INSTITUTO AGRARIO DE CHIMOIO
DEPARTAMENTO DE FLORESTAS E FAUNA BRAVIA
CERTIFICADO VOCACIONAL IV EM FLORESTAS E FAUNA BRAVIA
TÍTULO DO MÓDULO: Inventariar Recursos Florestais
CÓDIGO:MOAGR 084001
TEMA:
Inventário dos Répteis
NOME DO FORMANDO: CÓDIGO: NÚMERO
Adelmo Vicente Jojo 2454342045F 03
Alima Selemane 2448470035F 05
Luisa Célio Dias 2438132249J 20 FORMADOR
Mário Pedro Ernesto 2493743484E 24 Eng: Lavumó
Nobre de Sane João 2491043085F 25
Ruben Gift Ruben 2424745608I 29
TURMA: CV4-F1
Vanduzi, abril de 2025
Índice Pág
Introdução .........................................................................................................................1
Objetivos.............................................................................................................................1
Método de Amostragem....................................................................................................2
Técnicas Utilizadas no Inventário....................................................................................2
Busca Ativa..........................................................................................................................2
Armadilhas de Pitfall com Cercas-Guia..............................................................................2
Observação Visual Diurna...................................................................................................2
Registro de Pegadas, Rastos e Exúvias................................................................................2
Armadilhas de Funil (Trap Funnel).....................................................................................3
Conclusão............................................................................................................................4
Referências..........................................................................................................................5
Introdução
Os répteis desempenham papéis ecológicos fundamentais, atuando como predadores e
presas em diversos ecossistemas. Realizar inventários de répteis é essencial para
compreender a biodiversidade de uma região, identificar espécies ameaçadas e subsidiar
ações de conservação.
Objetivos
- Realizar um inventário de répteis utilizando o método de amostragem intencional.
- Aplicar técnicas de amostragem adequadas ao grupo-alvo.
- Avaliar a efetividade de diferentes métodos para o registro da herpetofauna.
- Contribuir com informações para planos de manejo e conservação da fauna local.
Método de Amostragem
Intencional
O método de amostragem intencional é uma técnica não aleatória onde o pesquisador
seleciona conscientemente os locais e horários de amostragem com base no
conhecimento prévio sobre os hábitos dos répteis e características do ambiente. Esse
método é eficaz para inventários rápidos ou iniciais, maximizando o número de espécies
registradas em curto tempo.
Técnicas Utilizadas no Inventário
Busca Ativa
Consiste na procura manual de répteis em seus abrigos naturais, como sob troncos, pedras
e entre folhagens. É realizada em horários estratégicos, como manhãs ensolaradas e
noites quentes. Em um estudo no Cerrado paulista, a busca ativa foi responsável por
registrar 16 espécies de anuros, dois lagartos e três serpentes (Bernarde et al., 2011).
Armadilhas de Pitfall com Cercas-Guia
Constituem-se de recipientes enterrados no solo, interligados por cercas que conduzem os
animais até as armadilhas. São eficazes para capturar espécies terrestres e de pequeno
porte. Em estudos realizados em Jataí (SP) e Santa Maria (RS), essas armadilhas
capturaram entre 61% e 80% das espécies de serpentes conhecidas para essas áreas
(Winck et al., 2007).
Observação Visual Diurna
Envolve caminhadas por trilhas e áreas abertas, observando cuidadosamente o ambiente
para detectar répteis. À noite, são utilizadas lanternas para detectar olhos brilhando ou
movimentos. Essa técnica complementa outras, permitindo o registro de espécies ativas
em diferentes períodos do dia.
Registro de Pegadas, Rastos e Exúvias
Algumas espécies de répteis deixam rastros no solo, pegadas ou exúvias (pele trocada). A
identificação desses sinais pode indicar a presença de espécies mesmo sem observação
direta. Essa técnica é útil em áreas arenosas ou com solo mole, complementando outras
formas de amostragem.
Armadilhas de Funil (Trap Funnel)
São estruturas feitas com telas ou redes em formato de funil, colocadas ao longo de
cercas-guia ou corredores naturais. Os répteis são conduzidos até a entrada e ficam presos
dentro sem conseguir sair. Em um estudo na Ilha de Moçambique, essa técnica foi eficaz
na captura de répteis em cinco pontos de amostragem com diferentes níveis de
perturbação (Nhabanga & Chilundo, 2023).
Conclusão
A utilização do método de amostragem intencional, aliada a técnicas variadas,
proporciona um inventário eficaz, especialmente em áreas com grande heterogeneidade
ambiental ou quando o tempo disponível é limitado. Cada técnica contribui de forma
diferente para o levantamento da fauna, aumentando a chance de registro de espécies
raras ou de hábitos discretos. A combinação dessas ferramentas fortalece os estudos
herpetofaunísticos e fornece subsídios valiosos para projetos de conservação, manejo
florestal e licenciamento ambiental.
Referências
Bernarde, P. S., Machado, R. A., & Turci, L. C. B. (2011). Herpetofauna da região do
médio rio Juruá, Amazonas, Brasil. Biota Neotropica, 11(1), 167–176.
Winck, G. R., Hartz, S. M., & Duarte, L. D. S. (2007). Influence of pitfall trap size and
design on herpetofauna capture rates in southern Brazil. Herpetological Review, 38(4),
423-426.
Nhabanga, J., & Chilundo, M. (2023). Estudo da eficiência e abrangência das técnicas de
amostragem de herpetofauna em Lumbo, Ilha de Moçambique. ResearchGate.