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Ol 2024 Auto Da Compadecida

A prova de literatura sobre 'Auto da Compadecida' foi aplicada em 12/11/2024 e possui duração de 1 hora, com questões de múltipla escolha e verdadeiro ou falso. Os participantes devem responder com base no texto da peça e não podem retornar para alterar respostas após o término. A pontuação máxima é de 1000 pontos e será enviada por e-mail após a conclusão da prova.

Enviado por

mozovo1626
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Ol 2024 Auto Da Compadecida

A prova de literatura sobre 'Auto da Compadecida' foi aplicada em 12/11/2024 e possui duração de 1 hora, com questões de múltipla escolha e verdadeiro ou falso. Os participantes devem responder com base no texto da peça e não podem retornar para alterar respostas após o término. A pontuação máxima é de 1000 pontos e será enviada por e-mail após a conclusão da prova.

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Prova

Sênior 13: Auto da Compadecida

* Prova aplicada no dia 12/11/2024, pelo site www.olimpiadadeliteratura.com .

INSTRUÇÕES INICIAIS

Prezado(a) competidor(a), leia atentamente as instruções abaixo:

1 - A prova tem duração de 1h (uma hora). Terminado o tempo, a prova será interrompida e
enviada automaticamente à Comissão Organizadora da OL, que avaliará apenas as questões
respondidas.

2 - Você tem apenas 1 (uma) tentativa. Depois de terminar a prova, não é possível retornar a ela
e fazeralterações.

3 - A prova é individual e só poderá ser respondida pela pessoa inscrita, sob pena de
desclassificação dacompetição e banimento das competições futuras.

4. Há questões de múltipla escolha, associação e verdadeiro ou falso. Todas as questões têm uma
únicaresposta correta.

5 - A pontuação que você obtiver nesta prova será enviada por e-mail logo que você responder a
todas as questões ou que o tempo de prova terminar.

6 - A pontuação máxima desta prova é de 1000 (mil) pontos.

7 - Para responder às questões desta prova, você deve levar em conta apenas o enunciado das
questões e o livro Auto da Compadecida.

Boa Prova!
(+25) O que a mulher do padeiro esperava obter do padre?

O batizado de seu filho.

Uma benção para seu casamento.

Uma benção para seu comércio.

Uma benção para o seu cachorro.

A absolvição completa de seus pecados.

(+25) O que o major Antônio de Moraes queria com o padre?

Obter uma benção para o seu cachorro.

Obter uma benção para sua fazenda.

Obter uma benção para seu filho.

Fazer uma substancial doação para a igreja.

Marcar uma reunião com o bispo.

(+25) Como ele ficou depois de conversar com o padre?

Triste.

Revoltado.

Esperançoso.

Humilhado.

Agradecido.
(+25) O que mudou a opinião do padre e do sacristão sobre determinado enterro?

Uma pregação.

Uma oração.

Uma ameaça.

Um testamento.

Uma cena.

(+25) O que pode ser dito a respeito da mulher do padeiro?

Era uma católica exemplar.

Era uma católica exemplar.

Era infiel ao marido.

Era violenta para com os filhos.

Mimava muito seus filhos.

(+25) Por que, mesmo tendo Jesus a sua frente, João Grilo clamou a Nossa Senhora, a Compadecida,
por ajuda e misericórdia?

Porque Jesus não é humano e, logo, não entende tão bem as necessidades humanas.

Porque João se sentia mais próximo de Nossa Senhora.

Porque ele só conhecia Nossa Senhora.

Porque Jesus, sendo somente humano, não teria o poder de ajudá-lo.

Porque Jesus já o tinha condenado definitivamente.


(+25) Qual das opções abaixo melhor descreve a relação entre o Major Antônio Moraes e o Padre?

O Major sente profundo respeito e admiração pela autoridade religiosa do Padre e faz de tudo
para agradá-lo.

O Major, por puro medo de ir para o inferno, acaba obedecendo ao Padre em tudo o que ele diz.

Os dois têm uma relação de rivalidade por causa de suas crenças, que diferem muito.

O Padre tem medo do Major por causa de sua posição social.

O Major tem grande autoridade sobre o Padre por causa de sua santidade.

(+25) No contexto da peça, o que é “descomer”?

Vomitar.

Defecar.

Comer demais.

Devolver o alimento.

Ser fiel.

(+25) Segundo João Grilo, o que sua gaita tinha o poder de fazer?

Criar dinheiro.

Fazer chover.

Ressuscitar.

Fazer as plantas crescerem muito rápido.

Matar.
(+96) Organize os acontecimentos na ordem em que apareceram na história.

Duas pessoas morrem com uma bala só.

Um animal é enterrado com orações em outra língua.

Para grande prejuízo financeiro próprio, duas pessoas decidem cumprir

uma promessa que uma delas havia feito

Um padre é tido como louco.

Alguém leva uma facada, mas não é ferido.

Alguém fica gravemente ferido por causa de uma facada.

Alguém ressuscita.

Um bispo morre.

Para cada afirmação abaixo, assinale verdadeiro ou falso.

(+15) O padeiro e a esposa eram excelentes patrões.

Verdadeiro.

Falso.

(+15) O cachorro da mulher do padeiro comia melhor do que João Grilo.

Verdadeiro.

Falso.

(+15) João Grilo era um covarde que nunca se envolveu em uma briga.

Verdadeiro.

Falso.
(+15) Todas as trapaças de João Grilo tiveram consequência leves, pouco sérias para os enganados.

Verdadeiro.

Falso.

(+15) Severino voluntariamente levou um tiro.

Verdadeiro.

Falso.

(+15) A peça pode ser considerada pessimista, pois todos os personagens são maus, de um modo ou de
outro – trapaceiros, mentirosos, assassinos, preguiçosos etc.

Verdadeiro.

Falso.

Qual é o fim de cada personagem ao término da peça: Céu, Inferno, Purgatório ou Terra?

(+8) Severino:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) O Cabra de Severino:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.
(+8) Padeiro.

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) A mulher do padeiro:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) Chicó:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) João Grilo:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.
(+8) Padre:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) Sacristão:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) Encouraçado:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.

(+8) Bispo:

Céu.

Inferno.

Purgatório.

Terra.
(+31) Que tipo de literatura mais claramente influenciou o Auto da Compadecida?

Poemas românticos intimistas.

Epopeias gregas.

Romances realistas.

Literatura de cordel.

Textos acadêmicos.

Para cada história abaixo marque se ela foi ou não contada por Chicó:

(+8) A história de um cavalo abençoado que conseguia correr por muito tempo sem cansar.

Sim.

Não.

(+8) A história de um leão que foi salvo por um pequeno ratinho.

Sim.

Não.

(+8) A história de um homem que foi pescado por um peixe.

Sim.

Não.

(+8) A história de uma princesa que beijou um príncipe e o transformou em sapo.

Sim.

Não.
(+8) A história de um dragão que trabalhava em uma padaria e economizava muita lenha.

Sim.

Não.

(+32) A fala a seguir é dita pelo palhaço que apresenta a peça.

“Auto da Compadecida! O ator que vai representar Manuel, isto é, Nosso Senhor Jesus Cristo, declara-se
também indigno de tão alto papel, mas não vem agora, porque sua aparição constituirá um grande efeito
teatral e o público seria privado desse elemento de surpresa.”

No desenrolar da peça, e com base na reação dos personagens, qual pode ter sido a surpresa à
qual o palhaço se refere?

A indignidade do ator.

A altura do ator.

A cor de pele do ator.

A majestade do ator.

A Inexistência do referido ator.


Leia a seguir um trecho do livro Histórias de Alexandre, de Graciliano Ramos. Assim como Chicó,
Alexandre conta histórias nas quais as pessoas às vezes não acreditam.

“A cascavel mexia-se com raiva chocalhando e preparando-se para armar novo bote. Tinha dado o
primeiro, de que falei, uma pancada aqui no pé direito. — ‘Os dentes não me alcançaram porque estou
bem calçado’, foi o que eu presumi. Saltei no chão e levantei o chicote, pois ali perto não havia pau nem
pedra. A miserável enrolava-se, os olhos redondos pregados em mim e a língua fora da boca. Zás!
Desmanchei-lhe a rodilha com uma chicotada. Tentou endireitar-se, estraguei-lhe os planos com o chicote
e fui batendo, batendo, até que, desanimada, ela meteu o rabo entre as pernas e botou-se devagarinho
para um monte de garranchos de coivara.

— Como é isso, seu Alexandre? perguntou o cego. A cascavel meteu o rabo entre as pernas? Cascavel
não tem pernas.

— Está claro que não tem, respondeu Alexandre. Quando a gente diz que uma criatura mete o rabo entre
as pernas, quer dizer que ela se encolhe, capionga, percebe? Foi o que se deu. Não é preciso um bicho ter
pernas para meter o rabo entre as pernas. Seu Firmino é pessoa de entendimento curto e não compreende
isto. A cascavel, que não tinha pernas, meteu o rabo entre as pernas e esgueirou-se para os garranchos e
folhas secas que havia junto da estrada.”

Agora leia um trecho da peça de Ariano Suassuna:

"CHICÓ

Foi no dia em que meu pirarucu morreu.

JOÃO GRILO

Seu pirarucu?

CHICÓ

Meu, é um modo de dizer, porque, para falar a verdade, acho que eu é que era dele.

Nunca lhe contei isso não?

JOÃO GRILO

Não, já ouvi falar de homem que tem peixe, mas de peixe que tem homem, é a primeira vez.

CHICÓ

Foi quando eu estive no Amazonas. Eu tinha amarrado a corda do arpão em redor do corpo, de modo que
estava com os braços sem movimento. Quando ferrei o bicho, ele deu um puxavante maior e eu caí no rio.

JOÃO GRILO

O bicho pescou você!...

CHICÓ

Exatamente, João, o bicho me pescou. Para encurtar a história, o pirarucu me arrastou rio acima três dias
e três noites.

JOÃO GRILO

Três dias e três noites? E você não sentia fome não, Chicó?

CHICÓ
Fome não, mas era uma vontade de fumar danada. E o engraçado foi que ele deixou para morrer bem na
entrada de uma vila, de modo que eu pudesse escapar. O enterro foi no outro dia e nunca mais esqueci o
que o padre disse, na beira da cova.

JOÃO GRILO

E como o avistaram da vila?

CHICÓ

Ah, eu levantei um braço e acenei, acenei, até que uma lavadeira me avistou e vieram me soltar.

JOÃO GRILO

E você não estava com os braços amarrados, Chicó?

CHICÓ

João, na hora do aperto, dá-se um jeito a tudo.

JOÃO GRILO

Mas que jeito você deu?

CHICÓ

Não sei, só sei que foi assim."

Compare os dois textos e marque se as afirmações se aplicam para a história de Chicó, para a
história de Alexandre, para ambas histórias ou para nenhuma delas.

(+12) A história parece muito difícil de se acreditar.

História de Chicó, apenas.

História de Alexandre, apenas.

Ambas.

Nenhuma.

(+12) Um interlocutor encontra o que pensa ser uma inconsistência na história.

História de Chicó, apenas.

História de Alexandre, apenas.

Ambas.

Nenhuma.
(+12) O narrador tem uma boa explicação para o que parece ser uma contradição em sua história.

História de Chicó, apenas.

História de Alexandre, apenas.

Ambas.

Nenhuma.

(+12) A consistência de sua história é salva pela explicação de um elemento linguístico.

História de Chicó, apenas.

História de Alexandre, apenas.

Ambas.

Nenhuma.

(+12) O narrador se retrata e altera sua história após sua mentira ser descoberta.

História de Chicó, apenas.

História de Alexandre, apenas.

Ambas.

Nenhuma.

(+12) Ao ser contestado, o narrador dá uma resposta que equivale a “porque sim” – ou seja, simplesmente
não explica nada.

História de Chicó, apenas.

História de Alexandre, apenas.

Ambas.

Nenhuma.
(+32) Na passagem abaixo, os dois personagens fazem referência ao enterro de um cachorro:

“JOÃO GRILO (gregoriano)

Não sei quê, não sei quê, defunctorum.

CHICÓ (mesmo tom)

Amém.”

O que pode ser dito da palavra “defunctorum” no trecho acima?

Não significa nada. Por isso, a expressão “não sei quê”.

É um termo científico usado para se referir a um cachorro.

É um termo do latim usado em cerimônias religiosas.

É uma palavra inventada por João Grilo para que pensem que fala uma língua desconhecida por
todos os outros personagens.

Refere-se a um tipo de música cantada pelos repentistas do sertão.

(+32) Leia a oração Ave Maria e então responda: segundo João Grilo, qual parte da oração deverá ser
modificada quando a alma chegar ao dia de seu julgamento?

Ave Maria, cheia de graça,

o Senhor é convosco,

bendita sois vós entre as mulheres

e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus,

rogai por nós, pecadores,

agora e na hora da nossa morte. Amém.

"convosco"

"rogai"

"nós"

"e na"

"morte"
Ligue a cada defesa apresentada o personagem correspondente:

(+12) Foi instrumento da ira divina.

Severino.

Padeiro.

Mulher do padeiro.

João Grilo.

Encouraçado.

Bispo.

(+12) Deu o perdão a quem o havia magoado.

Severino.

Padeiro.

Mulher do padeiro.

João Grilo.

Encouraçado.

Bispo.

(+12) Era muito trabalhador.

Severino.

Padeiro.

Mulher do padeiro.

João Grilo.

Encouraçado.

Bispo.
(+36) Leia a seguir alguns trechos tirados da Odisséia, de Homero. Neles, ficamos sabendo da
aventura que Odisseu e seus companheiros tiveram ao encontrar o ciclope Polifemo, um gigante
de um olho só que os prende em sua caverna (no texto: furna) com o plano de devorá-los.

“‘Pois bem, Ciclope, perguntas-me o nome famoso? Dizer-to

vou; mas a ti cumpre dar-me o presente a que há pouco aludiste.

Ei-lo: Ninguém é o meu nome; Ninguém costumavam chamar-me

não só meus pais, como os mais companheiros que vivem comigo.’

“Isso lhe disse; ele, logo, me torna com ânimo duro:

‘Pois de Ninguém farei o último almoço, depois da companha;

todos os outros primeiro; esse o grande presente aludido.’

[...]

Mas, quando o pau de oliveira, apesar de ser verde, se achava

quase no ponto de em chamas arder, e ficara brilhante,

rapidamente do fogo o tirei; ao redor se postaram

meus companheiros; coragem nos deu qualquer grande demônio.

Eles, então, levantaram o pau, cuja ponta afilada

no olho do monstro empurraram; por trás, apoiando-me nele,

fi-lo girar, como fura com trado uma viga de nave

o carpinteiro, enquanto outros, em cima, as correias manobram

de ambos os lados; o trado não cessa de à roda mover-se:

dessa maneira virávamos todos o pau incendiado

no olho redondo, escorrendo-lhe à volta fervente sangueira.

[...]

Em altos brados, então, chama os outros Ciclopes, que em grutas

da redondeza habitavam, nos cimos por ventos batidos.

Estes lhe ouviram os gritos, correndo de todos os lados.

Postos em roda da furna, perguntam de que se queixava:

“‘Ó Polifemo, que coisa te faz soltar gritos tão grandes

na noite santa, o que tanto a nós todos o sono perturba?

Mau grado teu, porventura, algum homem te pilha o rebanho?

Mata-te alguém, ou com uso de força ou por meio de astúcia?’

“De dentro mesmo da furna lhes diz Polifemo fortíssimo:

‘Dolosamente Ninguém quer matar-me; sem uso de força.’

“Eles, então, em resposta, as aladas palavras disseram:


‘Se ninguém, pois, te forçou, e te encontras aí dentro sozinho,

meio não há de evitar as doenças que Zeus nos envia.

Pede, portanto, socorro a Posido, teu pai poderoso.’

“Isso disseram e foram-se logo dali. Ri-me no íntimo,

por ver que o ardil excelente do nome alcançara o objetivo.”

Qual é o ardil referido por Odisseu no último verso da passagem?

Fazer com que os interlocutores tenham em mente algo diferente ao usar a mesma palavra.

Amedrontar tanto o adversário que este não consiga pedir socorro.

Causar tanta dor ao inimigo que ele se confunda na hora de pedir socorro.

Fazer com que o interlocutor do inimigo não se importe com a dor e necessidade do outro.

Fazer que quem escuta o pedido de ajuda se ria do estado de quem está pedindo.

(+32) Levando em conta sua resposta à questão acima e que algo parecido aconteceu no Auto da
Compadecida, responda: no ardil de João Grilo, que palavra faz a mesma coisa que a palavra
“ninguém” faz no trecho da questão anterior?

"Padre".

"Maldade".

"Cachorro".

"Coronel".

"Morte".
(+36) Leia a seguir a passagem bíblica que está no Evangelho Segundo São Mateus, capítulo 23,
versículos 27 e 28:

“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem
formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão.

Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de
hipocrisia e de iniquidade.”

A qual dos personagens os versículos acima poderiam ser melhor dirigidos?

Ao bispo, pois embora tenha a dignidade exterior de um líder religioso, é mentiroso e ladrão e,
por isso, não é obedecido por ninguém. Ele é ignorado como os escribas da passagem bíblica,
que perderam todos seus seguidores por causa das palavras de verdade de Cristo.

Ao sacristão, pois mesmo sendo a pessoa de maior posição na hierarquia religiosa dos
personagens, é mesquinho e injusto. Ele é como um escriba, que se aproveita de sua posição de
destaque para guiar o destino do próximo de modo a ganhar algo com ele.

A Severino, que cheio de hipocrisia e iniquidade faz o mal tentando manter a aparência do bem.
Como os escribas mencionados na passagem, Severino certamente receberá a punição por pôr
a perder a vida de muitos que cruzaram seu caminho.

Ao Encouraçado, pois, embora afirme que esteja buscando a justiça, suas intenções são más.
Como os escribas da passagem bíblica, o discurso do Encouraçado parece estar preocupado
com a retidão, seu coração, no entanto, é cheio de ódio.

A João Grilo, pois tenta enganar todos, que sempre acabam acreditando que ele é nobre e bom.
Como um escriba, João manipula os que estão à sua volta com palavras enganosas e história
que inventa para o próprio proveito.

Leia a seguir um trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

“Talvez suprima o capítulo anterior; entre outros motivos, há aí, nas últimas linhas, uma frase muito
parecida com despropósito, e eu não quero dar pasto à crítica do futuro.

Olhai: daqui a setenta anos, um sujeito magro, amarelo, grisalho, que não ama nenhuma outra coisa além
dos livros, inclina-se sobre a página anterior, a ver se lhe descobre o despropósito; lê, relê, treslê,
desengonça as palavras, saca uma sílaba, depois outra, mais outra, e as restantes, examina-as por dentro
e por fora, por todos os lados, contra a luz, espaneja-as, esfrega-as no joelho, lava-as, e nada. Fica
sempre o mesmo despropósito.”

Levando em conta o trecho acima e o texto de Ariano Suassuna, marque verdadeiro ou falso.
(+25) Nos dois textos, a obra relembra seu público que ela é uma ficção e até deixa explícito algo de sua
mecânica: em Machado os capítulos, em Suassuna, o cenário e o fato de que os personagens são atores.

Verdadeiro.

Falso.

(+25) Nos dois textos, o autor quer voltar atrás em algo que ele já produziu e, de fora da ficção, modificar
sua obra.

Verdadeiro.

Falso.

Marque a afirmação correta de acordo com as ideias apresentadas na peça.

(+12) Quanto à Jesus:

É somente Deus.

É somente Homem.

É homem e Deus ao mesmo tempo.

(+12) Quanto aos santos:

Eles não existem.

Eles existem, mas não podem ajudar o homem.

Eles existem e podem ajudar o homem.

(+12) Quanto ao destino depois do purgatório:

É o céu, necessariamente.

Pode ser o céu ou o inferno.

É o inferno, necessariamente.
(+12) Quanto aos merecimentos do homem:

As pessoas sempre merecem o céu.

As pessoas vão para o céu pela misericórdia divina, independentemente de suas ações.

As pessoas são julgadas pelas suas ações e ajudadas pela misericórdia divina.

(+32) A que tipo de público a peça é mais diretamente direcionada?

A apreciadores da arte moderna, com suas indagações em relação ao que é arte e a quais os
limites da ficção.

A críticos da Igreja Católica e de seus dogmas impostos aos fiéis, que têm seu senso crítico
entorpecido pelo discurso dogmático.

A intelectuais que estejam interessados nas questões filosóficas concernentes à fé.

A pessoas que estejam interessadas em uma diversão despretensiosa, embora trate de temas
eternos.

A pessoas simples que não levem a fé cristã a sério e queiram dar boas risadas.

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