Ao encontrar animais silvestres fora de seu habitat natural ou em áreas urbanas, é
essencial agir com responsabilidade para garantir a segurança tanto do animal quanto das
pessoas. As orientações seguem princípios e diretrizes voltadas à proteção da fauna
silvestre, da GCA (Gestão de Controle Ambiental), do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e de outros órgãos ambientais costumam
seguir essas diretrizes principais:
1. Não se aproxime nem tente tocar
- Mesmo que o animal pareça dócil ou ferido, evite contato direto.
- Eles podem se sentir ameaçados e reagir de forma agressiva.
- Alguns podem transmitir doenças.
2. Não alimente o animal
- Isso pode interferir nos hábitos naturais e causar dependência de humanos.
- Pode causar danos na saúde do animal.
3. Evite tocar ou manipular o animal
- Além do risco de zoonoses (doenças transmitidas por animais), isso pode causar estresse
ou ferimentos.
4. Evite fazer barulho ou movimentos bruscos
- Isso pode estressar o animal ou provocar uma reação agressiva ou de fuga, o que pode
ser perigoso tanto para ele quanto para você.
5. Evite aglomerações ou tumulto no local.
- Isso pode assustar ou estressar ainda mais o animal.
6. Se estiver em uma estrada ou área de risco, sinalize o local.
- Isso pode evitar atropelamentos ou outros acidentes.
7. Observe à distância e tente identificar o comportamento.
- Está ferido? Desorientado? Ameaçador? Isso ajudará na hora de comunicar as
autoridades.
8. Acione os órgãos competentes.
- IBAMA: 0800 61 8080
- Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros ou Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
- Algumas regiões também têm centros de triagem ou resgate de fauna.
Condutas específica, com base nos princípios da Gestão de Controle Ambiental (GCA) e
boas práticas ambientais.
Passarinhos (aves em geral)
- Se estiver saudável, não tente pegar.
- Se caiu do ninho, observe: se for filhote com penas, os pais podem estar por perto. Se
possível, recoloque no ninho ou em uma caixinha suspensa utilizando luvas.
- Se estiver ferido ou não conseguir voar, coloque-o com cuidado, utilizando luvas, em uma
caixa de papelão com furos e pano macio, e acione um órgão ambiental.
Sapos (ou rãs e pererecas)
- São inofensivos na maioria dos casos e não devem ser tocados (muitos liberam
substâncias tóxicas pela pele).
- Deixe que sigam seu caminho. Caso estejam em local fechado, abra uma rota de fuga
(portão, porta) sem tocá-los.
- Se for preciso remover, use uma pá ou papelão e luvas — sempre com cautela.
Morcegos
- Se estiver voando, não tente espantar com objetos — apenas saia do ambiente.
- Se estiver caído ou preso dentro de casa, apague as luzes e abra janelas/portas.
- Nunca toque: podem transmitir raiva. Se houver contato, procure orientação médica
imediatamente.
- Chame as autoridades caso não saia do local
Ratos silvestres (não urbanos)
- Diferente dos ratos urbanos, esses podem aparecer em matas ou áreas rurais.
- Não tente capturar — mantenha distância e isole o local.
- Não confunda com gambás ou cuícas, que também podem parecer pequenos roedores.
- Chame a vigilância sanitária ou órgão ambiental local.
Lagartos (como teiús ou pequenos calangos)
- São importantes para o equilíbrio ecológico e não representam risco.
- Evite tocá-los. Se estiverem dentro de casa, abra janelas/portas e deixe que saiam.
- Se estiverem presos, use uma caixa para guiá-los com delicadeza para fora.
Capivaras
- São animais de grande porte e podem morder se se sentirem ameaçadas.
- Nunca tente alimentar, tocar ou se aproximar.
- Se avistar uma em área urbana, não buzine ou tente espantá-la, isso pode causar
acidentes.
- Comunique a guarda ambiental ou o órgão responsável.
Gambás (sariguês, cuícas)
- São animais importantes para o controle de pragas e ecossistema — raramente atacam.
- Se estiverem em telhados ou quintais, evite barulho e luz direta.
- Não tente capturar, mesmo que pareçam lentos — podem morder ou liberar secreções.
- Acione a secretaria de meio ambiente ou zoonoses.
Condutas caso esses animais estejam machucados, sendo importante agir com cautela e
responsabilidade
Conduta geral ao encontrar um animal silvestre ferido:
1. Não tente tratar por conta própria.
- Eles têm necessidades muito diferentes de animais domésticos.
- Uso de remédios, comida ou água pode piorar o quadro.
2. Evite contato direto.
- Use luvas, pano ou caixa, se realmente for necessário conter o animal.
- Mesmo machucado, ele pode morder, arranhar ou carregar zoonoses.
3. Coloque com cuidado em uma caixa ventilada.
- Use papelão com furos e forro de pano limpo.
- Mantenha a caixa em local calmo, escuro e arejado.
4. Aja rápido: acione os órgãos responsáveis.
- IBAMA: 0800 61 8080
- Corpo de Bombeiros: 193
- Secretarias de Meio Ambiente, Polícia Ambiental, ou centros de triagem de fauna (CETAS).
- Em algumas cidades, a vigilância sanitária ou zoonoses também pode ajudar.
Orientações para animais específicos:
1.Passarinho ferido
- Se não voa ou tem asas caídas, coloque com cuidado em caixa com pano.
- Não ofereça comida ou água.
- Contate centros de reabilitação de aves ou órgão ambiental local.
2.Sapo ferido
- Use luvas ou um pano úmido para colocá-lo em caixa.
- Não molhe o animal — sua pele é sensível.
- Acione o órgão ambiental ou universidade que tenha laboratório de herpetologia.
3.Rato silvestre ferido
- Evite contato direto — mesmo com luvas.
- Não manipule se ele estiver muito agitado ou sangrando.
- Isolar e chamar o controle de zoonoses ou CETAS é o mais seguro.
4.Morcego ferido
- NUNCA toque diretamente. Pode transmitir raiva.
- Cubra com um pano e coloque em caixa com muito cuidado, se for absolutamente
necessário.
- Use luvas grossas. Após qualquer contato, procure orientação médica imediata.
- Ligue para vigilância sanitária ou IBAMA.
5.Lagarto ferido
- Use uma caixa ou balde para contê-lo com delicadeza.
- Evite puxar ou forçar — pode agravar ferimentos.
- Mantenha em local calmo e escuro até o resgate.
6.Capivara ferida
- Não tente se aproximar. Perigo real de mordida.
- Se possível, mantenha o local seguro e sinalizado.
- Ligue imediatamente para órgãos ambientais ou bombeiros.
7.Gambá ferido
- Não toque. Podem estar desorientados e morder.
- Se precisar conter, use pano grosso ou caixa, com muita calma.
- Chame zoonoses ou guarda ambiental.
INFORMAÇÕES AGRUPADAS/RESUMIDAS
(IDEAIS DE COMO USAR EM FOLHETO)
+ Por que proteger a fauna silvestre?
Animais silvestres são fundamentais para o equilíbrio ambiental. Eles controlam pragas,
dispersam sementes, polinizam plantas e mantêm cadeias alimentares funcionando.
Quando aparecem em áreas urbanas, estão muitas vezes fugindo da destruição de seus
habitats naturais.
Respeitar a fauna é preservar o meio ambiente e a saúde pública.
+ Animais silvestres nas cidades: por que isso é normal?
A urbanização avança, mas os animais silvestres continuam presentes. Muitos se
adaptaram aos espaços urbanos por causa da oferta de abrigo, água e alimento (inclusive
lixo). Outros, simplesmente, já viviam ali antes da cidade crescer.
Espécies como passarinhos, sapos, morcegos, gambás, lagartos, ratos silvestres e até
capivaras fazem parte do ecossistema urbano e têm papéis ecológicos importantes,
mesmo que nem sempre percebidos.
Convivência equilibrada é responsabilidade de todos!
+ Encontrou um animal silvestre? Veja o que fazer:
- Mantenha a calma e observe à distância.
- Nunca toque, alimente ou tente capturar.
- Não use objetos para afugentar.
- Se possível, registre fotos à distância (ajuda no resgate).
- Entre em contato com os órgãos ambientais
+ Animal ferido: como agir com segurança?
Animais feridos sentem dor e medo! — e podem reagir de forma agressiva.
- Não tente medicar ou oferecer água/comida.
- Use luvas ou pano apenas se for seguro.
- Acomode em caixa de papelão ventilada com pano limpo.
- Nunca manuseie morcegos, ratos ou animais potencialmente agressivos.
- Evite exposição ao sol, barulho e estresse.
- Acione um centro de triagem de fauna ou órgão competente.
+ Conheça melhor seus vizinhos silvestres
1. Passarinhos (sabiás, bem-te-vis, rolinhas)
- Costumam fazer ninhos em árvores e telhados.
- Se um filhote cair, tente colocá-lo de volta ao ninho ou improvise uma caixinha elevada.
- Se ferido, coloque em caixa forrada e ligue para o resgate.
2. Sapos e rãs
- Vivem próximos à água e ajudam a controlar insetos.
- Não são venenosos na maioria dos casos, mas liberam secreções que irritam olhos e pele.
- Deixe que sigam seu caminho ou ajude com uma pá (usando luvas).
3. Ratos silvestres (cutias, ratos-do-mato)
- Diferenciam-se dos ratos domésticos por hábitos e aparência.
- Evite contato. Se estiver ferido ou invadindo residências, isole e acione zoonoses.
4. Morcegos
- Polinizam plantas e comem muitos insetos.
- Costumam entrar em casa por engano. Apague as luzes e abra janelas para que saiam.
- Podem transmitir raiva. Nunca toque.
5. Lagartos (calangos, teiús)
- Vivem em jardins e muros, se alimentam de insetos e pequenos animais.
- São inofensivos. Se estiverem em local fechado, conduza com cuidado para fora.
6. Capivaras
- Vivem em beiras de rios e parques urbanos.
- São dóceis, mas não devem ser tocadas ou alimentadas — podem transmitir doenças
graves.
7. Gambás (sariguês, cuíca)
- Comem insetos, frutas e pequenos roedores.
- Se estiverem em forros ou telhados, não tente retirar sozinho. Ligue para zoonoses.
+ Saiba mais: o risco das zoonoses
Animais silvestres podem ser portadores de doenças transmissíveis aos humanos —
chamadas zoonoses — mesmo sem apresentar sintomas. Algumas comuns na fauna
urbana:
- Raiva: morcegos, gambás
- Leptospirose: roedores
- Febre maculosa: capivaras
- Salmonelose: aves
Por isso, respeitar a distância é também uma medida de saúde pública.
Não toque em animais silvestres! — mesmo os que parecem inofensivos.
+ Como evitar conflitos com a fauna urbana
- Não deixe lixo e restos de comida expostos.
- Feche caixas d’água e forros.
- Mantenha lotes e terrenos limpos.
- Preserve árvores e arbustos, são abrigo natural.
- Eduque crianças: observar sim, tocar não.
CONTATOS IMPORTANTES!!
- IBAMA: 0800 61 8080
- Corpo de Bombeiros: 193
- Polícia Ambiental: 190 ou número local
- Secretaria de Meio Ambiente / Zoonoses Municipal
- Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS)