UNIVERSIDADE SALVADOR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Adriana Gomes (RA:1272115507)

Amanda Dantas Sales Prado (RA:12724216253)
Andrea Cristina Resende da Silva Moitinho (RA:1272119073)
Erica de Carvalho Ramos (RA:1272118073)
Maria Eduarda Durão (RA:1272116618)
Samuel Matheus Brito (RA:1272121815)
Thays Helen Pereira Melo dos Santos (RA: 1272118980)

Projeto de Intervenção em Psicologia Organizacional e do Trabalho

Estágio Básico em Intervenções na Organizações e Saúde Mental do Trabalhador

Salvador
2024

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 Adriana Gomes (RA:1272115507)
Amanda Dantas Sales Prado (RA:12724216253)
Andrea Cristina Resende da Silva Moitinho (RA:1272119073)
Erica de Carvalho Ramos (RA:1272118073)
Maria Eduarda Durão (RA:1272116618)
Samuel Matheus Brito (RA:1272121815)
Thays Helen Pereira Melo dos Santos (RA: 1272118980)

Projeto de Intervenção em Psicologia Organizacional e do Trabalho

Estágio Básico em Intervenções na Organizações e Saúde Mental do Trabalhador

Projeto de estágio submetido à Universidade

Salvador (UNIFACS), como parte dos requisitos
necessários para a aprovação na disciplina de
Estágio básico intervenções nas organizações e
saúde mental do trabalhador, sob orientação do
Prof. Me. Leonardo Barreto

Salvador
2024

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 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA ................................................................................ 4
3. PLANOS DE ENCONTRO .................................................................................... 7
4. RELATOS DE INTERVENÇÃO .......................................................................... 10
4.1. Primeiro Encontro 30/10/24 .............................................................................. 10
4.2 Segundo encontro 13/11/2024 .......................................................................... 13
4.3 Terceiro Encontro 27/11/2024........................................................................... 16
5.1 Aluno 1: Adriana Gomes .................................................................................. 18
5.2 Aluno 2: Andrea Rezende ................................................................................. 18
5.3 Aluno 3: Amanda Prado.................................................................................... 19
5.5 Aluno 5: Maria Eduarda Durão ......................................................................... 20
5.6 Aluno 6: Thays Helen Pereira Melo dos Santos .............................................. 21
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 22
7 REFERÊNCIAS: .................................................................................................. 24
ANEXOS: .................................................................................................................... 25

3
 1. INTRODUÇÃO

A saúde mental no ambiente de trabalho tem sido um grande desafio nas

organizações na atualidade. As mudanças no mercado de trabalho, a intensificação das
demandas e a crescente competitividade impactam diretamente o bem-estar psicológico dos
trabalhadores. Nesse sentido, problemas como, estresse, ansiedade, depressão e burnout,
são cada vez mais frequentes e recorrentes, de modo que impactam na qualidade de vida,
assim como na produtividade e na sustentabilidade das empresas.

Portanto, reconhecer a importância da saúde mental no trabalho requer um empenho

que vá além de identificar problemas. É necessário implementar ações de intervenção que
proporcione um ambiente organizacional saudável, acolhedor e comprometido com o
desenvolvimento integral dos colaboradores. Nesse sentido, o Estágio Básico Intervenções
nas Organizações e Saúde Mental no Trabalho, foi desenvolvido com a finalidade de fazer a
identificação das demandas no que se refere aos riscos existentes e trabalhar para minimizá-
los ou eliminá-los para que assim os colaboradores tenham um ambiente seguro e confortável
para trabalhar.

2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA

2.1. Colaborador 1:

Função: Camareira.
A partir da entrevista ficou evidente que o maior desafio enfrentado pela
colaboradora, é a alta demanda de atividades a desenvolver no seu horário de trabalho.
Principalmente se faltar algum colega que desempenhe a mesma função, pois, ela assumirá
também essas atividades. O que implica na sobrecarga das demandas, consequentemente
tornando o trabalho mais cansativo. Isso é reforçado na escala FRP-Br no item DEM
(Demanda da Tarefa)

Resumo do resultado das escalas:

SRQ-20 Apenas um Sim
DASS-21
Depressão = 0- Normal (0-9)
Ansiedade= 2- Leve (8-9)
Estresse= 0 - Normal (0-14)
EET
14/13= 1,08- Baixo

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 FRP-Br
Liderança (REL)- 5,55- Alto
Representação Simbólica do Trabalhador sobre seu trabalho (INF)- 6- Alto
Demandas da tarefa (DEM)- 3,33- Médio

2.2. Colaborador 2:

Função: Camareira.
A colaboradora relatou durante a entrevista que gosta de sua função, porém, a
demanda de trabalho está aumentando e deixando-a sobrecarregada ultimamente. Isso está
impactando na sua vida pessoal, uma vez que o cansaço interfere na sua rotina, e o tempo
livre ela dorme, acabando por deixar de fazer outras atividades, ou seja, acaba não tendo
lazer. No resultado da escala FRP-Br, no item DEM foi reforçado o desconforto com a
sobrecarga.

Resumo do resultado das escalas:

SRQ-20
Todas as respostas foram NÃO
DASS-21
Depressão = 0- Normal (0-9)
Ansiedade= 0- Leve (0-7)
Estresse= 0 - Normal (0-14)
EET
30/13= 2,30 Baixo
FRP-Br
Liderança (REL)- 5,55- Alto
Representação Simbólica do Trabalhador sobre seu trabalho (INF)- 4,16- Médio
Demandas da tarefa (DEM)- 3,33- Médio

2.3. Colaborador 3:

Função: Auxiliar de serviços gerais

Em sua entrevista o colaborador afirma que está confortável em sua função, que não
se sente sobrecarregado e que sua escala é mais tranquila que as demais. Na sua vida
pessoal, no tempo livre, consegue descansar, ter momentos com seu filho e faz uso de redes
sociais. Contudo, no resultado da sua escala FRP-Br, no item DEM (Descrição da Demanda),
ele se contradiz, pois o resultado deu alto, ou seja, há uma sobrecarga de trabalho para ele.

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 Resumo dos resultados das escalas:
SRQ-20
Apenas dois SIM
DASS-21
Depressão = 8- Normal (0-9)
Ansiedade= 8- Leve (0-7)
Estresse= 14 - Normal (0-14)
EET
32/13= 2,4 Baixo
FRP-Br
Liderança (REL)- 4,4- Médio
Representação Simbólica do Trabalhador sobre seu trabalho (INF)- 3,3- Médio
Demandas da tarefa (DEM)- 4,6- Alto

2.4. Colaborador 4

Função: Limpeza
De acordo com seu relato na entrevista, ele está confortável na atual função, pois
anteriormente trabalhava em uma que precisava pegar peso e isso lhe causava dor. Ou seja,
na atual função ele tem menos impacto na sua saúde física, o que lhe possibilita desenvolver
suas atividades com menos dificuldade e obter melhores resultados. Sua fala foi reforçada
nos resultados das escalas.

Resumo dos resultados das escalas:

SRQ-20
Todas as respostas foram NÃO
DASS-21
Depressão = 2- Normal (0-9)
Ansiedade= 2- Leve (0-7)
Estresse= 2 - Normal (0-14)
EET
18/13= 1,38 - Baixo
FRP-Br
Liderança (REL)- 5,33- Alto
Representação Simbólica do Trabalhador sobre seu trabalho (INF)- 6- Alto
Demandas da tarefa (DEM)- 1,83- Baixo

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 3. PLANOS DE ENCONTRO

3.1. Planejamento do 1º Encontro

Tabela 1- Roteiro do 1º Encontro

GRUPO SUPERVISOR DATA DURAÇÃO
21:00 às 22:30h ACADÊMICO 30/10/2024 1h30
Adriana Gomes Leonardo Barreto Santana
Andrea Rezende
Amanda Prado
Erica Carvalho
Maria Eduarda
Thays Santos
Samuel Brito

1. Conteúdo:
Dinâmica de criação de vínculo;
Acolhimento e escuta:

2. Objetivos:
Promover a integração entre os trabalhadores;
Promover o conhecimento mútuo e o autoconhecimento;
Reconhecer sua relação com o trabalho;

3. Recursos metodológicos:
Cadeiras;
Papel;
Canetas;

4. Programação:
1º momento – Apresentação da equipe;
2º momento – Dinâmica de construção de vínculo -Quebra-gelo, “Duas Verdades e Uma
Mentira” (10-15 minutos).
3º momento – História do Nome (5-10 minutos).
4º momento – Dinâmica Linha da Vida Pessoal e Profissional (15-20 minutos).
4º momento – Roda de Perguntas Rápidas (10-15 minutos).
5º momento – Reflexão Final: O que aprendi (5-10 minutos).

5. Referências:

FONTES, Fátima. Introdução à prática psicossocial com grupos. Blog Diálogos

Socioeducativos, 2017. Disponível em: https://dialogossocioeducativos.wordpress.com.
Acesso em: 24 out. 2024.
LUIZ, G. M. de; DAL PRÁ, R. M.; AZEVEDO, R. C. Intervenção psicossocial por meio de
oficina de dinâmica de grupo em uma instituição: relato de experiência. Psicologia
Revista, v. 23, n. 2, p. 245–260, 2015. Disponível em:

7
https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/22770. Acesso em: 24 out.
2024.
PAPIRUS, Izabel Failde. Manual do facilitador para dinâmicas de grupo. Papirus Editora,
2007. Ebook. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=wHeADwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT4&dq=din%C3%A2micas+de+grupo+psicol
ogia+organizacional&ots=XLAdJPPkpb&sig=bekqKeOqape6aG36ypNSeGdsyc4&redir_es
c=y#v=onepage&q=din%C3%A2micas%20de%20grupo%20psicologia%20organizacional
&f=false. Acesso em: 24 out. 2024.

3.2. Planejamento do 2º Encontro.

Tabela 2- Roteiro do 2º encontro

GRUPO SUPERVISOR ACADÊMICO DATA DURAÇÃO
21:00 às 22:30h Leonardo Barreto Santana 13/11/2024 1h30
Adriana Gomes
Andrea
Rezende
Amanda Prado
Erica Carvalho
Maria Eduarda
Thays Santos
Samuel Brito

1. Conteúdo:
Dinâmica da Roda da Vida, a ferramenta será utilizada com o intuito de garantir que o
tempo de não trabalho seja significativo, promova saúde, felicidade e a sensação e o
sentimento de realização além do trabalho. Ou seja, uma vida para além do trabalho.
Acolhimento e escuta

2. Objetivos:
Promover equilíbrio e Plenitude.
Promover Autocuidado e Bem- Estar.
Realização Pessoal e Crescimento.
Fortalecimento de Relacionamentos. Estabelecimento de propósito.

3. Recursos:
Cadeiras.
Papel.
Canetas

5. Referências
ÁVILA, Rafael. Roda da Vida: Conheça suas 12 áreas e use essa ferramenta de
autoconhecimento. Sua Produtividade, 2020. Disponível em:
https://suaprodutividade.com.br/roda-da-vida-ferramenta-auto-conhecimento/. Acesso em:
8 nov. 2024.

8
 3.3. Planejamento do 3º Encontro

Tabela 3 – Roteiro do 3º Encontro

GRUPO SUPERVISOR ACADÊMICO DATA DURA
21:00 às 22:30h Leonardo Barreto Santana 27/11/2024 ÇÃO
Adriana Gomes 1h30
Andrea Rezende
Amanda Prado
Erica Carvalho
Maria Eduarda
Thays Santos
Samuel Brito

1. Conteúdo:
Dinâmica lúdica com um vídeo motivacional, com o fito de sensibilizá-los a refletir sobre qual
é a influência do trabalho em suas vidas para além do trabalho.

2. Objetivos:
- Promover uma reflexão sobre qual é a importância e o quanto o trabalho refle em suas vidas
pessoais.
- Compreender o que significou para eles os nossos encontros, se de algum modo influenciou
suas rotinas.
-Trazer uma visão positiva sobre as inúmeras possibilidades diante deles, seja no âmbito
acadêmico, pessoal ou profissional.
- Incentivá-los a fazer projeções para o futuro a partir do que eles desejam.

3. Recursos metodológicos:
Cadeiras.
Papel.
Lápis de cor.
Projetor.
Bombons.

4. Programação:
1º momento: Dinâmica lúdica com um vídeo motivacional.
2º momento: Diálogo sobre sonhos e futuro.
3º momento: Lista com o que eles querem que o shopping tenha conhecimento.
4º momento: Feedback sobre nossos encontros.
5º momento: Falar brevemente sobre os resultados das escalas.
6º momento: Finalização com a entrega de bombons com uma mensagem para cada um.

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 5. Referências:
SEGURANÇA DO TRABALHO. O menino no meio da ponte. Canal SEGURANCA DO
TRABALHO, 24 jan. 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bhrxz6kq7qA.
Acesso em: 22 nov. 2024.

4. RELATOS DE INTERVENÇÃO

4.1. Primeiro Encontro 30/10/24

O encontro foi iniciado às 21:00h com a chegada da colaboradora Ana, que

demonstrou curiosidade com o intuito das intervenções e disse já ter passado pela primeira
etapa das entrevistas e aplicação das escalas. Enquanto aguardávamos pela chegada dos
demais ela relatou ter se divertido com as entrevistas e que tinha sido um bom momento para
ela.

Questionamos então, como era a escala de trabalho dela, como costumava ser a
rotina e os dias de folga. Ela respondeu que trabalha na escala 6x1 pelo turno da noite,
começando a partir das 22:00h e levando até às 06:20h da manhã do dia posterior. Informou
que costuma limpar de 8 a 10 banheiros, e que a Ozenir que ainda não havia chegado, ficava
com o restante dos banheiros. Disse que costumava folgar todos os sábados e que pelo
acordo que tinham feito, só trabalhava em dois domingos do mês, o que a permitia descansar
um pouco mais quando as duas folgas eram conjuntas. Entretanto, o ponto negativo de tudo
isso, era que no dia que a Ozenir folgava no domingo ou vice-versa, a demanda acabava
aumentando e, ao invés de 8 banheiros, precisavam limpar 16.

Juntando-se ao encontro minutos depois, chegou o Helionaldo, que também

comentou sobre a rotina de trabalho e a escala que levava. Diferente da Ana, ele possui
folgas todas as sextas-feiras e só é liberado um domingo por mês. Apesar de trabalhar com
a limpeza das escadas, ele informou que algumas vezes precisava auxiliar em outras
demandas pela insuficiência de mão de obra no setor de limpeza.

Perguntamos aos dois o quanto a rotina era cansativa, como conseguiam passar a
noite inteira acordados cumprindo as obrigações e a que horas costumavam dormir já que o
expediente terminava de manhã. Eles disseram que durante o turno tinham duas horas de
descanso, horas essas que aproveitavam para dormir. A Ana informou que geralmente só
conseguia dormir por volta de 12:30h/13:00h, já que quando chegava ainda precisava ajeitar
as coisas da filha mais nova para a levar na escola. Já o Helionaldo disse que costumava

10
descansar pelo dia e que de vez em quando não conseguia dormir, acabando por somente
cochilar. Quando questionado, ele disse que não havia um motivo específico para a insônia.

Os dois brincaram perguntando sobre a ausência da Ozenir, a primeira a seguir até

onde o encontro ocorreria. Ela chegou após mais alguns minutos de espera, verificamos se
mais algum colaborador participaria do encontro e fomos informados que o Raimundo tinha
folga em todas as quartas, enquanto o Jaime estava de férias.

Iniciamos com as apresentações dos participantes e explicamos o que ocorreria

naquele encontro. Em seguida, começamos com a primeira dinâmica, que consistia em um
jogo de quebra-gelo, onde cada um deveria contar duas mentiras e uma verdade. Por
notarmos um pouco de incerteza deles, todos da equipe também se inseriram naquela etapa,
deixando que eles adivinhem quais das três frases ditas era uma verdade.

Com o clima um pouco mais distraído, passamos para a segunda dinâmica, que
consistiu em contar a história de como receberam seus nomes:

A Ana contou que a mãe havia conhecido uma senhora que tinha esse nome, e por
gostar tanto dele como da pessoa, decidiu colocá-la nela. O Helionaldo contou que o nome
dele era uma mistura do nome do pai, chamado Hélio, e “Naldo”, que ele acredita ter sido um
nome de que seus pais gostaram, por isso foi acrescentado. Já a Ozenir disse que o nome
dela foi escolhido para combinar com o do pai, Osvaldo e que todas na família têm nomes
iniciados com a letra “O”.

A terceira etapa do encontro consistiu em uma dinâmica sobre alguns marcos da

vida pessoal e profissional.

A Ana demonstrou-se muito relutante com essa dinâmica e nos contou, muito
emocionada, que tinha perdido a mãe para o câncer aos oito anos e um ano depois perdeu o
pai para o álcool. Por uma perda em idade tão tenra, presenciou situações muito difíceis na
família por causa de disputas pela herança dos pais, tendo que chamar a polícia para
interceder e relatou ter passado um tempo para se recuperar disso. Comentou sobre se sentir
uma vitoriosa por ter passado por todas essas adversidades, ter visto tantas coisas ruins
sobre as pessoas, e mesmo assim não ter seguido aquele caminho.

Ela relatou que o nascimento da filha a marcou muito, pois, foi também o primeiro
encontro com Deus. Ao sentir muito medo daquele momento, foi acalmada por uma
enfermeira que rezou junto a ela e disse que se ela acreditasse em Deus, ele a daria um sinal,
qual acredita ter recebido no momento do parto.

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 Apesar de tudo isso, ela disse que não se sente totalmente realizada, que ainda
sonha em fazer o curso de enfermagem e que ainda seria uma doutora. Por fim, falou sobre
como transmite os ensinamentos espirituais de Jesus aos seus filhos e como preza para que
eles tenham acesso à educação.

O Helionaldo começou a linha do tempo com o nascimento dele, em 1971. Continuou

a traçar marcos importantes com a conclusão do segundo grau em 2004, e em 2005, um
curso que tinha começado a fazer. Ele disse que apesar de gostar, ainda tinha contas a pagar
e por isso precisou procurar por um emprego. Em 2009, trabalhou em uma boate, exercendo
funções de serviços gerais e até mesmo chefe de bar, o que também o levou a fazer um curso
de coquetelaria e bartender, trabalhou como barman em um restaurante em 2011. Em 2012,
entrou no shopping. Ele afirmou que gostava do trabalho como barman e coquetelaria,
atividade que ainda prática como hobby, mas não voltaria a trabalhar profissionalmente com
isso porque a área de eventos costuma ser muito incerta. Finalizou dizendo que ainda tinha
o sonho de fazer uma faculdade de psicologia, mas se sentia muito velho para isso, tendo
sido incentivado pela Andrea que se usou de exemplo.

A Ozenir informou ser do município de Gandu, tendo vindo para Salvador aos 22
anos para trabalhar. Relatou que, ao se ver “presa” em um apartamento, sentiu um desespero
e quis voltar para sua cidade, mas decidiu ficar após ler uma passagem bíblica. Falou sobre
sua religião evangélica e compartilhou a história de como começou a sustentar sua família no
interior após um acidente com o pai. Entrou no shopping 11 de março em 2013 e mora
sozinha, não têm filhos.

Na última etapa, fizemos uma roda de perguntas rápidas, já que pelo horário, eles
estavam um pouco inquietos por não quererem se atrasar na realização dos serviços, mas
todos responderam mesmo assim.

Qual é seu hobby favorito?

A resposta dos três, em suma, consistia em dormir. Questionamos se não tinha

nada além disso que gostavam de fazer, como ir à praia, assistir um filme ou até mesmo
sair, mas responderam que ao chegar em casa, o cansaço era tão grande que não tinham
vontade de fazer nada. Uma frase marcante dita pela Ozenir foi: “O nosso dia é a noite de
vocês, e quando chega o dia para vocês, é quando podemos dormir”.

• Ana: “Dormir"
• Helionaldo: "Dormir e fazer drinks"
• Ozenir: "Dormir, durmo o dia todo, é o cansaço, não tem vida"

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 Se pudesse escolher uma cidade para morar, qual seria?

• Ana: "Rio de Janeiro"

• Helionaldo: "Salvador"
• Ozenir: "Salvador"

Qual filme ou série você assistiu recentemente e gostou?

• Ana: "Quarto de Guerra" (filme)

• Helionaldo: "The Walking Dead" (Série)
• Ozenir: "Nenhum"

Tem algum talento escondido?

• Ana: "Gosto de fazer as coisas, mas o cansaço impede"

• Helionaldo: "Ler"
• Ozenir: "Ler, fazer bolo"

Se pudesse ter qualquer superpoder, qual escolheria?

• Ana: "Colocar todo ser humano para ter experiência com Jesus"
• Helionaldo: "Voltar atrás e refazer a vida, gostaria de trabalhar na área
de Ciências"
• Ozenir: "Não trabalhar"

O encontro foi encerrado às 22:15h.

4.2 Segundo encontro 13/11/2024

A intervenção começou às 21:06h com o acolhimento dos participantes do encontro

anterior (Ana, Helionaldo e Ozenir) e a apresentação do profissional Jaime, que não pôde
comparecer na primeira reunião por estar de férias. Todos compareceram no horário
combinado. Notamos o Helionaldo e a Ozenir mais receptivos que na semana anterior,
enquanto a Ana parecia mais retraída naquele dia. Quando a questionamos o motivo, ela
informou estar muito cansada.

Adriana iniciou explicando o que seria realizado naquele dia. Utilizamos a dinâmica
"Roda da Vida", onde os participantes receberam folhas e lápis de cor para avaliarem quatro
áreas de suas vidas: pessoal, profissional, relacionamentos e qualidade de vida. A ferramenta

13
foi apresentada como um método para refletir sobre pontos a melhorar, promover equilíbrio
entre as áreas e estabelecer metas. À medida que a dinâmica avançava, cada área foi
explicada individualmente.

4.2.1. Área Pessoal (Saúde física, condição física e equilíbrio emocional)

• Jaime: Avaliou 8. Reconheceu que seu trabalho exige esforço físico, mas disse
que precisa melhorar a saúde, especialmente porque seu sono do dia não é
igual ao da noite e pela falta de exercício físico.
• Ozenir: Avaliou 6. Relatou cansaço devido à rotina de trabalho, o que a impede
de fazer exercícios físicos e diminui a disposição para sair.
• Ana: Avaliou 3 em saúde física mencionando o seu comodismo e que não tem
se esforçado, o que sabia poder melhorar. Embora avalie sua saúde emocional
em 8, relata que não tem equilíbrio emocional com sua filha, devido ao cansaço
do trabalho que acaba a estressando. Em seguida, reavaliou o emocional para
3 por causa disso.
• Helionaldo: Avaliou com 10. Comentou que o estado emocional e físico varia, e
que naquele momento avaliava com 10. Quando questionado, responde que
apesar de não realizar acompanhamento ou exercícios, considera-se mais
"100% do que para baixo".

4.2.2 Área Profissional (Realização, propósito e saúde financeira)

Houve uma discussão sobre a escala 6x1 e a possibilidade de sua redução após ser
questionado aos participantes se eram favoráveis a ela ou não. Todos responderam
unanimemente o quão cansados estavam e mesmo otimistas, não deixaram de expressar as
preocupações que a possibilidade que a aprovação dessa medida poderia causar.

• Jaime: Demonstrou fé de que a mudança seria positiva, dizendo: "Vai acabar com
fé em Deus".
• Ozenir: Argumentou que a redução da escala só iria funcionar se a empresa
contratasse mais funcionários, especialmente para o turno noturno, a fim de evitar
a sobrecarga de trabalho. Ela destacou que atualmente já existe uma sobrecarga
de trabalho muito grande, principalmente nos momentos de folgas ou de falta de
alguém da equipe, e que sem novas contratações, a mudança resultaria em um
acúmulo ainda maior de tarefas. Além disso, enfatizou que a proposta só funcionará
adequadamente se houver dois dias de folga para os trabalhadores, porque só
então poderão descansar apropriadamente.

14
Os demais colaboradores concordaram com os pontos levantados pela Ozenir, reforçando a
necessidade de mais contratação, já que o setor possuía uma rotatividade muito grande.

• Ozenir: Em sua vida profissional avaliou com 7. Está insatisfeita, sobre saúde
financeira, consegue guardar as finanças comprando apenas o necessário.
• Helionaldo: Avaliou entre 3 realizações e propósito e com 8 para saúde financeira.
Tem filhos dependentes, mas considera que seu trabalho permite um ganho
suficiente.
• Ana: Avaliou com 4, não quis falar muito, mas menciona que não está de acordo
com seu propósito de vida.
• Jaime: Não quis falar muito, mas comentou brevemente que suas finanças são
suficientes para cobrir as necessidades.

4.2.3 Área de Relacionamentos (Família, vida social e amizades)

• Ozenir: Avaliou com 8. Apesar de morar longe da família, e só visitar quando tem
folgas, ela mantém uma relação com a família que mora no interior, e é próxima de
uma vizinha que considera como família e que pode contar com ela. “Tenho poucas
amizades, mas é de qualidade”.
• Ana: Avaliou com 10. Destacou o apoio da família, e que não tem inimizade com
vizinhos que se precisar eles o ajudam. E ainda conta a amizade que tem com
“irmãos na fé” (se referindo assim, aos amigos da igreja do qual frequenta).
• Helionaldo: Mora perto de parentes e o que precisar tem ajuda deles, além de amigos
que ajudam no que precisar.
• Jaime: Contou que pode contar com seus 10 irmãos sempre que necessário.

4.2.4 Qualidade de Vida (Lazer, hobbies, diversão e espiritualidade)

No último momento da dinâmica, foi explicado para eles o que eles iriam refletir
naquele momento.

• Ozenir: Relata que não é muito de sair, prefere dormir no tempo livre e está bem
espiritualmente, participando de uma igreja.
• Ana: Gosta de louvor e costuma ir à igreja. Antes frequentava a praia, mas
atualmente usa o tempo para descansar. Nesse momento, ela se abriu sobre antes
ter o costume de sair com a família para programas de lazer um pouco diferentes
do usual, algo que tinha parado, mas planejava retornar em breve.

15
 • Helionaldo: Reconheceu a falta de lazer, mas planeja iniciar atividades, como jogar
futebol com o filho. Rindo, disse que até já estava comprando uma chuteira para
o acompanhar.
• Jaime: Admitiu não ter momentos de lazer e reconheceu a necessidade de incluir
isso em sua rotina.

Apesar dos participantes ficaram mais descontraídos ao longo da dinâmica,

frequentemente era comunicado à exaustão que sentia e as sobrecargas das demandas.
Com tudo isso, identificamos também que todos relataram a falta de momentos de lazer e da
realização de atividades que gostassem em consequência ao cansaço. A equipe, então,
finalizou com a reflexão da importância desses momentos, da necessidade de que se
enxergassem para além do trabalho e de que pudessem desfrutar de tempo de qualidade
para melhorar a qualidade de vida. Todos concordaram com a importância dessa mudança.

Ao final, Jaime questionou o objetivo da intervenção, relatando sentir-se como uma

"cobaia", já que a empresa não tinha deixado claro o propósito da realização daqueles
encontros. Foi explicado que o propósito era avaliar a saúde mental dos colaboradores,
identificar fatores de risco e promover melhorias na qualidade de vida pessoal e no trabalho.

A Ana e a Ozenir mais uma frisaram a sobrecarga do setor, questionando se essa

situação seria reportada ao shopping. Questionamos a elas se essa era uma vontade delas,
as duas responderam que sim e enxergavam isso como uma oportunidade de serem ouvidas,
já que isso já havia sido relatado a liderança e até o momento não tinha ocorrido melhora
alguma.

Os participantes receberam lanches e o encontro foi encerrado às 22:20h.

4.3 Terceiro Encontro 27/11/2024

No dia 27/11/2024 a última reunião com os funcionários; Ana, Helionaldo, Jaime, e

Ozenir, iniciou às 21:10.

Todos estavam mais empolgados, descontraídos e relaxados. No início da reunião,

pedimos para que eles ficassem sentados lado a lado, em frente a tv para que eles
assistissem um vídeo, “o menino na ponte”. Foi a nossa dinâmica do nosso último encontro.
Trabalhar e conhecer, e motivá-los a refletir as perspectivas de futuro de cada um deles.
Notamos que eles gostaram do vídeo, visto que, todos assistiram atentamente. No final do
vídeo, pedimos que eles fizessem uma reflexão e falassem pra gente o que eles acharam do

16
vídeo e qual era o ponto de vista de cada um deles, e qual a mensagem que o vídeo passou
para cada um deles. Empolgados, cada um deles conseguiram correlacionar a reflexão e
mensagem do vídeo com a vida de cada um deles; Nunca parar de sonhar, nunca perder a
esperança, sempre acreditar, ter fé e coragem para atravessar a ponte, que, do outro lado
daquilo que mais tememos, existe algo muito maior que pode mudar nossas vidas.

Ana começou falando do sonho dela em ser enfermeira, e contou que a filha mais
velha recebeu uma promoção no emprego e estava indo para o Paraná, e falou como ela
estava se sentindo, muito feliz e ao mesmo tempo preocupada com a ida da filha para outro
estado. Fizemos a escuta e com base na dinâmica e com a reflexão do vídeo, fizemos nosso
acolhimento, logo, ela se sentiu mais relaxada, mais tranquila e mais confiante com a nova
trajetória da filha, deixando-a mais confiante

Logo em seguida, Helionaldo trouxe a percepção que teve com a mensagem do

vídeo, correlacionando com o sonho dele de ser psicólogo, antes de ter família e atuar como
auxiliar de serviços gerais.

Mostrou-se pensativo, e um pouco frustrado por não ter seguido seu sonho, quando
era mais jovem e não ter persistido continuar estudando para alcançar a profissão que sonhou
para o futuro. Fizemos o momento de escuta, e o acolhemos, contando nossas experiências
para mostrá-lo que nunca é tarde para sonhar e continuar lutando para conseguir alcançar o
que sonhamos. Logo, ele se mostrou aberto a pensar por outra perspectiva, voltar a retomar
os estudos e realizar seu sonho de carreira, futuramente.

Em outro momento, entregamos a eles uma folha de papel ofício e perguntamos se

eles gostariam de oferecer sugestões de melhorias para a organização. Eles aceitaram e
registraram alguns pontos, como a necessidade de melhorias na escala de trabalho, uma sala
de descanso para os homens, questões relacionadas à insalubridade, a oferta de lanches
noturnos e a contratação de mais funcionários para auxiliá-los durante a noite. Após isso, eles
responderam um questionário de feedback pós-intervenção.

Por fim, foram apresentadas a devolutiva das escalas que eles haviam respondido
nas entrevistas, uma questão que eles tinham pedido no encontro anterior. Foram destacados
os pontos em comum entre eles e informado que não havia problemas com os resultados
obtidos.

Na última etapa da intervenção, percebemos que eles estavam mais motivados com
tudo que vivenciamos, e que contribuíram de alguma forma na vida pessoal quanto

17
profissional. Eles demonstraram muita gratidão pelos nossos encontros e chegaram a
perguntar se haveria novas intervenções no próximo ano.

Encerramos a reunião às 22:13h com um lanche de despedida.

5. AUTOAVALIAÇÃO

5.1 Aluno 1: Adriana Gomes

O estágio me proporcionou uma experiência riquíssima, pois tive a oportunidade de

ter um contato mais próximo da realidade dentro da proposta do estágio que é a prática dentro
das Organizações. Tive a possibilidade de avaliar os Riscos existentes para os trabalhadores
do Shopping, por meio de ferramentas, como escalas e entrevistas a partir dos dados
coletados, foi possível montar as intervenções com o fito de me aprofundar um pouco mais a
respeito de cada colaborador.

E desse modo, promover reflexões, e sugestões realistas que eles consigam pôr em
prática para melhorar sua qualidade de vida, seja âmbito do trabalho, assim como na vida
pessoal. Apesar dos desafios inerentes ao horário da intervenção, entendo que o objetivo foi
alcançado, considerando o pouco tempo e a quantidade de intervenções realizadas, ao final
ficou evidente nos feedbacks que foi um tempo importante para os colaboradores e que em
algum nível teve mudanças em suas vidas.

5.2 Aluno 2: Andrea Rezende

O estágio em Psicologia Organizacional representou para mim uma etapa significativa

na minha formação acadêmica, pois vivenciei na prática os conhecimentos teóricos
adquiridos no decorrer deste período. Tive a oportunidade de observar como funcionam os
processos fundamentais no âmbito organizacional, as estruturas, cultura, clima e políticas
internas, além de perceber a importância que o trabalho reflete na vida pessoal dos
colaboradores.

De forma geral, fiquei satisfeita com o estágio, um momento surpreendente de

grandes descobertas e aprendizado, conduzido pelo professor/supervisor Leonardo com
orientações fornecidas de forma clara e relevantes para as atividades, demonstrou domínio
do conteúdo relacionado à área de Psicologia Organizacional. As orientações sobre a
aplicação de testes psicológicos foram muito detalhadas e úteis, assim como os exemplos
apresentados, ajudaram a compreender melhor as demandas do estágio. Em relação à

18
estrutura da organização, não ficou muito clara para mim, em contraposição, os papéis e
responsabilidades dos colaboradores foram apresentados de forma bem estabelecidas,
assim como o acesso aos recursos necessários para o trabalho foram adequados. A única
queixa é referente ao tempo disponibilizado a esta etapa tão importante para o meu
aprendizado, devido a amplitude de todo o contexto um tempo maior seria mais enriquecedor.

5.3 Aluno 3: Amanda Prado

O estágio foi uma experiência avassaladora. Tão surpreendente, quanto

enriquecedora.

Num primeiro momento ele foi marcado pelas inseguranças e incertezas na

condução de uma entrevista individual, algo que não teria sido possível ter sido levado de
forma tão tranquila, sem a orientação do professor e supervisor, Leonardo Barreto. A segunda
fase, foi completamente destoante dos receios iniciais, já que carregava o ânimo após o
primeiro encontro e levava consigo a vontade de entender mais um pouco a história de cada
colaborador, qual função o trabalho exerce na vida deles e como poderíamos os acolher da
melhor forma. No entanto, ter contato com esses funcionários serviu de aprendizado para
além do desenvolvimento profissional.

Foi por poder ver na prática todo o conteúdo aprendido em sala de aula – dessa vez
com pessoas reais, com caminhos adversos percorridos até chegarem ali e com sonhos que
ainda tinham a realizar –, que também foram causados momentos de reflexão que atingiram
o âmbito pessoal.

Perceber o impacto que o fornecimento de escuta ativa tinha para aqueles

colaboradores, que tinham a necessidade não apenas de serem vistos, mas também de
serem ouvidos, foi um tanto quanto desafiador, ver o quanto o trabalho os ocupava e o papel
que ele tinha na vida deles, fez com que toda a equipe pensasse nas melhores intervenções
para que eles pudessem expressar os sentimentos.

Ter os ajudado a reconhecer a necessidade de mudanças nas rotinas que vinham

levando a fim de uma melhor qualidade de vida, os motivar a pensar neles como pessoas
para além do trabalho e mostrá-los que os desejos que possuem não são assim tão
impossíveis de serem realizados foi muito gratificante, servindo também como uma grande
lição.

5.4 Aluno 4: Erica Carvalho

19
 O estágio com supervisão foi um processo enriquecedor, o que me proporcionou
muitos aprendizados. Durante minha experiência com essa área da psicologia organizacional,
me senti inicialmente ansiosa, na entrevista, pois foi a 1° vez que entrevistei no ambiente
organizacional, mas atender em dupla me deu mais segurança. Essa experiência me trouxe
um novo aprendizado para minha vida profissional, aplicar as escalas contribuiu
significativamente para o meu desenvolvimento profissional. Um ponto a destacar desse
momento foi a sala em que realizamos a entrevista, pois, pode ter causado um pouco de
desconforto para os profissionais devido ao barulho que escutamos ao lado.

Após a entrevista, realizamos os encontros de intervenção onde pude experimentar

algo novo, conhecer um pouco da história de cada profissional e estabelecer um contato, foi
muito importante, e contribuiu para a identificação de possíveis fatores de risco. A realização
desse estágio, poder ouvir cada história, foi uma experiência valiosa e um ensinamento para
enfrentar os desafios da futura profissão. Durante as intervenções, percebi o quanto os
participantes tinham necessidade de serem ouvidos e que nosso apoio foi importante para
eles, no final eles compreenderam nossa proposta, e por qual motivos estávamos ali.

Não posso esquecer da condução de supervisão impecável do professor Leonardo,

que foi muito importante para a minha compreensão e desenvolvimento.

Tudo que vivenciamos dentro das intervenções, foi um aprendizado para mim. Ajudar
a criar uma perspectiva mais positiva sobre a vida, e incentivá-los a não desistir de seus
sonhos, foi satisfatório incentivá-los a ter esperança, pois, estavam visivelmente
desmotivados.

Buscar entender o ambiente profissional, e os fatores de riscos, não é um trabalho fácil. Mas
é desafiador, e nos impulsiona a colocar em prática o trabalho do psicólogo, essa experiência
demonstrou o impacto que podemos ter na vida das pessoas.

5.5 Aluno 5: Maria Eduarda Durão

O estágio me proporcionou ter contato com aplicação de testes que avaliam os riscos
aos quais os colaboradores podem estar submetidos ou vulneráveis, além da entrevista inicial
composta por um questionário de perguntas. A partir do material coletado, podemos realizar
alguns encontros nos quais podemos nos aprofundar mais a respeito de cada um. Nesses
encontros buscamos promover reflexões, sobre como eles se sentem no trabalho e na sua
vida pessoal, e como podem melhorar. Apesar de ter sido poucos os encontros, percebi que
os colaboradores ficaram felizes em viver esses momentos.

20
 5.6 Aluno 6: Thays Helen Pereira Melo dos Santos

O Estágio foi uma experiência transformadora e enriquecedora, tanto para a minha

formação acadêmica quanto para o meu desenvolvimento pessoal, pois, além de ter
possibilitado a aplicação dos conhecimentos teóricos na prática, me auxiliou a desenvolver
habilidades de comunicação e de trabalho em equipe. Durante as intervenções, pude
perceber como o trabalho é um dos principais aspectos da vida de uma pessoa e como se
relaciona com todos os outros, ao observar como as experiências profissionais dos
trabalhadores afetam as suas trajetórias pessoais, seus sonhos e seus relacionamentos. Isso
revela a importância de se criar um ambiente organizacional acolhedor. Percebi que o simples
ato de fornecer uma escuta ativa trouxe impactos significativos para os trabalhadores, que
tinham uma necessidade muito grande de serem ouvidos e reconhecidos. Junto com meus
colegas, pude planejar e executar intervenções com o objetivo de promover novas
perspectivas sobre as suas vidas e suas carreiras. Foi muito satisfatório poder observar,
através do questionário de feedback e das próprias falas dos participantes, a efetividade das
intervenções.

5.7 Aluno 7: Samuel Brito

O estágio em psicologia organizacional realizado no shopping salvador com os

funcionários que trabalham no turno da noite, me proporcionou uma experiência muito
enriquecedora, transformadora, em perspectiva de conhecimento, na minha formação
acadêmica como psicólogo, inclusive como pessoa. Foi muito bom poder participar, criar,
organizar, pensar junto com a equipe e executar as atividades para e com os funcionários,
conhecendo-os, ajudando, conectando-se com cada um deles, com um perspectiva de
entender melhor e descobrir qual era o grau de satisfação deles com o seu trabalho, e como
isso afeta-os e os atravessa, como eles se relacionam com o trabalho e por último como o
trabalho está relacionado com a vida de cada um deles, refletindo nos sonhos, perspectiva
de vida, da família, presente e futuro. Viver essa experiência, foi muito emocionante e mágico,
com a orientação, supervisão e o treinamento pelo nosso professor Leonardo, que foi nosso
mestre, mentor, muito mais que um professor, e com a equipe de classe, foi essencial para
que esse lindo trabalho fosse realizado com muito sucesso e muita aprendizagem. Tudo isso
contribuiu para a construção da minha carreira. Embora tenha sido um desafio, conseguir
alcançar os objetivos propostos pela demanda, com tempo curto, e pelo horário, conseguimos
atingir o nosso objetivo.

21
 6.CONCLUSÃO

O estágio básico de intervenções nas organizações e saúde mental no trabalho teve

como finalidade promover o mapeamento dos riscos psicossociais relacionados ao trabalho
no ambiente organizacional do Salvador Shopping, e por meio da elaboração das
intervenções, mitigar os fatores identificados.

Para identificação das demandas, em um primeiro momento foram usadas

ferramentas avaliativas, como escalas para identificar níveis de estresse, ansiedade,
depressão, demandas no ambiente de trabalho etc. Com os resultados obtidos, foram
realizados três encontros, onde através das dinâmicas grupais fomos capazes ajudar os
colaboradores na manifestação e entendimento das angústias proporcionadas pela rotina.

As reuniões apresentaram alguns desafios ao decorrer do processo, fossem os

relatos de exaustão que continuávamos a receber, ou a notória falta de motivação apontada
por eles nos âmbitos pessoais e profissionais. Apesar de grandes oportunidades de
aprendizado, tais questões frequentemente faziam com que o grupo precisasse buscar uma
escuta ativa para além das dinâmicas programadas, buscando exemplos e adaptações para
proporcionar a eles um ambiente de acolhimento.

Durante as intervenções, foi possível perceber o quanto cada etapa delas, os faziam
refletir sobre a maneira que vinham conduzindo a vida fora das organizações, momentos em
que, mesmo sem estarem no turno do trabalho, permanecia sendo ocupado em totalidade
pelas funções que exerciam. A idade, a falta de motivação e até as desistências que tiveram
ao longo da vida, apresentaram-se também como uma demanda, que apesar de inicialmente
não mapeadas como a exaustão e a sobrecarga, também se fizeram presentes nos motivos
de insatisfações e cansaço.

Na última reunião, pudemos identificar a retomada da motivação para voltarem a

aproveitar momentos de rotina, lazer e até retomarem os sonhos que ainda desejavam
alcançar, assuntos muito conversados ao longo do estágio.

Diante de todo o exposto, a equipe compreende que entre as formas de reduzir os

apontamentos estão: a flexibilização na escala de trabalho ou a redistribuição das funções de
modo que não houvesse sobrecarga, o acompanhamento psicológico regular para que eles
tenham um ambiente seguro para expor os sentimentos e pensamentos, além de treinamento
com as lideranças, orientando-as a como prestar apoio a equipe de forma saudável e os

22
motivar. Outra ação a se destacar, seria a promoção e incentivo de práticas que mantenham
o equilíbrio entre o pessoal e o profissional, a exemplo de pausas para ginástica laboral, já
que atividades físicas conjuntamente as ações apontadas contribuem para o desempenho e
bem-estar psíquico dos funcionários.

23
 7 REFERÊNCIAS:

ÁVILA, Rafael. Roda da Vida: Conheça suas 12 áreas e use essa ferramenta de
autoconhecimento. Sua Produtividade, 2020. Disponível em:
https://suaprodutividade.com.br/roda-da-vida-ferramenta-auto-conhecimento/. Acesso em: 8
nov. 2024.

FONTES, Fátima. Introdução à prática psicossocial com grupos. Blog Diálogos

Socioeducativos, 2017. Disponível em: https://dialogossocioeducativos.wordpress.com.
Acesso em: 24 out. 2024.

LUIZ, G. M. de; DAL PRÁ, R. M.; AZEVEDO, R. C. Intervenção psicossocial por meio de
oficina de dinâmica de grupo em uma instituição: relato de experiência. Psicologia Revista,
v. 23, n. 2, p. 245–260, 2015. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/22770. Acesso em: 24 out. 2024.

PAPIRUS, Izabel Failde. Manual do facilitador para dinâmicas de grupo. Papirus Editora,
2007. Ebook. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=wHeADwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT4&dq=din%C3%A2micas+de+grupo+psicologi
a+organizacional&ots=XLAdJPPkpb&sig=bekqKeOqape6aG36ypNSeGdsyc4&redir_esc=y#
v=onepage&q=din%C3%A2micas%20de%20grupo%20psicologia%20organizacional&f=fals
e. Acesso em: 24 out. 2024.

SEGURANÇA DO TRABALHO. O menino no meio da ponte. Canal SEGURANCA DO

TRABALHO, 24 jan. 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bhrxz6kq7qA.
Acesso em: 22 nov. 2024.

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ANEXOS:

ANEXO A – Roda da Vida

Figura 1 - Roda da Vida de Helionaldo

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Figura 2 – Roda da Vida de Ozenir

26
Figura 3- Roda da Vida de Ana

27
Figura 4 – Roda da Vida de Jaime

28
ANEXO B – Questionários de Feedback

Figura 5- Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

29
Figura 6 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

30
Figura 7 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

31
Figura 8 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

32
Figura 9 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

33
Figura 10 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

34
Figura 11 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

Tabela 4 – Sugestões dos funcionários para o shopping Salvador

35
Figura 12 – Questionário de Feedback pós-intervenção anônimo

36
ANEXO C – Tabela de Sugestões dos Trabalhadores

Tabela 4- Sugestões dos Trabalhadores do Shopping para melhoria das condições de Trabalho

37