Colégio Estadual Monsenhor Turíbio Vilanova
Professora: Maria Helena Laranjeira
Disciplina: História e Cultura Indígena, Africana e Afro-brasileira
e Estação do Saber VII
Turma: 1º ano proei B
Turno: Integral
Discentes: Ana Luiza Alves dos Santos e João Vitor Sousa Nunes
Organização Política,
Social e Econômica dos
Reinos e Sociedades
Sociedade Africana Pré Colonial
Antigo Egito – 3200 a.C. – 30 d.C
A região do Vale do Rio Nilo era
dividia em dois diferentes reinos: o
reino do Alto Egito e o reino do
Baixo Egito, esses reinos foram
unificados pelo rei Menés que se
tornou o primeiro Faraó do Egito
Antigo. Nesse mesmo período
ocorreu a construção das
conhecidas pirâmides de Gizé,
A unificação do rei Menés e as Pirâmides de
Gizé: dois fatos que marcam o Antigo Império.
atribuídas à ação dos faraós
Quéfren, Quéops e Miquerinos.
Reino Punte
O Reino de Punte era um dos
entrepostos comerciais de artigos de
luxo mais importantes para os
antigos egípcios. Os hieróglifos da
época mostram que a primeira
expedição à Terra de Deus, como era
chamado pelos marinheiros,
remonta ao ano 2500 a.C. e foi
ordenada pelo faraó Sahura.
Os pesquisadores concordam que a navegação de longa distância
entre o Egito e Punte foi um marco importante na história da
humanidade porque impulsionou a evolução da tecnologia
marítima. “O comércio de artigos exóticos de luxo, incluindo os
babuínos, foi o motor das primeiras inovações náuticas”.
Um dos crânios de babuíno de 3.300 anos de idade que
ajudaram a determinar a localização do Reino de Punte
Reino Kush/ cuxe – 2000 a.C. – 350 d.C
O Reino de Cuxe, também conhecido
como Antiga Núbia. Existiu,
aproximadamente, entre 2.000 a.C. e
350 d.C. Teve início na região sudeste
do continente africano, mais
especificamente nos planaltos da
Núbia (atual Sudão). Por possuir uma
grande quantidade de minas de ouro,
muitos chamavam a região
Estátuas dos faraós negros da 25ª dinastia, de nuba (nub significa ouro na escrita
de origem Núbia. hieroglífica; assim, núbia significa
algo como terra do ouro).
Cartago - 814 a.C. – 146 d.C
Cartago (em fenício Qart-ḥadašt) cujo nome significa "Nova Cidade", foi
uma grande cidade da antiguidade, se originou como uma colônia fenícia
no norte da África no ano de 814 a.C., localizada a leste de onde é hoje o
lago de Túnis, onde é hoje uma
estação arqueológica e turística
(patrimônio mundial pela
UNESCO) em um bairro da cidade
de Túnis, na Tunísia. Cartago era o
centro comercial mais importante
do Mediterrâneo Antigo e uma das
cidades mais ricas do mundo
clássico.
Cultura Nok – 900 a.C. – 200 d.C
A cultura Nok floresceu no território da atual Nigéria por volta de 900 a.C.
É a sociedade mais antiga conhecida da África Ocidental. Recebeu esse
nome pois os primeiros sítios arqueológicos foram escavados na moderna
cidade nigeriana de Nok. A cultura se destaca por suas esculturas únicas e
o trabalho em ferro.
As esculturas Nok de figuras
humanas caracterizam-se por olhos
ovais ou triangulares, pupilas,
narinas e boca marcadas por um
furo e cabelos presos em um coque.
Império Axum / Aksum (séc. I d.C.-VIII d.C.)
A cidade de Axum foi fundada por volta de 100
d.C. ao norte da atual Etiópia por sabeus vindos
do sul da Arábia. Expandiu-se desde então e, no
século IV, atingiu seu apogeu tornando-se um dos
estados mais poderosos da região entre o
Império Romano do Oriente e a Pérsia.
Controlava o sul do Egito e parte da Arábia até o
Iêmen. Os axumitas desenvolveram sua própria
escrita conhecida como Ge’ez (ainda hoje usada
pela Igreja Ortodoxa Etíope). Cunhavam sua
própria moeda (de ouro, prata e bronze), que
circulou entre os séculos III e VII.
Império de Gana (séc. IV a XIII)
Gana, fundada pelo povo soninquê, foi
o primeiro grande reino do Sahel
(região africana entre o deserto e as
savanas). Ocupava partes dos atuais
territórios de Mali e Mauritânia, no
oeste da África. A soberania do ghana
exercia-se sobre os homens e não
sobre a terra. Seu título não se fundava
na soberania territorial e é possível
Gana foi o primeiro grande reino do Sahel que o estado nem tivesse nome, sendo
(região africana entre o deserto e as conhecido como os “domínios do
savanas).
ghana”.
Império Mali (séc. XIII-XVI)
O Império Mali foi fundado por
Sundiata Keita, “o príncipe leão”, herói
do povo mandinga. Liderando
numerosos guerreiros, ele submeteu
diversos povos além dos mandingas,
como os soniquês, fulas, dogons, sossos
e bozos. A Batalha de Quirina (1235)
marcou a fundação do Estado unificado
de Mali formado por diversos povos
aparentados que viviam na região entre
Kanku Musa, imperador do Mali segurando o rio Senegal e o rio Níger.
uma bola de ouro.
Império Songhai (séc. XV-XVI)
O chefe songhai Ali Ber (1464-1493) rebelou-se, libertou seu povo e
liderou-o para tomar Tombuctu e Djené – importantes cidades
muçulmanas e portas de entrada do comércio transaariano. Ali tomou
para si o título de soni , fundou uma nova dinastia e o Império Songhai.
Soni Ali, o chefe songhai, destacou-
se como um dos grandes reis
guerreiros da História.
Benim (séc. XII-XIX)
Benin foi um cidade-estado de
população edo, povo aparentado dos
iorubás, estabelecida em uma área que
hoje faz parte da Nigéria. A cidade foi
fundada no século XII por um príncipe
iorubá vindo de Ifé, a cidade sagrada,
que pôs fim ao estado de anarquia em
que os edos se encontravam destacou-
se como um dos maiores centros
Reconstituição artística mostrando o oba mercantis da região do Golfo da Guiné
de Benim e, ao fundo, a cidade de Benim. e importante centro fornecedor de
escravos para a América.
Confederação Axante / Ashanti (séc. XVII-XIX)
Os axantes fundaram a cidade de Kumasi, ainda hoje existente, na região da
atual Gana. A região era ponto de encontro das rotas de comércio de ouro e
noz-de-cola. O chefe de Kumasi foi reconhecido como chefe dos axantes e
assumiu o título de asanteene.
Ele deu início a uma política de
aliança com os povos vizinhos,
unindo estados autônomos que
continuaram mantendo um
amplo grau de independência.
Reino de Daomé / Abomé (séc. XVII – XIX)
O Reino do Daomé, berço da atual República
do Benim, Agadja (1708-1740), o quinto rei
do Daomé, iniciou uma significativa
expansão territorial do reino conquistando
os reinos vizinhos de Aladá, Ajudá (ou
Ouidah) e Popó. Explorando o tráfico de
escravizados, o Daomé tornou-se uma
potência regional tornando-se, no século
XVIII, o grande fornecedor de africanos
cativos para os holandeses, franceses e
ingleses na costa ocidental da África que
ficou conhecida como “Costa dos Escravos”.
Reino do Congo (séc. XV – XVII)
O reino do Congo foi fundado pelos
bantos onde hoje é Angola, parte da
República do Congo, da Repúblia
Democrática do Congo e do Gabão. Na
segunda metade do século XV, o Congo
era o maior Estado do oeste da África
central com um exército numeroso e
uma rede de estados menores
tributários.
Rei do Congo recebendo representantes
europeus no século XVII
Grande Zimbábue (séc. IX – XV)
Grande Zimbábue é o nome de uma
enorme cidade de pedra construída
nas colinas do sudeste do atual
Zimbábue, possivelmente pelos shonas
(ou xonas). Era um centro de comércio
de ouro e marfim ligado a Quíloa. A
descoberta de peças de cerâmica
chinesa, vidro árabe e tecidos
europeus são evidências desse rede
comercial. A influência do Grande
Reconstituição artística do Grande
Zimbábue. Zimbábue foi transferida para o reino
de Monomopata.
Reino de Monomopata (séc. XV – XVIII)
O Império Monomopata ou Mutapa
estendia-se desde os rios Limpopo e
Zambeze, até à costa do Oceano Índico
ocupando parte dos atuais Zimbábue e
Moçambique. Este Estado africano
possuía ricas minas de ouro e
controlava a metalurgia do ferro e
ouro. Seu rei era chamado muene, que
significa príncipe ou senhor. A
aglutinação do título muene mutapa,
Império Monomotapa em 1635
“senhor das minas”, deu nome ao reino
de Monomopata.