BSC 2
BSC 2
ARTIGO
industriais e de serviços passaram a ver a qualidade para a comunicação tanto da estratégia como dos
como arma estratégica nas batalhas competitivas”. processos e sistemas que contribuem para sua
Assim, surgiram indicadores de níveis de qualidade, implementação e que geram feedback sobre ela.
como prazos de resposta, índices de defeitos,
Cientes disso, Robert Kaplan e David Norton
compromisso de entrega, entre outros. Pode-se ir
enunciam, no início da década de 1990, o Balanced
ainda mais longe, recuar mais no tempo, até 1951,
Scorecard, um sistema que considera indicadores
quando o então CEO da General Eletric, Ralph
não somente financeiros, mas também não-
Cordiner, coordenou uma força-tarefa para
financeiros, oriundos da estratégia da organização.
identificar os principais indicadores de desempenho
Seu diferencial é a capacidade de comunicar a visão
na organização. Os critérios eram bastante
e a estratégia por meio de indicadores de
abrangentes, incluindo, além da rentabilidade,
desempenho originários de objetivos estratégicos e
indicadores que retratassem a produtividade,
metas que interagem em meio a uma estrutura
atitudes dos empregados, responsabilidade pública e
lógica de causa e efeito (KAPLAN e NORTON,
o equilíbrio entre metas de curto e longo prazos
1997).
(ECCLES, 2000).
No BSC a comunicação se dá por meio de sua
Esse cenário é marcado por uma revolução no
estrutura lógica, baseada no gerenciamento das
modelo de competição. A perspectiva estratégica é
metas estabelecidas – seu alcance ou não –,
necessária para que a organização se diferencie no
possibilitando aos gestores realocar recursos físicos,
mercado. Segundo PORTER (2000), é preciso
financeiros e humanos para que possam alcançar os
manter uma posição estratégica clara, pois desta
objetivos estratégicos. Mais que um sistema de
viria a vantagem competitiva: “A estratégia está
mensuração de desempenho, o scorecard é um
diretamente relacionada com a escolha dos fatores
tradutor da estratégia e comunicador do
que diferenciam a empresa de seus concorrentes”.
desempenho (KAPLAN e NORTON, 1997).
Mas não só a percepção da importância da
As metas contidas no BSC são um importante
estratégia pelo mundo corporativo data de muito
instrumento de gerenciamento do esforço de
antes dessa revolução (MINTZBERG et al., 2000),
implementação e desempenho, por possuírem um
como a implementação de estratégias já era vista, há
viés quantificável. Segundo KOTLER (1998), as
muito, como fator decisivo para o sucesso
metas são objetivos especificados, quantificados e
organizacional. FERNANDES (2003) cita o uso de
relativos em termos de abrangência (impacto) e
métodos de implementação desde o fim do século
tempo. Ou ainda, como em FISCHMANN e
XIX: o Tableau de Bord na França, em fins do
ALMEIDA (1991), as metas são a fragmentação
século XIX e início do século XX; o Management
dos objetivos, com indicação de valores,
by Objectives (MBO) ou Gerenciamento por
quantidades e datas, que norteiam a organização
Objetivos, enunciado por Peter Drucker em 1955 e
durante a fase de implementação.
o Gerenciamento pelas Diretrizes (Hoshin Kanri),
surgido no Japão no início da década de 1960. Cabe então traçar, dentro dos conceitos
Todos esses métodos incluíam medidas não- apresentados por seus autores (KAPLAN e
financeiras como indicadores de desempenho, mas NORTON, 1997), em comparação com conceitos de
não apresentavam uma estruturação lógica que processo estratégico e, principalmente, de
mostrasse como as relações (entre atividades ou implementação de estratégias, suas contribuições.
entre processos) interferem no desempenho.
Executivos em todo o mundo já perceberam que 2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E
sistemas de gerenciamento de desempenho PROCESSO ESTRATÉGICO
destinados a implementar suas estratégias têm de
ser capazes de criar uma linguagem única, Retratando-se o processo de formulação de uma
“traduzindo” a estratégia para seus empregados, estratégia, de forma genérica, de acordo com
tornando-os capazes de atuar efetiva e BETHLEM (2002), podem-se relacionar as etapas
conscientemente no esforço de implementação. da seguinte forma: 1) aspirações da organização –
Como afirmaram KAPLAN e NORTON (2000a), as onde se quer chegar? O que se pretende ser?; 2)
organizações, hoje, necessitam de uma linguagem análise dos recursos; 3) identificação dos objetivos;
Rodando
o PE
Eventos
externos
Decisões
internas
Aprendizado Estratégico
Analisando-se a Figura 1, vê-se que a estratégia, Estratégico, sofre interferências externas, vindas do
a partir de sua concepção no Planejamento mercado (eventos externos), e internas (decisões
2
QUIN e VOYER apud MINTZBERG e QUINN (2001).
internas), provenientes da própria organização, que comportamento, quer seja pretendida ou não”.
fazem com que os gerentes e a cúpula da Dessa forma, retratam a abrangência do
organização tomem novas providências para comportamento resultante das ações da organização.
responder ao mercado e ajustar-se às decisões
Em relação a esses dois conceitos – plano e
tomadas, o que exige uma revisão na estratégia
padrão – pode-se considerar o primeiro como
adotada, um reajuste. Esse “exercício” de conceber
estratégia pretendida e o segundo como realizada,
estratégia, executar, assimilar interferências e
possibilitando-se, assim, distinguir as “estratégias
responder ao mercado, realizado pela organização,
deliberadas, nas quais as intenções que existiam
representa o Processo Estratégico.
anteriormente foram realizadas” das “estratégias
Ainda há que se ressaltar o lado emergente da emergentes, nas quais os padrões se desenvolveram
estratégia. Segundo MINTZBERG e QUINN na ausência de intenções ou a despeito delas (que
(2001), estratégia também pode ser definida como não foram realizadas)” (MINTZBERG e QUINN,
um plano, uma rota, um curso de ação 2001).
conscientemente elaborado para guiar a organização
Uma estratégia de fato deliberada tem de ser
através do tempo. “Por esta definição, as estratégias
fruto de um conjunto de pretensões realizadas
têm duas características essenciais: são preparadas
conforme a idéia original, sem interferências. Da
previamente às ações para as quais se aplicam e são
mesma forma, uma estratégia emergente é
desenvolvidas consciente e deliberadamente”.
consistente em suas ações sem qualquer sugestão de
Ainda em MINTZBERG e QUINN (2001), intenções, desde que seja atribuído um grau de
estratégia pode ser tida como um padrão: “Por esta importância relevante a essas ações.
definição, a estratégia é consistência no
A Figura 2 ilustra esse conceito:
Estratégia
deliberada
ESTRATÉGIAS
PRETENDIDAS ESTRATÉGIA
REALIZADA
Estratégia não-
realizada
Estratégia
emergente
horizonte para a organização. “As medidas os processos internos críticos nos quais a
financeiras são inadequadas para orientar (...) as organização deve ser excelente. Suas medidas estão
empresas (...) na geração de valor futuro investindo voltadas para os processos internos que têm impacto
em clientes, fornecedores, funcionários, processos, na satisfação dos clientes e na consecução dos
tecnologia e inovação” (KAPLAN e NORTON, objetivos financeiros; c) de aprendizado e
1997). crescimento: identifica a infra-estrutura que a
organização deve manter para gerar crescimento e
Contudo, o scorecard não negligencia os ganhos
melhoria a longo prazo. Suas fontes principais (de
financeiros; ao contrário, o foco na área financeira
aprendizado e crescimento) são pessoas, sistemas e
continua. A crença de que a organização deve
procedimentos organizacionais.
crescer e gerar riqueza aos seus acionistas
permanece. Mas o monitoramento dos números Posto dessa forma, há que se perceber que o
financeiros por si só não garantirá tal crescimento. scorecard trabalha com medidas (vetores) de curto
Segundo KAPLAN e NORTON (1997), “O prazo, como as financeiras, aliadas às de longo
Balanced Scorecard continua enfatizando a busca prazo (cliente, processos internos e aprendizado e
de objetivos financeiros, mas também inclui os crescimento).
vetores de desempenho desses objetivos”. Isto é, os
Na lógica do Balanced Scorecard a estratégia é
números financeiros são considerados entre uma
um conjunto de hipóteses sobre causas e efeitos. As
gama maior de outros números referentes a clientes,
relações de causa e efeito podem ser expressas por
processos de negócios e de aprendizado e
uma seqüência de afirmativas do tipo “se-então”
crescimento. Como KAPLAN e NORTON (1997)
(KAPLAN e NORTON, 1997). A estrutura lógica
afirmaram, o desempenho financeiro é monitorado
oferecida pela ferramenta deixa claro que para “toda
ao mesmo tempo que o é o progresso na construção
ação há uma reação”, as quais terão impacto nos
de capacidades e na aquisição dos ativos intangíveis
negócios da organização e comprometerão ou
necessários para o crescimento futuro.
impulsionarão a implementação de suas estratégias.
O novo modelo competitivo – “ambiente da era Ou seja, a ferramenta trabalha sobre uma relação
da informação” (KAPLAN e NORTON, 1997) – explícita de causa e efeito – que permeia todas as
exige que as organizações explorem novos ativos, perspectivas – entre medidas de resultado e vetores
de forma que se tornem competitivas. Esses novos de desempenho.
ativos são chamados de “ativos intangíveis”, não
As relações entre as medidas de resultado
mensurados pelos métodos contábeis financeiros
(indicadores de ocorrências) e os vetores de
tradicionais. Para KAPLAN e NORTON (1997), “O
desempenho (indicadores de tendências) obedecem
ideal é [seria] que o modelo da contabilidade
a uma lógica de interdependência. Sem os vetores
financeira se ampliasse de modo a incorporar a
de desempenho, as medidas de resultado não
avaliação dos ativos intangíveis e intelectuais”. As
indicam como os resultados são alcançados e nem
outras três perspectivas do scorecard – além da
se a implementação da estratégia terá sucesso. Da
financeira –, de clientes, de processos internos e de
mesma forma, os vetores de desempenho sem as
aprendizado e crescimento, destinam-se a gerenciar
medidas de resultado mostram apenas uma melhoria
esses ativos (intangíveis).
operacional na organização, mas não se essas
Essas três perspectivas retratam os ativos “como melhorias se traduzem em expansão dos negócios:
os novos produtos em fase de pré-produção; “Um bom Balanced Scorecard deve ser uma
processos inovadores; motivação e flexibilidade dos combinação adequada de resultados (indicadores de
funcionários; lealdade dos clientes; bancos de dados ocorrências) e impulsionadores de desempenho
e sistemas” (KAPLAN e NORTON, 1997). (indicadores de tendências) ajustados à estratégia da
unidade de negócios [organização]” (KAPLAN e
Pode-se descrever brevemente cada uma das três
NORTON, 1997).
perspectivas assim: a) do cliente: na qual são
identificados os segmentos de clientes e mercados A Figura 3 procura mostrar a dinâmica da
nos quais se competirá, e as medidas de ferramenta estabelecida, por meio de suas relações
desempenho nesses segmentos-alvo, além das de causa e efeito ao longo de suas perspectivas, em
medidas específicas de criação de valor aos clientes; meio a hipóteses do tipo “se-então”:
b) dos processos internos: na qual são identificados
Perspectivas:
Financeira
ROCE
se-então
se-então
Pontualidade das
Entregas
se-então
Capacidade dos
Funcionários
ações e incrementos nos processos críticos não organização): controlar a estratégia, experimentar a
possibilitem ganhos financeiros a longo prazo fica estratégia e adaptar a estratégia. “Um último
evidente que se trata de uma melhoria apenas tático- elemento (...) deve ser acrescentado para que se
operacional, não estratégica ( KAPLAN e obtenha um sistema completo de gestão estratégica:
NORTON, 1997). um processo de feedback, análise e reflexão que
teste e adapte a estratégia às condições emergentes”
KAPLAN e NORTON (1997) orientam para que
(KAPLAN e NORTON, 1997).
o BSC seja empregado juntamente com processos
gerenciais que permitam um aprendizado em dois No passado, as reuniões tinham como foco o
níveis (análise operacional e revisão estratégica), resultado dos números financeiros, com base no
por meio de uma análise de dados sobre a estratégia orçamento. Mas com a adoção do BSC o foco passa
que possibilite uma reflexão sobre esta e da busca a ser a estratégia, o que estimula os gerentes a
de idéias sobre novas oportunidades e direções conceberem ações para implementar a estratégia
estratégicas nos setores da organização. (KAPLAN e NORTON, 2000a).
KAPLAN e NORTON (2000a) identificam dois Os autores listam ainda três ingredientes
tipos de processos nas organizações: gestão da essenciais ao aprendizado estratégico (KAPLAN e
estratégia e gestão das operações. NORTON, 1997):
Na gestão das operações, os gerentes basicamente a) Visão estratégica estruturada e compartilhada,
comparam o previsto com o realizado, tendo o que permita aos empregados perceberem como
orçamento como ferramenta e adotando ações suas atividades contribuem para a realização
corretivas – o foco são as atividades operacionais (implementação) da estratégia global;
(curto prazo) e não a implementação da estratégia
b) Um processo de feedback que por meio da
(longo prazo) (KAPLAN e NORTON, 2000a).
análise de dados possibilite testar as hipóteses
Mas o BSC possibilita um novo tipo de processo, sobre a estratégia;
o “loop duplo”, que integra a gestão operacional à
c) Um processo de busca de soluções em equipe,
gestão estratégica. Os relatórios fornecidos pelo
que adapte a estratégia às contingências do
BSC permitem monitorar o progresso relativo à
mercado.
estratégia e a alocação das ações corretivas, quando
estas são necessárias. O BSC atua como elemento Dada a capacidade de comunicação do BSC e o
central de coesão – como “catalisador” (NEVES e papel que os gerentes devem desempenhar com a
PALMEIRA FILHO, 2002) –, conectando o sua adoção, deve-se situá-lo no processo estratégico
processo de controle operacional com o processo de conforme esboço anteriormente mostrado na Figura
controle e aprendizado, e monitorando a estratégia 1.
(KAPLAN e NORTON, 2000a). No contexto mostrado pela Figura 4, deve-se
Os gerentes não podem restringir-se a perceber que o gerenciamento estratégico com o uso
acompanhar indicadores para atestar se alcançaram do BSC fornece à organização a oportunidade para
ou não as metas estabelecidas; devem ser capazes reavaliação e teste de sua estratégia, possibilitando-
também de questionar a validade da estratégia: “As lhe o realinhamento e ajustes dos processos críticos
premissas que se distendem para alcançar o alto de negócio (“loop duplo”), que culminarão em
desempenho (...) necessitam de feedback para a “novas providências”, oriundas das “decisões
identificação e correção de estratégias não internas” que tiveram esse framework (sistema de
rentáveis” (KAPLAN e NORTON, 2000a). gestão estratégica) como facilitador, para responder
às contingências do mercado.
KAPLAN e NORTON (2000a) afirmam que os
gerentes precisam desempenhar novas funções em
suas reuniões (sobre estratégia e desempenho da
Rodando
o PE Eventos
externos
comunicação e
entendimento Decisões
internas
Sistema de
gestão
estratégica Análise operacional,
feedback, teste de
hipóteses, novas soluções
Aprendizado Estratégico
O BSC interfere nas decisões internas – na feedback sobre ela – e fortalece o processo
verdade, contribui –, uma vez que sua estrutura decisório, permitindo que a organização fortaleça
lógica torna explícitos aos tomadores de decisão seu processo estratégico e implemente sua estratégia
quais são os fatores críticos na implementação e com mais eficácia.
como esses fatores se comportam ao serem
influenciados por suas decisões. 6. CONCLUSÃO
O BSC ajuda os gerentes a compreenderem
muitas interconexões dentro da organização. Essa A capacidade de comunicar, traduzindo a
compreensão contribui para a transposição de estratégia em objetivos e indicadores estratégicos, é
barreiras funcionais, proporcionando melhorias no o grande trunfo do BSC. Uma vez concebida a
processo decisório (KAPLAN e NORTON, 2000b). estratégia, o BSC pode trazer ganhos para os
processos de gestão da organização, como: 1)
Dessa forma, a ferramenta traz o aprendizado melhoria do processo decisório; 2) explicitação dos
estratégico para a organização, uma vez que lhe processos críticos do negócio; 3) um melhor
oferece uma estrutura lógica capaz de fazer com que processo de execução da estratégia; 4) uma
seus executivos percebam quais os fatores críticos estrutura lógica em que a organização pode testar
de sucesso na implementação da estratégia, suas estratégias (enquanto hipóteses); 5) a
explicita a dinâmica da estratégia – fornecendo derrubada de barreiras funcionais, pondo em foco o
que é para ser feito; 6) o gerenciamento de ativos tomada de decisão e o sucesso da implementação da
intangíveis; 7) consenso entre os executivos sobre estratégia, porém, permanecem como
clientes-alvo e segmentos-alvo (perspectiva de responsabilidade e competência dos executivos,
clientes) (KAPLAN e NORTON, 1997); 8) cabendo ao BSC somente o papel de facilitador
processos internos novos nos quais a organização (como ferramenta de apoio) no processo.
deve buscar a excelência (KAPLAN e NORTON,
O BSC, de fato, não será decisivo para o sucesso
1997); 9) a explicitação de motivos para
de uma organização, nem tampouco o garantirá.
investimentos na capacitação dos empregados, em
Atuando como gerenciador da estratégia, ele
tecnologia e sistemas de informações, e na melhoria
facilitará sua implementação, mas as características
de procedimentos organizacionais (KAPLAN e
de competitividade e efetividade são inerentes à
NORTON, 1997). Além desses possíveis ganhos,
estratégia e são fruto da capacidade de concepção,
deve-se fazer menção aos processos críticos
análise e empreendedorismo de seus executivos. A
apontados por KAPLAN e NORTON (1997), como
ferramenta é um facilitador, um centralizador das
aqueles em que as organizações que implantaram o
implicações das decisões nos negócios.
BSC têm obtido sucesso: a) esclarecer e traduzir a
visão e a estratégia; b) comunicar e associar
objetivos e medidas estratégicas; c) planejar, 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas;
d) melhorar o feedback e o aprendizado. BETHLEM, A. Estratégia empresarial: conceitos,
processo e administração estratégica. 4. ed. São
A ferramenta gerencial – Balanced Scorecard – Paulo: Atlas, 2002.
oferecida por KAPLAN e NORTON (1997) não é,
de fato, uma inovação, mas um aperfeiçoamento de ECCLES, R. G. Manifesto da mensuração do
práticas e ferramentas gerenciais já empregadas – o desempenho. Rio de Janeiro: Campus, 2000. (Série
próprio Tableau de Bord oferecia uma estrutura de Harvard Business Review)
causa e efeito orientada pela visão e missão, o MBO
procurava o alinhamento organizacional, o FERNANDES, A. da C. Scorecard dinâmico – em
Gerenciamento pelas Diretrizes procurava direção à integração da dinâmica de sistemas com
desenvolver o aprendizado na organização, embora o Balanced Scorecard. Tese (Doutorado em
não estratégico. Engenharia de Produção) – Coordenação dos
Em suma, o que o BSC faz é destacar os pontos Programas de Pós-graduação de Engenharia da
mais importantes e que precisam de maior atenção Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de
na organização. O BSC não somente envia a Janeiro: UFRJ, 2003.
mensagem da estratégia pirâmide abaixo, mas
também indica a todos o que é para ser feito e FISCHMANN, A.; ALMEIDA, M. I. R.
demonstra suas implicações. O que o BSC faz, de Planejamento estratégico na prática. São Paulo:
fato, é mostrar para a organização que existe uma Editora Atlas, 1991.
estratégia, trazendo-a para o foco de todos – o que
permite melhor alocação de recursos e arranjo de JULIO, C. A.; SAIBI NETO, J. (Orgs.). Estratégia
atividades – e, ainda, dando-lhe uma arquitetura e planejamento: autores e conceitos
lógica (relação de causa e efeito) para que a imprescindíveis. São Paulo: Publifolha, 2002.
organização saiba exatamente as conseqüências de
suas decisões e possa criar de um sistema de gestão KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em
estratégica para testar as hipóteses sobre a ação: Balanced Scorecard. Tradução de Luiz
estratégia. Euclydes Trindade Frazão Filho. 13.ed. Rio de
Janeiro: Campus, 1997.
Por fim, deve-se dizer, pela exposição feita, que o
BSC age como uma “ferramenta catalisadora” _____. Organização orientada para a estratégia:
(NEVES e PALMEIRA FILHO, 2002) que como as empresas que adotaram o Balanced
contribui para o processo estratégico, permitindo Scorecard prosperam no novo ambiente de
aos tomadores de decisão concentrarem-se nos negócios. Tradução de Afonso Celso da Cunha
processos críticos que regem seus negócios. A Serra. 4.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000a.