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Slides Etnico Racial

O documento aborda a diversidade étnico-racial no Brasil, destacando a importância das políticas públicas para garantir os direitos dos diferentes grupos, como indígenas e afrodescendentes. Ele discute a violação histórica de direitos, racismo estrutural e institucional, além da atuação do psicólogo em contextos de saúde, educação e assistência social. Sugestões de práticas concretas são apresentadas para promover a inclusão e a valorização das culturas tradicionais.

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Slides Etnico Racial

O documento aborda a diversidade étnico-racial no Brasil, destacando a importância das políticas públicas para garantir os direitos dos diferentes grupos, como indígenas e afrodescendentes. Ele discute a violação histórica de direitos, racismo estrutural e institucional, além da atuação do psicólogo em contextos de saúde, educação e assistência social. Sugestões de práticas concretas são apresentadas para promover a inclusão e a valorização das culturas tradicionais.

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Étnico-Racial e

Políticas Públicas
Alunas: Eva; Raimunda Karine; Laiz; Polliana; Priscylla; Thailane;
Vanessa
Conceito de Étnico-Racial
Diversidade dos Povos

O Brasil é um país de formação multicultural e


pluriétnica.
A diversidade dos povos refere-se à existência de
diferentes grupos étnico-raciais com culturas, línguas,
religiões e modos de vida distintos.
Ex: Povos indígenas, quilombolas, afrodescendentes,
comunidades tradicionais, imigrantes,
afrodescendentes, comunidades tradicionais, ciganos,
povos ribeirinhos, pescadores artesanais, extrativistas,
camponeses e comunidades de terreiro, entre outros
que compõem a riqueza cultural do país.
Direitos
Constituição Federal de 1988, que reconhece o direito à
diversidade cultural e os direitos específicos dos povos indígenas
e quilombolas.

Estatuto da Igualdade Racial


Direito a Educação
Lei 11.645/2008 (ensino da história e cultura afro-brasileira e
indígena nas escolas)
Direito a Saúde
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais.
Direito à Participação e Representação
Direito a Igualdade e ao Combate ao Racismo (Lei 7.716/1989).
Políticas Públicas
1- Violação Histórica de Direitos Indígenas
• “Programa de Civilização” (1852-1855) política
implementada por Jesuíno Cordeiro, que forçou
reassentamentos violentos no Alto Rio Negro.
• Durante a Ditadura Militar (1964-1985) — sem uma
política explícita de proteção, houve uso das Forças Armadas e
obras como Transamazônica que resultaram em massacres e
deslocamentos.

2- Obstáculos na Demarcação de Terras Indígenas


• Estatuto do Índio (1973) — teoricamente garantia
direitos territoriais, mas, segundo o texto, foi usado como
“fachada legal” para remoções e exploração.
• Projeto Calha Norte (iniciado em 1985) — ameaça à
demarcação de terras ao propor colônias indígenas e florestas
nacionais, desconsiderando a autonomia indígena.
Políticas Públicas
3- Falhas Estruturais no Acesso à Saúde
• Direito à Saúde garantido pela Constituição Federal de
1988 (Art. 196). Direito de acesso à saúde a todos os cidadãos
brasileiros, inclusive indígenas.
• Apesar disso, não há políticas específicas do governo
federal citadas como executadas eficazmente. o texto destaca a
falha na aplicação e na adaptação dessas políticas gerais às
realidades indígenas.

4- Educação Escolar Indígena e Resistência Cultural


• Modelo missionário de ensino (período colonial e
República Velha, sem data específica) política que impôs o ensino
em português, proibindo línguas indígenas.
• A mudança ocorreu a partir da década de 1970, quando
movimentos indígenas passaram a exigir a criação de escolas
diferenciadas e bilíngues, mas não é citado um programa federal
específico nesse período inicial de resistência.
Racismo Estrutural
A base invisível da desigualdade

O racismo estrutural é aquele que está entranhado nas estruturas


históricas, políticas, jurídicas e culturais da sociedade. Ele não depende
de atitudes individuais racistas, pois já está naturalizado nos modos
como as instituições funcionam e distribuem oportunidades.

Silvio Almeida (2019) define racismo estrutural como "a dimensão mais
profunda do racismo, porque independe da vontade de indivíduos e está
relacionada ao modo como o racismo organiza a sociedade como um
todo."

Características:
Histórico, invisível e reproduzido
Onde claramente está estabelecido o racismo estrurural?
Educação
Trabalho
Mídia
Racismo Institucional
A exclusão dentro das instituições

O racismo institucional acontece quando instituições públicas ou


privadas, por ação ou omissão, tratam de maneira desigual pessoas
negras, indígenas ou de outras etnias.

Características:
Ocorre no funcionamento cotidiano das instituições (saúde,
segurança, justiça, educação).
É difícil de provar individualmente, mas seus efeitos são
sistemáticos.
Muitas vezes é mantido sob o pretexto de neutralidade ou
universalidade.

Onde?
Saude e Educação
Segurança Publica
Demarcação de terras
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas
CREPOP
Atuação do psicólogo
1. Adotar um Compromisso Ético-Político
A psicologia não pode ser neutra diante das violências sofridas por povos
indígenas.
Posicionar-se contra a negligência do Estado e o racismo estrutural;
Reconhecer o impacto do colonialismo, da imposição de saberes
ocidentais e da violação dos territórios;
Atuar com base na ética do Bem Viver e nos direitos coletivos (território,
cultura, espiritualidade).
2. Respeitar e Integrar os Saberes Tradicionais
A psicologia deve romper com o eurocentrismo clínico e valorizar os
itinerários terapêuticos tradicionais;
A escuta clínica deve acolher narrativas que envolvam pajelança,
espiritualidade, ancestralidade e cosmologias próprias;
Estar aberta a escutar sem patologizar o sofrimento e as formas de
cuidado próprias do grupo.
Atuação do psicólogo CREPOP
3. Atuar com Psicologia Comunitária, Clínica Ampliada e
Intersetorialidade
Inserir-se nas comunidades com humildade e disposição para aprender com os
sujeitos;
Trabalhar com escuta qualificada em contextos de:
saúde indígena;
escolas bilíngues;
assistência social;
contexto urbano indígena;
universidades (com apoio à permanência estudantil);
Contribuir para relatórios psicossociais e cartografias afetivas que fundamentem
a luta por território e políticas públicas.

4. Construir Rede com Lideranças e Especialistas Indígenas


O psicólogo não deve se colocar como autoridade, mas como parceiro do
território e das lideranças locais;
A atuação se dá a partir de um lugar atribuído pela comunidade, e não imposto;
Trabalhar com apoio matricial, ou seja, oferecendo suporte técnico sem sobrepor
saberes locais.
Atuação do psicólogo CREPOP
5. Rever Criticamente os Modelos Clínicos e Educacionais

Questionar categorias como “aculturação”, “adaptação” e


“desenvolvimento” que deslegitimam saberes indígenas;
Reconhecer que o sofrimento psíquico indígena é também coletivo e
territorial — não apenas individual;
Valorizar práticas educativas que preservem a língua, a memória e a
identidade étnica.
6. Fomentar Formação Crítica e Antirracista em Psicologia

Trabalhar para que a formação em psicologia inclua epistemologias


indígenas e afrocentradas;
Contribuir com pesquisas e projetos que respeitem a autoria e o
protagonismo indígena;
Lutar pela presença de acadêmicos indígenas nas universidades, com
suporte e permanência qualificada.
Sugestões de Práticas Concretas CREPOP
Contexto Exemplos práticos
Saúde Roda de conversa com agentes indígenas de saúde; escuta
pós-trauma após invasões; construção de plano terapêutico
singular respeitando crenças.
Educação Apoio a professores indígenas em práticas
interculturais; oficinas sobre identidade e
pertencimento; mediação de conflitos interétnicos.
Território Elaboração de relatórios psicossociais para processos
de demarcação; cartografias afetivas com a
comunidade para mapear relações e memórias.
Universidade Grupos de apoio a estudantes indígenas; articulação
com políticas de permanência; ações de
enfrentamento ao racismo institucional.

Assistência Atuação em rede com CRAS e CREAS; acolhimento de


Social famílias indígenas em vulnerabilidade urbana; defesa por
políticas públicas específicas.
Roda de Conversa
Nome da Palestrante
Hemadana - Beatriz Aurora

Indígena do Povo Baniwa do Alto Rio Negro -


Amazonas
Graduanda em Relações Internacionais pela
Universidade de Brasília.
Diretora Assistente de Integração Social da SINUS
2025, Colaboradora Científica pela INCT
caleidoscópio UnB, estudante indígena com
trajetória em movimentos estudantis.
Atua na articulação de pautas relacionadas à
educação pública, aos direitos coletivo dos povos e
mulheres indígenas e LGBT+ e à participação política
social juvenil.
Referências Bibliografica
DAVIS, Shelton H. Diversidade cultural e direitos dos povos indígenas.
Mana, v. 14, p. 571-585, 2008.
MUNANGA, Kabengele. Educação e diversidade cultural. Cadernos Penesb,
v. 10, p. 37-54, 2010.
PIZZINATO, Adolfo; GUIMARÃES, Danilo Silva; LEITE, Jáder Ferreira.
Psicologia, povos e comunidades tradicionais e diversidade etnocultural.
Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, n. spe, p. e032019, 2019.
Almeida, S. (2019). Racismo Estrutural.
Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo.
Carneiro, S. (2003). A construção do outro como não-ser.
Ribeiro, D. (2017). O que é lugar de fala.
FUNAI e Ministério da Saúde (documentos oficiais).
DIEESE (2024)
Censo IBGE

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