Código de Praxe ISEL - 2024código de Praxe ISEL - 2024
Código de Praxe ISEL - 2024código de Praxe ISEL - 2024
Magnum ConsilliumVeteranorum
do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Maio de 2024
Prólogo ..................................................................................................................................................2
Tradição Académica..............................................................................................................................3
Citações .............................................................................................................................................4
Ordem................................................................................................................................................. 10
Hierarquia....................................................................................................................................... 11
Apadrinhamento ............................................................................................................................. 12
Traje ................................................................................................................................................... 16
Simbolismo .................................................................................................................................... 17
Elementos ....................................................................................................................................... 17
A Capa............................................................................................................................................ 19
A Praxe ........................................................................................................................................... 22
Condutas......................................................................................................................................... 22
Epílogo ............................................................................................................................................... 26
~1~
Art.º 1º Noção de Praxe
É considerada Praxe Académica todos os usos e costumes entre estudantes do Instituto
Superior de Engenharia de Lisboa1 e os decretados pelo Magnum Consillium Veteranorum2 do
Instituto.
A Praxe baseia-se na integração dos novos estudantes, na vivência dos estudantes no Instituto
e na preparação dos mesmos para a vida profissional, servindo-se o bom senso.
Na leitura do presente código, omissões não devem ser automaticamente entendidas como
permissões, sendo que qualquer dúvida sobre o mesmo deverá ser atempadamente esclarecida com
o Magnum Consillium Veteranorum, sob pena de incumprimento do código.
~2~
1
Doravante Instituto
2
Doravante Conselho
3
Denominados Apartados
4
Denominados Alumni
5
Denominados Anti-praxe
6
Estas denominações serão definidas no Volume II, Cap. A, Art. 12º.
~3~
~4~
Art.º 4º Introdução
Todos os seguintes artigos são replicados do Sr. João Baeta, em 2014, que cita as seguintes
fontes:
Art.º 5º O ritual
Não é fácil falar da praxe. Pelo menos falar desapaixonadamente.
Para os que a amam, a praxe é intocável na medida em que é uma das mais velhas tradições da
Academia, na medida em que é um dos seus mais antigos e sagrados rituais e ainda na medida em
que os rituais são os "sinais exteriores", a "materialização" de um certo espírito, académico, religioso,
social ou outro. No caso que nos importa, académico.
Ora, se não há sinais exteriores de um certo espírito académico é porque esse espírito não
existe. Caso contrário manifestar-se-ia. Materializar-se-ia nas práticas a que dá origem. Sem esses
ritos o espírito académico morre.
Embora, para mim, a praxe não tenha um dos principais atributos que tradicionalmente os
seus indefectíveis lhe apõem - a intocabilidade sou dos que amam a praxe. Fica assim definido, à
partida, olado da barrica em que me entrincheiro, nesta velha guerra sem fim nem consequências.
Digo que nego a intocabilidade da praxe porque ela é - na sua essência, na sua razão de ser,
naquilo que faz com que seja o que é e não coisa, naquilo que, em suma, a define - ela é, dizia,
tradição. E tradição é "traditio" - aquilo que transita, que passa, de mão em mão ou de geração em
geração. E o que assim se transmite nunca é igual ao que assim se recebe.
~5~
Art.º 6º A Palavra de Honra
Um dos aspectos mais bonitos e mais pedagógicos da “Praxe” era o uso da "palavra de honra".
O certificado de quaisquer afirmações ou declarações feitas “em praxe” era feito mediante
"palavra de honra" e só mediante "palavra de honra”.
E nem a praxe (nem a dignidade e o bom-senso) permitia que ela se desse em vão nem permitia
que quem quer que fosse a rejeitasse.
Suponhamos que ele respondia que era puto ou quartanista, mas a troupe suspeitava que era,
simplesmente, um caloiro a mentir para se furtar à punição praxista. Por maior que fosse essa
desconfiança o chefe de troupe estava impedido de lhe pedir quaisquer documentos ou testemunhos
confirmativos. Apenas podia (e devia) pedir-lhe a "palavra de honra” e aceitá-la!!
Suponhamos ainda que um doutor mobilizava um caloiro e este alegava estar de luto pesado -
o que o dispensava de submissão a mobilizações como veremos.
É claro que se viesse a descobrir que ele mentira lhe aplicava a punição do rapanço sem mais
delongas.
Nunca percebi se era brio estudantil, se era "culto de honra", se era apenas medo de ser
descobertoe punido: nunca soube de ninguém que submetido àpraxe, mentisse para aela sefurtar.
Era espantoso (e ainda hoje para mim é) a sinceridade, por vezes bem constrangida, com que
um caloiro interrogado confessava a sua condição, sabendo bem que isso lhe iria custar uma
mobilização, o cabelo ou as duas coisas…
Sei hoje que durante a sua já longa história, a capa e batina sofreu períodos de desuso,
períodos de heterodoxia e, mais recentemente, períodos até de contestação.
~6~
Quero dizer com isto duas coisas: quase toda a gente usava capa e batina e quem a usava era
escrupuloso quanto ao modo que a praxe estipulava de a usar.
Esse rigor ia mesmo a pormenores de difícil fiscalização e talvez por isso mesmo, pouco
fiscalizados. Refiro-me à obrigação de usar roupa interior branca, de o número de botões
corresponder ao número de casas e outras miudezas características da própria praxe.
(…)
Não sei se era verdade ou não. Mas sei que ninguém se atrevia a usar a capa de modo menos
correcto, segundo a praxe. Quero dizer com isto vários cuidados que hoje parece terem caído
completamente em desuso.
Quando fazia calor - como no tempo dos exames - é claro que se tirava a capa das costas e se
transportava no braço ou pousada no ombro. Mas era uma situação de excepção que o estudante só
se permitia em situações de à-vontade. Porque um estudante sem capa era como um futrico em
mangas de camisa!...
Não se falava com um professor, uma senhora, uma pessoa a quem se devia respeito, não se
entrava numa Igreja ou na casa alheia, sem a capa pousada nos dois ombros desdobrada ao longo
das costas.
Se andar sem capa era a mesma coisa que andar sem casaco - segundo a praxe - andar de capa
traçado era a mesma coisa que andar de chapéu na cabeça.
Nas mesmas circunstâncias em que não se estava de "capa no braço" também não se estava de
capa traçada.
Acontecia mesmo que o destraçar da capa era uma maneira de se cumprimentar pessoas com
quem se fazia cerimónia ou a quem se devia respeito. Quando, de capa traçada, passávamos por um
professor, destraçávamos a capa, ao que ele, correspondia, normalmente, tirando o chapéu ou, se o
não usava, (…) fazendo uma vénia. Destraçava-se e traçava-se a capa, em cumprimento, tirava-se e
punha-se o chapéu.
Por tudo isto se vê que a praxe não violentava nem ofendia ninguém.
~7~
Com estes limites, impeditivos de que invadisse o terreno das convicções e dos sentimentos
íntimos, a Praxe resumia-se a um simples jogo, que frequentemente era jogado com gozo pelos
próprios caloiros.
Aliás, só se submetia à praxe quem queria - e esta é outra nota importante, frequentemente
esquecida ou mesmo ignorada. Bastava que um estudante afirmasse perante o Conselho de
Veteranos o seu desejo de se eximir à praxe para que dela ficasse isento. É claro que, neste caso,
também ficava, de futuro, impedido de dela beneficiar ou de a exercer - como é lógico e justo!
A «praxe», a verdadeira «praxe» dos «praxistas» de Coimbra nunca ofendeu ninguém: nem
física nem psiquicamente.
E por vezes, sempre brincando, dava lições de humanismo e de humanidade bem mais
eloquentes do que a dos anti-praxistas.
O veterano é sagrado. Se uma malta estiver troçando, sem mesmo se aproximar, grita: - Está
protegido! O grupo trocista dissolve-se como o fumo com o ar.
Formigão é o estudante do Seminario, aos quaes os novatos, como lhes é ordenado, fazem de
quando em quando umas pequenas partidas, para irem noviciando e tomando gosto pela praxe.
7
Caronte (Charonte) na mitologia grega é o barqueiro do Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as
águas do rio Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos.
~8~
Bicho é o estudante atrazado do lyceu, que, no meio do buliçozo da vida académica, é muitas
vezes chamado pelos veteranos para pintar, como affronta suprema, imundos bigodes aos pobres
novatos!
(…)
Apezar de que por Estudante de Coimbra todos entenderão o da Universidade, melhor fôra
dizer-se do que deixar esse ambiguo.»
~9~
~ 10 ~
Art.º 12º Hierarquia na Praxe
A hierarquia na Praxe, em ordem ascendente de acuidade, é a que se segue:
› Reles Besta — não possui matrícula no Instituto — pertencem a esta categoria todas as
criaturas que ainda não tenham tomado a iluminada decisão de se matricularem numa
Academia de excelência, como o nosso bem-amado e muy nobre Instituto;
› Bicho — possui matrícula no Instituto — pertencem a esta categoria todos os seres que já se
encontrem matriculados no Instituto, mas que ainda não tenham sido baptizados na
Missado Caloiro;
› Caloiro/a — possui o baptismo cumprido — pertencem a esta categoria todos os bichos que
tenham o seu baptismo concretizado. Possuem o direito de serem praxados, que será
cumprido, com especial dedicação por Engenheiros, assim como o direito de escolha de um
excelentíssimo Padrinho, sendo sempre uma opção sua e não o contrário. Mantêm-se a
falta de direitos dentro da Praxe, no entanto o seu direito de a sofrer é implementado em
todos os momentos que um excelentíssimo Engenheiro esteja também na Praxe e se sinta
no humor de a exercer;
› Pastrano/a — tem a sua capa traçada e possui 2 inscrições — pertencem a esta categoria
todos os Caloiros a quem foi traçada a capa pelos seus excelentíssimos Padrinhos /
Madrinhas. Ainda não têm direito de Praxe, sendo esta fase dedicada à aprendizagem da
sua boa e digna aplicação.
› Engenheiro/a — possui entre 3 a 5 inscrições, inclusivé — pertencem a esta categoria
todos os que se encontrem na capacidade de aplicar Praxe a bestas, bichos e Caloiros do
Instituto, usando o que sofreram como Caloiros e o que aprenderam como Pastranos;
› Veterano/a — possui 6 ou mais inscrições — pertencem a esta categoria todos os ilustres
Engenheiros que se mantêm no Instituto o número de anos superior ao necessário para
obtenção do título de Mestre em Engenharia, segundo a Ordem dos Engenheiros
Portuguesa.
Embora organizem atividades praxistas e mantenham um contacto mais direto com os caloiros,
os elementos das ditas mantêm o seu grau hierárquico dentro da Praxe.
~ 11 ~
Art.º 15º Estudantina Académica/Tuna Feminina
Não obstante a hierarquia acima referida, aos membros da Estudantina Académica do ISEL e
da Tuna Feminina do ISEL são aplicadas as regras da Praxe dessas organizações do Instituto, sendo
que na sua globalidade estão abrangidos pela hierarquia do presente Código.
A aplicação de qualquer Praxe a um membro destas deve ter em consideração a vontade dos
Veteranos das mesmas. Do mesmo modo, os elementos dessas organizações devem respeitar o
presente Código, caso os seres a serem praxados não estejam vinculados a essas organizações.
› Pastranos — estando ainda a educarem-se sobre os costumes da Praxe, não possuem ainda o
conhecimento suficiente para poderem apadrinhar;
› Engenheiros com 3 inscrições — podem transmitir o pouco que aprenderam a um afilhado/a;
› Engenheiros com 4 inscrições — são capazes de apoiar outros dois/duas afilhados/as
(perfazendo um máximo de três);
› Engenheiros com 5 inscrições — com os vários anos de vivência no Instituto, conseguem
apadrinhar todos os/as afilhados/as que lhes couberem debaixo da capa (contando com os
anteriores, com os ombros dos mesmos cobertos), com esta corrida sobre os ombros do
excelentíssimo Padrinho / Madrinha;
› Veteranos — após toda a experiência obtida no Instituto, podem apadrinhar todos os que
estejam ao alcance da vista e da voz.
É de notar que, para apadrinhamento, é necessária uma diferença mínima de duas matrículas
de Praxe ativas, entre o/a excelentíssimo/a Padrinho / Madrinha e afilhado/a.
~ 12 ~
Art.º 17º Noção
Uma Comissão Organizadora de Praxe8 (doravante Comissão) existe para orientar
atividades de Praxe e organizar os caloiros do respetivo curso ou departamento. Não obstante,
trabalham conjuntamente com os seus pares trajados para manter o bom nome e execução da
Praxe no Instituto.
› Presidente, pertencente ao Conselho e escolhido/a pelo mesmo; com total autoridade para
permitir ou vetar as atividades decididas em reunião e atribuir os cargos a executar pelas
Comissões.
› Comissários, eleitos pelos seus colegas Engenheiros do mesmo curso, caso o Presidente assim
o deseje, ou escolhidos especificamente pelo mesmo; deverão cumprir com os cargos que
lhes forem atribuídos e são o elo mais pessoal da Praxe no Instituto para os seus caloiros
de curso.
Caso não seja este o método do Presidente, qualquer Engenheiro, ao ter mostrado o seu
conhecimento e capacidade de aplicação da boa Praxe, poderá ser devidamente, e quando for
necessário, chamado a um cargo para o qual seja apto.
Pelo esforço que terão de fazer em ser inovadores e criativos, e pelo bom exemplo que
deverão representar, devem ser respeitados e acompanhados por todos os estudantes trajados
nas atividades que pretenderem executar.
8
Doravante Comissão
~ 13 ~
Art.º 21º Reuniões
Ao receberem ideias dos seus pares e ao recolherem inspiração pelos meios que possuírem, a
Comissão deve reunir isoladamente para determinar o melhor método de modo a aplicar uma Praxe
digna.
~ 14 ~
Art.º 22º Noção
O Magnum Consillium Veteranorum do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa é a
assembleia máxima responsável pelo zelo da Praxe no Instituto. Compete a esta redigir este
Código de Praxe, manter a tradição e garantir a boa aplicação da mesma nos estudantes do
Instituto.
Sendo o órgão máximo da regulação, este tem o poder de cessar ou permitir qualquer evento
de Praxe.
~ 15 ~
~ 16 ~
Art.º 27º Simbolismo do Traje
Estava reservado apenas aos elementos abastados da sociedade portuguesa a matrícula do
Ensino Superior, devido ao custo da mesma. A quem matriculado no Ensino Superior era exigido
uma indumentária formal, sendo negada a presença nas aulas a qualquer pessoa que assim não se
apresentasse no estabelecimento de ensino.
O Traje Académico existe considerando as dificuldades de quem não tinha posses para tal e é
usado para ignorar a situação socioeconómica de cada estudante. É permitida aos caloiros o uso do
traje, mesmo assim a este está vedado o traçar da capa, excetuando o momento próprio para a traçar
(definido por este Código) e após o mesmo.
› Sapatos pretos, sem atacadores e/ou apliques, com tacão que não exceda três dedos de altura;
› Collants ou meias de liga, pretas, lisas e não opacas;
› Saia, preta, de corte direito, com uma altura de dois dedos acima do joelho;
› Camisa branca, clássica e lisa, com colarinho e manga comprida;
› Gravata preta, lisa;
› Casaco preto, clássico, com todos os botões abotoados;
› Capa preta.
› Sapatos pretos, clássicos, com ou sem atacadores e sem apliques metálicos, sendo os
primeiros com número ímpar de voltas nos atilhos, e os segundos sem qualquer tipo de
desenho ou padrão;
› Meias pretas, clássicas e lisas, sem quaisquer adornos ou decoração;
› Calças lisas, pretas, e com cinto de couro (ou similar), preto, de fivela prateada ou preta;
› Camisa branca, clássica e lisa, com colarinho e manga comprida;
› Gravata preta, lisa;
› Colete preto, que não seja de abas ou cerimónia, com todos os botões abotoados;
› Batina preta (que não seja de modelo eclesiástico) com abas acetinadas;
› Capa negra.
~ 17 ~
Art.º 30º Adornos
É facultativo o uso de adornos no traje, desde que respeitem as seguintes regras:
a) Pins — Só é aceite o pin do Instituto na zona posterior da lapela direita e todos os restantes
devem ser colocados sob a mesma escondidos (na zona anterior da lapela);
b) Fitas na Lapela — As fitas devem ser presas na zona anterior da lapela, por trás do mesmo
pin: as do Conselho (pretas) e serão dadas pelo Dux ou pelo prévio Veterano
Magnanimus, depois de receber as dos elementos que o abandonem; as das Comissões
(cinza “prata”) e são dadas pelo Presidente da sua Comissão; as de finalista (cores do
Instituto, prata e tijolo) só poderão ser usadas no semestre em que faltem seis cadeiras
para completar o curso;
c) Relógio de bolso — Prateado, deve ser preso na casa do último botão do colete e guardado
no bolso da direita do mesmo;
d) Gorro de Praxe — Apenas é permitido o seu uso a excelentíssimos Veteranos;
e) Outros — Aliança de compromisso, anéis de curso e afins;
~ 18 ~
Art.º 32º Simbolismo da Capa
Um (se não O) elemento mais simbólico do Traje, a Capa Académica tem nas suas entranhas
todo o percurso do seu Estudante, como se de um diário da sua vida académica se tratasse.
Deve-se tomar também atenção para as dobras a aplicar, em que ao estar sobre os ombros ou
traçada devem ser tantas quantas matrículas o estudante tiver, juntamente com uma dobra extra
pelo orgulho ao Instituto.
A capa deve de ser traçada do braço esquerdo para o braço direito, e em seguida do braço
direito para o braço esquerdo.
~ 19 ~
Art.º 34º Emblemas
Um modo de individualizar a Capa é coser emblemas no interior da mesma, emblemas esses
que simbolizam para o Estudante o seu percurso no Instituto e na vida académica. Estes símbolos,
tal como os adornos ao Traje, não são obrigatórios. Caso o Estudante tenha vontade em colocá-los,
deverá mantê-los escondidos, tal como o faria a um diário.
Seguindo a tradição anterior, não se devem usar emblemas de clubes, marcas comerciais,
símbolos políticos ou similares, religiosos ou signos.
Caso o Estudante tenha vontade de colocá-los, deve seguir a tradição académica adaptada ao
Muy Nobre Instituto. Existem 9 símbolos obrigatórios que o mesmo deverá colocar pela ordem
designada antes de colocar outro e qualquer emblema. Após a colocação dos obrigatórios e em caso de
número par de emblemas, o Estudante deverá coser outro, de modo a perfazer número ímpar tanto em
emblemas, como em colunas.
Os emblemas deverão ser cosidos com linha preta, que não deverá estar à vista, tanto no
emblema como na capa. A distância entre emblemas, em linhas e colunas, deverá ser entre um a um
dedo e meio.
~ 20 ~
~ 21 ~
Art.º 35º Exercício
O objetivo principal do exercício da Praxe no nosso Instituto é aproximar todo e qualquer
aluno de maneira que todos consigam mostrar amizade, trabalho de equipa, integridade e boas
condutas que uma pessoa deve ter no dia-a-dia. O dever do aluno é dar o bom exemplo, de ser
empenhado e competente. O aluno que queira aproveitar, respeitar e seguir a Tradição Académica
tem como missão transmitir esse respeito, tradição e bons costumes dos seus magníficos
Engenheiros e Veteranos, manter a tradição e manter única a família ISELiana.
Para garantir a boa aplicação do Volume III, toda a revista do traje é feita, exclusivamente,
pelo Conselho a um qualquer outro Trajado. Esta pode ser feita onde, quando e por qualquer motivo
os Conselheiros decidirem executá-la, estando eles mesmos na Praxe (i.e., de capa traçada). A revista
é feita por elementos do mesmo sexo do Trajado, para evitar possíveis abusos.
Se, por algum motivo, o Trajado sujeito a revista duvidar da palavra do Conselheiro, este tem
o direito de chamar o Ilustre Dux para garantir a boa aplicação da revista. Se com a revista o
Conselheiro ou Ilustre Dux encontrar alguma falha, o Trajado fica imediatamente sujeito a sanção.
(Art.º 37º, Cap. B, Volume IV)
No caso de o Conselheiro querer revistar um Trajado do sexo oposto, este deverá escolher
alguém que tenha mostrado capacidade na Praxe, do mesmo sexo que o/a Trajado/a para realizar a
revista. O/A escolhido/a para revistar deverá ter mais matrículas do que o/a revistado/a.
Quando um estudante se encontra indevidamente trajado, para além das sanções aplicadas
pelo Conselheiro que o revistou, considera-se que este não está na Praxe até justificar que se
encontra devidamente trajado.
~ 22 ~
Art.º 38º Proteções
Constitui Proteção o auxílio dado por Trajados a caloiros e bichos para os livrar de Praxe.
A quantidade de protegidos depende da hierarquia do protector9. Todas as proteções seguintes,
salvo exceções óbvias, ficam sem efeito quando existir Praxe organizada pelo Conselho (i.e., as
de Comissões):
Não tem aplicação (sendo apenas referida pela tradicionalidade destas) a Proteção do
Instrumento: Os caloiros que levarem consigo instrumento musical e demonstrarem perante os
Trajados que sabem tocar, ficam protegidos.
CAPÍTULO C
TRIBUNAL DE PRAXE
Art.º 40º Competências
a) O Tribunal de Praxe poderá ser pedido por qualquer entidade pertencente à Praxe, endereçado ao
Magnum Consillium Veteranorum, cabendo a este a decisão da sua realização.
b) Serão levados a Tribunal de Praxe, todo e qualquer besta, caloiro ou trajado, bem como qualquer outro
caso em que se verifique um desrespeito ao Código de Praxe vigente ou a alguma das Entidades Praxantes.
c) As decisões serão da competência do Juíz de Praxe em conjunto com a decisão do Júri, e destas não
poderá haver recurso.
9
tendo por base o Art.º 16º, Capítulo B do Volume II.
~ 23 ~
Art.º 41º Constituição
a) O Tribunal de Praxe é constituído pelo Juiz de Praxe, um Júri, um Advogado de Defesa e um
Advogado de Acusação.
b) O Júri é constituído pelo Magnum Consillium Veteranorum.
c) O Advogado de Defesa da besta ou caloiro será́ um trajado por este nomeado, desde que possua três ou
mais matrículas ativas de Praxe. No caso de o réu não ser besta ou caloiro, a defesa poderá ser feita pelo réu,
podendo este nomear um trajado hierarquicamente superior, com diferença de pelo menos uma matrícula
ativa de Praxe.
d) O Advogado de Acusação da besta ou caloiro será um trajado por este nomeado, desde que possua três
ou mais matrículas ativas de Praxe. No caso de a vítima não ser besta ou caloiro, a acusação poderá ser feita
pela vítima, podendo este nomear um trajado hierarquicamente superior, com diferença de pelo menos uma
matrícula ativa de Praxe.
e) Nos termos em que a Acusação será realizada por todo um departamento, este verá a sua representação
constituída por dois representantes, nomeados pelo respetivo Veterano Magnanimus do departamento.
~ 24 ~
Art.º 45º Punições
a) As punições resultantes da sentença podem passar por:
1. Simples repreensão;
2. Praxe em data e hora a definir pelo Juiz de Praxe e Júri;
3. Impedimento de subir na hierarquia de Praxe;
4. Proibição de exercício de Praxe;
5. Proibição de apadrinhamento;
6. Expulsão.
b) A não comparência dos intervenientes a Tribunal de Praxe, sem apresentar uma justificação oficial,
verá aplicada uma punição, adaptada por decisão do Juiz de Praxe e Júri.
c) É impeditiva a utilização da Proteção da Substituição a punições provenientes do Tribunal de Praxe.
~ 25 ~
Art.º 46º Bibliografia
Foram usados como apoio à correta escrita deste Código:
Retificou:
Deve ser respeitado e seguido pelos seus intervenientes. Mesmo não sendo regras, a sua
ignorância ou desprezo irá confundir e dispersar a Praxe pelos estudantes do Instituto, e pior,
denegrir a experiência da mesma, como ainda temos memória de anos anteriores.
Foi elaborado com a tradição, dedicação e prazer que os nossos Veteranos nos demonstraram
na nossa própria Praxe. É essa definição que queremos deixar aos nossos actuais colegas e
caloiros.
Alexandre Alves
Autor, desde 2010
~ 26 ~
ANEXO
~ 27 ~
uga
2- União Europeia
3- Onde Estuda
4- Curso
5- Estabelecimento
6- Onde Nasceu
7- Onde Mãe Nasceu
8- Onde Pai Nasceu
9- Instituto Politécnico
de Lisboa