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Moderna Plus Ciências Humanas e Sociais Aplicadas - Vol 4 - Poder e Política

Montesquieu, em sua obra 'Do espírito das leis', critica a monarquia absolutista e propõe a divisão dos poderes para evitar a concentração de autoridade. Ele argumenta que as leis devem ser baseadas nas relações políticas e não na vontade divina, enfatizando a importância do equilíbrio entre os poderes. Além disso, a democracia é definida como um conjunto de regras que permite a participação dos cidadãos nas decisões coletivas, destacando a necessidade de educação política para a cidadania ativa.

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Montesquieu, em sua obra 'Do espírito das leis', critica a monarquia absolutista e propõe a divisão dos poderes para evitar a concentração de autoridade. Ele argumenta que as leis devem ser baseadas nas relações políticas e não na vontade divina, enfatizando a importância do equilíbrio entre os poderes. Além disso, a democracia é definida como um conjunto de regras que permite a participação dos cidadãos nas decisões coletivas, destacando a necessidade de educação política para a cidadania ativa.

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Montesquieu: a autonomia dos poderes Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o

mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do


Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu, re- povo exercesse esses três poderes: o de fazer leis,
cebeu formação iluminista e cedo se tornou crítico severo o de executar as resoluções públicas e o de julgar os
crimes ou as divergências dos indivíduos.”
e irônico da monarquia absolutista decadente, bem como
do clero. MONTESQUIEU. Do espírito das leis. São Paulo:
Abril Cultural, 1973. p. 157. (Coleção Os Pensadores)
Em Do espírito das leis (1748), sua obra mais im-
portante, tratou das instituições e das leis. Começou A proposta da divisão dos poderes não se encontrava em
recusando a concepção de lei natural, naquele período sua obra com a clareza que se atribuiu a ele posteriormente.
submetida a uma visão teológica na qual prevaleceria Em outras passagens de seus escritos, ele não defende uma
a “vontade divina”, para introduzir a noção de lei como separação tão rígida, pois o que pretendia de fato era realçar
“relações necessárias que derivam da natureza das coisas”. a relação de forças e a necessidade de equilíbrio entre os
Em outras palavras, as leis não derivam da natureza nem três poderes.
das divindades, mas das relações políticas. Mais propria-
mente, o filósofo referia-se às leis positivas, que são leis e Para ler
instituições criadas para reger as relações entre as pessoas
e legitimadas pelas normas jurídicas.
Nesse sentido, o “espírito das leis” deriva das relações
entre as leis positivas, ao passo que a “natureza das coisas”
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

refere-se às dimensões do Estado, ao clima, à organização do


comércio e à relação entre as classes. Por exemplo, Montes-
quieu notou a tendência de criação de governos despóticos
em territórios muito extensos ou de solo infértil.
Ao analisar as relações das leis com a natureza e o prin-
cípio de cada governo, Montesquieu buscou compreender
a diversidade das legislações existentes em diferentes
épocas e lugares. Desenvolveu uma teoria de governo que
alimentava as ideias do constitucionalismo

arbítrio e a violência.

ou

Ao longo da história, essa primeira expressão de de-


mocracia encontrou teóricos e ativistas que desejaram
revivê-la, constituindo-se de maneira lenta e irregular, ora
acentuando um valor, ora desprezando outro, diante das
exigências de liberdade, igualdade e participação
Recorre-se aqui a um texto do jurista e filósofo italiano
Norberto Bobbio publicado em 1970 para uma definição
provisória de democracia:
“Por democracia se entende um conjunto de re-
gras (as chamadas regras do jogo) que consentem a
mais ampla e segura participação da maior parte dos
cidadãos, em forma direta ou indireta, nas decisões
que interessam a toda a coletividade.”
gar não estiver separado do Poder Legislativo e do BOBBIO, N. Qual socialismo? – discussão de uma
Executivo. Se estivesse ligado ao Poder Legislativo, alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 55-56.
o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria
arbitrário, pois o juiz seria legislador. Se estivesse Na sociedade predominaria apatia ou risco de manipu-
ligado ao Poder Executivo, o juiz poderia ter a força lação, caso os indivíduos não participassem da comunida-
de um opressor.
de como cidadãos ativos, interessados nas questões polí-
Lei positiva: é criada pelo ser humano e instituída pelo costume ou pela ticas de diversas esferas de poder. Para tanto, é necessária
norma escrita; ao contrário da lei natural, que seria eterna e imutável. a educação política, uma vez que ninguém nasce cidadão.
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