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Odontologia Pré-Clínica III
Acesso e odontometria em manequim de canais birradiculares
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Nesta webaula, será abordado como realizar o acesso em canais birradiculares. Para isso, é importante
conhecer a anatomia dos pré-molares, de forma que o tratamento se torne o mais previsível possível.
Para iniciar o tratamento endodôntico dos pré-molares, assim como nos dentes anteriores, é importante
conhecer a localização do ponto de eleição, a forma de contorno e conveniência que irão orientar a abertura
coronária para, posteriormente, iniciar-se a instrumentação dos canais.
Outra fase importante que irá determinar o comprimento com que deverá ocorrer a instrumentação é a
fase da odontometria, que deve ser auxiliada pela técnica radiográfica de Clark, a qual tem como
propósito dissociar as raízes para que o tratamento contemple o comprimento real de trabalho de cada
raiz.
Em algumas situações, pode haver dois ou três canais separados ou unindo-se em alguma região. Na presença
de dois canais unindo-se na porção apical, é recomendando realizar o acesso, instrumentação e obturação
pelo canal palatino, pois de forma geral permite alcançar o ápice de forma linear.
A ordem do tratamento endodôntico deve ser feita seguindo o estabelecido pelo diagnóstico que envolve a
radiografia, anamnese e exames clínicos. Após isso, é feita a abertura coronária, o preparo biomecânico,
quando necessário pode-se usar o curativo de demora e, por fim, é feita a obturação do canal.
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Fonte: adaptada de Garg e Garg (2010).
Para iniciar a abertura coronária deve-se lembrar de alguns conceitos listados a seguir:
Ponto de eleição
O ponto de eleição é a região escolhida para iniciar a abertura coronária e é determinado de acordo com
o grupo de dentes que será trabalhado.
Forma de contorno
A forma de contorno é a etapa em que será removido o teto da câmara pulpar e serão preparadas as
suas paredes.
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Forma de conveniência
A forma de conveniência é o momento em que são removidas interferências que impossibilitem o acesso
dos instrumentos aos canais, diminuindo assim os riscos de intercorrências durante as etapas
subsequentes.
Nos pré-molares superiores, o ponto de eleição deve ser no centro da face oclusal, utilizando as brocas 1014,
1014 HL (haste longa) e 1558. A forma de contorno deve ser ovoide, sendo mais larga no sentido
vestibulolingual, removendo o teto da câmara pulpar com a broca Endo Z, 3082 ou 3083, e a direção de
trepanação deve ser vertical. Seu formato de conveniência deve ser expulsivo para ter acesso direto ao canal.
Os pré-molares inferiores devem ter o ponto de eleição para a abertura coronária na região mesial da face
oclusal, com sua forma de contorno ovoide ou circular.
Após algumas etapas baseado no que foi visto até aqui, pode-se iniciar a odontometria, que consiste em
encontrar o comprimento real de trabalho para realizar a instrumentação e obturação do canal.
Os pré-molares podem ter mais de uma raiz; sendo assim, para identificar e conseguir instrumentar os canais,
é importante conhecer as características de cada canal.
A técnica de dissociação de Clark tem como objetivo dissociar as raízes, auxiliando a localizar as raízes, canais,
e identificar se há perfuração e dilacerações na região.
Para conseguir realizar a dissociação, o profissional deve efetuar duas radiografias da mesma área. Uma
das radiografias é feita de forma convencional e a outra deve ser feita movimentando o ângulo horizontal
em -20º.
Reflita
É importante lembrar que esse processo deve ser feito em todos os canais e é possível utilizar a odontometria
eletrônica, que irá diminuir as radiações provenientes das tomadas radiográficas e agilizar esse momento do
tratamento endodôntico.
Com isso, as etapas de abertura coronária e odontometria estão concluídas, podendo-se seguir para a
instrumentação, obturação e restauração definitiva.
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