Resumo Luana Dornelas, 157
Princípios Gerais
Articulação avaliada deve ser descoberta e o exame deve ser expandido para as articulações
adjacentes.
O exame deve ser sequencial e padronizado:
● Inspeção estática;
● Inspeção dinâmica;
● Palpação;
● Avaliação neurológica;
● Testes especiais;
Ombro
Dor no ombro
É aquela dor que ocorre na região do ombro e que pode se estender para o membro superior
ipsilateral.
Causas
● Estruturais (referentes à anatomia do ombro):
● Tendinosas: inflamação ou ruptura de tendões;
● Tendinites: manguito rotador, bicipital, calcificante;
● Cápsula: capsulite adesiva;
● Articulares: desgaste da cartilagem ou inflamação da articulação (ex:
secundária à doença reumática);
● Osteoartrite glenoumeral;
● Osteoartrite acromioclavicular;
● Bursas;
● Ósseas;
● Instabilidade glenoumeral: ombro que “sai do lugar”;
● Não estruturais:
● Acometimento da coluna cervical;
● Desordens neurológicas;
● Linfonodos que comprimem o sistema braquial, traumas que
rompem/lesionam os nervos periféricos, doenças do SNC que podem
alterar a transmissão de sinais nervosos (dor de mobilidade);
● Alterações vasculares;
● Síndrome do desfiladeiro torácico: acometimento de vasos que irrigam
o sistema braquial;
● Dor referida: dor em estruturas pertencentes ao mesmo segmento neurológico
da estrutura lesada;
Anamnese:
● Localização:
● Lateral, anterior, posterior, em todo o ombro;
● Dor noturna:
● Pressiona o deltóide que pressiona o tendão → dor tendinosa;
● Aguda ou insidiosa:
● Aguda: tentar vincular a trauma ou esforço importante;
● Insidiosa: processo crônico;
● Irradiação/parestesia;
● Limitação do movimento ativo ou passivo;
● Fraqueza muscular: pode ser difícil de avaliar porque o paciente pode estar com
dificuldade de movimentar devido à dor;
● Testar força: para saber se é doença muscular ou neurológica (atrofia);
● Instabilidade;
● Impacto: fazer testes de impacto para definir se a doença é estrutural ou não;
● Se há dor ao movimento do ombro, pensar que a doença é da estrutura
anatômica;
● Doença sistêmica?
● Avaliar sinais de alerta: febre, adinamia, perda de peso, tosse (acometimento
pulmonar?);
Capsulite adesiva
Síndrome clínica caracterizada por dor e restrição ativa e passiva da amplitude de movimento
glenoumeral sem nenhuma causa de tipo bloqueio mecânico identificada nas três posições
fundamentais:
● Elevação anterior;
● Rotação medial/interna;
● Rotação lateral/externa;
Portanto, se houver limitação passiva e ativa nesses três movimentos: pensar em capsulite
adesiva.
Causa: reflexo neurológico que enrijece a cápsula → a cápsula enrijecida impede os
movimentos do ombro.
● Dor no ombro + período de desuso + fator de risco (doenças associadas, como:
tireoidianas, DM, autoimunes, neurológicas, intratorácicas, IAM, PNM,
degenerativas, psiquiátricas).
Síndrome do impacto/tendões do manguito
Estrutural.
Síndrome dolorosa do ombro, de etiologia multifatorial, caracterizada por tendinite
(inflamação) de um ou mais tendões do manguito rotador com ou sem ruptura (total/parcial)
de um ou mais tendões.
● Tendões: supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor, subescapular;
Causa: ocorre uma zona hipovascular que ocupa 1 cm do tendão supraespinhoso na sua
inserção no tubérculo maior do úmero.
● Essa hipovascularização leva à hipóxia local, desencadeando metaplasia de parte dos
tenoblastos que se transformam em condroblastos fragilizando ainda mais o tendão;
● Ao longo do tempo, essa parte da inserção do tendão fica fragilizada.
● O atrito e o impacto nessa região fragilizada, levam a inflamações e rupturas;
Diagnóstico
Dor no músculo deltóide (região lateral), noturna, com redução do movimento ativo, com
testes de impacto positivos.
Tratamento
Depende do tendão acometido e do grau de acometimento.
● Analgésicos, AINEs, gelo, repouso com tipóia, infiltração em alguns casos;
● Fortalecimento da musculatura;
● Fisioterapia: 3 a 6 meses de reabilitação;
● Respeitar os limites impostos pela dor;
● Sessão curtas e repetitivas;
● Medidas analgésicas,
● Fortalecimento dos músculos do manguito rotador;
Cirurgia: depende da idade, do tendão e grau de ruptura.
Tendinite calcificante
Estrutural.
Acomete pessoas mais jovens, geralmente mulheres entre 30 e 40 anos, sendo
assintomática.
É uma inflamação crônica com episódios inflamatórios agudos, com dor localizada e
dificuldade de movimentação ativa devido à calcificação. Os testes de impacto são positivos.
Distúrbios do tendão da cabeça longa do bíceps
Estrutural.
Acomete qualquer idade.
Dor na região anterior do ombro. Ausência de dor noturna.
Movimentação passiva e ativa sem alterações ou levemente alterada.
Testes de impacto negativos.
Fraqueza muscular devido à dor.
O indivíduo pode ter lesões no manguito rotador, então ficar atento a isso.
Osteoartrite glenoumeral
Articular.
Dor insidiosa e noturna. Acometimento bilateral, sendo mais frequente em mulheres.
Doença que envolve a cabeça do úmero, a partir de 40 anos de idade, devido ao
envelhecimento e modificação articular.
Dificuldade de mobilização passiva e ativa.
● DD com capsulite adesiva: nas osteoartrite glenoumeral a dor piora progressivamente,
enquanto na capsulite, a há enrijecimento e depois melhora da movimentação.
Teste de impacto negativos. Sem irradiação ou parestesia.
Ao exame: crepitação e pode haver fraqueza muscular associada.
Tratamento
Conservador nos quadros leves a moderados + reabilitação para fortalecimento.
Em casos avançados, cirurgia: artroplastia total ou parcial.
Osteoartrite acromioclavicular
Articular.
Dor aguda ou crônica, localizada.
Mobilização passiva normal e ativa tem alteração somente em casos avançados (adução
forçada).
● Dor à adução horizontal forçada do membro superior.
Sinais de impacto negativos.
Radiação para o músculo deltóide ou trapézio.
Desordens neurológicas
Fraqueza muscular + dificuldade de movimentação passiva e ativa + irradiação
Pode haver irradiação para o braço e pescoço, pois ou inicia no SNC ou é originária de
acometimento do plexo.
Eletroneuromiografia pode ajudar a localizar o nervo acometido.
Desordens cervicais
Geralmente acima de 40 anos, de início insidioso.
Dor supraescapular, com irradiação e parestesia. Pode ser noturna.
Movimentação ativa e passiva normal.
Fraqueza muscular + dor à movimentação do pescoço.
Exame físico
MANGUITO ROTADOR
Inspeção estática
Paciente deve estar desnudo da cintura pra cima.
Analisar:
● Vestígios de lesão traumática: edema, equimose;
● Deformidades na coluna cervical, torácica e escápula;
● Alteração de relevo muscular ou de estruturas ósseas;
● Sinal de Dragona: luxação anterior do ombro
● Sinal da Tecla: luxação acromioclavicular → se apertar a clavícula ela reduz
com a compressão e retorna à descompressão.
● Escápula alada/lesão do trapézio/hipercifose torácica
● Sinal do Popeye: ruptura da cabeça longa do bíceps braquial →
encurtamento da cabeça longa.
● Atrofia de deltóide:
Inspeção dinâmica
Deve ser feita de forma comparativa e individualizada.
Deve ser diferenciado se refere-se à fraqueza ou a alterações mecânicas.
● Na fraqueza, a movimentação passiva ajuda a terminar o movimento, enquanto nas
alterações mecânicas, mesmo com a movimentação passiva, o movimento não se
completa.
Ritmo escápulo umeral
Avalia acometimento da escápula: se ela estiver acometida, a movimentação de elevação será
apenas até 120º.
Provas funcionais
● Mão na nádega oposta + mão nas costas + mão no ombro oposto + mão na nuca;
● Avalia as atividades diárias do paciente;
● Grau I (realiza sem dor), grau II ( realiza com dor ou dificuldade), grau III (não
consegue realizar);
Palpação
Deve ser feita com a ponta dos dedos e é comparativa.
Investigar: dor, edema, deformidades, crepitações, mobilidade anormal, sinais de trauma
recentes, consistência do tecido muscular.
Avaliar: articulação esterno-clavicular, clavícula, articulação acrômio-clavicular, região
supraespinhal, infraespinhal e deltóide.
Exame neurológico
Teste de força:
Teste de sensibilidade:
Avaliar sensibilidade tátil, térmica e dolorosa e correlacionar com os dermátomos.
Testes de reflexo:
● Bicipital: C5-C6;
● Estilorradial ou braquiorradial: C5-C6-C7;
● Tricipital: C7-C8;
Testes especiais
MANOBRA DE APLEY
● Execução ativa;
JOBE
● Avalia a integridade do músculo supra espinhal;
● Elevação ativa do membro superior em rotação interna, contra a resistência do
examinador;
● Positivo: incapacidade de resistir à força ou quedo do membro;
NEER
● Avalia o impacto do músculo supra espinhal, que pode estar inflamado, causando dor;
● Membro superior em extensão e rotação neutra é elevado passivamente pelo
examinador;
● Positivo: paciente refere dor;
HAWKINS-KENNEDY
● Avalia o impacto do músculo supra espinhal;
● Membro superior em 90º, com abdução do ombro, em rotação neutra, e 90º de flexão
do cotovelo: cotovelo é rodado para dentro pelo examinador, provocando impacto
entre o tubérculo maior do úmero contra o ligamento coracoacromial;
● Positivo: paciente relata dor relacionada à irritação do tendão do músculo supra-
espinhal;
YOUCUM
● Avalia impacto do músculo supra espinhal;
● Paciente coloca a mão sobre o ombro contra-lateral e eleva ativamente o cotovelo;
● Positivo quando o paciente relata dor, relacionada à irritação do tendão do supra-
espinhal ou lesão acromioclavicular;
PATTE
● Avalia a integridade do músculo infra-espinhal;
● Membro superior em abdução de 90º e flexão do cotovelo de 90º. O paciente deve
realizar rotação externa do membro contra a resistência do examinador;
● Positivo: quando o paciente é incapaz de resistir à força;
GERBER
● Avalia a integridade do músculo subescapular;
● Paciente coloca o dorso da mão na altura de L5 e deve afastar a mão do corpo, contra
a resistência do examinador;
● Positivo: quando há incapacidade de resistir à força do examinador;
YERGASON
● Avalia a integridade do tendão da cabeça longa do músculo bicipital;
● Membro superior do paciente junto ao tronco posicionado em 90º de flexão do
cotovelo e pronação do antebraço. Paciente deve vencer a força do examinador;
● Positivo: quando paciente relata dor na região do sulco intertubercular;
SPEED
● Avalia a integridade do tendão da cabeça longa do músculo bicipital;
● Paciente realiza flexão do membro superior em extensão do cotovelo e rotação
externa contra a resistência do examinador;
● Positivo: relato de dor ou incapacidade de vencer a força aplicada;
Coluna
Exame físico
Expandir o exame físico para articulações adjacentes, como ombro e escápula.
Coluna cervical
Inspeção estática
Avaliar:
● Assimetrias no pescoço: torcicolo, mal formações, se as deformidades são redutíveis,
se há alterações na pele ou no implante do cabelo;
● Presença de vesículas, descolorações ou cicatrizes → ex: cicatriz na face anterior do
pescoço, que pode sugerir cirurgia prévia de tireóide;
Torcicolo espasmódico: se caracteriza por contrações involuntárias da musculatura cervical.
Inspeção dinâmica
Avaliar a amplitude de cada um dos movimentos da coluna cervical.
Pedir ao paciente que realize ativamente os movimentos de flexão, extensão, inclinação
lateral e rotação.
● Flexão: paciente deve ser capaz de encostar o queixo no tórax;
● Extensão: alinhamento da fronte e do nariz com o plano horizontal;
● Rotação: queixo deve estar alinhado com o ombro;
● Inclinação lateral: paciente deve tentar encostar a orelha no ombro sem mexer o
ombro;
● A assimetria de movimentos nessa fase pode ser provocada por deformidades ou por
bloqueio antálgico;
Palpação:
● Das partes moles e da parte óssea;
● Palpar músculo esternocleidomastóideo, tireoide, parótidas e fossa supraclavicular;
● Limites do trígono anterior: delimitado anteriormente pela borda anterior do
esternocleidomastóideo, superiormente pela mandíbula e inferiormente pela incisura
esternal;
● No trígono Anterior ainda: osso hióide, cartilagem tireóide, 1º anel cricóide;
● Trígono posterior: palpar trapézio, protuberância occipital, ligamento nucal (vai desde
a protuberância occipital até C7);
● No trígono posterior ainda: Linha média posterior → palpar processos
espinhosos de C2-C7;
Exame neurológico
● Reflexo: Bicipital;
● Área de sensibilidade: área lateral do braço;
● Reflexo: braquiorradial;
● Área de sensibilidade: face lateral do antebraço + 1º e 2º dedo;
● Reflexo: tricipital;
● Área de sensibilidade: 3º dedo
Testes especiais
DISTRAÇÃO
→ aumenta o diâmetro dos forames neurais. Positivo com a melhora da
dor
SPURLING
→ Positivo quando provoca aumento dos sintomas radiculares ou dor.
EXTENSÃO DA RAIZ
→ Avalia a compressão radicular passivamente: pode causar dor
radicular devido à compressão de uma ou mais raiz nervosa.
TESTE DE ALÍVIO EM ABDUÇÃO DE OMBRO
→ Paciente coloca a mão do lado afetado no topo da cabeça,
apresentando alívio da dor no membro ipsilateral, sugerindo compressão da raiz nervosa,
geralmente em C5 e C6.
RIGIDEZ CERVICAL
→ força a flexão anterior da coluna cervical, testando o
acometimento das raízes cervicais
● O teste é positivo quando observa-se resistência a este movimento, manifestação de
dor ou flexão dos quadris e joelhos;
● Significa radiculopatia ou irritação de meninges.
MANOBRA DE VALSALVA
● O paciente deve prender a respiração e fazer força como se quisesse evacuar;
● O teste avalia radiculopatia;
● O aumento da pressão intratecal, agrava os sintomas de radiculopatia;
● Avalia estenose foraminal de qualquer natureza.
Esqueleto axial
Anatomia da coluna torácica
Anatomia da coluna lombar
Nervo Ciático: formado pelas raízes L4, L5, S1, S2 e S3.
Lombalgia: dor que vai da última costela à prega glútea.
Lombociatalgia: dor lombar que se estende aos membros inferiores.
Deformidades da coluna torácica e lombar
O examinador posiciona-se atrás dele e observa a retidão da coluna tendo como parâmetro a
protuberância de C7 e L5. A estrutura anatômica que está sendo avaliada é toda coluna
toraco-lombar, se apresenta desvios no plano frontal.
Teste positivo: Desalinhamento da coluna em relação ao eixo frontal - escoliose.
Amplitude de movimento da coluna
Movimento da coluna torácica e lombar
TESTE DE EXPANSÃO TORÁCICA
1. O teste é realizado com o paciente sentado, com uma fita métrica em torno do tórax
ao nível dos mamilos;
2. Instruir o paciente a expirar e registrar a medida, e depois instruí-lo a inalar o máximo
possível e registrar a medida;
3. Teste positivo: diminuição da expansão torácica
a. Valor de referência: Homens: 5 cm ou mais, Mulheres: 2,5 cm ou mais.
TESTE DE SCHOBER MODIFICADO
Auxilia na identificação dos pacientes que apresentam limitação verdadeira dos movimentos
da coluna lombar.
1. Paciente na posição ortostática é delimitado o espaço entre o processo espinhoso de
L5 e 10 cm acima;
2. Solicita-se ao paciente que faça uma flexão anterior da coluna, e mede-se novamente.
3. Teste positivo: Limitação da flexão da coluna lombar, se não ocorrer um aumento de
pelo menos 5 cm na flexão máxima.
TESTE DE COMPRESSÃO DE RAÍZES NERVOSAS LOMBARES E DO CIÁTICO
Teste de Lasègue
1. Paciente em decúbito dorsal, com o membro inferior estendido, o examinador realiza
a flexão ativa do quadril;
2. O segmento avaliado é o nervo ciático e as raízes nervosas espinhais nos níveis L4,
L5, S1 e S2;
3. Teste positivo: interrupção de sua realização antes de 45º de elevação; contratura do
membro contra-lateral e dor aguda.
Mãos e punhos
Doença de DeQuervain
Testes
TESTE DE FINKELSTEIN
● Deve-se fazer um desvio ulnar do punho, mantendo o polegar aduzido e fletido na
palma.
● Avalia os músculos do primeiro compartimento dorsal do punho: tendão abdutor
longo do polegar e extensor curto do polegar;
● Positivo se houver dor distal ao processo estilóide do rádio;
● Significado: tenossinovite do 1° compartimento dorsal do punho (doença de
DeQuervain).
Tenossinovite estenosante
Testes
DEDO EM GATILHO
● Pede-se ao paciente que faça a extensão e flexão dos dedos;
● Avalia a bainha sinovial e tendões flexores dos dedos;
● Positivo quando ao abrir a mão, o dedo comprometido permanece semifletido na
articulação metacarpofalângica, ao passo que os demais estendem-se normalmente,
após movimento passivo há presença de estalido palpável e audível;
● O significado clínico é de tenossinovite (tendinite com inflamação do revestimento da
bainha do tendão) estenosante.
Doença de Dupuytren
Testes
CONTRATURA DE DUPUYTREN
● Palpação da fáscia palmar à procura de espessamento e hialinização do feixe de fibras
de colágeno, com formação de nódulos e contração (mais frequente na face ulnar,
próximo ao 4º e 5º dedos);
● Avalia Fáscia Palmar;
● Manifesta-se por regiões espessadas ou nódulos na fáscia palmar.
● Significado: Doença de Dupuytren (Fibromatose palmar) doença fibroproliferativa da
fáscia palmar;
Túnel do Carpo
Enfermidade decorrente da compressão do nervo mediano ao nível do punho.
É a neuropatia compressiva mais frequente.
Mais frequente em mulheres.
Anatomia
Mecanismos de compressão:
● Qualquer acometimento dos tendões flexores ou fratura nos ossos do carpo podem
causar inflamações que poderão comprimir o nervo mediano:
○ Elevação da pressão no interior do túnel, causada por edema ou lesão dos
tecidos vizinhos;
○ Aumento no volume do conteúdo do túnel → ex: cisto sinovial;
Sintomas
● Dor em queimação e/ou parestesia no 1º, 2º, 3º e parte medial do 4º dedo,
principalmente à noite;
● Déficits motores em quadros crônicos: com hipotrofia dos músculos da eminência
tenar e hipotenar, levando à fraqueza da mão e redução da função;
Patologias associadas
Lesões que ocupam espaço
Cisto sinovial, tenossinovites, sequelas de fraturas.
Doenças sistêmicas
Artrite reumatóide, hipotireoidismo, diabetes.
Estados fisiológicos
Obesidade, gravidez → frequentemente o acometimento é bilateral.
Testes
TESTE DE TINEL
● Consiste na reprodução da dor e/ou parestesia nos dedos inervados pelo nervo
mediano com ligeiras percussões no trajeto do punho;
TESTE DE PHALEN
● Reprodução da dor e/ou parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano com a
flexão forçada do punho por 1 minuto;
Cotovelo
Amplitude de movimento
Teste de palpação do nervo ulnar
● Cotovelo fletido em 90º, mantido pela mão do examinador e com a polpa digital do 2º
ao 5º dedo da mão oposta do examinador palpa-se o sulco do Nervo Ulnar, próximo
ao epicôndilo medial.
● Positivo: aumento de volume, dor e parestesia na região do 5º QD.
● Usualmente apresenta-se macio, arredondado e tubular, podendo ser deslocado de sua
goteira.
● Neurite do Nervo Ulnar traumática, Hanseníase, …
Epicondilite
Se manifesta por dor e hipersensibilidade no nível do cotovelo → “cotovelo do tenista”.
Muito frequente em donas de casa.
Relacionada com atividades que acarretam sobrecarga do punho e antebraço.
Epicondilite lateral
Acomete o epicôndilo lateral.
É uma lesão do tendão do extensor comum, na região da sua inserção no epicôndilo lateral.
Condições que ocasionam dor no epicôndilo lateral DD: infecção, artrite radioumeral,
compressão do nervo radial, fibromialgia.
● É importante excluir compressão do ramo recorrente do nervo radial, dor no ombro,
dor na coluna cervical que irradiam;
Exame físico:
● Avaliar edema, fazer palpação da região (dor à palpação);
● Amplitude de movimento preservada → ajuda no diagnóstico diferencial com
artrite nesse local;
TESTE DE COZEN
● Dorsoflexão e supinação do punho contra resistência, com o cotovelo em extensão.
● Estruturas testadas são: tendões dos músculos extensores do punho, (extensão radial
curto do carpo, extensor comum dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor ulnar
do carpo)
● O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo lateral.
TESTE DE MILL
● Flexão do punho e extensão do cotovelo, ambas passivas epicondilite lateral;
Tratamento:
● Fase aguda: repouso, aplicação de gelo, AINEs por 4 semanas;
● Infiltração de corticoide: para fase aguda;
● Cirurgia em casos refratários;
● Não há eficácia sobre o uso de órteses;
● Fase crônica: terapia ocupacional para adaptação das atividades diárias para
prevenção de recidivas + orientação de exercícios para fortalecimento;
Epicondilite medial
Acomete o epicôndilo medial.
Causada por lesão do tendão flexor comum.
TESTE
● Flexão e pronação do punho contra resistência com o cotovelo em extensão.
● O cotovelo é fletido, o antebraço mantido em supinação e o punho em extensão,
solicita-se ao paciente que realize flexão palmar;
● As estruturas testadas são: tendões dos músculos flexores do punho, que estão fixados
ao epicôndilo medial;
● O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo medial, ou ainda por
meio da flexão do punho contra a resistência.
Avaliação motora
● Capacidade de abdução do polegar;
● Testar o músculo abdutor curto do polegar contra resistência;
● Testes sensoriais: testes de monofilamento e de discriminação de dois pontos;
● Se paciente tiver fraqueza: encaminhar para avaliação cirúrgica;
Diagnóstico
Exame clínico + Eletroneuromiografia (ajuda a confirmar o diagnóstico) + RNM (em
algumas situações)
● Eletroneuromiografia sem a clínica não confirma o diagnóstico, pois há uma taxa alta
de falso positivo;
● RNM: sinais de grave da eletroneuromiografia
Joelho
Anatomia
Amplitude de movimento
Flexão Extensão
Menisco
Testes
TESTE DE APLEY
● Paciente em decúbito ventral, joelho fletido 90º, o examinador faz movimentos de
compressão do joelho e rotação da perna e distração;
● Os meniscos são as estruturas anatômicas examinadas;
● O teste positivo é determinado por dor, bloqueio voluntário ou estalido;
TESTE DE McMurray
● Em decúbito dorsal, flexionar e estender o joelho com esforço de rotação interna e
externa, tencionando o menisco;
● Se for o menisco lateral, forçar o joelho em valgo, se for o medial, forçar o joelho em
varo;
● Avalia os meniscos individualmente;
● Dor ou estalido que podem localizar o local da lesão;
Ligamento cruzado
Testes
SINAL DA GAVETA ANTERIOR
● Paciente em decúbito dorsal, joelho flexionado 90º, pé fixo pelo examinador, realiza-
se movimento de anteriorização da perna (tíbia);
● Avalia o ligamento cruzado anterior;
● O teste é positivo se houver deslocamento da perna em relação ao joelho;
●
SINAL DA GAVETA POSTERIOR
● Paciente em decúbito dorsal, joelho flexionado 90º, pé fixo pelo examinador, realiza-
se movimento de posteriorização da perna (tíbia);
● Avalia o ligamento cruzado posterior;
● O teste é positivo se houver deslocamento da perna em relação ao joelho;
Ligamento Colateral
Testes
TESTE DO LIGAMENTO COLATERAL
● Paciente em decúbito dorsal, joelho em extensão, realiza-se um estresse em valgo e
varo sobre o joelho;
● Avalia ligamento Colateral Medial e Lateral;
● O teste estresse em valgo é utilizado para verificar a integridade do ligamento
colateral medial;
● O teste estresse em varo é utilizado para verificar a integridade do ligamento colateral
lateral;
● Teste positivo - dor ou alargamento do espaço articular medial ou lateral;
Patela
Testes
SINAL DA TECLA
● Paciente em decúbito dorsal, joelho em extensão, comprime-se a região supra patelar
e realiza-se pressão digital sobre a patela, em sua parte medial, tipo tocar uma tecla de
piano;
● Avalia a presença de líquido intra articular;
● Positivo: ocorre rechaço da patela contra o dedo do examinador, indicando derrame
intra articular ;
SINAL DA ONDA
● Paciente em decúbito dorsal, joelho em extensão, o examinador passa a mão na parte
medial e lateral do joelho, observando aumento de volume do lado oposto;
● Avalia presença de derrame articular;
TESTE DE RASPAGEM DA PATELA
● Paciente em decúbito dorsal, membros inferiores estendidos e relaxados, movimenta
passivamente a patela em todas as direções;
● Avalia o compartimento anterior do joelho;
● Positivo: sensação de dor ou crepitação que significa acometimento da cartilagem
articular da patela ou anterior dos côndilos femorais;
● Síndrome da Hipertensão Patelar e Osteoartrite.
Quadril
Amplitude de movimento
Testes
TESTE DE PATRICK-FABERE
● Paciente em decúbito dorsal com o pé do membro inferior acometido sobre o joelho
oposto, levando a articulação coxofemoral a ficar fletida, abduzida e rodada
externamente;
● É utilizado para testar a articulação coxofemoral homolateral e sacro ilíaca
contralateral;
● Positivo: quando houver a presença de dor no quadril;
● Mnemônico: Flexão - ABdução - Extensão - Rotação;
● Se a dor for referida na região inguinal, sugere processo patológico na articulação
coxofemoral homolateral;
● Se a dor for referida na região posterior, sugere processo patológico na articulação
sacro-ilíaca contralateral;
TESTE DE TRENDELENBURG
● Paciente em ortostatismo retira o apoio de um dos membros inferiores, logo a pelve
inclina levantando o lado que não suporta peso;
● Força do M. Glúteo Médio e demais abdutores do quadril do lado contralateral;
● Teste positivo: lado que está apoiado ao solo não suporta, ocorrendo desnível para
baixo do quadril do lado contralateral;
● Fraqueza do m. glúteo médio e abdutores do quadril: radiculopatia L5;
TESTE DE OBER
● Paciente em decúbito lateral, flexão do joelho a 90º e abdução do quadril superior,
logo após o examinador solta o membro;
● Contratura do M. Tensor da Fáscia Lata;
● Caso haja lesão do músculo tensor da fáscia lata, o membro se manterá em abdução
ou a coluna vertebral sofrerá deformidade;
Tornozelo e pé
Amplitude de movimentos
Inspeção
Pé plano Pé valgo Pé varo
Testes
TESTE DE VARIZAÇÃO
● Crianças menores que 4 anos;
● Em ortostatismo avalia-se o pé plano manifestado por valgismo do calcâneo,
analisado pelo tendão de Aquiles em relação ao Calcâneo;
● A seguir a criança apoia exclusivamente nas pontas dos 2 pés;
● Varização do Calcâneo;
● Pés planos flexíveis ou fisiológicos, até os 4 anos apresentam bom prognóstico;
TESTE DE THOMPSON
● Paciente em decúbito ventral, joelhos estendidos e pés fora da cama;
● Comprime-se com as 2 mãos a panturrilha em seu terço médio;
● Integridade do Tendão de Aquiles;
● Incapacidade de dorsiflexão do pé;
● Ruptura do tendão de Aquiles;