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Clinica e Manejo de Animais Silvestres

O documento é uma apostila sobre manejo e clínica de animais silvestres, abordando temas como medicina de serpentes, sárgios, quelônios, aves e peixes. Ele inclui informações sobre a triagem de pacientes, manejo ambiental, nutricional e sanitário, além de desafios clínicos e identificação de serpentes venenosas. A apostila também discute a anatomia e fisiologia das serpentes, tipos de veneno e acidentes ofídicos.

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Clinica e Manejo de Animais Silvestres

O documento é uma apostila sobre manejo e clínica de animais silvestres, abordando temas como medicina de serpentes, sárgios, quelônios, aves e peixes. Ele inclui informações sobre a triagem de pacientes, manejo ambiental, nutricional e sanitário, além de desafios clínicos e identificação de serpentes venenosas. A apostila também discute a anatomia e fisiologia das serpentes, tipos de veneno e acidentes ofídicos.

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MANEJO E CLÍNICA DE
ANIMAIS SILVESTRES
Por: Isabelle Santos
APOSTILA EM MEDICINA VETERINÁRIA
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO À MEDICINA DE ANIMAIS SILVESTRES................................................3


MEDICINA DE SERPENTES.............................................................................................6
MEDICINA DE SÁURIOS................................................................................................13
MEDICINA DE QUELÔNIOS...........................................................................................20
MEDICINA DE AVES......................................................................................................29
MEDICINA DE PEIXES..................................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................52
AGRADECIMENTOS......................................................................................................53
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INTRODUÇÃO À MEDICINA DE
ANIMAIS SILVESTRES
pré-consulta e como conduzí-la COMO REALIZAR ABORDAGEM AO PACIENTE?
Nesse momento, é quando se decide se é A abordagem deve ser sistemática e
preciso ou não atender o animal por conta objetiva.
do limiar de estresse (relação predador e É indivíduo ou grupo? (descarta
presa). genética e traumas se muitos tiverem a
Orientação da equipe de trabalho - doença e descarta infecciosas se só
recepcionista, enfermeiros e um tiver);
veterinários (todos preparados para Qual a idade?
atender o telefone, etc); Qual o sexo?
Triagem: qual o tipo de consulta? Há prolapso de oviduto ou falo?
(minha clínica está preparada para Avaliar distocias;
atender uma serpente? se não, Urgência, emergência, rotina ou
encaminhar para outra clínica); orientação?
Orientações ao tutor (caso atenda o
como conduzir a anamnese geral?
tipo de animal, cuidado ao entender a
Manejo ambiental:
urgência e também o transporte);
Onde vive? Casa? Apartamento? Qual
Transportar o animal de modo seguro
a altura?
(a exemplo das aves, retirar tudo da
Como é o ambiente? Tem
gaiola e cobrí-la);
proteção/abrigo/toca? Qual o
Colheita de excretas (para análises;
tamanho CxAxL?
alguns répteis defecam a cada 15 dias,
Grade? Tela? Metal, plástico/acrílico,
então às vezes vale a pena solicitar ao
vidro, alvenaria?
tutor);
A maior taxa de contaminação por chumbo
Fotos e vídeos: do recinto,
em hamsters é através da tinta da gaiola.
comportamentos e sinais clínicos (sem
Tem substrato? Areia, maravalha,
consulta on-line, mas elas
serragem?
complementam o diagnóstico);
Enriquecimento ambiental?
Receitas anteriores, cartões de
Tem poleiro? Quantos e de qual
vacina…;
material?
Termos para se assegurar do manejo
Abrigo da chuva e intempéries?
declarando que o tutor está ciente do
Acesso a luz? tipo de luz, banho de sol,
risco de morte ou de não permitir
controle de temperatura, umidade?
manuseio.
As aves necessitam de 12 horas de escuro vetores e pragas?
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para se regular, pois a falta desse aspecto Manejo comportamental:


provoca problemas na pigmentação das Há problemas comportamentais?
penas; a luz não precisa ser natural, Qual o seu contato com o animal? E
apenas é importante que emita raios UVB terceiros?
utilizados para ativar a vitamina D inativa Há contactantes? Intra e
no animal. interespecíficos?
Manejo nutricional: Há enriquecimento ambiental? Como é
Qual a alimentação do animal? feito?
Modo como o alimento é oferecido Há fatores externos que poderiam
(inteiro, fragmentado, descongelado?); afetar o comportamento ou o
Quais horários, frequência, tem sobras comportamento é influenciado por
diárias? agentes/fatores externos?
Qual a procedência e
A INSPEÇÃO À DISTÂNCIA E COMO REALIZÁ-LA
acondicionamento?;
Onde é oferecido o alimento? Observar o animal no ambiente/gaiola
São ofertados novos alimentos? - evitar sinais enganosos;
Tem petiscos? Postura;
Qual a origem da água? Há troca? Comportamento (apatia, alerta,
Qual a frequência de troca? agressivo, inconsciente…);
Há controle de peso? Nível de consciência;
Manejo sanitário: Avaliação da FR (não avaliar pós
Higienização do ambiente e a contenção);
frequência; Utilizar termômetro infravermelho para
Qual o material dos comedouros e medir temperatura (sempre calibrar ele
bebedouros? (cuidado ao utilizar comparando com o digital na mesma
madeira para armazenar comida, pois distância no mesmo animal);
você sempre deixa os microorganismos Respeitar o período de adaptação ao
invisíveis; ideal utilizar porcelana, ambiente.
exceto para psitacídeos); COMO CONDUZIR O EXAME FÍSICO GERAL?
Há uma barreira física ou distância dos Pesagem (precisão de 1g; balança de
alimentos e excretas? fezes que vai até 5kg):
Oferece alimento vivo? Como é Peso real e peso estimado (prática).
mantido? Temperatura (em répteis, pode ocorrer
Tratamentos prévios por conta própria? aumento de temperatura local na lesão
Afecções anteriores e pré-existentes? se houver uma):
Houve a introdução de um novo Observar os endotérmica e
contactante? ectotérmicos;
Fez "quarentena"? Répteis (há a temperatura ótima e a de
Qual a origem? estresse);
Tem informações prévias de saúde da Em aves e mamíferos há diferença de
mesma? acordo com idade, espécie e local de
Há presença de animais sinantrópicos, aferição;
Locais de aferição: orofaringe,
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cavidade oral, esôfago e cloaca/reto;


Equipamentos (termômetros).
Coloração de mucosas: em répteis,
observa-se retração do globo ocular ou
seja olho fundo = desidratado e em aves a
hidratação de orofaringes.
Linfonodos
Grau de desidratação
TPC: a FC deles é muito elevada então
sempre dá um bom TPC; em aves, dá pra
observar na veia braquial e aí seria TPV ou
seja venoso.
Escore corporal
Biometria

DESAFIOS NA CLÍNICA DE ANIMAIS SILVESTRES


Necessidade de anestesia na maioria
dos animais;
Anatomias e fisiologias diferentes;
Escolha de fármacos e vias de
administração.
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MEDICINA DE SERPENTES
VENENO X PEÇONHA
A molécula do veneno, constituída de
protídeos, é muito pequena, a ponto de
passar pela barreira da pele, como
acontece ao tocar em sapos venenosos,
por exemplo. No caso da peçonha, não. Em
serpentes há a necessidade de transpassar
através de presas inoculadoras de veneno.
Além disso, o veneno serve como uma
espécie de saliva também.
A peçonha funciona como o esperma, Todas as serpentes da classe viperídeos
quanto mais ela gasta mais diluído vai possuem a fosseta loreal (cascavel,
ficando. jararaca e surucucu). Assim como todas as
IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES VENENOSAS peçonhentas possuem fosseta e anéis
Primeiramente, a definição correta seria coloridos, mas nem todas as que possuem
peçonhentas e não peçonhentas. Se anéis coloridos são peçonhentas (como a
avalia, então: falsa coral).
Cabeça; Pupilas redondas significam animal diurno,
Olhos; enquanto as em fenda revelam animais
Disposição das escamas. noturnos. O melhor momento para manejar
um animal mais agressivo é no que ele está
menos ativo. Geralmente, o animal é
confortavelmente da cor do ambiente e
devemos recriar isso no viveiro. Outra
curiosidade desses animais é que eles
podem ter adaptações nas escamas para
sentir movimentos e os olhos possuem uma
espécie de visão de temperatura, apesar
de a língua ser a principal forma de sentir o
ambiente.
A LOCOMOÇÃO E A INTENÇÃO DA SERPENTE
Andar retilíneo:
Alimentada;
Sem vontade reprodutiva; Algumas serpentes possuem uma junção de
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Temperatura adequada; baço e pâncreas denominada


Provavelmente, indo de um lugar mais esplenopâncreas.
confortável termicamente.
DISPLAY EM SERPENTES
Andar serpentino: intenção de se
alimentar ou reproduzir. Exemplos comuns são a naja expandindo
Andar sanfonado: as costelas para intimidar e o chocalho da
Pico de estresse; cascavel, onde cada anel é acúmulo de
Desespero; escamas antigas que se aderem ao final da
Perigoso. troca, pois a ecdise inicia no focinho (ele
serve para avisar que ela é perigosa). Além
disso, elas fazem mimetismo com o
ambiente para se camuflar.

DENTIÇÃO DAS SERPENTES


Áglifas:
ANATOMIA GERAL DAS SERPENTES Sem presas inoculadoras de peçonha;
Ou engole a presa viva ou faz
A anatomia desses animais é simples, e
constrição;
o que podemos considerar são
4 fileiras de dentes superiores e 2
detalhes como:
fileiras de dente inferiores;
Ausência de pálpebras;
Grande maioria das serpentes;
Coração tricavitário;
Dentes fracos para se desprender
Estômago que se distende bem;
facilmente;
Só um pulmão ou dois mas um
Temos dois tipos de áglifa: heterodonte
afuncional;
(se alimenta de animais que voam) e
Vesícula biliar no duodeno;
homodonte.
Digestão rápida e absorção lenta.
EX: cobra do milharal, caninana, jibóia…
Opistóglifa:
Presas com curvatura para trás e na
parte de trás;
Não é muito perigoso, pois a presa
pega somente no ar e precisa que a
serpente caminhe para alcançar a
região certa;
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Faz constrição mas possui glândula de


peçonha com canal até a presa que
serve para terminar de matar o animal,
já que ela perdeu um pouco da
musculatura;
Mais veloz que a áglifa.
EX: falsa coral, cobra-verde, cobra-
marrom-oriental…
Proteróglifa:
Possui um ducto de peçonha reto que
permite o desperdício do mesmo por
uma fenda.
CORAL VERDADEIRA X FALSA
Inoculação eficaz da peçonha.
A falsa possui cabeça mais achatada e
EX: mamba negra, coral-verdadeira,
olhos ovalados ou arredondados, enquanto
naja…
a verdadeira possui olhos discretos para
Solenóglifa:
poder escavar. Os olhos da verdadeira
Presas na frente;
também ficam para dentro das escamas.
Glândula de peçonha presente;
Veneno um pouco mais diluído do que
os da víbora;
Serpente adulta controla melhor a
quantidade de veneno inoculado;
Possui osso quadrado (todas as
serpentes) para ampliar o alcance da
articulação;
Ductos da peçonha no dente ajudam o
veneno a desembocar.
EX: jararaca, cobra-rei, cobra-
cuspideira, cobra-marrom-de-Sumatra…

FOSSETA LORAL: a fosseta loreal é uma


adaptação sensorial importante que auxilia
certas serpentes na localização e
identificação de presas através da
detecção de calor, contribuindo para suas
habilidades de caça e sobrevivência. Ela
permite que o animal sinta variação de
0,04º graus. São duas para orientar os
lados, onde há maior e menor temperatura.
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ACIDENTES OFÍDICOS
FOSSETA LOREAL X LABIAL Existem soros para cada gênero de
A labial é presente nos pitonídeos; serpente, extraído de anticorpos
enquanto a fosseta loreal é produzidos por equinos. Por exemplo, o
especificamente relacionada à detecção soro antibotrópico, que quebra a peçonha
de calor e é encontrada em serpentes pit de Bothrops.
viper, a fosseta labial tem uma função mais
ampla de detecção de movimento e
vibrações e pode ser encontrada em várias
espécies de serpentes, especialmente
aquelas que caçam ativamente suas
presas.

Acidente botrópico (jararaca):


Dor;
Edema;
Equimose;
Hemorragia grave;
Choque;
Anúria.
Acidente crotálico (cascavel):
Neurotoxina inibe liberação de Ach e
ÓRGAO VOMERONASAL OU DE
causa paralisias motoras;
JACOBSON: o mais importante para as
Lesiona fibras musculares esqueléticas
serpentes. Quando elas colocam a língua
e causa rabdomiólise com liberação de
para fora, não há nenhuma papila
enzimas e mioglobina para o soro que
sensorial, esse músculo possui a função de
é, posteriormente, excretado para a
captar partículas e trazer de volta para o
urina;
órgão nasal e ele interpreta (cheiros, por
Atrapalha a coagulação;
exemplo) e cada ponta da língua bifurcada
Visão turva;
pega de um lado, indicando a qual direção
Dor muscular;
o animal deve seguir. As que possuem a
Oligúria ou anúria.
fosseta utilizam menos o órgão de
Acidente laquético (surucucu):
Jacobson, mas ainda utilizam.
Proteólise;
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Coagulação imediata;
Hemorragia;
Neurotoxemia.
Acidente elapídico (cobra-coral):
Pode evoluir para insuficiência
respiratória aguda e causar óbito;
Peçonha de ação neurotóxica em pré e
pós-sinapses.
MANEJO DE SERPENTES
Materiais e equipamentos: temos
diversos tipos de materiais de captura, à
exemplo de luvas de proteção, redes,
canos transparentes e o cambão.
Mecanismos de defesa:
Intimidação por meio de anexos
corporais como chocalho e costelas
expandidas;
Mordida cheia de bactérias;
Constrição;
Ácido úrico;
Peçonha. AVALIAÇÃO CLÍNICA EM SERPENTES
Contenção manual: evitar manejo em Escamas:
período reprodutivo ou de troca de pele. Observar conformação;
Avaliar cor (uniforme ou não?);
Avaliar escama ocular (opaca?);
Se há formação;
Presença de ectoparasitas;
Avaliar fossetas.
Cavidade oral:
CÓPULA DE SERPENTES Coloração de mucosa varia, então
Sexagem: utilizar o sexador é o meio mais buscar por homogeneidade e
seguro (sentido caudal para ver se há bilateralidade;
espaço grande, o que significa que há Observar dentes;
hemipênis); Há muito líquido na boca?
Disputa por fêmeas: pacificamente A orofaringe está hidratada?
dançam para competir de maneira Cloaca:
graciosa. Avaliar uniformidade;
Não pode haver resquícios de fezes ou
ovos.
Fezes e urina: avaliar se está
desidratada, normal, diarreica ou se
houve apenas descarga cloacal para ➝ Manejo ambiental inadequado.
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defesa. Sinais clínicos: cavidade oral aberta


OCORRÊNCIAS CLÍNICAS EM SERPENTES em busca de ar.
Estomatite: Tratamento:
Causas: ➝ Puxa a traquéia móvel para fora e faz
➝ Infecções bacterianas; lavagem pulmonar com soro;
➝ Infecções fúngicas; ➝ Fazer antibiograma com o líquido da
➝ Traumas; lavagem;
➝ Parasitas, como ácaros; ➝ Medicação (antibiótico) de forma
➝ Imunossupressão (estresse); inalatória, colocando mangueira no terrário
➝ Má-higiene; e fechando com papel filme (deixar apenas
➝ Condições ambientais inadequadas um espaço para saída de ar).
(muita umidade, temperaturas extremas,
falta de iluminação UV adequada…).
Sinais clínicos:
➝ Inchaço e/ou vermelhidão;
➝ Secreção oral excessiva;
➝ Mau hálito;
➝ Dificuldade de se alimentar e perda de Ectoparasitoses:
peso subsequente; Causa: não se sabe ao certo, visto que
➝ Úlceras, feridas, crostas… as escamas são fortes. Os carrapatos e
➝ Comportamento anormal (esfregar a ácaros, no entanto, conseguem se
boca em objetos, por exemplo). acoplar entre elas e permitem a
Tratamento: entrada de hemoparasitas como
➝ Identificar a causa; hepatozoon para dentro do organismo;
➝ Limpeza e desinfecção da cavidade o principal parasita é o Amblyomma,
oral, se possível, com soluções assépticas além dos ácaros que provocam
suaves; necrose de escamas e atingem tecidos
➝ Antibioticoterapia; profundos, podendo levar à sepse;
➝ Melhora das condições ambientais. Tratamento: estimular troca de pele
(superalimentação e suplementação
com vitaminas ADE).

Pneumonia:
Causas:
➝ Estresse;
➝ Bactérias, vírus…;
➝ Lesão pulmonar;
Traumatismo: manejo de dor e correção
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cirúrgica, se necessário, são a parte


principal. Se atentar à necessidade
específica do tipo de lesão;
Anorexia: manejo alimentar nutricional
inadequado e problemas orais, como a
estomatite, conferem a principal causa
dessa doença nas serpentes. Necessário
corrigir a desordem base;
Disecdise:
Causas: geralmente, estresse. Toda
vida, pode ser ectoparasita, infecção
por MOO, falta de local abrasivo para
iniciar troca, hipovitaminose,
desidratação…;
Tratamento:
➝ Evitar fluido sistêmico, pois as escamas
não possuem contato com a epiderme;
➝ Banho de imersão em água morna por 2
dias com duração de 20-30 minutos e
depois tirar com a parte macia de uma
bucha no sentido crânio-caudal;
➝ Suplementar com vitaminas AED.

Má formação: incomum na natureza, pois


surge por consanguinidade.
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MEDICINA DE SÁURIOS
O QUE SÃO SÁURIOS? substâncias químicas que
Os sáurios, como nome, são originários do desempenham
grego sauria, que significa “lagarto” e são um papel na comunicação entre os
os animais que pertencem à subordem dos animais, especialmente em interações
Lacertilia (lagartos), primos dos ofídios sociais e reprodutivas. Em lagartos que
(serpentes). É importante entender que há possuem esse órgão, ele desempenha
grande variação dentro dessa mesma um papel importante na detecção de
classe de animais, principalmente em feromônios de outros lagartos, o que
tamanho e alimentação; existem lagartos pode afetar o comportamento social e
pequenos como o dwarf gecko (2 cm) e o reprodutivo;
O camaleão possui uma chanfradura
lagarto-anão (1,6 cm) e grandes como
na mandíbula que permite a
dração de Komodo (3 metros) e o lagarto-
deslocação da língua. Quando um
do-Nilo (2 metros). Eles se diferenciam
camaleão abre a boca para capturar
muito das serpentes mesmo sendo próximos
uma presa, a mandíbula se move
na linha evolutiva, por exemplo: mandíbula
rapidamente para frente, permitindo
fixa, membros, garras, mastigam…
que os dentes se fechem sobre a presa
ASPECTOS BIOLÓGICOS DOS SÁURIOS de forma eficiente e segura. Além
Boca: disso, a estrutura da mandíbula dos
Dentes palatais em fileiras; camaleões também está relacionada à
Linhas pouco organizadas; capacidade desses animais de projetar
Lâmina dental ao longo da borda sua língua a uma distância significativa
labial; para capturar presas (saliva adesiva). A
Herbívoros possuem mais combinação da chanfradura na
vascularização na boca, enquanto mandíbula e da língua extensível torna
carnívoros possuem menos, pois os os camaleões caçadores altamente
ossos das presas poderiam lesionar os eficazes e adaptados ao seu estilo de
vasos. vida arbóreo e alimentação de insetos.
Língua: Olhos:
Pode ser bifurcada ou não, sendo Podem possuir ou não pálpebra (móvel
bífida quando o animal possui órgão ou fixa);
de Jacobson, que se localiza na zona A maioria possui visão centralizada;
anterior ao palato e é frequentemente O camaleão possui uma pálpebra que
associado à detecção de feromônios, funciona como uma espécie de zoom,
permitindo que os olhos rotacionem
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lateralmente.

Patas:
A presença ou ausência, assim como o Camaleões possuem cauda preênsil,
tipo das garras varia de acordo com o semelhante à dos saruês/timbus, que
ambiente e a necessidade de caça do permitem que eles se penduram. Por
animal; conta disso, essa categoria de animal
A maior preocupação de disecdise em não realiza a autotomia;
sáurios é nas regiões articulares entre
os dígitos;
Existem lagartos com membranas
interdigitais, como as iguanas de
Galápagos, animais que necessitam se
locomover por superfícies molhadas e
escorregadias.
Cauda:
Em maioria, esses animais utilizam a Grandes predadores, como o dragão
cauda como sua primeira linha de de Komodo, também não realizam
defesa. Esse membro possui muita autotomia por falta de necessidade.
força e realiza, se necessário, um Pele:
processo chamado ‘’autotomia’’, onde Uma característica distintiva da pele
a cauda se desprende do corpo por dos lagartos são as escamas. As
conta da disposição das fibras escamas são estruturas córneas e
musculares e continua se debatendo queratinizadas que cobrem a maior
por algum tempo, proporcionando uma parte do corpo dos lagartos,
distração para que o lagarto fuja. Ela proporcionando proteção mecânica
se desprende uma vértebra de cada contra danos externos, como arranhões
vez e se regenera, mas onde cresceu e abrasões. As escamas também
tecido novo não há mais ligação podem variar em tamanho, forma e
nervosa com a parte que foi textura dependendo da espécie e do
conservada; ambiente em que o lagarto vive
naquela ocasião.
O camaleão possui a capacidade de formato de fenda) e animais diurnos
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mudar de cor apenas o local onde está (pupilas em formato redondo);


inflamado ou dolorido, como quando Como já citado, camaleões possuem
tomam medicamentos injetáveis e visão lateral e seus olhos funcionam
deixam a região escurecida, dando a como zoom.
impressão errônea de uma necrose. TERCEIRO OLHO OU GLÂNDULA PINEAL:
Esqueleto: órgão fotossensível situado no topo do
8C, 5T, 11PT, 2S e 15C; cérebro que possui lentes, retina e uma
Articulação atlanto occipital pouco conexão nervosa com o SNC; é coberto por
desenvolvida, não conter os animais uma escama opaca e está relacionado ao
pela cabeça; controle metabólico diurno e sazonal.
Caixa torácica com esterno para Audição:
proteger quando o animal sair do Captam apenas vibração;
chão. Orelha interna é a única presente;
Muitas espécies nem apresentam
abertura externa.
Paladar:
Animais herbívoros possuem mais
papilas gustativas, assim como a visão
melhor.
Diversos tipos de alimentação, como:
➝ Herbívoros (comem folhagens e frutos)
EX: iguana.
➝ Carnívoros (comem carne de outros
animais) e/ou insetívoros (comem insetos)
EX: dragão de Komodo.
➝Necrófagos (comem carne em
decomposição)
Coração: tricavitário mas o sangue não se EX: Teiú.
mistura por causa da pressão. ➝ Onívoros (comem de tudo)
Ovos: redondos (animais pequenos; ovo EX: camaleão.
mais resistente; casca que se quebra) ou ➝Nectarívoros (se alimentam de néctar de
ovalados (animais maiores; ovo mais flores)
sensível; casca que se rasga). EX: Phelsuma.
Termorregulação: Olfato: tudo por meio do órgão
Muito importante para esses animais, vomeronasal em acordo com a língua;
então eles passam o dia trocando de partículas de odor captadas e transmitidas
sol para sombra; para o órgão em questão. Em resumo, as
Lagartos gastam muita energia narinas servem mais para captar ar;
facilmente, então eles precisam Sistema muscular: no geral, o sistema
economizar e estar sempre repondo. muscular dos lagartos é altamente
Visão: especializado para atender às demandas
Existem animais noturnos (pupila em de suas atividades diárias, desde a
locomoção até a alimentação e a óssea que permite a expansão das
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defesa. Essa complexidade muscular é costelas em uma espécie de asa que o


uma adaptação importante que permite planar (eles não voam, apenas
permite que os lagartos prosperem em pula e descem planando); um bom
uma variedade de ambientes exemplo é o dragão-voador.
ecológicos e desempenhem papéis Jato de sangue: realizado pelo lagarto-
importantes nos ecossistemas onde espinhoso, este comportamento é
vivem; resultado de uma pressão sanguínea
Os músculos da mandíbula dos lagartos elevada na região ocular, que força o
são adaptados para a mastigação e para sangue a ser expelido através de pequenos
prender e segurar presas. Eles são fortes e vasos sanguíneos ao redor dos olhos. O
bem desenvolvidos em lagartos carnívoros, sangue não é nocivo e não causa danos
que precisam de uma mordida potente aos predadores, mas a visão momentânea
para capturar e consumir suas presas. de um jato de sangue pode ser suficiente
para dissuadir o ataque.

MIMETISMO: é uma adaptação


fascinante que envolve a capacidade de
se camuflar ou imitar outras formas
Mudança de cor: conhecido como
naturais para se proteger de predadores
‘’display de cor’’, é uma forma de se
ou se aproximar de presas.
camuflar no ambiente realizada por
COMPORTAMENTO DOS SÁURIOS camaleões. A troca de cor dos camaleões
Agressividade: se mostram agressivos, é controlada por células especializadas
quando em perigo, utilizando de meios chamadas cromatóforos, que estão
como cauda, garras e boca para defesa. localizadas na camada externa da pele; A
Além disso, alguns animais ainda mudança de cor nos camaleões é
conseguem expandir uma região próxima à controlada pelo sistema nervoso, que envia
cervical para intimidar outros animais. sinais para os cromatóforos ativarem ou
Tranquilidade calculada: eles podem se desativarem a produção de pigmentos. Isso
mostrar tranquilos e responder ‘’na hora é influenciado por fatores como luz,
certa’’ à uma ameaça em potencial. Assim, temperatura, ambiente, estresse, emoções
conseguem correr para longe do perigo. e até mesmo a presença de outros
Alguns lagartos, como o lagarto-jesus- camaleões.
cristo/basilisco, até caminham sobre a MANEJO ADEQUADO DE SÁURIOS
água. Materiais e equipamentos: temos
Planar: existem espécies com estrutura diversos tipos de materiais de captura,
à exemplo de luvas de proteção, redes, igual ao ser humanos e não gostam de
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caixas e o cambão. carinho (risco de acidente ao tocar no


Cuidado ao utilizar o cambão, pois quando terceiro olho e causar choque de
capturado apenas pela cervical, o animal informações nervosas no animal).
pode chicotear a cauda e a força é tanta
que causa luxação de vértebra. O correto
é prender a cabeça e um dos membros
para sustentar o peso.
Mecanismos de defesa:
Intimidação por meio de anexos
corporais como espinhos;
Boca;
Cauda;
Veneno.
O MUNDO DA NUTRIÇÃ DE SÁURIOS
Acreditava-se que o dragão de Komodo
Dentre todas as espécies de lagartos,
matava suas vítimas de sepse após mordê-
podemos encontrar um comportamento
las com sua boca rica em bactérias; o
alimentar diversificado. Toda via, sua
animal predado fugia por dias até
anatomia e fisiologia revelam que são
finalmente cair morto, sendo o momento
monogástricos e de metabolismo lento.
propício para o predador. No entanto,
Além disso, esses animais são
cientistas descobriram recentemente, após
extremamente seletivos e, enquanto na
dissecar a espécie de lagarto referida, que
natureza se alimentaria de várias coisas a
eles possuem glândulas de veneno e seus
depender do que conseguissem, em
dentes (fileira única e simples) servem
cativeiro eles podem rejeitar a dieta
apenas para aprofundar o dano. Este
oferecida caso não haja prévia mistura dos
veneno causa, principalmente,
alimentos no prato.
nefrotoxicidade. Existem espécies de
Comida congelada: é necessário saber
lagartos que são peçonhentas, ou seja,
que o congelamento inativa a vitamina B,
possuem presas inoculadoras de peçonha
então o indicado é suplementar com esse
tais quais a de serpentes solenóglifas... Um
nutriente ou oferecer uma presa pré-
exemplo é o lagarto-monstro-de-gila.
abatida.
Contenção manual: Ração: muito importante mas como
Lagartos possuem cabeça mal suplemento, não prato principal.
articulada então o correto é segurar os Alimentação forçada por sonda:
membros e a base da cauda, mas com Deve respeitar de 1-5% do peso vivo do
muito cuidado para não causar animal;
autotomia; Os masseteres podem ser tão
Não usar contenção de três dedos na desenvolvidos que, quando o animal
cabeça, pois pode acarretar em toque abre a boca, escondem um pouco o
no terceiro olho; esôfago ao se esticarem para dentro;
Cuidado ao acariciar, pois répteis não Escore corporal:
possuem estímulos de alinhar pelos Lagartos perdem peso rapido porque
eles não possuem armazenamento Ovos e eclosão:
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satisfatório de gordura, então os Ovos arredondados são de animais


doentes ficam magros rapidamente; pequenos e ovos compridos de animais
Esses animais conseguem contrair o
grandes. Além disso, os redondos se
abdômen quando estão tensos, dando
chocam por serem mais resistentes,
uma falsa sensação de magreza;
enquanto os ovalados se rasgam!
Realizamos o score ao observar a
Nos ovos de serpentes, por exemplo, a
largura da cauda, a “papada” e fazer
bolsa de ar que nas aves é fixa e forte,
biometria.
é solta dentro do ovo e de fixa na
➝ A biometria é feita medindo
posição em que o mesmo repousa no
circunferência da costela, ponta do
chão após sair da cloaca. Dessa forma,
focinho até a cloaca e focinho até a
caso virem os ovos, todo o conteúdo do
cauda.
ovo cai sobre ela e a esmaga;
REPRODUÇÃO DE SÁURIOS A vermiculita é o melhor substrato para
Sexagem: diferente para as espécies, pois ovos por ser antifúngico e
algumas possuem características antibacteriano, basta hidratar e
anatômicas notáveis que mudam de macho colocar os ovos em cima.
para fêmea. Toda via, utilizar o sexador é o Camaleões são vivíparos, ou seja, os
meio mais seguro (sentido caudal para ver filhotes se desenvolvem no corpo da fêmea
se há espaço grande, o que significa que em uma placenta.
há hemipênis).
EXAME CLÍNICO EM SÁURIOS
Combates por fêmeas: lagartos não são
pacíficos ao disputar por uma fêmea e Observar padrão homogêneo e
muitas vezes se machucam. bileteral de mucosas, assim como saída
Cópula: a cauda é importante para de secreção e nível de salivação;
prender a fêmea, então animais com Não há linfonodos palpáveis, apenas
autotomia recente não copulam até a uma malha linfática pouco
cauda crescer novamente. desenvolvida;
Algumas espécies possuem poros femorais Observar orifícios (cloaca, narinas,
(nos machos) que produzem hormônios boca e olhos) para detectar obstrução,
para estimular a produção de óvulos e sujeira… As orelhas não possuem
ajudar na reprodução. coanas, então é dispensável;
Observar padrão de escamas;
Na pata deve-se observar sujidades,
padrão ou retenção de escamas;
Caso a escama fique retida em um dedo,
ela resseca e, quando o animal cresce,
forma um anel apertado que garroteia e
necrosa a região posterior a ele.
Observar se as unhas estão densas e
do tamanho correto, se atentando ao
fato de que o substrato e o corte
interferem nisso; Causas: dieta hiperproteica.
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Defecam todos os dias, então observar Sinais clínicos: dor e, em iguanas,


as fezes. espirros.
OCORRÊNCIAS CLÍNICAS EM SÁURIOS Tratamento:
Estresse: ➝ Analgesia primeiro, pois causa muita
Causas: dor;
➝ Vibração por barulhos; ➝ Hidratar para diluir proteínas;
➝ Má nutrição = estresse metabólico; ➝ Utilizar corticóide;
➝ Excesso de iluminação; ➝ Antes de tudo, ter certeza de que a
➝ Presença de outros machos; pata não está fraturada
➝Alta densidade populacional no terrário. Disecdise:
Sinais clínicos: Causas: geralmente, estresse.
➝ Disecdise; Tratamento: imersão em água morna
➝ Despigmentação da cor das escamas; por 10 minutos todo dia durante 2 dias;
➝ Abrasão rostral por tentativa de fuga. remover com a mão, bucha…
Tratamento: eliminar a causa do Verminoses:
estresse e resolver problemas Causas: Dirofilaria immitis, costoda,
secundários. nematóides…
Infecções bacterianas: Difícil descobrir.
Causas: Pseudomonas spp., Aeromonas Prolapso:
spp., Providência spp., Morganella spp., Causas: hemipênis exposto em
Salmonella spp. e Klebsiella spp. substrato inadequado que lacera o
Sinais clínicos: mesmo, muitas cópulas seguidas…
➝ Aumento de temperatura local; Sinais clínicos:
➝ Aumento discreto de volume (escama ➝ Inflamação;
não estica) e aumento de consistência que ➝ Edema;
pode levar a cáseos. ➝ Hemipênis ou cloaca externalizados.
Tratamento: Tratamento:
➝ Antibiótico (ideal fazer a cultura e o ➝ Água gelada para reduzir
antibiograma, pois os sáurios demoram a vasodilatação;
morrer de sepse); ➝ Lidocaína com vasoconstritor.
➝ Evitar uso de corticóide, pois diminui
imunidade.
Infecções fúngicas:
Causas: Fusarium spp., Geotrichum
spp., Trichoderma spp. e Candida spp.
Tratamento: retirar o estímulo (estresse,
umidade…), utilizar antifúngico mas
preconizar realização de cultura e
antifungigrama
Gota úrica: consiste no acúmulo de
proteína nos tecidos.
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MEDICINA DE QUELÔNIOS
O QUE SÃO QUELÔNIOS?
Também conhecidos como “testudines”, os
quelônios compreendem tartarugas, jabutis
e cágados. Mas atenção: a tartaruga é
apenas a marinha, nenhum outro animal
pode receber essa denominação.

ESTRUTURA FÍSICA CARACTERÍSTICA DOS QUELÔNIOS


Carapaça ou casco: compreende à parte
superior, a parte que recobre o corpo
dorsalmente. Ela está intimamente ligada
com os pulmões desses animais, órgãos
estes que se estendem até a região renal,
e é formada por ossos revestidos por
escamas. Nos jabutis e cágados, podemos
dividir uniformemente as placas de acordo
ANATOMIA GERAL DOS QUELÔNIOS
com o desenho abaixo, mas, em tartarugas
Os órgãos são dispostos de maneira
marinhas, cada espécie tem sua
estratégica, além de o crânio não possuir
conformação de carapaça específica;
fenestras temporais e ser denso, fator que
Plastrão: parte ventral, menos rígido que a
influencia na bicada.
carapaça e possui diferença entre sexos.
SUBORDENS DE QUELÔNIOS
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Pleurodira: retração do pescoço


lateralmente para dentro da carapaça,
geralmente possuem S traqueal maior e
são, em sua maioria, predadores.
EX: grande parte dos cágados.
Cryptodira: retração do pescoço de
forma reta, acompanhando a coluna
vertebral, para dentro do casco; alguns
dessa subordem simplesmente não recuam
a cabeça (tartarugas marinhas).
EX: todos os jabutis (tinga e piranga,
por exemplo).

O sistema respiratório desses animais é


interessante, visto que, como citado, seus Quando os jabutis encolhem a cabeça,
pulmões estão ligados a carapaça e se eles fazem dispnéia e até apnéia que
estendem até a região renal. Ademais, eles pode permanecer por longos períodos de
possuem um S traqueal que acompanha tempo.
vértebras cervicais e sua respiração, por
conta da carapaça não permitir COMO DIFERECIAR OS QUELÔNIOS ENTRE SI?
movimentos intercostais e não existir Apesar de à primeira vista esses animais se
diafragma, é feita por extensão dos assemelharem fisicamente, eles são
membros, musculaturas trapezóides e completamente diferentes. Algumas das
transversas. Os quelônios apresentam características que os diferem são:
ainda coração tricavitário (dois átrios e Presença de garras: jabutis e tartarugas
apena um ventrículo) e, no caso das marinhas não possuem garras, enquanto os
tartarugas marinhas, elas costumam cágados sim. O que as tartarugas podem
misturar fisiologicamente o sangue venoso possuir são unhas em formato afiado que
com o arterial para reaproveitar qualquer oferecem risco, mas não chegam a ser
suporte de oxigênio que ainda esteja garras;
circulante no sangue venoso. Patas: tartarugas possuem nadadeiras (1),
jabutis (2) possuem patas características
de animais terrestres e cágados (3) aquática;
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possuem membranas interdigitais para Cágados são semi-aquáticos e gostam


auxiliar no nado junto à patas planas; de umidade, por isso para criar esses
animais é ideal ter um aquaterrário e
não um terrário simples.

Alimentação: as tartarugas marinhas se


alimentam de algas, moluscos e outros
invertebrados marinhos. Os jabutis também
comem alimentos variados, tais como
folhas, frutos, flores e alguns invertebrados.
Já os cágados, baseiam sua alimentação
em pequenos peixes, invertebrados
aquáticos e plantas aquáticas.

OS JABUTIS
Características gerais:
Majoritariamente terrestres;
Onívoros;
Grande rusticidade;
Costumam viver em florestas;
São ovíparos;
Ceco desenvolvido.
Principais espécies de jabuti na rotina
clínica:
Jabuti-tinga: grande e amarelado.
Hábitat e hábitos:
Tartarugas são animais exclusivamente
marinhos que só vão até a costa para
botar seus ovos ou quando encalham
por estarem doentes há dias;
Jabutis são animais exclusivamente
terrestres, não possuem desenvoltura
Jabuti-piranga:
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➝ Amarronzado e com escamas vermelhas


na face;
➝ Expectativa de vida menor que a do
jabuti-tinga.

Atenção, pois diferente de serpentes, os


jabutis possuem apenas um hemipênis com
função exclusiva de reprodução. Seus
Predadores: morrem bastante de
fluídos (urina e fezes) são eliminados pela
verminose; não vale a pena para outros
cloaca.
animais comê-los, a carapaça é
complicada; OS CÁGADOS
Mecanismos de defesa: Características gerais:
Bicada; Semi aquáticos;
Prensar os dedos de quem o manuseia Maioria herbívora ou herbívora-onívora,
nas articulações (não é proposital); mas alguns são carnívoros;
Diarréia (vísceras ficam mais leves caso Bem desenvolvidos para hidrodinâmica
seja necessário aliviar compressão (membranas interdigitais são um
pulmonar); exemplo de característica de animal
Casco duro. aquático);
Sexagem: machos possuem concavidade Costumam viver em rios, lagos e
no plastrão para se acoplarem no casco pântanos;
da fêmea durante a cópula, enquanto as São ovíparos (colocam seus ovos
fêmeas possuem plastrão reto. Além disso, próximos aos rios e os filhotes já
a saída da cloaca em fêmeas é no formato nascem indo diretamente para a água).
ideal para saída dos ovos (menor e oval) e, Principais espécies de cágado na
em machos, ideal para esconder a grande rotina:
cauda (maior lateralmente). Cágado amarelo;
Matá-matá;
‘’Tartaruga’’ mordedora;
Muçuã;
Cágado de barbicha;
Tigre d’água brasileiro;
Tigre d’água americano;
Cágado do maranhão.
Predadores: guaxinins, lontras, aves de
rapina, sucuri, piranhas...
Mecanismos de defesa:
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Se camuflam bem com o ambiente;


Bicada;
Casco resistente;
Fuga (são rápidos, diferente dos
jabutis);
Ficar imerso ou imóvel.
Sexagem: por não possuírem
concavidades no plastrão independente do
sexo, acabam apresentam garras e patas
que firmam na hora da cópula. Toda via, a Tartaruga-verde:
saída da cloaca é igual a dos jabutis, ➝ Herbívora;
portanto é possível reconhecer machos e ➝ Recebe esse nome porque a gordura
fêmeas por essa estrutura. dela é verde;
➝ Frequente em nosso litoral.
AS TARTARUGAS MARINHAS
Características gerais:
Exclusivamente marinhas, só vão à
terra para colocar ovos ou quando
adoecem e encalham;
Possuem adaptações físicas para
sobreviver ao ambiente marinho como
glândula de sal e papilas esofágicas (a
última evita que o sólido saia mas
Tartaruga-cabeçuda:
permite que elas eliminem água
➝ Cabeça que faz jus ao nome;
salgada pela boca).
➝ Exclusivamente carnívoras;
➝ Mandíbula forte.

Tatarugas marinhas que desovam em


nosso entorno: Tartaruga-de-pente:
Tartaruga-de-couro: ➝ Casco lembra pentes antigos que eram
➝ Não possui placas e sim pele; customizados a partir dessa parte do corpo
➝ Se alimenta, principalmente, de águas- delas;
vivas; ➝ Migram pouco;
➝ Maior tartaruga que temos. ➝ Preferem viver próximas a corais.
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Tartaruga-oliva:
➝ Se alimentam, principalmente, de
camarões;
➝ A menor entre todas as mencionadas.

Como diferenciar tartarugas marinhas?


A forma mais confiável é a partir do casco,
como na imagem a seguir:

Predadores: na fase inicial da vida, as


tartarugas marinhas precisam se locomover
do ninho em terra para chegar ao mar e, a
partir disso, seguir em direção à vida. No
entanto, poucas de fato chegam à fase
adulta e, em fato, algumas sequer
alcançam o oceano. Dito isso, muitos são
os predadores desses animais, dentre eles
podemos citar: tubarões, raposas,
caranguejos, guaxinins e até a poluição;
Mecanismos de defesa: CONTENÇÃO DE QUELÔNIOS
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Natação veloz; Ao lidar com animais silvestres, é necessário


Casco duro; utilizar a inteligência. Equipamentos como
Hábitos noturnos; redes, luvas de proteção e baldes são o
Produção e ovos em grande suficiente se houver o manejo correto ao
quantidade; animal. Muito cuidado para que não os
Algumas possuem unhas em suas coloque com a carapaça no chão, para
nadadeiras que cortam bastante; não sufocá-los!
Pode ocorrer bicada, mas é mais difícil.
Sexagem: costumamos observar mais
fêmeas, pois elas se aproximam da terra
para a desova. Geralmente, os machos são
menores e possuem cauda maior para
armazenar o hemipênis.
Duas coisas interessantes sobre a
reprodução de tartarugas marinhas são o
fato de que, ao nascer, elas fazem
geolocalização e, depois de adultas,
retornam ao mesmo local para deixarem
seus ovos. Além disso, a determinação OCORRÊNCIAS CLÍNICAS EM QUELÔNIOS
sexual desses animais é feita de acordo Blefarite: infecção com inflamação das
com a temperatura. Mas como assim? Bem, pálpebras que resulta em edema.
o ninho fica abaixo da superfície coberto Geralmente é resultante de falta de
de areia, então os raios solares que vitamina A que regula funções na pele;
atingem o solo transpassam essa camada A terapêutica é realizar aplicação
e, ao entrarem em contato com os dessa substância e, caso seja de fato
embriões durante o desenvolvimento dos deficiência, irá melhorar rapidamente;
folhetos embrionários estimulam a enzima Atenção, precisa ser bilateral para se
aromatase que influencia no sexo. Estudos suspeitar de hipovitaminose A!
apontam que em temperaturas mais baixas
são desenvolvidos mais machos e, em
contrapartida, nas mais altas se originam
mais fêmeas. Em um ninho, os ovos que
estão na parte de cima tendem a receber
mais incidência solar e a gerar fêmeas.
Hiperceratose:
Acúmulo de queratina em regiões como
bico, pele e unhas;
Resultam de dieta hiperproteica e
deficiência ou exagero em vitaminas (A
atua na produção de células da pele, E
protege células contra danos
oxidativos e D atua no metabolismo de
cálcio e fósforo), infecções ou falta de
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desgaste do bico;
Caso seja por balanço nutricional ela
se dá, geralmente, no corpo inteiro;
Corrigir fator base (mudar dieta,
proporcionar substrato adequado,
entrar com terapêutica para
infecções…).

Pneumonia:
Facilitada devido ao S traqueal que
não permite que os animais coloquem
qualquer tipo de secreção para fora;
Para descobrir, basta colocar o jabuti
em um balde com água e, caso ele
tombe, é positivo;
Também é influenciada pela lenda de
que colocando jabutis embaixo da
cama a criança irá melhorar de
Piramidismo: doenças respiratórias, nesse caso o
Ocorre, na maior parte das vezes, animal inala poeira.
devido a deficiência nutricional. Um Hipovitaminose A: dietas pobres em
exemplo é uma dieta rica em proteínas carotenóides e falta de incidência solar,
e pobre em cálcio; assim como a hipovitaminose D. Além disso,
O organismo consome os nutrientes da há também que se averiguar se não é
carapaça para se manter; devido a problemas de absorção por lesões
Há possibilidade de reverter em grande intestinais.
parte dos casos; Edema: tumores advindos de
Deformações na carapaça em filhotes hipoproteinemia, onde o organismo tenta
são piores que nos adultos, pois compensar a baixa de proteínas desviando
revelam que o animal teve esse líquido da circulação;
processo de forma aguda e não é o Infeções fúngicas ou bacterianas:
comum, geralmente demora meses Se for patológica a placa fica presa
para chegar a esse estado; mas descolada, gerando necrose e
Corrigir dieta, se precisar até usar maior acúmulo de microrganismos;
sonda esofágica para auxiliar; Se for por ecdise, a despigmentação
Cuidado ao suplementar, pois o animal antecede e evolui para
pode acabar crescendo por dentro e a desprendimento de placa.
carapaça não acompanha a Traumas: comum por mordida de animais
velocidade (60% da alimentação deve (cachorro), atropelamento e até embate
ser em ração e o resto = folhas e com motores de embarcações.
proteína, no caso de jabutis). Fibropapilomatose: doença tumoral
causada por um Herpesvírus que acomete, Sempre necessita-se avaliar plastrão para
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comumente, tartarugas marinhas. determinar se há rachaduras, rachaduras


nas placas, sujeira, miíase (comum em
região de cloaca pois as moscas colocam
os ovos em regiões como patas e depois
migram). Avaliar também postura do animal
e pigmentação das escamas, sendo que o
cágado é o mais comum de se apoiar no
plastrão e o jabuti só faz isso se estiver
obeso ou enfermo.
Corpo estranho: comum no trato
respiratório de tartarugas marinhas. É
Disecdise: retenção de escamas nos locais
necessário empurrar o objeto pela narina
onde elas estão presentes causada por N
para que ele saia pela boca, pois é da
fatores, como o estresse. Corrigida de
cavidade oral que se originou o problema
forma semelhante aos outros répteis;
e, o normal é sair por lá.
Endoparasitas: mais comuns em jabutis e
Doenças ósseo metabólicas (DOM):
causam alta mortalidade; o principal é o
Consistem, basicamente, na deficiência
Ascaris spp.;
de cálcio por N motivos;
Distocia: retenção de ovos que necessita
Os principais precursores são falta de
de intervenção cirúrgica. Geralmente, é
vitamina D e hiperfosfatemia:
causada por:
➝ A vitamina D transporta o cálcio que é
Deficiência nutricional, principalmente
consumido através das células intestinais,
em cálcio que regula a fortificação da
para que seja absorvido. A forma ativa da
casca dos ovos;
vitamina D se chama calcitriol, obtida
Desidratação (leva à ovos com casca
através do processo metabólico advindo da
mais espessa);
presença de raios UV e, essa molécula, se
Idade avançada que resulta no
responsabiliza por regular níveis de cálcio e
enfraquecimento dos músculos do trato
fósforo;
reprodutivo;
➝ O fósforo possui uma relação
Infecções ou inflamações no trato
metabólica de 1:2 com o cálcio, então há
reprodutivo;
necessidade de ter o dobro de fósforo em
Obstrução física;
relação ao cálcio mas, com o aumento do
Estresse.
primeiro citado, o organismo começa a
sequestrar o cálcio dos ossos para
compensar.
➝ Ocorre, então, enfraquecimento ósseo.
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MEDICINA DE AVES
O QUE É PRECISO PARA SER UMA AVE? É necessário maior cuidado ao limpar
Basicamente, existem 4 características que ferimentos em ossos com compostos
tornam um animal uma ave. Sendo essas: hidrofílicos, pois eles absorvem e levam
presença de bico, penas, ser bípede (andar ao sacos aéreos, causando possível
sobre duas pernas) e possuir asas (para afogamento (o osso mais comum de
voar ou não). Nessa categoria, possuímos causar esses problemas é o úmero);
espécies muito variadas, ao passo que um Em aves, a ulna é maior do que o rádio
beija-flor e um avestruz são seres vivos para que ela receba as penas em seu
distintos mas se enquadram como aves. periósteo. Isso é diferente nos
mamíferos, onde a ulna é
anatomia geral das aves
extremamente fina;
Sistema esquelético:
A maioria dos ossos das aves são
considerados pneumáticos por
possuírem pequenos forames que
permitem a passagem do ar e auxiliam
na perda de peso para o voo. Além
disso, eles possuem conexão direta
com os sacos aéreos;

Algumas aves possuem fusão da coluna


vertebral para não sofrerem com a
força do vento durante quedas
propositais (pode ser parcial ou
completa, a parcial vemos em patos);
Quanto maior a quilha, maior a
capacidade de vôo do animal; a quilha
protege os músculos peitorais que
fazem o movimento borboleta
O restante dos ossos são achatados, à semelhante ao nado (o de voar) e não
exemplo de fêmur, crânio e esterno que está presentes em ratitas, ou seja,
possuem matriz hematopoiética. avestruzes e afins;
Inclusive, a hematopoiese das aves Possuem fusão de íleo, ísquio e púbis
ocorre em maior parte fora dos ossos; chamada sinsacro.
As aves migratórias fazem formação em V,
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onde a ave do meio leva o vento todo no


rosto e diminui para os outros. Quando a do
meio cansa ela vai para as posições
posteriores e outra ave assume seu lugar.

Região ocular:
Pode ter bárbulas, ou seja, cílios
modificados que são penas; Glândulas secretoras: é sabido que aves
Aves não possuem olho com relação marinhas possuem glândula de sal tal qual
presa-predador onde, por exemplo, as tartarugas marinhas, ela se conecta a
olhos para frente é uma característica um ducto que leva até a narina por onde o
de animal predador (no caso de sal é expelido em forma de espirro. Além
mamíferos). Para deixar claro: o tucano disso, outra glândula importante é a
é um predador e seus olhos são uropigiana, associada à permeabilidade,
lateralizados. manutenção, características fenotípicas e
isolamento térmico da pena, pois produz
uma espécie de oléo hidrofóbico; algumas
aves como avestruzes não possuem
glândula uropigiana, enquanto aves como o
pinguim, que necessitam de grande
impermeabilidade em suas penas para que
sua hidrodinâmica não seja prejudicada
são um grande exemplo da importância
dessa glândula.

Sistema muscular: musculatura composta,


geralmente, de fibras brancas. Todavia,
aves migratórias possuem musculatura
mista que faz com que o animal, ao comer
gordura, alimente as fibras brancas e,
quando for realizar o voo, a musculatura
vermelha que é responsável pelo
movimento constante absorve os nutrientes
da branca.
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Articulações: a mobilidade dessas


estruturas varia de acordo com a espécie
do animal, mas alguns como avestruz, emas
e emus possuem a articulação coxofemoral
mais forte para poder correr e as araras
costumam utilizar bem os membros para
virar o alimento.
Órgãos internos:
Animais carnívoros não possuem cecos;
Assim como os répteis, aves possuem SISTEMA PORTA-RENAL: é um sistema que
uma junção do baço com o pâncreas permite ao sangue ser desviado por um
denominada esplenopâncreas; segundo capilar antes de chegar ao
O saco aéreo cervical é o único no qual coração, sendo levado aos rins para que
o ar passa primeiro nele para depois seja filtrado. Nesse sentido, aplicar
seguir para o pulmão, com todos os medicações nas coxas dos animais leva
outros ocorre o contrário (primeiro diretamente aos vasos do sistema em
pulmão e depois o saco); questão. O sistema porta renal é mais
funcional quando o animal está sob
estresse. Ademais, sabe-se que ele está
ligado ao início da alça do néfron, sendo
que cada região dessa estrutura absorve
um tipo de fármaco melhor. Por exemplo, a
Azitromicina (absorção glomerular), quando
aplicada na coxa do animal, passa direto
pela alça e corre para o organismo, só
sendo eliminada depois de percorrer todo o
caminho até voltar aos rins.
Sistema reprodutor: AS PENAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
➝ Apenas o ovário esquerdo existe para
Algo a se compreender sobre as aves é que
reduzir o peso;
durante todo o processo evolutivo desses
➝ Órgãos involuídos em machos, apenas
seres o maior objetivo sempre foi a
utilizados na hora da cópula.
diminuição de peso para facilitar o voo.
Portanto, a morfologia das penas também Cromatinas de pigmentação das penas:
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visa auxiliar o animal nesse sentido. As é o que confere a cor que vemos nas
penas são consideradas, inclusive, muito penas. Todavia, é válido se atentar que a
mais ausência de material do que refração luminosa é associada a quem está
presença, por possuir mais ‘’espaços vazios’’ vendo e a capacidade de onda que o olho
microscópicamente. humano capta se diferencia da que uma
ave pode captar. O local onde a cromatina
se localiza dentro da célula também
influencia na visualização das cores, ao
passo que as perto do núcleo são menos
chamativas do que as localizadas na borda
do citoplasma.
LINHAS DE ESTRESSE METABÓLICO:
consistem em falhas no padrão das penas,
normalmente no formato de linhas de
Partes da pena:
coloração escura, localizadas
Cálamo:
perpendicularmente ao eixo da pena que
➝ Compreende a parte da pena que fica
ocorrem em animais de cativeiro por conta
inserida na epiderme e em parte da derme,
de um estresse metabólico prolongado,
algumas chegando a atingir músculo e até
como a presença de um gato durante
periósteo (penas de voo são ligadas a
alguns dias, e se dá devido à deposição
ossos, as do pescoço aos músculos…);
incorreta de cromatinas ao longo do
➝ No início da formação da pena, o
crescimento da pena.
cálamo é bastante vascularizado e
inervado, portanto há um grande Algumas espécies de aves desenvolveram
sangramento caso ele seja cortado nesse adaptações em suas penas, à exemplo da
período. Ao passo em que a pena se torna coruja que possui cerdas na parte externa
completa, há a atresia vascular onde os de suas penas para quebrar o barulho de
vasos dessa região colabam e há perda de suas próprias asas e conseguir caçar
sensibilidade. melhor na mata escura, visto que seu olho
Raque: esbugalhado não atua como boa
➝ É a parte central da pena; ferramenta no escuro e serve para conduzir
➝ Onde se inserem as barbas. o barulho até o conduto auditivo. Inclusive,
Barbas ou vexilo: uma das orelhas internas das corujas é mais
➝ Estrutura que se estende para os dois alta do que a outra para que o som tenha
lados da raque; profundidade. Há outros tipos de
➝ Podem ser plumáceas (macio e fofo) ou modificações em penas, como o pavão que
penáceas (intimamente entrelaçados). necessita de uma cauda bonita e pode ter
Bárbulas e ganchos: belas penas fininhas na cabeça para
➝ As bárbulas são ramificações das impressionar a fêmea.
barbas; Tipos de penas de uma asa:
➝ Estão presas por estruturas chamadas Remiges: sustentação, estabilidade e
de ganchos. controle durante o voo;
Coberteiras: protegem as penas onde a cera se destaca mais alaranjada).
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internas, auxiliam na aerodinâmica e Além disso, é uma boa ferramenta de


conferem maior isolamento térmico. dimorfismo sexual em algumas espécies,
como o periquito australiano, visto que o
macho possui a cera azul vivo e a fêmea
em uma cor mais apagada. Ela pode até se
estender e virar um tipo de topete.

O BICO
O bico também é uma estrutura adaptada
para diminuir o peso, pois a cabeça do
animal é mais inclinada para a frente
nesses animais e tudo o que está perto do
corpo, ou seja, no eixo central, se torna
mais leve. Assim, a mandíbula pesaria muito Além de tudo citado, o bico das aves possui
se estivesse na região mais comum aos uma região lateral, semelhante às
outros animais. Como resultado disso, os comissuras labiais em mamíferos, chamada
dentes se tornaram moela ou ventrículo e rictus. O rictus costuma ser maior em aves
as aves ingerem pedaços de dendritos para jovens e menor em velhas, porque o animal
realizar a quebra mecânica do alimento, jovem precisa de amplitude para se
visto que não há dentes reais nesta região. alimentar pelos pais, mas o adulto precisa
Partes do bico: apenas de força.

CONHECENDO OS GÊNEROS DAS AVES


Ciconiiformes:
Comem animais aquáticos;
Possuem membros e pescoço longos e
sem pena para não encharcar;
Abrem o bico pra comer inteiro o peixe
mas para a caça utilizam o bico
fechado.
EX: garças e cegonha.
REGIÃO DE CERA: se encontra localizada
anterior ao bico, onde estão as coanas e
saída das narinas. Elas possuem função de
proteção para filtrar agentes patógenos e
reprodutiva, pois pode se tornar mais
colorida em machos (à exemplo do carcará
Columbiformes:
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Bebem água sugando;


Pequenas ou médias;
Granívoras.
EX: asa branca e pombos.

Sphenisciformes:
Não voam;
Plumagem densa e impermeável; Anatídeos:
Corpo hidrodinâmico, robusto; Animais aquáticos;
Bico geralmente longo e fino. Pés palmados com membranas
EX: pinguins. interdigitais;
Plumagem densa e oleosa;
Costumam migrar bastante.
EX: patos, gansos e cisnes.

Struthioniformes:
Aves terrestres que não voam; Falconiformes:
Articulações coxofemorais mais bem Aves de rapina;
desenvolvidas; Garras fortes;
O avestruz possui o menor filhote, Boa visão;
quase do tamanho de um pintinho, em Variam de tamanho entre si;
proporção ao tamanho da ave mas Coluna cervical fundida para ter
nasce completo e com todas as resistência ao descer durante o vôo e
estruturas externas; não luxar vértebras;
Não possuem quilha. Bico curvo como um gancho.
EX: avestruz e ema. EX: falcão-peregrino.
Além de não possuírem papo, as corujas
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costumam expelir via oral uma espécie de


‘’bolo de pelo’’ contendo os ossos e os
anexos da pele do animal que elas
ingeriram.
Cathartidae:
Abutres;
Bico perfurador;
O carcará é uma espécie de ave Ausência de penas no pescoço;
considerada da classe dos falcões, que Necrófagos;
costumam ser aves extremamente velozes Sem siringe;
(inclusive, o falcão peregrino é a ave mais Ótimo olfato para sentir o cheiro da
veloz). Todavia, para se adaptarem melhor carne podre de longe,
à escassez de alimento eles começaram a Ácido gástrico que digere carne em
buscar comida no solo (minhocas) e a decomposição.
ingerir algumas raízes, o que alterou a EX: urubus.
composição do suco gástrico deles para
permitir que tenham a digestão desse
componentes mesmo sendo carnívoros (não
estritos). Além disso, essas aves ciscam
como galinhas e há relatos de que eles
conseguem digerir carne em putrefação
sem sofrer de infecções. Os carcarás são
animais oportunistas que possuem o hábito
de comer o alimento fugindo e rasgando,
por isso seu bico é mais resistente que as
patas, diferente dos outros rapinantes. Accipitriformes:
Strigiformes: Gaviões:
Aves de rapina; ➝ Médio porte;
Ótima audição; ➝ Garras mais fortes que o bico;
Caçam a noite; ➝ Usa as asas para abafar sua presa e
Corpo robusto e garras fortes; proteger o que caçaram;
Visão ruim, o olho grande serve para ➝ Asas curtas;
captar o som e transmitir à orelha; ➝ Mais lentos que falcões;
EX: corujas. ➝ Defeca para trás, enquanto o falcão
defeca para baixo.
Águias:
➝ As maiores de sua família;
➝ Garras grandes;
➝ Visão nítida a mais de 500 metros;
➝ Conseguem levantar mais de 40kg.
EX: gavião-carijó e águia-chilena.
diferenciar de um papagaio que possui a
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cauda pequena;
➝ Os filhotes devem ter olhos pretos e, ao
crescerem, a íris vai delimitando e fica
clarinha (fica 6 meses como filhote mas
com 40 dias já sai do ninho);
➝ Comem barro mas não é um distúrbio
alimentar por deficiência de minerais como
em outros animais, é normal;
➝ A maioria das araras adora semente de
girassol mas possui seletividade individual
CETRARIA OU FALCOARIA: é uma técnica para frutas.
de caça que iniciou na Mongólia 400 a.c, EX: todas as araras.
onde os humanos capturavam animais
adultos, os deixavam com fome e os
soltavam depois para eles pegarem lebres
durante o inverno, passada essa estação os
rapinantes eram libertos. Hoje em dia usam
condicionamento em filhotes. Nesse
sentido, essa prática é responsável pelo
controle de tráfego aéreo que é feito na
soltura desses animais para que caçem ou
afugentem aves que poderiam bater nos
aviões, etc. Passeriformes:
Psitacídeos: Aves anisodáctilas, ou seja, três dedos
Maior ocorrência na clínica; para frente e um para trás;
Grupo diverso; Canto bem desenvolvido;
Alguns cantam, alguns falam… Alimentação variada;
Todos possuem em comum a curvatura Quanto mais músculos na região de
no bico para quebrar sementes, sendo siringe, mais diverso o canto e a altura
eles importantes para o varia de acordo com o tamanho e
reflorestamento; flexura das membranas timpaniformes;
O tuim é o menor psitacídeo do mundo Conhecidos como canoras por
e arara azul é o maior, ambos são possuírem esse dom de cantar.
brasileiros; EX: canários e pardais.
As patas são utilizadas ativamente na
alimentação para girar o alimento;
A articulação coxofemoral é mais
flexível que em outras aves;
Onde se enquadram as araras, como
dito;
➝ Suas caudas podem ser maios que o
corpo e + 20% maiores, o que ajuda a
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ANATOMOFISIOLOGIA DA FORMAÇÃO DO OVO garras, pois são capazes de dilacerar até


1. Ovários: óvulo é liberado; separar falanges e tendões. As patas
2. Infundíbulo: o óvulo é captado e, desses animais possuem pouca musculatura
possivelmente, fecundado; e vascularização para permitir melhor uso
3. Magnum: há a adição da albumina; dessa estrutura, sendo ela composta por
4. Istmo: membranas da casca começam escamas, ligamentos e tendões que, além
a se formar; de tudo, não gastam energia para manter-
5. Útero: carbonato de cálcio é se fechadas. Nesse sentido, caso um
adicionado à casca e ela se torna rapinante prenda a presa, ele só gasta ATP
rígida; para fazer o movimento de trava, após isso
6. Cloaca: ocorre a expulsão do ovo. não há mais exigência metabólica e ele
pode ficar na mesma posição por quanto
tempo for necessário.

MANEJO E CONTENÇÃO FÍSICA EM AVES


Tudo varia de acordo com a categoria do
animal, por exemplo: rapinantes são
predadores de topo, é comum que essas
aves tentem várias vezes até conseguir uma
caça e isso significa que eles são mais
resistentes à frustração e podem ser
manejados mais do espécies que são
presas, além de não ser necessária
sedação e anestesia caso não sejam
procedimentos dolorosos. Os animais mais NUTRIÇÃO DE AVES
frágeis, que se enquadrem como presas, Os criadores costumam ter certa
são sempre suscetíveis a um estresse dificuldade em alimentar aves, pois as
metabólico alto que pode levar ao óbito, rações disponíveis no mercado possuem os
portanto a sedação se faz necessária até mesmos componentes para espécies
em procedimentos simples. distintas com bicos distintos. Alguns leigos
Ao manejar aves de rapina, é necessário se optam por ofertar girassol, uma semente
atentar a algumas variáveis. A principal rica em gordura que deve ser servida
preocupação na maioria das vezes são as apenas como petisco. Necessário conhecer
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a espécie e seus gostos individuais para Se o animal interage com o ambiente e


fazer o manejo nutricional mais adequado. se arruma, ele está adaptado ao
ambiente (comer é irrelevante pois é
HEMATOLOGIA DE AVES necessário);
As hemácias são nucleadas e ovais, pois Esperar o tempo correto para entender
necessitam de fazer mitoses para se se a ave está fingindo estar bem por
multiplicarem, afinal, não há medula óssea medo de ser predada;
na maior parte do corpo desses animais. Se atentar a aves depressivas, pois
Para a coleta, varia de espécie para estas geralmente apresentam infecções
espécie, mas os locais indicados são veia subclínicas;
braquial, veia jugular e alguns possuem a Avaliar resposta à estímulos (exame
veia da região do tarso acessível. clínico a distância) realizando
movimentos como bater caneta na
mesa;
Avaliar bem a condição visual, se ele
interage visualmente… até aves muito
debilitadas se atentam a isso;
Observar musculatura peitoral pra ver
escore corporal;

EXAME CLÍNICO EM AVES


Observar integridade de penas (se
atentar a linhas de estresse);
Observar sempre a bilateralidade das
estruturas, pois ambos os lados devem
ser iguais; Aves defecam constantemente então
Avaliar orifícios de excreta como pode só observar (diarréia é presente no
narinas e cloaca (se atentar à estresse então cuidado ao entender
sujidades); como doença);
Animal que não se arruma é
preocupante, o comum é vê-los sempre
de penas alinhadas;
Em rapinantes, a região de supercílio
pode ter lesão por acúmulo de comida
e, nesse caso, se observa pena
destruída ou perda de penas;
Avaliar escamas das patas, que devem
estar perfeitas, inteiras e se apoiando
corretamente no poleiro;
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Observar gaiola e material da mesma ➝ Cultura + antibiograma/fungigrama.


(psitacídeos não podem ficar em Tratamento:
qualquer tipo de gaiola nem comer em ➝ Em passeriformes, é comum colocar o
qualquer tipo de bebedouro pois eles animal de repouso em uma caixinha com
os destroem); algodão e deixá-lo descansar;
Espessura entre as grades deve ser ➝ Há possibilidade de inserção de sonda,
menor que a cabeça do animal; que deve ser observada por alguns dias
Gaiolas muito grandes oferecem riscos para entender o aspecto interno do saco
a pássaros rápidos, visto que eles danificado;
conseguem pegar impulso no vôo; ➝ Se a laceração for muito grande, há a
Poleiros de gaiolas devem ser possibilidade de sutura com fio absorvível +
substituídos por naturais, como pau de antibioticoterapia.
goiabeira (evitar pododermatite); Clamidiose:
Evitar chumbo. Causas: inalação ou aerossaculite que
evoluiu;
OCORRÊNCIAS CLÍNICAS EM AVES
Sintomas:
Aerossaculite:
➝ Apatia;
Causas:
➝ Conjuntivite e até úlcera de córnea;
➝ Infecções de modo geral;
➝ Penas eriçadas;
➝ Por vezes, quando há vazamento de ar
➝ Desidratação;
para o subcutâneo, alguém pode tentar
➝ Sinais digestivos ou respiratórios;
furar os saquinhos que se formam na pele e
➝ Animais desleixados;
isso leva infecções até os sacos aéreos;
➝ Animais sem procriar;
➝ Contato com os ossos (levam direto aos
➝ Cáseo ocular;
sacos);
➝ Pode evoluir para descargas nasais,
➝ Traumas;
hipertermia e pulmões e fígado com
➝ Parasitas (ácaros e vermes);
granulomas.
➝ Poeira;
Diagnóstico:
➝ Imunossupressão;
➝ ELISA;
➝ Problemas respiratórios prévios.
➝ PCR;
Sintomas:
➝ Cultura + antibiograma de coana e
➝ Depressão;
orofaringe.
➝ Edema abaixo do pescoço;
Prevenção: não há vacina, então realizar
➝ Tosse;
quarentena de animais recém adquiridos,
➝ Dificuldade respiratória;
higiene do plantel e exames periódicos é o
➝ Animal estático e intolerante ao
melhor meio.
movimento;
Giardíase:
➝ Perda de peso;
Causas: infecções pelo parasita Giárdia
➝ Se associada a clamidiose, pode haver
spp.
úlcera de córnea.
Sintomas:
Diagnóstico:
➝ Hiporéxia;
➝ Radiografia;
➝ Astenia;
➝ Sorologia;
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➝ Diarréia crônica de coloração variável; Distocias:


➝ Pele ressecada. Causas:
➝ Bicamento de penas em região carpal e ➝ Genética;
metacarpal. ➝ Erro de manejo;
Diagnóstico: feito por exame de fezes. ➝ Malformação do ovo;
Tratamento: antibióticos como o ➝ Obesidade;
Mebendazol, nas seguintes dosagens… ➝ Tumor no trato reprodutivo.
➝ 5 gotas diluídas em 50 ml de água por 3 Sintomas:
dias consecutivos para passarinhos; ➝ Apatia;
➝ 10 gotas diluídas em 50 ml de água por ➝ Dispnéia;
3 dias consecutivos para aves maiores; ➝ Aquesia;
➝ 2,4 ml diluído em 1 litro de água por ➝ Inquietação;
vários dias em tratamento em grupo. ➝ Oviduto distendido;
Cisto de pena: ➝ Relutância em se movimentar;
Causas: ➝ Tensão muscular.
➝ Eclosão inadequada; Diagnóstico: radiografia.
➝ Traumas; Tratamento:
➝ Infecções; ➝ Se for um problema apenas na posição
➝ Aumento de queratina; do ovo, é possível virá-lo;
➝ Desnutrição; ➝ Tratamento de suporte;
➝ Genética; ➝ Oxigenoterapia
Sintomas: ➝ Fluidoterapia;
➝ Compressão de nervos pode causar ➝ Analgesia;
hipóxia; ➝ Suporte nutricional;
➝ Cisto óbvio (cuidado ao confundir com ➝ Ovocentese.
neoplasias benignas).
Diagnóstico:
➝ Citologia aspirativa;
➝ Exames de imagem.
Tratamento:
➝ Suplementação com vitamina A;
➝ Cirurgia;
➝ Antibioticoterapia (ligação com ossos).

Enfermidades oculares (opacidade de


córnea, lesão de conjuntiva, úlcera,
conjuntivite, ceratoconjuntivite e
glaucoma):
Causas: geralmente, brigas com outros
animais ou na gaiola;
Sintomas: lesões em cristalino ou na retina;
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Diagnóstico: observação, colírio de


Fluoresceína…;
Tratamento: semelhante ao de cães e
gatos, ou seja, tópico porque os
sistêmicos não ultrapassam a barreira
dos olhos (pomadas duram mais que
colírios e são uma boa opção para
tutores ocupados).
Malformações:
Causas:
➝ Congênita;
➝ Má nutrição;
➝ Trauma;
➝ Sem área de desgaste (no caso de
bico);
➝ Neoplasias.
Tratamento: pode ocorrer a
debicagem, mas há a necessidade de
tratar a causa base.
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MEDICINA DE PEIXES
CONHECENDO OS PEIXES
Dentro dos corpos de água, como os
oceanos, existem algumas zonas de acordo
com a profundidade que se diferenciam
em relação à pressão da água sobre os
corpos e à incidência de luz. Nesse sentido,
cada local abriga diferentes tipos de vida
com as mais variadas necessidades
fisiológicas. Em suma maioria, os animais
que costumam chegar na clínica de peixes, Gnatostomatas: animais dos mais
naturalmente, estariam inseridos na região variados tipos e que possuem mandíbula,
epipelágica que chega a até 200m de seja ela cartilaginosa ou óssea.
profundidade, visto que, mais que isso não
PEIXES DE ACORDO COM O TIPO DE ESQUELETO
seria possível em tanques e aquários
construídos pelo homem. Elasmobrânquios:
Peixes cartilaginosos;
Não param de nadar nem ao dormir e
sobem gastando energia, por conta da
ausência da bexiga natatória (com
exceção do tubarão lixa, que costuma
ir ao fundo para dormir);
Existem três ‘’categorias’’ de
elasmobrânquios:
➝ Tubarões:
◆ Possuem divisão de nadadeiras bem
estabelecida;
◆ Sua dentição é especializada em cortar
e dilacerar carne, visto que eles possuem
fileiras de dente no interior da mandíbula
Agnathas: animais com orifício de boca que vão crescendo por toda a vida e
mas sem mandíbula; em sua cavidade oral substituindo a fileira mais externa a medida
há dentina mas eles não fazem mastigação em que as serras presentes nos dentes
e sim sucção. desses animais se desgastam;
EX: lampreia e peixe-bruxa.
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EX: treme-treme, raia disco de água


doce e raia manta.
➝ Quimeras:
◆ Menos conhecidas do que os outros dois
tipos de animais;
◆Corpo alongado e aparência considerada
grotesca.
EX: quimera-elefante e quimera-
fantasma.

Peixes ósseos:
◆ Mandíbula densa, apesar de Obviamente, possuem esqueleto ósseo;
cartilaginosa, que se projeta para a frente Mais comuns na clínica;
na hora do ataque à presa Podem ser fusiformes, achatados,
EX: tubarão-martelo, tubarão-tigre, globiformes ou filiformes;
tubarão-lixa, tubarão-branco e tubarão Nessa categoria se enquadram os
mako peixes ornamentais e pets.
➝ Raias: EX: peixe-beta, peixe-leão, peixinho
◆ Corpo em formato de disco; dourado, etc.

ANATOMIA GERAL DOS PEIXES

Escamas: diferente das escamas dos


◆ Possuem, na maioria das vezes, uma répteis, as dos peixes possuem ligação com
espécie de espinho na cauda chamado de uma matriz de crescimento por necessitar
esporão. de irrigação para continuar crescendo
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enquanto o animal se desenvolve. Além emitida. Em algumas espécies, no entanto,


disso, ela é uma estrutura de epiderme que essa característica é produzida por
não possui cor (é transparente) e o que bactérias simbióticas que vivem em órgãos
confere a cor delas são as cromatinas e os especiais dos peixes.
cromatóforos que se situam na derme e
absorvem a luz.

Visão: os peixes possuem uma visão bem


LINHA LATERAL: estrutura presente no corpo desenvolvida e o lobo do cérebro que é
dos peixes que vai cranialmente até a inervado pelo nervo óptico costuma ser o
região caudal. Ela funciona como órgão mais bem desenvolvido. Isso é devido a
sensorial, pois possui quimiorreceptores necessidade desses animais de enxergarem
que recebem a água que entra pelas bem em águas mais turvas ou não;
escamas e vai até a cúpula, onde os cílios Peixes coloridos enxergam cores e peixes
codificam a informação do que há na água prateados, geralmente de cardume,
(odor, metais pesados, etc) enxerga em preto e branco.
Audição: possuem uma estrutura simples
de orelha interna que serve apenas para
equilíbrio.
OTÓLITOS: são estruturas sensoriais
encontradas em muitos vertebrados
aquáticos, incluindo peixes. Eles são
Peixes que brilham, conhecidos como pequenos cristais de carbonato de cálcio
peixes bioluminescentes, produzem luz ou de outros materiais duros, como
através de reações químicas em seus aragonita ou vaterita, e estão localizados
corpos. Essa capacidade é bastante em estruturas específicas dentro do ouvido
comum em espécies que habitam as interno, chamadas de órgãos otolíticos. A
profundezas dos oceanos, onde a luz solar principal função dos otólitos é auxiliar os
não penetra. A bioluminescência é peixes na percepção da posição do corpo
produzida por uma reação química e na detecção de movimentos e
envolvendo uma proteína chamada acelerações. Eles desempenham um papel
luciferina e a enzima luciferase. Quando a crucial no sistema de equilíbrio e
luciferina é oxidada pela luciferase, a luz é orientação dos peixes, ajudando-os a
manter a estabilidade e a navegar no
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ambiente aquático. Quando um peixe se brânquias que são compostas por


move ou muda de direção, as mudanças na estruturas finas e altamente vascularizadas
aceleração resultam em movimentos dos chamadas lamelas branquiais, estas
otólitos dentro dos órgãos otolíticos. Isso aumentam a área de superfície para a
estimula células sensoriais especializadas, troca gasosa. As brânquias geralmente
conhecidas como células ciliadas, que estão localizadas em câmaras branquiais
enviam sinais nervosos para o cérebro. protegidas por uma cobertura óssea
chamada opérculo. Nesse sentido, o
processo consiste em o peixe abrir a boca
e a água entrar, passando pelas fendas
branquiais, de onde ela flui da boca para a
faringe e entra na câmara branquial, lá o
oxigênio é absorvido pelo sangue através
de capilares e o dióxido de carbono é
liberado da corrente sanguínea para a
água que, por sua vez e agora com menor
concentração de oxigênio e maior
concentração de dióxido de carbono, sai
através das fendas branquiais ou do
opérculo, dependendo da espécie.

Sistema circulatório: o coração dos


peixes geralmente possui duas câmaras
principais: o átrio e o ventrículo. O sangue
venoso, que já passou pelos tecidos do
corpo e está pobre em oxigênio, entra no
Sistema respiratório: a maioria dos átrio do coração. Quando o átrio se
peixes retira o oxigênio da água, ao passo contrai, ele bombeia esse sangue para o
em que não possuem pulmões e sim bexiga ventrículo. Em seguida, o ventrículo se
natatória que auxilia na flutuação desses contrai e bombeia o sangue para as
animais quando cheia de ar, e no brânquias. Nas brânquias, o sangue passa
movimento de afundar quando está cheia por um processo de oxigenação, onde
de ácido láctico mas não na respiração em absorve oxigênio do ambiente aquático e
si. A respiração dos peixes ocorre pelas libera dióxido de carbono. Esse sangue
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oxigenado então é distribuído pelo corpo


através das artérias, levando oxigênio e
nutrientes para os tecidos e removendo
produtos residuais do metabolismo celular.
Depois de passar pelos tecidos do corpo, o
sangue retorna ao coração para iniciar o
processo novamente.
Órgãos sensoriais:
Barbilhões: presentes em alguns peixes
como o bagre, essas estruturas são Sistema muscular: podem ter musculatura
órgãos de propriocepção para, por branca ou vermelha, que se diferem
exemplo, sentir que há algum animal somente pois na segunda há maior
enterrado na areia daquele local. concentração de mioglobina e,
provavelmente, o animal precisa nadar
longas distâncias (comum em peixes de
cardume.
Sistema reprodutor:
Na maioria das vezes, não há
penetração e a fecundação se dá a
partir da fêmea que coloca ovos no
ambiente e o macho, em seguida, os
torna viáveis. Porém, em tubarões,
ocorre o desenvolvimento placentário e
parte e em cavalos marinhos ocorre o
Ampolas de Lorenzini: presentes em
depósito de ovos da fêmea no ventre
elasmobrânquios, essas estruturas
do macho que os fecunda em seu
atuam na identificação de presas,
próprio corpo;
navegação e comunicação. Através
delas, o animal se torna sensível a
campos elétricos.
As ampolas de Lorenzini são compostas por
pequenas vesículas gelatinosas localizadas
na cabeça do peixe. Cada ampola está
conectada a um poro na superfície da pele
através de um canal cheio de uma
substância gelatinosa condutora de
eletricidade. Os canais que conectam as
ampolas à superfície são preenchidos com
uma substância gelatinosa que permite a
condução de sinais elétricos. No fundo de
cada ampola, há células sensoriais que
detectam variações elétricas no ambiente.
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Observe o esquema acima. Na primeira


figura, onde é observado um peixe de água
salgada, é compreensível que por conta da
característica dos líquidos de modo geral
de saírem de um meio menos concentrado
Em tubarões, é possível identificar o
(corpo do animal) para um mais
sexo do animal pela presença ou
concentrado (água do mar) os animais que
ausência de clásper (presente nos
vivem em água rica em sais devem estar
machos).
sempre ingerindo água e eliminando sal,
para manter a homeostase em relação ao
ambiente em que vivem. Nesse sentido, um
peixe mar elimina sais pelo xixi (pouco e
com muito sal), pela pele e brânquias…
Além disso, os rins desses animais são mais
atrofiados pois não necessitam de filtrar.
Enquanto isso, os peixes de água doce
sofrem com a passagem constante da água
do meio menos concentrado (água dos rios)
para o mais concentrado (corpo do
animal), ao passo em que precisam estar
Sistema urinário: peixes de água doce
sempre eliminando água de todas as
possuem rins mais desenvolvidos para a
formas para não ‘’morrerem afogados’’. Os
água ser filtrada corretamente e eliminá-la
peixes de água doce fazem muito xixi com
com frequência.
pouco sal para reter o necessário, ingerem
PEIXES BEBEM ÁGUA? pouca água com a comida e possuem água
entrando pela pele e brânquias.

CICLO DA AMÔNIA
Em todo aquário existe uma quantidade X
de amônia (NH3) advinda das excretas dos
peixes residentes, de peixes que morreram
e entraram em decomposição, restos de
ração, etc. Ela é tóxica para os peixes mas
serve de alimento para bactérias
nitrificantes (nitrosomonas) que, ao
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metabolizarem esse composto, produzem MECANISMOS DE FILTRAÇÃO DE AQUÁRIOS


nitrito (NO2). A partir disso, as bactérias Existem diversas opções de filtros para
que consomem nitrito (nitrobacter), ao auxiliar na limpeza da água, sendo o
realizarem seu metabolismo, produzem sistema mais desenvolvido o melhor. No
nitrato (NO3). O nitrito e o nitrato são primeiro filtro, ocorre a filtragem mecânica
pouquíssimo tóxicos aos peixes e, o de folhas, galhos, etc; no segundo, é onde
segundo composto mencionado, atua há carvão ativado ou barro para neutralizar
como fertilizante de plantas presentes no possíveis partículas tóxicas; o terceiro, por
aquário. Ao fertilizar as plantas, elas sua vez, contém carbonato de cálcio que
liberam folhas mortas e gases que são impede que as partículas pesadas subam
meios para o aumento do nível de amônia para ir até o quarto filtro que, geralmente,
e o ciclo reinicia. contém sal; o último filtro é o chamado de
biológico, onde são inseridas plantas que
ajudam na filtragem.

Existem ainda, kits de testes simples,


baratos e, consequentemente, com baixa
acurácia para realizar na água do aquário.
Assim como uma ferramenta sofisticada
que realiza a mensuração de vários
parâmetros ao mesmo tempo de forma
fidedigna.

Estudos indicam que a amônia é menos


tóxica em ph mais ácido, ao ponto em que
a mesma quantidade em ph básico
ofereceria mais perigo do que no ácido. A
explicação para isso é que, em meio
alcalino, a fórmula molecular é NH3 que é
estável e mais bem absorvida pelo corpo
do animal, enquanto a em ambiente ácido
é NH4 que é menos absorvível.
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De acordo com estudos, caso seja chove em um aquário e o pH é


necessário trocar a água do aquário para repentinamente alterado para um mais
uma melhor, isso deve ser feito de forma alcalino);
gradativa, semelhante a como ocorre a ➝ Crônica:
troca de ração para cães e gatos. Além ◆ Úlceras;
disso, no caso de necessidade de aquecer ◆ Sintomatologia neurológica;
ou esfriar um aquário, só é permitido 1°C ◆ Letargia;
por hora e, no máximo, 3°C por dia. ◆ Arqueamento de vértebras.

Tratamento: corrigir pH com


acidificantes ou alcalinizantes (a
Peixes com baixo suprimento de O2 nos depender da espécie do peixe).
aquários podem nadar até a superfície Intoxicação por nitrito: é precedido por
para tentar comer bolhas. A água se alto teor de amônia, então se atentar; o
oxigena com a quebra, então cascatas nitrito compete com o O2 nas brânquias.
fazem bem para o ambiente do aquário e Sintomas:
devem estar mais altas que o nível da ➝ Problemas respiratórios;
água. ➝ Hipóxia;
➝ Cianose.
PARÂMETROS DE TEMPERATURA EM PEIXES Tratamento: troca parcial de água e
Alta: correção da fonte do aumento súbito
Inquietação; de nitrito.
Superexcitação; Intoxicação por nitrato:
Se alimentando pouco; Sintomas:
Imunologicamente comprometido. ➝ Bócio, ou seja, aumento da tireóide por
Baixa: conta da interferência na absorção de iodo
Anorexia; que o nitrato causa (em elasmobrânquios);
Letargia; Tratamento: aumento da quantidade de
Possibilidade de quadros subclínicos. plantas no aquário ou troca parcial de
OCORRÊNCIAS CLÍNICAS EM PEIXES água.
Intoxicação por amônia: pH ácido demais:
Formas: Sintomas: excesso de muco que
➝ Aguda: causa morte súbita (um bom precede úlceras e causa dificuldade de
exemplo do que causaria isso é quando locomoção pelas nadadeiras
◆ Abdômen inchado;
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ensebadas;
Tratamento: corrigir pH com ◆ Exoftalmia (olhos saltados);
alcalinizantes. ◆ Hemorragias internas e externas.
Saprolegniose: causada por oomicetos ➝ Víbrio:
(fungos) que se aproveitam de ◆ Lesões cutâneas;
imunossupressão ou ferimentos na pele do ◆ Ulcerações;
animal. ◆ Eritema (vermelhidão);
Sintomas: uma espécie de algodão ◆ Perda de apetite;
surge no peixe; ◆ Letargia;
◆ Hemorragias nas brânquias e órgãos
internos.
Tratamento: envolve uma abordagem
multifacetada, incluindo o uso de
antibióticos apropriados (injetáveis),
melhorias na qualidade da água, e
práticas de manejo preventivo.
Problemas em bexiga natatória:

Tratamento:
➝ Preparar uma solução de sal comum
(NaCl) em uma concentração de 1-3% e
submergir os peixes afetados por 10-15
minutos; Sintomas:
➝ Utilizar permanganato de potássio ➝ Animais de fundo que não conseguem
(KMnO4) em concentrações adequadas chegar ao fundo;
(geralmente 2 mg/L) para banhos de ➝ Animais de superfície que não consegue
imersão. Este tratamento deve ser feito subir e ficam no fundo;
com cuidado para evitar toxicidade; ➝ Animal com postura diferente do natural;
➝ Diluir peróxido de hidrogênio em água ➝ Aumento de volume na região onde a
limpa na concentração desejada e manter bexiga está situada.
os peixes na solução por 15 a 60 minutos,
dependendo da tolerância da espécie e da
gravidade da infecção.
Infecções bacterianas: geralmente
causadas por Aeromonas spp. ou Vibrio
spp.
Sintomatologia:
➝ Aeromonas:
◆ Úlceras na pele;
◆ Nadadeiras desfiadas;
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Tratamento: bem complicado, alguns


profissionais fazem punção de forma
paliativa para aliviar um pouco e
corrigir a causa (infecções com
antibióticos, estresse com a redução do
mesmo, etc). Manter uma boa
qualidade de água, fornecer uma dieta
equilibrada e observar os peixes
regularmente são medidas preventivas
eficazes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUBAS, Z.S; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais


Selvagens - Medicina Veterinária. 2ª ed. Rio de Janeiro: Roca, 2017.
9467 p.

MARTÍNEZ-SILVESTRE, A.; JIMÉNEZ, J.; DOMINGO, R.; COSTA, L.


Manual Clínico de Animais Exóticos. 1ª ed. São Paulo: MEDVET, 2023.
316 p.

TROIANO, J. C. Doenças de Répteis. 1ª ed. São Paulo: MEDVET, 2021.


300 p.
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Meus sinceros agradecimentos ao professor Thiago


Ferreira Lopes Nery, visto que a maioria das informações
dessa apostila foram disponibilizadas em sala de aula por
ele. Um grande professor e um dos melhores médicos
veterinários de animais silvestres que já tive o prazer de
conhecer.

João Pessoa, 2024.


Isabelle Santos - [email protected]

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