Clinica e Manejo de Animais Silvestres
Clinica e Manejo de Animais Silvestres
com
MANEJO E CLÍNICA DE
ANIMAIS SILVESTRES
Por: Isabelle Santos
APOSTILA EM MEDICINA VETERINÁRIA
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO À MEDICINA DE
ANIMAIS SILVESTRES
pré-consulta e como conduzí-la COMO REALIZAR ABORDAGEM AO PACIENTE?
Nesse momento, é quando se decide se é A abordagem deve ser sistemática e
preciso ou não atender o animal por conta objetiva.
do limiar de estresse (relação predador e É indivíduo ou grupo? (descarta
presa). genética e traumas se muitos tiverem a
Orientação da equipe de trabalho - doença e descarta infecciosas se só
recepcionista, enfermeiros e um tiver);
veterinários (todos preparados para Qual a idade?
atender o telefone, etc); Qual o sexo?
Triagem: qual o tipo de consulta? Há prolapso de oviduto ou falo?
(minha clínica está preparada para Avaliar distocias;
atender uma serpente? se não, Urgência, emergência, rotina ou
encaminhar para outra clínica); orientação?
Orientações ao tutor (caso atenda o
como conduzir a anamnese geral?
tipo de animal, cuidado ao entender a
Manejo ambiental:
urgência e também o transporte);
Onde vive? Casa? Apartamento? Qual
Transportar o animal de modo seguro
a altura?
(a exemplo das aves, retirar tudo da
Como é o ambiente? Tem
gaiola e cobrí-la);
proteção/abrigo/toca? Qual o
Colheita de excretas (para análises;
tamanho CxAxL?
alguns répteis defecam a cada 15 dias,
Grade? Tela? Metal, plástico/acrílico,
então às vezes vale a pena solicitar ao
vidro, alvenaria?
tutor);
A maior taxa de contaminação por chumbo
Fotos e vídeos: do recinto,
em hamsters é através da tinta da gaiola.
comportamentos e sinais clínicos (sem
Tem substrato? Areia, maravalha,
consulta on-line, mas elas
serragem?
complementam o diagnóstico);
Enriquecimento ambiental?
Receitas anteriores, cartões de
Tem poleiro? Quantos e de qual
vacina…;
material?
Termos para se assegurar do manejo
Abrigo da chuva e intempéries?
declarando que o tutor está ciente do
Acesso a luz? tipo de luz, banho de sol,
risco de morte ou de não permitir
controle de temperatura, umidade?
manuseio.
As aves necessitam de 12 horas de escuro vetores e pragas?
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MEDICINA DE SERPENTES
VENENO X PEÇONHA
A molécula do veneno, constituída de
protídeos, é muito pequena, a ponto de
passar pela barreira da pele, como
acontece ao tocar em sapos venenosos,
por exemplo. No caso da peçonha, não. Em
serpentes há a necessidade de transpassar
através de presas inoculadoras de veneno.
Além disso, o veneno serve como uma
espécie de saliva também.
A peçonha funciona como o esperma, Todas as serpentes da classe viperídeos
quanto mais ela gasta mais diluído vai possuem a fosseta loreal (cascavel,
ficando. jararaca e surucucu). Assim como todas as
IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES VENENOSAS peçonhentas possuem fosseta e anéis
Primeiramente, a definição correta seria coloridos, mas nem todas as que possuem
peçonhentas e não peçonhentas. Se anéis coloridos são peçonhentas (como a
avalia, então: falsa coral).
Cabeça; Pupilas redondas significam animal diurno,
Olhos; enquanto as em fenda revelam animais
Disposição das escamas. noturnos. O melhor momento para manejar
um animal mais agressivo é no que ele está
menos ativo. Geralmente, o animal é
confortavelmente da cor do ambiente e
devemos recriar isso no viveiro. Outra
curiosidade desses animais é que eles
podem ter adaptações nas escamas para
sentir movimentos e os olhos possuem uma
espécie de visão de temperatura, apesar
de a língua ser a principal forma de sentir o
ambiente.
A LOCOMOÇÃO E A INTENÇÃO DA SERPENTE
Andar retilíneo:
Alimentada;
Sem vontade reprodutiva; Algumas serpentes possuem uma junção de
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ACIDENTES OFÍDICOS
FOSSETA LOREAL X LABIAL Existem soros para cada gênero de
A labial é presente nos pitonídeos; serpente, extraído de anticorpos
enquanto a fosseta loreal é produzidos por equinos. Por exemplo, o
especificamente relacionada à detecção soro antibotrópico, que quebra a peçonha
de calor e é encontrada em serpentes pit de Bothrops.
viper, a fosseta labial tem uma função mais
ampla de detecção de movimento e
vibrações e pode ser encontrada em várias
espécies de serpentes, especialmente
aquelas que caçam ativamente suas
presas.
Coagulação imediata;
Hemorragia;
Neurotoxemia.
Acidente elapídico (cobra-coral):
Pode evoluir para insuficiência
respiratória aguda e causar óbito;
Peçonha de ação neurotóxica em pré e
pós-sinapses.
MANEJO DE SERPENTES
Materiais e equipamentos: temos
diversos tipos de materiais de captura, à
exemplo de luvas de proteção, redes,
canos transparentes e o cambão.
Mecanismos de defesa:
Intimidação por meio de anexos
corporais como chocalho e costelas
expandidas;
Mordida cheia de bactérias;
Constrição;
Ácido úrico;
Peçonha. AVALIAÇÃO CLÍNICA EM SERPENTES
Contenção manual: evitar manejo em Escamas:
período reprodutivo ou de troca de pele. Observar conformação;
Avaliar cor (uniforme ou não?);
Avaliar escama ocular (opaca?);
Se há formação;
Presença de ectoparasitas;
Avaliar fossetas.
Cavidade oral:
CÓPULA DE SERPENTES Coloração de mucosa varia, então
Sexagem: utilizar o sexador é o meio mais buscar por homogeneidade e
seguro (sentido caudal para ver se há bilateralidade;
espaço grande, o que significa que há Observar dentes;
hemipênis); Há muito líquido na boca?
Disputa por fêmeas: pacificamente A orofaringe está hidratada?
dançam para competir de maneira Cloaca:
graciosa. Avaliar uniformidade;
Não pode haver resquícios de fezes ou
ovos.
Fezes e urina: avaliar se está
desidratada, normal, diarreica ou se
houve apenas descarga cloacal para ➝ Manejo ambiental inadequado.
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Pneumonia:
Causas:
➝ Estresse;
➝ Bactérias, vírus…;
➝ Lesão pulmonar;
Traumatismo: manejo de dor e correção
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MEDICINA DE SÁURIOS
O QUE SÃO SÁURIOS? substâncias químicas que
Os sáurios, como nome, são originários do desempenham
grego sauria, que significa “lagarto” e são um papel na comunicação entre os
os animais que pertencem à subordem dos animais, especialmente em interações
Lacertilia (lagartos), primos dos ofídios sociais e reprodutivas. Em lagartos que
(serpentes). É importante entender que há possuem esse órgão, ele desempenha
grande variação dentro dessa mesma um papel importante na detecção de
classe de animais, principalmente em feromônios de outros lagartos, o que
tamanho e alimentação; existem lagartos pode afetar o comportamento social e
pequenos como o dwarf gecko (2 cm) e o reprodutivo;
O camaleão possui uma chanfradura
lagarto-anão (1,6 cm) e grandes como
na mandíbula que permite a
dração de Komodo (3 metros) e o lagarto-
deslocação da língua. Quando um
do-Nilo (2 metros). Eles se diferenciam
camaleão abre a boca para capturar
muito das serpentes mesmo sendo próximos
uma presa, a mandíbula se move
na linha evolutiva, por exemplo: mandíbula
rapidamente para frente, permitindo
fixa, membros, garras, mastigam…
que os dentes se fechem sobre a presa
ASPECTOS BIOLÓGICOS DOS SÁURIOS de forma eficiente e segura. Além
Boca: disso, a estrutura da mandíbula dos
Dentes palatais em fileiras; camaleões também está relacionada à
Linhas pouco organizadas; capacidade desses animais de projetar
Lâmina dental ao longo da borda sua língua a uma distância significativa
labial; para capturar presas (saliva adesiva). A
Herbívoros possuem mais combinação da chanfradura na
vascularização na boca, enquanto mandíbula e da língua extensível torna
carnívoros possuem menos, pois os os camaleões caçadores altamente
ossos das presas poderiam lesionar os eficazes e adaptados ao seu estilo de
vasos. vida arbóreo e alimentação de insetos.
Língua: Olhos:
Pode ser bifurcada ou não, sendo Podem possuir ou não pálpebra (móvel
bífida quando o animal possui órgão ou fixa);
de Jacobson, que se localiza na zona A maioria possui visão centralizada;
anterior ao palato e é frequentemente O camaleão possui uma pálpebra que
associado à detecção de feromônios, funciona como uma espécie de zoom,
permitindo que os olhos rotacionem
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lateralmente.
Patas:
A presença ou ausência, assim como o Camaleões possuem cauda preênsil,
tipo das garras varia de acordo com o semelhante à dos saruês/timbus, que
ambiente e a necessidade de caça do permitem que eles se penduram. Por
animal; conta disso, essa categoria de animal
A maior preocupação de disecdise em não realiza a autotomia;
sáurios é nas regiões articulares entre
os dígitos;
Existem lagartos com membranas
interdigitais, como as iguanas de
Galápagos, animais que necessitam se
locomover por superfícies molhadas e
escorregadias.
Cauda:
Em maioria, esses animais utilizam a Grandes predadores, como o dragão
cauda como sua primeira linha de de Komodo, também não realizam
defesa. Esse membro possui muita autotomia por falta de necessidade.
força e realiza, se necessário, um Pele:
processo chamado ‘’autotomia’’, onde Uma característica distintiva da pele
a cauda se desprende do corpo por dos lagartos são as escamas. As
conta da disposição das fibras escamas são estruturas córneas e
musculares e continua se debatendo queratinizadas que cobrem a maior
por algum tempo, proporcionando uma parte do corpo dos lagartos,
distração para que o lagarto fuja. Ela proporcionando proteção mecânica
se desprende uma vértebra de cada contra danos externos, como arranhões
vez e se regenera, mas onde cresceu e abrasões. As escamas também
tecido novo não há mais ligação podem variar em tamanho, forma e
nervosa com a parte que foi textura dependendo da espécie e do
conservada; ambiente em que o lagarto vive
naquela ocasião.
O camaleão possui a capacidade de formato de fenda) e animais diurnos
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MEDICINA DE QUELÔNIOS
O QUE SÃO QUELÔNIOS?
Também conhecidos como “testudines”, os
quelônios compreendem tartarugas, jabutis
e cágados. Mas atenção: a tartaruga é
apenas a marinha, nenhum outro animal
pode receber essa denominação.
OS JABUTIS
Características gerais:
Majoritariamente terrestres;
Onívoros;
Grande rusticidade;
Costumam viver em florestas;
São ovíparos;
Ceco desenvolvido.
Principais espécies de jabuti na rotina
clínica:
Jabuti-tinga: grande e amarelado.
Hábitat e hábitos:
Tartarugas são animais exclusivamente
marinhos que só vão até a costa para
botar seus ovos ou quando encalham
por estarem doentes há dias;
Jabutis são animais exclusivamente
terrestres, não possuem desenvoltura
Jabuti-piranga:
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Tartaruga-oliva:
➝ Se alimentam, principalmente, de
camarões;
➝ A menor entre todas as mencionadas.
desgaste do bico;
Caso seja por balanço nutricional ela
se dá, geralmente, no corpo inteiro;
Corrigir fator base (mudar dieta,
proporcionar substrato adequado,
entrar com terapêutica para
infecções…).
Pneumonia:
Facilitada devido ao S traqueal que
não permite que os animais coloquem
qualquer tipo de secreção para fora;
Para descobrir, basta colocar o jabuti
em um balde com água e, caso ele
tombe, é positivo;
Também é influenciada pela lenda de
que colocando jabutis embaixo da
cama a criança irá melhorar de
Piramidismo: doenças respiratórias, nesse caso o
Ocorre, na maior parte das vezes, animal inala poeira.
devido a deficiência nutricional. Um Hipovitaminose A: dietas pobres em
exemplo é uma dieta rica em proteínas carotenóides e falta de incidência solar,
e pobre em cálcio; assim como a hipovitaminose D. Além disso,
O organismo consome os nutrientes da há também que se averiguar se não é
carapaça para se manter; devido a problemas de absorção por lesões
Há possibilidade de reverter em grande intestinais.
parte dos casos; Edema: tumores advindos de
Deformações na carapaça em filhotes hipoproteinemia, onde o organismo tenta
são piores que nos adultos, pois compensar a baixa de proteínas desviando
revelam que o animal teve esse líquido da circulação;
processo de forma aguda e não é o Infeções fúngicas ou bacterianas:
comum, geralmente demora meses Se for patológica a placa fica presa
para chegar a esse estado; mas descolada, gerando necrose e
Corrigir dieta, se precisar até usar maior acúmulo de microrganismos;
sonda esofágica para auxiliar; Se for por ecdise, a despigmentação
Cuidado ao suplementar, pois o animal antecede e evolui para
pode acabar crescendo por dentro e a desprendimento de placa.
carapaça não acompanha a Traumas: comum por mordida de animais
velocidade (60% da alimentação deve (cachorro), atropelamento e até embate
ser em ração e o resto = folhas e com motores de embarcações.
proteína, no caso de jabutis). Fibropapilomatose: doença tumoral
causada por um Herpesvírus que acomete, Sempre necessita-se avaliar plastrão para
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MEDICINA DE AVES
O QUE É PRECISO PARA SER UMA AVE? É necessário maior cuidado ao limpar
Basicamente, existem 4 características que ferimentos em ossos com compostos
tornam um animal uma ave. Sendo essas: hidrofílicos, pois eles absorvem e levam
presença de bico, penas, ser bípede (andar ao sacos aéreos, causando possível
sobre duas pernas) e possuir asas (para afogamento (o osso mais comum de
voar ou não). Nessa categoria, possuímos causar esses problemas é o úmero);
espécies muito variadas, ao passo que um Em aves, a ulna é maior do que o rádio
beija-flor e um avestruz são seres vivos para que ela receba as penas em seu
distintos mas se enquadram como aves. periósteo. Isso é diferente nos
mamíferos, onde a ulna é
anatomia geral das aves
extremamente fina;
Sistema esquelético:
A maioria dos ossos das aves são
considerados pneumáticos por
possuírem pequenos forames que
permitem a passagem do ar e auxiliam
na perda de peso para o voo. Além
disso, eles possuem conexão direta
com os sacos aéreos;
Região ocular:
Pode ter bárbulas, ou seja, cílios
modificados que são penas; Glândulas secretoras: é sabido que aves
Aves não possuem olho com relação marinhas possuem glândula de sal tal qual
presa-predador onde, por exemplo, as tartarugas marinhas, ela se conecta a
olhos para frente é uma característica um ducto que leva até a narina por onde o
de animal predador (no caso de sal é expelido em forma de espirro. Além
mamíferos). Para deixar claro: o tucano disso, outra glândula importante é a
é um predador e seus olhos são uropigiana, associada à permeabilidade,
lateralizados. manutenção, características fenotípicas e
isolamento térmico da pena, pois produz
uma espécie de oléo hidrofóbico; algumas
aves como avestruzes não possuem
glândula uropigiana, enquanto aves como o
pinguim, que necessitam de grande
impermeabilidade em suas penas para que
sua hidrodinâmica não seja prejudicada
são um grande exemplo da importância
dessa glândula.
visa auxiliar o animal nesse sentido. As é o que confere a cor que vemos nas
penas são consideradas, inclusive, muito penas. Todavia, é válido se atentar que a
mais ausência de material do que refração luminosa é associada a quem está
presença, por possuir mais ‘’espaços vazios’’ vendo e a capacidade de onda que o olho
microscópicamente. humano capta se diferencia da que uma
ave pode captar. O local onde a cromatina
se localiza dentro da célula também
influencia na visualização das cores, ao
passo que as perto do núcleo são menos
chamativas do que as localizadas na borda
do citoplasma.
LINHAS DE ESTRESSE METABÓLICO:
consistem em falhas no padrão das penas,
normalmente no formato de linhas de
Partes da pena:
coloração escura, localizadas
Cálamo:
perpendicularmente ao eixo da pena que
➝ Compreende a parte da pena que fica
ocorrem em animais de cativeiro por conta
inserida na epiderme e em parte da derme,
de um estresse metabólico prolongado,
algumas chegando a atingir músculo e até
como a presença de um gato durante
periósteo (penas de voo são ligadas a
alguns dias, e se dá devido à deposição
ossos, as do pescoço aos músculos…);
incorreta de cromatinas ao longo do
➝ No início da formação da pena, o
crescimento da pena.
cálamo é bastante vascularizado e
inervado, portanto há um grande Algumas espécies de aves desenvolveram
sangramento caso ele seja cortado nesse adaptações em suas penas, à exemplo da
período. Ao passo em que a pena se torna coruja que possui cerdas na parte externa
completa, há a atresia vascular onde os de suas penas para quebrar o barulho de
vasos dessa região colabam e há perda de suas próprias asas e conseguir caçar
sensibilidade. melhor na mata escura, visto que seu olho
Raque: esbugalhado não atua como boa
➝ É a parte central da pena; ferramenta no escuro e serve para conduzir
➝ Onde se inserem as barbas. o barulho até o conduto auditivo. Inclusive,
Barbas ou vexilo: uma das orelhas internas das corujas é mais
➝ Estrutura que se estende para os dois alta do que a outra para que o som tenha
lados da raque; profundidade. Há outros tipos de
➝ Podem ser plumáceas (macio e fofo) ou modificações em penas, como o pavão que
penáceas (intimamente entrelaçados). necessita de uma cauda bonita e pode ter
Bárbulas e ganchos: belas penas fininhas na cabeça para
➝ As bárbulas são ramificações das impressionar a fêmea.
barbas; Tipos de penas de uma asa:
➝ Estão presas por estruturas chamadas Remiges: sustentação, estabilidade e
de ganchos. controle durante o voo;
Coberteiras: protegem as penas onde a cera se destaca mais alaranjada).
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O BICO
O bico também é uma estrutura adaptada
para diminuir o peso, pois a cabeça do
animal é mais inclinada para a frente
nesses animais e tudo o que está perto do
corpo, ou seja, no eixo central, se torna
mais leve. Assim, a mandíbula pesaria muito Além de tudo citado, o bico das aves possui
se estivesse na região mais comum aos uma região lateral, semelhante às
outros animais. Como resultado disso, os comissuras labiais em mamíferos, chamada
dentes se tornaram moela ou ventrículo e rictus. O rictus costuma ser maior em aves
as aves ingerem pedaços de dendritos para jovens e menor em velhas, porque o animal
realizar a quebra mecânica do alimento, jovem precisa de amplitude para se
visto que não há dentes reais nesta região. alimentar pelos pais, mas o adulto precisa
Partes do bico: apenas de força.
Sphenisciformes:
Não voam;
Plumagem densa e impermeável; Anatídeos:
Corpo hidrodinâmico, robusto; Animais aquáticos;
Bico geralmente longo e fino. Pés palmados com membranas
EX: pinguins. interdigitais;
Plumagem densa e oleosa;
Costumam migrar bastante.
EX: patos, gansos e cisnes.
Struthioniformes:
Aves terrestres que não voam; Falconiformes:
Articulações coxofemorais mais bem Aves de rapina;
desenvolvidas; Garras fortes;
O avestruz possui o menor filhote, Boa visão;
quase do tamanho de um pintinho, em Variam de tamanho entre si;
proporção ao tamanho da ave mas Coluna cervical fundida para ter
nasce completo e com todas as resistência ao descer durante o vôo e
estruturas externas; não luxar vértebras;
Não possuem quilha. Bico curvo como um gancho.
EX: avestruz e ema. EX: falcão-peregrino.
Além de não possuírem papo, as corujas
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cauda pequena;
➝ Os filhotes devem ter olhos pretos e, ao
crescerem, a íris vai delimitando e fica
clarinha (fica 6 meses como filhote mas
com 40 dias já sai do ninho);
➝ Comem barro mas não é um distúrbio
alimentar por deficiência de minerais como
em outros animais, é normal;
➝ A maioria das araras adora semente de
girassol mas possui seletividade individual
CETRARIA OU FALCOARIA: é uma técnica para frutas.
de caça que iniciou na Mongólia 400 a.c, EX: todas as araras.
onde os humanos capturavam animais
adultos, os deixavam com fome e os
soltavam depois para eles pegarem lebres
durante o inverno, passada essa estação os
rapinantes eram libertos. Hoje em dia usam
condicionamento em filhotes. Nesse
sentido, essa prática é responsável pelo
controle de tráfego aéreo que é feito na
soltura desses animais para que caçem ou
afugentem aves que poderiam bater nos
aviões, etc. Passeriformes:
Psitacídeos: Aves anisodáctilas, ou seja, três dedos
Maior ocorrência na clínica; para frente e um para trás;
Grupo diverso; Canto bem desenvolvido;
Alguns cantam, alguns falam… Alimentação variada;
Todos possuem em comum a curvatura Quanto mais músculos na região de
no bico para quebrar sementes, sendo siringe, mais diverso o canto e a altura
eles importantes para o varia de acordo com o tamanho e
reflorestamento; flexura das membranas timpaniformes;
O tuim é o menor psitacídeo do mundo Conhecidos como canoras por
e arara azul é o maior, ambos são possuírem esse dom de cantar.
brasileiros; EX: canários e pardais.
As patas são utilizadas ativamente na
alimentação para girar o alimento;
A articulação coxofemoral é mais
flexível que em outras aves;
Onde se enquadram as araras, como
dito;
➝ Suas caudas podem ser maios que o
corpo e + 20% maiores, o que ajuda a
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MEDICINA DE PEIXES
CONHECENDO OS PEIXES
Dentro dos corpos de água, como os
oceanos, existem algumas zonas de acordo
com a profundidade que se diferenciam
em relação à pressão da água sobre os
corpos e à incidência de luz. Nesse sentido,
cada local abriga diferentes tipos de vida
com as mais variadas necessidades
fisiológicas. Em suma maioria, os animais
que costumam chegar na clínica de peixes, Gnatostomatas: animais dos mais
naturalmente, estariam inseridos na região variados tipos e que possuem mandíbula,
epipelágica que chega a até 200m de seja ela cartilaginosa ou óssea.
profundidade, visto que, mais que isso não
PEIXES DE ACORDO COM O TIPO DE ESQUELETO
seria possível em tanques e aquários
construídos pelo homem. Elasmobrânquios:
Peixes cartilaginosos;
Não param de nadar nem ao dormir e
sobem gastando energia, por conta da
ausência da bexiga natatória (com
exceção do tubarão lixa, que costuma
ir ao fundo para dormir);
Existem três ‘’categorias’’ de
elasmobrânquios:
➝ Tubarões:
◆ Possuem divisão de nadadeiras bem
estabelecida;
◆ Sua dentição é especializada em cortar
e dilacerar carne, visto que eles possuem
fileiras de dente no interior da mandíbula
Agnathas: animais com orifício de boca que vão crescendo por toda a vida e
mas sem mandíbula; em sua cavidade oral substituindo a fileira mais externa a medida
há dentina mas eles não fazem mastigação em que as serras presentes nos dentes
e sim sucção. desses animais se desgastam;
EX: lampreia e peixe-bruxa.
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Peixes ósseos:
◆ Mandíbula densa, apesar de Obviamente, possuem esqueleto ósseo;
cartilaginosa, que se projeta para a frente Mais comuns na clínica;
na hora do ataque à presa Podem ser fusiformes, achatados,
EX: tubarão-martelo, tubarão-tigre, globiformes ou filiformes;
tubarão-lixa, tubarão-branco e tubarão Nessa categoria se enquadram os
mako peixes ornamentais e pets.
➝ Raias: EX: peixe-beta, peixe-leão, peixinho
◆ Corpo em formato de disco; dourado, etc.
CICLO DA AMÔNIA
Em todo aquário existe uma quantidade X
de amônia (NH3) advinda das excretas dos
peixes residentes, de peixes que morreram
e entraram em decomposição, restos de
ração, etc. Ela é tóxica para os peixes mas
serve de alimento para bactérias
nitrificantes (nitrosomonas) que, ao
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ensebadas;
Tratamento: corrigir pH com ◆ Exoftalmia (olhos saltados);
alcalinizantes. ◆ Hemorragias internas e externas.
Saprolegniose: causada por oomicetos ➝ Víbrio:
(fungos) que se aproveitam de ◆ Lesões cutâneas;
imunossupressão ou ferimentos na pele do ◆ Ulcerações;
animal. ◆ Eritema (vermelhidão);
Sintomas: uma espécie de algodão ◆ Perda de apetite;
surge no peixe; ◆ Letargia;
◆ Hemorragias nas brânquias e órgãos
internos.
Tratamento: envolve uma abordagem
multifacetada, incluindo o uso de
antibióticos apropriados (injetáveis),
melhorias na qualidade da água, e
práticas de manejo preventivo.
Problemas em bexiga natatória:
Tratamento:
➝ Preparar uma solução de sal comum
(NaCl) em uma concentração de 1-3% e
submergir os peixes afetados por 10-15
minutos; Sintomas:
➝ Utilizar permanganato de potássio ➝ Animais de fundo que não conseguem
(KMnO4) em concentrações adequadas chegar ao fundo;
(geralmente 2 mg/L) para banhos de ➝ Animais de superfície que não consegue
imersão. Este tratamento deve ser feito subir e ficam no fundo;
com cuidado para evitar toxicidade; ➝ Animal com postura diferente do natural;
➝ Diluir peróxido de hidrogênio em água ➝ Aumento de volume na região onde a
limpa na concentração desejada e manter bexiga está situada.
os peixes na solução por 15 a 60 minutos,
dependendo da tolerância da espécie e da
gravidade da infecção.
Infecções bacterianas: geralmente
causadas por Aeromonas spp. ou Vibrio
spp.
Sintomatologia:
➝ Aeromonas:
◆ Úlceras na pele;
◆ Nadadeiras desfiadas;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS