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ILPIs Legal

O documento apresenta um programa de regularização jurídica para Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), visando promover a qualidade de vida dos idosos. A Sedese oferece um apoio em três passos: elaboração de documentos, mapeamento da situação legal e fornecimento de orientação jurídica. A regularização traz benefícios como transparência, credibilidade e a possibilidade de receber doações, garantindo a sustentabilidade das ILPIs.

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O documento apresenta um programa de regularização jurídica para Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), visando promover a qualidade de vida dos idosos. A Sedese oferece um apoio em três passos: elaboração de documentos, mapeamento da situação legal e fornecimento de orientação jurídica. A regularização traz benefícios como transparência, credibilidade e a possibilidade de receber doações, garantindo a sustentabilidade das ILPIs.

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ILPIs LEGAL

Programa de Regularização
Jurídica das entidades sem
fins lucrativos

O Serviço de Acolhimento para Pessoas Idosas, previsto na Resolução nº 109, de 11 de


novembro de 2009 - Tipificação dos Serviços Socioassistenciais é destinado ao acolhi-
mento para idosos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, independentes e/ou com
diversos graus de dependência. A natureza deve ser provisória e, excepcionalmente, de
longa permanência quando esgotadas todas as possibilidades de autossustento e convívio
com os familiares. É previsto para idosos que não dispõem de condições para permanecer
com a família, com vivência de situações de violência e negligência, em situação de rua e
de abandono, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
O trabalho bem realizado de uma ILPI é sinônimo de respeito, de paz, de amor ao próximo,
de parceria, de cumplicidade, de dignidade, de relação de segurança e de confiança para
os idosos e para seus familiares.
A Sedese reconhece a importância dessas entidades nos cuidados do envelhecimento em
nossa sociedade e sabe que esse pode ser um espaço privilegiado de acolhimento graças
ao seu olhar pleno e multidisciplinar sobre o tema, por isso quer promover o apoio jurídico
e de gestão das entidades sem fins lucrativos dedicadas à causa. Mas como as ILPIs se
beneficiam?
A regularização jurídica traz transparência e a possibilidade de trabalhar em rede com ou-
tras entidades, reforça a credibilidade da instituição, permite o recebimento de doações e a
participação em editais, além de outros benefícios. Assim, a ILPI ganha sustentabilidade.

O caminho é fácil, vem com a gente!


A Sedese junto com você!
A Sedese, no intuito de apoiar a promoção de quali-
dade de vida dos idosos residentes em ILIPIs, de-
senvolveu um programa de apoio à regularização ju-
rídica e de gestão das entidades em 3 passos:

Passo Elaboração de um Roteiro simplificado de documentos necessá-

01
rios.
Na próxima página a instituição encontrará o Roteiro para que possa
identificar internamente sua situação e reconhecer os pontos que
necessitam ser regularizados.
Passo Realização do mapeamento da situação legal das instituições.

02
A Sedese irá buscar as instituições por diferentes meios digitais
(email, facebook, whastapp) convidando a responderem uma
pesquisa interativa sobre sua realidade legal já identificada
internamente.
Fornecimento de apoio jurídico e de gestão para resolução dos
problemas.
Passo A Sedese firmou parceria com a Universidade Federal de Lavras

03
(UFLA) e com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) para realizar
o apoio e orientação às ILPIs. Com os dados da pesquisa de
mapeamento em mãos, os setores responsáveis de orientação das
universidades irão encaminhar um e-mail para as instituições
identificadas informando os canais de comunicação e a explicação
sobre os serviços de apoio.

Documentos necessários
1. Estatuto Social
Documento que estabelece as regras da organização da
ILPI, o qual será utilizado para obter registro junto ao
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
O estatuto deve ser redigido pelo corpo diretivo da entidade e ser
submetido à assembleia geral para aprovação. A redação do
documento deverá seguir a legislação nacional com especial
Como obter? observância do Código Civil de 2002 e do Marco Regulatório das
Organizações da Sociedade Civil (MROSC) do ano de 2014. Para
sua elaboração deve haver a participação de advogado.
ONG, OSC, instituto, entre outros, são nomes que podem ser dados
para as ILPIs, mas não correspondem à sua natureza jurídica. Esta
Saiba mais última pode ser governamental, com ou fins lucrativos ou sem fins
lucrativos.

Fique ligado! Se a instituição tem um estatuto registrado anterior ao ano de 2014 é


preciso atualizá-lo!
2. CNPJ
É um número cadastral fornecido pela Receita Federal para fins de movimentação finan-
ceira e contábil.
Após o registro do Estatuto no Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas, será fornecido, pela Receita Federal, o número cadastral
Como obter? (CNPJ). Após o registro, a instituição deve ter a assessoria de um
contador para organizar suas movimentações financeiras.

Fique ligado! Se a instituição tem filial é preciso pedir um CNPJ específico para
essa unidade!

3. Registro de entidade social


Documento que vincula a entidade à rede socioassitencial dos entes federativos.
A entidade deve providenciar o registro junto ao Conselho Nacional
de Assistência Social por meio do site www.mds.gov.br. Para obter
Como obter? esse registro, é importante que a instituição tenha um projeto com
detalhamento das ações de assistência social.

4. Roteiro de planejamento e execução


Documento que estabelece o conjunto das atividades a serem desenvolvidas no âmbito da
ILPI devendo contemplar 4 requisitos obrigatórios: apresentação dos objetivos estatutários,
indicação dos dirigentes, das condições físicas do local de funcionamento e do plano de
trabalho (vide item 10).
No momento de realizar o Planejamento, a instituição pode aproveitar a oportunidade e
confeccionar um documento mais amplo para também desenvolver seus pilares de gestão,
trançando a rota do desenvolvimento desejado de curto (1 ano) e de médio prazo (3 anos).
Este documento deve ser redigido pelo corpo diretivo da entidade.
Poderá, todavia, contar com a participação de funcionários, dos
Como obter? idosos e de seus familiares para tornar a construção mais
democrática. É possível que a confecção deste documento seja
realizada por um profissional da administração.
Para facilitar sua elaboração a Sedese e a UFV confeccionaram um
Fique ligado! modelo padrão que pode ser solicitado via e-mail: [email protected]
ou [email protected].

5. Cadastro do responsável técnico


Número de cadastro do responsável técnico que se responsabiliza pelos serviços junto ao
órgão de classe. Esse profissional pode ser de diferentes áreas sendo, no entanto, exigida
a formação em nível superior. Essa pessoa será responsável pelos medicamentos em uso
pelos idosos e também atuará junto à vigilância sanitária. Por isso, esse profissional deve
ter carga horária mínima de 20hs na instituição.
Basta realizar consulta junto ao Conselho responsável pela
Como obter? fiscalização da atividade regulamentar (ex. Conselho de
Enfermagem).

Fique ligado! O responsável técnico deve todos os anos pagar sua obrigação
financeira junto a seu Conselho para estar com sua atuação regular.
6. Cópia dos contratos dos serviços terceirizados
Se a ILPI optar por terceirizar os serviços de alimentação, de limpeza e de lavanderia, de-
verá ter os contratos de prestação de serviço com as empresas terceiras, bem como seus
respectivos alvarás sanitários.
O contrato de prestação de serviço é elaborado entre as partes
Como obter? contratantes. O modelo a ser adotado depende do objeto de
pactuação.

Fique ligado! Ao formalizar o contrato com o prestador de serviço não esqueça de


solicitar também a cópia de seu alvará sanitário.

7. Alvará sanitário da ILPI


Documento que comprova as condições físico-sanitárias do imóvel a ser utilizado para aco-
lhimento. Em regra, este documento possui validade de 1 ano devendo ser renovado peri-
odicamente.

Como obter? A solicitação desse documento deve ser realizada junto à Vigilância
Sanitária do município em que se localiza a ILPI.

8. Alvará de localização e funcionamento


Documento emitido pela prefeitura que autoriza o funcionamento do local e da atividade
solicitada.
Deve ser apresentado na Prefeitura a planta do imóvel onde irá
funcionar a ILPI, cópia do IPTU pago, cópia documentos pessoais
Como obter? (CPF e RG) dos responsáveis pela entidade e declaração da
atividade que se pretende desenvolver.
Se a ILPI já está em funcionamento e ainda não detém o Alvará de
Fique ligado! Localização e Funcionamento, deverá seguir o mesmo procedimento,
mas também deverá pagar uma multa.

9. Contrato de prestação de serviço com a pessoa idosa


Documento que constitui a base de direitos e de deveres estabelecido entre a ILPI e o idoso
em acolhimento.
Pode ser livremente pactuado pelas partes devendo, no entanto,
observar algumas disposições mínimas como: objeto da contratação,
Como obter? descrição dos serviços contemplados, preço, prazo e as obrigações
legais previstas no artigo 50 do Estatuto do Idoso.

10. Plano de trabalho


No plano de trabalho deve constar os procedimentos operacionais padrões (POP) que se-
rão adotados nas unidades. Este documento deve priorizar a normatização de trabalhos
repetitivos que são realizados diariamente na instituição.
Este documento deve ser redigido pelo corpo diretivo da entidade
com o apoio dos diferentes profissionais que atuam na ILPI (ex.
Como obter? enfermeiro, professor de arte, músico, psicólogo etc.) como forma de
melhorar a eficácia das ações realizadas. A interdisciplinaridade é
fundamental para a criação de um plano de trabalho sustentável.
11. Cadastro junto ao Conselho do Idoso
É obrigatório registro da entidade junto ao Conselho do Idoso (art. 48, parágrafo único do
Estatuto do Idoso), o qual deverá ser realizado preferencialmente no âmbito municipal ou,
na sua falta, no âmbito estadual ou federal.
É preciso verificar as regras de orientação no âmbito do Conselho em
que se quer realizar a inscrição. Em regra, é preciso preencher
formulário próprio e apresentar cópia do Estatuto registrado, cópia da
Como obter? ata de eleição dos membros da diretoria e de seus documentos
pessoais (CPF e RG), cópia do CNPJ atualizado, cópia do alvará
sanitário e do cadastro na assistência social.
Os Conselhos dos Idosos são órgãos colegiados de caráter
deliberativo e permanente que têm como competências: promover a
cooperação entre o poder público e a sociedade civil organizada na
Saiba mais formulação e na execução de políticas públicas direcionadas aos
idosos. Além disso, compete aos Conselhos avaliar e deliberar sobre
a aplicação dos recursos oriundos dos Fundos do Idoso.

Legislação básica aplicável


▪ Constituição Federal – em especial o art. 230
▪ Lei nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994 - Dispõe sobre a política nacional do idoso,
cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências
▪ Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, art. 1º - Estatuto do Idoso
▪ Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Dispõe sobre a organização da Assistên-
cia Social e dá outras providências (LOAS).
▪ Decreto 9.893, de 27 de junho de 2019 - Dispõe sobre o Conselho Nacional dos Di-
reitos da Pessoa Idosa.
▪ Decreto n° 9.921, de 18 de julho de 2019 - Consolida atos normativos editados pelo
Poder Executivo Federal que dispõem sobre a temática da pessoa idosa (revogou o
Decreto nº 1.948, de 03 de julho de 1996).
▪ Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005, da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
▪ Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, do Conselho Nacional de Assistên-
cia Social
▪ Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006 - Política Nacional de Saúde da Pessoa
Idosa

Elaboração: Stefania Vaccaro (Gegop/UFLA); Renata Valladão (Gegop); Lívia Furtado Borges (Gegop); Revisão: Juliana de Fa-
tima Oliveira (CEPID); Simone Martins (Gegop/ UFV); Rodrigo Marques da Costa (CEPID) e Pedro Eni Lourenço Rodrigues(UFV).
Diagramação: Pedro Eni Lourenço Rodrigues (UFV)

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