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Pré Projeto - Ciências

O documento discute a necessidade de ressignificar o uso do livro didático no ensino de ciências, enfatizando a importância de métodos educacionais que considerem a realidade dos alunos e promovam um aprendizado mais significativo. Propõe-se uma abordagem que mescle teoria e prática, visando desenvolver o pensamento crítico e a formação integral dos estudantes. A pesquisa incluirá a realização de oficinas para professores, com o objetivo de apresentar novas metodologias de ensino que atendam às demandas atuais da educação.
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Pré Projeto - Ciências

O documento discute a necessidade de ressignificar o uso do livro didático no ensino de ciências, enfatizando a importância de métodos educacionais que considerem a realidade dos alunos e promovam um aprendizado mais significativo. Propõe-se uma abordagem que mescle teoria e prática, visando desenvolver o pensamento crítico e a formação integral dos estudantes. A pesquisa incluirá a realização de oficinas para professores, com o objetivo de apresentar novas metodologias de ensino que atendam às demandas atuais da educação.
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TÍTULO: RESSIGNIFICAR O USO DO LIVRO DIÁTICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

LINHA DE PESQUISA: POLÍTICAS PÚBLICAS E MUDANÇAS SOCIAIS

Introdução
A palavra educação vem sendo amplamente discutida na contemporaneidade, isso faz
com que haja a necessidade de uma resposta para a seguinte indagação: a educação atinge as
mais variadas camadas da sociedade, seja ela no âmbito municipal, estadual ou federal? Para
responder esse questionamento é preciso analisar por meio de dois vieses, a educação que
chega até as mais variadas classes sociais, que é vislumbrada dentro da sala de aula, e a
educação informal, que os educandos têm acesso nas mídias sociais.

Logo se percebe a educação com um olhar mais generalizado, mas na prática isso não
acontece, uma vez que são muitos os métodos educacionais, métodos esses exequíveis e
outros não. Haja vista a necessidade de alcance por parte dos alunos, faz-se urgente que a
forma de apresentação do ensino seja transformada, que saia das páginas dos livros e se
condense na vida deles. Para isso, os educadores têm que usar formas variadas para a
transmissão dos conteúdos, como por exemplo, mudar a maneira de apresentação com base na
faixa etária dos que buscam esse conhecimento. Além disso, observar a real necessidade
desses educandos.

Ademais, vale ressaltar que existem formas para mudar esse quadro de continuidade
no repasse do conteúdo programático de cada disciplina, em especial da disciplina de
ciências/biologia. Observa-se que a análise deve ser feita por meio de dois pontos relevantes,
a educação com base tradicionalista e a educação com base na experiência e contexto do
aluno. Para ilustrar essa percepção, Paulo Freire (2006, p. 82) diz que “Ensinar um conteúdo
pela apropriação ou a apreensão deste por parte dos educandos demanda a criação e o
exercício de uma séria disciplina intelectual a vir sendo forjada desde a pré-escola”.

Em primeira análise, apresenta-se a educação tradicional com foco no conteúdo e


restrito ao livro didático que não requer uma estruturação de conhecimento prévio, que busca
a memorização deste em detrimento de qualquer outro tipo de assimilação. Esse tipo de
educação é a mais utilizada, mesmo diante de um cenário tecnológico crescente. Ademais, é
relevante ressaltar que existe mais comodidade aos que o adotam, pois não exige um
aprimoramento em ferramentas midiáticas ou construção científica, uma vez que o método
consiste em professor, livro didático e aluno.

Em segunda análise, observam-se outros fatores como primordiais na construção do


saber, o meio em que está inserido, os conhecimentos prévios, a cultura e a situação social que
o individual se encontra. A partir dessa análise é que se buscam formas de apresentar o
assunto a ser abordado em sala de aula, de forma prática e com procedimentos vistos como
necessários por parte desses que o recebem. Dessa forma, constata-se que há um maior
crescimento no aprendizado tanto escolar como extraescolar.

Além disso, o presente discurso versará acerca da relevância intelectual advinda de um


processo intrínseco ao indivíduo, que é a necessidade de usar a educação para a sobrevivência
no meio o qual está inserido. Dessa forma, busca-se justificar a oferta de educação formal
com foco generalizado, sem distinção, seja de cor, razão social ou qualquer outra, cuja venha
prejudicar esse acesso.

Portanto, a revisão do que se entende por educação deve acontecer, uma vez que isso
já vem sendo colocado por alguns educadores, como Paulo Freire, que destaca em sua obra
Pedagogia da autonomia o seguinte:

[...] Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino


continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque
indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo
educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou
anunciar a novidade. (FREIRE, Paulo, p. 14)

Após essa citação do educador, Paulo Freire, nada se tem a contestar, uma vez que
existe uma necessidade urgente de professor pesquisador, de professor inovador, de professor
com conhecimento que vai além dos livros didáticos, os quais só propagam conteúdo. A
urgência de reinventar-se mencionada acima está condicionada a ressignificar esta área
estudada.

Justificativa

O presente trabalho vem justificar a necessidade de um olhar radical sobre a educação,


especificamente na forma como o ensino está chegando às diferentes camadas da sociedade,
tanto do ponto de vista social, cultural e estrutural, uma vez que não se faz educação de forma
solitária, um conjunto de fatores internos e externos estão ligados a isso. Conforme o cenário
educacional vem se desenhando, observam-se várias lacunas na construção do conhecimento,
cujas podem ser vistas no desempenho dos estudantes nos exames de grande porte, como por
exemplo, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

Logo se entende a necessidade da mudança na forma do uso do material disponível


para o ensino, a criação de novos métodos, novas abordagens e a ressignificação do uso desse
material, especialmente do livro didático. Por meio desse entendimento, busca-se inovar, criar
e lançar esses artifícios de melhorias na educação.
De acordo com uma reportagem publicada no G1, em três de dezembro de 2019, o
Brasil teve queda no ranking mundial de desempenho em matemática e ciências e se manteve
estagnado em português, constatado por meio do Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (PISA). Diante desse contexto, a proposição de uma educação com base na
solidificação dos conteúdos, levando em consideração os meios, como o livro didático, a
pesquisa de campo, a transformação do material físico em material lúdico, pois a
diversificação na prática docente dentro da sala de aula é relevante na busca de bons
resultados.

Portanto, a sala de aula deve ser palco de construção e não somente de absorção visual
e oral dos saberes. Deve-se voltar para o interior desses indivíduos e a partir disso fortalecer o
vínculo entre conhecimento formal e conhecimento informal. Logo, uma didática voltada para
a formação sólida do ensino irá surtir efeito, mesmo que a longo prazo, positivo numa
sociedade castigada pelo entendimento equivocado da imensidão da palavra educação – cuja
vem sendo deturpada anos após anos, mas que docentes, discentes e comunidade escolar
conseguem mudar essa forma de pensar e agir dentro dessa área. Ainda como forma de realçar
esse pensamento vale refletir acerca do pensamento do escritor Paulo Freire, expresso no livro
Pedagogia da autonomia.

Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a
disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a
constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a
vida? Por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os saberes
curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como
indivíduos? Por que não discutir as implicações políticas e ideológicas de um tal
descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade? A ética de classe embutida
neste descaso? Porque, dirá um educador reacionariamente pragmático, a escola não
tem nada a ver com isso. A escola não é partido. Ela tem que ensinar os conteúdos,
transferi-los aos alunos. Estes operam por si mesmos. (FREIRE, Paulo, p.15)

Tal citação justifica a necessidade de mudar o foco do ensino, de mudar o foco na


aprendizagem e por que não mudar o foco também na formação pedagógica do professor.
Como é que um educador com um pensamento retrógrado irá direcionar uma educação viva,
pensada nos moldes dos alunos? A resposta está no aprofundamento metodológico e
científico, com base em estudos e aplicabilidade desse estudo na prática docente também.

Objetivos
Para realçar o discurso, objetiva-se focar no pensamento crítico e construtivo do
educando, com foco na mudança urgente dos métodos utilizados pelos professores,
principalmente voltados para o ensino fundamental, pois é uma etapa essencial na formação
dos alunos, uma vez que é a base para o fortalecimento do aprendizado deles. Parte dessa
ideia, a concepção do conhecimento abrangente, que pode sair dos livros e ser personificado
no meio em que eles vivem. Portanto, o foco numa absorção intelectual abrangente, que visa o
entendimento do aluno como protagonista do seu conhecimento, é fator determinante dessa
conquista.

Assim, buscar na educação uma forma de mesclar o ensino, de repensar os conteúdos,


de sempre fazer uma relação entre teoria e prática, de sistematizar o aprender, de revolucionar
esse campo, com o objetivo de trazer os educandos cada vez mais para dentro dos muros da
escola sem os alienar do que ocorre fora da escola.

Dessa forma, a pesquisa buscará elevar o pensamento crítico e argumentativo dos


discentes, tendo como foco, formar alunos cada vez mais preparados para realizar uma
mudança crítica-social, tanto na vida pessoal como na sociedade ao seu redor. Pragmatizar a
educação como o meio que irá revolucionar o pensamento humano, fazer com que as mentes
saiam do livro didático e cheguem no aluno cidadão, que ele realmente é, responsável pelos
seus atos e que luta por uma educação mais igualitária e desarmada de dogmas.

Procedimentos metodológicos

A fim de enfatizar o estudo, a pesquisa acadêmica será de caráter qualitativo e constará


de um levantamento que será feito em três grupos distintos relacionados à prática educacional,
composto por: coordenador pedagógico, professor que leciona a disciplina de ciências e
alunos, uma vez que a depender do cargo, da função ou representação que ocupa, poderá
haver diferentes pensamentos acerca do mesmo eixo. Com o intuito de consumar este ato,
haverá a necessidade de se fazer uma coleta de dados, por meio de um questionário, o qual
terá como base investigativa os métodos pedagógicos no ensino de ciências.

De acordo com o que já foi mencionado, o questionário será feito por amostra, com a
participação de algumas escolas. A coleta será realizada de forma escrita, logo depois que a
instituição de ensino for devidamente informada, será anotado o que for mencionado/falado
pelo entrevistado, e logo depois os dados serão organizados por escola, levando em
consideração fatores como variabilidade nas respostas, os diferentes pontos de vista.
Portanto, o questionário será a fonte de produção de dados e posteriormente será feito
uma análise para ilustrar o objeto de estudo. Ademais, será usado material impresso contendo
o questionário, além disso, terá um prazo hábil entre a coleta dos dados e análise final destes
materiais.

Descrição do produto educacional (PE)

Consoante à temática de estudo, propõe-se uma oficina para os professores da rede


municipal de ensino, especificamente os professores que lecionam a disciplina de ciências no
9º ano do ensino fundamental, visto que a carência de novas metodologias de ensino é
abrangente nessa etapa escolar.

A referida oficina terá como objetivo principal a apresentação de variadas formas de


metodologias, que vai desde uma abordagem simples até a construção de materiais de apoio,
como jogos e gincanas. Essa oficina contará com 4 etapas que serão detalhadas a seguir.

Na primeira etapa, será necessário coletar os dados dos professores que participarão
desse trabalho, dados pessoais e profissionais. Após essa coleta, que será feita de forma
presencial a partir de uma visita às escolas municipais, far-se-á necessário a criação de um
grupo de conversa online, nomeado como: “Oficina de Ciências”.

Com o objetivo de dar prosseguimento às atividades, será proposta a segunda etapa,


que constará de uma roda de conversa presencial com esse grupo de educadores, visto que é
necessário o conhecimento dos modos operantes de trabalho do grupo em estudo. Para um
melhor desenvolvimento, esse momento contará com uma pauta previamente discutida para
dar apoio sequencial ao evento.

Na sequência, haverá a quarta etapa que será uma oficina de construção dos materiais
baseados nas necessidades reais do ensino de ciências. Os envolvidos se reunirão em um
espaço adequado para a realização desse momento, cujo contará com as experiências dos
envolvidos.

E por fim, a culminância da oficina que será a apresentação do material confeccionado


em uma página na internet com o apoio dos professores e colaboradores para a divulgação da
oficina, esses materiais ficarão arquivados e servirão de apoio para toda a rede de ensino. Essa
página na internet também contará com uma aba destinado aos depoimentos dos educadores
com o objetivo de fortalecer a rede de educacional voltada para o ensino de ciências.

Referências
Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/12/03/brasil-cai-em-ranking-
mundial-de-educacao-em-matematica-e-ciencias-e-fica-estagnado-em-leitura.ghtml, acessado
em 11/05/2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. São
Paulo: Paz e Terra, 2006.

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