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Atabaques
O que é e para que servem?
Aprenda todos os fundamentos e o propósito dos Atabaques nos trabalhos. Mais do que um
tambor, o Atabaque tem um poder e energia que só quem toca conhece e sabe da
importância e Axé
O que você vai encontrar aqui?
● A História dos Tambores
● O Atabaque no Brasil
● A importância do Atabaque
● Quais são os tipos de Atabaque
● Tocadores de Atabaque
- Mulheres podem tocar atabaque?
● Tipos de toques
● Conclusão
O Atabaque
O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Abre canais de
comunicação que facilitam o tratamento. Além de atingir os movimentos mais primitivos, a
música atua como elemento ordenador, que organiza a pessoa internamente.
O que é atabaque?
O atabaque é um tambor em forma de barril que chegou no Brasil muito tempo atrás, junto
com povos africanos que foram trazidos para cá. A peça era bem popular nas preces
espirituais, porque acreditavam que os batuques ajudavam a ficar perto dos deuses, guias
e de outras figuras poderosas.
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1. A História dos Tambores
Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período neolítico.
Um tambor encontrado na escavação na Morávia foi datado de 6.000 anos antes de Cristo.
Tambores foram encontrados na antiga Suméria com a idade de 3.000 a.C.
Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores datados de 3.000 a.C. Tambores
com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000 a.C.
Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco.
Estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns répteis, e eram percutidos
com as mãos, começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram as primeiras
baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.
O Atabaque é de origem árabe e foi introduzido na África por mercadores que entravam
no continente através dos países do norte, como o Egito
2. O Atabaque no Brasil
Mas o atabaque como conhecemos tem origem afro-brasileira. Existem três tipos de
atabaques. O mais alto é o Rum, ele produz um som baixo. O atabaque médio alto é
chamado de Rum Pi-e, como era de se esperar, ela produz um som de percussão médio. O
menor atabaque é chamado de Le, produzindo um som de percussão elevada.
Estes tambores são fabricados com madeira de Jacaranda, que é encontrada no Brasil.
Uma pele é colocada ao longo da tampa do tambor. Anéis metálicos rodeiam o cilindro na
parte superior ou na cabeça e na parte inferior do tambor. Cunhas de madeira são
montadas firmemente entre o anel de metal e inferior do tambor, o que também afeta o som
do atabaque. Eles podem ser tocados com a mão ou com baquetas.
O atabaque chegou ao Brasil através dos escravos. Eles são tocados para o Maculelê,
danças de Capoeira, trabalhos de Candomblé e principalmente de Umbanda.
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3. A Importância do Atabaque
O atabaque veio para o Brasil através dos negros africanos, que foram escravizados e
trazidos para o país. O instrumento é utilizado em quase todos os rituais afro-brasileiros e,
dentro dos terreiros de Candomblé e Umbanda, é considerado sagrado. Também se
encontra em outros países, que herdaram tradições da música ritualística religiosa. O
atabaque é usado para convocar as entidades, os Orixás, Nkisis e Voduns.
O toque do atabaque emite vibrações que promovem a ligação entre os homens e seus
guias e Orixás. Existem diferentes toques, que emitem códigos e invocam uma ligação com
o universo espiritual, atraindo as vibrações dos Orixás e entidades específicas. O som
emitido pelo couro e madeira do atabaque conduz o Axé do Orixá, através das
sinfonias africanas.
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4. Quais são os tipos de Atabaque?
As versões tradicionais costumam ser feitas com uma base de madeira coberta com tecidos
naturais. E dependendo da música, você pode usar só as mãos, uma ou duas baquetas pra
fazer sons diferentes com esse instrumento.
Para afinar as notas, ou seja, deixar o tom mais agudo ou grave, basta ir soltando ou
apertando o pano aos poucos. E o bom é que dá pra encontrar tipos modernos, com
parafusos especiais, que facilitam bastante esse trabalho. Aí sim!
Alguns modelos ainda contam com um suporte ou uma base em forma de ampulheta que
serve para apoiar o tambor na hora de tocar. Assim fica fácil guiar o ritmo da música com
batidas lentas ou aceleradas!
Esse suporte para atabaque ajuda a apoiar o instrumento com conforto Selecione uma
imagem
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O Atabaque Rum é maior
O atabaque Rum costuma ter 1,2 metros, sem contar a base. Essa opção é legal para quem
precisa de um instrumento com tons graves, ou seja, mais grossos e pesados.
Esse atabaque mede por volta de 1,1m Selecione uma imagem
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O TRIO DE OURO
Os três atabaques que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis pela
convocação dos deuses.
Além dos atabaques, algumas casas usam também o agogô e o xequerê.
Os Atabaques são instrumentos de grande importância dentro da casa, pois, são os
segundos assentamentos mais importantes da casa, por isso devemos respeitá-los
como se fossem ORIXÁS.
Cada um é dado a um Orixá (ou caboclo) variando de casa para casa.
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5. Tocadores de Atabaque
Um Ogã seria como um dirigente da casa na maioria das vezes seu conhecimento é quase
superior a um Zelador de Santo, para ser um Ogã não basta só saber tocar e sim saber o
fundamento da casa, saber o canto na hora certa, é de grande importância em um terreiro.
O Ogã antes de tudo é ser responsável e sério dentro do ritual, sem brincadeiras atrás do
atabaque, cumprindo suas obrigações como Ogã da casa, seguindo os fundamentos da
casa com extrema seriedade e atenção, procurando sempre aprender mais e aperfeiçoar os
toques e os pontos, sabendo a hora certa de usar.
O Ogã deve estar atento ao chefe de gira antes de sua incorporação e depois dela deve
estar atento a tudo e a todos, pois ele é o único que fica consciente praticamente o ritual
inteiro na grande maioria dos terreiros.
O Ogã que está no Rum puxa os pontos e os demais devem acompanhar para que a
energia da gira não seja quebrada.
Após o chefe de gira incorporar os Ogãs devem segurar a gira para que sua vibração
não caia.
Ser Ogã é muito mais do que ser aquela pessoa no fundo do Terreiro, tocando pontos para
as entidades, médiuns e assistentes.
Ser Ogã é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos.
Isso exige conhecimento, humildade,concentração, responsabilidade, mediunidade e amor.
O Ogã é o responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação, pela parte física e
equilíbrio harmônico dos rituais.
Diferente do que muita gente pensa, um Ogã pode incorporar, porém, a sua
mediunidade manifesta-se normalmente, de forma diferente do restante do corpo
mediúnico. Manifesta, principalmente, através da intuição, das suas mãos, braços e cordas
vocais onde os Guias responsáveis são representados pelos ogãs.
Esses mestres atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro
do ritual e, muitas vezes, são pouco lembrados.
Os atabaques, quando devidamente consagrados e ativados pelos Ogãs, são verdadeiros
instrumentos de auxílio espiritual, pois são capazes de canalizar, concentrar e irradiar
energias que tanto podem ser movimentadas pelo próprio Ogã como pelas entidades de
trabalho para os mais diversos fins.
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Há um tabu acerca de Mulheres tocarem Atabaque. Claro, em certas doutrinas não é
permitido, como no Candomblé, por alguns fatores como questões relacionadas à
Menstruação. Porém na Umbanda há seus próprios fundamentos e é permitido sim
mulheres tocarem. As famosas Atabaqueiras e curimbeiras ♥
Importante frisar da importância de permitirmos cada vez mais as Mulheres com esse foco,
muitas sentem o chamado e precisam pôr em prática. Quem é Ogã sabe a força e energia
estabelecida nas mãos e que só o Atabaque pode proporcionar de fazer a liberação e usar
a favor das giras e trabalhos.
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6. Tipos de Toques
São, ao todo, mais de quinze toques (ritmos) diferentes. Cada Casa de Santo tem até 500
cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas, repetidos
incansavelmente, têm o poder de "captar" o mundo sobrenatural.
Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, por
exemplo, Congo de Ouro, Angolão que seria destinado a Oxossi, Ijexá que seria destinado
a Oxum, etc. O mesmo acontece com ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou
bambu, chamadas aguidavi.
Existem vários fatores que definem os toques dos pontos. Um dos mais importantes é o
ritmo em si; Cada toque possui um balanço, um ritmo característico que os tornam
diferentes dos outros (por exemplo, Ijexá e barra-vento, são bem diferentes).
Quando um Ogãn ouve um ponto novo, ele tende a encaixar, entre os toques que ele
conhece, o que melhor vai se adaptar àquela melodia que está sendo cantada.
Por isso é interessante conhecer várias batidas diferentes, assim como muitos pontos
diferentes, pois aumentam as "cartas na manga" do Ogã.
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7. Conclusão
Tudo o que usamos na Umbanda tem um fundamento e uma razão de ser. Os toques de
atabaques na Umbanda são fundamentais para o bom trabalho, além é claro de trazer muita
alegria.
Mas o mais importante de tudo isto é que unimos forças com o mundo espiritual quando
estamos cantando, dançando e batendo palmas.
Pessoas que têm a clarividência conseguem ver sair das palmas das mãos energias
em forma de raios, isto porque cada ponto de nossas mãos ativa um chacra e com isto
ativa uma energia.
Se todos estão imbuídos dos mesmos sentimentos e embalados pelo mesmo som, tanto do
atabaque como das palmas e das palavras, teremos um trabalho de muita firmeza.
O atabaque é ritualístico dentro da Umbanda e não apenas um instrumento de som, pois ele
por si só produz vibrações energéticas.
Um trabalho sem os toques de atabaques ou curimba como chamamos, é de certa forma
menos intenso, embora as entidades trabalhem como têm que trabalhar, mesmo faltando
este grande apoio energético.
É gostoso ver uma entidade chegar perto do couro (é assim que eles chamam os
atabaques) e puxar um ponto. Mais bonito ainda é, depois de puxar o ponto, a entidade sair
dançando.
E tudo é feito com fundamento. Nenhum ponto é cantado sem que seja preciso para
mover energias.
Contudo, cada casa trabalha conforme lhe foi passado pela espiritualidade e o tipo de
Umbanda que pratica.
Como disse antes, os toques de atabaques na Umbanda são sinal de alegria!
Esse conteúdo faz parte do Pacote de estudos do
Mapa da Umbanda 🕊️❤️
O estudo é muito importante na vida de nós do Axé e o
Mapa da Umbanda reuniu e organizou todo esse rico
conteúdo para facilitar a vida de quem quer aprender e
levar esse conhecimento para as Giras.
Para saber mais sobre nosso Projeto, acesse:
https://mapadaumbanda.com.br
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