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Edilson Kaio Patricia CONIC 2016

O estudo analisa a viabilidade da implementação de um sistema de energia solar fotovoltaica para iluminação pública em São José dos Campos, comparando lâmpadas a LED com lâmpadas a vapor de sódio. O sistema proposto, com uma potência de 1800 W, apresenta um consumo anual de 7,884 MWh, significativamente menor que os 13,14 MWh do sistema atual, além de oferecer benefícios econômicos e ambientais a longo prazo. Apesar do custo inicial elevado, os resultados indicam que a adoção de energia solar é uma alternativa sustentável e vantajosa para a iluminação pública.

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O estudo analisa a viabilidade da implementação de um sistema de energia solar fotovoltaica para iluminação pública em São José dos Campos, comparando lâmpadas a LED com lâmpadas a vapor de sódio. O sistema proposto, com uma potência de 1800 W, apresenta um consumo anual de 7,884 MWh, significativamente menor que os 13,14 MWh do sistema atual, além de oferecer benefícios econômicos e ambientais a longo prazo. Apesar do custo inicial elevado, os resultados indicam que a adoção de energia solar é uma alternativa sustentável e vantajosa para a iluminação pública.

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ESTUDO DA VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR


FOTOVOLTAICA PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Conference Paper · November 2016

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16°
TÍTULO: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA

SUBÁREA: ENGENHARIAS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ENIAC

AUTOR(ES): KAIO VINICIUS GEGLIO

ORIENTADOR(ES): EDILSON ALEXANDRE CAMARGO

COLABORADOR(ES): PATRICIA SANTOS DE ARAUJO


ESTUDO DA VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR
FOTOVOLTAICA PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
1. RESUMO
Neste trabalho o objetivo foi apresentar um estudo para um sistema fotovoltaico
autônomo com lâmpadas a LED que possui uma potência total instalada de 1800 W.
Considerou-se um bairro de São José dos Campos, EMA II, com 30 pontos de
iluminação para fazer um comparativo entre a tecnologia de vapor de sódio e a LED,
bem como todo o dimensionamento para a implantação da tecnologia fotovoltaica. O
consumo anual desse sistema a LED seria de 7,884 MWh, contra 13,14 MWh do
sistema atual com lâmpadas a vapor de sódio. Depois de calculado o custo do
sistema, percebeu-se que apesar do custo de implantação do sistema ainda ser uma
grande barreira, os benefícios e vantagens, provenientes da análise ambiental e
social, que um sistema fotovoltaico a LED traz são notórios e muito maiores no âmbito
econômico quando visto a longo prazo e acabam por compensar o investimento
elevado. Além disso, pode ser encontrada com facilidade e regularidade em todo o
país, não há emissão de poluentes e seu impacto ambiental é baixíssimo.

2. INTRODUÇÃO
A qualidade de vida do ser humano esta fortemente ligada ao consumo de energia,
ao ar e a água. Primitivamente, a energia era obtida da lenha das florestas, para o
aquecimento e atividades domésticas, como cozinhar. Aos poucos, porém, o consumo
de energia foi crescendo tanto, que outras fontes se tornaram necessário.
O aumento da demanda por energia, embora possa refletir a melhoria de qualidade
de vida e o aquecimento econômico, tem consequências negativas principalmente
para o meio-ambiente. Praticamente todos os tipos de geração de energia, de alguma
forma, trazem impactos negativos, porém a energia precisa continuar sendo gerada.
Uma das maneiras encontradas para minimizar os problemas causados pelo uso
desenfreado dos recursos energéticos, sem comprometer a qualidade de vida e o
desenvolvimento econômico, foi o estímulo ao uso eficiente e a busca constante por
fontes de energias sustentáveis. Uma das opções, mais usada em países da Europa,
é a geração de energia através da energia solar.
O Brasil é um país abundante em recursos naturais e tem sua matriz enérgica
concentrada, em sua grande maioria, na fonte hidráulica, pois é rico em recursos
hídricos.
O Estado brasileiro também possui um grande potencial energético solar, porém não
faz grande uso dele. O país investe pouco em desenvolvimento de projetos voltados
para essa área, sendo que os existentes tem seu foco voltado sempre para
eletrificação rural, devido ao alto custo das redes de distribuição em locais afastados.
No entanto, projetos voltados à utilização pública não são desenvolvidos com
frequência como consequência de que até poucos anos atrás a tecnologia utilizada
para o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica era excessivamente cara, pois
ela ainda estava em fase de estruturação. A partir da década de 50, isso começou a
mudar devido às avanços tecnológicos, principalmente na área de semicondutores.
Entretanto, mesmo com a diminuição dos custos da tecnologia fotovoltaica e o
privilegiado potencial enérgico solar brasileiro, baseando-se no fato de que seus
índices de irradiação solar no Nordeste podem ser comparados aos índices das áreas
mais ensolaradas do mundo, o país investe muito pouco no desenvolvimento do uso
da energia solar em larga escala.
Constatando-se que hoje não existem muitos projetos no país que se utilizam da
captação da energia solar como fonte geradora de energia elétrica por meio do efeito
fotovoltaico, este trabalho traz um estudo para implantação de Energia Solar
Fotovoltaica em redes de iluminação pública de forma viável.
Hoje no Brasil, as despesas gastas com iluminação pública, em muitos casos,
chegam a 70% ou 80% do total da conta de energia elétrica das prefeituras. A
utilização de energia solar nessa área além de diminuir os gastos financeiros com a
geração de energia luminosa, diminuiria o consumo das fontes não renováveis e
reduziria sua dependência enérgica futura quase certa (ELETROBRAS, 2011).

3. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo principal desenvolver um estudo de viabilidade para
implantação de geração de energia elétrica por meio da energia solar com o emprego
de células fotovoltaicas e baterias que são acopladas aos postes utilizados para
iluminação pública.

4. METODOLOGIA
A importância do trabalho “Estudo da Viabilidade para Implantação de Energia Solar
Fotovoltaica para Iluminação Pública” deu-se diante da preocupação mundial com o
meio ambiente e com a exploração dos recursos naturais para geração de energia
elétrica. Desta forma usou-se a abordagem descritiva e o estudo de caso como base
deste projeto de pesquisa. O Brasil conta com um grande potencial energético,
principalmente quando se trata de energia solar. Cerca de 80% do ano, o país conta
com uma radiação solar quase que constante. Visando estreitar o comprometimento
do país com o meio ambiente e o crescimento econômico não dependente, a utilização
de postes ecológicos, viria a agregar mais valor às novas tendências mundiais e
permitiria ao país uma menor dependência enérgica.
5. DESENVOLVIMENTO
A Figura 1 representa o sistema de geração de energia fotovoltaica para iluminação
pública. Basicamente o sistema possui painéis solares conectados à controladores de
carga, que por sua vez são ligadas à baterias. O sistema gera tensão Vdc, foi
dimensionado um sistema de iluminação a LED, não se fazendo necessário o uso de
inversores.

Figura 1: Sistema Solar Conectado a Carga DC


Fonte: SunLab Power, 2012. Disponível em http://www.sunlab.com.br

Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico


O dimensionamento do sistema fotovoltaico varia de acordo com a carga que se
deseja alimentar. Além disso, para que o sistema esteja preparado para as piores
condições de uso, deve-se considerar o valor de consumo máximo. Inicialmente, é
preciso determinar os equipamentos a serem utilizados nos sistemas, seus dados
técnicos e o tempo diário de uso de cada um deles (BENEDUCE, 1999). A seguir será
analisado como deve ser dimensionado cada componente do sistema.

Módulo Fotovoltaico
Primeiramente deve-se determinar o local onde será instalado o modulo.
Considerando o projeto dos módulos para instalação na cidade de São José dos
Campos, que tem latitude aproximada de 23º, o valor da inclinação do módulo será
de:
INCLINAÇÃO = 23 + (23/3) = 30.67
Sendo assim, o ângulo de instalação do módulo deve ser de 31º, para se ter o máximo
de aproveitamento da incidência do sol para a região considerada de acordo com
(Costa, 2011). Após isso, o dimensionamento do painel fotovoltaico é feito através do
valor em Ah/dia (Ampère-Hora). Esse valor indica quanto o painel deve produzir para
atingir as necessidades do sistema. Primeiramente, deve-se determinar o valor total
da potência utilizada num dia de consumo máximo (12 horas diárias), de acordo com
a Tabela 1
Tabela 1: Características da Luminária a LED
Tempo
Sistema de Watt da
Modelo Lumens médio Uso / Wh/dia
Iluminação Luminária
Dia (h)
MICROLED PLUS 36
SL-60/24 4.800 Lm 60 W 12 horas 720
VDC
Fonte: CATSOL, 2010.

No sistema em estudo, utilizar-se-á as luminárias LED, que tem uma potência de 720
Wh/dia. Determinado o valor da potência, agora é possível calcular o valor em Ah/dia.
Sabendo que a tensão nominal do sistema será de 24 V e como a corrente elétrica é
determinada pelo quociente entre a potência elétrica e a tensão elétrica, logo:
720 ℎ/
= 30 ℎ/
24
Determinado a corrente do sistema, deve-se calcular o número de painéis necessários
para o sistema, que depende do local em que ele será instalado, pois o calculo da
geração do módulo depende da radiação média anual em kWh/m2 da localidade.
Supondo que a localidade de instalação seja feita na cidade de São José dos Campos
(radiação média anual de 4,45 kWh/m2), e o módulo solar escolhido seja o modelo
com corrente nominal 7,63 A, tem-se:
Geração do Módulo = Radiação x Corrente Nominal = 4,45 * 7,63 = 33,95 Ah/dia.
Com o valor de geração do módulo definido, pode-se calcular então o número de
painéis solares para este sistema:
Número de Painéis = Consumo Total / Geração do Módulo
Número de Painéis = 30 Ah/dia / 33,95 Ah/dia = 0,884
O valor encontrado deve ser arredondado para cima, transformando-o em um número
inteiro. Por fim, conclui-se que para este sistema com corrente nominal de 7,63 A, faz-
se necessário o uso de apenas um painel.

Bateria
Recomenda-se optar por baterias de descarga profunda (NiCd ou NiMH), pois
possuem melhor rendimento e podem trabalhar com até 90% de sua capacidade.
Além disso, sua vida útil é maior comparada às baterias convencionais. São
especificadas multiplicando por 3 (três) o valor do consumo diário (BRAGA, 2008).
Quando se faz essa multiplicação, além de preservar a vida útil da bateria, também
se garante que o sistema tenha uma autonomia de no mínimo três vezes do valor total
que foi multiplicado. O dimensionamento é sempre baseado em um dia de consumo
máximo. No sistema estudado, ele precisa produzir 30 Ah/dia, logo se utilizando de
uma bateria de carga profunda, o dimensionamento da bateria para esse sistema será:
Capacidade da Bateria = 1,66 x Consumo Total de Energia da Instalação (Ah/dia) x 3
Sendo que o valor de 1,66 é chamado de fator de correção de bateria de
acumuladores que leva em conta a profundidade de descarga admitida, o
envelhecimento e um fator de temperatura. No sistema adotado, a capacidade da
bateria será:
Capacidade da Bateria = 1,66 x 30 Ah/dia x 3 = 149,40 Ah/dia
Assim sendo, utilizar-se-á duas baterias ligadas em paralelo. Comercialmente a
bateria utilizada deve ser a de BAT. BRS 150, de 150 Ah, 12 V. Em posse do valor da
capacidade da bateria que o sistema necessitará, deve-se escolher um controlador de
carga para protegê-la.
Controlador de Carga
Em sistemas autônomos, a tensão do sistema do gerador fotovoltaico deverá ser
compatível com a tensão do barramento das baterias. O controlador de carga mede
a tensão da bateria e protege-a contra a possibilidade de sobrecargas. Por este
motivo, a tensão do controlador deve ser maior do que a tensão da bateria. Para se
dimensionar o controlador de carga a usar, deve-se especificar o seu nível de tensão
(que deve coincidir com o valor de tensão do sistema) e a corrente máxima que deverá
manejar.
A corrente do controlador é resultante da multiplicação da quantidade de painéis pela
corrente de curto circuito do mesmo. Supondo que a tensão do sistema seja de
24VCC, que será utilizado apenas um módulo e que a corrente máxima de um módulo
(Imp) seja de 7,63 A e a corrente de curto circuito (Icc) 8,37, o controlador de carga
deverá ser da ordem de 24V, com corrente mínima de 9 A para gerenciar a corrente
de curto circuito do módulo (RÉGIS, 2011). No sistema em estudo, será utilizado o
controlador de carga digital modelo BSTC 10, de corrente máxima de 10A (12V/24V).
6. RESULTADOS
Dimensionado o custo para implantação do sistema, é preciso agora descobrir a
viabilidade econômica do projeto, comparando os custos do sistema fotovoltaico
autônomo com o sistema atual existente (com lâmpadas a vapor de sódio). Para tanto,
analisou-se a quantidade de postes de iluminação existente hoje no bairro EMA II
(Conj. Hab. Nosso Teto) e os gastos mensais para manutenção dos mesmos.
Sistema Atual com Lâmpadas de Vapor de Sódio
Hoje o bairro EMA II conta com aproximadamente 30 postes voltados para iluminação
das ruas, onde são usadas lâmpadas de vapor de sódio (VS) devido ao baixíssimo
tráfego nessas vias. Sabe-se que o custo de implantação de cada ponto, considerando
apenas luminária, reator, ignitor, capacitor e lâmpada, é de aproximadamente R$
250,00. Então, o custo de implantação total do sistema VS neste bairro é de R$
7.500,00. Analisando-se os 30 pontos instalados com lâmpadas VS de 70W, tem-se
que a potência total instalada (somando-se perdas de 30W por reator) é de 3 kW, com
fator de potência de 0,92.
Supondo que o sistema fique ligado 12 horas por dia (consumo máximo) durante todo
o ano, tem-se que o consumo anual total será de 13,14 MWh (consumo mensal é de
1095 kWh). A vida útil estimada máxima para lâmpadas VS é de 24 mil horas (redução
de 30% do fluxo luminoso), com IRC máximo de 25%. Isso significa dizer que as
lâmpadas teriam uma vida mediana de 6 anos. Levando-se em consideração que a
tarifa cobrada pela companhia é de R$ 0,20573 por quilowatt/hora, então temos um
gasto mensal com manutenção aproximado de R$ 225,27.
Sistema Proposto com Lâmpadas a LED
O custo de cada luminária, sem incluir novamente os custos de instalação, é de
aproximadamente R$ 1.664,20. Sendo assim, o custo total de implantação das
lâmpadas para 30 pontos será de R$ 49.926,00. Utilizando-se das luminárias a LED
de 60W, tem-se uma potência total instalada de 1800 W, com fator de potência de
0,98. Supondo que o sistema fique ligado pelas mesmas 12 horas por dia (consumo
máximo) durante todo o ano, tem-se que o consumo anual total será de 7,884 MWh
(consumo mensal de 657 kWh). A vida útil estimada máxima para lâmpadas a LED é
de 50 mil horas (e a partir deste valor começa a redução de 30% do fluxo luminoso),
com IRC mínimo de 70%. Isso significa dizer que as lâmpadas teriam uma vida
mediana de 12 anos. Levando-se em consideração que a tarifa cobrada pela
companhia é de R$ 0,18750 por quilowatt/hora, então temos um gasto mensal com
manutenção aproximado de R$ 123,19.
Comparação entre os Sistemas
Analisando-se os dois sistemas, o atual e o proposto, percebeu-se que as luminárias
com lâmpada VS70W operando nas mesmas condições de 12 horas/dia, acarretará
em uma troca a mais, quando utilizada pelo mesmo período que as lâmpadas a LED.
Além da vida mais longa, a tecnologia a LED possui melhor IRC e menor consumo de
energia. Além é claro do alto fator de potencia que a lâmpada LED possui. Assim
sendo, abaixo na Tabela 2 é apresentado um comparativo entre essas duas
tecnologias.
Tabela 2: Comparativo entre as Tecnologias VS e LED
Item / Característica Lâmpada VS Lâmpada a LED
Investimento R$ 250,00 R$ 1664,20
Potência 70 W + 30 W 60 W
(reator)
Vida Útil 24 mil horas 50 mil horas
Consumo Anual da Lâmpada 438 kW 262,8 kW
Custo Anual da Lâmpada R$ 41,67 * R$ 133,14 *
Custo da Energia Anual R$ 175,20 ** R$ 105,12 **
Total R$ 216,87 R$ 238,26
Fonte: Autor, 2012

* Estimado que a Lâmpada fique ligada 4 mil horas ano.


4 ℎ
â = ∗
Ú
** R$ 0,40. Valor aproximado da energia elétrica por quilowatt hora (mais impostos).

= ∗ 0,40
1

Na tabela acima a diferença resultante dos custos envolvidos na produção de energia


é de R$ 21,39. Assim sendo, percebe-se que a tecnologia LED ainda é um pouco mais
cara que a tecnologia VS. Isto porque foram considerados os custos na geração de
energia elétrica. Como o sistema em estudo é baseado no conceito fotovoltaico, esses
custos de geração de energia tendem a diminuir.
A Figura 2 apresenta um comparativo ao longo de 12 anos de utilização das duas
tecnologias em análise. Conforme mencionado, a lâmpada VS teria que ser trocado
no meio desse período o que faz com que a manutenção desse sistema fique mais
cara.
R$ 10.000,00
R$ 9.000,00
R$ 8.000,00
VALORES EM R$ R$ 7.000,00
R$ 6.000,00
R$ 5.000,00
led
R$ 4.000,00
R$ 3.000,00 sodio
R$ 2.000,00
R$ 1.000,00
R$ -
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
TEMPO (ANOS)

Figura 2: Gastos com Manutenção Anual


Fonte: Autor, 2012
Avaliando-se o investimento inicial do projeto de um sistema fotovoltaico com
lâmpadas a LED percebe-se que o alto custo ainda é um obstáculo. O sistema
calculado custaria R$ 135.870,90 (para 30 pontos). Porém, não se deve avaliar
meramente o custo de implantação.
O sistema fotovoltaico, além de contar com uma vida útil elevada (mais de 25 anos
para os módulos), terá lâmpadas a LED que por sua vez possuem um alto fator de
potência o que indica que não há a depreciação vista na tecnologia VS, em função do
envelhecimento dos capacitores dos reatores eletromagnéticos. Além disso, tem-se
um IRC maior nas lâmpadas LED do que nas de VS, o que propicia uma melhor
reprodução das cores no ambiente que ela ilumina. O menor consumo de energia nas
lâmpadas a LED também deve ser levado em consideração, pois esta diretamente
ligada à redução de poluentes na atmosfera, tendo em vista que grande parte da
energia elétrica produzida no mundo é proveniente da queima de combustíveis fósseis
como o carvão e o petróleo. Outro ponto que deve ser ressaltado é que a tecnologia
LED não utiliza elementos químicos pesados na sua construção.

7. Considerações Finais
O sistema fotovoltaico autônomo para iluminação pública se torna viável à medida que
vários fatores, que não somente o custo de implantação são avaliados, tais como a
vida útil do sistema, manutenção, impacto ambiental e valores gastos para produção
da energia elétrica.
Quando se trata de viabilidade econômica, o sistema fotovoltaico parece à primeira
vista muito caro e impraticável. Porém, ao se avaliar os gastos com a manutenção do
sistema e a não dependência que ele proporciona, o sistema torna-se mais atrativo.
No que se refere ao aspecto ambiental, a tecnologia fotovoltaica associada à
tecnologia dos LEDs que além de ter uma vida útil (cerca de 50 mil horas) muito
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superior aos sistemas utilizados atualmente, possuir baixo consumo propiciando um


elevado grau de eficiência, alto IRC e não emitir radiação ultravioleta, evitando a
atração de insetos à luminária e degradação das características originais da mesma.
Ainda sobre os aspectos ambientais, deve-se mencionar que os módulos fotovoltaicos
podem ser reciclados e os materiais usados na sua fabricação podem ser reutilizados,
além do que sistema requerer baixíssima manutenção.
E por fim, no que se refere o aspecto social a energia fotovoltaica leva energia elétrica
a famílias e pequenos produtores rurais que vivem em áreas remotas. Além do mais,
o avanço das tecnologias fotovoltaicas e o aumento pela procura de soluções
energéticas mais seguras e menos dependentes, tem gerados diversos empregos
para a população local.

8. FONTES CONSULTADAS
ELETROBRAS, 2011. Importância da Energia Elétrica. Disponível em
<www.eletrobras.com>. Acesso em março de 2016.
BENEDUCE, F. C. A. Energia Solar Fotovoltaica Sem Mistérios. Fortaleza: Banco do
Nordeste, 1999.
RÉGIS, Daniele da Silva. Estudo da Viabilidade para a Implantação de Energia Solar
Fotovoltaica em Comunidades Distantes. 2011. Dissertação (Graduação do Curso de
Engenharia Elétrica). São José dos Campos (SP): ETEP Faculdades.
COSTA, Naira Cunha. Estudo da Influência da Posição de Painéis Solares na Geração
de Energia Elétrica. 2011. Dissertação (Graduação do Curso de Engenharia Elétrica).
São José dos Campos (SP): ETEP Faculdades.

Colaborador: Patricia Santos de Araujo

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