dicas
BLACK
FRIDAY
2020
É hora de aproveitar as ofertas e
promoções, mas cuidado com
publicidade enganosa e golpes
Secretaria de
Desenvolvimento Econômico,
Energia e Relações Internacionais
BLACK dicas
FRIDAY 2020
A Black Friday acontece na última sexta-feira do mês
de novembro e muitos consumidores deixam para
fazer compras nesta data à procura de grandes
descontos. Uma pesquisa realizada pela TracyLocke
Brasil em parceria com a Behup mostrou que 43%
dos brasileiros já estão programando as compras da
Black Friday. Mas é preciso ficar atento para evitar,
além da publicidade enganosa, golpes e fraudes. Por
isso, o Procon Estadual do Rio de Janeiro tem
algumas dicas para os consumidores que pretendem
aproveitar a Black Friday 2020.
PREÇO
A grande estrela da Black Friday são nada mais nada menos do que os preços
baixos. É atrás deles que os consumidores estão em busca quando aguardam
a grande data. Mas o consumidor não sabe, na maioria das vezes, como é
importante que o preço seja informado de forma clara, precisa e correta ao
lado do produto. Por isso, nessa cartilha, vamos explicar direitinho como os
preços devem ser informados ao consumidor com base no Código e também
em outras leis relacionadas ao tema.
O preço dos produtos deve...
- Ser expresso em moeda nacional
- Ser exibido no seu total a vista. Se houver financiamento ou parcelamento,
devem ser informados ainda:
>o custo total a ser pago com financiamento
>a quantidade, a duração e valor das prestações
> os juros e os eventuais acréscimos e encargos que
incidirem sobre o valor do financiamento ou
parcelamento
- Ficar sempre visível enquanto o estabelecimento
estiver aberto ao público
- Ter a etiqueta afixada diretamente no produto, com
sua face principal voltada ao consumidor, ou outro meio
semelhante próximo e acessível (como listagem de
preços), com a finalidade de garantir a rápida
visualização do preço, sem que seja necessário chamar
um vendedor.
- Existem outras maneiras de se fazer a afixação de preços
além das etiquetas como o uso de códigos referenciais.
Esses códigos são aqueles que utilizam números ou cores
colocados nos produtos, e que remetem os consumidores a
uma tabela com preços. Essa modalidade, como todas as
outras, deve trazer preços legíveis e de fácil entendimento ao consumidor.
- O lojista deverá expor junto aos itens informação
relativa ao preço à vista do produto, suas
características e o código.
- Outra modalidade é o código de barras, pelo
Decreto 5.903 de 21 de setembro de 2006, fica estabelecido que leitores
óticos devem ser indicados por cartazes suspensos que informem sua
localização. Segundo o decreto, os leitores óticos deverão ser dispostos
na área de vendas, observada a distância máxima de 15 metros entre
qualquer produto e a leitora ótica mais próxima.
Práticas que desrespeitam o
direito básico dos consumidores
– Utilizar letras em tamanho ou na posição que dificulte o entendimento
da informação, considerada a distância normal de visualização do
consumidor;
– Expor produtos com etiqueta (ou placa) da mesma cor de fundo dos
números e letras;
– Etiquetas com letras e números apagados, rasurados ou borrados;
– Informar apenas o valor da parcela, obrigando o consumidor a fazer o
cálculo do valor total;
– Indicação de referência (código) que deixe o consumidor em dúvida no
momento da consulta;
– Apresentar preços distintos para o mesmo produto.
#ficaadica
Essas medidas são aplicáveis também ao comércio eletrônico!
GARANTIA
Há pelo menos três modalidades de garantia que asseguram a qualidade, eficiência
e durabilidade do produto, a legal, a contratual e a estendida.
A garantia legal é estabelecida pelo CDC e independe de previsão em
contrato. Assim, você tem 30 dias para reclamar de problemas com o
produto se ele não for durável, por exemplo um alimento, ou 90 dias se
for durável, por exemplo uma televisão. E o prazo começa a contar a
partir do aparecimento do vício do produto.
A garantia contratual é a que o fornecedor oferece a seu produto por sua vontade,
portanto, ela não é obrigatória. O Código de Defesa do
Consumidor dispõe que a garantia contratual é
complementar a legal. Desse modo, fique atento para os
prazos da garantia contratual, pois se o fabricante oferecer 9
meses de garantia contratual, o consumidor terá até 1 ano
para acionar a garantia em caso de vício, pois é feita a soma
da garantia contratual com a legal (9 meses+90 dias se
produto durável).
Já a garantia estendida é contratada a parte. Normalmente, é
oferecida por uma outra empresa, que não tem relação com o
fabricante e se trata de um seguro.
A compra do produto não pode ser condicionada à contratação
de “garantia estendida”, pois isso é venda casada, proibida pelo
art. 39, I do CDC. Além do mais, quando ela for oferecida, todas as informações
sobre preço, vigência, cobertura e outras características desse serviço devem ser
informadas, para que o consumidor escolha contratá-lo ou não.
Cuidado! Nesse momento de ofertas, muitas lojas embutem o valor dessa garantia
no produto, então é muito importante estar atento para não cair em armadilhas e
denunciar ao Procon-RJ caso alguma loja esteja realizando esta prática!
#ficaadica
Antes de contratar qualquer tipo de garantia estendida, peça para ler a apólice
e verifique aquilo que de fato será coberto por este tipo de garantia, assim
como aquilo que não estará coberto.
O produto só estará segurado naquilo que estiver expressamente escrito na
apólice, ou seja, a cobertura contratada pode ser parcial, como por exemplo,
somente em caso de furto e não roubo.
PEÇA DE MOSTRUÁRIO
Outra questão recorrente em grandes liquidações é a venda de peças de
mostruários - artigos que ficam expostos nas lojas e, geralmente, são vendidos
em promoções por um preço mais em conta.
Caso a loja tenha reduzido o preço do produto com vício de qualidade
(popularmente chamado de defeito), ela deve informar claramente o motivo de
abaixar o preço e indicá-lo na nota da compra, dessa forma o consumidor não
tem o direito de reclamar daquele problema. Porém, se o defeito não for o
motivo da liquidação, ou não for aparente e aparecer só depois de um tempo,
você terá o prazo da garantia legal para exigir uma das alternativas previstas no
CDC, dependendo do caso.
Pela garantia legal, em casos de vício de fácil constatação, conta-se o prazo a
partir da ENTREGA EFETIVA DO PRODUTO. Para vícios que só possam aparecer
em decorrência do uso efetivo do produto, o prazo legal é contado a partir da
CONSTATAÇÃO DO DEFEITO.
De acordo com o artigo 18 do CDC, o fornecedor e o fabricante têm 30 dias, a
partir da reclamação, para sanar o problema do produto. Extrapolado esse prazo,
o consumidor pode exigir uma dessas alternativas: a troca por outro produto
similar, a restituição imediata da quantia paga ou o abatimento proporcional do
preço. Mas, o consumidor pode de imediato escolher entre essas opções, se o
produto for essencial (como uma geladeira, por exemplo).
TROCA
É comum comprar algum item por impulso na Black Friday e depois querer trocar,
por isso é importante ficar de olho na política de troca da loja e ter certeza do que
está comprando, para depois não se arrepender.
Algumas lojas físicas não permitem a troca de produtos comprados na Black
Friday, o que é permitido, desde que a informação esteja clara para consumidor.
Segundo o CDC, o fornecedor não tem obrigação de trocar o produto se este não
apresenta vício ou defeito.
#ficaadica
Confira sempre a política de troca da empresa. Muitos lojistas não
oferecem a troca por cor, modelo ou tamanho.
DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Já nas compras feitas pela intermet ou fora do estabelecimento comercial, está
previsto por lei o direito de arrependimento. Ao exercer esse direito, o consumidor
deve receber de volta todos os valores eventualmente pagos, corrigidos
monetariamente. Até mesmo os valores de frete devem ser restituídos.
Mas esse direito não vale para compras em lojas físicas!
Portanto, o consumidor que efetuou a compra de algum produto ou contratou
algum serviço que depende da entrega ou da realização em data futura de um
serviço, tem até 7 dias a contar da data do recebimento ou da entrega do produto
ou serviço para se arrepender. Já para produtos e serviços que não dependem de
entrega, como uma assinatura digital por exemplo, o prazo é o mesmo, mas
contado a partir da data da compra!
“ Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar
de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre
que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do “
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Lei 8078/90
Despesas com a devolução do produto devem ser custeadas pelo comerciante!
#ficaadica
ENTREGA
Embora o CDC não determine um prazo máximo para a entrega de mercadorias, a
lei estabelece o direito à informação. Ou seja, a loja virtual é obrigada a informar a
previsão de entrega do item. Quando o lojista descumpre com o prazo que ele
mesmo determinou, os consumidores devem acionar a empresa, por meio do
Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
Nesse momento, o cliente tem três opções, de
acordo com o artigo 35 do CDC: exigir a entrega
imediata do produto, aceitar a entrega de outro
produto equivalente ou cancelar o pedido e
receber o dinheiro de volta, incluindo o valor do
frete. Lembre-se de sempre anotar o número do
protocolo de atendimento para monitorar as
comunicações com a loja e, se necessário, prestar
queixas ao Procon-RJ.
SEGURANÇA NO
COMÉRCIO ELETRÔNICO
Com à pandemia, o e-commerce brasileiro faturou
56,8% a mais nos oito primeiros meses de 2020 em
comparação com igual período do ano passado,
segundo pesquisa realizada pelo Movimento
Compre&Confie em parceria com a Associação
Brasileira de Comércio Eletrônico.
Tudo indica que a data ganhará novos compradores
virtuais. Afinal de contas, especialistas em consumo dizem que o brasileiro
avançou cinco anos em apenas um com relação aos hábitos de compras como
cliente virtual.
E é por isso que houve aumentos de casos de fraudes e golpes na internet.
Sendo assim, além dos cuidados com as ofertas que podem induzir o
consumidor em erro, ele também deve se atentar à sua segurança no ambiente
de compras virtual.
É importante verificar a segurança do site em que se
pretende fazer as compras. Ao entrar no sítio
eletrônico, confira na barra do navegador se o
endereço eletrônico usa o protocolo HTTPS e se é
exibido um ícone em forma de cadeado fechado. Ao
clicar em cima da fechadura, deve aparecer o
certificado de segurança do site.
O usuário também precisa manter o seu computador ou
dispositivo móvel de acesso à internet protegido com
senhas, antivírus e firewall atualizados, além de usar
redes wi-fi seguras. Ao efetuar compras pela internet,
evite usar wifi públicos e computadores de lan house ou
qualquer outro que não seja de uso pessoal.
Sites com preços muito abaixo do mercado, precisam de
atenção! O consumidor deve desconfiar desse tipo de
e-commerce. O internauta deve optar por sites com boa
reputação e desconfiar de páginas da internet que ele e seus
amigos desconheçam.
#ficaadica
Ao comprar em sites desconhecidos, é importante pesquisar o que outros
consumidores relataram sobre a empresa nas redes sociais e em sites
como o Reclame Aqui.
Ao efetuar compras online, é importante o consumidor
capturar todas as telas, assim ele fica com o registro de todo
o passo-a-passo até a finalização da compra. Guardar todos
os e-mails de confirmação do pedido, pagamento e qualquer
outra comunicação que receba da loja é
imprescindível.
Se for utilizar o cartão de crédito, dê preferência para o uso
do cartão virtual. O número de cartão temporário, gerado
pelos aplicativos dos bancos, é válido para uma compra
única na internet. Se o número gerado não for usado, ele
expirará automaticamente em um determinado prazo. Por
isso que com ele as compras ficam ainda mais seguras.
ATENÇÃO FORNECEDORES
Os fornecedores precisam ficar atentos quanto às normas de prevenção à
covid-19:
- Uso obrigatório de máscara
- Fornecimento de álcool 70%
- Viabilizar EPI para funcionarios
- Manter o distanciamento mínimo de 1 a 2 m
- Garantir a qualidade do ar dos ambientes climatizados conforme protocolos de
manutencao dos aparelhos , realizando troca do filtro conforme orientaçao da
vigilância sanitária.
RECLAME E DENUNCIE
É bom lembrar que as compras realizadas no período da Black
Friday não deixam de seguir as normas do Código de Defesa do
Consumidor (CDC). Caso não haja o cumprimento da oferta, cabe
reclamação no Procon-RJ. O consumidor que verificar alguma
irregularidade, deve denunciar.
Para denunciar ou fazer uma reclamação, prefira os canais de
atendimento online. Utilize o computador e acesse o site
www.procononline.rj.gov.br ou baixe o aplicativo “Procon RJ” no seu
smartphone.
www.procononline.rj.gov.br Aplicativo Procon RJ
Se preferir o atendimento presencial, é necessário agendar.
As marcações podem ser feitas das 10h às 16h.
- Telefones: (21) 98596-4638, (21) 99374-1505 e (21) 98596-5723
- WhatsApp exclusivo para marcacações: (21) 99374-1505
- E-mail: [email protected]
Secretaria de
Desenvolvimento Econômico,
Energia e Relações Internacionais