CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
ATLANTIC
APROVADO POR VOSSA EXCELÊNCIA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MURPHY BALBOA A X DE X DE 2025.
REVISTO POR VOSSA EXCELÊNCIA O JUIZ PRESIDENTE X A X DE X DE 2025.
REVISTO E PROMULGADO EM CONSELHO DE JUÍZES.
Conteúdo
Título I. Da Lei Criminal
Capítulo I – Princípios Gerais
❖ Princípio da Legalidade
❖ Aplicação do Termo
❖ Momento da Prática do Facto
❖ Lugar da Prática do Facto
Título II. Do Facto
Capítulo I – Pressupostos da Punição
❖ Dolo e Negligência
❖ Dolo
❖ Negligência
❖ Erro sobre Circunstâncias de Facto
❖ Erro sobre a Ilicitude
❖ Causa provável
❖ Suspeita
❖ Agravação da Pena pelo Resultado
❖ Imputabilidade
Capítulo II – Formas do Crime
❖ Atos Preparatórios
❖ Conspiração
❖ Tentativa
❖ Punibilidade da Tentativa
❖ Desistência
❖ Autoria
❖ Cumplicidade
Capítulo III – Causas que Excluem a Ilicitude e a Culpa
❖ Exclusão de Ilicitude
❖ Legítima defesa
❖ Estado de Necessidade Desculpante
❖ Conflito de Deveres
❖ Obediência Indevida Desculpante
❖ Consentimento
Título III. Das Consequências Jurídicas do Facto
Capítulo I – Disposição Preliminar
❖ Finalidades das Penas e das Medidas de Segurança
Capítulo II – Penas
Secção I – Penas de Prisão, de multa e de proibição do exercício de profissão, função ou
atividade
❖ Duração e contagem dos prazos da pena de prisão
❖ Substituição da prisão por multa
Secção II – Liberdade condicional
❖ Pressupostos e duração
Capítulo III – Penas acessórias e efeitos das penas
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❖ Princípios Gerais
❖ Proibição do exercício de função
❖ Suspensão do exercício de função
❖ Proibição de conduzir veículos a motor
❖ Termos da proibição de conduzir veículos a motor
Capítulo IV – Escolha e Medida da Pena
Secção I – Regras Gerais
❖ Critério da Escolha de Pena
Secção II – Reincidência
❖ Reincidência
Título IV. Indemnização das perdas e danos por crime
❖ Indemnização do lesado
Título V. Crimes contra pessoas
Capítulo I – Crimes contra a vida
Artigo 1. Homicídio qualificado
Artigo 2. Homicídio a pedido da vítima
Artigo 3. Homicídio por negligência
Artigo 4. Tentativa de homicídio
Artigo 5. Homicídio privilegiado
Capítulo II – Dos crimes contra a integridade física
Artigo 6. Ofensa à integridade física simples
Artigo 7. Ofensa à integridade física grave
Artigo 8. Agravante pelo resultado
Artigo 9. Ofensa à integridade física por negligência
Artigo 10. Participação em rixa
Artigo 11. Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos
Capítulo III – Crimes contra a liberdade pessoal
Artigo 12. Ameaça
Artigo 13. Coação
Artigo 14. Perseguição
Artigo 15. Rapto
Artigo 16. Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos arbitrários
Capítulo IV – Crimes sexuais
Artigo 17. Assédio sexual
Capítulo VI – Crimes contra privacidade
Artigo 18. Violação de domicílio ou perturbação da vida privada
Artigo 19. Invasão de propriedade privada
Artigo 20. Difamação
Artigo 21. Violação da vida privada
Artigo 22. Violação de segredo
Capítulo VII – Crimes contra a segurança e saúde pública
Artigo 23. Posse de Estupefacientes
Artigo 24. Posse de equipamento ilegal e/ou para produção
de drogas
Artigo 25. Detenção de local para fins de distribuição
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Artigo 26. Produção de estupefacientes
Artigo 27. Tráfico de estupefacientes
Artigo 28. Jogos de sorte e azar
Título VI. Crimes contra o património
Capítulo I –Crimes contra propriedade
Artigo 29. Furto
Artigo 30. Assalto
Artigo 31. Dano
Artigo 32. Usurpação de coisa imóvel
Capítulo II – Crimes contra património em geral
Artigo 33. Burla
Artigo 34. Burla relativa a trabalho ou emprego
Artigo 35. Extorsão
Artigo 36. Infidelidade
Artigo 37. Usura
Capítulo III - Crimes contra direitos patrimoniais
Artigo 38. Insolvência dolosa
Título VII. Crimes contra a identidade cultural e integridade social
Capítulo I - Crimes contra a sociedade
Artigo 39. Incitamento à guerra
Artigo 40. Recrutamento de mercenários
Artigo 41. Genocídio
Artigo 42. Crimes de conflito armado contra civis
Artigo 43. Terrorismo
Artigo 44. Tortura
Artigo 45. Impedimento ou perturbação de funeral
Capítulo II - Crimes económicos, fiscais e de falsificação
Artigo 46. Branqueamento de capitais
Artigo 47. Enriquecimento ilícito
Artigo 48. Usurpação de Funções
Artigo 49. Falsa identificação
Artigo 50. Fraude
Artigo 51. Evasão fiscal
Artigo 52. Venda sem licença ou ilegal
Capítulo III – Peculato
Artigo 53. Peculato
Artigo 54. Participação económica em negócio
Capítulo IV – Crimes de perigo comum e contra a paz pública
Artigo 55. Incêndios e explosões
Artigo 56. Caça e pesca ilegal
Artigo 57. Omissão de auxílio
Artigo 58. Instigação pública a um crime
Artigo 59. Associação criminosa
Artigo 60. Participação em motim (desacatos públicos)
Artigo 61. Desobediência a ordem de dispersão de reunião pública
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Artigo 62. Ameaça com prática de crime
Título VIII. - Crimes contra o Estado
Capítulo I – Crimes contra a segurança do Estado
Artigo 63. Atentado contra membros do Governo
Artigo 64. Alteração violenta do Estado de direito
Artigo 65. Tráfico de influência
Artigo 66. Fraude em eleição
Capítulo II – Crimes contra a autoridade pública
Artigo 67. Resistência e coação
Artigo 68. Desobediência
Artigo 69. Falsas declarações
Artigo 70. Obstrução à justiça
Secção II – Tirada e evasão de presos e do não cumprimento de obrigações impostas
por sentença criminal
Artigo 71. Tirada de presos
Artigo 72. Negligência na guarda
Artigo 73. Fuga da cela
Artigo 74. Fuga de prisão
Artigo 75. Motim de presos
Capítulo III – Crimes contra a realização da justiça
Artigo 76. Perjúrio
Artigo 77. Suborno
Artigo 78. Negação de justiça e prevaricação
Artigo 79. Violação do segredo de justiça
Artigo 80. Desrespeito ao Tribunal
Artigo 81. Desrespeito às autoridades
Capítulo IV – Abusos de autoridade
Artigo 82. Extorsão por funcionário
Artigo 83. Recusa de cooperação
Artigo 84. Abuso de poder
Título IX. - Crimes de armas e equipamento
Capítulo I - Crimes de posse de armamento
Artigo 85. Posse de uma arma branca
Artigo 86. Posse de uma arma de fogo ilegal
Artigo 87. Venda não licenciada de armamento
Artigo 88. Posse de armamento em alta quantidade
Artigo 89. Fabrico/posse de material ou equipamento perigoso
Artigo 90. Uso indevido de arma
Título X. - Código da estrada
Princípios gerais
Capítulo I – Crimes rodoviários
Artigo 91. Conduzir sem licença
Artigo 92. Evitar um agente da autoridade
Artigo 93. Fuga às autoridades
Artigo 94. Acidente e fuga
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Artigo 95. Condução desordeira
Artigo 96. Operação imprudente de um avião/helicóptero
Artigo 97. Operação imprudente de um veículo off-road ou naval
Artigo 98. Corrida ilegal
Artigo 99. Culpabilidade por terceiro
Capítulo II - Leis da estrada
Artigo 100. Excessos de velocidade
Artigo 101. Falha no cumprimento do controle de tráfego
Artigo 102. Estacionamento não permitido e/ou abusivo
Artigo 103. Uso ilegal de hidráulica
Artigo 104. Veículos ilegais
Título XI. - Crimes empresariais
Artigo 105. Corrupção
Artigo 106. Evasão fiscal
Artigo 107. Gestão fraudulenta
Artigo 108. Branqueamento de capitais
Artigo 109. Falsificação ou contrafação de documento
Artigo 110. Obstrução à justiça
Artigo 111. Ausência de documentação empresarial
Artigo 112. Crime de especulação
Artigo 113. Violação do âmbito profissional
Artigo 114. Manipulação de mercado
Artigo 115. Abuso de informação privilegiada
Artigo 116. Política Imigratória
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➔ Crime contra funcionário do Governo
➔ Organizações criminosas
➔ Crimes com recurso a arma
➔ Licenciamentos
➔ Nulidades
➔ Licenciamentos de compra/venda materiais
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Título I. Da Lei Criminal
Capítulo I – Princípios Gerais
❖ Princípio da Legalidade
1. Só pode ser punido criminalmente o fato descrito e declarado passível de pena por
lei anterior ao momento da sua prática.
2. A medida de segurança só pode ser aplicada a estados de perigosidade cujos
pressupostos estejam fixados em lei anterior ao seu preenchimento.
3. Não é permitido o recurso à analogia para qualificar um facto como crime, definir um
estado de perigosidade ou determinar a pena ou medida de segurança que lhes
corresponde.
❖ Aplicação do Termo
1. As penas e as medidas de segurança são determinadas pela lei vigente no
momento da prática do fato ou do preenchimento dos pressupostos de que
dependem.
2. O facto punível segundo a lei vigente no momento da sua prática deixa de o ser
se uma lei nova o eliminar do número das infracções; neste caso, e se tiver
havido condenação, ainda que transitada em julgado, cessam a execução e os
seus efeitos penais.
3. Quando a lei valer para um determinado período, continua a ser punível o facto
praticado durante esse período.
4. Quando as disposições penais vigentes no momento da prática do facto punível
forem diferentes das estabelecidas em leis posteriores, é sempre aplicado o
regime que concretamente se mostrar mais favorável ao agente; se tiver havido
condenação, ainda que transitada em julgado, cessam a execução e os seus
efeitos penais logo que a parte da pena que se encontrar cumprida atinja o limite
máximo da pena prevista na lei posterior.
❖ Momento da Prática do Facto
1. O fato considera-se praticado no momento em que o agente atuou ou, no caso de
omissão, deveria ter atuado, independentemente do momento em que o resultado
típico se tenha produzido.
❖ Lugar da Prática do Facto
1. O facto considera-se praticado tanto no lugar em que, total ou parcialmente, e sob
qualquer forma de comparticipação, o agente actuou, ou, no caso de omissão, devia
ter actuado, como naquele em que o resultado típico ou o resultado não
compreendido no tipo de crime se tiver produzido.
2. No caso de tentativa, o fato considera-se igualmente praticado no lugar em que, de
acordo com a representação do agente, o resultado se deveria ter produzido.
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Título II. Do Facto
Capítulo I – Pressupostos da
Punição
❖ Dolo e Negligência
1. Só é punível o facto praticado com dolo ou, nos casos especialmente previstos na
lei, com negligência.
❖ Dolo
1. Age com dolo quem, representando um facto que preenche um tipo de crime, actuar
com intenção de o realizar.
2. Age ainda com dolo quem representar a realização de um facto que preenche um
tipo de crime como consequência necessária da sua conduta.
3. Quando a realização de um fato que preenche um tipo de crime for representada
como consequência possível da conduta, há dolo se o agente atuar conformando-se
com aquela realização.
❖ Negligência
1. Age com negligência quem, por não proceder com o cuidado a que, segundo as
circunstâncias, está obrigado e de que é capaz:
a) Representar como possível a realização de um facto que preenche um tipo
de crime mas atuar sem se conformar com essa realização;
b) b) Não chegar sequer a representar a possibilidade de realização do facto.
❖ Erro sobre Circunstâncias de Facto
1. O erro sobre elementos de fato ou de direito de um tipo de crime, ou sobre
proibições cujo conhecimento for razoavelmente indispensável para que o agente
possa tomar consciência da ilicitude do fato, exclui o dolo.
2. O preceituado no número anterior abrange o erro sobre um estado de coisas que, a
existir, excluiria a ilicitude do facto ou a culpa do agente.
3. Fica ressalvada a punibilidade da negligência nos termos gerais.
❖ Erro sobre a Ilicitude
1. Age sem culpa quem agir sem consciência da ilicitude do fato, se o erro lhe não for
censurável.
2. Se o erro lhe for censurável, o agente é punido com a pena aplicável ao crime
doloso respectivo, a qual pode ser especialmente atenuada.
❖ Causa provável
1. Os agentes da autoridade podem apreender provas de ilícitos
criminais quando em flagrante delito em qualquer circunstância desde
que os motivos que conduziram os agentes ao local sejam lícitos.
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2. A causa provável não é um conceito fechado e absolutamente
determinado, mas refere-se à premissa contínua de que um agente
tenha a intuição razoavelmente fundamentada, nomeadamente por
observar itens que por si não constituam crimes, mas que possam
indiciar esforços para o seu cometimento.
3. O erro na análise da causa provável determina a invalidade das provas
e procedimentos posteriormente desenvolvidos.
❖ Suspeita
1. A suspeita fundamentada de uma ação criminosa permite a um agente
conduzir um indivíduo à esquadra para interrogatório durante um prazo
máximo de 1 hora.
2. O agente pode efetuar revista pessoal ao suspeito para sua segurança.
3. O erro na aplicação do número do presente artigo determina a
invalidade das provas e procedimentos posteriormente desenvolvidos.
❖ Agravação da Pena pelo Resultado
1. Quando a pena aplicável a um facto for agravada em função da produção de um
resultado, a agravação é sempre condicionada pela possibilidade de imputação
desse resultado ao agente pelo menos a título de negligência.
❖ Imputabilidade
1. São imputáveis todas as pessoas maiores de 16 anos.
2. A responsabilidade dos menores de 16 anos recai sobre os seus tutores
legais. Se não existir tutores legais registados, a responsabilidade recai
sobre o Estado.
3. Os sujeitos jurídicos maiores de 15 anos e menores de 18 anos não
podem apresentar-se em processos criminais ou outros atos de natureza
criminal sem estarem representados por advogado.
4. Não é imputável àquele que, sob razões comprovadas, possua qualquer
tipo de anomalia física ou psicológica.
Capítulo II – Formas do Crime
❖ Atos Preparatórios
1. Os atos preparatórios não são puníveis, salvo disposição em contrário.
❖ Conspiração
1. Se duas ou mais pessoas conspirarem para cometer algum crime, para
acusar falsa e maliciosamente outra por qualquer crime, ou para
conseguir que outra seja acusada ou presa por qualquer crime, serão
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acusadas dos crimes para os quais efetuaram esforços de realização.
❖ Tentativa
1. Há tentativa quando o agente pratica atos de execução de um crime
que decidiu cometer, sem que este chegue a consumar-se.
❖ Punibilidade da Tentativa
1. A tentativa é punível com a pena aplicável ao crime consumado, especialmente
atenuada.
2. A tentativa não é punível quando for manifesta a inaptidão do meio empregado
pelo agente ou a inexistência do objeto essencial à consumação do crime.
❖ Desistência
1. A tentativa deixa de ser punível quando o agente voluntariamente desistir de
prosseguir na execução do crime, ou impedir a consumação, ou, não obstante a
consumação, impedir a verificação do resultado não compreendido no tipo de
crime.
2. Quando a consumação ou a verificação do resultado forem impedidas por fato
independente da conduta do desistente, a tentativa não é punível se este se
esforçar seriamente por evitar uma ou outra.
❖ Autoria
1. É punível como autor quem executar o facto, por si mesmo ou por intermédio de
outrem, ou tomar parte directa na sua execução, por acordo ou juntamente com
outro ou outros, e ainda quem, dolosamente, determinar outra pessoa à prática
do facto, desde que haja execução ou começo de execução.
❖ Cumplicidade
1. É punível como cúmplice quem, dolosamente e por qualquer forma, prestar
auxílio material ou moral à prática por outrem de um facto doloso.
2. É aplicável ao cúmplice a pena fixada para o autor, especialmente atenuada.
Capítulo III – Causas que
Excluem a Ilicitude e a Culpa
❖ Exclusão de Ilicitude
1. O facto não é punível quando a sua ilicitude for excluída pela ordem jurídica
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considerada na sua totalidade.
2. Nomeadamente, não é ilícito o facto praticado:
a) Em legítima defesa;
b) No exercício de um direito;
c) No cumprimento de um dever imposto por lei ou por ordem legítima da
autoridade;
d) Com o consentimento do titular do interesse jurídico lesado.
❖ Legítima defesa
1. Uma pessoa que por motivos credíveis considera ela, ou terceiros,
está em perigo de vida iminente de ser morta, gravemente ferida e
julga fundamentadamente que a força é necessária para prevenir esse
perigo não será responsável pelos crimes que resultem da sua ação.
2. Se houver excesso dos meios empregados em legítima defesa, o facto é ilícito
mas a pena pode ser especialmente atenuada.
❖ Estado de Necessidade Desculpante
1. Age sem culpa quem praticar um facto ilícito adequado a afastar um perigo
atual, e não removível de outro modo, que ameace a vida, a integridade física, a
honra ou a liberdade do agente ou de terceiro, quando não for razoável exigir-lhe,
segundo as circunstâncias do caso, comportamento diferente.
2. Se o perigo ameaçar interesses jurídicos diferentes dos referidos no número
anterior, e se verificarem os restantes pressupostos ali mencionados, pode a
pena ser especialmente atenuada ou, excecionalmente, o agente ser dispensado
de pena.
❖ Conflito de Deveres
1. Não é ilícito o fato de que, em caso de conflito no cumprimento de deveres
jurídicos ou de ordens legítimas da autoridade, satisfazer dever ou ordem de
valor igual ou superior ao do dever ou ordem que sacrificar.
2. O dever de obediência hierárquica cessa quando conduz à prática de um crime.
❖ Obediência Indevida Desculpante
1. Age sem culpa o funcionário que cumpre uma ordem sem conhecer que ela conduz
à prática de um crime, não sendo isso evidente no quadro das circunstâncias por
ele representadas.
❖ Consentimento
1. O consentimento pode ser expresso por qualquer meio que traduza uma vontade
séria, livre e esclarecida do titular do interesse juridicamente protegido, e pode ser
livremente revogado até à execução do facto.
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2. O consentimento só é eficaz se for prestado por quem possuir o discernimento
necessário para avaliar o seu sentido e alcance no momento em que o presta.
3. Se o consentimento não for conhecido do agente, este é punível com a pena
aplicável à tentativa.
Título III. Das Consequências Jurídicas do
Facto
Capítulo I – Disposição
Preliminar
❖ Finalidades das Penas e das Medidas de Segurança
1. A aplicação de penas e de medidas de segurança visa a proteção de bens jurídicos
e a reintegração do agente na sociedade.
2. Em caso algum a pena pode ultrapassar a medida da culpa.
3. A medida de segurança só pode ser aplicada se for proporcionada à gravidade do
fato e à perigosidade do agente.
Capítulo II – Penas
Secção I – Penas de Prisão, de multa e
de proibição do exercício de profissão,
função ou atividade
❖ Duração e contagem dos prazos da pena de prisão
1. A pena de prisão tem, em regra, a duração mínima de 1 ano e a duração máxima de
30 anos.
2. O limite máximo da pena de prisão é de 30 anos nos casos previstos na lei.
3. Podem ser aplicadas medidas de reinserção social tais como serviço
comunitário
4. Pode ser aplicável pena de prisão perpétua.
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5. A contagem dos prazos da pena de prisão é feita segundo os critérios
estabelecidos na lei processual penal.
❖ Substituição da prisão por multa
1. A pena de prisão aplicada em medida não superior a um ano pode ser substituída
por pena de multa ou por outra pena não privativa da liberdade aplicável, exceto se a
execução da prisão for exigida pela necessidade de prevenir o cometimento de
futuros crimes.
2. Se a multa não for paga, o condenado cumpre a pena de prisão aplicada na
sentença.
3. É possível reduzir a pena de prisão por via monetária, com um
mínimo de 100.000€ por cada ano reduzido.
4. Em casos de crimes leves a redução pode ir até 100% da pena, em
casos de crime grave a redução pode ir até 50% e em casos de crime
muito grave não é possível reduzir a pena.
Secção II – Liberdade
condicional
❖ Pressupostos e duração
1. A aplicação da liberdade condicional depende sempre do consentimento do
condenado.
2. O condenado poderá ser deixado sair em liberdade condicional sempre que
os crimes que ele esteja a ser acusado sejam leves e no mesmo
cumprimento, decidir pagar a respetiva coima na hora da sua execução.
3. Caso o mesmo se recuse a pagar, não se aplicará o termo, e o mesmo cumprirá
prisão preventiva.
Capítulo III – Penas acessórias e
efeitos das penas
❖ Princípios Gerais
1. Nenhuma pena envolve como efeito necessário a perda de direitos civis,
profissionais ou políticos.
2. A lei pode fazer corresponder a certos crimes a proibição do exercício de
determinados direitos ou profissões.
❖ Proibição do exercício de função
1. O funcionário que, no exercício da atividade para que foi eleito ou nomeado ou por
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causa dessa atividade, cometer crime punido com pena de prisão superior a 3 anos,
ou cuja pena seja dispensada se se tratar de crime de recebimento ou oferta
indevidos de vantagem ou de corrupção, é também proibido do exercício daquelas
funções até ordem em contrário do tribunal competente, nos seguintes casos:
a) For praticado com flagrante e grave abuso da função ou com manifesta e
grave violação dos deveres que lhe são inerentes;
b) Revelar indignidade no exercício do cargo;
c) Implicar a perda da confiança necessária ao exercício da função.
2. O disposto no número anterior é correspondentemente aplicável às profissões ou
atividades cujo exercício depender de título público ou de autorização ou
homologação da autoridade pública.
3. O disposto no n.º 1 é ainda correspondentemente aplicável ao gerente ou
administrador de sociedade de tipo previsto na lei que cometa crime de
recebimento ou oferta indevidos de vantagem ou de corrupção.
4. Não conta para o prazo de proibição o tempo em que o agente estiver privado da
liberdade por força de medida de coação processual, pena ou medida de segurança.
5. Sempre que o titular de cargo público, funcionário público ou agente da
Administração for condenado pela prática de crime, o tribunal comunica a
condenação à autoridade de que aquele depender e, tratando-se de gerentes ou
administradores das sociedades.
❖ Suspensão do exercício de função
1. O arguido definitivamente condenado à pena de prisão, que não for demitido
disciplinarmente de função pública que desempenhe, incorre na suspensão da
função enquanto durar o cumprimento da pena.
2. À suspensão prevista no número anterior ligam-se os efeitos que, de acordo com a
legislação respectiva, acompanham a sanção disciplinar de suspensão do exercício
de funções.
3. O disposto nos números anteriores é correspondentemente aplicável a profissões
ou atividades cujo exercício dependa de título público ou de autorização ou
homologação da autoridade pública.
❖ Proibição de conduzir veículos a motor
1. É condenado na proibição de conduzir veículos com motor por um período fixado
pelo tribunal a quem cometer os seguintes crimes:
a) Por crimes de homicídio ou de ofensa à integridade física cometidos no
exercício da condução de veículo motorizado com violação das regras de
trânsito rodoviário e por crimes previstos na lei;
b) Por crime cometido com utilização de veículo e cuja execução tiver sido por
este facilitada de forma relevante;
c) Por crime de desobediência cometido mediante recusa de submissão às
provas legalmente estabelecidas para deteção de condução de veículo sob
efeito de álcool, estupefacientes, substâncias psicotrópicas ou produtos
com efeito análogo.
2. A proibição produz efeito a partir do trânsito em julgado da decisão e pode abranger
a condução de veículos com motor de qualquer categoria.
3. No prazo de 2 dias a contar do trânsito em julgado da sentença, o condenado
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entrega na secretaria do tribunal, ou em qualquer posto policial, que remete àquela,
o título de condução, se o mesmo não se encontrar já apreendido no processo.
4. A secretaria do tribunal comunica a proibição de conduzir às Forças de Segurança
no prazo de 2 dias a contar do trânsito em julgado da sentença, bem como participa
ao Ministério Público as situações de incumprimento do disposto no número
anterior.
5. Não conta para o prazo da proibição o tempo em que o agente estiver privado da
liberdade por força de medida de coação processual, pena ou medida de segurança.
❖ Termos da proibição de conduzir veículos a motor
1. A título de condução pode ser retirado com um prazo mínimo de 7 dias e
um prazo máximo de 2 meses.
2. Caso exista incumprimento por parte do arguido no sentenciado, o
mesmo, deverá ser acusado de Condução sem Licença, e deve ser
sentenciado com o máximo previsto por lei.
3. Cabe aos agentes de Forças de Segurança notificarem o tribunal num
prazo de 2 dias do sucedido, e o tribunal deverá estender, se assim o
entender, o prazo de produção de condução de veículos a motor.
Capítulo IV – Escolha e Medida da Pena
Secção I – Regras Gerais
❖ Critério da Escolha de Pena
1. Se ao crime forem aplicáveis, em alternativa, pena privativa e pena não privativa da
liberdade, o tribunal dá preferência à segunda sempre que esta realizar de forma
adequada e suficiente as finalidades da punição.
Secção II – Reincidência & Recurso
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❖ Reincidência
1. O Juiz responsável que sentencie uma pessoa que tenha sido
presa/condenada por pelo menos um crime grave ou muito grave com
esta cláusula, o que aumentará o tempo devido em 1/2 (50%) para o
infrator reincidência e agravação da coima.
❖ Recurso
2. Qualquer pessoa que desejar contestar uma sentença proferida em
processo judicial poderá interpor recurso ao tribunal competente, com o
pagamento de 1.000.000€ por cada recurso. O recurso deverá ser
interposto no prazo de 7 dias a contar da notificação da sentença, sendo
analisado e julgado por um juiz distinto daquele que proferiu a decisão
anterior. O tribunal se comprometerá a emitir uma decisão final sobre o
recurso no prazo de uma semana após o seu recebimento.
Título IV. Indemnização das perdas e
danos por crime
❖ Indemnização do lesado
1. Legislação especial fixa as condições em que o Estado poderá assegurar a
indemnização devida em consequência da prática de atos criminalmente tipificados,
sempre que não puder ser satisfeita pelo agente.
2. O tribunal dará primazia ao pagamento por indenização por parte do culpado pelos
danos causados.
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Título V. Crimes contra pessoas
Capítulo I – Crimes contra a vida
Artigo 1. Homicídio qualificado
1. Pessoa que mata outra, com agravantes cruéis. Morte produzida em
circunstâncias que revelam um ato censurável e perverso em
circunstâncias como, por exemplo:
a) Tortura ou outro que tem o objetivo de aumentar o sofrimento da
vítima;
b) Pelo prazer de matar;
c) Contra uma pessoa particularmente indefesa, em razão de idade,
deficiência, doença ou gravidez;
d) Sendo familiar da vítima;
e) Ser determinado por ódio racial, religioso, político, pelo sexo, pela
orientação sexual ou por qualquer motivo fútil;
f) Ter em vista encobrir um outro crime, assegurar a impunidade de
quem cometeu o crime;
g) Praticar o facto juntamente com, pelo menos, mais duas pessoas;
h) Utilizar veneno ou qualquer outro meio traiçoeiro;
i) Agir com frieza de ânimo, com reflexão sobre os seus atos por mais
de 24 horas;
j) Praticar o facto contra um funcionário público, no exercício das
suas funções ou por causa delas;
k) Ser funcionário e praticar o facto com grave abuso de autoridade.
Crime punível com pena de prisão de 22 a 30 anos.
Coima de 160.000€ a 480.000€.
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Artigo 2. Homicídio a pedido da vítima
1. Pessoa que mata outra, determinado por pedido sério, instante e
expresso que ela lhe tenha feito.
2. Pessoa que incita outra a suicidar-se ou lhe presta ajuda no suicídio.
3. É punido se o suicídio vier efetivamente a ser tentado ou a consumar-se.
Crime punível com pena de prisão até 8 anos.
Coima de 160.000€ a 200.000€.
Artigo 3. Homicídio por negligência
1. Pessoa que mata outra por negligência.
Crime punível com pena de prisão de 2 a 10 anos.
Coima de 160.000€ a 300.000€.
Artigo 4. Tentativa de homicídio
1. Pessoa que tenta matar outra sem haver consumação do ato.
Crime punível com pena de prisão de 12 a 25 anos.
Coima de 150.000€ a 250.000€.
Artigo 5. Homicídio privilegiado
1. Quem matar outra pessoa dominado por compreensível emoção violenta,
compaixão, desespero ou motivo de relevante valor social ou moral, que
diminuam sensivelmente a sua culpa.
Crime punível com pena de prisão de 3 a 18 anos.
Coima de 160.000€ a 250.000€.
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Capítulo II – Dos crimes contra a integridade
física
Artigo 6. Ofensa à integridade física simples
1. Quem ofender o corpo ou a saúde de outra pessoa.
2. O procedimento criminal depende de queixa, salvo quando a ofensa seja
cometida contra agentes das forças de Polícia, Xerifes, Troopers e
serviços de segurança, no exercício das suas funções ou por causa delas.
3. O tribunal pode dispensar de pena quando:
a) Tiver havido lesões recíprocas e se não tiver provado qual dos
contendores agrediu primeiro; ou
b) Se o agente tiver apenas e unicamente exercido retorsão sobre o
agressor.
Crime punível com pena de prisão até 5 anos.
Coima de 12.500€ a 45.000€
Artigo 7. Ofensa à integridade física grave
1. Quem ofender o corpo ou a saúde de outra pessoa de forma a:
a) Privá-la de órgãos/membros, ou a desfigura-la
grave/permanentemente;
b) Afetar-lhe a capacidade de trabalho, as capacidades intelectuais,
de procriação ou de fruição sexual, ou a possibilidade de utilizar o
corpo, os sentidos ou a linguagem;
c) Provocar-lhe doença particularmente dolorosa/permanente, ou
anomalia psíquica grave;
d) Provocar-lhe perigo para a vida;
Crime punível com pena de prisão de 5 a 15 anos.
Coima de 50.000€ a 85.000€
Artigo 8. Agravante pelo resultado
1. Se das ofensas previstas nos artigos 7º a 8º resultar a morte da vítima, o
agente é punido com a pena aplicável ao crime respetivo agravada de
um terço nos seus limites mínimo e máximo.
Crime punível com pena de prisão até 20 anos.
Coima de 25.000€ até 100.000€
Artigo 9. Ofensa à integridade física por negligência
1. Pessoa que por negligência, ofender o corpo ou a saúde de outra pessoa
2. O Tribunal pode dispensar de pena quando:
a) O agente for médico no exercício da sua profissão, mediante
testemunho do mesmo citando as causas da agressão;
b) Pessoa que possua distúrbios psicológicos devidamente
avaliados por entidade competente;
c) Em caso de ofensa por acidente comprovada.
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Crime punível com pena de prisão de até 5 anos.
Coima até 25.000€
Artigo 10. Participação em rixa
1. Pessoa envolvida em uma rixa, que envolve duas ou mais pessoas.
2. Não é punível quando for determinada por motivo não censurável,
nomeadamente quando visa reagir contra um ataque, defender outrem
ou separar os contendores.
Crime punível com pena de prisão até 5 anos.
Coima de 5.000€ a 10.000€
Artigo 11. Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos
1. As intervenções e os tratamentos que, segundo o estado dos
conhecimentos e da experiência da medicina, se mostrarem indicados e
forem levados a cabo, de acordo com o âmbito da responsabilidade por
ato médico, legalmente autorizada, com intenção de de prevenir,
diagnosticar, debelar ou minorar a doença, sofrimento lesão ou fadiga
corporal, ou perturbação mental, não se consideram ofensa à integridade
física.
2. As pessoas indicadas no número anterior que em vista das finalidades
nele apontadas, realizarem intervenções ou tratamentos violando o
âmbito da responsabilidade por ato médico e criarem, desse modo, um
perigo para a vida ou perigo de grave ofensa para o corpo ou para a
saúde.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos.
Coima de 25.000€ a 100.000€
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Capítulo III – Crimes contra a liberdade
pessoal
Artigo 12. Ameaça
1. Quem ameaçar outra pessoa com a prática de crime contra a vida, a
integridade física, a liberdade pessoal, a liberdade e autodeterminação
sexual ou bens patrimoniais de considerável valor, de forma adequada a
provocar-lhe medo ou inquietação ou a prejudicar a sua liberdade de
determinação.
2. O processo criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos.
Coima de 10.000€ a 25.000€.
Artigo 13. Coação
1. Quem, por meio de violência ou de ameaça com mal importante,
constranger outra pessoa a uma ação ou omissão, ou a suportar uma
atividade.
2. A tentativa é punível.
3. O facto não é punível:
a) Se a utilização do meio para atingir o fim visado não for censurável;
ou
b) Se visar evitar suicídio ou a prática de facto ilícito típico.
4. Se o facto tiver lugar entre cônjuges, ascendentes e descendentes,
adotantes e adotados, ou entre pessoas, de outro ou do mesmo sexo,
que vivam em situação análoga à dos cônjuges, o procedimento criminal
depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão até 15 anos.
Coima de 20.000€ a 80.000€.
Artigo 14. Perseguição
1. Quem, de modo reiterado, perseguir ou assediar outra pessoa, por
qualquer meio, direta ou indiretamente, de forma adequada a provocar-
lhe medo ou inquietação ou a prejudicar a sua liberdade de
determinação, é punido com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa,
se pena mais grave não lhe couber por força de outra disposição legal.
2. A tentativa é punível.
3. Nos casos previstos no n.º 1, podem ser aplicadas ao arguido as penas
acessórias de proibição de contacto com a vítima por período
indeterminado e de obrigação de frequência de programas específicos de
prevenção de condutas típicas da perseguição.
4. A pena acessória de proibição de contacto com a vítima deve incluir o
afastamento da residência ou do local de trabalho desta e o seu
cumprimento deve ser fiscalizado por meios técnicos de controlo à
distância.
5. O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos.
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Coima até 50.000€.
Artigo 15. Rapto
1. Quem detiver, prender, mantiver presa ou detida outra pessoa ou de
qualquer forma a privar da liberdade é punido.
2. O agente é punido se a privação da liberdade:
a) Durar por mais de 2 dias;
b) For precedida ou acompanhada de ofensa à integridade física
grave, tortura ou outro tratamento cruel, degradante ou desumano;
c) For praticada com o falso pretexto de que a vítima sofria de
anomalia psíquica;
d) Tiver como resultado suicídio ou ofensa à integridade física grave
da vítima;
e) For praticada contra pessoa particularmente indefesa, em razão de
idade, deficiência, doença ou gravidez;
f) For praticado mediante simulação de autoridade pública ou por
funcionário com grave abuso de autoridade;
g) For praticado sem razão normalmente comprovada e nem efeito
ilícito;
h) Submeter a vítima a extorsão;
Obter resgate ou recompensa;
Constranger a autoridade pública ou um terceiro a uma ação ou
omissão, ou a suportar uma atividade.
Crime punível com pena de prisão de 10 a 25 anos.
Coima de 100.000€ a 250.000€.
Artigo 16. Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos
arbitrários
1. As pessoas indicadas no artigo 10. que, em vista das finalidades nele
apontadas, realizarem intervenções ou tratamentos sem consentimento
do paciente.
2. O facto não é punível quando o consentimento:
a) Só puder ser obtido com adiamento que implique perigo para a
vida ou perigo grave para o corpo ou para a saúde; ou
b) Tiver sido dado para certa intervenção ou tratamento, tendo vindo
a realizar-se outro diferente por se ter revelado imposto pelo
estado dos conhecimentos e da experiência da medicina como
meio para evitar um perigo para a vida, o corpo ou a saúde; e não
se verificarem circunstâncias que permitam concluir com
segurança que o consentimento seria recusado.
c) Se, por negligência grosseira, o médico representar falsamente os
pressupostos do consentimento;
d) O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de 10 a 20 anos.
Coima de 50.000€ a 250.000€.
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Capítulo IV – Crimes sexuais
Artigo 17. Assédio sexual
1. Pessoa que importunar outra, praticando perante ela atos de carácter
exibicionista, formulando propostas de teor sexual ou constrangendo-a
a contacto de natureza sexual.
Crime punível com pena de prisão até 15 anos.
Coima de 50.000€ a 150.000€.
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Capítulo VI – Crimes contra privacidade
Artigo 18. Violação de domicílio ou perturbação da vida privada
1. Pessoa que, sem consentimento, se introduzir na habitação de outra
pessoa ou nela permanecer depois de intimado a retirar-se.
2. Pessoa que, com intenção de perturbar a vida privada, a
paz/sossego de outra pessoa, telefona para o seu telemóvel.
3. O procedimento criminal deste crime depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de até 3 anos.
Coima de 3.000€ a 15.000€.
Artigo 19. Invasão de propriedade privada
1. Pessoa que, sem autorização, entra/permanece em locais privados
fechados ao público.
O procedimento criminal depende de queixa ou acionamento do alarme
de segurança.
Crime punível com pena de prisão de até 4 anos.
Coima de 4.000€ a 20.000€.
Artigo 20. Difamação
1. Pessoa que tem intenção de denegrir a imagem pública de outra.
2. A conduta não é punível quando a imputação for feita para realizar
interesses legítimos ou a imputação tiver fundamento sério.
3. Pessoa que de forma maliciosa/mentirosa, acusa outra de um crime que
esta não cometeu.
Crime punível com pena de prisão de até 8 anos.
Coima de 10.000€ a 65.000€.
Artigo 21. Violação da vida privada
1. Pessoa que, sem consentimento e com intenção de devassar/violar a
vida privada das pessoas:
a) Interceptar, gravar, registar, utilizar, transmitir ou
divulgar conversa, comunicação telefónica, mensagens
de correio eletrónico ou faturação detalhada;
b) Captar, fotografar, filmar, registar ou divulgar imagem
das pessoas ou de objetos ou espaços íntimos;
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c) Observar ou escutar às ocultas pessoas que se encontrem em lugar
privado;
d) Abrir e vasculhar viatura de pessoa;
e) Intrometer no conteúdo de telecomunicação ou dele tomar
conhecimento;
f) Divulgar factos relativos à vida privada ou a doença grave de outra
pessoa.
2. Pessoa que cria/utiliza meios informáticos para, sem consentimento,
devassar a vida privada das pessoas.
O procedimento criminal deste crime depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de até 5 anos.
Coima de 5.000€ a 25.000€.
A divulgação de factos relativos à vida privada não é punível se for
praticada como meio adequado para realizar um interesse público
legítimo e relevante.
Artigo 22. Violação de segredo
1. Pessoa que, sem consentimento, revela segredo alheio de que tenha
tomado conhecimento em razão do seu estado/emprego.
2. Pessoa que se aproveita de um segredo que obteve sem consentimento
para provocar prejuízo a outra pessoa/empresa ou ao Estado.
O procedimento criminal deste crime depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de até 5 anos.
Coima de 10.000€ a 50.000€.
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Capítulo VII – Crimes contra a
segurança e saúde pública
Artigo 23. Posse de Estupefacientes
1. Pessoa que tem na sua posse qualquer substância controlada por lei,
cannabis, cocaína, metanfetamina, haxixe ou dietilamida do ácido
lisérgico (LSD)
a) Salvo pessoa, que possua apenas 2 charros para consumo próprio.
Crime punível com pena de prisão até 22 anos.
Coima de 5.000€ a 250.000€.
Artigo 24. Posse de equipamento ilegal e/ou para produção
de drogas
1. Pessoa que, voluntariamente possui um dispositivo/mecanismo usado
exclusivamente para produção/consumo de uma substância ilegal
controlada.
2. Pessoa que possua qualquer tipo de substâncias em alta quantidade
sem justificação e prova plausível, referenciadas na produção de
estupefacientes.
a) Quantidades excessivas, de itens considerados lícitos sem
justificativa ou licença, na posse e/ou no veículo:
Itens Quantidad
es
Tranquilizantes 2
Adrenalinas 1
Barras de Ouro 20
Acetona 5
Mortalhas 50
Tabaco (Maços) 10
Cigarros 100
3. Pessoa que possua qualquer tipo de objeto considerado ilegal.
a) Objetos: Hacker laptop, cartão de segurança, carga térmica,
lixo eletrônico, botija de nitro, rubi, lock pick, ácido lisérgico,
bicarbonato de sódio, kevlar e peças.
Infração punível com multa que pode ir de 10.000€ a 50.000€ (Dependendo das
Quantidades).
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Artigo 25. Detenção de local para fins de distribuição
1. Pessoa que abre/mantém qualquer propriedade/zona com o propósito
de vender ilegalmente, doar, ou armazenar qualquer substância
controlada, arma de fogo ilegal ou outro dispositivo, bem ou serviço
ilícito.
Crime punível com pena de prisão até 25 anos.
Coima de 10.000€ a 150.000€ e interdição do espaço.
Artigo 26. Produção de estupefacientes
1. Pessoa que, salvo com autorização legal, fabrica/prepara, direta ou
indiretamente, por extração química ou natural, qualquer substância
ilegal.
Crime punível com pena de prisão de 4 a 12 anos.
Coima de 10.000€ a 75.000€.
Artigo 27. Tráfico de estupefacientes
1. Pessoa que vende/oferece para vender, uma substância controlada a
outra, independentemente de possuir ou não essa substância.
Crime punível com pena de prisão de 10 a 30 anos.
Coima de 50.000€ a 1.000.000€
Artigo 28. Jogos de sorte e azar
1. Pessoa que coloca Pessoa que coloca ou recebe qualquer aposta em
troca da possibilidade de ganhar um prémio, ou outra coisa de valor em
qualquer tipo de jogo, evento ou concurso não licenciado em que o
resultado seja uma questão de sorte
Crime punível com pena de prisão de 10 a 25 anos.
Coima de 250.000€ a 1.500.000€
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Título VI. Crimes contra o património
Capítulo I –Crimes contra propriedade
Artigo 29. Furto
1. Pessoa que, com ilegítima intenção de apropriação para si ou para
outra pessoa, subtrair coisa móvel.
2. A tentativa é punível.
O procedimento criminal depende de queixa ou acionamento do
alarme de segurança.
Crime punível com pena de prisão de 4 até 12 anos.
Coima de 10.000€ a 80.000€.
Artigo 30. Assalto
1. Pessoa que obtém para si/terceiro propriedade de outra, contra a sua
vontade, por meio de violência/ameaça.
2. Pessoa que obtém para si/terceiro propriedade de outra, contra a sua
vontade, por meio de arma ilegal.
3. Serve de agravante o alvo do assalto, nomeadamente propriedade
privada, espaços comerciais e instituições financeiras.
AGRAVANTES (Valores máximos por cada)
Alínea A) Assalto a Loja 50.000€
Alínea B) Assalto a ATM 10.000€
Alínea C) Assalto a Casa 25.000€
Alínea D) Assalto a Banco 500.000€
Alínea E) Assalto a Joalharia 250.000€
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Crime punível com pena de prisão de 8 a 30 anos.
Coima de 25.000€ até 500.000€.
Artigo 31. Dano
1. Pessoa que destruir/danificar propriedade de outra ou propriedade
pública.
2. O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de 4 a 20 anos.
Coima de 5.000€ a 50.000€.
Artigo 32. Usurpação de coisa imóvel
1. Pessoa que por meio de violência/ameaça, invade/ocupa propriedade
imóvel alheia, com intenção de tomar para si tal propriedade.
2. O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão até 5 anos.
Coima de 5.000€ a 12.500€
Capítulo II – Crimes contra património
em geral
Artigo 33. Burla
1. Pessoa que intencionalmente representa incorretamente uma questão de
fato, que engana outra para tirar vantagem para si ou para terceiro,
causando à vítima prejuízo patrimonial.
2. O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de até 10 anos.
Coima de 15.000€ a 50.000€
Artigo 34. Burla relativa a trabalho ou emprego
1. Pessoa que, com intenção de obter para si ou para terceiro
enriquecimento ilegítimo, causar a outra pessoa prejuízo patrimonial,
através de aliciamento ou promessa de trabalho/emprego.
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Crime punível com pena de prisão até 8 anos.
Coima de 10.000€ a 50.000€
Artigo 35. Extorsão
1. Pessoa que, por meio de violência/ameaça, influencia outra a
entregar patrimônio causando-lhe prejuízo.
2. Pessoas que, por meio de violência/ameaça, influencia outras a
oferecer serviços.
3. Pessoa que usando informação privilegiada influência outra a
oferecer bens/serviços.
Crime punível com pena de prisão de 3 a 8 anos.
Coima de 15.000€ a 50.000€
Artigo 36. Infidelidade
1. Pessoa que, tendo-lhe sido confiado, por lei ou por ato jurídico, o
encargo de interesses patrimoniais alheios ou de os
administrar/fiscalizar, violar intencionalmente os deveres que lhe
incumbem, causando prejuízo patrimonial importante.
2. O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão até 15 anos.
Coima de 100.000€ a 250.000€
Artigo 37. Usura
1. Pessoa que, com intenção de alcançar benefício para si ou terceiro, cobra
juros/taxas excessivamente altas, causando ruína/grande dano
patrimonial à vítima. O procedimento criminal depende de queixa.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 10 anos.
Coima de 15.000€ a 100.000€
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Capítulo III - Crimes contra direitos
patrimoniais
Artigo 38. Insolvência dolosa
1. Devedor que com intenção de prejudicar os credores:
a) Destruir/danificar, ou fizer desaparecer parte do seu património;
b) Diminuir ficticiamente o seu ativo;
c) Criar ou agravar artificialmente prejuízos ou reduzir lucros;
d) Para retardar falência, comprar mercadorias a crédito, com o fim
de as vender ou utilizar em pagamento por preço sensivelmente
inferior ao corrente.
Crime punível com pena de prisão até 7 anos.
Coima de 15.000€ a 40.000€ - Na impossibilidade de pagamento da coima será
sentenciado a trabalho comunitário.
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Título VII. Crimes contra a identidade
cultural e integridade social
Capítulo I - Crimes contra a sociedade
Artigo 39. Incitamento à guerra
1. Pessoa que, pública e repetidamente, incita ao ódio contra um povo, com
intenção de desencadear uma guerra.
Crime punível com pena de prisão de 15 até 30 anos.
Coima de 500.000€ a 2.500.000€.
Artigo 40. Recrutamento de mercenários
1. Pessoa que recruta/tenta recrutar mercenários.
É mercenário quem aceitar pagamento para executar ações ilegais
violentas como, matar, raptar, torturar, etc.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 15 anos.
Coima de 150.000€ a 1.500.000€
Artigo 41. Genocídio
1. Pessoa que, com intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo étnico,
racial ou religioso, como tal, praticar:
a) Homicídio de membros de grupo;
b) Ofensa à integridade física grave de membros de grupo;
c) Sujeição de grupo a condições de existência ou a tratamentos
crueis, degradantes ou desumanos, suscetíveis de virem a
provocar a sua destruição, total ou parcial;
.
Crime punível com pena de prisão de 5 a 10 anos, para quem, pública e diretamente,
incitar a genocídio.
Coima de 500.000€ a 1.250.000€.
Artigo 42. Crimes de conflito armado contra civis
1. Pessoa que em tempo de conflito armado ou de ocupação, praticar sobre
a população civil, sobre feridos, doentes ou prisioneiros de guerra:
a) Homicídio doloso;
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b) Tortura ou tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos;
c) Ofensa à integridade física grave dolosa;
d) Tomada de reféns;
e) Restrições graves, prolongadas e injustificadas da liberdade das
pessoas;
f) Subtração ou destruição injustificadas de bens patrimoniais de
grande valor.
Crime punível com pena de prisão de 13 a 25 anos.
Coima de 50.000€ a 500.000€.
Artigo 43. Terrorismo
1. Considera-se terrorismo, todo o agrupamento de duas ou mais pessoas
que, atuando de forma organizada, visem prejudicar a
integridade/independência de Atlantic, impedir/alterar o
funcionamento das instituições do Estado previstas na Constituição,
forçar a autoridade pública a praticar um ato, a abster-se de o praticar
ou a tolerar que se pratique, ou ainda intimidar certas pessoas, grupos
de pessoas ou a população em geral.
Crime punível com pena de prisão de 24 a 30 anos.
Coima de 800.000€ a 5.000.000€.
Artigo 44. Tortura
1. Pessoa que tortura ou trata de forma cruel, degradante ou desumana
outrem.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 16 anos.
Coima de 80.000€ a 200.000€.
Artigo 45. Impedimento ou perturbação de funeral
1. Pessoa que impede/perturba, por meio de violência/ameaça, a
realização de cortejo ou de cerimónia fúnebre.
Crime punível com pena de prisão até 4 anos.
Coima de 20.000€ a 80.000€.
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Capítulo II - Crimes económicos, fiscais
e de falsificação
Artigo 46. Branqueamento de capitais
1. Pessoa que possui, esconde, recebe, transfere ou mantem fundos
monetários obtidos através de atividade ilegal.
2. Pessoa que usa um negócio legítimo como meio de lavar fundos
monetários obtidos através de atividade ilegal.
Crime punível com pena de prisão de 4 a 20 anos.
Coima 65% do valor que o indivíduo possui, de dinheiro não declarado ou de 25.000€
até 60.000€
Artigo 47. Enriquecimento ilícito
1. Pessoa que apresenta ganhos financeiros, bens móveis ou imóveis,
sem justa causa ou sem origem comprovadamente legítima.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 15 anos.
Coima de 50.000€ a 1.000.000€.
Artigo 48. Usurpação de Funções
1. Sem para tal estar autorizado, exercer funções ou praticar actos próprios de
funcionário, de comando militar ou de força de segurança pública, arrogando-se,
expressa ou tacitamente, essa qualidade;
2. Exercer profissão ou praticar acto próprio de uma profissão para a qual a lei exige
título ou preenchimento de certas condições, arrogando-se, expressa ou
tacitamente, possuí-lo ou preenchê-las, quando o não possui ou não as preenche;
a) Continuar no exercício de funções públicas, depois de lhe ter sido
oficialmente notificada demissão ou suspensão de funções;
Crime punível com pena de prisão de 5 até 10 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 7.500€ a 50.000€.
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Artigo 49. Falsa identificação
1. Quando o autor se atribui ou atribui a um terceiro uma falsa
identidade, ou seja, qualquer dos elementos que configuram a
identidade da pessoa, tais como o nome, idade, estado civil, profissão,
sexo, filiação, condição social, etc. com o fim de obter para si ou para
outra pessoa alguma vantagem, ou ainda para prejudicar a terceiro:
a) O uso de máscara ou pintura facial insere-se em contexto de
ocultação de identidade, o que legitima a ação de agentes judiciais
ou de autoridade para que seja a delegada a remoção, em ambos
os casos, e a respectiva revista ao cidadão e/ou veículo. À
cooperação é isente qualquer coima ou punição, salvo exceção em
casos em que se verifiquem outras demais infrações.
Crime punível com pena de prisão de 3 até 10 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 2.500€ até 25.000€
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Artigo 50. Fraude
1. Crime ou ofensa para deliberadamente enganar terceiros com o propósito
de os prejudicar, obter propriedade ou serviços injustamente.
Anexo a) Posse de dinheiro não declarado, a coima é sempre metade do montante
em posse, com excepção à decisão judicial.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 15 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 7.500€ a 75.000€
Artigo 51. Evasão fiscal
1. Pessoas que utilizem meios ilícitos para evitar o pagamento de taxas,
impostos e contribuições, em que constam omissão de informações,
falsas declarações e produção de documentos que contenham
informações falsas ou distorcidas, como a contratação de notas fiscais,
faturas, duplicatas etc.
2. Associada à informação acima, considera-se evasão fiscal todo o
cidadão que tenha a partir de 5 faturas ou coimas por pagar e/ou uma
dívida total superior a 34.999€, com exceção aos casos com emissão a
48 horas ou mediante promulgação de extensão fiscal efetuada pelo
Supremo Tribunal de Justiça de Atlantic.
Crime punível com pena de prisão de 8 até 22 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 100.000€ a 240.000€
Artigo 52. Venda sem licença ou ilegal
1. Vender material de fabrico, propriedades móveis ou imóveis,
artesanato ou produtos agrícolas em mercados não regulamentados,
ao público ou em via pública, sem licença ou registo.
2. É considerado igualmente venda sem licença ou ilegal a exposição de
2 ou mais veículos ao público ou em via pública (sejam eles ou não
motorizados) sem licença ou registo.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos.
Coima de 5.000€ a 100.000€
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Capítulo III – Peculato
Artigo 53. Peculato
1. Funcionário que ilegitimamente se apropriar, em proveito
próprio/terceiro, de dinheiro ou qualquer coisa móvel/imóvel,
público/particular, que lhe tenha sido entregue, esteja na sua posse ou
lhe seja acessível em razão das suas funções.
2. Funcionário que, sem que especiais razões de interesse público o
justifiquem, usa dinheiro público.
Crime punível com pena de prisão de 3 a 8 anos.
Coima de 25.000€ a 50.000€
Artigo 54. Participação económica em negócio
1. Funcionário que, com intenção de obter para si/terceiro, participação
económica ilícita, lesar em negócio jurídico os interesses patrimoniais
que, lhe cumpre em razão da sua função, administrar, fiscalizar,
defender ou realizar.
Crime punível com pena de prisão até 6 anos.
Coima de 5.000€ a 20.000€
BASE DE DADOS LEGISLATIVA E JUDICIAL DE ATLANTIC | Página 36 de 85
Capítulo IV – Crimes de perigo comum e contra a
paz pública
Artigo 55. Incêndios e explosões
1. Pessoa que:
a) Provoca incêndio;
b) Provoca explosão;
Crime punível com pena de prisão de 4 a 15 anos.
Coima de 50.000€ a 100.000€.
Artigo 56. Caça e pesca ilegal
1. Pessoa que pesca/caça tem na sua posse mais de 5kg sem ter
consigo uma licença adequada ou fatura que comprove a compra.
2. Para quantidades superiores a 5 kg, mas inferiores a 15gk, a infração
é punível com multa de 5.000€ a 15.000€;
3. Para quantidades superiores a 15kg, a infração é punível com
multa de 20.000€, acrescentando 5.000€ por cada 5kg a mais,
até um máximo de 80.000€.
Artigo 57. Omissão de auxílio
1. Pessoa que, em caso de grave necessidade, nomeadamente
provocada por desastre/acidente, que ponha em perigo a
vida/integridade física de outra, deixar de lhe prestar o auxílio
necessário.
Crime punível com pena de prisão de 2 a 4 anos.
Coima até 20.000€.
A omissão de auxílio não é punível quando se verificar grave risco
para a vida ou integridade física do omitente ou quando, por outro
motivo relevante, o auxílio lhe não for exigível.
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Artigo 58. Instigação pública a um crime
1. Pessoa que incita à prática de um crime determinado.
2. Pessoa que recompensa/louva outra por ter praticado um crime, de
forma a criar perigo da prática de outro crime da mesma espécie.
Crime punível com pena de prisão até 4 anos.
Coima de 15.000€ a 45.000€
Artigo 59. Associação criminosa
1. Pessoa que promove/funda grupo/associação, cuja atividade seja dirigida
à prática de crimes.
2. Na mesma pena incorre quem fizer parte de tais grupos/associações
ou quem os apoiar, seja de que forma for.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 25 anos.
Coima de 45.000€ a 250.000€.
Considera-se que existe grupo/associação quando esteja em causa um
conjunto de, pelo menos, três pessoas, atuando concertadamente
durante um certo período.
Artigo 60. Participação em motim (desacatos públicos)
1. Pessoa que participa em motim durante o qual foram cometidas
coletivamente violências contra pessoas ou contra a propriedade.
Não é punido se se tiver retirado do motim por ordem ou
admoestação da autoridade sem ter cometido/provocado violência.
Crime punível com pena de prisão até 6 anos.
Coima de 2.000€ até 50.000€
Artigo 61. Desobediência a ordem de dispersão de reunião pública
1. Pessoa que não obedece a ordem legítima, autoridade competente, de
se retirar de ajuntamento/reunião pública, com advertência de que a
desobediência constitui crime.
Crime punível com pena de prisão de até 3 anos.
Coima até 10.000€
Artigo 62. Ameaça com prática de crime
1. Pessoa que causa alarme/inquietação entre a população, mediante
ameaça de prática de crime, ou fazendo crer que um crime vai ser
cometido.
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Crime punível com pena de prisão até 4 anos.
Coima de 5.000€ a 15.000€
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Título VIII. - Crimes contra o Estado
Capítulo I – Crimes contra a segurança do Estado
Secção I – Crimes contra a realização do Estado de direito
Artigo 63. Atentado contra membros do Governo
1. Pessoa que atenta contra a vida/integridade física do Presidente,
primeiro-ministro e/ou outros altos cargos do Governo.
Crime punível com pena de prisão de 15 a 30 anos.
Coima de 500.000€ a 5.000.000€.
Artigo 64. Alteração violenta do Estado de direito
1. Pessoa que, usando violência/ameaça de violência, tenta destruir,
alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente
estabelecido.
Crime punível com pena de prisão de 7 a 19 anos.
Crime punível com pena de prisão de 12 a 24 anos, se for praticado por meio de
violência armada.
Coima de 120.000€ a 500.000€
A pena é atenuada se o agente, não tendo exercido funções de
comando, se render sem opor resistência, ou entregar ou abandonar
as armas antes ou imediatamente depois de advertência da
autoridade.
Artigo 65. Tráfico de influência
1. Pessoa que por si ou por meio de outra, solicita/aceita para si ou para
terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, para abusar da sua
influência, real ou suposta, junto de qualquer entidade pública.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos.
Coima de 10.000€ a 150.000€
Artigo 66. Fraude em eleição
1. Pessoa que, em eleição:
a) Votar em mais de uma secção ou assembleia de voto;
b) Votar mais que uma vez;
c) Violar o segredo de escrutínio
d) Falsear o apuramento, a publicação ou a ata oficial do resultado da
votação;
e) Por meio de violência/ameaça/fraude, constranger eleitor a votar, o
impedir de votar ou o forçar a votar num certo sentido;
f) Comprar/vender voto.
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g) Crime punível com pena de prisão até 5 anos.
h) Coima até 75.000€
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Capítulo II – Crimes contra a autoridade
pública
Secção I – Resistência, desobediência e falsas declarações à
autoridade
Artigo 67. Resistência e coação
1. Pessoa que empregar violência/ameaça grave contra funcionário ou
membro das Forças Armadas, militarizadas ou de segurança, para se
opor a que ele pratique ato relativo ao exercício das suas funções.
2. A mesma pena é aplicável a quem desobedecer ao sinal de paragem e
dirigir contra funcionário ou membro das Forças Armadas,
militarizadas ou de segurança, veículo, com ou sem motor, que
conduza em via pública ou equiparada, ou embarcação, que pilote em
águas interiores fluviais ou marítimas, para se opor a que ele pratique
ato relativo ao exercício das suas funções.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 12 anos.
Coima de 5.000€ a 25.000€
Artigo 68. Desobediência
1. Pessoa que desobedece a ordem ou a mandado legítimo,
regularmente comunicados e emanados de autoridade ou funcionário
competente.
2. Pessoa que dificulta uma operação.
Crime punível com pena de prisão até 6 anos.
Coima de 5.000€ a 25.000€
Artigo 69. Falsas declarações
1. Pessoa que fornece informações falsas à autoridade pública ou a
funcionário no exercício das suas funções.
Crime punível com pena de prisão até 6 anos.
Coima de 5.000€ a 40.000€
Artigo 70. Obstrução à justiça
1. O recurso à força física, a ameaças ou à intimidação e a promessa,
oferta ou concessão de um benefício indevido para obter um falso
testemunho ou para impedir um testemunho ou a apresentação de
elementos de prova num processo relacionado com a prática de
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infrações previstas na presente Convenção;
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2. O recurso à força física, a ameaças ou à intimidação para impedir um
funcionário judicial ou xerife, de exercer os deveres inerentes à sua
função relativamente à prática de infrações previstas na presente
Convenção.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 15 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 5.000€ a 65.000€
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Secção II – Tirada e evasão de presos
e do não cumprimento de obrigações
impostas por sentença criminal
Artigo 71. Tirada de presos
1. Pessoa que por meio de violência/ameaça ou artifício, liberta pessoa
legalmente privada da liberdade.
2. Pessoa que, por qualquer forma, auxilia a evasão de pessoas legalmente
privadas da liberdade.
Crime punível com pena de prisão de 5 a 10 anos.
Coima de 150.000€ a 300.000€.
Artigo 72. Negligência na guarda
1. Funcionário encarregado da guarda de pessoa legalmente privada da
liberdade que, por negligência grosseira, permitir a sua evasão.
Crime punível com pena de prisão de até 5 anos.
Coima de 2.000€ a 10.000€
Artigo 73. Fuga da cela
1. Pessoa que escapa depois de já ter sido imobilizada por um agente da lei.
Crime punível com pena de prisão de até 4 anos.
Coima de 10.000€ até 35.000€
Artigo 74. Fuga de prisão
1. Qualquer pessoa presa, acusada, registada, condenada, que escape do
seu local de encarceramento.
Crime punível com pena de prisão de 15 a 30 anos.
Coima de 500.000€ até 1.000.000€.
Artigo 75. Motim de presos
1. Presos, detidos ou internados que concentrando as suas forças:
a) Atacarem funcionário legalmente encarregado da sua guarda;
b) Promoverem a sua evasão ou a evasão de terceiro.
Crime punível com pena de prisão de 5 a 10 anos.
Coima de 20.000€ a 80.000€
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Capítulo III – Crimes contra a
realização da justiça
Artigo 76. Perjúrio
1. Pessoa que prestar falso depoimento/falsas declarações relativamente
a factos sobre os quais deve depor, depois de ter prestado juramento.
2. Testemunha, perito, técnico, tradutor ou intérprete, que perante o
Tribunal ou funcionário competente, der informações ou fizer
traduções falsas.
3. Na mesma pena incorrem o assistente e as partes civis relativamente
a declarações que prestarem em processo penal, bem como o arguido
relativamente a declarações sobre a sua identidade.
Crime punível com pena de prisão de 5 a 10 anos.
Coima de 25.000€ a 75.000€
Artigo 77. Suborno
1. Pessoa que oferece bens/serviços a um funcionário público, funcionário do
governo, agente da lei, na tentativa de influenciar os seus deveres/ações.
2. Funcionário público, funcionário do governo, agente da lei, que aceite
suborno.
Crime punível com pena de prisão até 15 anos.
Coima de 8.500€ até 250.000€
Artigo 78. Negação de justiça e prevaricação
1. Funcionário que, no âmbito de inquérito processual, processo
jurisdicional ou disciplinar, com intenção de prejudicar/beneficiar
alguém se recusa a exercer as suas funções ou intencionalmente
prejudicar causa entregue ao seu patrocínio.
Crime punível com pena de prisão até 5 anos e despedimento.
Coima até 100.000€
Artigo 79. Violação do segredo de justiça
1. Pessoa que ilegitimamente der conhecimento, do teor de ato de
processo penal que se encontre coberto por segredo de justiça, ou a
cujo decurso não for permitida a assistência do público em geral.
Crime punível com suspensão das atividades
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exercidas até 1 mês.
Coima de 500.000€ a 1.500.000€
Artigo 80. Desrespeito ao Tribunal
1. Pessoa que ignora/viola uma ordem de intimação emitida pelo
Tribunal
2. Pessoa que ignora/viola uma solicitação para estar presente em
audiência.
3. Pessoa que desrespeita o Tribunal ou atrapalha o normal
funcionamento de uma audiência.
4. Pessoa que ignora/viola ordem legal ou desrespeita funcionário
judicial no que é vinculativo à sua atividade judicial.
Crime punível com pena de prisão de 10 até 25 anos.
Coima de 25.000€ a 150.000€.
Artigo 81. Desrespeito às autoridades
1. O desrespeito à ordem legal de uma autoridade é
punível desde advertência até pena de prisão.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos.
Coima de 10.000€ a 65.000€.
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Capítulo IV – Abusos de autoridade
Artigo 82. Extorsão por funcionário
1. Funcionário que, no exercício das suas funções ou de poderes de facto
delas decorrentes, por si/terceiro, receber, para si, para o Estado ou
para terceiro, mediante indução em erro ou aproveitamento de erro da
vítima, vantagem patrimonial que lhe não seja devida, ou seja superior
à devida, nomeadamente contribuição, taxa, emolumento, multa ou
coima.
Crime punível com pena de prisão de até 5 anos.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 10 anos, se o facto for praticado por meio de
violência/ameaça.
Coima de 5.000€ a 50.000€.
Artigo 83. Recusa de cooperação
1. Funcionário que, tendo recebido requisição legal de autoridade
competente para prestar a devida cooperação à administração da
justiça ou a qualquer serviço público, se recusar a prestá-la, ou sem
motivo legítimo não a prestar.
Crime punível com pena de prisão de até 4 anos.
Coima de 2.000€ até 10.000€.
Artigo 84. Abuso de poder
1. Funcionário que, fora dos casos previstos nos artigos anteriores,
abusar de poderes ou violar deveres inerentes às suas funções, com
intenção de obter, para si/terceiro, benefício ilegítimo ou causar
prejuízo a outra pessoa.
Crime punível com pena de prisão de 5 a 30 anos.
Coima de 25.000€ a 150.000€.
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Título IX. - Crimes de armas e
equipamento
Capítulo I - Crimes de posse de
armamento
Artigo 85. Posse de uma arma branca
1. Civil que possuir qualquer arma proibida que seja de posse ilegal ou
que não seja considerada parte de qualquer tipo de arma legal. Armas
proibidas incluem, lâmina com mais de duas polegadas de
comprimento, soqueira de qualquer variedade, taco de
baseball/golf/snooker, pé-de-cabra e chave inglesa.
Se os mesmos estiverem a ser utilizados com finalidades desportivas
ou profissionais serão permitidos.
Crime punível com pena de prisão de até 4 anos.
Coima de 3.000€ a 25.000€.
Artigo 86. Posse de uma arma de fogo ilegal
1. Civil que carrega uma arma de fogo, não licenciada, ou não
considerada legal pelo Ministério da Administração Interna, em sua
pessoa, no seu veículo, local de trabalho ou outra instalação sem as
devidas autorizações, sendo a pena mediante a classificação de arma
legal, ilegal, de baixo, médio e alto calibre.
2. No caso de possuir licença de porte de arma, e se a sua utilização for
para meios considerados ilegítimos, considerando sendo ou não uma
arma de fogo ilegal, a licença será retirada, e a pessoa privada da
retirada da mesma pelo período de 1 mês, esta perda de licença, será
efetuada apenas por membros judiciais e em sede própria.
3. Armas de diferentes calibres possuem diferentes medidas de coação.
a) A licença de porte de arma civil permite apenas 1 elemento
correspondente à arma de fogo legal para o efeito, 1 elemento
correspondente a taser, 1 elemento de equipamento de proteção
passiva (colete balístico) e 1 de reserva, 4 carregadores e acessórios
legais.
b) A licença de porte de arma de caça permite apenas 1 elemento
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correspondente à arma de fogo legal para o efeito, 1 elemento de
arma branca legal para o efeito, acessórios legais.
Crime punível com pena de prisão de até 10 anos se a arma for de baixo calibre, de 5
a 12 anos se a arma for de médio calibre, de 10 a 18 se a arma for de alto calibre.
Coima de 7.500€ a 50.000€ se a arma for de baixo calibre, de 45.000€ a 100.000€ se
a arma for de médio calibre, de 75.000€ até 300.000€ se a arma for de alto calibre.
Artigo 87. Venda não licenciada de armamento
1. Pessoa que participa na venda/troca ilegal de qualquer
arma/armamento referida nos artigos anteriores, sem autorização
legal para tal.
2. Pessoa que se oferece para vender/trocar qualquer arma/armamento
referida nos artigos anteriores, sem autorização legal para tal.
Crime punível com pena de prisão de 12 a 20 anos.
Coima de 150.000€ a 600.000€.
Artigo 88. Posse de armamento em alta quantidade
1. Civil ou grupo que possua quantidades superiores a 5 armas de fogo das
categorias mencionadas no Artigo 86, sem as devidas autorizações.
Crime punível com pena de prisão de 10 a 30 anos.
Coima de 100.000€ a 1.000.000€.
Artigo 89. Fabrico/posse de material ou equipamento
perigoso
1. Pessoa que fabrique, monte, possua partes de qualquer arma
ilegal, explosivo ou equipamento perigoso sem estar
devidamente creditada.
2. Peças de arma por montar, é de consideração ilegal, sendo que
só é permitida a posse a empresas devidamente licenciadas.
3. Extras de armamento ilegal, é de consideração ilegal a posse em
quantidades superiores a 1 ou em utilização indevida.
4. Pólvora e componentes de produção de pólvora em altas quantidades
é de consideração ilegal sendo que só é permitida a posse a empresas
devidamente licenciadas.
Crime punível com pena de prisão de 8 a 15 anos.
Coima de 50.000€ a 250.000€
Artigo 90. Uso indevido de arma
1. Pessoa que usa arma branca ou que dispara e/ou aponta uma arma de
fogo sem justa causa/motivo justificável.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 12 anos e
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retirada a licença de porte de arma.
Coima de 12.500€ a 115.000€.
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Título X. - Código da estrada
Princípios gerais
Todas as ofensas de veículos têm uma política de serem cobradas uma vez
por cada veículo que uma pessoa usa/incidente de lei de estrada que ocorre.
Nenhum indivíduo pode ser multado em mais de 100.000€ no curso de um
único incidente de lei de estrada.
Nenhum indivíduo pode receber mais de três avisos de condutor,
totalizando uma única revogação de licença.
Um incidente de lei de estrada é definido como o momento em que um agente
da lei contacta uma pessoa até a conclusão desse envolvimento ou situação.
Um agente da lei tem direito a uma inspeção externa de um veículo, bem
como a verificação de toda a documentação, licenças, registos e outras
documentações durante uma paragem de tráfego. Uma inspeção completa
do veículo é permitida com um mandado de busca ou causa provável
apropriada.
Pontos de controle e outras operações em vias públicas devem ter um
propósito documentado, registo documentado de operações e existir
temporariamente em resposta a (ou em preparação para) um incidente em
particular, feriado, etc.
Um agente da lei só tem o direito de identificar o condutor de um veículo
ao realizar uma paragem de tráfego ou outra operação de ponto de
verificação do veículo, a menos que o passageiro se enquadre em uma
suspeita razoável a ser identificada.
Se um agente solicitar que um condutor pare e o incidente evolua para uma
perseguição, será um "incidente da lei de trânsito", já que é um
compromisso interrupto. Se o indivíduo escapa ou a perseguição é
cancelada, isso é considerado uma conclusão para um único "incidente de
lei de estrada". Isto significa, por exemplo, se uma perseguição termina e o
suspeito é descoberto novamente, novas acusações podem ser emitidas se
eles continuarem a fugir dos Polícia, Xerifes e Troopers.
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Capítulo I – Crimes rodoviários
Artigo 91. Conduzir sem licença
1. Pessoa que conduz um veículo, seja em terra, no mar ou no ar, sem carta
para tal ou tendo uma carta de condução, licença ou autorização
suspensa.
2. Pessoa que se recusa a mostrar/fornecer a carta de condução a um
agente da lei enquanto opera um veículo motorizado.
Crime punível com pena de prisão de 2 até 12 anos.
Coima de 5.000€.
Artigo 92. Evitar um agente da autoridade
1. Pessoa que, enquanto estiver operando um veículo em terra, ar ou
mar, intencionalmente foge/tenta fugir de um Agente da lei que
comunica visual ou audivelmente sua solicitação para parar.
Crime punível com pena de prisão de 3 a 7 anos, em caso de pena máxima é retirada
a licença de condução.
Coima até 5.000€.
A agravante depende do tipo de veículo.
Artigo 93. Fuga às autoridades
1. Pessoa que depois de ser abordada pela autoridade e de ter parado a
viatura, ignora e entra em fuga, de veículo ou a pé, colocando assim em
perigo a vida de terceiros.
Crime punível com pena de prisão de 6 a 10 anos, em caso de pena máxima é
retirada a licença de condução.
Coima de 10.000€ a 85.000€.
Artigo 94. Acidente e fuga
1. Pessoa que bate em outra/veículo ocupado e deixa a cena do acidente.
Uma pessoa envolvida no acidente que, após ter sido solicitada por
outra parte envolvida no acidente, não divulgar seu nome, fornecer sua
carta para observação com a finalidade de identificar tal pessoa ou
fornecer informações falsas e enganosas.
Crime punível com pena de prisão de 2 a 5 anos, em caso de pena máxima é retirada
a licença de condução.
Coima até 7.000€.
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Artigo 95. Condução desordeira
1. Pessoa que demonstra desrespeito/descuidado pela segurança de
si/outros durante a operação de um veículo, como (mas não limitado a):
a) Dirigir em uma calçada despovoada, passagem para pedestres ou
uma praça;
b) Alterar de faixas de estradas erraticamente;
c) Demonstrar mau controlo do veículo ou decisões de condução.
Crime punível com pena de prisão de 4 a 10 anos, em caso de pena máxima é
retirada a licença de condução.
Coima de 4.000€.
Artigo 96. Operação imprudente de um avião/helicóptero
1. Pessoa que demonstra descuido/desrespeito pela segurança de si/outros
durante a operação de uma aeronave.
2. Pessoa que realiza acrobacias/manobras aeronáuticas perigosas enquanto
sobrevoa áreas populosas ou quando está perigosamente perto de outras
aeronaves.
3. Pessoa que não adere aos protocolos dos Polícia, Xerifes, Troopers de
Atlantic no que toca a tráfego aéreo.
Crime punível com pena de prisão de 3 a 7 anos, em caso de pena máxima é retirada
a licença de condução.
Coima de 5.000€ a 100.000€.
Artigo 97. Operação imprudente de um veículo off-road ou naval
1. Pessoa que demonstra descuido/desrespeito pela segurança de
si/outros ao operar um veículo off-road ou veículo naval destinado a
viagens fora da estrada.
Crime punível com pena de prisão de 2 a 5 anos, em caso de pena máxima é retirada a
licença de condução.
Coima de 3.000€ a 20.000€.
Artigo 98. Corrida ilegal
1. Realizar, organizar, facilitar ou promover uma corrida não autorizada
legalmente.
Crime punível com pena de prisão de 2 a 6 anos, em caso de pena máxima é retirada
a licença de condução.
Coima de 10.000€ a 85.000€.
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Artigo 99. Culpabilidade por terceiro
1. Pessoa que tem o seu veículo furtado/roubado, e não participa às
autoridades, é responsável por todos os ilícitos praticados pela viatura,
salvo detenção/identificação em flagrante do condutor aquando dos
ilícitos.
Crime punível com pena de prisão até 10 anos, em caso de pena máxima é retirada a
licença de condução.
Coima até 15.000€.
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Capítulo II - Leis da estrada
Artigo 100. Excessos de velocidade
1. Condutor que exceda a velocidade de 50+ KM/H em qualquer via
pública dentro de localidades. Condutor que exceda a velocidade de
90+ KM/H em qualquer via pública fora da cidade de localidade.
Condutor que exceda a velocidade de 120+ KM/H em qualquer auto
estrada/estrada mantida localmente com três ou mais faixas.
2. Condutor que não demonstra bom senso na sua velocidade ao dirigir
em condições precárias, como mau tempo, ou em estradas não
pavimentadas, escorregadias ou danificadas.
Nota: Infração punível com multa de 3.000€.
A margem do excesso de velocidade é de 10KM/H, o valor da infração
ficará à discrição do agente da lei.
Artigo 101. Falha no cumprimento do controle de tráfego
1. Condutor que não segue as instruções do controle de tráfego:
a) Não para totalmente nos sinais STOP, pisa as linhas brancas ou
amarelas na borda de cada cruzamento ou com sinalização
adequada;
b) Atravessar uma linha amarela dupla quando entra ou sai de um
estacionamento ou entrada privada;
c) Ignorar sinalização claramente visível, permanente/temporária,
usada para direcionar ou controlar o tráfego de qualquer forma;
d) Ignorar a instrução ou direção de um agente da lei ou
trabalhador da construção civil em um local de obras rodoviárias;
e) Não conduzir adequadamente à direita acompanhando o fluxo de
tráfego, exceto em casos de rotas de emergência ou caminhos
particulares.
Infração punível com multa de 500€.
Artigo 102. Estacionamento não permitido e/ou abusivo
1. Veículo estacionado, com o seu condutor fora ou dentro do veículo,
que se encontre das seguintes maneiras:
a) Obstruindo uma faixa de tráfego, evitando o fluxo de tráfego;
b) Obstruindo completamente um beco;
c) Obstruindo a entrada de um estacionamento;
d) Esteja dentro de uma faixa de pedestres, marcada;
e) Obstruindo mais de dois terços de um caminho de calçada ou
pedestre, enfrentando o tráfego oposto;
f) Estacionado em ponte ou túnel;
g) Estacionado em qualquer estrada;
h) Estacionado em trilhos do comboio ou dentro do alcance de ser
atingido por um vagão do comboio;
i) Estacionado no estacionamento de ambulâncias ou na área da baía
de um hospital ou clínica;
j) Estacionado nas imediações da entrada dos Bancos, incluindo a
calçada adjacente às barreiras de metal;
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k) Obstruindo uma entrada/saída de automóveis privada ou
entrada/saída para uma estrada privada ou caminho;
l) Obstruindo acesso a boca-de-incêndio;
m) Estacionado de uma forma não permitida pelo proprietário do
imóvel;
n) Qualquer exposição de dois ou mais veículos sem licença incorre
em crime punível na lei.
2. Estacionado em cima de linhas proibidas de estacionamento.
3. Organizações do Estado, podem definir regras de estacionamento para
as instalações que mantêm.
4. Culpado quem está sentado em um veículo, com o motor ligado ou
desligado, em qualquer local acima e se recusa a mover-se a pedido de
um agente da lei ou, se propriedade privada, pelo gerente da
propriedade.
Infração punível com multa de 2.000€ e/ou advertência na carta de condução do
condutor.
Artigo 103. Uso ilegal de hidráulica
1. Pessoa que a dirigir um veículo que usa equipamento hidráulico
enquanto está em movimento ou em uma rua, estrada ou rodovia
pública. Isso exclui veículos com equipamentos hidráulicos permitidos
exclusivamente para negócios.
Infração punível com multa de 800€ e apreensão da viatura.
Artigo 104. Veículos ilegais
1. Não poderá circular na via-pública veículos com:
a) Ausência de matrícula;
b) Películas 100%;
c) Peças que excedam mais que 3 centímetros das dimensões
originais da viatura (Comprimento, Altura e Largura): Para-
choques-frontal, para-choques- traseiro, saias laterais, spoilers,
tejadilho, jantes e escape;
d) Neon;
e) Rollcages;
f) Suspensão que deixem a viatura a menos de 10cm do chão
(exceção para veículos que conseguem regular a suspensão);
g) Xénon que não seja de cor branca ou azul;
h) Sticker que ocupe mais que 50% da pintura da viatura;
i) Capôs que mostrem componentes mecânicos da viatura;
j) Buzinas que se assemelham aos sons emitidos por veículos em
marcha de emergência.
2. É possível legalizar veículos sem matrícula, mediante apontamento no
livrete assinado pela autoridade competente, Governo. Há possibilidade
de legalizar uma viatura por meio de averbamentos no livrete em casos
especiais como, motivos médicos, profissionais, etc.
3. Este artigo não é aplicável a viaturas de exposição.
Infração punível com multa até 10.000€ e/ apreensão do veículo.
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Título XI. - Crimes empresariais
Artigo 105. Corrupção
1. Donos de empresas, funcionários e colaboradores que, tenham
conhecimento da prática, ou eles próprios em troca de alguma
vantagem, violem seus deveres funcionais. Constitui crime de corrupção
empresarial: exigir, solicitar, receber, oferecer, prometer ou entregar
vantagem indevida, como sócio, dirigente, administrador, empregado ou
colaborador.
2. Utilização do nome da empresa para conseguir obter vantagens e fazer
uso do dinheiro público para o seu próprio interesse, de um integrante da
família ou amigo.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 500.000€ a 10.000.000€
3. Qualquer ato de corrupção praticado por um funcionário ou
representante de uma entidade pública do estado será alvo de sanções
rigorosas. Constitui-se crimes de corrupção práticas como subornos,
abuso de poder, nepotismo e desvio de verbas.
Crime punível com suspensão direta da função que ocupa até 1 mês.
Coima de 2.000.000€ a 7.000.000€
Artigo 106. Evasão fiscal
1. Donos de empresas, funcionários e colaboradores que utilizem meios
ilícitos para evitar o pagamento de taxas, impostos e contribuições,
em que constam omissão de informações, falsas declarações e
produção de documentos que contenham informações falsas ou
distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas
etc.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 250.000€ a 5.000.000€
Artigo 107. Gestão fraudulenta
1. Ilicitude dos atos praticados pelos responsáveis pela gestão
empresarial, exteriorizada por manobras ardilosas e pela prática
consciente de fraudes.
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2. Sujeitos ativos e passivos: o sujeito ativo é administrador da
instituição financeira. O sujeito passivo é o Estado.
3. Secundariamente, todos os que forem prejudicados pela gestão
fraudulenta.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 150.000€ a 4.000.000€.
Artigo 108. Branqueamento de capitais
1. A Processo que tem por objetivo a ocultação de bens, capitais ou
produtos com a finalidade de lhes dar uma aparência final de
legitimidade, procurando, assim, dissimular a origem criminosa de
capitais, bens ou produtos.
2. A colocação, circulação e integração são puníveis.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima até 1.500.000€.
Artigo 109. Falsificação ou contrafação de documento
1. Quem, com intenção de causar prejuízo a outra pessoa ou ao Estado,
de obter para si ou para outra pessoa benefício ilegítimo, ou de
preparar, facilitar, executar ou encobrir outro crime:
a) Fabricar ou elaborar documento falso, ou qualquer dos
componentes destinados a corporizar-lho;
b) Falsificar ou alterar documento ou qualquer dos
componentes que o integram;
c) Abusar da assinatura de outra pessoa para falsificar ou
contrafazer documento;
d) Fizer constar falsamente de documento ou de qualquer
dos seus componentes facto juridicamente relevante;
e) Usar documento a que se referem as alíneas anteriores;
ou
f) Por qualquer meio, facultar ou detiver documento
falsificado ou contrafeito; A tentativa é punível.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 50.000€ a 1.000.000€
Artigo 110. Obstrução à justiça
1. O recurso à força física, a ameaças ou à intimidação e a promessa,
oferta ou concessão de um benefício indevido para obter um falso
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testemunho ou para impedir um testemunho ou a apresentação de
elementos de prova num processo relacionado com a prática de
infrações previstas na presente Convenção;
2. O recurso à força física, a ameaças ou à intimidação para impedir
um funcionário judicial ou de Polícia, Xerifes e Troopers de exercer
os deveres inerentes à sua função relativamente à prática de
infrações previstas na presente Convenção.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 250.000€ a 5.000.000€
Artigo 111. Ausência de documentação empresarial
1. Ausência de informação anexa aos registos prediais, contributiva, de
sociedade, atividade e respetivos contactos.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 100.000€ a 3.000.000€
Artigo 112. Crime de especulação
1. Movimento de valorização de ativos baseado na crença de que um
cenário econômico continuará favorável a novas altas de preços.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 100.000€ a 3.000.000€
Artigo 113. Violação do âmbito profissional
1. Quem, a título particular ou coletivo, violar a atividade descrita no
respetivo registo empresarial, desempenhando ou executando
competências fora da respetiva esfera.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 250.000€ a 3.000.000€
Artigo 114. Manipulação de mercado
1. Tentativa deliberada de interferir com o livre e esperado comportamento
do mercado financeiro.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 100.000€ a 3.000.000€
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Artigo 115. Abuso de informação privilegiada
1. Quando no ato estejam envolvidas pessoas coletivas ou pessoas
singulares que atuem no mercado com base numa informação não-
pública, de uma forma que, se não a obtivesse não atuaria. Esta
informação é tratada como privilegiada uma vez que não se encontra
divulgada de igual modo para todos os agentes que atuam no mercado,
colocando em causa a confiança, segurança e igualdade de qualquer
mercado de valores mobiliários.
Crime punível com pena de prisão de 5 até 30 anos, suspensão ou cessação de
atividade.
Coima de 150.000€ a 4.000.000€
Artigo 116. Política Imigratória
1. O fechamento de fronteiras será implementado como medida de
controle para restringir o acesso não autorizado ao território nacional
de Atlantic, garantindo maior segurança e eficiência na gestão dos
fluxos migratórios.
2. A deportação de cidadãos em situação irregular, incluindo os
detentores de cidadania Pogba, será realizada de acordo com os
procedimentos legais e com respeito aos direitos fundamentais dos
indivíduos, seguindo as normas internacionais de proteção.
3. O fechamento de fronteiras será adotado em situações de emergência
ou para o controle de fluxos migratórios irregulares, visando proteger a
segurança nacional e o bem-estar da população.
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Definições e Responsabilidades
➔ Crime contra funcionário do Governo
1. Qualquer crime intencionalmente cometido contra um funcionário do
governo ou funcionário das organizações do Governo, conforme
definido pela Constituição de Atlantic, deve punir o perpetrador com a
máxima sentença possível permitida por aquela entrada de código
específica, a menos que um Juiz ordene uma sentença reduzida.
2. São membros do Governo de Atlantic, o Presidente, o Primeiro-
Ministro, Vice-Primeiro Ministro, Ministros, Secretários de Estado,
Seguranças no seu exercício de funções, Secretários, Presidente da
Assembleia e Vice-Presidente da Assembleia.
➔ Organizações criminosas
1. Considera-se organização criminosa a associação de 3 ou mais pessoas
estruturalmente organizada e hierarquizada com distribuição de funções,
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,
vantagem de qualquer natureza.
2. A pena aumenta até o dobro se na atuação da organização criminosa
houver emprego de arma de fogo.
3. A pena é agravada para quem exerce o comando, individual, ou coletivo,
da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de
execução.
4. Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra
organização criminosa, poderá o juiz determinar o seu afastamento
cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração,
quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução
processual tornando-se definitiva após o trânsito em julgado.
➔ Crimes com recurso a arma
1. Uma pessoa que cometer um crime com recurso a arma de fogo terá a
sua licença de porte revogada mesmo que o crime cometido não o refira
expressamente.
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➔ Licenciamentos
1. É responsabilidade do Governo definir as condições de licenciamento das
respetivas atividades.
2. Todo e qualquer evento é considerado ilegal, em caso de os mesmos
serem realizados em local distinto daquele em que a empresa se
encontre licenciada/registada no Governo de Atlantic ou a título pessoal.
3. O Governo pode definir requisitos suplementares em Decreto de
Ministros, publicitados, para o exercício de determinada atividade. O
incumprimento dos requisitos previamente publicitados pelo Governo
implicará a declaração da atividade como ilegal.
4. Os requisitos de acesso e desenvolvimento de uma atividade, devem
respeitar os princípios fundamentais do acesso ao Trabalho.
➔ Nulidades
1. São nulas todas as provas obtidas mediante tortura, coação, ofensa da
integridade física ou moral da pessoa, abusiva intromissão na vida
privada, no domicílio, na correspondência ou nas telecomunicações.
2. São nulas todas as provas obtidas por meios contrários aos
expressamente previstos.
➔ Licenciamentos de compra/venda materiais
1. Toda a compra de material deve estar devidamente licenciada pelo
Governo de Atlantic, sendo que a compra e venda sem conhecimento
de tal, é sancionado mediante o código penal, estando entre a lista de
material incluídos:
a) Minério de ferro, pepita de ferro, ferro, minério de cobre, pepita de
cobre, cobre, minério de ouro, pepita de ouro, ouro, borracha e
látex.
b) Plástico estragado, sucata, componentes eletrônicos estragados e
peças estragadas.
c) Couro, couro sintético, algodão, tecido de kevlar.
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