UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
RECURSOS TERAPÊUTICOS NA DISFAGIA
ALAN CAUÊ OLIVEIRA DA SILVA
04160919
BELÉM-PA
2025
Introdução:
Este relatório se refere à palestra proferida pela fonoaudióloga Niele Medeiros, que teve
como tema: “Recursos Terapêuticos na Disfagia”. O evento ocorreu no VIII Congresso
Multidisciplinar de Saúde da UNAMA, na sala A-104 da UNAMA Ananindeua,
das 14:50 às 15:40.
A fonoaudióloga Niele Medeiros possui graduação em Fonoaudiologia pela Universidade
da Amazônia – UNAMA (2005); especialista em Motricidade Orofacial, com ênfase em
disfagia e fononcologia pelo Hospital AC Camargo de São Paulo (2006); possui mestrado
em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC (2008).
Atualmente é fonoaudióloga titular do Hospital Ophir Loyola e do Hospital das Clínicas
Gaspar Viana e preceptora da Residência Multiprofissional da UEPA.
Durante a palestra, Niele falou sobre a disfagia como uma estimulação sensorial intraoral,
se referindo como uma prática clínica, com algumas atualizações, a exemplo dos
dispositivos respiratórios que podem ajudar nos recursos terapêuticos.
Desenvolvimento:
A fonoaudióloga Niele Medeiros iniciou apresentando sobre a disfagia, que é uma
dificuldade de deglutição (e um sintoma, podendo ser transitória ou permanente) que é
classificado em duas disfagias: orofaríngea e esofágica, abrangendo também outras
estruturas. Foi ressaltado pela palestrante que existem dois tubos na região orofaríngea: o
tubo digestivo, que facilita a passagem de alimentos e líquidos da boca para o esôfago, e
o tubo respiratório, que contribui para a passagem de ar para a laringe e, posteriormente,
para a traqueia e os pulmões.
Além disso, Niele destacou os dispositivos respiratórios, que atualmente, com o
crescimento da tecnologia na área da saúde, também são usados no tratamento das
disfagias. No caso da Fonoaudiologia, esses equipamentos servem para melhorar a
capacidade pulmonar e gerenciar as secreções, sendo esses alguns dos benefícios. A
palestrante complementou que, recentemente, o Conselho Federal de Fonoaudiologia
(CFFa) publicou a resolução n.º 728/2024, de 13 de abril, que dispõe sobre o uso de
dispositivos respiratórios (DR) e de incentivadores respiratórios (IR) como recursos
terapêuticos por fonoaudiólogos. Foi explicada, também, a diferença entre esses
dispositivos. O incentivador respiratório, segundo a palestrante, possui um feedback
visual, permite que o paciente visualize a quantidade de ar que está sendo inspirada e o
nível de esforço necessário para atingir a meta de inspiração. Foi citado como exemplo o
Respiron, que consiste em três tubos com válvulas e um sistema de esferas que se movem
ao inspirar, com o objetivo de fortalecer a musculatura respiratória e melhorar a
capacidade pulmonar. Já o dispositivo respiratório, propriamente dito, estimula a
respiração e trabalha as musculaturas inspiratórias (ativas) e expiratórias (passivas). Uns
dispositivos são orientados a fluxo (Respiron e CliniFLO) e outros são orientados a
pressão, como o CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) e o BiPAP (Pressão
Positiva Binível).
A palestrante fez uma demonstração de um dispositivo respiratório orientado a fluxo
chamado Shaker, trazendo três modelos: Shaker Classic (o mais econômico, portanto, o
mais usado), Shaker New e Shaker Plus. Na Fonoaudiologia, o aparelho garante a pressão
subglótica, o trabalho da musculatura submentoniana e supra-hióidea, com aplicação
glótica. A palestrante explicou a diferença e a orientação de uso dos três aparelhos. Outro
aparelho que foi apresentado é o Acapella, um dispositivo respiratório orientado a pressão
que utiliza a Pressão Expiratória Positiva (PEP) e a vibração de alta frequência para
mobilizar as secreções pulmonares.
A fotobiomodulação (FBM), ou terapia de luz de baixa intensidade, tem demonstrado
resultados positivos na área da disfagia, sendo utilizada como um recurso terapêutico
complementando a fonoaudiologia. Na disfagia, a fotobiomodulação, além de trazer
modificações fisiológicas e benefícios terapêuticos (como efeitos fotofísicos e
fotoquímicos), também melhora a função muscular, reduz a inflamação e estimula a
regeneração celular.
Conclusão:
A palestra da fonoaudióloga e mestra Niele Medeiros foi de extrema importância para os
alunos de Fonoaudiologia, que puderam conhecer um pouco mais sobre a área da disfagia.
A palestrante demonstrou amplo conhecimento sobre o assunto, apresentando de forma
clara e objetiva, sobretudo os recursos da atualidade, mesmo que em um tempo curto,
porém no prazo estipulado que lhe foi dado. Portanto, a profundidade com que a
palestrante abordou o tema revelou o seu domínio na área, explicando também
orientações a cada paciente, enriquecendo a palestra com insights valiosos e perspectivas
atualizadas na área da Fonoaudiologia, tornando assim, seu conteúdo compreensível até
para aqueles que são menos familiarizados com sua área.
Em resumo, a palestra demonstrou alto conhecimento sobre a disfagia, a prática
apresentada pela palestrante contribuiu muito para o aprendizado dos acadêmicos de
Fonoaudiologia, bem como sua didática e sua linguagem concisa para com os que
assistiram à palestra.
