↪A presença de hidrocele após os 2 anos de
idade ou variações de seu volume (evidência da
persistência do conduto peritoneovaginal)
HIDROCELE indicam necessidade de tratamento cirúrgico
TORÇÃO TESTICULAR / ESCROTO AGUDO
↪Acúmulo de líquido ao redor do testículo
↪Gubernáculo: Membrana que une o escroto
↪Não possui sinais flogisticos, não cursa com ao saco escrotal
inflamação Geralmente a pessoa que faz torção
↪Muito comum em recém-nascidos, pela
testicular não tem essa membrana
persistência temporária de comunicação com a ↪O que torce é o cordão, não o testículo
↪Mais comum no começo da adolescência –
cavidade abdominal ou como consequência de
líquido perinatal ainda não absorvido
10 a 14 anos
↪Sempre deve ser a primeira hipótese em
CLÍNICA
Dor mais relacionada ao incômodo
Um testículo estará normal e outro qualquer criança com dor escrotal aguda
aumentado CLÍNICA
A bolsa escrotal estará como uma Dor muito forte e súbita no testículo
lâmina fina Testículo começa a inchar
Patognomônico: Transluminecência – Pode estar associada à náuseas e
água deixa passar luz vômitos
Qualquer outra doença que Não cursa com febre
aumenta o testículo sem ser a Exame físico: Testículo estará
hidrocele não deixa passar a luz horizontalizado e mais alto na bolsa
escrotal (sinal de Angel –
patognomônico)
Perda do reflexo cremastérico –
patognomônico
TRATAMENTO: Cirurgia
↪Mais que 6h aumenta a chance de perder o
testículo por isquemia do órgão
ORQUITE & ORQUIEPIDIDIMITE
TRATAMENTO: Hidrocelectomia (cirurgia)
↪Diversos agentes estão relacionados com a
epididimite, sendo os mais frequentes as
infecções por clamídia, gonococos e coliformes
(E. coli, Klesbsiella. Proteus, Pseudomonas)
EXAME FÍSICO: A principal confusão é o
testículo endurecido que pode cursar com
orquite, orquiepididimite ou tumor
↪Diagnóstico diferencial de torção testicular
Tumor: Não é possível diferenciar
testículo de epidídimo e a superfície
↪Outra doença que cursa com dor aguda e
será irregular
Orquite: O epidídimo não estará
súbita no testículo alterado; Se não for trauma, geralmente
↪A dor geralmente é progressiva e possui um
é caxumba
Orquiepididimite: Superfície regular,
fator causal
↪Sinal de Prehn: Auxilia na diferenciação de
testículo e epidídimo diferenciáveis,
sendo o epidídimo de consistência
torção e orquiepididimite endurecida
O paciente sente alívio ao levantar a
bolsa escrotal
Na torção isso não ocorre
ORQUITE: Testículo grande e doloroso,
levemente endurecido; epidídimo não estará
alterado
Traumática
Caxumba
↪O vírus da caxumba possui um receptor no
Caxumba
testículo, por isso é capaz de ultrapassar a
barreira hematotesticular
Outros vírus não ultrapassam essa
barreira e não causam orquite
↪A caxumba não ‘desce’. Essa fala se refere ao
vírus que alcança o testículo pela circulação
Geralmente bilateral
↪O paciente estará com caxumba
concomitantemente ao quadro de orquite CÂNCER DE TESTÍCULO
↪É o câncer mais comum em homens jovens –
Orquite não é sequela de caxumba
ORQUIEPIDIDIMITE: Testículo grande e Entre 15-35 anos
↪Tipo
doloroso, levemente endurecido; A principal
diferença é que nessa condição o epidídimo histológico mais comum é
estará endurecido, aumentado e dolorido adenocarcinoma
↪Alto índice de cura (97%)
A consistência normal do epidídimo é
de uma bolsa com líquido
↪Geralmente decorrente de quadros
Fatores de risco
História familiar
bacterianos
↪As bactérias primeiro causam epididimite,
Criptorquidia
Tumor contralateral prévio
entram pela uretra e posteriormente causam Infertilidade
orquite
vômito e incapacidade de evacuar ou
passar gases
Cirurgia ambulatorial
Hérnia estrangulada: Esse tipo de
hérnia pode cortar o fluxo sanguíneo
para parte do intestino. O
estrangulamento pode levar à morte do
tecido intestinal afetado
Requer cirurgia imediata
CLÍNICA: Nódulo pequeno, endurecido, em ↪As hérnias inguinais não complicadas têm
bolsa escrotal que começa a crescer
habitualmente a característica de
(consistência lenhosa ou de pedra, irregular)
redutibilidade, o que facilita o diagnóstico
↪Quando o diagnóstico da hérnia se faz em
DIAGNÓSTICO: Além do exame físico
compatível e ultrassom, podem ser dosados
vigência de um encarceramento, devem-se
marcadores tumorais
tentar manobras clínicas para sua redução e
Dosagem de alfafetoproteína (AFP)
em caso de não ser possível ou suspeita de
e beta-hCG (gonadotropina
sofrimento importante de tecidos, a cirurgia
coriônica humana)
↪Testículo NÃO pode ser biopsiado
deve ser realizada de imediato
EXAME FÍSICO: Com o paciente em pé, vir com
TRATAMENTO: Orquiectomia (cirurgia de o dedo de baixo para cima, do saco escrotal em
remoção do testículo) direção à entradinha de academia. Pede para
fazer Valsalva e verifica se a hérnia sai na ponta
HÉRNIA INGUINAL ou na lateral do dedo
↪Hérnia é um defeito na aponeurose que
deixa passar conteúdo
↪Dentro do canal inguinal passa o cordão VARICOCELE
espermático
CLÍNICA: Surge um caroço na região inguinal
aos esforços (dói), podendo retornar ao
repouso ou permanecer
↪A consistência é mole, como intestino com
fezes
Hérnia redutiva: Surge aos esforços e
retorna com o repouso
Hérnia encarcerada: Se o conteúdo da
hérnia ficar preso no ponto fraco da
parede abdominal, ele pode obstruir o
intestino, causando dor intensa, náusea,
↪ A procura normalmente é pela
infertilidade
↪O acúmulo de sangue faz com que o testículo
fique mais quente e não seja um ambiente
adequado para os espermatozoides
↪A varicocele é a principal causa de
infertilidade secundária
TRATAMENTO: Varicocelectomia (amarra as
veias)
Indicado nos casos de redução das
dimensões do testículo,
deformidade escrotal pelo grande
volume das veias varicosas ou
alterações na quantidade ou
qualidade do sêmen
Não é varicocele; Varizes escrotais
↪Varicocele é a dilatação, alongamento e
tortuosidade da veia espermática interna
(plexo pampiniforme)
↪É mais comum no lado esquerdo devido à
anatomia das veias testiculares
A veia testicular esquerda é mais longa
que a direita
A veia testicular esquerda entra na veia
renal esquerda em ângulo reto,
enquanto a veia testicular direita
desemboca na veia cava em ângulo de
45º
A veia renal esquerda é de menor CRIPTORQUIDIA
calibre que a veia cava
CLÍNICA: Paciente refere que tem 3 testículos
(forma um cordão enovelado de veias e parece
outra estrutura- com consistência de veia)
↪Não acompanha dor; Se tem dor é indicativo
de outra causa; Avisar o paciente que vai
operar a varicocele, mas a dor irá permanecer
↪Anormalidade na qual o testículo não atinge ↪Mesmo com a cirurgia, não há nenhuma
o escroto no período adequado (até 12 evidência de que o risco de malignidade
semanas após o nascimento) diminuí
↪Costuma estar associada à uma variedade de ↪Há evidências de que mesmo com o
síndromes caracterizadas por um defeito na tratamento cirúrgico precoce, o número de
produção de gonadotrofinas e na síntese ou células no testículo criptórquidico não aumente
ação de androgênios A fixação precoce minimiza os
↪Fator
efeitos da temperatura elevada
de risco para infertilidade, sobre o desenvolvimento das
malignidade, hérnia inguinal e torção de células germinativas, mas não
testículo aumenta seu número
↪O testículo não descido pode ser classificado Anamnese
de acordo com a sua localização: Existência de antecedentes familiares
Abdominal – Acima do anel inguinal Referência materna ao uso de
interno (não costuma ser palpável) esteroides no período gestacional
Inguinal – Entre o anel inguinal interno Antecedentes cirúrgicos inguinais
e externo (são palpáveis no trajeto de Síndromes que se associam à
migração descendente ou criptorquidia: Prunebelly, Kallman
exteriorizando-se pelo orifício do anel
-----------------------------------------------
inguinal externo)
Ectópico: Localizado fora do trajeto
natural de descida
Retrátil: Movimentação livre do
↪Glândulas prepuciais ou de Tyson –
testículo na linha de descida
↪DIAGNÓSTICO: A laparoscopia, embora
Fisiológicas
invasiva, é o exame padrão ouro para localizar
testículos não descidos – especialmente os não
palpáveis
Os testículos palpáveis podem ser
visualizados por meio de USG
Avaliação hormonal não auxilia no
diagnóstico, visto que o testículo tópico
apresenta produção de hormônios
praticamente normais
↪Quando a criptorquidia é bilateral e está HIPOSPÁDIA
↪Hipospádia é um defeito congênito do pênis
associada à malformação do aparelho
geniturinário (hipospádia), deve-se seguir com
avaliação genética para excluir defeitos de que resulta em desenvolvimento anormal da
diferenciação sexual uretra anterior, do corpo cavernoso e do
prepúcio
↪Etiologia desconhecida
TRATAMENTO: Cirúrgico, reposicionamento
do testículo na bolsa escrotal até o primeiro
↪Clinicamente, o meato uretral hipospádico
ano de vida
↪Na maior parte dos meninos, a descida não causa defeito significativo
↪Essa condição se relaciona à curvatura
espontânea do testículo se dá até os 3 meses de
vida. Após esse período, a possibilidade de
peniana e pode resultar em infertilidade
descida espontânea é muito pequena
↪Quando não tratado precocemente, há
secundária por dificuldade de ejaculação
inevitável e progressiva atrofia do testículo
criptórquidico
FIMOSE
↪Não mantém relação com o aumento do
risco de infecção urinária
↪Criptorquidia e hérnia inguinal são as
anomalias mais comuns associadas à
hipospádia
TRATAMENTO: O único tratamento é a ↪Incapacidade de realizar a retração do
correção cirúrgica prepúcio, impedindo a exposição da glande
O melhor momento para a cirurgia
é em torno dos 6 meses de idade no DIAGNÓSTICO: Clínico, diferenciar fimose de
neonato saudável aderência baloprepucial e do prepúcio
redundante
TRATAMENTO: Esteroides tópicos possuem
eficácia clínica de 60% e podem ser
recomendados para meninos entre 5-6 anos.
Em caso de fimose persistente, indicada
cirurgia de prostectomia
Meninos com infecção urinária de
repetição a conduta é prostectomia
↪O tratamento de hipospádias anteriores ↪Deve-se evitar manobras forçadas para
depende da preferência cultural da família da retração prepucial
criança ↪Não há indicação de tratamento cirúrgico
↪Muitos pacientes não têm defeito funcional rotineiro da fimose para prevenção de câncer
da curvatura peniana significativa e poderão de pênis
ter micção em jato reto ↪Indicações não médicas para a cirurgia são
Consequentemente, o objetivo de de ordens religiosa e social
colocar o meato uretral em sua
posição normal, dentro da glande,
pode ser essencialmente estético
↪Todo menino nasce com o prepúcio aderido ↪Acomete com mais frequência indivíduos
na glande - aderência balanoprepucial incircuncisados, portadores de fimose e com
(fisiológico, estimular que abre sozinho) más condições de higiene e nutrição
↪Outros fatores de risco: Condiloma e HPV
↪Histopatologia: Células escamosas
↪Metástases são raras e quando ocorrem a
disseminação é linfática
DIAGNÓSTICO: Paciente apresenta lesão
peniana com mau aspecto e odor, resistente a
tratamento local, evolutiva e por vezes,
exsudativa
Dor e sintomas sistêmicos são
incomuns
Diagnóstico diferencial com outras
lesões penianas
↪Biópsia: Toda lesão no pênis com >6
semanas de evolução sem melhora ao
tratamento prévio
PARAFIMOSE: Prepúcio do pênis fica retraído
e não consegue voltar a cobrir a glande ESTADIAMENTO: Classificação de Jackson –
provocando um estrangulamento/garrote Estadiamento do carcinoma de pênis
↪Trata-se de uma emergência médica que
Estadio 1: Tumor limitado à glande e/ou
prepúcio
requer avaliação rápida e possível Estadio 2: Tumor invade corpo cavernoso
descompressão cirúrgica Estadio 3: Tumor com mestástase(s) para
linfonodo(s) inguinal(is)
Reconhece-se que a extensão do
envolvimento linfonodal constitui o
fator preditivo mais importante
para sobrevida
Estadio 4: Tumor invade estrutura
adjacente ou presença de linfonodos
inoperáveis ou metástases à distância
CÂNCER DE PÊNIS
↪O câncer de pênis possui incidência elevada
na 6ª década de vida
Disfunção erétil
↪Etiologia desconhecida, no entanto,
microtraumas repetidos durante a relação
sexual são aceitos como a causa mais provável
TRATAMENTO: O tratamento da lesão peniana
visa a exérese completa do tumor com margem
de segurança de 1-2 cm
FREIO BALONOPREPUCIAL CURTO: Cirurgia
frenuloplastia
BALANOPOSTITE
PREVENÇÃO: Observou-se uma forte relação -----------------------------------------------
do câncer de pênis com o tabagismo, sendo sua
incidência até 5 vezes mais alta em fumantes
↪Outros fatores como má higiene,
balanopostite de repetição, dificuldade de
exposição da glande e infecção pelo HPV se DISFUNÇÕES ORGÁSMICAS
beneficiam da prostectomia preventiva
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico diferencial entre
OUTRAS CONDIÇÕES as disfunções orgásmicas nem sempre é fácil
pois os pacientes por vezes utilizam
DOENÇA DE PEYRONIE: Se caracteriza pela
terminologias confusas para descrever seu
formação lenta e frequentemente dolorosa de
desconforto sexual e podem não saber
uma placa fibrosa, que envolve o tecido
diferenciar orgasmo de ejaculação com clareza
↪A anamnese detalhada é indispensável e
cavernoso, levando a uma deformidade
peniana e algum grau de disfunção erétil
Presença de placa ou fibrose deve incluir fatores sociais, familiares,
Curvatura peniana durante a relação religiosos, psicogênicos e ligados ao
Dor peniana relacionamento afetivo e sexual do casal
ANORGASMIA: Paciente não consegue obter EJACULAÇÃO PRECOCE
↪Trata-se da disfunção sexual masculina mais
orgasmo na relação sexual; A ejaculação pode
ou não estar presente
Etiologia – Fundamentalmente frequente
psicogênica. Hipogonadismo e altas ↪A etiologia varia entre causas biológicas e
doses de antidepressivos também psicológicas, sendo a última a mais frequente
podem provocar o distúrbio
↪Dosagem de testosterona total, livre e
No entanto, há pouca evidência
empírica para sugerir um nexo
calculada: Permite avaliar a presença de causal entre a EP e quaisquer
hipogonadismo na anorgasmia e a reposição de fatores propostos como sua causa
testosterona deve ser indicada nos casos DEFINIÇÃO: Ejaculação precoce é o início
confirmados persistente ou recorrente de orgasmo e
ANEJACULAÇÃO: Paciente alcança o orgasmo, ejaculação com estimulação mínima antes,
mas não há saída de sêmen (orgasmo seco) durante ou logo após a penetração e antes que
o indivíduo deseje
Etiologia – DM, lesões
raquimedulares, DIAGNÓSTICO: Deve incluir uma avaliação do
prostatovesiculectomia radial, controle do tempo de latência, da angústia e/ou
cirurgias pélvicas extensas, dificuldades resultantes da EP e satisfação
esclerose múltipla, obstrução de sexual
ductos ejaculatórios Determinar a frequência dos episódios
Apenas na obstrução dos ductos a e desde quando isso é um problema
ejaculação pode ser restaurada EP Primária: Desde o início da
↪Pesquisa de espermatozoides na urina atividade sexual
EP Secundária: Desenvolvida
após a masturbação: Auxilia na diferenciação
após um período de tempo sem
entre anejaculação e ejaculação retrógada
EP
(ambas consideradas orgasmos secos)
Pouco ou nenhuma sensação de
EJACULAÇÃO RETRÓGADA: Pode ser tratada controle sobre a ejaculação
com administração de alfa adrenérgicos – baixo Baixa satisfação sexual
sucesso terapêutico e muitos efeitos colaterais Angústia/dificuldades interpessoais
Pacientes que planejam gravidez da Menor tempo médio de latência na
parceira podem colher maioria dos episódios de relação sexual
espermatozoides na urina após o A idade e/ou a duração do
ejaculado relacionamento podem estar
associadas com a frequência e o
EJACULAÇÃO DOLOROSA: O paciente
tipo de atividade sexuais de
apresenta dor perineal, genital e/ou pélvica no
uma pessoa, e estas, por sua
momento do orgasmo
vez, podem influenciar no
Etiologia – Predominantemente
tempo de latência
↪Disfunção erétil: Homens com DE podem
psicogênica. Causas orgânicas como
prostatite crônica, infecções
urogenitais pós cirurgia de reparo intencionalmente apressar a relação sexual
de hérnias inguinais e prostectomia para evitar a perda prematura de sua ereção e
radical ejacular com uma latência breve
Tratamento ↪Na ausência de uma anamnese sexual
Tratamento com antibióticos nos casos de completa, esses homens podem ser
infecção incorretamente diagnosticados com EP, em vez
Analgésicos, relaxantes musculares ou de serem diagnosticados com DE
outras medicações utilizadas em
tratamento de dor neuropática podem ser FISIOPATOLOGIA: Existem algumas
úteis evidências de correlação que sugerem que a EP
Fisioterapia pélvica primária se deve à sensibilidade alterada dos
receptores centrais de 5-HT (serotonina), ↪O tratamento com inibidores da PDE-5 pode
enquanto a EP adquirida se deve à altos níveis ser eficaz em homens com DE associada à EP,
de ansiedade sexual visto que muitas vezes essas disfunções
ocorrem juntas
↪Os PDE-5 não são eficazes no tratamento de
A hipossensibilidade dos receptores 5-HT2C
e/ou a hipersensibilidade dos receptores 5-HT1A
seriam uma possível explicação da EP primária. EP em homens sem DE
Homens com baixo nível de neurotransmissores
5-HT e uma provável hipossensibilidade dos DISFUNÇÃO ERÉTIL
receptores 5-HT2C podem ter seu limiar DEFINIÇÃO: Incapacidade persistente de obter
ejaculatório geneticamente “configurado” em e manter a rigidez peniana suficiente para
um ponto mais baixo e ejacular rapidamente permitir performance sexual satisfatória
↪Aumento da prevalência de acordo com o
com um mínimo de estimulação, ao passo que
homens com um ponto de ajuste mais elevado
podem sustentar níveis mais prolongados e envelhecimento
intensos de estimulação sexual e exercer maior
controle sobre a ejaculação. FISIOPATOLOGIA
A túnica albugínea é uma camada de tecido
TRATAMENTO conjuntivo (colágeno) resistente que
Terapia cognitiva ou sexual: envelopa os corpos cavernosos e esponjoso,
Concentra-se em percepções e com papel importante no mecanismo da
sentimentos, melhorando a ereção
comunicação entre os parceiros, Além da inervação somática, o pênis
aumentando as habilidades sexuais e a possui inervação autônoma
autoconfiança e reduzindo a ansiedade Nervos simpáticos e parassimpáticos se
relacionada ao ato juntam e formam os nervos cavernosos,
↪A ansiedade ativa o sistema nervoso
responsáveis pela inervação da
musculatura lisa dos corpos cavernosos e
simpático e reduz o limiar ejaculatório, como modulação do mecanismo de ereção e
resultado de uma fase de emissão precoce no detumescência
ciclo da ejaculação O SN autônomo simpático mantém o
Terapias tópicas: Agem por meio da estado de flacidez peniana por meio da
dessensibilização do pênis e não liberação de noradrenalina
alteram a sensação de ejaculação Quando ocorre estímulo sexual suficiente,
Lidocaína e Prilocaína há a redução dos sinais inibitórios
Deve ser aplicado pelo menos simpáticos e aumento dos sinais
20 minutos antes do contato excitatórios parassimpáticos, gerando
sexual liberação de acetilcolina
Desvantagem de também A acetilcolina atua inibindo a liberação de
anestesiar a parceira (caso não noradrenalina e estimula a liberação de
utilize preservativo) óxido nítrico (NO) – principal
Medicamentoso: Inibidores seletivos neurotransmissor associado ao processo de
da recaptação da serotonina (ISRS) tem ereção
como efeito colateral o retardo da Após a ejaculação/orgasmo ou diminuição
ejaculação. Essa classe ativa o receptor dos estímulos sexuais, ocorre predomínio
5-HT2C, eleva o ponto de ajuste do do SN autônomo simpático, diminuição da
limiar ejaculatório e retarda a liberação de NO e menor produção de GMP
ejaculação cíclico
Possui muitos efeitos colaterais O GMP cíclico atua no fechamento dos
como diminuição da libido, canais de cálcio causando diminuição da
anorgasmia, impotência/DE concentração de cálcio intracelular,
Dapoxetina é o ISRS de meia- relaxamento do músculo liso e aumento do
vida curta mais adequado para fluxo sanguíneo para os corpos cavernosos
o tratamento da EP – Pró ereção
Além disso, a enzima fosfodiesterase tipo Álcool e/ou cigarro
5, presente no tecido cavernoso, inibe a Uso de medicamentos
↪Caso
formação de GMP cíclico
o paciente não esteja em
acompanhamento regular é indicado a aferição
de PA, FC e cálculo de IMC
EXAMES
↪Pode ter origem psicogênica, orgânica ou
ETIOLOGIA
Testosterona
O exame deve ser repetido caso
mista
↪A forma mista é a mais predominante,
os valores encontrados sejam
abaixo do esperado
sugerindo uma sobreposição de etiologias Solicitar prolactina e LH
Havendo prolactinemia solicitar
Psicogênica: A inibição ocorre devido RM de sela túrcica para
aos níveis periféricos elevados de investigar a hipófise
catecolaminas presentes nos casos de Hemoglobina Glicada
ansiedade Glicemia de jejum
Orgânica: Causas vasculares, Perfil lipídico
endócrinas, neurogênicas, teciduais ou
medicamentosas TRATAMENTO
↪A resistência arterial elevada associada à Primeira linha
aterosclerose e a diminuição do fluxo peniano Inibidores da fosfodiesterase 5
formam a principal etiologia da DE orgânica Tadalafil
Sildenafil
A DE é um forte preditor de doença arterial Vardenafil
coronariana e seu desenvolvimento pode Lodenafila
↪Os IPDE5 são considerados medicamentos
preceder a ocorrência de um evento
cardiovascular em 2 a 3 anos
seguros e com efeitos adversos leves e
FATORES DE RISCO: Os mesmos para DAC toleráveis
↪Podem ser usados sob demanda, pouco
Tabagismo
HAS
DM tempo antes da relação sexual
↪Podem ser administrados diariamente em
Dislipidemia
Obesidade e sedentarismo
doses menores (5 mg), o que permite maior
Hipogonadismo
espontaneidade à atividade sexual
↪Os IPDE5 não podem ser utilizados
Radioterapia
Medicamentos: Inibidores da 5-alfa
redutase, antidepressivos, anti- concomitantemente a nitratos
hipertensivos (tiazídicos),
antiandrogênicos, anticonvulsivantes Dispositivos constritivos à vácuo
↪Anamnese com enfoque na vida sexual
DIAGNÓSTICO Segunda linha
Injeção intracavernosa
↪Entrevistar o parceiro/a também é ↪A ereção alcançada é previsível, independe
aconselhável do desejo sexual e ocorre em menos de 10
↪Questionários padronizados: Índice de
minutos
Função Erétil e Inventário de Saúde Sexual ↪As drogas utilizadas geralmente são
para Homens relaxantes da musculatura lisa e
vasodilatadoras
Questionar sobre sintomas endócrinos,
vasculares, neurológicos Terceira linha
Uso de drogas ilícitas Prótese peniana
↪A implantação da prótese costuma ser o
último recurso para o tratamento da DE,
quando outras modalidades falharam ou foram
preteridas pelo paciente