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Controle

O documento aborda o controle da ação administrativa em Moçambique, destacando a importância do controle interno, externo e social na administração pública. Ele explora os objetivos, fundamentos legais e mecanismos de controle, enfatizando a necessidade de legalidade, transparência e eficiência na gestão pública. Além disso, discute o papel dos cidadãos e da sociedade civil na fiscalização e promoção da boa governança.

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Controle

O documento aborda o controle da ação administrativa em Moçambique, destacando a importância do controle interno, externo e social na administração pública. Ele explora os objetivos, fundamentos legais e mecanismos de controle, enfatizando a necessidade de legalidade, transparência e eficiência na gestão pública. Além disso, discute o papel dos cidadãos e da sociedade civil na fiscalização e promoção da boa governança.

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Indice

1. Introdução......................................................................................................................................2
1.1.Objectivos.....................................................................................................................................2
1.2.Geral:............................................................................................................................................2
1.3.Específicos:...................................................................................................................................2
1.4.Metodologia..................................................................................................................................2
Objetivos do Controle Interno em Moçambique.............................................................................6
2.1.Tipos de Controle Interno.......................................................................................................7
2.3.Instrumentos Utilizados..........................................................................................................7
3.2.Órgãos que exercem o Controle Externo...............................................................................8
Objetivos do Controle Externo........................................................................................................9
3.4.Instrumentos de Atuação do Controle Externo....................................................................9
Base Legal e Política....................................................................................................................10
Objetivos do Controle Social......................................................................................................11
Controle Externo..........................................................................................................................12
Controle Social.............................................................................................................................12
6.Âmbito de Aplicação.....................................................................................................................12
7.Tipos de Atos Controlados...........................................................................................................12
 Consequências da Ilegalidade....................................................................................................14
9.Conclusão............................................................................................................................................15
1. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Direito administrativo II, leccionada na


Universidade Save extensão de Chongoene cujo tema: O controlo da acção administrativa.
Neste trabalho enfoca a função do controle na administração. Trata-se do controle como a
quarta função administrativa, a qual depende do planeamento, da Organização e da Direcção
para formar o processo administrativo.

O desempenho de uma organização e das pessoas que a compõem depende da maneira como
cada individuo e cada unidade organizacional desempenha seu papel e se movem para
alcançar objectivos e metas comuns. O controle é o processo pelo qual são fornecidas as
informações sobre a execução dos processos anteriormente planejada. O trabalho tem como
objectivos.

1.1.Objectivos

1.2.Geral:

 Compreender o controlo da acção administrativa.

1.3.Específicos:

 Explicar a finalidade do controle administrativo;


 Identificar a avaliação do Desempenho administrativo.

1.4.Metodologia

Para a materialização deste trabalho recorreu-se à pesquisa bibliográfica que consistiu na


selecção de obras que melhor abordam o tema, seguida de leitura crítica das mesmas e
posterior compilação dos dados julgados pertinentes pelo dono do trabalho. De salientar que
as obras consultadas encontram-se listadas em bibliografia no final do trabalho.
2.Controle da ação administrativo

Segundo a Lei nº 24/2013 O contencioso administrativo e a fiscalização prévia da legalidade,


concomitante e sucessiva das receitas e das despesas públicas, através do visto. são exercidas
pelo Tribunal Administrativo, pelos tribunais administrativos provinciais e da Cidade de
Maputo.

a)controlo da legalidade dos actos administrativos e da aplicação das normas


regulamentares emitidas pela Administração Pública do nível central;

b)a fiscalização das receitas e das despesas públicas e a respectiva efectivação da


responsabilidade por infracção financeira.

O controle da ação administrativa é essencial para assegurar que a Administração Pública


atue em conformidade com a legalidade, a moralidade e o interesse público. Em
Moçambique, esse controle é exercido por meio de diversos mecanismos jurídicos e
institucionais, visando garantir a eficiência, a transparência e a responsabilização dos agentes
públicos.

O controle administrativo é o conjunto de mecanismos legais e institucionais utilizados para


garantir que os atos da Administração Pública estejam em conformidade com a lei, a
moralidade e o interesse público. Em Moçambique, ele tem fundamento jurídico-
constitucional e legal.

Fundamentos Jurídicos do Controle Administrativo


Princípio da Legalidade

A Constituição da República de Moçambique estabelece que a Administração Pública deve


obedecer ao princípio da legalidade, atuando estritamente dentro dos limites definidos pela
lei. Isso significa que os atos administrativos devem estar fundamentados em normas legais, e
qualquer desvio pode ser objeto de controle e responsabilização.

b) Lei n.º 24/2013 – Controlo da Legalidade dos Atos Administrativos


A Lei n.º 24/2013 estabelece os princípios, normas e procedimentos para o controlo
jurisdicional da legalidade dos atos administrativos praticados por órgãos e agentes da
Administração Pública, autarquias locais e outras entidades públicas

O objetivo é proteger os direitos e interesses legítimos dos cidadãos, garantindo que a


Administração Pública atuem dentro da legalidade e da justiça

Esta lei regula o controle da legalidade dos atos administrativos, atribuindo competência aos
Tribunais Administrativos para:

 Julgar ações ou recursos relacionados a litígios emergentes das relações jurídico-


administrativas;
 Controlar a legalidade dos atos administrativos e a aplicação das normas
regulamentares emitidas pela Administração Pública;
 Fiscalizar receitas e despesas públicas, efetivando a responsabilidade por infrações
financeiras

Os Tribunais Administrativos Provinciais e o Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo


têm competências específicas para julgar recursos de atos administrativos e exercer
fiscalização prévia, concomitante e sucessiva sobre os atos e contratos dos órgãos e entidades
sob sua jurisdição.

3.A finalidade do controle administrativo

A finalidade do controle administrativo é assegurar que a atuação da Administração


Pública esteja alinhada com os princípios constitucionais, como legalidade, moralidade,
impessoalidade, publicidade finalidade pública, , motivação

De acordo com Marcello Caetano (1947), a finalidade do controle da Administração é a de


assegurar que a Administração actue em consonância com os princípios que a regem
(legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade) e, em
certos casos, abarca também o controle de mérito, que diz respeito aos aspectos
discricionários (conveniência e oportunidade) da actividade administrativa
Legalidade: A Administração Pública só pode agir conforme o que está previsto em lei. Ao
contrário do particular, que pode fazer tudo o que a lei não proíbe, o agente público só pode
fazer o que a lei autoriza.

Impessoalidade: Os atos administrativos devem visar o interesse coletivo, não podendo


favorecer ou prejudicar indivíduos com base em critérios pessoais.

Moralidade: A atuação pública deve respeitar padrões éticos, honestidade, boa-fé e


decência. Um ato pode ser legal, mas imoral — e, por isso, pode ser invalidado.

Publicidade: Os atos administrativos devem ser divulgados de forma transparente, para que a
sociedade tenha acesso à informação e possa exercer o controle social.

Eficiência: A Administração deve buscar o melhor resultado com os menores custos


possíveis, prestando serviços com qualidade e agilidade.

Finalidade pública: Todo ato da Administração deve buscar atingir o interesse público, que é
seu fim último. Desvios dessa finalidade podem tornar o ato nulo.

Motivação: Todo ato administrativo deve ser justificado, ou seja, o agente público deve
explicar os motivos e fundamentos que embasaram sua decisão, permitindo o controle e a
contestação, se necessário.

Esses princípios orientam não só a atuação da Administração, mas também o controle


administrativo pois é com base neles que se verifica se os atos públicos devem ser
mantidos, modificados ou anulados.

Mecanismos de Controle da Ação Administrativa

4.Controle Interno

É realizado pela própria Administração Pública, por meio de órgãos como a Inspeção-Geral
da Administração Pública (IGAP), que tem a função de fiscalizar, inspecionar e monitorar os
órgãos e serviços da Administração Pública direta e indireta. A IGAP atua na prevenção e
combate à corrupção, promovendo a cultura de integridade no setor público.
O controle interno na Administração Pública é o conjunto de mecanismos, normas, estruturas
e práticas adotadas dentro dos órgãos e instituições públicas com o objetivo de assegurar que
a gestão dos recursos públicos seja realizada com legalidade, eficiência, eficácia, ética e
transparência.

É um processo contínuo, realizado pelos próprios órgãos da administração, visando prevenir


irregularidades, promover a boa governação e garantir a responsabilização dos agentes
públicos.

2. Fundamento Legal e Normativo

O arcabouço jurídico que regula o controle interno em Moçambique inclui:

 Constituição da República de Moçambique (2004, com revisões)


o Art. 250º: Define os princípios de legalidade, transparência, eficiência e
responsabilidade na gestão pública.
 Lei nº 14/2011 – Lei do Sistema de Administração Financeira do Estado
(SISTAFE)
o Estabelece o quadro legal para a gestão das finanças públicas e institui a
obrigatoriedade de sistemas de controle interno.
 Decreto nº 23/2004 – Regulamento do SISTAFE
o Define as normas de gestão financeira e destaca a importância do controle
interno para a eficácia do sistema.
 Tribunal Administrativo
o Atua como órgão de fiscalização externa, mas sua atuação é complementada
pelos sistemas de controle interno dos órgãos e entidades públicas.

Objetivos do Controle Interno em Moçambique

Garantir a legalidade dos atos administrativos.

Promover o uso racional e transparente dos recursos públicos.

Melhorar o desempenho institucional.


Prevenir e detectar fraudes, desvios e corrupção.

Favorecer a prestação de contas (accountability) aos cidadãos e órgãos de controle.

Apoiar o funcionamento do controle externo, especialmente o exercido pelo Tribunal


Administrativo.

2.1.Tipos de Controle Interno


a) Conforme o momento da ação administrativa:

Controle Preventivo: Avaliação prévia de contratos, nomeações, despesa pública e


processos administrativos.

Controle Concomitante: Acompanhamento em tempo real da execução orçamental,


processos de aquisição, entre outros.

Controle Corretivo: Revisão posterior de atos, apuramento de responsabilidades e


recomendações de melhoria.

2.3.Instrumentos Utilizados

 Sistema e-SISTAFE – Plataforma eletrónica de gestão financeira e execução


orçamental.
 Planos e Relatórios de Auditoria Interna.
 Indicadores de Desempenho Institucional
 Relatórios de Execução Orçamental .
 Inspeções internas e sindicâncias.
 Manual de Controlo Interno.

3.Controle Externo

É exercido por órgãos independentes, como o Tribunal Administrativo, que julga a legalidade
dos atos administrativos e fiscaliza a gestão financeira do Estado. Além disso, o Provedor de
Justiça atua como um órgão independente e imparcial, recebendo queixas dos cidadãos e
recomendando medidas para reparar ou prevenir ilegalidades ou injustiças na atuação da
Administração Pública
O controle externo é a fiscalização exercida por órgãos independentes da administração
pública, com o objetivo de verificar a legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência e
eficácia da gestão dos recursos públicos. Diferente do controle interno, que é feito dentro da
própria instituição, o controle externo é realizado por entidades especializadas e
autônomas, com poder de avaliação, recomendação e, em alguns casos, de sanção

3.1.Fundamento Legal

Constituição da República de Moçambique

 Artigo 250º – Estabelece os princípios da legalidade, da responsabilidade e da


transparência da Administração Pública.
 Artigo 225º – Define o Tribunal Administrativo como o órgão responsável pelo
controle jurisdicional da legalidade da despesa pública.

Lei nº 14/2011 – SISTAFE

 Reforça a necessidade de mecanismos de prestação de contas e define obrigações


legais relacionadas à execução orçamental e financeira.

Lei Orgânica do Tribunal Administrativo

 Estabelece as competências de fiscalização da legalidade das contas públicas,


auditorias e julgamento das contas dos gestores.

3.2.Órgãos que exercem o Controle Externo

a) Tribunal Administrativo (TA)

 Órgão supremo de fiscalização externa das finanças públicas em Moçambique.


 Atua como tribunal de contas, julgando as contas do Estado e responsabilizando os
gestores públicos por atos ilegais ou lesivos ao erário.
 Realiza auditorias externas, inspeções, pareceres sobre a Conta Geral do Estado
(CGE), e julgamentos de recursos em matéria financeira.

b) Assembleia da República
 Atua no controle político e legislativo, fiscalizando a atuação do Governo através de
comissões parlamentares, debates e aprovação da Conta Geral do Estado.

c) Procuradoria-Geral da República (PGR)

 Atua na fiscalização da legalidade dos atos administrativos, podendo instaurar


processos contra gestores públicos por prática de crimes relacionados à gestão
pública.

d) Instituições da sociedade civil e mídia

 Embora não façam parte formal do controle externo estatal, exercem pressão social e
vigilância cidadã, contribuindo para a transparência e responsabilização

Objetivos do Controle Externo

Verificar a legalidade da execução orçamental e financeira.

Assegurar a transparência na aplicação dos recursos públicos.

Responsabilizar gestores públicos por atos ilegais ou ineficientes.

Emitir pareceres e recomendações para melhorar a gestão pública.

Reforçar a confiança pública nas instituições estatais.

3.4.Instrumentos de Atuação do Controle Externo

 Auditorias externas (financeiras, operacionais, de conformidade).


 Inspeções e sindicâncias em instituições públicas.
 Julgamento de contas dos gestores públicos.
 Parecer sobre a Conta Geral do Estado (CGE).
 Relatórios anuais enviados à Assembleia da República.
 Recomendações e sanções administrativas ou judiciais.
4.Controle Social

É exercido pelos cidadãos e pela sociedade civil, que têm o direito de participar da
fiscalização da Administração Pública, promovendo a transparência e a responsabilização dos
agentes públicos. A Lei n.º 14/2011, de 10 de agosto, estabelece diretrizes para a atuação dos
agentes públicos, reforçando a importância do controle social na prevenção da corrupção e na
promoção da boa governança.

O controle social é o exercício do direito e do dever dos cidadãos e da sociedade civil de


acompanhar, fiscalizar e avaliar a atuação do Estado e a gestão dos recursos públicos. É um
mecanismo de participação democrática que complementa os controles interno e externo.

No contexto moçambicano, o controle social é essencial para promover a transparência, a


boa governação e o combate à corrupção, especialmente em um ambiente onde o acesso à
informação e a responsabilização ainda enfrentam desafios.

Base Legal e Política

Constituição da República de Moçambique (2004, com revisões)

 Art. 48º – Direito à informação, participação e liberdade de expressão.


 Art. 97º e 98º – Participação dos cidadãos na vida pública e nos assuntos do Estado.

Lei nº 34/2014 – Lei do Direito à Informação

 Garante aos cidadãos o direito de acessar informações de interesse público, facilitando


a fiscalização das ações do governo.

Plano Quinquenal do Governo (PQG) e PES (Plano Económico e Social)

 Enfatizam a promoção da participação cidadã como elemento fundamental da boa


governação.

Estratégia Nacional de Boa Governação

 Prevê a inclusão dos cidadãos no acompanhamento das políticas públicas e na


fiscalização da prestação de serviços público
Objetivos do Controle Social

 Assegurar a transparência na atuação do Estado.


 Promover a participação cidadã nos processos de decisão.
 Fortalecer a democracia participativa.
 Prevenir e denunciar a má gestão, corrupção e desvio de recursos.
 Cobrar a implementação de políticas públicas eficazes.

Atores do Controle Social

 Cidadãos individualmente.
 Organizações da sociedade civil (OSC).
 Sindicatos, associações comunitárias e religiosas.
 Comités locais de gestão (ex: comités de saúde, educação, água).
 Mídia e jornalistas investigativos.
 Plataformas digitais e redes sociais

5. Privilégio de Execução Prévia

No sistema jurídico moçambicano, os atos administrativos gozam do privilégio de execução


prévia, ou seja, são executórios por si mesmos, sem necessidade de autorização judicial
prévia. Isso significa que a Administração Pública pode impor coativamente suas decisões
aos particulares, mesmo diante de resistência, desde que respeitados os trâmites legais e
garantidos os direitos dos administrados.

A execução prévia reforça a força da autoridade administrativa, mas exige mecanismos de


controle rigorosos para evitar abusos de poder, arbitrariedades ou violação de direitos
fundamentais.

Controle Interno

 Deve garantir que a execução prévia siga os procedimentos legais e não cause danos
desnecessários.
 Avalia se o ato foi proporcional, motivado e respeitou o contraditório (mesmo que
posterior).
Controle Externo

 O Tribunal Administrativo pode julgar se houve ilegalidade ou excesso na


execução de um ato.
 A Assembleia da República pode fiscalizar a atuação da administração em casos
sensíveis.

Controle Social

 A sociedade pode denunciar abusos na execução de decisões administrativas.


 A mídia e as OSCs podem pressionar por mais transparência e responsabilização.

A execução prévia é uma manifestação do poder público que só pode ser aceita em um
Estado de Direito se for acompanhada de mecanismos de controle eficazes, como forma de
proteger o cidadão e garantir que o interesse público não seja confundido com abuso de
autoridade.

6.Âmbito de Aplicação

A lei aplica-se a:

 Órgãos do Estado e da Administração Pública;


 Autarquias locais;
 Institutos públicos e empresas estatais;
 Atos administrativos individuais e gerais, como licenças, nomeações, autorizações,
sanções.

7.Tipos de Atos Controlados

 A lei prevê o controlo de atos que:


 Criam, modificam ou extinguem direitos e obrigações;
 Tenham efeitos externos (produzem consequências jurídicas sobre terceiros);
 Possam causar prejuízos ilegais ou injustos a indivíduos ou coletividades

8.Agentes controladores
Compete aos tribunais administrativos provinciais e ao Tribunal Administrativo da Cidade de
Maputo:

a)julgar as acções ou os recursos que tenham por objecto litígios emergentes das
relações jurídico-administrativas em primeira instância, respectivamente;

b)o controlo da legalidade dos actos administrativos e da aplicação das normas


regulamentares emitidas pela Administração Pública do nível provincial, distrital e
autárquico, que não sejam da competência dos tribunais fiscais e dos tribunais
aduaneiros;

c)a fiscalização prévia, concomitante e sucessiva, através do Visto, dos actos e


contratos dos órgãos e entidades sob a sua jurisdição.

O Tribunal Administrativo é o órgão competente para exercer o controlo da legalidade,


com o apoio de:

Tribunais Administrativos Provinciais;

8.1 Formas de contextação

8.1.1.Ação Contenciosa (Judicial)

Permite que o cidadão ou entidade prejudicada interponha recurso judicial contra um ato
administrativo.

8.1.1.1Características:

 Deve ser apresentada ao Tribunal Administrativo;


 Tem prazos definidos (geralmente 30 dias após a notificação ou conhecimento do
ato);
 Pode pedir anulação, suspensão ou declaração de nulidade do ato.

8.1.2 Medidas Cautelares

 O interessado pode solicitar a suspensão do ato administrativo quando houver risco


iminente de dano grave ou irreparável.
8.1.3 Declaração de Ilegalidade

O Tribunal pode declarar um ato ilegal com efeito retroativo (ex tunc) ou prospectivo (ex
nunc), dependendo da situação.

 Consequências da Ilegalidade
 Se o ato for considerado ilegal:
 Pode ser anulado total ou parcialmente;
 A Administração pode ser obrigada a reparar danos causados ao cidadão;
 O agente público responsável pode ser disciplinado ou responsabilizado civil e
criminalmente.
9.Conclusão
Findo trabalho conclui-se que, o controlo da acção administrativa refere-se aos mecanismos e
procedimentos utilizados para fiscalizar, revisar e garantir a legalidade e a adequação das
acções da administração pública. Este controlo pode ser exercido pela própria administração
(controlo interno) ou por órgãos externos (controlo externo), como os tribunais e o
parlamento.

A finalidade do controle da Administração é a de assegurar que a Administração actue em


consonância com os princípios que a regem (legalidade, moralidade, finalidade pública,
publicidade, motivação, impessoalidade) e, em certos casos, abarca também o controle de
mérito, que diz respeito aos aspectos discricionários (conveniência e oportunidade) da
actividade administrativa.

O propósito da avaliação do desempenho é verificar se os resultados estão sendo obtidos e


quais as correcções necessárias a serem feitas. A mensuração pode ser tanto um motivador
como uma ameaça as pessoas. Quando focalizada nas falhas e erros, a mensuração impede de
ver o sucesso. As pessoas prestam atenção naquilo que é mensurado. Obviamente, o sistema
de mediação do desempenho deve actuar como reforço do bom desempenho, e não
simplesmente como uma tentativa de correcção do mau desempenho

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