RÉPTEIS
Os répteis são um grupo de vertebrados que são muito importantes e fundamentais para os
ecossistemas. Possuem uma evolução muito antiga, de centenas de milhões de anos, esse
grupo de animais demonstram adaptações singulares que permitem que eles possam viver
em vários habitats diferentes, com uma incrível biodiversidade.
O termo "réptil" tem origem no latim reptare, que significa "rastejar" ou "se arrastar". Essa
palavra faz jus a uma das características mais marcantes desses animais: sua locomoção
próxima ao solo, deslizando o ventre enquanto se movem. Fazem parte da classe Reptilia e
podem ser divididos em quatro grupos principais: tartarugas (Testudines), lagartos e
serpentes (Squamata), crocodilos e jacarés (Crocodilia) e tuataras (Sphenodonta). O termo
"réptil" se refere a esse grande grupo de animais, que inclui desde os crocodilos e cobras
até os lagartos e tartarugas. Além disso, muitos répteis já desapareceram ao longo da
história, como os dinossauros, diversas espécies evoluíram e se ramificaram em uma
impressionante variedade de formas e tamanhos, adaptando-se tanto à vida na água quanto
em terra firme. Entre os grupos de répteis que conseguiram sobreviver à grande extinção no
final da Era Mesozóica, estão aqueles que deram origem aos répteis que conhecemos hoje.
Esse grupo inclui uma grande diversidade de animais, com diferentes formatos corporais e
adaptações. No entanto, eles possuem algumas características em comum, como a pele
espessa e impermeável coberta por escamas, a respiração por meio de pulmões bem
desenvolvidos, o que facilita sua respiração e adaptação à vida terrestre, e a capacidade de
se reproduzir através de ovos amnióticos.
Os répteis são animais que dependem do ambiente para regular sua temperatura corporal,
já que não conseguem produzir calor internamente. Suas escamas resistentes, ajudam a
evitar a perda excessiva de água e também oferecem proteção contra predadores. Quando
se reproduzem, colocam ovos com uma casca especial que permite o desenvolvimento dos
filhotes sem a necessidade de água, garantindo sua sobrevivência em diferentes
ambientes.Os répteis eliminam os resíduos do seu metabolismo principalmente na forma de
ácido úrico, uma substância menos tóxica que a amônia, que é excretada pelos anfíbios.
Além disso, o ácido úrico precisa de pouca água para ser diluído, o que o torna uma forma
de excreção mais concentrada e eficiente para animais que vivem em ambientes secos.
Outra adaptação interessante dos répteis é a presença de glândulas de sal próximas às
narinas, que ajudam a eliminar o excesso de sal do organismo.
Classificações dos répteis:
→ Crocodilia
Os crocodilos, jacarés, caimãs e gaviais fazem parte da ordem Crocodilia. Esses animais
possuem um crânio comprido, forte e bem estruturado, sua mandíbula é extremamente
poderosa, permitindo uma abertura ampla e um fechamento rápido, o que os torna
predadores eficientes. As narinas estão localizadas na parte de trás do focinho, facilitando a
respiração enquanto estão parcialmente submersos. Assim como as aves e os mamíferos,
os crocodilianos têm um coração com quatro câmaras bem separadas – dois átrios e dois
ventrículos –, o que melhora a circulação do sangue e a oxigenação do corpo.
→ Squamata
Os lagartos e as serpentes fazem parte da ordem Squamata e representam a grande
maioria das espécies de répteis conhecidas, cerca de 95%. Diferente dos lagartos, as
serpentes não possuem patas e se locomovem deslizando pelo chão por meio de
ondulações corporais. Já os lagartos apresentam uma diversidade incrível de formas e
estilos de vida, podendo viver no solo, na água, em árvores e até mesmo planando entre
galhos. Tanto serpentes quanto lagartos possuem o corpo coberto por escamas ou placas
dérmicas, o que lhes confere proteção e ajuda na regulação da umidade.
→ Testudines (Chelonia)
Os quelônios são um grupo de animais que inclui as tartarugas, os jabutis e os cágados.
Embora cada um desses nomes seja usado para diferentes tipos de quelônios, é correto
chamar todos simplesmente de tartarugas ou quelônios. Esses animais não têm dentes,
mas possuem placas córneas na boca que funcionam como um bico para capturar e triturar
alimentos. Além disso, seu corpo é protegido por um casco resistente, formado por duas
partes: a carapaça, na parte de cima, e o plastrão, na parte de baixo. A carapaça surge da
fusão das costelas, vértebras e ossos dérmicos, enquanto a pele do corpo é coberta por
escamas queratinizadas.
→ Ordem Sphenodonta.
Os tuataras são répteis fascinantes e únicos, encontrados apenas na Nova Zelândia.
Apesar de se parecerem com lagartos, eles pertencem a uma ordem própria, que hoje conta
com apenas duas espécies vivas, ambas do gênero Sphenodon. Esses animais costumam
viver em tocas e podem chegar a cerca de 66 cm de comprimento. São considerados
verdadeiros "fósseis vivos", pois são os últimos remanescentes de um grupo de répteis
antigos, os esfenodontídeos, que habitaram a Terra desde o início da Era Mesozóica.
REFERÊNCIAS ( COLOCAR EM ORDEM ALFÁBETICA)
● Répteis: o que são, classificação, características. Biologia Net, 2025. Disponível em:
https://www.biologianet.com/zoologia/repteis.htm. Acesso em: 21/02/2025
● Répteis - Características gerais. Ambiente Brasil, 2025. Disponível em:
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/repteis/repteis_-_caracteristicas_gerai
s.html#google_vignette. Acesso em: 22/02/2025
● HICKMAN, C.; ROBERTS, L.; KEEN, S.; EISENHOUR, D.; LARSON, A.; I’ANSON,
H. Princípios Integrados de Zoologia. 16ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2016.