Apostila Especialização.cti PDF
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SUMÁRIO
1. Introdução.....................................................................................................05
2. Exigências Legais.........................................................................................05
3. Exigências de Arquitetura.............................................................................07
4. Recursos Tecnológicos.................................................................................13
5. Equipamentos e Materiais de UTI.................................................................21
6. Exames Complementares de Rotina............................................................39
7. Recursos Humanos e Atribuições Profissionais...........................................42
8. Interação UTI e CCIH...................................................................................45
9. Critérios de Priorização para Internação em UTI.........................................46
10. Patologias Mais Comuns em UTI.................................................................46
11. Admissão do Paciente na UTI.......................................................................50
12. Anamnese....................................................................................................54
13. Exame Físico................................................................................................56
14. Anotações de Enfermagem..........................................................................58
15. Rotinas Assistenciais....................................................................................60
16. Tratamento Dialítico......................................................................................77
17. Oxigenoterapia.............................................................................................84
18. Intubação Orotraqueal..................................................................................89
19. Extubação Traqueal....................................................................................100
20. Paradacardiorespiratória (PCR).................................................................102
21. Escalas Utilizadas em UTI..........................................................................107
22. Cardioversão e Desfibrilação......................................................................113
23. Marcapasso................................................................................................117
24. Posicionamento no Leito............................................................................119
25. Posição de Prona........................................................................................126
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26. Traqueostomia............................................................................................126
27. Lesão por Pressão.....................................................................................137
28. Protocolo de Segurança em Administrar Medicamentos.............................146
29. Principais Drogas Utilizadas Em UTI...........................................................149
30. Prescrição e Aprazamento..........................................................................156
31. Balanço Hídrico..........................................................................................158
32. Humanização da Assistência em CTI..........................................................161
33. Cuidados Paliativos/Terminalidade.............................................................163
34. Controle da Dor..........................................................................................165.
35. Bomba Infusora..........................................................................................166
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CTI ADULTO
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1. INTRODUÇÃO
2. EXIGÊNCIAS LEGAIS
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3. EXIGÊNCIA DE ARQUITETURA
Localização: Cada CTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando
possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização
deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala
recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e
radiologia.
Número de Leitos: Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada
para pacientes gravemente doentes num hospital, quantidade de cirurgias, grau do
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compromisso de cuidados intensivos. Deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais
com capacidade para cem ou mais leitos. O ideal considerado do ponto de vista funcional, são
oito a doze leitos pôr unidade.
Foi publicado no diário oficial a RDC nº 7, que determina que serão 8 leitos de
terapia intensiva para cada enfermeiro e 2 leitos para cada técnico de enfermagem. Além de
1 técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em Cada turno.
Forma da Unidade: Podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista.
A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos
leitos pôr divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes. As
unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotados de painéis de vidro
para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central
de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e
frequência cardíaca..
Área de Pacientes: Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta
ou indireta, seja possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos
pacientes, que permite uma linha direta de visão, entre o paciente e o posto de enfermagem.
Box do Pacientes: A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os
equipamentos e permitir livre movimentação da equipe par atender às necessidades d e
terapia do paciente.
Posto de Enfermagem: Deve ser centralizado, e prover uma área confortável, de tamanho
suficiente para acomodar todas as funções da equipe de trabalho, com dimensões mínimas
de 8m2. Área destinada ao preparo de medicação, iluminação adequada de teto, energia de
emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de
medicamentos, materiais e soluções e um relógio de parede deve estar presente. Espaço
adequado para terminais de computador e impressoras e para se colocar os gráficos de
registros médicos e de enfermagem.
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Sala de Utensílios Limpos e Sujos: As salas de utensílios limpos e sujos devem ser
separadas. Os pisos sem emendas ou junções, para facilitar a limpeza. A sala de materiais
sujos(expurgo), deve ser localizada fora da área de circulação da unidade. Recipientes
especiais devem ser providenciados para descartar agulhas e outros objetos perfurocortantes.
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Energia Elétrica: Devem ter sua alimentação chaveada para fonte de emergência que
rapidamente reassume a alimentação no caso de quedas de energia elétrica, devendo garantir
o suprimento nas 24 horas. O número de tomadas sugerido é de no mínimo onze (11), ambas
com voltagem de 110 e 220 volts e adequadamente aterradas. Deve dispor também de
acesso à tomada para aparelho transportável de raios X, distante de cada leito.
Iluminação: Além da iluminação natural, deve ter iluminação geral. Iluminação específica para
procedimentos e urgência devem ser colocados diretamente acima do paciente.
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4. RECURSOS TECNOLÓGICOS
Oxímetro de pulso: Equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no
dedo. Através da determinação da coloração sanguínea capilar, verifica a taxa de saturação
do oxigênio designada Saturação de O2, ou seja, mede indiretamente a oxigenação dos
tecidos de maneira contínua.
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Aparelho de ECG: Eletrocardiograma, ou ECG, é um exame que avalia a atividade elétrica
do coração a partir de eletrodos fixados na pele.
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Monitor Cardíaco Multiparâmetro : É monitorar o traçado de ECG, a frequência cardíaca, a
pressão sanguínea não invasiva (pressões arteriais sistólica, diastólica e média), a saturação
de oxigênio arterial funcional, temperatura e a frequência respiratória.
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Ventilador Mecânico: Respirador ou ventilador mecânico é o equipamento cuja função é
bombear ar aos pulmões e possibilitar a sua saída de modo cíclico para oferecer suporte
ventilatório ao sistema respiratório.
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Circuito do Ventilador Mecânico
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Bomba de Infusão: Utilizada para perfundir líquidos tais como fármacos ou nutrientes, com
controle de fluxo e volume nas vias venosa, arterial ou esofágica.
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Aspirador de Secreção Elétrico: O aspirador traqueal é um equipamento frequentemente
utilizado para auxiliar em procedimentos cirúrgicos, clínicas médicas, consultórios
odontológicos e em UTI. Sua função é aspirar secreções e líquidos quando o paciente está
impossibilitado de expelir as secreções sozinho ou até mesmo tossir.
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Marcapasso: É um microcomputador que, conectado ao coração por meio de fios, detecta a
frequência cardíaca e regula os batimentos através de emissão de estímulos ou impulsos
elétricos.
Marca-Passo
externo
Gerador
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5. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE UTI
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Ambú: Tem finalidade de promover a ventilação artificial enviando ar comprimido ou
enriquecido de oxigênio para o pulmão do paciente em casos como: parada respiratória,
asfixia, afogamento, infarto e tudo que possa levar o paciente a ter uma parada
cardiorrespiratória, o ambu é utilizado após as compressões torácicas.
Bolsa
Reservató
ria de 02
Máscara
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Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado de 0.5 a 1.0
cm que é introduzido na traqueia sob anestesia e sedação. Permite a conexão do ventilador
mecânico com os pulmões. (Numeração de 2.0 á 10.0).
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Máscara e cateter de oxigênio - São dispositivos utilizados para fornecer oxigênio
suplementar em quadros de falta de ar. O cateter é colocado no nariz e a máscara próxima a
boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. Em geral são dispositivos
passageiros e retirados após melhora dos quadros dispneicos.
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Macronebulizador
Cateter de oxigênio
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de segurança, que não permite que as secreções se espalhem pela rede de vácuo do hospital.
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Painel de Gases: A régua de gases separa os gases medicinais para administração ao
paciente. O sistema separa os gases (oxigênio e ar comprimido) e o vácuo antes deles
chegarem ao painel da régua de gases, conforme determina a anvisa.
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Fluxômetros: O fluxômetro é um aparelho usado em procedimentos clínicos e médicos para
medir e controlar o fluxo de oxigênio, ar comprimido ou outros gases medicinais. Como o tubo
do fluxômetro de oxigênio é graduado, a medida é feita pelo meio desta esfera, que permite
informar o quanto de gás está sendo liberado.
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Fixador de Tubo Orotraqueal: É usado para fixar o tubo orotraqueal em uma posição
adequada.
Fio-guia: Utilizado quando a intubação torna-se mais difícil, mesmo utilizando o laringoscópio,
sendo um meio de guiar o tubo orotraqueal, facilitando a intubação. Inserido dentro do tubo.
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Carro de PCR: Um Carro de Parada contém os equipamentos usados por médicos e
enfermeiros quando acontece uma parada cardíaca.
Material:
Equipamentos de proteção individual: luvas, máscaras, gorros, óculos de
proteção, capotes (aventais).
Monitor/Desfibrilador: O desfibrilador de preferência deve apresentar
Monitorização nas Pás. Este é um aparelho elétrico com dois eletrodos que são
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colocados sobre o peito. Ele descarrega eletricidade no coração quando é
indicada uma frequência fatal. O objetivo é dar choques no coração para que ele
volte ao normal.
Tábua de parada (prancha de cama): No leito hospitalar, antes de iniciar a
Reanimação Cardiopulmonar Compressiva deve ser colocado um suporte firme
sob as costas do paciente. Uma tábua que se estenda dos ombros até a cintura e
por toda a largura da cama, fornece um ótimo suporte.
A largura da tábua é especialmente importante para evitar perda de força de compressão,
por conta do afundamento do colchão, quando o tórax é comprimido.
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Laringoscópio: É um instrumento utilizado para o exame da laringe. Existem
diversos tamanhos e formatos que servem a propósitos diferentes. Na intubação
endotraqueal o laringoscópio é utilizado para obter-se uma exposição adequada
das cordas vocais facilitando a introdução de um tubo orotraqueal que é utilizado
para ventilar o paciente.
Tubo Endotraqueal (6,0 a 10,0 adulto) : Procedimento de suporte avançado de
vida onde o médico, com a ajuda de um laringoscópio, visualiza o laringe e através
dele introduz um tubo na traqueia (tubo endotraqueal). Tal tubo será utilizado para
auxiliar a ventilar o paciente, pois possibilita que seja instituída a ventilação
mecânica, ou seja a ventilação dos pulmões (respiração) através do uso de
aparelhos. O tubo permite que o equipamento de respiração artificial assuma a
tarefa de respirar pelo paciente.
Guia para intubação traqueal: Os estiletes guias semi-rígidos foram desenvolvidos
com a finalidade de auxiliar a intubação sob laringoscopia direta, ao direcionarem
o Tubo para a traqueia.
Fixador de TOT : Proporcionando um posicionamento seguro do tubo
endotraqueal após intubação oral.
Cânula Endotraqueal ou Traqueostomia: Este procedimento é feito no centro
cirúrgico ou na própria Unidade de Terapia Intensiva, através de uma pequena
incisão sob anestesia geral no meio do pescoço. Após a abertura da traqueia, uma
cânula de traqueostomia é introduzida e conectada ao aparelho de ventilação. Na
ponta da cânula tem um balão que é insuflado para que o ar injetado pelo aparelho
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siga obrigatoriamente seu trajeto até os pulmões, evitando vazamento ao redor
da cânula.
Sonda de Aspiração Traqueal: É indicada a pacientes impossibilitados de eliminar
as secreções ou pacientes intubados ou ainda traqueostomizados. Consiste em
retirar a secreção traqueobrônquica e orofaríngea através de uma sonda ligada a
um aparelho de sucção manual ou de máquina elétrica. A aspiração traqueal pode
ser efetuada por via oral ou nasal, sendo a oral a mais frequentemente executada,
porque o acesso é mais fácil e permite o uso de sondas com calibres maiores.
Sonda Nasogástrica: A passagem de sonda gastrointestinal é a inserção de uma
sonda plástica ou de borracha, flexível, podendo ser curta ou longa, pela boca ou
nariz para: descomprimir o estômago e remover gás e líquidos; diagnosticar a
motilidade intestinal; administrar medicamentos e alimentos; tratar uma obstrução
ou um local com sangramento; obter conteúdo gástrico para análise.
Cateter Intravascular Periférico (Jelco 14 á 24): Cateter periférico de uso único,
descartável confeccionado em Polímero radiopaco, indicado em terapia
intravenosa periférica de permanência até 72 horas na veia.
Cateteres das veias centrais: São tubos pequenos colocados nas grandes veias
centrais próximas ao coração, para que líquidos e medicamentos possam chegar
rapidamente aos órgãos importantes. Realizado pelo Médico.
Equipo de Soro: Espécie de mangueira aderida ao paciente e ao soro. Existem
vários tipos de Equipo, entre eles os principais que podem conter no carrinho são:
- Equipo comum.
- Equipo tipo bomba de infusão: permite a infusão medicamentosa, com maior precisão;
- Equipo tipo microgotas.
- Seringa.
- Agulha
Soro Fisiológico: Solução isotônica em relação aos líquidos corporais que contem
0,9%,.
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Soro Glicosado: Solução isotônica em relação ao sangue, que contém 5%, em
massa, de glicose.
Ringer Lactato: Composta de cloreto de sódio, cloreto de cálcio, cloreto de
potássio e lactato de sódio, diluídos em água para injeção, a composição dessa
solução aproxima-se estreitamente daquela dos líquidos extracelulares.
Água Destilada: foi obtida através da destilação (condensação do vapor de água
obtido pela ebulição ou pela evaporação) de água não pura que contém outras
substâncias dissolvidas. Usado como diluente de alguns fármacos.
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Assistolia ou AESP. Somente em situações de ressuscitação prolongada. Como:
Ataque, 1 mEq/ kg ev inicialmente metade dessa dose a cada 10 min
posteriormente.
Lidocaína: Antiarrítmicos Podendo ser utilizada por via endotraqueal em casos
de emergência, quando o acesso venoso ainda não foi estabelecido.
Apresentação: 100 mg/5ml. Na falta da amiodarona, pode-se utilizar a lidocaína em seu lugar.
Como: TV estável - 1 a 1,5mg/kg EV em bolus.
Sulfato De Magnésio: Anticonvulsivante Como: Ataque -1 a 2 gr em 50 a 100 ml
de SG5% em 5 a 60 min (fora da PCR) ou 1 a 2 g em 10 ml de SG5% em bolus
(na PCR).
Adenosina: É utilizada por via endovenosa para reversão de taquiarritmias com
QRS estreito. Como: 1 ampola em "bolus" IV.
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Carro de PCR
(Parada CardioRespiratória)
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Bala de Oxigênio ou Cilindro de Oxigênio: É um equipamento desenvolvido em alumínio
que serve para armazenar gases comprimidos ou liquefeitos. Serve para
manter/transportar/encaminhar pacientes que necessitam de suporte
ventilatório/oxigenioterapia.
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Eletrodos: Eletrodos cardíacos são pequenos dispositivos que conectam o paciente ao
monitor do aparelho de ECG. Ou seja, os eletrodos são as partes do eletrocardiógrafo
que ficam em contato com pele do paciente durante o eletrocardiograma.
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6. EXAMES COMPLEMENTARES DE ROTINA
Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas
UTIs. Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como:
Hematológicos: através da punção venoso, coleta-se pequena amostra de sangue para
avaliação no laboratório central dos principais eletrólitos, enzimas e metabólitos do organismo.
Radiológicos: Diariamente efetua-se nos pacientes submetidos a ventilação mecânica a
radiologia torácica pulmonar para controle e diagnósticos de derrames (líquidos) e infecções
como a broncopneumonia.
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Gasométricos: designada de gasometria arterial, é efetuada punção na artéria radial situada
no punho (local do pulso). Após coleta, a amostra é analisada através do equipamento
designado hemogasômetro que permite a análise dos principais gases do sistema respiratório
tais como oxigênio e gás carbônico. Portanto é método para avaliação da boa função
pulmonar.
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7. RECURSOS HUMANOS E ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
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Assistente Social: Atua no apoio a família e paciente em situações externas ou internas que
possam impor dificuldades não relacionadas ao andamento terapêutico direto, seja no âmbito
familiar, do trabalho ou pessoais.
Fonoaudiólogo: Avaliar presença dos reflexos orais, força e ritmo da deglutição, coordenação
entre deglutição e respiração. Treinamento na fala de pacientes traqueostomizados.
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Ação não realizada – Fazer um círculo ao redor do horário prescrito, rubricar e, descrever os
motivos no impresso de anotações. Ex: Acompanhante deu comida ao cliente.
É atribuição do técnico fazer diariamente, as anotações dos clientes sob sua
responsabilidade, no impresso de “Anotações de Cuidados de Enfermagem” e as
do Balanço Hídrico.
As anotações de enfermagem não podem conter rasuras ou ser inventadas. Tal
conduta é considerada antiética e crime, estando sujeito a punições perante
processos judiciais.
Colocar a data e anotar a hora dos cuidados realizados tais como:
- verificação dos sinais vitais conforme horários definidos no plano de cuidados de
enfermagem
- eliminações fisiológicas, drenos e sondas
- as seis refeições: desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia
Incluir as queixas
Assinar e colocar COREN.
Realizar passagem de plantão: Representa a entrega do seu trabalho a equipe
subsequente. Transmite informações sobre a os cuidados realizados aos clientes
e família e, também favorece a organização do trabalho.
Antes da passagem de plantão, toda equipe deverá fazer a “finalização” do turno,
ou seja:
- Organizar das enfermarias recolhendo as roupa usadas, vidros de diurese, comadres,
papagaios, banheira, e outros materiais usado na assistência.
- Verificar as anotações e checar as prescrições médicas e de enfermagem
- Checar se todos os cuidados de enfermagem foram anotados no impresso de Anotações de
Enfermagem – dietas, eliminações e queixas.
- Organizar a sala de procedimentos e posto de enfermagem.
- Organizar o carrinho de emergência e sua reposição.
- Organizar o repouso da equipe, retirar os lençóis da cama.
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8. INTERAÇÃO UTI E CCIH
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Swab
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10. PATOLOGIAS MAIS COMUNS NA UTI
RESPIRATÓRIAS
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA): O sistema respiratório torna-se incapaz de
atender à manutenção da oxigenação do paciente. Em consequência disso, o
sangue venoso não é suficientemente oxigenado e, portanto, o dióxido de carbono
não é eliminado adequadamente. Esse processo é agudo, ou seja, apresenta
início súbito.
Hipoxemia: Situação em que a concentração de oxigênio no sangue está abaixo
do valor normal. os valores de pressão arterial de oxigênio no sangue abaixo de
80mmhg são indicativos de hipoxemia, sendo valores abaixo de 60 mmhg
característicos de hipoxemia severa.
Edema Agudo de Pulmão(EAP): É uma situação de emergência caracterizada por
acúmulo anormal de líquidos no interstício e nos alvéolos pulmonares (congestão
pulmonar). Esse acúmulo de líquidos é causado pelo aumento da pressão
sanguínea nos capilares, acarretando deslocamento de líquido do sangue para o
interstício e, depois, para os alvéolos pulmonares.
Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto(SARA) ou Síndrome do Desconforto
Respiratório do Adulto(SDRA): É definida como um quadro de lesão pulmonar
aguda associada a um edema agudo pulmão, não cardiogênico, e hipoxemia
severa.
Hipertensão pulmonar: É uma síndrome caracterizada pelo aumento progressivo
da resistência vascular pulmonar, ocasionando sobrecarga do ventrículo direito e
culminando com sua falência. Consiste na elevação da pressão sanguínea nas
artérias que levam o sangue do lado direito do coração para os pulmões.
Insuficiência respiratória aguda necessitando de suporte ventilatório.
Embolia pulmonar com instabilidade hemodinâmica.
Pacientes em unidade intermediária com deterioração respiratória.
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Insuficiência respiratória (intubação imediata).
CARDIOVASCULAR
Infarto agudo do miocárdio
Choque cardiogênico
Arritmias complexas requerendo monitorização contínua e intervenção
Insuficiência cardíaca congestiva aguda com insuficiência respiratória e/ou
requerendo suporte hemodinâmico
Emergências hipertensivas
Parada cardio-respiratória (pós-reanimação)
Tamponamento cardíaco com instabilidade hemodinâmica
Aneurisma dessecante da aorta
Bloqueio cardíaco completo ou situações de bloqueio associados a distúrbios
hemodinâmicos aos quais são necessários tratamento intensivo e/ou marca passo
temporário
Edema agudo de pulmão
Angina instável (com arritmias, instabilidade hemodinâmica e dor torácica
persistente)
Pós para cardiorrespiratória
NEUROLOGIA
Doença vascular cerebral aguda com alteração do nível de consciência
Coma metabólico
Hemorragia intracraniana
Hemorragia sub-aracnóide aguda
Meningite com alteração do estado mental ou comprometimento respiratório.
Hipertensão intracraniana
Pós-operatório do SNC
Trauma crânio encefálico grave
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Convulsão Grave
FARMACOLOGIA INGESTÃO/OVERDOSE
Instabilidade hemodinâmica
Coma com instabilidade respiratória ou não
Convulsão de difícil controle
Convulsão subsequente a ingestão de drogas
Alteração do nível de consciência
GASTROENTEROLOGIA
Hemorragia digestiva persistente com sinais de choque
Insuficiência hepática fulminante
Pancreatite grave
Gastrenterite com choque
Perfuração esofágica
Úlceras gastroduodenais complicadas/perfuradas
ENDOCRINOLOGIA/METABOLISMO
Cetoacidose diabética complicada com instabilidade hemodinâmica, acidose
grave
Distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásico graves
Crise tireotóxica ou coma mixedematoso com instabilidade hemodinâmica
Estado hiperosmolar com coma e/ou instabilidade hemodinâmica
Outros problemas endócrinos como crise adrenal com instabilidade
hemodinâmica
Hipercalcemia grave com alteração do estado mental necessitando de
monitoração hemodinâmica
Hipo ou hipernatremia com convulsão, alteração do estado mental
Hipofosfatemia com fraqueza muscular
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CIRURGIA
Pacientes de pós-operatório necessitando monitoração hemodinâmica e suporte
ventilatório
RENAL
Insuficiência Renal Aguda
DIVERSOS
Choque séptico com instabilidade hemodinâmica;
Lesões por choque elétrico, afogamento, hipotermia;
Hipertermia maligna;
Distúrbios hemorrágicos complicados;
Politraumatizados; Traumatismo Craniano
Injúrias ambientais;
Terapêutica com risco potencial de complicação
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Para que a admissão do paciente na Unidade de Terapia Intensiva seja realizada
de forma rápida e segura, poderá ser estabelecido um protocolo que descreva as atividades
de responsabilidade das equipes envolvidas. Compreende as seguintes setores:
1. Solicitação de vaga/leito disponível: a unidade de origem solicita a vaga
para o médica responsável pelo plantão e discute com o enfermeiro o
melhor leito a ser destinado ao paciente. A unidade de origem será
responsável pelo transporte e pela segurança do paciente, mantendo suas
condições clínicas e hemodinâmicas.
2. Enfermeiro do setor de origem: transmite por telefone o caso do paciente
ao enfermeiro da unidade de terapia intensiva, com dados relevantes
sobre: hipótese diagnóstica e dias de internação, breve exame físico e
condições geral do paciente, necessidade de suporte ventilatório, bombas
de infusão ou outro equipamento que poderá ser utilizada pelo paciente.
Após a passagem de plantão, o enfermeiro da unidade de terapia intensiva
confirma o horário para transferência do paciente.
PROCEDIMENTOS DE ADMISSÃO
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O paciente deverá ser monitorizado e submetido imediatamente à verificação dos
sinais vitais e à investigação do traçado eletrocardiográfico;
As drogas e medicações deverão ser colocadas em bomba infusora conforme
prescrição médica, e, em seguida, deve-se iniciar rigoroso controle e aprazamento
dessas drogas;
Instalar oxigenoterapia ou ventilação conforme prescrição médica;
O enfermeiro deverá realizar exame físico completo e registrá-lo em evolução de
enfermagem quando da admissão do paciente;
O técnico de enfermagem anota no prontuário os parâmetros vitais e as
eliminações fisiológicas do paciente (se houver sonda vesical), realizando
respectivamente a anotação de enfermagem.
NORMA ESPECÍFICA
➔ Queixas principais
ATENÇÂO:
• Para evitar transtornos à equipe, oriente o cliente e família quanto ao uso de pertencer
pessoais durante a internação, tais como: celular, óculos, carteira com documentos, adornos,
prótese dentárias e outros. Utilize o armário disponível ou estimule o familiar levar para casa.
O hospital não se responsabiliza por perda ou danos.
• As próteses de uso pessoal (dentária, ocular e outras) bem como aparelhos (como por
exemplo muletas), avalie as condições em que se encontra e anote no prontuário.
MONTAGEM DO BOX
Equipamentos e materiais:
Cama com grades laterais de segurança, se possível, antropométrica arrumada
com lençol, oleado (impermeável), traçado, lençol de cobrir, cobertor;
Monitor Multiparâmetros: Contendo ECG e opcional para pressão arterial não
invasiva e invasiva, oximetria de pulso, temperatura e respiração. Incluindo os
acessórios: cabo paciente, sensor para oximetria de pulso, cabo para transdutor
de pressão, kit de monitorização completo ou para montagem;
Respirador;
Bombas infusoras;
Esfigmomanômetro;
Estetoscópio;
Termômetro;
Suporte de soro;
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Painel de gases checado (manômetro de oxigênio, ar comprimido e vácuo, e
fluxômetro de oxigênio e ar comprimido);
Aspirador a vácuo;
Aspirador de secreção
AMBÚ com máscara;
Nebulizador com traquéia e máscara;
Umidificador;
Eletrodos;
Cateter para aspiração de secreções;
Cateter de oxigênio nasal ou macrobebulização contínua
Luvas;
Máscaras;
Gaze.
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12- ANAMNESE
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Antecedentes pessoais (hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias, acidente
vascular encefálico, etc).
Medicações em uso, com dosagem e o último horário de administração.
Tratamentos e cirurgias prévias.
Alergias.
Gravidez/ data da última menstruação.
Esquema de vacina.
Restrição alimentar.
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Crânio: lesões, hematomas, deformidades, higiene e presença de parasitas e etc.
Face: (coloração da pele e presença de lesões).
Olhos: (pálpebras ptose palpebral, nódulos e lesões, edema.
Globo ocular: protuso/exoftalmia ou afundamento/enoftalmia.
Esclerótica: coloração/icterícia, hemorragia.
Pupilas: isocóricas ou anisocóricas, miótica, midriática, diâmetro, fotorreagente.
Nariz: movimento das asas do nariz, secreções, lesões, ou epistaxe.
Ouvidos: higiene, presença de cerume, lesões e sinais flogísticos.
Boca: coloração da mucosa oral, hálito, lábios, gengivas, dente, uso de próteses.
Língua:. Avaliar úvula, palato mole, orofaringe e amígdalas ( Sinais de inflamação).
Pescoço: veias jugulares, pulso carotídeo, palpar linfonodos = dor, ou gânglios.
9. Avaliação cardíaca: pulsos, FC, e PA; avaliação das bulhas cardíacas,
auscultando os 4 focos.
10. Avaliação pulmonar: FR, padrão respiratório (eupneico, bradpneico, taquipneico,
apnéia, dispnéia), amplitude da respiração (profunda ou superficial, ausculta de
ápice a base bilateralmente = murmúrios vesiculares ou ruídos adventícios
(roncos, sibilos, crepitantes).
11. Avaliação abdominal:
Inspeção: forma abdominal, cicatriz umbilical, lesões, cirurgias.
Palpação: hipersensibilidade/dor, contorno de órgãos.
Percursão: predomínio de sons timpânicos, exceto em regiões onde tenham órgãos como
fígado, baço ou vísceras preenchidas por fezes líquidos.
ausculta: verificar a presença dos ruídos hidroaéreos, se estão aumentados, diminuídos ou
se não há ruídos (íleo paralítico).
12. Extremidades: Verificação de pulsos (Membros superiores e inferiores
bilateralmente), integridade da pele (lesões, curativos), mobilidade, perfusão,
temperatura, presença de dispositivos intravenosos (gotejamento e composição
da medicação infundida), uso de próteses ou órteses.
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13. Sinais Vitais: Estes podem ser descritos no final ou no início do documento, ou
então distribuídos com seus sistemas correspondentes. (Frequência Cardíaca-
FC, Pressão Arterial - PA, frequência Respiratória- FR e Temperatura.
14. Verificar Glicemia Capilar HGT (Haemoglucotest).
ANOTAÇÃO DE ADMISSÃO
Na admissão do paciente, alguns dados devem ser registrados, entre eles:
59
data e hora da admissão;
condições de chegada;
presença de acompanhante;
condições de higiene;
queixas relacionadas ao motivo da internação;
procedimentos e cuidados realizados no ato da admissão;
orientações fornecidas ao paciente e ao acompanhante.
REGISTRO DE ENFERMAGEM
Os Registros de enfermagem são todos os registros das informações
do paciente, das observações feitas sobre seu estado de saúde, e de
outros cuidados.
Informar sobre a assistência prestada e, como consequência uma
informação disponível para a avaliação da eficiência e eficácia dessa
assistência.
Anotar também todas as intercorrências, detalhes e alterações
possíveis do paciente no decorrer do plantão. Da qual ficará
documentada no prontuário do mesmo.
Feito pela Enfermagem após a avaliação do estado geral do paciente
como ele se encontra no momento. Desse registro devem constar os
problemas novos identificados, um resumo sucinto dos resultados dos
cuidados prescritos.
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
A elaboração da evolução de enfermagem é privativa do enfermeiro. A evolução
caracteriza-se por:
Conter registro e dados analisados;
Ser elaborada pelo enfermeiro;
Relatar o período de 24h;
60
Conter o registro de reflexão e da análise de dados que foram processados e
contextualizados;
Ser precedida por horário;
Registrar e compreensão das orientações educacionais feitas ao paciente e
ao acompanhante.
61
Imagem de RX Sonda Naso
Entérica
62
Cuidados: Inspecionar a narina diariamente para irritação cutânea, Higiene oral e nasal. Se
há
Diarreia (fórmulas, rápida infusão), Distensão abdominal, Náusea, vômitos, fezes,
Débito urinário, Padrão respiratório.
Confirmar posicionamento da sonda antes de instilar qualquer líquido
Elevar a cabeceira na administração de dieta
Medir resíduo gástrico antes de cada alimentação e a cada 4 a 8hs na alimentação
contínua
Monitorar a velocidade do gotejamento
Lavar a sonda 30 a 50ml antes e depois de cada dose de alimentação e
medicação
Quando não estiver sendo utilizada irrigar a sonda duas vezes ao dia no mínimo
Trocar o equipo a cada 24hs
Pode ser:
Gravitacional;
Bomba Infusora;
Bolus – direto na sonda do paciente;
63
Sonda Vesical - Em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da diurese
(volume urinário), é necessário introduzir sonda na uretra (canal urinário) até a bexiga. A sonda
é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos. Deverá ser realizado
com técnica asséptica, todo material estéril.
O sistema fechado nunca deverá ser rompido.
Quando houver obstrução deverá ser trocado todo o sistema.
Não é necessário a rotina periódica da troca de sonda vesical de demora sem do
sistema de drenagem.
64
A troca deverá ser efetuada quando houver obstrução, vazamento ou indicação
médica.
Para coleta de pequeno volume de diurese (urinocultura ou EAS) deve-se fechar
a sonda por 15min e após fazer a desinfecção da parte distal da sonda com álcool
a 70%. Aspira a urina com seringa estéril.
Manter a bolsa coletora no nível inferior a bexiga.
Ao transportar o paciente sempre clampear o coletor para não haver retorno da
diurese para bexiga.
Sonda Foley
65
Retirar o cateter e mudar o sítio de punção a cada 72hs, para diminuir o risco de
flebite.
Sempre lavar as mãos antes de entrar em contato com o paciente;
Verificar se está bem fixado na pele;
No momento do banho, proteger o acesso e evitar com que caia água no local -
isso pode ser feito com plástico;
Sempre que for mexer no local do acesso, garantir a lavagem de mãos para evitar
possíveis infecções;
Verificar sempre se há sinais de sujidade e sangramentos
Se houver vermelhidão, edema e a pele na região do acesso estiver quente, retire
o acesso
Utilizar o cateter para nutrição parenteral, apenas para esse fim, ou seja, via
exclusiva.
Não deverá entrar nenhuma medicação na via da nutrição venosa.
66
Quando cateter de duplo lúmen ou mais lúmen identificar a via da NPT.
A nutrição parenteral é a administração de nutrientes diretamente na veia, quando já não é
possível obter os nutrientes através da alimentação normal. Assim, este tipo de nutrição
é utilizada quando a pessoa já não tem um trato gastrointestinal funcionando corretamente, o
que mais frequentemente acontece em pessoas em estado muito crítico, como é o caso de:
Síndrome do intestino curto;
Fístulas gastrointestinais;
Obstrução intestinal;
Pancreatite aguda;
Câncer gastrointestinal em estado avançado; por exemplo.
67
Cateter Central - O cateter é chamado de central em decorrência de estar próximo ao
coração. Permite acesso venoso rápido e eficaz. Sua permanência pode variar. O cateter
venoso central, é utilizado principalmente na UTI para infusão de grandes volumes de
medicações e algumas em específico, como drogas vasoativas. Para um cateter venoso
central, a via distal deverá ser visualizada em raio x. Ele também é indicado para verificação
da pressão venosa central, administração de medicamentos irritantes, vesicantes ou pela
difícil rede venosa.
Manipular o cateter com técnica asséptica, usando um campo, luvas e materiais
estéreis.
Utilizar solução alcoólico 70%.
Evitar a inserção de um cateter que se exteriorizou do local de saída, a inserção
de um novo cateter deverá ser realizada preferencialmente em outro sítio.
Utilizar curativo transparente semi-permeável sempre que possível. Trocar
curativo de 7/7 dias ou antes, se necessário.
O curativo imediato após a punção deverá ser feito com gaze, devendo ser
substituído pelo curativo transparente após 24 horas. Realizar antissepsia com
PVPI alcoólico a 10% ou clorexidina alcóolica 4% e retirar qualquer resíduo de
sangue antes de aplicar o curativo transparente.
Quando forem utilizados curativos com gaze e esparadrapo, trocar o curativo com
técnica asséptica a cada 48 horas.
68
Tubo orotraqueal - A permanência pode ser de curta duração, até horas, ou semanas. Caso
não possa ser retirado e com previsão maior de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade
de traqueostomia e inserção da cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até
alimentar-se. O Tubo deve estar sempre na posição centralizada da boca. Deve ser realizado
a aspiração do tubo orotraqueal quando houver secreção com técnica estéril
69
Traqueostomia: Consiste na abertura da traqueia na região inferior frontal do pescoço e
introdução de cânula plástica em substituição do TOT. Não é recomendada a manutenção
por longos períodos do tubo orotraqueal em virtude de lesões que podem ocorrer na traqueia
e laringe. Cabendo ao intensivista a indicação e recomendação da traqueostomia. Pode ou
não ser procedimento permanente, podendo ser retirada quando do desmame efetivo do
ventilador mecânico.
Aspiração Traqueal:
Para umidificação o tubo endotraqueal ou traqueostomia utiliza-se ampola de
água destilada,
Antes de realizar o procedimento aumentar a FiO2 para 100% durante
aproximadamente 2min.
Em casos como DPOC, enfisema pulmonar conforme orientação médica.
Sempre realizar o procedimento com luva estéril.
Separar o material a ser utilizado;
Verificar o funcionamento de toda a rede;
Se em VM, verificar se há água no circuito e retirá-la;
Utilizar EPI - Óculos protetores, Máscara facial, Avental descartável, Luva estéril
Após cada procedimento, lavar o látex conectando diretamente ao frasco de AD
(500ml).
70
Trocá-lo a cada 24hs.
A sonda de aspiração deve ser substituída por outra estéril.
Sucção no máxima por 10 seg.
Repetir preferencialmente até três vezes.
Observar Sangramentos
Dieta Enteral – parada
Cuidado com a Profundidade de introdução.
Procedimento
Introduzir sonda até encontrar “resistência”
Iniciar a aplicação do vácuo, com movimentos circulares suaves do cateter,
permitindo a limpeza das secreções ( entrar com a sonda de aspiração com o
látex campleado e depois que colocar a sonda liberar o sistema de aspiração)
Observar as secreções: volume, a cor, consistência e o odor.
Desobstruir o lúmen do cateter se necessário (secreções forem espessas)
Ver necessidade de aspiração oral
71
Realizar movimentos circulares com a sonda de aspiração, retirando-a em menos
de 10 segundos;
Se necessário, introduzir de 3 a 5 ml de água destilada ou soro fisiológico;
Conectar o ventilador mecânico;
Suspender a aspiração e ventilar o cliente em caso de arritmias cardíacas, queda
da saturação de O2 (SpO2), cianose ou sangramento;
Desprezar a sonda de aspiração em local apropriado, aspirar a água do frasco
lavando a extensão do aspirador.
72
É um cateter com graduação claramente visível e a ponta arredondada
para minimizar o risco de danificação da mucosa da traqueia
tecla do controle da sucção com o sistema de travamento interno para
impedir a pressão acidental
73
Drenagem Torácica: Em coleções líquidas importantes no pulmão ou no pneumotórax
(colabamento do pulmão), pode ocorrer necessidade da colocação de dreno torácico com
sistema coletor. Trata-se de procedimento provisório.
Verificar se as conexões estão fixas e bem adaptadas;
Verificar funcionamento do dreno;
Observar o sistema de drenagem para sangue/ar.
Observar para a flutuação no dreno com a respiração;
Manter vedada com uma tira de esparadrapo a junção rolha-frasco;
Ordenhar periodicamente a extensão de borracha no sentido descendente;
Ligar o aspirador à extensão do respiro quando indicada pelo médico;
Trocar diariamente os frascos de drenagem e sempre que necessário;
Trocar o sistema de drenagem nos casos de obstrução do sistema e drenagem
por tempo prolongado;
Apoiar psicologicamente o paciente;
Observar sintomas de dor, dispneia, medicando conforme prescrição médica;
Avaliar para sangramento, infecção, extravasamento de ar e líquido ao redor do
dreno;
Manter o dreno em posição adequada, sem dobras;
Não prender com esparadrapo a extensão de borracha no leito;
Orientar o paciente a cuidar do sistema de drenagem;
Estimular o paciente em relação a movimentação, exercícios respiratórios;
Trocar o curativo diariamente.
74
75
Derivação Ventricular Externa (DVE)
É um sistema fechado de drenagem usado em procedimento neurocirúrgico.
Comumente é utilizada no tratamento e acompanhamento dos casos de hipertensão
intracraniana, além do controle da drenagem liquórica em pacientes com complicações
ventriculares e/ou tratamentos de hemorragias. Com base em uma prescrição médica, a altura
da câmara de gotejamento é determinada, bem como seu gotejamento. As principais
complicações da DVE são: infecções, meningite, ventriculite, sangramento intraventricular,
obstrução do sistema, hipo e hiperdrenagem do líquor, fístulas e complicações mecânicas.
Cuidados
Manter decúbito de 30º (ou conforme orientação equipe de neurocirurgia);
Zerar o cateter de DVE no conduto auditivo externo, devendo ser zerado na
admissão e toda vez que for alterado o nível da cabeceira. (muito cuidado com
camas elétricas,devido ser muito fácil mover sua altura);
Fechar o cateter de DVE durante o transporte ou quando abaixar a cabeceira a
zero grau, evitando o risco de drenagem excessiva do líquor. Nunca esquecer de
abrir depois dos procedimentos. Solicitar da equipe clínica, qual o limite de
drenagem;
Desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade. Ao manipular a
via de saída da bolsa, manter técnica asséptica;
Registrar o tempo de permanência do cateter, comunicar à equipe após 10 dias;
Realizar curativo na região peri-cateter uma vez por dia e, se necessário.
Observar se há extravazamento de líquor ou sinais flogísticos;
Inspecionar a região de inserção do cateter na admissão e uma vez por plantão,
anotando o aspecto da ferida operatória;
Nunca aspirar ou injetar solução no cateter. Em caso de obstrução, notificar a
equipe de neurocirurgia;
Anotar débito, aspecto e cor da drenagem de líquor, a cada duas horas ou a cada
uma hora, quando instabilidade. Notificar quando alterações no débito;
76
Manipular com cuidado o paciente para evitar o tracionamento do cateter. Se
houver tração, nunca reposicionar e comunicar imediatamente a equipe de
neurocirurgia;
Observar sinais e sintomas de infecção: mudança na coloração normal (incolor,
límpido), calafrios, febre, confusão mental,rebaixamento do nível de consciência,
alteração pupilar ou leucocitose, déficits motores, cefaleia, rigidez de nuca,
vômitos.
77
16- TRATAMENTO DIALÍTICO
78
Os curativos do paciente não devem ser molhados. Para isso, no banho deve-se cobrir
os curativos com plástico e prender com fitas. Os banhos de mar e os de piscina são
contraindicados devido os riscos de infecção.
Para que a máquina de hemodiálise consiga fazer o seu trabalho de limpar as toxinas do
sangue e remover o excesso de líquidos do corpo, ela precisa ter acesso ao sangue do
paciente. Isso é feito através de uma fístula arteriovenosa (FAV) ou de um cateter venoso
central (CVC).
A FAV é o acesso vascular mais indicado para realizar uma sessão de HD. A fístula do
paciente precisa ser puncionada por duas agulhas, uma para puxar o sangue em direção à
máquina e outra para devolver o sangue já filtrado de volta para o paciente. Em geral, as
picadas são realizadas no mesmo local, o que cria um pequeno túnel, que facilita a punção e
reduz a incidência da dor.
Durante 4 a 6 horas, o sangue do paciente fica passando continuamente pelo circuito e pelo
filtro.
DIÁLISE PERITONIAL
79
Complicações técnicas:
- Recuperação incompleta de líquido- se após vários intercâmbios, o volume drenado é inferior
a quantidade introduzida, deve-se fazer uma avaliação: retenção líquida com distensão
abdominal, peso, extremidade do cateter pode estar obstruída com fibrina.
- Vazamento ao redor do cateter – o vazamento depois da cirurgia pode ser controlado por
suturas extras e diminuição na quantidade de dialisado instilado dentro do peritônio. O
aumento da pressão intra-abdominal (vômitos e tosse contínuos) também pode produzir
vazamento no dialisado. O vazamento age como uma via de acesso das bactérias ao peritônio.
- Líquido peritoneal sanguinolento – é previsto no efluxo inicial, mas deve clarear depois de
algumas trocas. O sangramento macroscópico em qualquer momento é uma indicação de
problema mais grave e deve ser investigado imediatamente.
- Peritonite – essa é uma condição grave, mas tratável, da diálise peritoneal. A detecção
precoce e o início do tratamento diminuirão o desconforto do paciente e impedirão
complicações mais graves. Sinais de - - peritonite: febre baixa, dor abdominal quando o líquido
está sendo introduzido e líquido de drenagem peritoneal turvo – será necessária a adição de
antibiótico de amplo espectro à solução de dialisado.
- Infecção do cateter – durante a troca diária de curativo, o local de saída deve ser examinado
rigorosamente quanto aos sinais de infecção: hipersensibilidade, rubor e drenagem ao redor
do cateter. Na ausência de peritonite, a infecção do cateter é geralmente tratada com
antibióticos de amplo espectro por via oral.
- Hipotensão – pode ocorrer quando se remove excesso de líquido. Os sinais vitais devem
monitorados frequentemente, em particular quando se utilizou uma solução hipertônica.
Hipertensão e sobrecarga líquida – podem ocorrer quando todo o líquido não é removido em
cada ciclo. Deve se observar a quantidade exata nas bolsas. Sinais de distúrbios respiratórios
- congestão pulmonar; hipertensão por ansiedade – início de medidas farmacológicas:
sedativos e tranquilizantes Hipocalemia – essa é uma complicação comum da diálise
peritoneal. O monitoramento do potássio sérico indicará a necessidade de acrescentar cloreto
de potássio à solução dialisado, bem como a quantidade a ser adicionada.
80
- Hiperglicemia – os níveis de glicose sanguínea devem ser monitorizados rigorosamente em
pacientes com diabetes mellitus e doença hepática. Quando necessário, pode-se acrescentar
insulina suplementar ao dialisado, para controlar a glicemia.
- Dor – o paciente pode apresentar desconforto abdominal em qualquer período durante a
aplicação do método e provavelmente a dor é relacionada com a distensão constante ou a
irritação química do peritônio. Se uma leve analgesia não surtir efeito, a introdução de 5ml de
lidocaína a 2% diretamente no cateter pode ajudar.
- Imobilidade – a imobilidade (10 a 14 horas) pode levar a pneumonia hipostática,
especialmente no paciente enfraquecido ou idoso. As inspirações profundas, a movimentação
e a tosse devem ser estimuladas durante o método. Os exercícios com as pernas e o uso de
meias elásticas podem impedir o desenvolvimento de trombos e êmbolos venosos.
- Desconforto – por causa de o tratamento ser mais prolongado do que a hemodiálise, o tédio
é um problema frequente. Devem ser estimuladas distrações como receber visitas, fazer
leituras e assistir televisão.
82
HEMODIÁLISE
83
Algumas complicações:
• hipotensão
• arritmias;
• síndrome de desequilíbrio,devido a depuração excessiva e rápida;
• convulções;
• dificuldade respiratória.
Fístula de Hemodiálise: A veia quando passa a receber o alto fluxo da artéria, começa a se
desenvolver, crescendo e engrossando sua parede. Com o tempo a fístula adquire o aspecto
mostrado na foto ao lado. Trata-se de um grande vaso bem visível, com alto fluxo e pressão
de sangue e facilmente puncionável.
O problema da fístula é que esta precisa de pelo menos um mês para se tornar
apta à punção pelas grossas agulhas da hemodiálise. Nem todos os pacientes podem esperar
por este intervalo para começar a dialisar. Neste caso, lança-se mão do cateter de
hemodiálise. Este cateter é introduzido geralmente na veia jugular interna, localizada no
84
pescoço, que prolonga se até a veia cava, próximo à entrada do coração. É um procedimento
de 30 minutos e o paciente pode seguir imediatamente para hemodiálise.
17- OXIGENOTERAPIA
85
➢ Intoxicação por gases (monóxido de carbono);
86
CUIDADOS:
Não administrá-lo sem o fluxômetro;
Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado;
➢ Controlar a quantidade de litros por minutos;
Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom
funcionamento;
Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos
expostos à umidade;
Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente
observando o volume de água do umidificador e a quantidade de litros por minuto;
Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão;
Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (se for om cateter);
Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar
assistência adequada,
Manter vias aéreas desobstruídas;
➢ Controlar sinais vitais.
87
88
89
18- ENTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
90
É fundamental que a equipe de enfermagem esteja presente e seja participativa durante
todo o procedimento e que o preparo do material, sua verificação e controle proporcionem
segurança ao paciente.
Determinados sinais e sintomas associados à etiologia do problema apresentado
pelo paciente são indicativos da necessidade ou não de entubação traqueal e ventilação
mecânica.
O procedimento de entubação traqueal é exclusivo do médico. Os profissionais de
enfermagem devem reconhecer as situações nas quais provavelmente o médico indicará
esses procedimentos.
É de responsabilidade da equipe de enfermagem manter o material para esse
procedimento sempre disponível para uso, pois em várias situações esse procedimento será
feito na condição de emergência ou urgência.
É a introdução de um tubo na luz da traquéia com técnica asséptica, com cuff e balão insuflado.
Pode Ser: Orotraqueal, Nasotraqueal e Transtraqueal.
INDICAÇÃO:
Controle inadequado da ventilação pelo SNC
Obstrução de vias aéreas
Perda dos reflexos de proteção das vias aéreas
Excessivo trabalho respiratório
Necessidade de pico de pressão inspiratória para manter trocas alveolares
Durante sedação profunda para exames diagnósticos
Transporte
• Permite controle das vias aéreas
• Protege contra aspiração
• Possibilita elevadas concentrações de O2
• Permite aspiração traqueal
• Possibilita administração de drogas via endotraqueal nela: Narcan, Epinefrina, Lidocaína,
Atropina
91
• Reduz ao mínimo o tempo que a via aérea fica desprotegida, assegurando, condições
adequadas para: laringoscopia e IOT
• Deve ser possível em 60 segundos após a administração de medicaçãos depressora dos
reflexos
• Cuidados com estômago cheio
• Analgesia
• Sedação
• Bloqueio Neuromuscular
Outros:
Parada cardíaca
Impossibilidade de proteger as V.A.
Inabilidade de ventilar o paciente
Oxigenação inadequada
Cirurgias
Pacientes criticamente enfermos e Apnéia.
EQUIPAMENTO DE INTUBAÇÃO
Luvas, óculos, máscara
Aspirador
Oxigênio
Cânulas de Guedel
Guias e seringa de 20cc
93
Estetoscópio
Monitores cardíaco + oxímetro de pulso+PNI
Unidade Ventilatória com máscara e FiO2 100%
Tubos endotraqueais adequados
sonda aspiração (10 a 14 F )
Fixados de tubo
Carrinho de parada (desfibrilador + drogas para PCR)
Acesso venoso
Medicações: sedação + bloq. Neuromuscular
Máscara facial + ambú + O2 úmido
Material para aspiração + vácuo
Laringoscópio + tubo orotraqueal + fio guia
(TOT testado: cuff e balão + fio guia)
Posicionamento adequado do paciente
Pré-oxigenação
94
ANALGESIA
Fentanil 3 mcg/kg EV bolus / 25 a 100 mcg
Alfentanil 15 a 30 mcg/kg EV
SEDAÇÃO
Midazolan 5 a 15 mg EV bolus até 0,15 mg/kg
Etomidato 0,3 a 0,4 mg/kg EV bolus
Propofol 1 a 4 mg/kg EV bolus
Tiopental sódico 2,5 a 5 mg/kg EV
Quetamina 2 a 4 mg/kg EV
BLOQUEIO NEUROMUSCULAR
Succinilcolina 1 a 1,5 mg/kg EV bolus
Rocurônio 0,6 a 1,2 mg/kg EV bolus
Vecurônio 0,1a 0,3 mg/kg EV
Atracúrio 0,4 a 0,6 mg/kg EV
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TÉCNICA
• Higienizar as mãos;
• Reunir o material;
• Certificar-se da identificação do paciente, conferindo a pulseira de identificação;
• Orientar o paciente e/ou acompanhante sobre o procedimento a ser realizado;
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal com hiperextensão do pescoço;
• Mcc + saturação de oxigênio no sangue;
PRÉ OXIGENAÇÃO
96
POSIÇÃO CORRETA DA CABEÇA
97
98
VERIFICAR POSICIONAMENTO DA CÂNULA
Traqueia / Esôfago
Correto / Seletivo
CONFIRMAÇÃO DA INTUBAÇÃO
Ausculta
99
“cuffs” insuflado
Ausência de ruídos epigástricos
Sons respiratórios bilateral
Elevação simétrica do tórax
Melhora da cianose
CO2 expirado
Oximetria de pulso
19.EXTUBAÇÃO TRAQUEAL
Extubação acidental
A extubação acidental é uma intercorrência grave que pode causar sérios danos aos
pacientes, inclusive a morte. A retirada da ventilação mecânica é uma medida importante na
terapia intensiva.
Muitas situações de extubação acidental ocorre por falha na prestação dos
cuidados de enfermagem. Entre essas falhas, podemos citar:
A fixação inadequada da cânula;
A diminuição da pressão do cuff;
Manuseio do paciente pela equipe durante procedimentos;
Tração da fixação da cânula.
101
Algumas medidas são importantes, como o estabelecimento de protocolos institucionais e
treinamento de toda equipe, com a finalidade de prevenir a extubação acidental. Outra ação
importante é o controle da qualidade do material utilizado.
103
Gravidez: embolia pulmonar, trauma, hemorragia periparto com hipovolemia, embolia de
líquido amniótico, doenças cardíacas preexistentes e complicações pelo uso de
medicamentos durante a gravidez.
Sinais de PCR:
Ausência de movimentos respiratórios (não há expansão pulmonar)
Ausência de pulso (pulsação carotídea, femural, e outras artérias)
Palidez, pele fria e úmida, presença de cianose de extremidades (pele
arroxeada)
Dilatação de pupilas (pela falta de oxigenação cerebral) Ausência de
responsividade;
Ausência de atividade mecânica (sem pulso);
Apneia ou respiração agônica.
Respiração: Posicionar o paciente em decúbito dorsal (barriga para cima) em uma superfície
dura, verificar vias aéreas (presença de obstrução). Incline a cabeça e tracione o queixo para
trás. A elevação da mandíbula, com extensão da cabeça, permite a livre passagem do ar.
104
Circulação: Verificar pulso (carótida, femural). Na ausência iniciar massagem cardíaca. O
profissional coloca-se num plano superior a vítima (escada ao lado), de tal modo que seus
braços em extensão, possam executar a manobra.
Apoiar uma das mãos sobre a metade inferior do esterno com os dedos refletidos
e a outra mão sobre a primeira.
Utilizar o peso do próprio corpo e manter os braços em extensão, aplicar uma
pressão que deprima o esterno cerca de quatro a cinco centímetros e retira-se
subitamente a compressão.
Devem ser realizadas 2 ventilações para 30 compressões. Completar 5 ciclos num
período de 2 minutos.
105
DO CICLO DA PCR
30 COMPRESSÕES TORACICAS X2 VENTILAÇÕES
106
CHECAR O PULSO CENTRAL
MEDICAÇÕES
Objetivos
o Aumentar a pressão de perfusão coronariana e cerebral
o Estimular a contratilidade miocárdica
o Acelerar a FC
o Corrigir a acidose metabólica
o Suprimir ou tratar arritmias
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21. ESCALAS UTILIZADAS EM UTI
O paciente sedado encontra-se em um estado de depressão do nível de
consciência, induzido por fármacos, com perda total ou parcial da responsividade aos
estímulos externos de acordo com as doses administradas. A sedação contínua é importante
para obter maior sincronia do paciente com o ventilador mecânico, para evitar o aumento no
consumo de oxigênio pelo miocárdio, para prevenir extubação acidental, para proporcionar
descanso para a musculatura respiratória, satisfazer as necessidades amnestésicas e
ansiolíticas, entre outros.
108
OBESERVAÇÃO: Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação
Na antiga versão da escala, os únicos critérios avaliados eram: abertura ocular, resposta
verbal e resposta motora. Agora, na nova versão, foi incluída a Reatividade Pupilar, ou seja,
a reatividade da pupila à luz. Ao contrário dos outros critérios, este é pontuado de forma
decrescente: o pior resultado apresenta a maior pontuação. Assim, teremos a seguinte
atribuição:
Interpretação
Pontuação total: de 3 a 15
3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)
4 = Coma profundo;
7 = Coma intermediário;
11 = Coma superficial;
15 = Normalidade.
Classificação do Trauma cranioencefálico
3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata)
9-12 = Moderado;
13-15 = Leve.
OCULAR
Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo.
Ao som: abre os olhos quando é chamado.
109
À pressão: paciente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos (aumentando
progressivamente a intensidade por 10 segundos).
Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los.
VERBAL
Orientada: consegue responder adequadamente o nome, local e data.
Confusa: consegue conversar em frases, mas não responde corretamente as perguntas de
nome, local e data.
Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de palavras isoladas.
Sons: somente produz gemidos.
Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente capaz de realizá-los
MOTORA
À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações) como apertar a mão do
profissional e colocar a língua para fora.
Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de interromper o
estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária).
Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão rápida do braço
ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo.
Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão lenta do braço
na direção interna do corpo.
Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo.
Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar de o paciente
ser fisicamente capaz de realizá-la.
EVA
Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no
paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente durante o
tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna
110
ESCALA DE RAMSAY
4 Sedado, com resposta rápida ao leve estímulo glabelar ou forte estímulo auditivo
5 Sedado, com resposta lenta ao leve estímulo glabelar ou forte estímulo auditivo
6 Nenhuma
111
forma crescente, e mais cinco níveis de sedação graduados de um a cinco negativos. A parte
negativa da escala é equivalente ao proposto pela escala de Ramsay, enquanto que os
escores positivos discriminam graus de agitação que vão de inquieto a combativo (agressivo).
EscoreTermos Descrição
0 Alerta e calmo
ESCORE APACHE
O APACHE é um sistema médico de classificação que determina os índices de gravidade de
um paciente internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Recomendado pelo
112
Ministério da Saúde, o índice é calculado a partir da soma de 12 critérios clínicos, fisiológicos
e laboratoriais que determinam a criticidade do quadro do paciente e o risco de óbito nas suas
primeiras 24 horas de UTI. O monitoramento dessas taxas promove maior resolutividade no
atendimento intensivo e credita o Hospital com a garantia de prognósticos mais efetivos O seu
uso tem como objetivo principal a redução da taxa de mortalidade nas UTIs.
ESCALA DE BRADEN
A escala de Braden é um recurso utilizado nas Unidades de Terapia Intensiva para medir o
risco dos pacientes críticos de desenvolverem lesões por pressão. A escala de Braden analisa
seis fatores principais no paciente: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade,
nutrição e, por último, a fricção e cisalhamento. Cada uma dessas características é testada e
pontuada de 1 a 4, sendo maior quanto mais positivo for o estado do paciente. A soma total
de todos os fatores analisados resultará em um número entre 6 e 23 que indicará o estado da
lesão e quais práticas devem se seguir a essa avaliação.
113
Risco muito alto (≤ 9 pontos)
Continuar as intervenções do risco alto;
Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível;
Manejo da dor.
Observação: vale ressaltar que a assistência ao paciente deve ser sistematizada e
individualizada.
114
leitura da onda R no traçado eletrocardiográfico. ela é considerada num método de escolha
na reversão da fibrilação atrial ou nas arritmias acompanhadas de considerações, como
instabilidade hemodinâmica, disfunção ventricular grave e fibrilação atrial de longa duração.
O paciente deve estar monitorado no cardioversor e este deve estar com o botão de
sincronismo ativado, pois a descarga elétrica é liberada na onda R, ou seja, no período
refratário.
A cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como:
Fibrilação atrial (FA),
Flutter atrial,
Taquicardia paroxística supraventricular
Taquicardias com complexo largo e com pulso.
Fibrilação Atrial (FA): É a arritmia mais comum, caracterizada pela programação de múltiplas
frentes de ondas em diferentes direções, causando atividade atrial desorganizada, mas sem
contração atrial efetiva.
Taquicardia Ventricular (TV): O nódulo sinusal perde o controle de sua função, que é assumida
por uma nova área localizada em um dos ventrículos. com a persistência desse ritmo, tanto o
cérebro como o restante do organismo não recebem oxigênio e nutrientes suficientes.
Sinais e sintomas mais frequentes na TV são: dificuldade para falar, alteração visual com
percepção de “estrelinhas”, vertigens, síncope, fadiga, falta de ar, rebaixamento de nível de
consciência, hipotensão.
115
Cuidados de Enfermagem
Procedimento
A CVE pode ser
reunir o material; realizada por choque externo. A
energia inicial preconizada para
certificar-se que o carrinho de parada esteja
reversão da F.A é de 200j,
completo e com os equipamentos conferidos;
recomenda-se iniciar com 50j.
posicionar o paciente adequadamente, retirando
caso não obtenha sucesso, a
próteses dentárias, se necessário; energia deve ser aumentada de
manter acesso venoso permeável; 100j em 100j até atingir 360j.
colocar gel condutor no tórax do paciente, onde
serão colocadas as pás;
após realização do procedimento médico, retirar a
sobra de gel;
verificar sinais vitais;
verificar nível de consciências;
DESFIBRILAÇÃO
A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de
uma corrente elétrica contínua NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque
despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a
reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração
e o controle do ritmo cardíaco.
Um cuidado importante no momento da desfibrilação, é checar se o botão de sincronismo está
DESATIVADO, pois como em situações de FV/TV não temos o registro de onda R e se o
aparelho estiver programado para cardioverter, o choque não será administrado
A desfibrilação elétrica é indicada apenas nas situações de:
Fibrilação Ventricular
Taquicardia Ventricular sem pulso.
116
TIPOS DE DESFIBRILADORES
Desfibrilador externo automático (DEA)- utilizado por leigos no atendimento a
PCR. O equipamento quando corretamente instalado no paciente, tem a
capacidade de ler o traçado eletrocardiográfico e indicar ou não o choque
Desfibrilador monofásico
Desfibrilador bifásico
Utilizado na parada cardiorrespiratória com objetivo de restabelecer ou reorganizar o
ritmo cardíaco . Hoje, são utilizados equipamentos em Unidade Emergência e UTI, com
cargas monofásicas que variam de 0 a 360 Joules ou Bifásicas de 0 a 200J.
O DEA, Desfibrilador Automático Externo, é equipamento capaz de efetuar
desfibrilação com leitura automática, independente do conhecimento prévio do operador.
DEA
Desfibrilador/Cardioversor
117
23. MARCAPASSO
118
os batimentos. Funciona a pilhas, que duram em média 5 a 8 anos, mas existem casos em
que a sua duração é um pouco menor. Sempre que a pilha estiver próxima do fim deve-se
trocá-la através de uma pequena cirurgia local.
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24. POSICIONAMENTO NO LEITO
Posicionamento no Leito
Uma das funções da equipe de enfermagem é a mudança de decúbito dos
pacientes, principalmente os acamados e com alto grau de dependência para realização de
cuidados.
Principais objetivos da mudança de decúbito:
• Prevenção de úlcera por pressão;
120
• Proporcionar conforto ao paciente;
• Auxiliar como parte do seu tratamento;
• Facilitar na realização de procedimentos;
• Assegurar segurança para o paciente, evitando lesões e quedas.
É importante:
• Conhecer as posições que o paciente pode ser colocado, realizar rodízio dessas
posições, e, deve ser anotado em prontuário do paciente a hora e a posição colocada;
• Algumas instituições possuem placas de aviso na cabeceira do leito, que indica em que
posições os pacientes devem ficar; ou, formulários que contém desenhos de bonecos, nas
diversas posições e o horário de manipulação do paciente;
• Cada paciente deve ser avaliado individualmente para serem determinadas por
prescrição, as posições e o intervalo para realização da mudança de decúbito, geralmente é
a cada duas horas.
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Decúbito ventral horizontal
• Posição na qual a parte ventral está encostada no colchão, sem alteração de inclinação
da cama. O uso de travesseiros é opcional, podendo trazer desconforto para o paciente.
Usualmente conhecida como posição de bruços.
• Posição utilizada para realizar massagem de conforto na região dorsal, curativos na
região dorsal, pós operatório de cirurgias na coluna vertebral, entre outras atividades.
Decúbito Fowler
• Posição na qual o paciente é colocado em posição dorsal e a cabeceira da cama é
elevada deixando o paciente em posição semelhante à sentada. Podem ser utilizados
travesseiros, conforme a opção do paciente. Em muitas situações é necessária a elevação da
122
cama na parte das pernas, proporcionando maior conforto e evitando que o paciente
escorregue na cama.
• É a posição utilizada para alimentar o paciente, realizar a higiene oral, administração de
medicação por via oral e inalatória, em pacientes que apresentam dificuldade respiratória,
entre outras.
Decúbito Semi-Fowler
• Posição semelhante à Fowler, mas a inclinação do leito fica em torno de 30º, ou seja, o
paciente ficará semi-sentado. O uso de travesseiros é opcional, muitas vezes proporcionando
maior conforto ao paciente.
• Nessa posição são realizados vários procedimentos, entre eles: facilitar a respiração do
paciente, permanecer após a ingestão de alimentos (evitando broncoaspiração), etc.
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• Direito: Posição na qual o paciente permanece apoiado sobre o lado direito do corpo,
sobre os membros superior e inferior direito.
• Esquerdo: semelhante ao decúbito lateral direito, só que o paciente fica apoiado sobre o
lado esquerdo.
• É necessário o uso de coxins e travesseiros para manter o paciente mais confortável
nessas posições. É fundamental a colocação de coxins para proteção das proeminências
ósseas, como joelhos e tornozelos.
Decúbito Trendelemburg
• Posição na qual o paciente permanece em decúbito dorsal horizontal, com ou sem
travesseiros. A parte dos pés da cama é elevada, deixando os membros inferiores do paciente
mais elevados que a cabeça.
• Essa posição é utilizada em pós-operatório de cirurgias de varizes, para diminuir edema
em membros inferiores, entre outras atividades.
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Decúbito Ginecológico
• Posição facilitada quando a cama possui perneiras de apoio. Nesse caso as pernas do
paciente são colocadas sobre as perneiras deixando a região genital externa exposta.
• Na ausência de cama apropriada, a paciente deverá ser colocada em decúbito dorsal
horizontal, com as pernas flexionadas e os calcanhares próximos à região do períneo. Nessa
posição os pés devem ficar encostados um no outro e os joelhos afastados, possibilitando
assim a exposição da região genital.
• É a posição utilizada para sondagem vesical em pacientes do sexo feminino.
Decúbito SIMS
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• O paciente deverá ser colocado na posição de decúbito lateral esquerdo, com as duas
pernas flexionadas ou com o membro inferior esquerdo estendido e o membro inferior direito
flexionado.
• Essa posição é utilizada para procedimentos realizados na região anal, como sondagem
retal, administração de supositórios, exame físico da região anal, entre outros.
Decúbito Genupeitoral
• Posição na qual o paciente fica em decúbito ventral, com o corpo fletido para frente,
apoiado nas coxas. Os joelhos ficam próximos ao tórax.
• Essa posição é também conhecida como “posição de prece maometana”
• É a posição para realização dos seguintes procedimentos: exame retal, facilitar o
trabalho de parto, facilitar a eliminação de gases, entre outras técnicas.
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25. POSIÇÃO DE PRONA
Paciente fica em decúbito ventral com a cabeça virada para a lateral, braços
abduzidos para cima, com cotovelos fletidos e pernas estendidas.
A equipe de enfermagem deve ser muito bem treinada para realizar esse
procedimento. Também deve garantir uma mudança suave e estar apta a manter o paciente
em condições excelentes enquanto se encontrar nessa posição.
127
são as áreas de maior atelectasia e edema durante tratamento convencional em posição
supina. Na posição prona ocorre deslocamento da região cardíaca para a posição ventral
(força de compressão direcionada ao esterno), resultando em um aumento de volume
disponível para a ventilação.
Contraindicações
Queimaduras;
Ferimentos na face ou região ventral do corpo;
Instabilidade da coluna vertebral;
Hipertensão intracraniana;
Arritmias graves ou hipotensão severa. Fratura facial ou pélvica
Aumento da pressão intra cranial;
Gestantes;
Necessidade de hemodiálise ou na vigência de hemodiálise;
Choque e instabilidade hemodinâmica;
Síndrome compartimental abdominal;
Ascite volumosa.
Preparo
Checar RX se a IOT está localizada à 2 cm da carina da traquéia
Certificar-se de que a IOT, cateteres centrais e cateteres periféricos estão seguros
e firmes
DESLIGAR DIETA ENTERAL, checar se há resíduos, esvaziar o estômago e
clampear a SNG e SNG
Realizar aspiração traqueal se necessário
Técnica
Aumentar FiO2=100%, anotar o modo ventilatório e valores.
128
Posicionar o paciente para a beirada da cama o máximo possível, qualquer que
seja o lado escolhido para virá-lo.
3 a 5 profissionais para realização do procedimento
Um profissional exclusivo para lateralização da cabeça e do tubo orotraqueal ,
aspiração da cânula pelo excesso de secreção após o posicionamento
Os demais membros da equipe posicionam-se um em cada lada do paciente e
devem vigiar e proteger cateteres, conectores, sondas, drenos e transferência da
monitorização para o dorso;
A virada do paciente deve ser cautelosa e precisa, além de ser suave;
A sedação deve ser adequada antes da virada, conforme a prescrição;
Durante a posição prona pode ocorrer hipotensão e arritmias, a equipe deve
atentar-se para ajustar a dosagem das drogas vasoativas;
Antes de virar o paciente, a cânula orotraqueal deve ser fixada adequadamente,
para evitar extubação acidental;
Antes de virar o paciente, deve-se realizar aspiração orotraqueal e realizar teste
de refluxo de acordo com a rotina hospitalar, para evitar aspiração do conteúdo
gástrico;
Lateralizar o paciente a 180º, com uma pausa compensatória, antes da virada
completa.
Caso o paciente apresente alterações de pressão arterial e ritmo cardíaco,
retorna-se o mais rápido possível a posição dorsal;
Posicionar o paciente com um dos braços estendidos e o outro com ligeira flexão
para cima da cabeça e com a palma da mão virada pra baixo;
O braço oposto fica ao longo do corpo, levemente flexionado e com a palma da
mão virada pra cima;
O rosto e o joelho são mantidos ligeiramente lateralizados, com alternância de
lados a cada 1 ou 2 horas;
Verificar o cateter vesical de demora, para garantir fluxo livre para a drenagem
urinária, manter o sistema livre de dobras;
129
Finalizado o procedimento, com o paciente já em posição prona, checa-se o
posicionamento do tubo endotraqueal;
Deve-se ainda checar a posição dos coxins de pelve e tórax anterior, garantindo
que o abdômen esteja livre, e posicionam-se os demais coxins: face (evitando
lesão ocular e do pavilhão da orelha, e quebra do tubo endotraqueal), mão, região
anterior das pernas;
Posicionar os membros de forma adequada, com travesseiros e coxins, previne
neuropatias, porque evita a hiperextensão ou compressão das articulações.
Durante a posição prona observar distensão abdominal, para evitar o aumento da
pressão intra-abdominal, e consequente prejuízo da expansão pulmonar
Reposicionar os eletrodos de ECG nas costas do paciente
Posicionar o paciente em Trendelemburg reverso. Pode-se realizar uma pequena
mudança de decúbito semi lateral a cada duas horas
Avaliar a ocorrência de redução da saturação de oxigênio de forma significativa,
e hipotensão sem resposta ao aumento das drogas vasoativas. Nesta situação o
paciente deve retornar a posição supina.
Possíveis complicações
• Compressão de nervo periférico
• Estase venosa
• Danos na retina
• Retirada de cateteres, drenos e tubo traqueal
• Úlcera por pressão
• Limitação da mobilidade diafragmática
• Úlcera por pressão nos olhos e nas pálpebras;
• Úlcera por pressão na língua;
130
• Lesão do nervo ulnar;
• Extubação acidental;
• Hipoxemia por dobra acidental do tubo orotraqueal;
• Hemorragia por desconexão acidental das linhas de infusão venosa;
• Hipotensão por oclusão ou desconexão das linhas de infusão venosa;
• Pneumotórax por compressão do tubo orotraqueal;
26. TRAQUEOSTOMIA
131
após cirurgias, por exemplo, e, por isso, pode ser mantida apenas durante alguns dias ou por
toda a vida.
Indicações:
Obstrução de vias aéreas superiores: Devemos suspeitar de obstrução de VAS
quando o paciente apresenta dispneia, estridor expiratório, inspiratório ou bifásico, alteração
de voz, dor, tosse, redução ou ausência de sons respiratórios, instabilidade hemodinâmica e
queda do nível de consciência (estes dois últimos eventos mais tardios).
132
• Facilitar a aspiração das secreções das vias respiratórias baixas;
• Síndrome da apnéia hipopnéia obstrutiva do sono.
133
134
Pós-Operatórias Precoces:
Hematoma, hemorragias;
Infecção (celulite, abscesso, fascite necrotizante, mediastinite superior);
Enfisema subcutâneo;
Edema Agudo de Pulmão;
Deslocamento da cânula;
Pneumonia Aspirativa
Cuidados de Enfermagem
Observação constante primeiras 24hs: secreção, sangramento, enfisema
subcutâneo, posicionamento da cânula
Posição no pós-operatório (semi-fowler/sentado)
Nebulização constante
Estimular tosse
Aspirar sempre que necessário (técnica estéril) - Durante a aspiração, entre com
o vácuo desligado, até 0,5 cm abaixo da cânula (A) e retorne aspirando e girando
suavemente o cateter.
Instrução ao paciente (perda temporária da voz, uso da campainha, etc.)
diminuir apreensão, medo.
Incentivar ingesta hídrica e higiene oral (quando possível)
Manter cuff insuflado:
- Impedir vazamento de ar ao redor da cânula
- Evitar broncoaspiração e derramamento sangue
Troca do curativo e cadarço diariamente ou quando estiver sujo
Cuidados com limpeza da cânula de metal (intracânula) : esterilização /
desinfecção
Estimular paciente para o autocuidado. Participação da família. Preparo para a
alta hospitalar.
135
TÉCNICA
Troca da cânula
• Lave bem as mãos com água e sabão.
• Reúna o material necessário:
• escova comprida tipo para lavar mamadeira;
• cânula interna limpa do mesmo número da que você está utilizando;
• pote de vidro ou recipiente específico para esse fim;
• Retire a cânula interna suja, realizando movimento circular.
• Coloque a cânula interna no pote de vidro ou outro recipiente.
• Coloque no lugar da cânula (interna) retirada a cânula limpa(de reserva) e tenha a certeza
de que ela está posicionada adequadamente
Troca do cadarço
O cadarço tem o objetivo de garantir o posicionamento adequado da cânula. Ele deve ser
trocado todos os dias ou quando estiver sujo. Se o cadarço ficar muito apertado pode
machucar o pescoço e, se ficar frouxo, a cânula pode sair ao tossir ou espirrar. Por isso, é
importante manter uma distância de dois dedos entre o cadarço e o pescoço. O recomendado
é fazer nó cego e não laço.
Atenção: Cuidado quando soltar o cadarço, pois se tossir com a cânula solta esta sairá do
local. Logo, ao trocar o cadarço é recomendado que outra pessoa mantenha a cânula fixa
junto ao pescoço.
Curativo
Recomenda-se manter um curativo na traqueostomia para proteger a pele e evitar infecções.
O curativo deve ser trocado uma vez ao dia, após o banho, ou sempre que estiver sujo.
Durante a troca do curativo,é importante observar as condições da pele. Se no local da
traqueostomia aparecer secreção com pus, sangue ou mau cheiro.
Troca do curativo
• Lave bem as mãos com água e sabão.
• Reúna o material necessário para o curativo:
136
• gaze esterilizada;
• soro fisiológico 0,9% ou água fervida;
• Retire o curativo sujo
• Realize limpeza em torno da traqueostomia com gaze umedecida em soro fisiológico e seque
bem.
• Use o curativo especial ou faça o curativo com duas gazes dobradas ao meio em torno da
cânula ou dobre a gaze no sentido do comprimento e passe-a em torno da traqueostomia.
Atenção: As gazes nunca devem ser cortadas para evitar que os fios entrem na
traqueostomia. Não use pomadas, cremes ou outros medicamentos sem orientação.
137
27. LESÃO POR PRESSÃO
O que é Pressão
Pressão é a quantidade de força exercida em uma determinada área, é expressada em
milímitros de mercúrio (mmHg). Sendo PRESSÃO = FORÇA/ÁREA
138
Mais de 70 mmHg por duas horas = dano tecidual irreversível;
Esquemas de reposicionamento no máximo em duas horas;
A úlcera por pressão é uma área localizada de necrose celular que tende a se
desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma
superfície dura por um período prolongado de tempo.
Outros termos frequentemente usados são úlceras de decúbito, escara, escara de decúbito
porém, por ser a pressão o agente principal para a sua formação, recomenda-se a adoção do
termo – Lesão por pressão.
.
Causas da lesão por Pressão
- Pressão;
- Atrito;
- Cisalhamento;
- Excesso de umidade;
- Desnutrição;
- Imobilidade;
- Deterioração do estado mental
Atrito
- A força de duas superfícies que se movimentam uma sobre a outra;
- Pode ocasionar abrasões ou bolhas/vesículas superficiais;
Cisalhamento
- A pele adere a superfície;
- Os tecidos mais profundos movem-se na direção oposta;
- Os capilares dobram-se;
- Isquemia local;
Hidratação da Pele
- Pele com excesso de umidade, tem a probabilidade 5 vezes maior de ulcerar;
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- Pele com grande carência de umidade, tem a probabilidade 2,5 vezes mais de ulcerar;
Estágio III – É a perda de pele na sua espessura total envolvendo danos ou necrose do
subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular. Pode se apresentar
como uma cratera profunda. Perda da pele em sua espessura total
Estágio IV – É a perda de pele na sua espessura total com destruição extensa ou danos dos
músculos, ossos, ou outras estruturas de suporte como tendão ou articulações. Perda da pele
em sua espessura total e perda tissular.
Não Classificável: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível.
As úlceras que apresentam extensa região de necrose só podem ser classificadas após o
desbridamento para identificação da profundidade do dano tecidual.
140
Cuidados de Enfermagem
142
Mobilizar o paciente gradual e lentamente.
Realizar “mini” mudanças de decúbito a cada 2 horas;
Utilizar posicionadores para aliviar a pressão;
Aplicar película protetora na região sacral;
Estabelecer movimentação passiva (Fisioterapia/equipe enf.);
ATENÇÃO aos sinais hemodinâmicos (FC, FR, SatO2, PIC,) durante a mobilização
por 10 minutos;
Se o paciente for intolerante até as “mini” lateralizações alivie o peso sobre as
proeminências ósseas, alternando reposicionamento a cada 2 horas e reavalie-o
novamente após 6hs.
Na Posição de Prona:
Aplicar película protetora queixo, mamilos, rebordo costal, cristas ilíacas, joelhos,
dorso do pé,
Reposicionar cabeça, braços e pernas a cada 2 horas;
Atenção aos dispositivos.
Medidas Preventivas
143
Incentivar todos os indivíduos em risco de lesão por pressão para consumir
líquidos adequados e uma diet.
Avaliar a adequação da ingestão oral, enteral e parenteral.
Fornecer suplementos nutricionais entre as refeições e com medicamentos
orais, a não ser que seja contraindicado.
Reposicionar todos os indivíduos em risco de lesão por pressão, a não ser
que contra-indicado devido à condição clinica.
Determinar a frequência de reposicionamento, considerando a superfície
de apoio.
Utilizar uma almofada de redistribuição de pressão para indivíduos com
mobilidade reduzida.
Evitar o posicionamento do indivíduo em áreas do corpo com lesão por
pressão
Certifique-se de que os calcâneos estão livres de pressão
Considere o nível de imobilidade, a exposição ao cisalhamento, a umidade
da pele, a perfusão, o tamanho e peso do corpo do indivíduo ao escolher
uma superfície.
Utilizar uma inclinação à 30 graus para posições laterais e usar a mão para
determinar se o sacro esta livre de pressão.
Reposicionar indivíduos imóveis em cadeiras de hora em hora
Se o indivíduo não pode ser movido ou está posicionado com a cabeceira
da cama elevada acima de 30 °, coloque uma espuma de poliuretano sobre
o sacro.
Utilizar almofada de espuma ao longo da parte posterior da perna para
elevar os calcâneos
Utilizar um curativo de proteção sob dispositivos médicos
Utilizar espuma de poliuretano em calcâneos em pacientes com alto risco
de desenvolver LP.
Utilizar curativos finos e curativos que permitam trocas gasosas.
144
Hidratação Oral
Higienização
Hidratação da Pele
Protetor de proeminências ósseas
Colchão apropriado
Suplementação alimentar
Evitar colchões simples e bóias
Colchão de espuma (piramidal)
Importância da capa impermeável para o colchão
Estimular o uso de coxins e protetores
Protetores de proeminências ósseas
Colchões pneumáticos
filme transparente
OBS: Utiliza-se também a escala de Gosnell, que foi uma adaptação da escala de Norton,
adicionados itens relacionados a integridade da pele, medicamentos utilizados pelo paciente,
temperatura corporal, pressão sanguínea, entre outros. O escore dessa escala varia de 5 a
20
Outra escala existente é a escala de Watelow. É um indicador que utiliza um número maior de
variáveis de risco que o Norton e o Gosnell, e divide o grau de risco em três categorias:
correndo risco, alto risco e risco muito alto.
A escala de Braden, por sua vez, avalia a percepção sensorial, umidade da pele, atividades,
mobilidade, estado nutricional, fricção, cisalhamento. Todos com, pontuação de 1 a 4 cada,
145
exceto fricção e cisalhamento que vai de 1 a 3. A pontuação total varia de de 6 a 23, tendo
pontuação menos que 16 risco mínimo para desenvolver lesões, de 13 a 14 risco moderado,
12 alto risco.
146
TRATAMENTOS:
Solução salina (SF 0,9%): O Soro Fisiológico 0,9% é o único agente de limpeza totalmente
seguro e é o tratamento de escolha para a maioria das feridas, remover corpos estranhos; -
Irrigação com jatos, preserva o tecido de granulação neoformado.
Desbridamento ou Debridamento: Remoção do material estranho ou tecido desvitalizado de
lesão traumática ou crônica, infectada ou não, até expor-se o tecido saudável. Métodos de
Desbridamento Autolítico e Métodos Químico/enzimático ( Colagenase, Papaína)
Cirúrgico Mecânico: Fricção, Instrumental cortante
Tratamento Convencional: Pomadas com Antibiótico, Sulfadiazina de Prata, Pomadas a
Base de Enzimas Proteolíticas ( colagenase, papaína), Ácidos Graxos Essenciais - AGE
Paciente certo
– Conferir a pulseira de identificação do paciente, com nome completo e data de
nascimento.
147
Medicamento certo
– Verificar atentamente qual o medicamento está prescrito e se o paciente não possui algum
tipo de alergia ao composto.
Validade certa
– Observar a data de validade antes de administrar o medicamento.
Dose certa
– Observar com atenção a dose prescrita, como por exemplo, paracetamol 750 mg 1
comprimido via oral de 8/8 horas.
Compatibilidade certa
– Verificar se a medicação administrada é compatível com outra que o paciente já recebe,
pois existem algumas drogas que não podem ser administradas juntas.
Orientação ao paciente
– Comunicar o paciente quando você for medicá-lo, avisando qual é o medicamento e a via,
pois é um direito do mesmo saber o que está recebendo.
Horário certo
– Deve-se administrar o medicamento no horário correto, para que o tratamento seja mais
eficaz.
148
Tempo de administração certo
– É de extrema importância que o medicamento seja infundido no tempo certo, pois existem
alguns medicamentos que precisam de um tempo X para fazer o efeito esperado, como por
exemplo, os antibióticos.
Ação certa
– Devemos observar se o paciente não irá apresentar uma reação adversa ao medicamento
durante sua administração, para que seja atendido o mais rápido possível.
Registro certo
– É importante que seja registrado no prontuário do paciente o medicamento administrado,
com a hora, a dose e a via e se o paciente apresentou alguma reação durante o tratamento.
Para complementar seus e
149
29. PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS EM UTI
DRIPPINGS DE MEDICAMENTOS
SEDATIVOS E ANESTÉSICOS
1. Dormonid (Midazolam)
Indutor do sono. Sedativo. Hipnótico, normalmente utilizado como pré-anestésico e em
Unidades de Terapia Intensiva.
Apresentação: 5mg/ml- ampola de 03ml e 10ml.
Dormonid 30 ml + SG5% ou SF0,9% 120 ml
Antídoto: Flumazenil (Lanexat)
Pode ser Infundido em bolus para sedação diluído ou puro.
Manter sedação em pacientes intubados em bomba infusora contínua.
Troca da solução a cada 24hs
2. Fentanila (citrato)
Analgésico narcótico de ação rápida. Consistem em sedação, analgesia principalmente em
intervenção cirúrgica.
Apresentação: 0,05mg/ml – ampola de 2ml, 5ml e 10ml
Fentanila 20 ml + SG5% ou S.F.0,9% 80 ml
Pode ser Infundido em bolus para sedação diluído ou puro.
Manter sedação em pacientes intubados em bomba infusora contínua
Troca da solução a cada 24hs
3. Propofol
É indicado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Pode
também ser usado para a sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo
cuidados de terapia intensiva.
150
Apresentação: Ampolas de 200mg/20ml (10mg/ml), ampola de 20ml.
Pode ser Infundido em bolus para sedação puro.
Manter sedação em pacientes intubados em bomba infusora contínua.
Troca da solução a cada 24hs
Não dilui.
VASODILATADORES
1.Tridil (Nitroglicerina)
Relaxa os músculos vasculares, indicado para tratamento de hipertensão pré-operatória; para
controle de insuficiência cardíaca congestiva, no ajuste do infarto agudo do miocárdio, para
tratamento de angina pectoris em pacientes que não respondem à nitroglicerina sublingual e
para indução de hipotensão intra-operatória. Reduz o retorno venoso para o coração. Diminui
a demanda de O2 pelo miocárdio.
Apresentação: 25mg em 5ml e 50mg em 10ml. (5mg/ml)
Tridil 5 ml + SG5% ou SF 0,9% 245ml
Tridil 10 ml + SG5% ou SF 0,9% 240ml
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
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Equipo especial (fotossensível)
Troca da solução a cada 24hs.
ESTIMULANTES CARDÍACOS
1.Dopamina
Estimulante cardíaco. Eleva o fluxo cardíaco e a PA. Aumenta o fluxo das artérias
esplênicas, o fluxo renal, a filtração glomerular, a diurese e a excreção de sódio. Estados de
choque circulatório: choque cardiogênico pós-infarto, choque séptico, choque anafilático,
retenção hidrossalina de etiologia variada.
Apresentação: 5mg/mL – ampola 10mL
Dopamina 100 ml+ S.G.5% ou SF 0,9% 150 ml
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
2. Dobutamina
Estimulante cardíaco. Aumenta a contratilidade do miocárdio Choques de origem
cardiogênico ou em ocasiões em que o comprometimento cardiogênico se fizer presente;
Baixo débito cardíaco; Tratamento em curto prazo da insuficiência cardíaca descompensada,
após cirurgia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva e infarto agudo do miocárdio;
Apresentação: 12,5mg/ml – ampola de 20ml
Dobutamina 40 ml + S.G.5% ou SF 0,9% ou Ringer Lactato 210 ml
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
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VASOCONSTRITORES
1.Norepinefrina (Noradrenalina)
Vasoconstritora. Droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em
pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos
menos potentes. É um estimulante cardíaco. Aumenta a força de contração do miocárdio e o
fluxo sanguíneo.
Apresentação: 2mg/ml – ampola 4ml
Noradrenalina 20 ml + S.G.5% ou SF0,9% 80 ml
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
Acesso Profundo e via Exclusiva
2.Vasopressina (Encrise)
Indicado na prevenção e no tratamento de distensão abdominal pós-operatória, em radiografia
abdominal para evitar a interferência de sombras gasosas, no diabetes insípidus, na
hemorragia gastrointestinal, na ressuscitação cardiorrespiratória, no tratamento da fibrilação
ventricular refratária à desfibrilação elétrica, na assistolia e atividade elétrica sem pulso e no
choque séptico.
Apresentação: 20ui/ml – Ampola 1ml
Vasopressina 1ml + S.G.5% ou SF0,9% ou RL 100 ml
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
Acesso Profundo e via Exclusiva
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ANTICOAGULANTE
Heparina (Liquemine)
No tratamento e profilaxia da trombose venosa profunda. Tratamento da embolia
pulmonar.
Apresentação: 25.000ui/5ml – ampola 5ml
Heparina 25.000UI (5ml) + SF,9% ou SG 5% 245ml
Heparina 12.500 (2,5ml) + 247ml de SF0,9% ou SG5%.
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
ANTIARRÍTMICO
Amiodarona (Ancoron)
Drogas vasoativas que atuam sobre o coração e os vasos. Para Arritmias
supraventriculares; Arritmias ventriculares; Prevenção de morte súbita; Fibrilação atrial.
Apresentação: ampolas de 150mg/3mL (50mg/ml)
Amiodarona 18ml + SF,9% ou SG5% 232ml
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
Pode ser em bolus - diluída em 100ml de SF0,9%. Dose de ataque 300mg.
ANTIGLICEMIANTE
Insulina
Diabetes mellitus tipo I (dependente de insulina); diabetes mellitus tipo II (não
dependente de insulina mas que não consegue o controle através de dieta, exercícios e
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redução de peso). A insulina regular (R) está também indicada em: cetoacidose diabética;
coma diabético.
Objetivo: Manter Glicemia entre 120 e 200 mg %
Insulina 100UI (1ml) + 100ml de SF0,9%
Monitorização: Verificar HGT de 1/1 hora até nível estável ( 3 valores dentro da
faixa desejada). Reduzir então a realização do HGT para 2/2 horas por 4 horas e
então cada 4 horas.
Reinicie verificações horárias se ocorrer:
1 - Mudanças na infusão de insulina;
2- Variações abruptas no nível de glicemia;
3- Glicemia em níveis críticos (< 60 mg % ou > 360 mg %).
Infusão em Bomba Infusora Contínua.
Troca da solução a cada 24hs.
Quanto a perfusão
Acompanhar variações de pulso e perfusão periférica
Manter as extremidades protegida da perda de calor
Realizar rodízio de manguito de pressão arterial
Avaliar enchimento capilar
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30. PRESCRIÇÃO E APRAZAMENTO
Ações corretivas
• Os horários do ATB devem ser aprazados de acordo com a prescrição anterior.
• Comunicar a enfermeira ou a equipe médica se alterações (falta de justificativa e etc.)
• Aprazar em horário padrão.
Horários
1x ao dia: 06, 10, 12, 14, 16, 18, 22, 24
2/2hs: 06, 08, 10, 12, 14, 16, 18 28, 22, 24, 02, 04
4/4hs: 06, 10, 14, 18, 22, 02
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6/6hs: 12, 18, 18, 24, 06
8/8hs: 14, 22, 06
12/12hs: 10,22 ou 12, 24 ou 18, 06
PRESCRIÇÃO
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17- Mudança de decúbito 2/2hs10 12 14 16 18 20 22 24 02
04 06
18-MCC+OP+PNI+BH Ciente
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O balanço hídrico deve ser concluído a cada 6hs pelo técnico de enfermagem (6h
as
12h, das 12h as 18h, das 18h as 24hs e das 24hs as 6h).
Realizar o somatório das entradas e das saídas e diminuir sendo assim
observando se o balanço deu positivo ou negativo.
Ex: Somou tudo que ficou no item entrada no paciente igual ex: 2250ml e somou os de
saída ex: 3000ml. Diminuir 2250 – 3000ml: - 750ml (balanço negativo).
Compete ao enfermeiro assistencial, e técnico/auxiliar de enfermagem realizar o balanço
hídrico, conferindo o fechamento parcial e total, e proceder a anotação
Recursos necessários
Folha de registro do balanço hídrico (anexo1)
Luvas de procedimento
Fraldas descartáveis pesadas e com registro do peso
Recipiente graduado para a mensuração de volumes de dreno ou diurese
Calculadora
Balança para pesagem do beneficiário e das fraldas
Bomba de infusão
Principais passos
Realizar a conferência dos dispositivos e acessos no recebimento do plantão
Realizar o registro correto do volume total das soluções nos rótulos de soro
Pesar o beneficiário nos dias padronizados no setor
Anotar, na folha de balanço hídrico, os volumes de medicamentos e de soluções
administradas por bomba de infusão, bem como os líquidos administrados por via
oral durante o plantão de 12 horas.
Anotar na folha de balanço hídrico os volumes de hemocomponentes
administrados:
160
plasmas, plaquetas e albuminas, porém não somar o volume de concentrado de hemácia que
deverá apenas estar relacionado.
Medir e anotar volume de urina, fezes, vômitos, drenagens de sondas e drenos, ,
na coluna dos eliminados, pesando fraldas ou por estimativas de quantidades:
pequena +/ media ++/ grande +++.
Somar as colunas de líquidos administrados e as colunas de líquidos eliminados
Concluir o balanço hídrico parcial a cada 12 horas e o total a cada 24 horas
Comunicar ao enfermeiro e/ou médico, alteração como anúria, diarreia, volumes
de vômitos/estase, presença de sangue nos líquidos eliminados, e atraso de
infusões prescritas.
Cuidados especiais
Ao receber o plantão observar a infusão de soroterapia e medicamentos no
beneficiário, atentando para as bombas de infusão, se as mesmas foram zeradas
ou não
Atentar para realizar uma anotação fidedigna, no espaço adequado, para não
comprometer a avaliação do beneficiário
Cuidados ao registrar volume de líquidos infundidos por bomba de infusão e como
fazer para zerar a mesma.
A cada fechamento parcial de 12 Horas, parar a bomba infusora, acionando o
botão
START/STOP.
Anotar o volume infundido e subtrair do volume total registrado no rótulo da
solução confirmando com a prescrição médica
Registrar no impresso de balanço o valor infundido, em seguida, zerar a bomba,
Reiniciar a infusão
*Parar e reiniciar a infusão. *Alterar o volume total.
Cuidado quanto aos registros de eliminações
161
As evacuações serão registradas com o símbolo +, de acordo com a quantidade
eliminada (de 1 a 3, +++)
A diurese será anotada pelo valor em ml. Quando o beneficiário estiver em uso de
fralda descartável, realizar a pesagem da fralda e subtrair do peso da fralda anotado
previamente.
As fraldas que apresentarem urina e fezes, não deverão ser pesadas, a estimativa
será
registrada pelo sistema de +, (seguindo o esquema de +/+++)
O plantão noturno realizará o fechamento final do balanço, acrescendo a
somatória do fechamento parcial registrada pelo plantão diurno (12h) à sua
somatória.
162
na natureza humana. É a possibilidade de assumir uma posição de reconhecimento dos
limites e ética de respeito ao semelhante.
Os pacientes que necessitam de uma internação dessa complexidade não
precisam de um atendimento mecanicista que visa somente a parte tecnológica e
cientifica da situação, eles necessitam que o profissional que o está atendendo promova
a assistência diretamente voltada a ele como ser humana que precisa de atenção
biopsicossocial e espiritual.
164
Cuidados Paliativos não se baseiam em protocolos, mas sim em princípios:
Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis.
Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida.
Não acelerar nem adiar a morte.
Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente.
Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente
quanto possível até o momento da morte.
Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do
paciente e a enfrentar o luto.
Garantir abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes
e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto.
Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença.
Iniciar o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas
terapêuticas.
166
35 – BOMBA INSUSORA
167
• Bombas de infusão de equipo especiais
168
169
170
COMO FUNCIONAM
Demais Funções:
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Liga/desliga
START/STOP - Inicia ou interrompe funções:
Silencia o alarme sonoro por 2 minutos
Tecla de Correção de valores – CORRIGE (com infusão em andamento)
Sensor (Habilita, Desabilita)
Bloqueio/Desbloqueio
Idioma
Display/Contraste
Ajuste (KVO)
Zerar o volume acumulado infundido
Função BOLUS (bol)
Função para programação do VOLUME TOTAL a ser infundido
Função de diminuir ou aumentar vazão,
Sensibilidade do sensor,
Ajuste do ML/H
Função de programação de TEMPO de infusão.
VOLUME ACUMULADO (ml) desde o início do funcionamento da bomba
VOLUME infundido desde a última vez que Zerou,
Função para Alterar o VOLUME DE INFUSÃO
Função de pausa (STANDBY) (de 15 minutos a 04 hs)
Função nome da droga infundida etc.
172
TIPOS DE EQUIPOS DE BOMBA INFUSORA
Dieta:
Importante lembrar: Para evitar erros em administrar as medicações e a dieta
enteral, o fabricante disponibiliza equipos com coloração diferenciada, no caso
de dieta enteral o equipo tem toda sua coloração azulada, roxa ou verde e uma
173
parte siliconada para encaixar na bomba, tendo sua saída com um encaixe
diferenciado.
Medicação:
Fotossensíveis (laranja)
174
Material Necessário:
- 01 bomba de infusão, 01 suporte para bomba; 01 equipo próprio para bomba;
polifix, Seringa de 20, perfusor, medicação conforme solicitação médica.
Pré - Execução:
- Verificar se todo o material necessário para o preparo de bomba e das
medicações estão em sala;
- Fixar a bomba de forma segura com o auxílio de seu suporte específico de
modo a proporcionar boa visualização.
- Verificar a existência de bateria na bomba.
Execução:
- Conectar a bomba na tomada;
- Lavar as mãos;
- Encaixar equipo solicitado na bomba, de forma adequada;
- Conectar o frasco de soro ou a seringa de infusão (20ml) no equipo;
- Programar a bomba de acordo com a necessidade;
Selecionar a droga à ser infundida;
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Selecionar a concentração desejada;
Selecionar o volume do recipiente;
Ajustar o rítmo da infusão;
Ajustar a dose “Bolus” (se necessário);
- Preencher o equipo de modo a retirar todo o ar do sistema antes de conectar
ao cliente;
- Conectar o equipo a venóclise;
- Iniciar a infusão pressionando a tecla “Start” (iniciar).
Pós - Execução:
- Pressionando a tecla “Stop” (parar) para interromper a
- Desconectar o equipo do cliente;
- Desligar a bomba;
- Desencaixar o equipo utilizado da bomba;
- Desprezar o frasco de soro ou seringa e o equipo utilizado;
- Desinfetar a bomba com álcool 70%;
- Guardá-la de forma adequada.
Avaliação:
- Avaliar funcionamento adequado do equipamento;
- Avaliar identificação e dosagem das drogas infundidas na bomba;
- Avaliar instalação correta do equipo na bomba;
- Avaliar desinfecção do equipamento – antes e após sua utilização.
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- Programação incorreta da bomba: verificar identificação e dosagem das drogas
infundidas na bomba.
Lembretes:
ATENÇÃO: Nunca desligar a bomba nem para transporte, nem para banho, nem
para exame, excepcionalidade, podem ocorrer com autorização médica - colocar
a bomba em standby.
177
primeiro o conector próximo ao frasco de soro e após o conector p´roximo ao
paciente.
Verificar se o equipo já instalado a BI está conectado ao paciente.
Abrir a pinca corta fluxo do equipo.
Ligue a bomba e atente ao autoteste quer o mesmo faz.
Programe a bomba de infusão de acordo com o parãmetro exigido pelo médico
ou prescrição médica.
Lembre-se que todo o equipo específico tem sua validade de 24 á 72hs de uso
contínuo (de acordo com cada protocolo hospitalar ou fabricante), tomando
cuidado de sempre frevhar a pinça corta fluxo antes de desconectar do paciente
ou do equipamento.
ANEXOS
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