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Resumo Aula 7

O documento aborda conceitos fundamentais da Economia do Setor Público, incluindo definições de Estado, Governo e Administração Pública. O Estado é descrito como uma entidade soberana composta por povo, território e governo, enquanto a Administração Pública é dividida em direta e indireta, com suas respectivas características e funções. A Administração Direta é composta por órgãos do Poder Executivo, enquanto a Indireta inclui entidades autônomas como autarquias e empresas estatais.

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Resumo Aula 7

O documento aborda conceitos fundamentais da Economia do Setor Público, incluindo definições de Estado, Governo e Administração Pública. O Estado é descrito como uma entidade soberana composta por povo, território e governo, enquanto a Administração Pública é dividida em direta e indireta, com suas respectivas características e funções. A Administração Direta é composta por órgãos do Poder Executivo, enquanto a Indireta inclui entidades autônomas como autarquias e empresas estatais.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

Faculdade de Economia, Atuárias, Administração, Contabilidade e


Secretariado - FEAAC
EF0427 – Economia do Setor Público – T02 – 2024.1
Professor Almir Bittencourt

UNIDADE 1 CONCEITOS BÁSICOS


Estado, Governo, Administração Pública, Características do Regime
Jurídico de Direito Público, Administração Direta, Administração
Indireta.

Estado

É pessoa jurídica territorial soberana. Pessoa jurídica é a unidade de pessoas


naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins,
reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações.
ESTADO = POVO + TERRITÓRIO + GOVERNO SOBERANO
O Estado constitui os seguintes elementos que devem ser definidos para
melhor entendimento do tema abordado:
• Soberania: significa dizer que o Estado é soberano, possui poder
supremo de decisão e representação nacional e internacional.
Politicamente autônomo.
• Povo: indivíduos que possuem a mesma origem, cultura, costumes e
tradições.
• Território: seria o espaço geográfico da jurisdição do Estado.

Poder é atributo do Estado, função é o modo do Estado manifestar sua


vontade, órgão é o instrumento de que se vale o Estado para exercitar suas
funções.

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Território é o espaço físico em que o Estado exerce sua soberania. A
soberania, no âmbito interno, é o poder supremo consistente na capacidade
de autodeterminação e, no âmbito externo, é a prerrogativa de receber
tratamento igualitário na comum. Os poderes do Estado se dividem em três:
a. Executivo: serve para operar e assegurar as leis que devem ser
cumpridas.
b. Legislativo: cria o ordenamento jurídico, como emendas
constitucionais, leis complementares e leis ordinárias, podendo ser no
âmbito federal, estadual ou municipal.
c. Judiciário: julga e condena em sanções os que infringem as leis.

Além dos poderes, o Estado também possui funções para o bom


desenvolvimento da sociedade, são elas:

a. Função Administrativa ou Executiva: Exercida por indivíduos que


foram delegados para tais ofícios, que segue uma organização e
hierarquia. Presente em todos os poderes citados acima.
b. Função Legislativa ou Normativa: Realizada pelo Poder Legislativo
por meio de edição do ordenamento jurídico, observando a
Constituição (que dispõe de todas as diretrizes para o sistema
jurídico).
c. Função Jurisdicional: Exercida pelo poder judiciário. Somente o
Estado possui esta função, o poder de coerção e de decisões de modo
cabal, transitando em julgado quando cessar a perspectiva de recursos.

Governo

É o conjunto de órgãos e as atividades que eles exercem na sentido de


conduzir politicamente o Estado, definindo suas diretrizes supremas. Não

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se confunde com a Administração Pública em sentido estrito, que tem a
função de realizar concretamente as diretrizes traçadas pelo Governo.
Portanto, enquanto o Governo age com ampla discricionariedade, a
Administração Pública atua de modo subordinado.

Sistema de Governo é o modo como se relacionam os poderes Executivo e


Legislativo. Existem os seguintes sistemas de governo: Presidencialista e
parlamentarista.

Por isso a importância do estudo para contribuir com o entendimento de


diferenciação entre eles, enquanto o Estado é o ente de representatividade de
sujeito de obrigações e direitos quanto à sociedade, o Governo seria um
instrumento daquele para melhor funcionamento, responsáveis pela gestão
pública.

Administração Pública

A palavra "administrar" significa não só prestar serviço, executá-lo, mas


também dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um
resultado útil; e até, traçar um programa de ação e executá-lo.
Basicamente, são dois os sentidos em que se utiliza mais comumente a
expressão Administração Pública:

a) em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela designa as pessoas


jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer a função
administrativa em qualquer um dos Poderes.

b) em sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza


da atividade exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração

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Pública é a própria função administrativa que incumbe,
predominantemente, ao Poder Executivo. Ex: serviço público, fomento,
poder de polícia, intervenção na propriedade.

A Administração Pública, sob o aspecto subjetivo, é o conjunto de agentes,


órgãos e entidades instituídos para a consecução dos objetivos do governo.

Administração Pública

A palavra "administrar" significa não só prestar serviço, executá-lo, mas


também dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um
resultado útil; e até, traçar um programa de ação e executá-lo.
Sob o aspecto objetivo, a administração abrange o conjunto de funções
necessárias para a realização dos serviços públicos, que visam a atender aos
interesses coletivos.
São características do regime jurídico de direito público:
• submissão integral ao princípio da legalidade, uma vez que a
Administração Pública só é exercida nos limites impostos pela lei;
• impessoalidade, sendo dever do agente público agir com neutralidade no
exercício da função administrativa e dispensar tratamento igualitário aos
cidadãos, sem favoritismos ou perseguições;
• publicidade, ou seja, divulgação oficial dos atos e procedimentos
administrativos como forma de assegurar a transparência das ações do
poder público e propiciar o conhecimento e o controle pelos
administrados;
• moralidade, que consiste em agir com honestidade, lealdade e boa-fé no
desempenho da função pública, pois nem tudo que é legal é honesto;

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• eficiência, princípio relacionado à obtenção de resultados da
Administração Pública, de enfoque gerencial, que visa à qualidade do
serviço público.
A Administração Pública pode ser dividida em Administração Direta e
indireta.

Administração Direta

A Administração Pública direta é o conjunto de órgãos ligados


diretamente ao Poder Executivo, em nível federal, estadual e municipal.
Esses órgãos são subordinados ao chefe do poder a que pertencem, isto é,
existe uma hierarquia entre eles.

Os órgãos da administração direta são pessoas jurídicas de direito público


e têm autonomia. Nesse caso, os serviços públicos são prestados por seus
próprios meios, ou seja, sem a criação de nova personalidade jurídica

Exemplos de órgãos da administração direta


• Nível federal: Presidência da República e seus ministérios,
Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
• Nível estadual: Governo estadual e suas secretarias, Assembleia
legislativa, Ministério Público Estadual e Tribunal de Justiça.
• Nível municipal: Prefeitura e suas secretarias, Câmara dos
Vereadores e o procurador do município.

se constitui de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, que são


divididos conforme as especificidades e competências de cada área do
serviço público a ser prestado, em um processo de desconcentração
administrativa. Esta consiste em uma distribuição interna de competências,

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sem acarretar a criação de uma nova pessoa jurídica. Assim, imputam-se ao
Estado os atos praticados por seus órgãos, já que estes não possuem
personalidade jurídica própria.

Administração Indireta

A administração indireta é o conjunto de órgãos que prestam serviços


públicos e estão vinculados a uma entidade da administração direta, mas
possuem personalidade jurídica própria, isto é, têm CNPJ próprio.
A criação de organizações vinculadas ao Estado, mas autônomas e
descentralizadas dos entes federativos é resultado da complexificação das
funções estatais e da necessidade de fornecer flexibilidade na prestação dos
serviços públicos.

Essa descentralização tem como objetivo aumentar a eficiência e a eficácia


das atividades administrativas e serviços de interesse coletivo.
No caso dos órgãos da administração indireta, embora não haja hierarquia
ou controle hierárquico, as entidades estão sujeitas ao controle e
fiscalização do Estado.

A Administração Pública Indireta é composta por entidades que possuem


personalidade jurídica própria e são responsáveis pela execução de
atividades administrativas que necessitam ser desenvolvidas de forma
descentralizada, de forma a favorecer a eficiência e a especialização no
exercício da função pública.

As entidades da Administração Indireta abrangem as autarquias, as


fundações públicas e as empresas estatais — empresas públicas e sociedades
de economia mista —, que atuam com autonomia administrativa e financeira,

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vinculadas (e não subordinadas) a um órgão da Administração Direta para
os efeitos de controle de finalidade. Ressalte-se que todas as entidades da
Administração Indireta estão sujeitas ao controle estatal.

Autarquias: as autarquias são criadas por lei para prestar serviços públicos
típicos do Estado ou para exercer atividade de regulação ou fiscalização
(agências reguladoras), possuem personalidade jurídica de direito público,
patrimônio próprio e capacidade de autoadministração. Exemplos: Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) e o Banco Central do Brasil (BACEN).

Fundações públicas: são criadas por lei e podem ser entidade de direito
público ou privado. Sua atividade fim deve ser de interesse público e essas
organizações não podem ter fins lucrativos.
Exemplos: Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

Empresas públicas: são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por


autorização legal e administradas pelo poder público. O capital das
empresas públicas é exclusivamente público. Essas empresas prestam
serviço de interesse coletivo e exercem atividades econômicas. Ex:
Embrapa, Caixa Econômica Federal – CEF.

Sociedades de economia mista: pessoas jurídicas de direito privado,


criadas sob a forma de sociedade anônima e compostas por capital público
e privado. A maior parte das ações dessas empresas são do Estado. Assim
como as empresas públicas, prestam serviços públicos e exercem atividades
econômicas. Exemplos: Banco do Brasil e Petrobras.

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Empresas estatais, trata-se de denominação genérica que compreende
principalmente as empresas públicas e sociedades de economia mista,
entidades de direito privado, as quais dependem de autorização legislativa
para serem criadas ou extintas. Possuem patrimônio próprio, gozam de
autonomia administrativa e financeira e podem ser criadas para prestar
serviço público ou explorar atividade econômica.

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