Revisão:
Trabalho 2 (apresentação) : 12-05-2025 - duda, gabi e eu
Próxima revisão para a prova 2: 23-06-2025
O que é um contrato?
VONTADE HUMANA + ORDEM LEGAL
- Espécie de negócio jurídico bilateral ou plurilateral
- Requisitos/Elementos:
- Acordo de vontades (de ordem especial)
Em conformidade ao Artigo 104 do Código Civil:
- Agente capaz
- Objeto lícito, possível e determinado/determinável:
Ex:
Determinado ou determinável: vou comprar 10 cabeças de gado marrom, se vier um
diferente não dá para celebrar, porque eu acordei inicialmente que seria 10 cabeças
de gado marrom.
- Forma prescrita ou não defesa em lei:
Ex: para que o negócio jurídico seja válido precisa:
- Seguir a forma da lei, ou seja, o que ela manda (quando houver uma forma
exigida);
- Não usar uma forma proibida (defesa) pela lei. Ou seja, algo que a lei não
proíba ;)
Se não seguir a forma exigida ou usar forma proibida, o negócio é nulo.
Forma que um contrato é extinto de maneira unilateral.
Obs: A formulação de um contrato não possui um modelo específico.
Função social do Contrato:
Conceito: O contrato não pode afetar interesses coletivos ou gerar prejuízos sociais.
unção social do contrato? princípio que regulamenta o contrato para que o mesmo
F
não ultrapasse os direitos referentes à dignidade da pessoa humana ou interesses
metaindividuais.Também é um mecanismo limitador doprincípio da autonomia
contratual.
etém base legal no Art. 421 do CC: não pode afetar os prejuízos sociais e
D
interesses coletivos -Pergunta 6 do trab.
uriosidade: no cc de 2002, foi aberto a função de um contrato para que tivesse
C
para uma função social.
- Dever do Contrato é regular os acordos entre as partes.
Exemplo:
KKKK
Etapas da formação de um contrato
(*quais as etapas da formação do contrato*
- pergunta de flashcard -):
As etapas da formação de um contrato:
- Negociação preliminar: Para começar um contrato é necessário a negociação
preliminar, as partes vão negociar que gera a vinculação entre as partes.
- Proposta: as partes formulam as propostas, e após concordância não se
pode alterar o valor da proposta, é fixo, e imutável.
A base legal da proposta é o Art. 427(vai haver perguntassobre, formular
flashcard sobre: O que fala o art. 427?).
Decorar sobre o proponente que faz a proposta.
Deixa ser proposta se há contraproposta!
Sobre a retratação antes da proposta, vale a anterior antes de que a outra
parte aceite. A retratação via. correio é válida se chega posterior a data
combinada na AR do correio. Também é válida a retratação e a
contraproposta se chegarem juntas.
- Aceitação:
A contraproposta deve vir antes da aceitação ;)
- P
erfeição do Contrato: é quando ele começa (ele se torna perfeito, quando as
partes assinam).
E se eu quiser mudar? a gente faz um contrato do zero depois de todas as etapas
depois que assinou já é aceito.
Princípios contratuais:
Autonomia da vontade:(slide 9)
- A rt.421=aliberdadedecontratarseráexercidanoslimitesdafunçãosocial
do contrato.
- Contrato precisa ser válido
- Limitador: princípio da supremacia da ordem pública
A autonomia está ligada, no princípio, de que eu tenho autonomia para contratar.
Decorar o art 421* do CC, porque se aplica na teoria da autonomia das vontades.
Qual a diferença entre autonomia da vontade e supremacia da ordem pública?
Supremacia da Ordem Pública:
- Limita o princípio da autonomia de vontade,dandoprevalênciaaointeresse
público.
iferença entre função social x é a Supremacia da Ordem pública:
D
A supremacia da ordem pública é para o coletivo que não se encaixa na função
social do contrato.
A supremacia da ordem pública é um princípio mais amplo, que estabelece os
pilares para a vida em sociedade, enquanto a função social do contrato é um
princípio maisespecífico,quebuscahumanizaresocializarasrelaçõescontratuais
entre indivíduos, dentro dos limites já estabelecidos pela ordem pública.
*E a supremacia da ordem pública, dando prevalência ao interesse público.
ecorar o art 421*
D
Qual a diferença entre autonomia da vontade e supremacia da ordem pública?
- Aautonomiadavontadeéaregra,conferindoliberdadeaosindivíduospara
contratar e estipular as condições de seus negócios.
- Asupremaciadaordempúblicaéaexceçãoouolimiteaessaliberdade,
intervindo para garantir que os interesses da coletividade e os valores
fundamentais da sociedade sejam respeitados, mesmo nas relações
contratuais entre particulares.
onsensualismo: A maioriadoscontratosseaperfeiçoacomosimplesacordode
C
vontades entre as partes, manifestado de forma expressa ou tácita.
ontratos Reais (Exceção): Diferentemente da regra, os contratos reais exigem,
C
para sua validadeeaperfeiçoamento,alémdoconsentimento,aefetivaentregada
coisa (traditio). Exemplos clássicos são o mútuo (empréstimo decoisafungível),o
comodato (empréstimo de coisa infungível) e o depósito. Nesses casos, o mero
consenso não é suficiente para que o contrato produza seus efeitos jurídicos.
elatividade dos Contratos: Este princípio estabelecequeosefeitosjurídicosdo
R
contrato se produzem unicamente em relação às partes contratantes, não
beneficiando nem prejudicando terceiros que não manifestaram sua vontade.
AbrandamentopelaFunçãoSocial:Afunçãosocialdocontrato,previstanodireito
contemporâneo,mitigaaaplicaçãoabsolutadarelatividade,exigindoqueaspartes
considerem os impactos de sua negociação na sociedade. Isso pode gerar
obrigações indiretas ou influenciar a interpretação do contrato em relação a
terceiros.
Exceção: Estipulação em Favor de Terceiro: Nesta modalidade contratual, uma
das partes (estipulante) convenciona com a outra (promitente) que esta realizará
uma prestação em benefício de um terceiro (beneficiário), que não participou
diretamente da formação do contrato.
O exemplo do seguro de vida é perfeito: você (estipulante) contrata com a
seguradora(promitente)paraque,apóssuamorte,umterceiro(beneficiário)receba
a indenização.
brigatoriedade dos Contratos (Pacta Sunt Servanda): Este princípio
O
fundamentalestabelecequeocontratovalidamentecelebradoéobrigatórioentreas
partes, como se lei fosse. As partes assumem um compromisso que deve ser
cumprido nos termos pactuados.
Fundamentos: A obrigatoriedade contratual se fundamenta na necessidade de
segurançajurídica,naboa-féenaexpectativalegítimadaspartesdequeoacordo
será honrado. Isso permite a previsibilidade nas relações negociais e o
desenvolvimento econômico.
Imutabilidade (Relativa): O pacta sunt servanda implica, em regra, a
imutabilidade do contrato, ou seja,aspartesnãopodem,unilateralmente,desfazer
oumodificaroquefoiacordado.Qualqueralteraçãonascondiçõescontratuaisexige
o consentimento mútuo, formalizado, geralmente, por meio de um termo aditivo.
Exceções e Atenuações: É importante notar que aobrigatoriedadedoscontratos
não é absoluta. O direito moderno prevê algumas exceções e mecanismos de
atenuação, comoateoriadaimprevisão(onerosidadeexcessivasuperveniente),
o caso fortuito e a força maior, que podem justificar a revisão ou resolução do
contrato.Alémdisso,afunçãosocialeaboa-féobjetivatambémpodeminfluenciar
a interpretação e a execução dos contratos, relativizando o rigor do pacta sunt
servandaem certas situações.
Onerosidade excessiva = caso fortuito ou força maior ex máscaras, pede a
revisão.
Revisão dos Contratos ou Onerosidade Excessiva:
- Oposto à obrigatoriedade.
" Onerosidade excessiva = caso fortuito ou força maior ex máscaras, pede a
revisão"
● O nerosidade excessiva: Refere-se a uma situação em que, durante a
execução de um contrato de execução continuada ou diferida (ouseja,que
se prolonga no tempo ou cuja prestação ocorre em momento futuro), a
prestação de uma das partes se torna extremamente dispendiosa e
desproporcional em relação à da outra, gerandoumdesequilíbriocontratual
significativo.
● Caso fortuito ou força maior: São eventos imprevisíveis e inevitáveisque
tornam impossível o cumprimento da obrigação contratual (caso fortuito)ou
extremamente difícil (força maior). A diferença clássica reside no fato de o
caso fortuito geralmente decorrer de eventos da natureza (terremotos,
inundações), enquanto a força maior decorre de atos humanos (guerras,
greves gerais, atos degoverno).Noentanto,aleimodernatendeatratá-los
de forma similar em seus efeitos.
● Ex máscaras, pede a revisão: O exemplo das máscaras durante uma
pandemia ilustra bem a situação. Se uma empresa contratou a compra de
máscaras por um determinado preço antes de uma crise sanitária, e essa
crise causa um aumento repentino e exorbitante no preço das máscaras
(tornando sua aquisição excessivamente onerosa), essa empresa pode
buscar a revisão do contrato. O argumento para a revisão se baseia no
evento imprevisível (a pandemia)esuasconsequênciasdiretasnopreçodo
produto.
● Pedearevisão:Aocorrênciadeonerosidadeexcessiva,decorrentedecaso
fortuito ou força maior, não implica a automática revisão do contrato. Ela
autoriza a parte prejudicada a pleitear judicialmente ou
extrajudicialmente a revisão dos termos contratuais, buscando um
reequilíbrio da relação. O objetivo da revisão é adaptar o contrato à nova
realidade, tornando as prestações novamente justas e proporcionais. Em
alguns casos extremos, pode-se até pleitear a resolução (extinção) do
contrato se a revisão não for possível ou suficiente.
xplicação da ligação: Quando um evento imprevisível e inevitável causa uma
E
onerosidade excessiva para uma das partes, a aplicação estrita do princípio da
obrigatoriedade dos contratos (pacta sunt servanda) poderia levar a resultados
injustosesocialmenteindesejáveis.Afunçãosocialdocontrato,nessecenário,atua
c omoumlimitadordaautonomiadavontadeedaforçaobrigatória,permitindoa
intervenção para restabelecer o equilíbrio contratual, desde que presentes os
requisitos legais (contrato de execução continuada ou diferida, onerosidade
excessivaparaumaparte,vantagemextremaparaaoutraéeventoextraordinárioe
imprevisível).
Princípio da Boa-Fé Objetiva e a Questão da Prova:
● O que é a Boa-Fé Objetiva: Como você bem colocou, a boa-fé objetiva não se
refere à intenção subjetiva das partes (se elas estavam agindo com boa ou má
intenção em suas mentes). Ela estabelece um padrão de conduta esperado de
pessoashonestas,leaisecolaborativasemsuasrelaçõescontratuais.Essepadrão
deve ser observado desde as negociaçõespreliminaresatéaexecuçãoeextinção
do contrato.
● O descumprimento da boa-fé objetiva é o opostodaimposiçãodopadrãode
conduta:Exatamente!Quandoumaparteagedeformacontráriaaessepadrãode
honestidade, lealdade e colaboração, ela está descumprindo a boa-fé objetiva. A
imposiçãodopadrãodecondutaéoqueseesperadaspartesemumcontrato,eo
descumprimentoocorrequandoessaexpectativaéfrustradaporumcomportamento
inadequado.
● A Prova do Descumprimento: A grande questão prática é como provar que a
boa-fé objetiva foi descumprida. Diferentemente da má-fé subjetiva (intenção
maliciosa),queémaisdifícildecomprovardiretamente,odescumprimentodaboa-fé
objetiva geralmente se manifesta através de comportamentos concretos e
observáveisdas partes.
○ Análise doComportamento:Aprovageralmentesebaseianaanálisedas
ações e omissões das partes ao longo da relação contratual. É preciso
demonstrar que a conduta de uma das partes desviou-se do padrão de
comportamento leal e colaborativo esperado.
○ Documentos: Trocas de e-mails, mensagens, notificações, termos
contratuais, históricos de pagamentos e outros documentos podem servir
como prova de um comportamento contrário à boa-fé objetiva.
○ Testemunhas: Em alguns casos, testemunhas podem relatar fatos que
evidenciam a falta de lealdade ou colaboração de uma das partes.
○ Presunções: Em certas situações, a lei ou a jurisprudência podem
estabelecer presunções de descumprimento da boa-fé objetiva diante de
determinadoscomportamentosreiterados.Éocasodoscorrelatosquevocê
mencionou.
Correlatos à Boa-Fé Objetiva:
sses institutos são manifestações específicas do princípio daboa-féobjetivaeajudama
E
concretizar o padrão de conduta esperado:
● Venire contra factum proprium (proibição de comportamento contraditório):
○ S ua explicação: Correta. É a vedação de adotar um comportamento que
contradiz uma conduta anterior da mesma parte, gerando expectativa
legítima na outra parte.
○ Exemplo: Se o credor repetidamente não cobra juros por atraso no
pagamento, criando na outra parte a expectativa de que essa tolerância
continuará, ele não pode, de repente, começar a cobrar esses juros sobre
pagamentos anteriores sem violar ovenire contra factumproprium.
○ Prova: A prova reside na demonstração da conduta anterior reiterada da
parte e na expectativa legítima que essa conduta gerou na outra parte.
S
● upressio (perda de um direito pelo não exercício prolongado):
○ S ua explicação: Correta.Éaperdadeumdireitopornãotersidoexercido
durante um longo período de tempo, criando na outra parte a legítima
expectativa de que esse direito não será mais exercido.
○ Exemplo: Se em um contrato dealuguelolocadornuncacobroumultapor
pequenosatrasosnopagamentoduranteanos,elepodeterperdidoodireito
de cobrar essas multas retroativamente, pois o locatário desenvolveu a
expectativa de que essa cobrança não seria feita.
○ Prova:Aprovasefazpelademonstraçãodaomissãoreiteradanoexercício
do direito por parte de seu titular e a consequente expectativa de não
exercício gerada na outra parte.
S
● urrectio (nascimento de um direito em razão de uma prática reiterada):
○ S uaexplicação:Éosurgimentodeumnovodireitoparaumadaspartesem
decorrência de uma práticareiteradadaoutraparte,aindaquenãoprevisto
originalmente no contrato.
○ Exemplo:Seumcontratodetrabalhoprevêumintervalodealmoçodeuma
hora, mas o empregador consistentemente concede uma hora e quinze
minutos durante um longo período, pode surgir para o empregadoodireito
adquirido a esse intervalo maior (surrectio). As duas se complementam no
sentidodequeasupressioimplicaperda,easurrectio,ganhodedireitocom
base em condutas repetidas.
○ Prova:Aprovaresidenademonstraçãodapráticareiteradaeinequívocada
conduta que gerou o novo direito.
Tu quoque (proibição de exigir do outro comportamento que não se observa):
●
○ S uaexplicação:Éavedaçãodeexigirdeoutremumacondutaqueaprópria
parte não observa.
○ Exemplo: Se umaempresadeproteçãodedadostemseusprópriosdados
vazados por negligência, ela dificilmente poderá cobrar de um cliente o
cumprimento rigoroso de cláusulas de segurança de dados, pois não
demonstraadiligênciaqueexige.Oexemplodoagiotaquecobrajurosaltos
e critica a inadimplência de outros também ilustra essa hipocrisia.
○ Prova: A prova se faz demonstrandoaincoerênciaentreacondutaexigida
da outra parte e a própria conduta daquele que exige.
Em resumo sobre a prova:
provadodescumprimentodaboa-féobjetivaedeseuscorrelatosresidenademonstração
A
de comportamentos concretos e reiterados das partes que se desviam do padrão de
conduta esperado (honestidade, lealdade, colaboração) ou que geram expectativas
legítimas na outra parte. Documentos, testemunhas e a análise da conduta ao longo da
relação contratual são os principais meios de prova.Osinstitutoscomovenire,supressio,
surrectio e tu quoque ajudam a identificar padrões decomportamentoquecaracterizamo
descumprimento da boa-fé objetiva.
rganização da Formação e Extinção dos Contratos
O
(Foco na Prova)
Formação dos Contratos:
● Fases:
○ Discursiva (Negociações Preliminares):Fase de sondagem,debates e
propostas iniciais, sem caráter vinculativo imediato.
○ Proposta (Obrigatoriedade):Declaração de vontadefirme e precisa de uma
das partes em contratar, vinculando o proponente, caso aceita pela outra
parte dentro do prazo (legal ou estipulado). Conecta-se aos princípios da
boa-fé e da obrigatoriedade.
○ Aceitação:Manifestação de vontade da outra parteem aderir integralmente
aos termos da proposta, formando o consenso e aperfeiçoando o contrato
(regra geral do consensualismo).
● Princípios Envolvidos:Boa-fé (nas tratativas), Obrigatoriedade(da proposta, após
certo tempo), Consensualismo (regra geral para formação).
Efeitos dos Contratos (Classificação para Prova):
● Quanto às Obrigações:
○ Unilaterais:Apenas uma das partes tem obrigações(ex: doação pura).
○ Bilaterais (Sinalagmáticos):Ambas as partes possuemobrigações
recíprocas e interdependentes (ex: compra e venda).
○ Plurilaterais:Envolvem múltiplas partes com obrigaçõesque podem ser
distintas entre si (ex: contrato de sociedade/CNPJ com rotatividade de
sócios).
● Quanto à Existência de Sacrifício Patrimonial:
○ Gratuitos (Benéficos):Apenas uma das partes tem ônus,a outra obtém
benefício sem contraprestação (ex: doação, comodato).
○ Onerosos:Ambas as partes obtêm vantagens e possuemsacrifícios
patrimoniais correspondentes (ex: compra e venda, locação).
● Quanto ao Risco:
○ C omutativos:As prestações são certas e determinadasdesde o início, sem
risco significativo de alteração (ex: compra e venda de um bem específico
por preço fixo).
○ Aleatórios:A existência ou a extensão das prestaçõesde uma ou ambas as
partes depende de um evento futuro e incerto (alea= sorte, risco).
■ Aleatórios por Natureza:A própria natureza do contratoenvolve
risco (ex: contrato de seguro, jogo e aposta, venda de safra futura -
emissor de poluentes paga X independente da quantidade emitida).
■ Acidentalmente Aleatórios (Compra e Venda de Coisa Futura -
Emptio SpeieEmptio Rei Speratae):O risco é adicionadopelas
partes ou pelas circunstâncias (ex: contrato para fornecimento de
insumo, onde há risco de o fornecedor não fabricar mais por caso
fortuito ou força maior).
Quanto à Forma de Negociação:
●
○ Contrato Tipo (de Adesão):Uma das partes (estipulante)impõe as
cláusulas contratuais, cabendo à outra (aderente) apenas aceitar ou rejeitar o
contrato em bloco (ex: contratos bancários, planos de saúde, contratos de
telefonia -preenchimento de dados específicos comotaxas, prazos).
○ Paritário:As partes negociam livremente todas ascláusulas contratuais, em
situação de igualdade ("pé de igual").
Forma dos Contratos:
● S olenes (Formais):A lei exige uma forma específicapara sua validade (ex:
escritura pública para compra e venda de imóveis de valor superior a certo
montante).
● Não Solenes (Informais):A lei não exige forma específica,sendo válido o acordo
de vontades por qualquer meio (verbal, escrito particular, etc.).
● Consensuais:Aperfeiçoam-se com o simples acordo devontades (consenso),
sendo a entrega da coisa (se houver) apenas para a execução (regra geral).
● Reais:Exigem, além do consentimento, a efetiva entregada coisa para sua
formação e validade (ex: mútuo, comodato, depósito).
● Dica para a Prova:Atenção à distinção entre a formaexigida para a validade do
contrato (solene) e o momento em que o contrato se aperfeiçoa (consensual vs.
real). Um contrato pode ser consensual e, para sua validade, exigir uma forma
solene (ex: compra e venda de imóvel).
Diferenças Importantes (Não Confundir):
● P romessa de Fato de Terceiro:Uma parte promete queum terceiro realizará
determinada prestação. O promitente é o responsável se o terceiro não cumprir
(salvo se o terceiro for cônjuge e depender de outorga uxória/marital). Ex: Prometi
que Isa cantar no seu evento, mas Nicolli aparece para cantar.
● Estipulação em Favor de Terceiro:Uma das partes (estipulante)convenciona com
a outra (promitente) que esta realizará uma prestação em benefício de um terceiro
( beneficiário), sem que este precise participar da formação do contrato. Ex: Seguro
de vida.
Vícios Redibitórios (3 Questões de Prova - Foco no Problema):
● C onceito:Defeito oculto em coisa recebida em virtudede contrato comutativo
(oneroso e sem risco inerente à sua natureza) que a torna imprópria ao uso a que se
destina ou lhe diminui o valor.
● CDC:Aplica-se também às relações de consumo (compraonline com vício oculto).
● Não se Confunde com:Vícios sociais (dolo, coação,etc.) e vícios de
consentimento (erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão).
● Ações Edilícias:
○ Ação Redibitória:Visa rescindir o contrato, com adevolução do preço pago
e indenização por perdas e danos (se o alienante conhecia o vício).
○ Ação Quanti Minoris (Estimatória):Visa obter um abatimentoproporcional
no preço, mantendo-se o contrato.
● Requisitos Essenciais:
○ Defeito Oculto:Não aparente no momento da tradição(entrega).
○ Existente no Momento da Tradição:O vício deve seranterior ou
contemporâneo à entrega da coisa.
○ Contrato Comutativo:Oneroso e com prestações equivalentes,sem risco
inerente à natureza da coisa.
Evicção (2 Questões Objetivas e 1 Dissertativa):
● C onceito:Perda total ou parcial da propriedade ouposse de um bem, adquirida
onerosamente, em virtude de decisão judicial que reconhece direito anterior de
terceiro (evictor).
● Lembrar do Exemplo:Compra da Kombi (bem oneroso)e posterior
reconhecimento judicial de que o ex-marido da vendedora tinha direito anterior sobre
o veículo.
● Sujeitos:
○ Evicto:Quem perde a coisa (comprador da Kombi).
○ Evictor:Terceiro que reivindica e vence a ação, tendodireito anterior sobre a
coisa (ex-marido).
○ Alienante:Quem transferiu a coisa ao evicto (vendedorada Kombi).
● Responsabilidade do Alienante:Mesmo na ausência decláusula de garantia, o
alienante responde pela evicção (garantia legal). As partes podem reforçar, diminuir
ou excluir essa responsabilidade (cláusulanon praestandaevictione), mas mesmo
nesta última, se houve má-fé do alienante, ele responde pela restituição do preço.
● Requisitos da Evicção:
○ Contrato Oneroso:A aquisição da coisa deve ter ocorridomediante
pagamento.
○ Anterioridade do Direito do Evictor:O direito doterceiro que venceu a
ação deve ser anterior à aquisição da coisa pelo evicto.
○ Perda da Posse ou Propriedade por Decisão Judicial:A perda deve
decorrer de uma sentença judicial transitada em julgado (ou ato
administrativo em casos específicos).
○ D
enunciação da Lide ao Alienante:O evicto deve chamar o alienante ao
processo judicial em que o terceiro reivindica a coisa, para que o alienante
possa se defender e garantir seus direitos.(Pontoimportante para a
dissertativa)
Extinção dos Contratos (2 Questões Objetivas):
● Modo Normal:
○ Cumprimento (Quitação):Execução integral das obrigaçõespor ambas as
partes, extinguindo o vínculo contratual de forma satisfatória.
● Causas Anteriores ou Contemporâneas (Vícios):Levamà invalidade do contrato
desde sua formação.
○ Subjetivos (Vícios de Consentimento):Erro, dolo,coação, estado de
perigo, lesão.
○ Objetivos (Vícios Sociais):Simulação, fraude contracredores.
○ Nulidade Absoluta:Viola norma de ordem pública, podeser reconhecida de
ofício pelo juiz e pelo Ministério Público, não convalesce, efeitosex nunc
(não retroage, em regra).
○ Nulidade Relativa (Anulabilidade):Viola interesseparticular, depende de
alegação da parte interessada, convalesce com o tempo ou confirmação,
efeitosex tunc(retroage à data da celebração).
● Causas Supervenientes:O contrato nasce válido, masum evento posterior leva à
sua extinção.
○ Resolução:Extinção em razão doinadimplemento(descumprimento)de
uma das partes, podendo ser:
■ Expressa (Cláusula Resolutiva Expressa):Previstano contrato,
opera de pleno direito mediante notificação.
■ Tácita:Decorre da lei, necessitando de interpelaçãojudicial ou
extrajudicial para constituir o devedor em mora.
■ Onerosidade Excessiva (Superveniente):Desequilíbriocontratual
grave por evento imprevisível (não se confunde com inflação
ordinária).
○ Resilição:Extinção porvontadede uma ou ambas aspartes.
■ Unilateral (Denúncia):Prevista em lei ou no contrato(ex: direito de
arrependimento - pode estar expresso no contrato ou decorrer da lei,
como nos 7 dias do CDC para compras online).
■ Bilateral (Distrato):Acordo de vontades entre aspartes para
extinguir o contrato.
○ Morte de uma das Partes:Em contratospersonalíssimos(intuitu
personae), a morte do contratante leva à extinção do contrato, sem obrigação
de devolução de valores se a prestação era infungível e dependia daquela
pessoa específica.
ica Final:Organize seus estudos focando nas diferençasentre os institutos e nos
D
requisitos para sua configuração. A resolução de casos práticos (como o exemplo da Kombi
para evicção e situações de vícios redibitórios) é fundamental para a prova. Preste atenção
nas nuances entre contratos paritários e de adesão, e como isso pode influenciar a
interpretação de cláusulas.