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Anestesiologia

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Agente injetável ideal Uso do fármaco

- O uso deve ocorrer de forma criteriosa, pois


bolus intermitentes geram acumulação em
Não há nenhum fármaco que tenha todas as
tecidos adiposos.
funções que queremos, dessa forma, utilizamos
- Os barbitúricos diminuem a pressão arterial,
associações, como uma “receita de bolo”.
causando hipovolemia
Assim, torna-se possível utilizar diferentes
Mecanismo de ação
fármacos que juntos vão sinergir para uma
- O que é o receptor GABA?
anestesia segura.
É um receptor inibitório encontrado nos
Deve garantir:
neurônios → quando o neurotransmissor GABA
-​ Homeostase vascular e respiratória
se liga a ele → o receptor abre um canal iônico
-​ Analgesia
seletivo para Cl - (íon cloreto) → Cl- entra no
-​ Relaxamento muscular
neurônio → carrega a carga negativa → deixa o
-​ Inconsciência
neurônio mais negativo (hiperpolarizado) → em
Deve ter boa margem de segurança, curta
hiperpolarização o neurônio não dispara →
duração, pronta metabolização e excreção,
inibição do impulso nervoso.
além de possuir um agente reversor.
- Ação dos barbitúricos
Se ligam em um sítio alostérico do receptor
Metabolização
GABA → aumentando a duração de abertura
Os felinos apresentam dificuldades na
dos canais de cloreto → aumento do influxo de
metabolização de fármacos, e isso não se deve
íons cloreto para dentro do neurônio → redução
apenas a limitações enzimáticas. Além da
drástrica da excitabilidade neuronal.
conhecida deficiência na glicuronidação, suas
vias metabólicas alternativas tendem a se
Tiopental
esgotar mais rapidamente, o que compromete
Barbitúrico de ação ultracurta
ainda mais a capacidade de eliminação dos
Atua como depressor do SNC:
medicamentos.
→ Diminui o consumo de oxigênio no SNC;
→ Reduz a atividade neuronal;
1.​ Barbitúricos
→ Leva à diminuição do fluxo sanguíneo
1.1. Tiopental
cerebral (FSC);
- Apresentação em pó, para que possa ser
→ Induz a depressão dose-dependente do
diluído em água destilada.
SNC;
- pH alcalino
Efeitos na neurocirurgia
- Velocidade de administração maior do que a
→ Diminui a pressão intracraniana (PIC);
do propofol (não precisa seguir a regra de
→ Aumenta a resistência vascular periférica
administrar toda seringa em 2 minutos).
(RVP), mantendo a perfusão cerebral
- Afeta até mesmo sua metabolização e
adequada;
excreção - muito depressor.
→ Protege contra lesões intracranianas (por
- Potencializado por acidose, hipoproteinemia e
isso tão útil em neurocirurgias).
estresse.
Limitações clínicas
→ Não é ideal para indução do coma, por mais
1.2. Fenobarbital/Gadernal
que atue na depressão do SNC. Isso ocorre
- Não é utilizado para anestesia, apenas para
porque o EEG (eletroencefalograma) não
controle de epilepsia.
consegue monitorar adequadamente a atividade
Potencialização do fármaco
cerebral sob efeito do tiopental, visto que ele
- Os efeitos do fármaco são potencializados em
suprime excessivamente a atividade elétrica
ambiente ácido, isso se dá pelo fato de que em
cebral.
acidose, a forma ionizada predomina no
→ A recuperação desse fármaco é altamente
plasma. Como a forma ionizada é menos
lenta, o animal pode demorar muitas horas para
lipossolúvel, ela não se distruibi rapidamente
despertar da cirurgia – o que é evitado
pelos tecidos – fator que prolonga seu efeito,
atualmente. Visto que hoje em dia busca-se
dando a impressão de potencialização.
uma recuperação anestésica rápida para a alta
também ser rápida. Esse fator reduz a - É válido lembrar que o propofol não possui
preferência pelo tiopental em muitos protocolos. efeito analgésico, sendo necessário o uso de
fármacos complementares em protocolos
Fenobarbital multimodais.
Barbitúrico
Os neurônios consomem oxigênio para manter Etomidato
suas atividades vitais. Quando há uma Agente hipnótico não barbitúrico
hiperatividade cerebral (como nas convulsões), - Duração curta (de 5 a 10 minutos)
o consumo de O2 aumenta ainda mais. Esse - Seu principal uso é na indução anestésica,
processo também gera muitos radicais livres especialmente em pacientes com instabilidade
(subprodutos tóxicos do metabolismo de O2) – cardiovascular. Este fator decorre da sua alta
Esses radicais livres podem danificar os estabilidade hemodinâmica, mantendo pressão
neurônios, especialmente em situações de arterial (PA) e frequência cardíaca (FC)
hipóxia ou trauma. O fenobarbital reduz a estáveis.
atividade neuronal, logo, diminui também o Vantagens
consumo de O2 no cérebro. Isso cria um → Boa margem de segurança em cães e outras
ambiente menos tóxico (livre dos metabólitos), espécies;
protegendo os neurônios de lesão em casos de → Não depende do metabolismo hepático, uma
crises convulsivas prolongadas, traumatismo vez que sua degradação ocorre
cranioencefálico ou isquemia cebral. majoritariamente no plasma (pelas esterases -
enzimas catalíticas);
Soluções hipotônicas nas vísceras durante → Excreção predominantemente renal.
procedimentos cirúrgicos: Desvantagens
Deve-se evitar aplicar soluções hipotônicas → Taquipnéia após a administração;
topicamente nas vísceras, pois elas promovem → Atividade mioclônica (espasmos musculares
entrada de água nos tecidos por osmose, e tremores transitórios);
causando edema local. Isso pode dificultar o → Supressão da síntese de cortisol por até 6
fechamento da cavidade, alterar a perfusão e horas (podendo causar bloqueio da adrenal);
complicar a estabilidade anestésica. Por isso, → É proibido em felinos pois causa hemólise
não se recomenda diluir antibióticos em intravascular e supressão adrenal severa,
soluções hipotônicas para uso tópico em órgãos podendo levar à morte.
internos. → Não possui propriedades analgésicas,
devendo ser associado a analgésicos quando
Propofol necessário.
Agente hipnótico não barbitúrico Considerações na MPA
- Não hidrossolúvel → Deve obrigatoriamente ser associado a
- Possui baixa acumulação tecidual, benzodiazepínicos (midazolam ou diazepam) na
especialmente se comparado ao tiopental. MPA → a fim de reduzir os efeitos mioclônicos e
- Pode ser usado por até 1h em felinos, por melhorar a indução.
conta da dificuldade de metabolização. Se o → Pode ser associado a opióides para
tempo for superior a esse haverá intoxicação potencializar o efeito hipnótico e a analgesia.
medicamentosa.
- Uso do propofol em até 24h depois de aberto Alfaxalona
- A metabolização desse fármaco pelo fígado é Agente hipnótico não barbitúrico
muito rápida. Por outro lado, se o fígado e rins - É o sedativo, indutor e hipnótico ideal para
estão prejudicados, ele pode ser eliminado pelo pequenos animais e coelhos;
pulmão. Fator que o torna relativamente seguro - Pode ser administrado via intravenosa (IV) ou
em alguns quadros de insuficiência orgânica. intramuscular (IM) - o que a torna versátil,
- Atua como um hipnótico de ação curta, especialmente em situações em que o acesso
potencializando a ação do GABA no receptor, e venoso é difícil.
assim, promovendo depressão do SNC - Seu perfil é semelhante ao do propofol,
(sedação, hipnose e perda de consciência). mantendo FC e PA estáveis. No entanto, pode
causar maior depressão respiratória se
comparada a esse mesmo fármaco – sendo - Etomidato - resistência vascular periférica
comum observar apneia prolongada, (RVP) = perfusão.
principalmente quando administrada em doses
rápidas ou elevadas. Ação da anestesia dissociativa no Sistema
Nervoso Central
EGG - Éter Guaifenesínico ou Guaifenesia A anestesia dissociativa provoca uma ação
- Relaxante muscular de ação central utilizado mista no SNC:
como co-indutor anestésico - principalmente em → Depressão de algumas áreas (como o
grandes animais. tálamo e os centros de integração sensorial);
- Seu principal efeito é promover relaxamento → Estimulação de outras (como o sistema
muscular sem perda da consciência – o que límbico e reticular).
facilita a intubação orotraqueal. Esse padrão gera uma desorganização
- Não possui propriedades analgésicas nem funcional do cérebro, onde o animal parece
anestésicas isoladamente, por isso deve estar acordado (olhos abertos, reflexos
sempre ser utilizada em associação com presentes), mas está inconsciente e dissociado
agentes hipnóticos ou anestésicos. do ambiente.
- É utilizada no tétano para relaxamento da Catalepsia (membros espásticos),
musculatura inconsciência, analgesia e efeito máximo rápido
- Apresenta ação rápida e curta duração, sendo (pka semelhante ao fisiológico), depressão
metabolizada no fígado. seletiva, estimulação do hipocampo

Hidrato de cloral Mecanismo de ação


- Sedativo-hipnótico de ação central - Atua promovendo a separação funcional entre
- É mais comumente emprego em protocolos de o córtex cerebral e o restante do SNC. Isso
eutanásia (promove depressão profunda do impede que estímulos sensoriais (visuais,
SNC, levando ao óbito). auditivos, olfativos e dolorosos) sejam
percebidos e integrados conscientemente. A
Anestesia dissociativa informação sensorial não é processada de
forma integrada → estado de desconexão
Hipnose
sensorial.
- Sono induzido
- Por esses fatores descritos acima, a avaliação
- Agente hipnótico → todo fármaco que induz
dos reflexos não é confiável nesse tipo de
o sono.
anestesia.
Dose-dependente
Características clínicas da anestesia
- Quanto maior a dose → maior o “coma”
dissociativa
induzido desse paciente.
- Analgesia eficaz (menos eficaz para dor
visceral)
Consequências da depressão no SNC
- Depressão cardiovascular (dose-dependente
- Diminuição da temperatura
→ pode causar aumento inicial da FC e PA,
- Queda da frequência cardíaca → queda da
seguidos de depressão).
pressão arterial
- Depressão respiratória (geralmente leve a
- Queda da frequência respiratória
moderada, com padrão de apnéia em cães →
-Relaxamento muscular
FR reduzida mas há aumento da amplitude
respiratória)
Fármacos que agem na pressão arterial
- Efeitos psíquicos adversos
- Tiopental - resistência vascular periférica =
- Uso prévio de benzodiazepínicos diminui
perfusão (tendo efeito acumulativo em tecido
taquicardia e hipertensão
adiposo - coeficiente de partição baixo - demora
muito para sair da gordura)
Cetamina e Adrenalina
- Propofol - ⭣ resistência vascular periférica
Efeito bifásico → uma dose baixa faz um efeito
(RVP)
e uma dose alta faz outro (efeitos opostos). Por
isso é extremamente perigoso errar a dose 2.​ Indução anestésica (IV ou IM):
desses medicamentos. promovendo rápida hipnose (propofol,
→ Em doses baixas (2mg/kg) são consideradas cetamina, etomidato, etc).
analgésicas. 3.​ Manutenção da anestesia: inalatória
→ Em doses acima de (2mg/kg) trata-se de (isofluorano, sevoflurano); TIVA
uma dissociativa sem analgesia. (anestesia total intravenosa) ou PIVA
(anestesia parcial intravenosa).
Cetamina (S+)
- É um isômero mais potente desenvolvido com Por que não se deve induzir com anestesia
objetivo de manter os efeitos terapêuticos inalatória?
desejados e minimizar os efeitos adversos → Apnéia - a inalação de concentrações
(taquicardia e salivação). elevadas de anestésico para atingir
- 3 a 4 vezes mais potente rapidamente a hipnose pode deprimir o centro
- Menor risco de agitação na recuperação respiratório antes que a via aérea esteja
- Deve ser usado um benzodiazepínico protegida (risco aumentado de hipóxia).​
(diazepam ou midazolam) antes da sua → Hipotensão severa - os agentes inalatórios
administração para atenuar os efeitos da causam vasodilatação e depressão miocárdica.
cetamina. A indução com eles pode levar a uma
acentuada queda de PA.
Alteração em pacientes com Shunt → Estresse e agitação no paciente, além do
- Shunt portossistêmico é uma condição em que desconforto da máscara.
o sangue do sistema portal (que normalmente
iria para o fígado para ser filtrado) é desviado Aparelhos e circuitos anestésicos em
diretamente para a circulação sistêmica, sem pequenos animais
passar pelo fígado. Essa condição faz com que
esse órgão fique subdesenvolvido (pequeno) e I. Acesso às vias aéreas do paciente
tenha função metabólica comprometida. - A obstrução das vias aéreas causa depressão
- Como esses pacientes têm o fígado respiratória, relaxamento e perda dos reflexos
comprometido, a cetamina não é metabolizada protetores → levando à hipóxia.
de forma eficaz → gerando acúmulo no
organismo (efeitos tóxicos e anestesia Tubo endotraqueal
prolongada). - Manutenção das vias aéreas
- Além disso, a cetamina possui efeitos sobre os - Permite a ventilação de pressão positiva
rins já que aumenta o fluxo renal → - Proteção dos pulmões
aumentando a taxa de filtração glomerular. Mas - Contaminação ambiental
ao mesmo tempo, a cetamina estimula a → Como escolher o tamanho do tubo?
liberação de ADH (hormônio diurético) → faz
com que os rins reabsorvam mais água. Assim,
mesmo com maior filtração glomerular → a - Uma outra forma é medindo o diâmetro do
urina é retida → a diurese cai. tubo no espaço entre as duas narinas do
animal, como é exemplificado abaixo:
Anestesia inalatória
Tríade da anestesia geral
1. Analgesia
2. Hipnose
3. Relaxamento muscular

Sequência anestésica ideal


1.​ Administração da MPA: fármacos
sedativos, analgésicos.
- O gato e o cavalo perdem reflexo Por que monitorar a pressão excercida pelo
laringotraqueal muito profundos, então é Cuff (balonete)?
necessário o uso de anestésico local para a - Se for muito alta → danifica a traqueia
passagem do tubo endotraqueal. - Se for muito baixa → permite a aspiração de
- Nos cães, a anestesia precisa ser profunda o secreções e vazamento de anestésico,
suficiente para que esse reflexo seja perdido. comprometendo a anestesia.
Características do tubo Faixa ideal de pressão
- 20 a 30 cm H2O
Pressão acima de 48 cm H2O
- Necrose traqueal
- Ruptura da traqueia (pneumotórax, enfisema
subcutâneo, etc).
Pressão abaixo de 18 cm H2O
- Aspiração de secreções (aumenta o risco de
- Curvatura facilita entrada na traqueia pneumonia);
- Possui duas saídas de ar em sua ponta distal, - Vazamento do gás anestésico.
o que reduz o risco de obstrução por secreções; Como essa pressão é medida?
- Contém um balonete (cuff) inflável próximo à - A medição ocorre por dispositivos específicos
extremidade distal, utilizado para vedar a como os manômetros ou dispositivos portáteis
traqueia e evitar vazamento de gases como seringas.
anestésicos ou aspiração do conteúdo.
- Existem tubos aramados que não dobram.

Cuidados durante a intubação


- O tubo não deve ser introduzido
completamente na traqueia, pois isso pode
aumentar a PIC, além de provocar lesões
traqueais. Assim, a inserção deve parar logo
após a passagem pela glote.
- Deve-se evitar superestimar o diâmetro do
tubo em relação à traquéia, pois isso pode
causar trauma/lesão traqueal, dificuldade na Recrutamento alveolar
inserção e comprometimento da ventilação. - Consiste em insuflar os pulmões com
- Durante a intubação, não se deve encostar o compressão positiva controlada, mantendo-os
laringoscópio na epiglote, pois isso pode causar insuflados por alguns segundos e permitir a
estímulo vagal ou irritação direta, levando ao expiração passiva.
reflexo de broncoespasmo (estreitamento das Manobra utilizada em quais casos?
vias aéreas inferiores → levando a dificuldade - Atelectasia (alvéolos colapsados)
da passagem de ar e aumento do esforço - Para melhorar a oxigenação
respiratório). - Para restabelecer a complacência pulmonar.
- Não encostar na epiglote/aritenóide de felinos Consequências - Edema Pulmonar
e utilizar lidocaína (gel, spray). - Ocorre quando o pulmão, colapsado por
Variação do aparelho longos períodos, é reexpandido de forma rápida
- Tubo aramado → contém um reforço metálico e abrupta → resultando no acúmulo de líquido
em espiral na sua parede → maior flexibilidade nos alvéolos → levando a hipoxemia e
e resistência ao colabamento → não se dobra dificuldade respiratória no pós-operatório.
facilmente → o balonete não interfere na - O edema fica localizado na região caudal ao
intubação por ser mais delicado e bem lobo previamente colapsado. Se difere do
posicionado. edema cardiogênico, que tende a ser
- No entanto, seu custo é elevado, limitando seu cranioventral.
uso.

Dispositivos suplaglóticos
- Máscara laríngea 1. Máscaras
Vantagens 2. Gaiolas de O2 (mais caras)
→ Colocação mais simples e rápida
→ Nível anestésico mais leve para colocação Aparelhos anestésicos
→ Forma um selo em torno da glote, não
O tubo endotraqueal deverá ser conectado a um
entrando na laringe ou na traqueia.
sistema composto basicamente por:
Devantagens
-​ Cilindro de oxigênio
- Refluxo/aspiração
-​ Válvula redutora de pressão
- Irritação na extubação
-​ Chitores
Complicações
-​ Fluxômetro
→ Falha na colocação;
-​ Balão reservatório
→ Lesões nos tecidos orofaríngeos;
-​ Vaporizador
→ Proteção inadequada;

1. Cilindro de gás

Laringoscópio
- Auxilia na intubação traqueal

Administração de oxigênio
- A hemoglobina se liga a 4 moléculas de O2,
vai no tecido e deixa 1 molécula (voltando com
75% de saturação)
- Hipóxia tecidual = abaixo de 80 mmHg →
colocar paciente na oxigenação.
Avaliação da eficácia de sumplementação de
O2:
→ Coloração de mucosas
→ Painel respiratório
→ Mensuração de FiO2, PaO2, SaO2
(saturação arterial de oxigênio) e SpO2
(saturação periférida de oxigênio).

Fluxômetro
Equipamentos para administração de
oxigênio
- É o componente do aparelho que determina
quantidade de O2 que será fornecida ao - Ausência de válvulas e do absorvedor de CO2
paciente; (cal sodada).
- Leitura direta em mL/min ou L/min - Não reaproveitam o gás exalado pelo paciente
​ - Necessita de altas taxas de O2 para eliminar o
Sistemas respiratórios CO2 do sistema
I. Circuito circular valvular (reinalante) - Não aconselhados para pacientes acima de
- Fluxo recomendado: 10 a 20 mL/kg/min → 20kg
baixa taxa de fluxo Indicação
- Possui válvulas unidirecionais e absorvedor de → Pacientes com menos de 10kg
Co2 (geralmente cal sodada) → Menor espaço morto, menor resistência e
- Reaproveita parte do gás anestésico e menor volume total no circuito.
oxigênio que não foram consumidos
- Aparelho ideal para anestesias de longa
duração
Vantagens
→ Melhor conservação de calor e umidade
(preservando a temperatura corpórea);
→ Menor consumo de oxigênio e do anestésico;
→ Poluição ambiental nula.
Desvantagens
→ Mudanças lentas no plano anestésico em
respostas a mudanças na concentração
vaporizada;
→ Risco de acúmulo de CO2 no interior do
circuito caso a cal sodada não esteja cumprindo Baraka neonatal
sua função; - O gás entra por um tubo único
→ Risco de acúmulo de pressões excessivas no
interior do circuito (estar atento à distensão do Sistema de bain neonatal
balão reservatório e abrir a válvula de escape - Tem um tubo coaxial (um tubo dentro do
em casos de necessidade); outro). Onde o gás fresco entra pelo tubo
→ Não se deve utilizar óxido nitroso com fluxos interno, e o gás exalado sai pelo tubo externo.
reduzidos de gás fresco (menor que 30 - Menor conservação de calor e umidificação.
mL/kg/min) porque ele vai se acumular no
interior do circuito.

II. Circuitos abertos/semicirculares (não ATENÇÃO


reinalantes) - Não se deve ventilar um paciente em apnéia
Ex.: Baraka e Bain apertando o balão de reinalação (reservatório)
Características de um circuito de anestesia inalatória, pois isso
- Fluxos de 130-300 mL/kg/min (até 600 pode administrar doses excessivas de
mL/kg/min) → fluxo elevado
anestésico inalatório, agravando a depressão - Quanto menor o CAM → maior a potência do
respiratória e cardiovascular. anestésico inalatório (precisa de uma menor
O que fazer? dose para causar o efeito).
1- Usar o botão de fluxo direto de O2 (flush de
O2) → direciona apenas oxigênio ao paciente, O medicamento é distribuído pelos
sem passar pelo vaporizador. compartimentos orgânicos em ordem de
2- Desconectar o aparelho e ventilar o paciente prioridade: SNC → coração → fígado → rins.
diretamente pelo ambu (ressucitador manual). Quando a concentração de anestésico nesses
três compartimentos se iguala, o paciente atinge
o estado estável de anestesia e o plano
anestésico deixa de oscilar.

Coeficiente de solubilidade sangue-gás


O medicamento mais hidrossolúvel, tem maior
dificuldade de sair do compartimento plasmático
e ser distribuído pelos órgãos do corpo (como o
SNC). Quanto maior este coeficiente, maior a
dificuldade de atravessar os compartimentos
orgânicos → logo, o tempo necessário para que
esse medicamento consiga induzir o paciente é
Identificação - Agentes inalatórios maior.
Cada agente inalatório tem uma cor
pré-definida. É feito dessa forma para evitar
confusões na identificação dos frascos e para Anestesia com respiração
seguir um padrão internacional.
controlada
Desflurano → Azul
Isoflurano → Roxo
Sevoflurano → Amarelo Respiração espontânea → Deixar o animal
Halotano → vermelho ventilar por conta própria, sem intervenção.
Respiração assistida → Quando o animal não
Embora os anestésicos inalatórios sejam possui amplitude respiratória suficiente,
principalmente eliminados por via pulmonar, utiliza-se a ventilação assistida, que busca
uma pequena fração sofre biotransformação aumentar a amplitude respeitando a frequência
hepática → esse metabolismo gera metabólitos respiratória (FR) natural do paciente.
potencialmente tóxicos. Respiração controlada → Quando o animal
está em apneia e a frequência respiratória
O enflurano caiu em desuso na prática clínica passa a ser totalmente definida por quem está
por gerar metabólitos tóxicos para o rim. Um ventilando.
outro caso é o halotano, que é tóxico para o
fígado. Ressuscitação cardiopulmonar
A ventilação controlada normalmente não é
O isoflurano possui menor taxa de necessária. Isso ocorre porque, durante a
metabolização hepática que o sevoflurano, por massagem cardíaca, ao comprimir o tórax, há
isso, tende a gerar mais hipotensão e uma expiração forçada, e ao relaxar, o ar é
taquicardia compensatória. aspirado passivamente devido à pressão
negativa intratorácica. Essa mesma pressão
Concentração alveolar mínima (CAM) negativa também facilita o retorno venoso ao
É a concentração mínima de um anestésico coração, tornando a ventilação passiva eficiente
inalatório nos alvéolos pulmonares capaz de nesse contexto.
impedir o movimento em 50% dos pacientes em
resposta a um estímulo nocivo. Paciente com PAAD (Persistência do arco
aórtico direito) - Paciente filhote
-​ Megaesôfago por compressão do arco receptores nicotínicos, impedindo a
aórtico → animal não se alimenta → propagação do potencial de ação, causando
vomita o que come → fica desidratado relaxamento muscular e podendo levar à queda
(hipovolêmico). da pressão arterial (PA).
-​ Respiração controlada → de paciente -​ A reversão só ocorre com o uso de
hipovolêmico → baixa perfusão cardíaca anticolinesterásicos.
→ maior prejuízo de débito cardíaco. -​ Entre os bloqueadores competitivos,
destacam-se: atracúrio (metabolizado
Paciente hipoproteico por hidrólise de Hofmann e esterases
-​ Níveis reduzidos de proteínas plasmáticas), galamina, vecurônio e
plasmáticas responsáveis pela pressão pancurônio.
oncótica → extravasamento de fluido
para o espaço intersticial → formação do Por outro lado, os bloqueadores não
edema. competitivos atuam bloqueando diretamente
-​ A ventilação controlada nesses os canais iônicos de sódio e potássio,
pacientes pode exarcebar o impedindo a propagação do potencial de ação,
extravasamento de líquidos, trazendo e não possuem antídoto.
maiores riscos respiratórios.
A escolha do tipo de ventilação e o manejo
Do ponto de vista fisiológico, a complacência anestésico devem sempre considerar as
pulmonar refere-se à capacidade de dilatação condições fisiológicas e patológicas do
dos pulmões, enquanto a elastância é a paciente, buscando minimizar riscos e otimizar
habilidade do pulmão de retornar à sua posição a segurança durante o procedimento.
normal após a inspiração. É importante lembrar
que pacientes idosos tendem a perder
elastância, dificultando a mecânica ventilatória.
Durante a ventilação, é fundamental que a fase
expiratória seja mais longa, garantindo a
eliminação adequada do dióxido de carbono
(CO₂). A hiperventilação pode resultar em uma
saturação de oxigênio de 100%, sinalizando ao
organismo que não há necessidade de
continuar respirando, o que pode levar à
apneia. Além disso, o excesso de opióides ou a
administração de bloqueadores
neuromusculares também podem induzir a
apneia.

Os bloqueadores neuromusculares são


utilizados para promover relaxamento muscular
durante procedimentos anestésicos, mas devem
ser manejados com cautela. Esses fármacos
relaxam todos os músculos, inclusive a
musculatura ocular, o que prejudica a
avaliação do plano anestésico. O bloqueio
muscular ocorre de maneira progressiva:
inicia-se na musculatura da cabeça, segue para
a parte proximal dos membros, musculatura
fonatória, musculatura distal e, por fim, atinge o
abdômen.

Os bloqueadores competitivos atuam


competindo com a acetilcolina (Ach) pelos

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