalha mortal Apocalipse 12.1-17
5.4.2 Primeira estratégia de satanás: orgulho Isaias 14.12-15
5.4.3 Segunda estratégia de satanás: ira Eclesiastes 7:9
5.4.4 Terceira estratégia de satanás: medo Jeremias 17.5-8
5.4.5 Quarta estratégia de satanás: falta de perdão Gênesis 27.41-45
5.4.6 Quinta estratégia de satanás: tentação sexual Deuteronômio 22.20-29
5.4.7 Sexta estratégia de satanás: duvidar da identidade de filho Jó 1.1-22
5.4.8 O chamado de Jesus para a restauração Isaías 58.6-12

MÓDULO 5.5 - BATALHA ESPIRITUAL - DESTRUÍNDO FORTALEZAS


Estudo Título Texto base
5.5.1 Abrindo uma brecha Ezequiel 22.23-31
5.5.2 A construção de uma fortaleza Jeremias 2.11-13
5.5.3 A destruição de uma fortaleza Deuteronômio 12.1-3
5.5.4 O poder da renúncia Provérbios 28.13-14
5.5.5 Quebrando influências de uma geração para outra Êxodo 20.2-6
5.5.6 Resolvendo o pecado sexual Esdras 10.1-17
5.5.7 O poder de quebrar mentiras Isaías 28.14-15
5.5.8 Limites de batalha espiritual Daniel 10
36

Temas escolhidos de um dos sete cursos – º trimestre

Pode selecionar dois módulos dentro de um curso e seguir o ritmo indicado acima. Faria um
módulo por mês, deixando uma semana para avaliação e alinhamento a cada seis semanas.
Isto pode incluir a opção de aprofundar o curso de discipulado ou de restauração.

Lembre-se que a seleção deve ser baseada nas áreas onde os membros do grupo mais
querem crescer.

Voltando ao padrão “Pessoa-Palavra-Pessoa”, no último mês o enfoque principal seria nas


vidas dos membros. Cada um teria um encontro inteiro para articular como que mudou
durante o ano e o que quer focar pela frente. Indicaria o que mais quer do grupo nessa
sessão (mentoria, ministração etc.). Se o líder fizer isso primeiro dará um modelo de como
aproveitar bem o tempo.

Fechando os 12-18 meses, e passando a iniciar novos microgrupos semanais,


recomendamos que o microgrupo original continue se reunindo mensalmente. Podem
usar a Ferramenta de Crescimento Intencional para compartilhar sobre suas vidas e
seus grupos de discipulado. Em alguns casos, esses microgrupos são uma expressão
de uma equipe ministerial ou pastoral. Nesse caso, teriam encontros quinzenais ou até
semanais, dependendo da profundidade de seu chamado e ministério.
37
38

APÊNDICE 1 - MENTORIA: DEFINIÇÃO, MODELOS E ESTILOS


David Kornfield
A palavra ‘mentor’ tem sido usado por muito tempo em inglês, mas chegou mais
recentemente de forma mais popular para América Latina. O conceito popular
dessa palavra no passado é a inteligência por trás de um plano, o pensador que
desenvolve a estratégia para o sucesso de um empreendimento. Em contraste,
o dicionário Melhoramentos se aproxima da definição usada em inglês quando
diz que é uma "pessoa que guia, aconselha, ensina".

A figura do mentor tem suas origens na mitologia grega na obra da "Odisséia"


escrita por Homero há milhares de anos. Ulisses, o grande herói, confiou os
cuidados de seu filho, Telêmaco, ao seu melhor amigo Mentor, antes de partir para
a Guerra de Tróia. Mentor foi responsável por ensinar Telêmaco "não só os
ensinamentos contidos nos livros, mas também no mundo". A tarefa do mentor era
dar-lhe educação não só da mente, mas também da alma e do espírito, uma
educação em sabedoria e não apenas em informação, preparando-o para assumir
o papel de seu pai na gestão de suas terras se ele não voltasse.

O conceito de mentores é mais conhecido no contexto acadêmico onde um


professor, muitas vezes na universidade, adota um aluno como seu afilhado ou
favorito, investindo nele e ajudando-o a avançar de forma especial. Geralmente
há uma afinidade especial entre os dois e o professor visualiza um potencial
especial naquele aluno. No mundo de língua inglesa, o uso do termo foi
estendido para todas as áreas: negócios, artes, igreja e assim por diante.

Hoje o processo de mentoria funciona assim: o mentor prepara um profissional


no início de sua carreira para os desafios da vida corporativa ou um mentor
prepara um aluno com quem tem uma afinidade especial para se destacar em
sua área de atuação. Algumas empresas têm um programa efetivo de mentoria,
no qual altos funcionários se tornam uma espécie de padrinhos dos funcionários
mais jovens.

Vamos oferecer a seguinte definição de um mentor cristão:

Um mentor é alguém que acredita em outra pessoa,


visualizando possibilidades além do que ela percebe,
apoiando e nutrindo-o, desafiando e apoiando-o
por seu potencial total dentro dos propósitos de Deus.
39

Aqui estão duas seções que aprofundam aspectos da mentoria:

1. Vários Modelos de Mentoria

A. Mentoria formal e informal. O formal é um compromisso de encontrar-se


com o propósito da mentoria. O informal é a mentoria que ocorre como
"acidente" dentro da vida normal, repetidas vezes, sem expectativa de
encontrar-se propositalmente para isso. O ideal são encontros formais junto
com momentos informais.

B. Mentoria especializada. Uma pessoa dificilmente terá todas as qualidades


que necessitamos em um mentor. É comum ter um mentor ou líder pastoral
para cuidar da vida pessoal e outro para assessorar em questões ministeriais.
Às vezes podemos ter um mentor para uma área bem específica, em algum
período de nossas vidas, estando em uma fase de aprendizado importante
nessa área.

Um exemplo de mentoria especializada seria quando fazemos uma


universidade ou mestrado. Um professor se transforma em um mentor para um
ou mais estudantes em quem ele tem um interesse de forma especial, vendo
um potencial fora de série neles. Outro exemplo, não acadêmico, seria procurar
um mentor para o matrimônio se queremos crescer intencionalmente em nossa
relação conjugal. Isso poderia ser em um grupo pequeno de vários casais
reunindo-se com um mentor para o casamento.19

C. Mentoria vertical e horizontal (recíproca): No MAPI e pastoreio de pastores


trabalhamos com trios de mentoria em um grupo pastoral de prestação de
contas e assessoria. Em cada encontro, trocam os papéis de quem é mentor
e quem é mentoreado. Podemos chamar isso de mentoria horizontal ou
mútua. Isso é diferente da mentoria que estamos destacando neste estudo
que é vertical, onde uma pessoa tem mais graça e experiência e realmente
está à frente da outra pessoa, apoiando e incentivando-a em seu
crescimento. Ambos tipos de mentoria são importantíssimas. A mentoria
recíproca pode acontecer com certa regularidade (semanal ou quinzenal) e
acompanha bem mais o dia a dia das pessoas. A mentoria vertical é mais
periódica, possivelmente a cada 6 a 8 semanas, reconhecendo que o mentor,
por seus compromissos e maior ocupação, não pode reunir-se
frequentemente com o mentoreado.

19
Este modelo é a base do livro de David Kornfield, Casamentos que se fortalecem por meio da
mentoria, Ed. Vida.
40

D. Mentoria um a um e em grupo: É importante reconhecer que não temos


nenhum relato de Jesus encontrando-se com um discípulo a sós (a não ser
com Pedro logo depois da ressurreição que foi mais um encontro de
restauração do que de discipulado). Aparentemente Jesus priorizou a
mentoria em grupo pequeno, permitindo às pessoas crescerem juntas e não
apenas em uma relação isolada com um mentor um a um. Ao mesmo tempo,
paralelo ao grupo pequeno é válido e interessante ter encontros individuais
periodicamente.

2. Estilos de Mentoria

A literatura sobre administração de empresas desenvolveu o conceito de liderança


situacional onde um líder assume diferentes estilos de liderança segundo a maturidade
competência de seus seguidores. O livro de David Kornfield, Equipes de Ministério que
Mudam o Mundo, (p. 101-102)20 explica isso com detalhes indicando os estilos de
comandante (dirigente), técnico (treinador), pai (apoiador) e o delegador (transferindo o
poder). O mentor normalmente não é uma pessoa com autoridade organizacional, assim
que alguns desses estilos não se aplicam muito ao mentor. mas se aplicam mais ao
papel de um pai/apoiador que se adapta em seu estilo segundo a situação do
mentoreado. Algumas opções de modelos entre as quais escolher, incluem:

A. Resolvendo problemas: quando o mentoreado tem um problema que gostaria


de resolver. Um excelente modelo de este tipo de mentoria se resume no
acróstico AROA. Nesse modelo o mentor ajuda o mentoreado a passar por
quatro passos, identificando o Alvo ou meta objetivo, a Realidade, as Opções e
a Ação a ser tomada, geralmente usando perguntas para ajudar o mentoreado
a descobrir suas próprias soluções.
B. Ouvinte: quando o mentoreado quer expressar certas dores ou ansiedades sem
sentir que o mentor vai "consertá-lo". Neste papel pastoral o mentor ouve tanto
palavras e emoções e palavras não ditas. Repete frases ou conceitos para deixar
o mentoreado certo de que está sendo bem compreendido. Ele faz algumas
perguntas para ajudar o mentor a entender melhor seu próprio coração.
C. Mini-ministração: respondendo a uma área emocional onde a pessoa se sente,
amarrada, paralisada, confusa ou sem força. Ministra do céu para a terra, do
coração de Deus para o coração da pessoa ministrada. Geralmente inclui uma
revelação do coração do Pai muitas vezes através de alguns versículos. Se há
dor profunda ou trauma do passado, a pessoa pode precisar de um processo
maior de restauração e ministração completa como a que acontece no ministério
REVER (Restaurando Vidas e Equipando Restauradores).
D. Ouvindo a Deus: quando o mentoreado enfrenta uma decisão ou situação onde
precisa da orientação de Deus. Após entender a situação, normalmente se passa
alguns minutos em silêncio ouvindo a Deus. Para que não seja muito subjetivo,

20 Este livro está sendo reeditado pela Editora Betânia com previsão de lançamento em fevereiro de 2020.
41

ajuda a pensar em passagens bíblicas relacionadas ao assunto e então orar


juntos para ver que temas surgem de comum acordo na oração.
E. Avaliação: uma ou duas vezes ao ano é interessante usar uma ferramenta de
auto avaliação para ter uma ideia geral de como anda a vida do mentoreado. Um
exemplo pode ser a Autoavaliação de Liderança Relacional. Também pode fazer
uma autoavaliação de seu ministério, destacando pontos altos e pontos a serem
melhorados.
F. Prestação de contas: normalmente flui através de tarefas que foram
combinadas na reunião anterior. É uma forma de animar y firmar a pessoas em
seus próprios alvos. Também existe dez perguntas formuladas para a prestação
de contas na maioria das áreas principais da vida.
42

APÊNDICE 2 - PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A FORMAÇÃO DE DISCÍPULOS

1. De que se trata o autêntico discipulado? (Definições)

A. Discípulo: Seguidor de Jesus. Melhor dizendo: Um seguidor comprometido de Jesus que


intencionalmente está se tornando mais semelhante a ele, estendendo sua missão
(Imitação, crescimento, envio).
B. Fazer discípulos: Fazer seguidores de Jesus. Amplificado: uma relação de amor e
compromisso, na qual os discípulos de Jesus caminham juntos para crescer
intencionalmente na semelhança de Cristo em cada área de suas vidas e de por sua
vez, discipular a outros.
C. Mudança de paradigma. Todo cristão, seja novo ou velho, é chamado a ser um discípulo
de Cristo.
D. Pressuposto: Fazer discípulos se baseia no Evangelho, em resposta ao que Deus tem
feito por nós.
2. Por que é tão importante o discipulado?

A. Enfoque central de Cristo. Era o coração do ministério de Jesus (Jo 17) e queremos
ser como Jesus.
B. Obediência - Á Grande Comissão delegada por Cristo. Todo verdadeiro discípulo
faz discípulos.
C. Crescimento. Ser discipulado e mentoreado por alguém nos ajuda a crescer
exponencialmente.
D. Igrejas de crescimento saudável: É o resultado natural de discípulos que crescem
saudáveis.
E. Transcendência. Nenhum outro método é tão transcultural, efetivo e profundamente
transformador.
F. Multiplicação. Fazer discípulos saudáveis reproduz múltiplas gerações de
discípulos.
3. Se é tão importante, por que se descuida tanto?

A. Ativismo (vício em trabalho). Os programas e projetos enchem nossas vidas em lugar


dos relacionamentos.
B. Orientação de eventos. Estamos orientados para eventos, não focados nos processos
de crescimento.
C. Orgulho. Muitos líderes cristãos sentem que não necessitam ser discípulos ou ser
discipulados ou mentoreados.
D. Feridas e más experiencias: Existe um discipulado desvirtuado, doloroso e abusivo,
especialmente com um modelo hierárquica, autoritário ou imposto, não baseado em
amor.
E. Desconfiança. Muitos se fecham à vulnerabilidade inerente ao discipulado por estar
feridos.
F. Somente os discípulos podem fazer discípulos. É necessário ser antes de fazer. E ser
um discípulo se baseia em render-se, negarmos a nós mesmos, tomar nossa própria
cruz e morrer para nós mesmos.
43

G. Programas, currículos, materiais e doutrinamento. Procuramos fazer discípulos


através do ensino em lugar de uma vida impactando outra. Este modelo vem desde
o seminário teológico.
4. O que torna isso tão difícil?

A. Tudo que está descrito acima!


B. Guerra espiritual. O mundo, a carne e o diabo militam contra fazer discípulos.
C. Requer o empoderamento do E.S. É a vida de Cristo transbordando que flui de dentro
para fora.
D. É profundamente contracultural em todas as culturas. Não temos uma cultura de
fazer discípulos.
E. Falta de modelos. Poucos líderes são discípulos que fazem discípulos.
5. Como podemos melhorar? (Micro)

A. Centrados em Cristo. Conectando com Cristo; ajudando a outros a fazer o mesmo. Nada o
pode substituir.
B. Compromisso individual. Cada cristão se compromete a ser um discípulo, sem
esperar aos demais.
C. Um estilo de vida de arrependimento e graça, duas faces da mesma moeda,
demonstrado em contínuo crescimento.
D. Múltiplos modelos de discipulado: um a um e grupos pequenos; colegiado e de
aprendiz. O ideal é quando estes múltiplos modelos se entrelaçam.
E. Escutar de Deus - através das Escrituras, o Espírito, um ao outro e as circunstâncias.
6. Como podemos melhorar? (Macro - em uma igreja, denominação, cidade ou país)

A. Lançamento da visão: motivar e inspirar, sensibilizar ou conscientizar as pessoas.


B. Discipular aos mentores ou treinadores: habilitar a cada líder (pastor, presidente,
CEO, etc.).
C. O micro (acima) – praticado e experimentado por cada líder e equipe de liderança
principal.
D. Consultas participativas. Aprendendo juntos, crescendo juntos, compartilhando as
melhores práticas.
E. Capacitação. Discipuladores experimentados que ajudam aos líderes chave a
desenvolver o estilo de vida e a cultura.
44

APÊNDICE 3 - ORIENTAÇÃO PARA LÍDERES DE MICROGRUPOS

O líder de um microgrupo discipulado é uma combinação de discípulo, líder e


facilitador.
Transformação pessoal. O microgrupo atende a quatro condições ambientais que
criam o que chamamos de "efeito estufa". Quando nós... (1) abrimos nossos
corações em confiança transparente uns aos outros; (2) em torno da verdade da
Palavra de Deus; (3) no espírito de mudar nossas vidas com responsabilidade; (4)
enquanto participamos de nossa missão projetada por Deus... estamos na estufa
da transformação do Espírito Santo.
Isso tem como contexto, um pacto do discípulo, indicado abaixo.
Estou comprometido com as seguintes normas:
1. Complete todas as tarefas antes da reunião semanal a fim de contribuir
plenamente (ver "Formato de estudos").
2. Encontre-se semanalmente com meus colegas por cerca de uma hora e meia
para discutir o conteúdo das tarefas.
3. Ofereça-me ao Senhor inteiramente, sabendo que começarei um processo de
transformação acelerada.
4. Contribua para uma atmosfera de honestidade, verdade, confiança e
vulnerabilidade pessoal em um espírito de construção mútua.
5. Comprometa-se a investir tempo e esforço em duas ou três outras pessoas
quando completarmos o Manual de Discipulado.

Destaques do modelo de microgrupo. Muitos movimentos de discipulado têm


o DNA de relacionamentos, processos de crescimento intencional, Escrituras e
multiplicação. Ao mesmo tempo, este modelo dá vida a esse DNA de uma forma
particularmente poderosa. Aqui estão cinco desses elementos práticos:
1. Convite pessoal para caminhar juntos semanalmente como um grupo de 3 ou
4, preferencialmente 4, com um pacto de 12 a 18 meses. (90 minutos para a
reunião; 90 minutos de preparação).
2. Currículo (currículo) para crescer em 1) discipulado, 2) a restauração da alma
e áreas específicas escolhidas por cada pessoa. 21
3. Liderança rotativa após as primeiras 4-8 semanas, garantindo que todos
saibam como liderar bem. Em um grupo de 12 meses, todos terão liderado
dez vezes!
4. Multiplicação em novos grupos ao final de 12-18 meses.
5. Crescimento intencional (não só acidental) e acelerado (não tão lento que é
difícil saber se há mudanças reais).

21 Este currículo funciona em cima


dos sete pequenos cursos em grupo da Bíblia Discipulado/SBB (BD). Há
outras boas opções materiais. As razões pelas quais optamos por este plano seguem no final deste
documento.
45

Adicionamos dois elementos ao modelo listado acima.


6. Ouvir a Deus, combinando a verdade que vem da Palavra escrita (logos)com
a verdade que vem da escuta de Deus(rhema), conhecimento objetivo (grego,
eido) e conhecimento subjetivo, pessoal e íntimo (grego, ginosko e
epiginosko). 22
7. Aplicação. No final da reunião, levamos dez minutos para identificar nossa
aplicação para a próxima semana. Levamos mais dez minutos no início da
próxima reunião para revisá-lo. Dos 90 minutos da reunião, apenas 45 se
concentram em compartilhar o que estudamos.

*****
No movimento Discipulado e Pastoreio de Pastores, recomendamos os sete
cursos em grupo na Bíblia do Discipulado 23 como o principal material para
microgrupos discipulado, com a capacidade de adicionar leituras de outros bons
livros de tempos em tempos. Recomendamos especialmente livros que tenham
o DNA de relacionamentos avaliados em discipulado, transparência, boas
perguntas e aplicação.
As principais razões para esta recomendação da Bíblia do Discipulado são:
1. Valores. Expressa bem os valores do discipulado e pastoreio de pastores
(DPP) e a visão de um pastor saudável e discipulador, e uma igreja saudável
e discipuladora.
2. Atrativo, tanto para a nova geração quanto para pessoas com menor nível
educacional, facilitando o discipulado de jovens, adolescentes e pré-
adolescentes. Não requer muita leitura.
3. As disciplinas básicas de um discípulo se destacam no curso do discipulado
(comunhão, Palavra, oração, evangelismo, vida simples e ter um
discipulador/mentor).
4. Abordagem prática do que intelectual. Atrativo para a próxima geração e
proporciona equilíbrio para pastores e líderes que tendem a mergulhar em
teologia e conteúdo.
5. Conteúdo adicional opcional. Cada estudo tem três textos adicionais
opcionais, referências cruzadas, notas de verso e ajuda com o índice de
assunto.
6. Aplicação. Abordagem clara e objetiva com a aplicação em cada estudo.

22Veja as notas na Bíblia do Discipulado em Logotipos E Rhema (I 3,34); Em eido E ginosko (Jo 8.32,55).
23A Bíblia do Discipulado possui sete pequenos cursos que podem ser usados individualmente ou em
grupo, cada um com 64 estudos. O currículo proposto na Bíblia do Discipulado é baseado nesses sete
cursos.
46

7. Pessoa Modelo - Palavra - Pessoa. Cada estudo para um pequeno grupo


tem esse padrão. O currículo que propomos segue o mesmo padrão. O
primeiro mês tem como foco pessoas e relacionamentos e os temas dos dois
últimos trimestres são escolhidos de acordo com as necessidades do grupo.
8. Simplicidade! O discipulado de Jesus era profundamente simples. Sempre
pegamos o que ele nos deu e complicamos. Queremos caminhar com um
modelo o mais próximo possível de Jesus. Isso inclui tempo não só para
estudar, mas também para ouvir Deus e praticar o que estamos aprendendo.
9. Flexibilidade de acordo com as necessidades do grupo. Junto com bases
iniciais firmes, a profundidade dos cursos e módulos de BD permite a
individualização de temas alinhados com as áreas onde o grupo mais quer
crescer. A vida e as necessidades das pessoas se tornam um ingrediente-
chave na definição curricular. Dessa forma, cada novo grupo terá novos
conteúdos junto com o currículo básico ☺.
10. Focado em vidas e relacionamentos. O currículo começa com os oito
estudos do módulo de comunhão. Isso cria pontes de confiança para as
pessoas falarem sobre suas necessidades.
11. Interdenominacional. A BD, editada e publicada pelas Sociedades Bíblicas
do Brasil, tem uma visão interdenominacional. Alguns livros de discipulado
ensinam doutrina básica. Isso é muito bom! Ao mesmo tempo, nem todos
concordarão com a perspectiva, especialmente se ela entrar em áreas de
teologia sistemática.
12. Melhorável. O currículo proposto está aberto a mudanças. Livros publicados
não têm essa flexibilidade.
47

APÊNDICE 4 - TRÊS PERGUNTAS CHAVES PARA DISCIPULADORES

1. A pergunta chave para um estudo bíblico, no final de um seminário ou sessão


de um retiro, estudo de qualquer livro ou mesmo de seu tempo de devocional
é:
O que mais chamou sua atenção?
(ou, o que Deus está lhe dizendo?)

Razões pelas quais essa pergunta é tão poderosa.

A. Evita a imposição. Não força os participantes a caminharem em uma


direção diferente da que está em seus corações. Qualquer outra pergunta
naturalmente faria isso. Às vezes, uma pergunta direcionada é boa e até
importante ou necessária, mas em geral essa pergunta cria uma
atmosfera de graça.
B. Toca corações. Isso leva a pessoa a parar e refletir significativamente,
prestar atenção ao seu próprio coração, ao que é importante para ele ou
ela.
C. Abre espaço para o mover do Espírito. A simples repetição da pergunta
permite que todos participem. Abre a possibilidade de discernir um mover
do Espírito à medida em que toca o coração das pessoas.
D. Reprodução (Transferível). A pergunta é tão simples que qualquer líder
pode usá-la facilmente e crescer na graça do seu uso. Se uma pessoa tiver
que substituir o líder no último momento, é fácil seguir dar continuidade.
E. Preparação. O próprio líder deve sempre ter uma resposta para a
pergunta a ser oferecida, caso o Espírito o direcione ou que se encaixe no
que a outra pessoa diz. É ótimo que o líder tente responder à pergunta
entre parênteses também. Ele ou ela não necessariamente compartilhará,
pois, seu papel é principalmente facilitar os outros, mas você deve estar
pronto.

2. A segunda pergunta chave conduz à aplicação.


O que você pode fazer esta semana à luz dessa verdade?
(Ou que passo ou passos você pode dar?)

Razões pelas quais essa pergunta é tão poderosa.

A. Engano. Sem aplicação, toda discussão pode aumentar nosso


conhecimento, mas nos iludir quando ao crescimento real e profundo
(Tiago 1: 22-25).
48

B. Crescimento intencional. Sem aplicação, raramente haverá um


desenvolvimento intencional. Se houver crescimento, a tendência é que
seja acidental e tão lento que nem nos permita perceber mudanças reais
em nossas vidas.
C. Prestação de contas. Sem isso, poucas pessoas se lembram de sua
aplicação depois de uma, muito menos darão seguimento. É importante
reservar um tempo, possivelmente dez minutos na próxima reunião para
revisar as aplicações identificadas na reunião anterior.
D. Superando a superficialidade. Às vezes, quando alguém não está
progredindo bem, é ótimo poder descobrir e reconhecer isso. Por isso é
bem importante caminhar um pouco mais nessa aplicação. Pode ser que
se reconheça alguma razão pela qual não consegue avançar e encontre
caminhos para resolver isso.
E. Grandes áreas. Outras vezes, pode haver avanço, mas a área a ser
trabalhada é grande demais. Pode exigir continuidade por mais algum
tempo, afirmando essa área antes de passar para outra.

3. A terceira grande pergunta é aquela que gera outras perguntas. Por


exemplo:
Quais perguntas lhe vêm à mente à luz deste estudo?
Anote pelo menos uma.

Razões pelas quais essa pergunta é tão poderosa.

A. Discipulado. Todo bom discípulo faz perguntas. Queremos que as


pessoas cresçam como discípulos.
B. Discipulador. Todo bom discipulador faz perguntas. Queremos que as
pessoas cresçam como discipuladores!
C. Mentalidade investigativa. Esta pergunta ajuda a criar uma mentalidade
de avaliar, examinar e verificar os assuntos de forma mais aprofundada.
A pessoa que desenvolve o hábito de fazer perguntas tenderá a crescer
sempre. Você só precisa ter cuidado para que as perguntas sejam
genuínas e não ataques críticos ou velados em forma de perguntas.
D. Perigo. O risco dessa pergunta é que ela pode abrir discussões
teológicas, teóricas ou controversas que as pessoas gostam muito de
discutir, mas que podem nos afastar de questões mais profundas,
pessoais ou espirituais.
Para um estudo mais aprofundado sobre boas perguntas, consulte as
próximas páginas.
49

Boas Perguntas

1. O que é mais importante: boas perguntas ou boas respostas?

2. Anote boas perguntas que você enxerga na Bíblia, anotando a referência e a


pergunta. Anote as que chamam sua atenção nos comentários de todos.
Antigo Testamento

Os Evangelhos (a vida de Jesus)

Novo Testamento após os evangelhos

3. Algumas boas perguntas no Antigo Testamento


 “Senhor, quem sou eu?” (Moisés perguntando – Êx 3.11
 Moisés falou “Não consigo falar bem!” Deus respondeu com 4 perguntas Êx
4.10-12
 “Por que você está clamando a mim?” (Deus perguntando para Moisés – Êx
14.15
 “Não fui Eu que lhe ordenei?” Js 1.9
 “Por que seu rosto parece tão triste, se você não está doente?” Ne 2.2
 “Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição
de rainha?” Et 4.14
 “Prepare-se como simples homem; vou fazer-lhe perguntas e você me
responderá” (Deus falando para Jó em 38.3 e 40.7, seguido por 72 perguntas).
 “Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: ‘Quem enviarei? Quem irá por nós?’”
Is 6.8.
 “Até quando você continuará impura?” ou “Até quando ainda não te purificarás?”
Jr 13.27
 “Estes ossos poderão tornar a viver?” Ez 37.3
 O livro de Malaquias se baseia em 24 perguntas.
50

Algumas boas perguntas nos Evangelhos


 “Você quer ser curado?” Jo 5.6
 “Vocês também não querem ir? Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor para quem
iremos?” Jo 6.67-68
 “Quem vocês dizem que eu sou?” Mt 16.15
 “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?” “O que está escrito na
Lei?”, respondeu Jesus, “Como você a lê?” Lc 10.25, 26
 “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” Mc 15.34
 “Simão, filho de João, você me ama?” Jo 21.15, 16, 17
 Jesus constantemente trabalha com perguntas. Um estudo de como ele
responde a perguntas e as perguntas que ele faz é maravilhoso.

Algumas boas perguntas no resto do Novo Testamento


 Felipe e o eunuco de Etiópia – boas perguntas. At 8.30-37
 “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu,
Senhor?” At 9.4b, 5.
 “Senhores, o que devo fazer para ser salvo?” O carcereiro de Filipos – At 16.30
 “Miserável homem que sou! Quem me libertara do corpo sujeito a esta morte?”
Rm 7.24
 “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra
nós?” Rm 8.31
 “Quem nos separará do amor de Cristo?” Rm 8.35
 “Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? ‘Acaso aquilo que é
formado pode dizer ao que o formou: “Por que me fizeste assim?”’ O oleiro não
tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso
desonroso?” Rm 9.20-21

4. Pergunta para iniciar um retiro com Deus: “Se você soubesse que Eu responderia
qualquer pergunta sua hoje, quais perguntas me faria?”24

5. Sete grandes perguntas bíblicas no livro de Gênesis. Estas perguntas seriam


excelentes para um retiro com Deus. Selecione as mais relevantes para você neste
momento, a fim de tratar em um retiro com Deus, ou para numa série de momentos
devocionais.
1. Gn 3.9 - Onde você está? (Onde você está se escondendo? Atrás do quê?)
2. Gn 4.9 - Onde está seu irmão?
3. Gn 16.8 - De onde você vem? (O que Deus depositou em sua vida até aqui?)
4. Gn 16.8 - Para onde vai? (Qual o futuro que Deus tem para você?)
5. Gn 18.17 - Esconderei de Abraão (coloque seu nome no lugar do nome dele) o
que estou para fazer?
6. Gn 27.18 - Quem é você?

24Mais perguntas para um retiro com Deus se encontra no site do MAPI/ferramentas na letra “R” para
Retiro com Deus.
51

7. Gn 30.30 - Quando farei algo em favor da minha própria família?

6. Escreva uma ou duas perguntas que considere importantes neste momento


da sua vida.

7. Veja o valor de cinco perguntas frequentes a seguir.

Perguntas Frequentes
Existem cinco perguntas que permitem aprofundar qualquer assunto.
1. Qual é o tema? Definição da palavra ou palavras-chaves. Sem fazer isso,
muitas vezes as pessoas estão usando o mesmo termo de maneiras
diferentes, causando um pouco de confusão e até conflito.
2. Por que o tema é tão importante? Sem fazer essa pergunta, não temos uma
visão do “porque” deveríamos aprofundar o assunto.
3. Se é tão importante, por que é tão negligenciado? Sem fazer essa pergunta,
ignoramos facilmente grandes forças que se opõem a essa questão ou área.
4. Por que temos tanta dificuldade em fazer isso? Sem fazer essa pergunta,
podemos ignorar nossas dificuldades e motivações internas.
5. Como isso pode ser mais bem realizado ou experimentado? Sem o "como",
podemos permanecer no abstrato e na teoria e nunca aterrizar de uma
maneira que mude nossas vidas.
52

APÊNDICE 5 – QUADRO DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DE MÓDULO - DISCIPULADO

Reunião de avaliação e revisão do módulo

Microgrupo: Nome:
Chegamos ao fim de mais um módulo BD. Esta folha irá ajudá-lo a olhar para trás em
seu crescimento antes de passar para o próximo módulo.

Material de apoio: Bíblia do Discipulado – Módulo_____.


Estudo Metas de implementação ou crescimento

1.8.1 - Convicção de fazer discípulos

1.8.2 - Andar com Jesus

1.8.3 - Seja discípulo ou mentor

1.8.4 - Seja transparente

1.8.5 - Faça boas perguntas

1.8.6 - 1º princípio do discipulado: ir

1.8.7 - 2º Princípio do Discipulado:


Batizar

1.8.8 - 3º princípio do discipulado:


ensinar a obediência

Na próxima reunião, compartilharemos sobre o crescimento através dos últimos oito


estudos. Venha preparado! Vamos continuar crescendo! Para fazer isso, tente identificar:
53

1. Neste módulo, o que Deus falou com você ou o que mais chamou sua atenção?

2. Uma área em que Deus está trabalhando em sua vida nos últimos dois meses.

3. O que tem feito para crescer nesta área?

4. Como pode continuar a crescer mais nesta área?


54

APÊNDICE 6 – VIDA DEVOCIONAL – VIDA SAUDÁVEL


Por Pr. Rodrigo Rodrigues Lima

"Começa! Designa uma parte de cada dia para exercícios privados...quer tenha
prazer nisso ou não, estuda e ora diariamente. É para o benefício da tua vida. É
para benefício da tua vida; não há alternativa: de outro modo tu permanecerás
frívolo todos os teus dias." John Wesley

A vida devocional é uma necessidade para o filho de Deus. Ela é uma disciplina
espiritual que leva o cristão a experimentar uma relação mais profunda com
Deus por meio da Palavra.
A vida devocional se encaixa na disciplina da meditação e é diferente de estudo.
O processo que ocorre no estudo deve distinguir-se da meditação, pois esta é
devocional e aquele é analítico. A meditação saboreará a palavra; o estudo a
explicará.
Embora a meditação e o estudo muitas vezes se superponham e funcionem
concorrentemente, constituem duas experiências distintas.

1. O que é a Vida Devocional?


A vida devocional é uma prática que você desenvolve com tempo, horário e local
definidos para, por meio da Palavra de Deus, aprofundar sua relação com o Pai
recebendo instrução por meio da meditação. A meditação na Palavra de Deus
deve gerar uma atitude no coração que refletirá em um comportamento
transformado. Na prática devocional através da meditação nas Escrituras, nos
abrimos para ouvor a Deus e buscar mudança de vida de dentro do coração para
fora nas atitudes.

2. Como deve ocorrer a Vida Devocional?

a) O conteúdo da vida devocional é a Palavra de Deus


Ler livros é muito importante. Entretanto, a vida devocional é pautada na Palavra
de Deus. A meditação na Palavra de Deus é a base da vida devocional.
Muitos leem livros devocionais, mas não abrem a Bíblia para meditar. Se você
não meditar na passagem bíblica, sua devocional ficará incompleta.

“Por isso, hoje, saberás e refletirás no teu coração que só o Senhor é Deus em
cima no céu e embaixo na terra; nenhum outro há.” Deuteronômio 4:39

“Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.”
Salmo 1:2
55

“Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.”


Lucas 2:19

b) Você precisa separar um local


A nossa maior referência para uma vida devocional é Jesus. Ele tinha o hábito de
se retirar para orar e meditar. É preciso ter um local definido para fazer sua
devocional. Esse local pode ser qualquer um desde que seja um ambiente que
você separará para realizar sua vida devocional. Eu faço minha devocional no
gabinete pastoral. Minha esposa faz em casa. Um amigo meu faz no trabalho em
um período em que está mais tranquilo.

“Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde; erguendo os olhos, viu, e eis
que vinham camelos.” Gênesis 24:63

“Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali
orava.” Marcos 1:35

c) Você precisa definir um horário


Assim como temos horário para as nossas refeições diárias e temos uma rotina
em nossa agenda, a prática devocional só se tornará um hábito se tornando
prioridade em nossa agenda com horário definido. Faço minhas devocionais pela
manhã. Conheço pessoas que preferem fazer a tarde e outras que fazem a noite.
É necessário definir um horário.

“Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde; erguendo os olhos, viu, e eis
que vinham camelos.” Gênesis 24:63

“De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração
e fico esperando.” Salmo 5:3

“no meu leito, quando de ti me recordo e em ti medito, durante a vigilia da


noite.” Salmo 63:6

d) Faça anotações – Você aprenderá a discernir os tempos da sua vida


É importante que você registre o que Deus está falando com você através da sua
Palavra. Eu tenho o hábito de registrar tudo o que medito na Palavra desde
novembro de 2011. Estou no quinto caderno diário de meditação. Você
consegue perceber o que Deus vem falando com você ao logo dos anos.
Registrar o que Deus fala conosco e procurar discernir o que Ele está falando faz
com que a devocional se torne prática em nossas vidas.
56

Havia em Israel uma tribo especializada em estudar os eventos do dia a dia para
saber como agir. Deus tem isso para você. Estudar é o que nos faz discernir.
Estuda-se o inimigo na guerra para saber como agir. “Dos filhos de Issacar,
conhecedores dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer...” I Crônicas
12:32
Perdemos muito por não estudar cada passo da nossa vida, interpretando-a
através da Palavra de Deus.
Discernir o tempo significa estudar cada momento da nossa vida. Você já fez
seriamente essa reflexão? Significa saber relatar, contar para alcançar coração
sábio. “Ensina-nos a contar (relatar) os nossos dias, para que alcancemos
coração sábio.” Salmo 90:12. O sábio sabe o tempo e o modo porque ele estudou
e discerniu. “Quem guarda o mandamento (medita) não experimenta nenhum
mal; e o coração do sábio conhece o tempo e o modo. Porque para todo
propósito há tempo e modo” Eclesiastes 8:5-6
Encorajo que você comece a registrar o que Deus tem falado e feito em sua vida.
Registre os eventos! Deus não fará nada através de você além daquilo que Ele
está fazendo em você.
Aprenda a discernir os tempos (Eclesiastes 3:1-8) da sua vida através de uma
vida devocional. Quem sabe discernir os tempos sabe entrar e sair. Sabe a hora
de começar e parar sem frustrar-se. Não está esgotado com a vida e com o que
faz. Ele vive o tempo oportuno sempre, o chamado Kairos de Deus. Ele sabe o
tempo de plantar e o tempo de colher. Ele sabe o tempo e o modo porque
aprendeu a ouvir e agir sob a direção de Deus.

e) Sugestão para uma leitura devocional mais prática


Procure identificar em sua vida, no momento atual que está vivendo, qual
personagem bíblico ou qual livro da Bíblia se encaixa neste momento. Comece
a fazer suas devocionais deste modo. Por exemplo, pessoas que estão em
momentos de tomada de decisões podem fazer devocionais baseadas no livro
de Neemias. Pessoas que estão enfrentando lutas no trabalho podem fazer
devocionais baseadas na vida de José do Egito.

3. Cinco benefícios de ter um tempo diário com a Bíblia

A. Você encontrará a ajuda que precisa quando surgirem testes e provações;


B. Você caminhará tanto com os heróis quanto com os tolos da Bíblia;
C. Você começará a pensar como Deus pensa, de modo que possa responder
como Ele responde;
D. Você evitará erros que têm custo muito alto, impedindo assim décadas de
miséria;
E. Você crescerá em santidade continuamente e será vaso limpo e útil para
toda boa obra.
57

4. TOPO – Modelo de prática devocional

TEMA: O caminho mais longo (dê um tema após fazer seu TOPO)

TEXTO: "Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra
dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não
se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito." Êxodo 13:17

Orientação sobre o texto a escolher. Faça uma oração antes de ler o texto
(Salmo 119:18 diz: “abra os meus olhos para que eu possa ver as verdades
maravilhosas da tua Lei.”) Escolha uma passagem, leia e pergunte destaque o
versículo que fala mais forte ao seu coração. Ao escolhê-lo, esse será o seu
TEXTO de hoje. Destaque de 1 a 3 versículos.

OBSERVAÇÃO:
No processo de transição Deus pode conduzir seu povo pelo caminho mais longo
por um propósito. O objetivo aqui é evitar que o povo volte se arrependa e volte
para o Egito.

Orientação sobre a observação que você escreverá sobre o texto. Escreva uma
observação que você está vendo no texto. Observe cuidadosamente o que o
texto diz e escreva. Medite um tempo sobre o que você está observando. Deus
está falando com você. Escreve de 3 a 6 linhas. Veja o modelo acima.

PRÁTICA:
Deus tem me conduzido por um processo de transição e penso que ele está
longo, porém, voltar para trás não é mais possível. Deus está me guiando e Nele
confio. Jesus é a Rocha mais alta que eu.

Orientação sobre a prática. Personalize o que você escreveu, perguntando


como se APLICA à sua vida. Escreva na primeira pessoa. Evite a expressão NÓS
TEMOS; NÓS. A aplicação é pessoal, por isso, é Deus falando comigo. Você
usará EU; ME. Veja o modelo acima.

ORAÇÃO:
Querido Pai, obrigado porque Tu não me deixas ficar pelo caminho. Tu és a
minha Rocha. Tu és a minha direção. Ainda que o caminho pareça longo, creio
em Ti.
Orientação sobre a oração. Ela deve ser simples e baseada na sua aplicação.
Escreva a sua oração.
58

APÊNDICE 7 - FERRAMENTA DE CRESCIMENTO INTENCIONAL

Nome:
Data:

1. Vida Pessoal

1a. Sua rela ção com Deus e vida devocional: nota de 0-10 com uma explicação.

1b. Sua saúde emocional: Nota de 0 a 10 com uma explicação.

1c. Seu casamento ou sua realização como solteiro(a): Nota de 0 a 10 e explicação.

1d. Em qual área de sua vida pessoal (não ministerial) você mais quer crescer?
Dê uma nota de 0 a 10 e comente.

2. Sua equipe ou grupo pastoral

2a. Nota de 0 a 10 e breve comentário

2b. Dê uma nota a cada membro de sua equipe/grupo, começando consigo mesmo,
nestas áreas:

Nome Participaçã Amor/apoio Cresciment Discipulado*


o o (Esta
ferramenta)

1.

2.
59

3.

4.

5.

6.

7.

8.

* Dê uma nota zero se não entregou esta ferramenta. Dê nota de 1 a 10 se entregou.


Adicione uma nota "+1", se você recebeu esta ferramenta de seus líderes com esta
coluna preenchida.

Pode comentar sobre estas pessoas a seguir ou no verso.

2c. Pontos fortes ou bênçãos na sua equipe ou grupo.

2d. Pontos fracos (a serem melhorados) na equipe/grupo. Em qual você mais quer
crescer?
60

APÊNDICE 8 – FERRAMENTA PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E DESAFIOS

O AROA é um paradigma de quatro passos, fazendo perguntas em cada um


desses passos. Esse modelo é leve e flexível. Ele é usado numa relação de
mentoria e aconselhamento, entretanto, usaremos para encontrar soluções em
cada um dos desafios que encontrarmos nas áreas que desejamos ver o avanço
da igreja.

1. Alvo: indica aonde queremos chegar diante do impasse ou desafio.


a) Precisamos encontrar juntos de maneira específica e concreta qual será o
nosso alvo no tema em questão;
b) O alvo pode ser modificado uma vez que entendemos melhor o próximo
passo que é a realidade;
c) Após entender a realidade, o alvo se tornará mais específico,
possivelmente usando a frase inicial e acrescentando a frase “através
de...”;
d) Todos devem estar escrevendo o alvo para que fique claro para todos;
e) Se o alvo for grande, devemos nos perguntar alguns componentes desse
tema e escolher um deles como alvo;
f) Tempo: 10 a 15 min

2. Realidade: O que impede e o que contribui para que a mudança


aconteça?
a) O que já fizemos para que a mudança aconteça? O que já fizemos para
resolver o problema?
b) Mantenha o foco. Não devemos mergulhar no passado. O foco deve ser
no presente, não no passado;
c) Baseado em entender melhor a realidade, poderemos mudar o alvo;
d) Tempo: 15 min

3. Opções: Trabalhamos com ideias variadas.


a) Aqui ainda tudo vale. Tempestade de ideias. Não as avaliamos neste
momento;
b) Opções devem ser escritas: Devemos tomar 5 minutos em silêncio, cada
um anotando opções;
c) Opções enumeradas: Após os 5 minutos, tomamos notas de todas as
opções mencionadas;
d) Tenhamos esperança! O Espírito Santo estará nos direcionando, pois,
estamos debaixo de jejum e oração;
e) Tempo: 20 min
61

4. Ação: Priorizamos as melhores opções e as levamos adiante através de


passos concretos.
a) Plano escrito: Definiremos os passos iniciais e quem coordenará este
plano;
b) Prestação de contas: A quem será a devolutiva da implementação;
c) Tempo: 15 min
62

APÊNDICE 9 - AS 10 PERGUNTAS DE ACOMPANHAMENTO

1) Como está seu relacionamento com Deus? Seu tempo devocional e de oração?
Falou de Jesus para um não crente?

2) Sua identidade, como homem ou mulher, está firmada em Deus? Preocupa-se


demais com as opiniões dos outros?

3) Teve tempo apropriado para a família? Escutou as pessoas com atenção? Tratou
com amor a pessoa mais íntima? Tratou os filhos com carinho?

4) Como está sua saúde emocional? Anda triste, com amargura, ira ou ansiedade?
Deixou de perdoar alguém?

5) Protegeu seu coração em relação ao sexo oposto? Evitou a pornografia? Manteve


pensamentos puros?

6) Tem tido cuidado com suas palavras? Falou a verdade em amor? Falou mal de
alguém? Falou demais?

7) Você está desenvolvendo relacionamentos autênticos? Tem conseguido dizer


“não” com equilíbrio e sem culpa?

8) Como está sua saúde financeira? Tem cobiçado? Está insatisfeito com seus bens
materiais? Gastou mais que devia? Cedeu a algum vício?

9) Você está discernindo o que o Pai está fazendo e apenas fazendo o que Ele
manda? Tem mantido a vida focada com prioridades divinas?

10) Acrescente sua própria pergunta em uma área onde Deus está trabalhando em
sua vida:

Como usar as dez perguntas de acompanhamento?

• Primeira possibilidade – caminhando pelas 10 áreas: Uma pessoa lê uma


pergunta e os que estão com dificuldades compartilham.
Instruções:

a. Repete-se o processo a cada pergunta até terminar o tempo.

b. Se não conseguirem fazer as dez num encontro, retomam de onde pararam no


encontro anterior e vão até o final.

c. Se no mesmo encontro ainda houver tempo recomecem da primeira novamente.

d. Separem cinco a dez minutos no final para orarem em cima do que compartilharam
ou orem a cada pergunta compartilhada.
63

• Segunda possibilidade – focando duas áreas: Trabalhar duas perguntas a


cada encontro e investir tempo para aprofundar a discussão com orações por
cada um dos participantes.
Instruções:

a. Ler uma pergunta, dar uma pausa e cada um compartilha se teve dificuldades
nesta área. Ouçam uns aos outros e partam para a segunda da mesma forma que a
primeira.

b. Procure anotar quais pontos os colegas falaram que precisam crescer, para orarem
no final. Terão terminado as dez perguntas em cinco encontros.

c. Uma variação nesta ideia seria cada pessoa escolher as duas perguntas que mais
lhe interessem.
64

APÊNDICE 10 - MODELO DE CONVITE PARA MICROGRUPO DE DISCIPULADO

São Paulo, 30 de março de 2021


Querida Rose, tenho um convite para você.

Eu quero começar um grupo de discipulado de quatro a cinco pessoas - eu mais


três ou quatro. Quero ter um protótipo que possa se multiplicar usando um
currículo específico que estou participando através de um microgrupo liderado
por “Zezinho” que recebe discipulado de “Joãozinho”.
O resumo do modelo que quero usar está na última página deste documento.
Requer encontros semanais de 90 minutos, mais ou menos o mesmo tempo de
tarefas previas (90 minutos) e o compromisso de multiplicar o modelo, quando
se sentir apto, ou quando terminamos os 12-18 meses do currículo.
Se você tiver perguntas, posso responder com mais detalhes. Eu percebo que
não tenho discipulado a ninguém por muitos anos de forma intencional com um
projeto ou currículo que tem um início, meio e fim e que leva à multiplicação
objetiva - neste caso um pacto que cada pessoa vai iniciar seu próprio grupo nos
mesmos moldes que passarão a fazer o mesmo compromisso.

Estou em processo de formalizar o convite com outras pessoas, neste


momento estendendo este convite para você; “Fulano de tal”; “Cicrano”;
“Beltrano”. Me ajude em oração também para que Deus confirme estes nomes
em meu coração e no coração de cada um deles.

O que você precisa fazer neste momento?


Orar seriamente sobre aceitar ou não o convite. Realmente a oração é chave
neste momento.
Isso é fundamental neste processo. Eu considero este processo um pouco
parecido a Mc 3:13-19 e Lc 6:9-13 quando Jesus orou a noite toda. A diferença
aqui sendo que tanto eu como você e os outros tem que orar “a noite toda” para
realmente ouvir o que é a vontade do Pai.
Ler minhas respostas a algumas perguntas que porventura possam surgir em
sua mente e coração:
A Bíblia de estudo do discipulado conforme currículo que lhe enviei com este
convite.
Qual seria o dia da semana para o encontro? A princípio às quartas-feiras às
9h00 da manhã. Uma vez que o grupo esteja definido, poderemos rever o dia e
horário do encontro
Quais sérias as tarefas prévias? Dedicar-se aos estudos da BD definidos para
os encontros.
65

Posso multiplicar antes de terminar os 12 meses? Por sermos já praticantes


do discipulado há nos e com o DNA já firme, creio que estaríamos estendendo
para outros praticantes que já tem o DNA. Minha proposta seria andar juntos
dois a seis meses antes de multiplicar. Basicamente até setembro de 2021.
Posso ter mais que um grupo ao mesmo tempo? É possível. Eu pretendo
começar um grupo com você e os demais convidados, e já estou liderando outros
dois grupos. O propósito será eles multiplicarem o processo em suas equipes e
igrejas locais.
Quando multiplico ainda continuo liderando como um supervisor, ou começo
outros grupos com o mesmo material? A ideia é dar continuidade com outros
materiais, como a Bíblia do Discipulado, aprofundando em alguns assuntos. Os
encontros podem ser em espaço de tempo maior (quinzenal ou mensal),
podendo usar a Ferramenta de Crescimento Intencional.

Com carinho, amor e encargo por sua vida!

Rodrigo Rodrigues Lima


66

Resumo Executivo da Iniciativa Global de Discipulado (IGD-GDI)


O objetivo da Iniciativa Global de Discipulado (IGD) é encontrado em nosso
lema: Você sabe por que, nós sabemos como. É uma realidade surpreendente
que, embora a maioria dos pastores e líderes da igreja possa identificar a Grande
Comissão de Jesus como a razão da existência da igreja, quando perguntados:
"Qual é o seu plano de fazer discípulos?", a grande maioria não tem resposta.
Nosso foco principal é responder à pergunta crítica: COMO?
Sabendo a necessidade de uma abordagem simples e de fácil reprodução para
FAZER DISCÍPULOS, nossa missão é transformar e multiplicar discípulos
através de grupos MICRO (grupos de 3 e 4). Nossa experiência de mais de 30
anos em vários países, com milhares de pessoas, nos fez entender que os
microgrupos são o ambiente ideal para transformar e multiplicar discípulos
usando este processo reproduzível e transferível.
Transformação pessoal. O microgrupo atende a quatro condições ambientais
que criam o que chamamos de "efeito estufa". Quando ... (1) abrimos nossos
corações em confiança transparente um para o outro; (2) em torno da verdade
da Palavra de Deus; (3) no espírito de mudança de vida com prestação de contas;
(4) ao participarmos de nossa missão entregue por Deus ... estamos na estufa
da transformação do Espírito Santo.
Multiplicação de discípulos. Dentro do contexto dos EUA, esses microgrupos se
comprometem a se reunir semanalmente por 90 minutos para explorar um
currículo básico, como os Elementos Essenciais do Discipulado (Discipleship
Essentials) de Greg Ogden. Isso acontece através do conteúdo e da vida. O
conteúdo é o manual: um currículo básico que traz uma visão geral do que significa
ser um seguidor de Jesus. O foco na vida dos participantes os leva a crescer
aceleradamente em quatro áreas: (1) praticar disciplinas espirituais básicas para
permanecer conectado à videira; (2) compreender as verdades centrais da natureza
do Deus trino e seu plano de resgate por Jesus Cristo; (3) entender o trabalho
transformador interno do Espírito Santo para desenvolver o caráter semelhante a
Cristo; e finalmente (4) alcançar o mundo como testemunhas do amor
transformador da vida de Cristo.
Comprometidos com a multiplicação: desde o primeiro encontro, os
participantes fazem um pacto, comprometendo-se a reproduzir esse mesmo
processo com os outros após a conclusão inicial do currículo, tornando-se um
discipulador. Na conclusão do pacto de grupo, cada membro inicia o processo
de convidar duas ou três pessoas para se juntar a ele ou ela e simplesmente
replica o processo que experimentou.
Transformação corporativa. À medida que os grupos se multiplicam de 4 para 16,
para 35, para 80, para 130 durante um período de cinco anos, uma igreja inteira
pode experimentar uma transformação interna que transborda para fora. Várias
67

coisas podem ser feitas para estimular essa prática na cultura de uma igreja para
que esse processo de multiplicação continue crescendo. Os membros de todos os
grupos se reúnem trimestralmente para celebrar a vida que estão vivendo. À
medida que os líderes de grupo se multiplicam, são reconhecidos publicamente,
passando literalmente um bastão. Testemunhos de transformação são gravados
em vídeo para serem compartilhados nos cultos da igreja.
Visão do IGD: Impulsionados pela Grande Comissão de Jesus, multiplicamos
discípulos transformados por meio de MICRO GRUPOS em todos os países do
mundo até 2026.
Missão do IGD: O IGD capacita, assessora e inspira pastores e líderes cristãos a
estabelecer movimentos de discipulado contextualizados e multiplicadores,
nacional e internacionalmente.

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