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O documento aborda a expansão territorial do Brasil durante a colonização portuguesa, destacando o povoamento inicial, expedições militares, bandeirismo e a atuação dos jesuítas. A pecuária também é discutida como um fator crucial na economia colonial, especialmente no Nordeste e Sul do Brasil. Conflitos entre colonos e indígenas foram comuns durante esse processo de ocupação e exploração.

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O documento aborda a expansão territorial do Brasil durante a colonização portuguesa, destacando o povoamento inicial, expedições militares, bandeirismo e a atuação dos jesuítas. A pecuária também é discutida como um fator crucial na economia colonial, especialmente no Nordeste e Sul do Brasil. Conflitos entre colonos e indígenas foram comuns durante esse processo de ocupação e exploração.

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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOMES FREIRE DE ANDRADE

Expansão Territorial - Colonização Portuguesa

Ana Carolina, Daiane, Milena, Sofia, Valentina e Vicente

Turma: 221
Disciplina: Historia

Teutônia, Abril, 2025

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1- INTRODUÇÃO E POVOAMENTO
O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, sua
formação foi resultado de um processo complexo que envolveu diversos agentes
sociais e foi marcada por muitos conflitos com os povos indígenas.​
Estima-se que a população do Brasil Colonial variava entre 70 mil e 100 mil
habitantes, se dividindo entre o litoral e o interior do país. No fim do século XVI a
população se espalhava pela extensa crosta, desde Natal até Cananéia, e só a
partir da metade do século XVII, que seu interior e litoral norte ganharam forte
ocupação. Diferentes grupos foram responsáveis por essa territorialização,
destacando-se os exploradores em expedições militares, os bandeirantes, os
jesuítas missionários e os criadores de gado.

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2- Expedições Militares
A expansão patrocinada pelo governo, denominada expansão oficial, consiste
em expedições militares que o governo português organizava durante todo o início
da colonização para ocupar as terras brasileiras que estavam sob ameaça de
estrangeiros, principalmente franceses e espanhóis.
No fim do século XVI, as forças expedicionárias fortificaram-se no litoral norte
e nordeste, combatendo com grupos que resistiam à ocupação colonial. Essa
expansão deu origem a diversas cidades importantes como Filipéia de Nossa
Senhora das Neves (atual cidade de João Pessoa), Forte dos Reis Magos (atual
cidade de Natal), Fortaleza de São Pedro (atual cidade de Fortaleza) e Forte do
Presépio (atual cidade de Belém).
​ Em meados do século XVII, as expedições militares foram direcionadas mais
para o interior do país, com o objetivo de fazer do Rio Tietê uma linha estratégica
que conciliaria a ocupação do oeste e sudoeste, e a prevenção de avanços
espanhóis, porém, essas expedições não respeitaram o Tratado de Tordesilhas.

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3- Bandeirismo: Expansão pelo Interior do Brasil
A partir do século XVII, particulares organizaram expedições chamadas
bandeiras, principalmente a partir da vila de São Paulo. Essas expedições
buscavam expandir o território, capturar indígenas, combater rebeliões e buscar
metais preciosos.

Tipos de bandeirismo:

●​ Apresamento: captura de indígenas para escravização;


●​ Sertanismo de contrato: combate a rebeliões e captura de escravos fugitivos;
●​ Prospecção: busca por ouro e pedras preciosas;

Durante o domínio holandês (1637-1654), a escassez de escravos africanos


aumentou a captura de indígenas. Isso fez de São Paulo um centro do bandeirismo.
Os indígenas capturados trabalhavam em lavouras e no transporte de mercadorias.
Bandeirantes atacaram aldeamentos jesuítas, até mesmo fora do Brasil,
como no Paraguai e Argentina. Em resposta, os jesuítas armaram os indígenas para
defender as missões, conseguindo resistir por um tempo.

3.1 Sertanismo de Contrato e Prospecção Mineral


As bandeiras ligadas ao sertanismo de contrato partiam majoritariamente das
cidades de Salvador, Recife e Olinda, intensificando-se após a expulsão dos
holandeses do território colonial. Nesse contexto, com a reorganização do tráfico
negreiro e a gradual redução da escravização indígena, autoridades coloniais,
senhores de engenho e pecuaristas passaram a contratar os bandeirantes como
seu “braço armado” em situações específicas, como a repressão de rebeliões
indígenas e a captura de escravizados fugitivos, especialmente aqueles reunidos
em quilombos. Como resultado dessas ações, milhares de indígenas foram
massacrados e extensas áreas do interior foram despovoadas, possibilitando sua
posterior ocupação por fazendas de gado.
As bandeiras de prospecção mineral, por sua vez, ganharam destaque na
segunda metade do século XVII, período em que a Coroa portuguesa enfrentava

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uma grave crise econômica, em parte provocada pelas invasões holandesas.
Visando estimular a exploração de metais preciosos, o governo português ofereceu
incentivos como recompensas materiais, concessão de títulos de nobreza e até
perdão judicial por crimes cometidos. A descoberta de pequenas quantidades de
ouro em regiões das atuais cidades de São Paulo, Curitiba e Paranaguá, no início
do século XVII, motivou a organização de novas expedições rumo ao sertão.
Nesse cenário, destaca-se a expedição liderada por Fernão Dias Pais, que
partiu de São Paulo em 1674 e passou sete anos explorando a região do atual
estado de Minas Gerais. Embora tenha encontrado apenas pedras de turmalina, sua
trajetória foi seguida por outras bandeiras que, posteriormente, descobriram jazidas
de ouro significativas.

Dentre as principais descobertas auríferas realizadas por bandeirantes,


destacam-se:
●​ Antônio Rodrigues Arzão, que encontrou ouro em Minas Gerais, por volta de
1693;
●​ Pascoal Moreira Cabral, responsável pela descoberta em Mato Grosso, por
volta de 1719;
●​ Bartolomeu Bueno da Silva, que identificou jazidas em Goiás, por volta de
1725

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4-Jesuítas:A fundação de aldeamentos no interior
Os jesuítas, sacerdotes da Companhia de Jesus fundada por Inácio de
Loyola em 1534, tinham como objetivo espalhar a religião católica pelo mundo. No
século XVI, eram vistos como "soldados do catolicismo". Com essa missão, o
primeiro grupo de jesuítas chegou ao Brasil em 29 de março de 1549, liderado por
Manuel da Nóbrega.

4.1 Missões jesuíticas


​ Desde 1549, os jesuítas atuaram na catequização dos indígenas no Brasil,
criando aldeamentos em terras doadas pelo governo. Nesses locais, ensinavam a
religião católica, a língua portuguesa e valores europeus, combatendo práticas
indígenas como a poligamia e os rituais dos pajés. A rotina incluía missa, trabalho
agrícola e artesanal para os adultos, e educação moral e religiosa para as crianças.
No norte da colônia, os indígenas também extraíam produtos naturais valiosos,
gerando lucros para os jesuítas. Por isso, as missões se tornaram alvo dos
bandeirantes, que capturavam os índios aculturados para o trabalho escravo.

4.2 Revolta de Beckman


Durante o período colonial, houve divergências entre colonos e jesuítas. Isso
gerou conflitos, como a chamada Revolta de Beckman.
Na época da União Ibérica (1580-1640), jesuítas conseguiram com a metrópole
normas que proibiam o ataque e a escravização dos nativos.
A partir de 1650, a Capitania do Maranhão começou a passar por grave crise
econômica, provocada pela redução dos preços do açúcar. Sem condições de pagar
por escravos africanos, os senhores do engenho da região organizaram tropas para
invadir aldeamentos jesuítas e capturar indígenas para o trabalho escravo. Isso
provocou o protesto dos jesuítas e do governo português, que reafirmaram a
proibição da escravização desses indígenas.
O Governo português criou então a Companhia Geral do Comércio do Estado
do Maranhão (1682), para oferecer mão de obra para a Capitania. A companhia,
porém, não conseguiu cumprir seus compromissos, agravando a crise da mão de
obra.

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Um grupo de senhores do engenho maranhenses, liderado por Manuel Beckman,
organizou um movimento para acabar com a Companhia e com a influência dos
jesuítas. Queriam também obter autorização de Portugal para escravizar os
indígenas. A rebelião eclodiu em 24 de fevereiro de 1684.
Os rebeldes construíram um governo provisório e o irmão de Manuel Beckman,
Tomás, foi para Lisboa expor a situação para o rei de Portugal. O rei não aceitou a
situação e ordenou a prisão de Tomás, e enviou ao Maranhão um novo governador,
Gomes Freire de Andrade, em 1685. Chegando lá, Andrade mandou enforcar
Manuel Beckman e outros líderes do movimento.
Apesar da reação, a metrópole mudou a política da região, os jesuítas
puderam retornar ao Maranhão e a Companhia do Comércio foi extinta, além da
escravidão de indígenas ser autorizada em alguns casos.

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5- Pecuária e o povoamento do sertão nordestino e do sul

A pecuária desempenhou um papel crucial na economia colonial brasileira.


Além de fornecer carne e couro para a população, os animais também eram
utilizados como meio de transporte. Diferente da produção de açúcar, que visava o
mercado externo, a pecuária atendia principalmente ao mercado interno, partindo
dos padrões mercantilistas da época. A metrópole portuguesa pouco a incentivava
na prática, porque destinava à exportação uma parte do couro produzido entre o
Maranhão e a Bahia.

Em 1701, com o objetivo de impulsionar a produção açucareira, a


administração portuguesa chegou a proibir a criação de gado numa faixa de 80
quilômetros a partir da costa. Essa medida obrigou os pecuaristas a instalar suas
fazendas no interior, em áreas menos propícias à agricultura de exportação. Dessa
forma, a pecuária se desenvolveu principalmente na Caatinga, no Nordeste, e nas
Campinas do Sul.

5.1 Pecuária Nordestina

Segundo historiadores, as primeiras criações de gado do Brasil surgiram no


Nordeste. Além de couro e carne fresca, os pecuaristas nordestinos produziam
carne-seca (salgada e seca ao sol), que devido ao sal, conservava-se por mais
tempo, possibilitando sua comercialização em locais distantes. Durante a expansão
das fazendas de gado pelo interior nordestino, ocorreram diversos conflitos entre
colonos e indígenas, que resistiram à invasão de suas terras.

A partir do século XVIII, a pecuária nordestina entrou em declínio devido à


concorrência da criação de gado em Minas Gerais, que abastecia as zonas
mineradoras, e também devido às secas de 1791 e 1793.

5.2 Pecuária Sulina

Nas Campinas do Rio Grande do Sul, a pecuária encontrou um clima


favorável ao seu desenvolvimento, dando origem a uma sociedade pastoril. Nas
estâncias, o trabalho era realizado pelo capataz e pelos peões (em sua maioria,

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brancos, indígenas e mestiços assalariados). Em geral, o dono da estância e sua
família comandavam diretamente o trabalho pecuário.

Até fins do século XVIII, a principal finalidade da criação de gado bovino foi a
produção de couro. Grande parte da carne do gado abatido era desperdiçada, pois
não havia mercado consumidor significativo para ela. Por volta de 1780, no Rio
Grande do Sul, a produção de charque (carne salgada e seca) deu um grande
impulso ao comércio de carne. A produção de leite era pequena, bem diferente da
de Minas Gerais. Por outro lado, o sul, por ser mais frio, era a única região que
produzia e consumia manteiga. Além da criação de gado, era importante no Rio
Grande do Sul a criação de cavalos e, principalmente, de mulas. As mulas eram
muito vendidas para Minas Gerais e se tornaram um meio de transporte essencial
nas áreas de mineração, que tinham muitos terrenos acidentados.

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REFERÊNCIAS

COTRIM, Gilberto. História Global. api.plurall.net, 2016. Disponível em:


https://api.plurall.net/media_viewer/documents/1592659.

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