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A sociedade mineradora brasileira, surgida no final do século XVII, transformou a economia colonial com a descoberta de jazidas de ouro, mas também gerou desigualdade social e dependência do trabalho escravo. O declínio da produção aurífera no final do século XVIII, devido ao esgotamento das jazidas e altos impostos, levou a uma crise econômica e ao surgimento de movimentos de contestação como a Inconfidência Mineira. A urbanização e as mudanças sociais resultantes desse ciclo deixaram um legado importante na história do Brasil.

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A sociedade mineradora brasileira, surgida no final do século XVII, transformou a economia colonial com a descoberta de jazidas de ouro, mas também gerou desigualdade social e dependência do trabalho escravo. O declínio da produção aurífera no final do século XVIII, devido ao esgotamento das jazidas e altos impostos, levou a uma crise econômica e ao surgimento de movimentos de contestação como a Inconfidência Mineira. A urbanização e as mudanças sociais resultantes desse ciclo deixaram um legado importante na história do Brasil.

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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOMES FREIRE DE ANDRADE

SOCIEDADE MINERADORA

EMILLI, GUSTAVO, ISABELA, MANUELA, MIGUEL, KAUANY E THAIS

TURMA:221
DISCIPLINA: HISTÓRIA

TEUTÔNIA, ABRIL 2025


1.INTRODUÇÃO:

A sociedade mineira brasileira surgiu no final do século XVII, com a descoberta de


grandes jazidas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Essa descoberta transformou
a economia colonial,fazendo da mineração a principal atividade da época. A busca por ouro
atraiu não apenas portugueses e colonos de outras regiões, mas também aumentou o tráfico
de pessoas escravizadas da África, que eram essenciais para o trabalho nas minas.
Cidades como Ouro Preto e Mariana cresceram rapidamente e se tornaram centros
urbanos importantes. Ao contrário do ciclo do açúcar, que era mais rural, a mineração trouxe
uma dinâmica social econômica, marcada pelo comércio e pela presença da Igreja e do
controle da Coroa portuguesa. Essa sociedade era extremamente desigual: enquanto os
“barões do ouro” acumulavam riquezas, os escravizados e trabalhadores livres viviam em
condições precárias.
Além de suas consequências econômicas, a mineração influenciou a cultura brasileira. A
arquitetura colonial floresceu com igrejas barrocas e um estilo artístico que misturava
influências europeias e locais. A religiosidade nas cidades mineradoras refletia uma fusão das
crenças africanas com práticas católicas.
No entanto, a exploração intensa das minas levou ao esgotamento dos recursos
auríferos na segunda metade do século XVIII, resultando no declínio das cidades mineradoras.
Muitos trabalhadores migraram para outras áreas em busca de novas oportunidades.

O QUE ERA A SOCIEDADE MINERADORA?

A sociedade mineradora é uma empresa que se dedica à extração de recursos


minerais, como ouro, ferro, cobre, entre outros. Essas empresas têm a função de explorar
as riquezas naturais encontradas no subsolo, realizando todo o processo que vai desde a
pesquisa para descobrir onde os minerais estão localizados até a extração e venda desses
materiais.
As sociedades mineradoras podem ser de diferentes tipos, mas geralmente são
organizações que possuem grande estrutura e capital. Elas podem ser sociedades
anônimas ou limitadas, conforme a legislação do país em que operam. A principal atividade
dessas empresas é a mineração, que envolve atividades como a prospecção (busca e
estudo de locais ricos em minerais), a extração (remover o mineral do solo) e a
comercialização (venda do produto mineral para indústrias ou outros mercados).
Além disso, as sociedades mineradoras precisam seguir uma série de regras e
regulamentos, principalmente no que diz respeito à preservação ambiental e à segurança dos
trabalhadores. A mineração pode causar impactos negativos ao meio ambiente, como a
degradação do solo e a poluição da água, e por isso, essas empresas devem adotar práticas
que minimizem esses efeitos e garantam a sustentabilidade
​​ O DECLÍNIO DA PRODUÇÃO AURÍFERA

No período colonial, o ouro teve um papel muito importante para o Brasil. A descoberta
de grandes jazidas no final do século XVII, principalmente em Minas Gerais, fez com que a
economia da colônia mudasse bastante. Muitas cidades cresceram e uma nova elite surgiu,
mas toda essa riqueza dependia do trabalho escravo e da exploração intensa da natureza.
Com o tempo, a produção de ouro começou a cair, trazendo várias consequências para o
Brasil.
A queda na produção de ouro aconteceu por vários motivos:
Esgotamento das jazidas: As minas mais ricas começaram a acabar com o tempo, diminuindo
a quantidade de ouro disponível.
Técnicas de mineração pouco eficientes: Os métodos usados eram simples e não
conseguiam extrair ouro das áreas mais profundas.​
Aumento dos custos de extração: Com o ouro mais difícil de encontrar, a mineração ficou
mais cara e menos lucrativa.​
Altos impostos cobrados por Portugal: A Coroa portuguesa cobrava taxas pesadas, como o
"quinto", e isso desmotivou os mineradores.​

Controle rígido sobre o comércio: As regras impostas dificultavam a venda e o transporte do


ouro.​
Descontentamento da população: O descontrole e a exploração geraram revoltas, como a
Inconfidência Mineira (1789).​
Concorrência internacional: Novas descobertas de ouro em outros países (como na
Califórnia e na Austrália) diminuíram o valor do ouro brasileiro no mercado mundial.

ADMINISTRAÇÃO EM MINAS

Durante o ciclo do ouro, que teve grande importância no Brasil colonial, a Coroa
portuguesa precisava controlar a extração do ouro e garantir a arrecadação dos impostos de
forma eficiente. Para isso, em 1702, foi criada a Intendência das Minas. Este órgão tinha como
objetivo fiscalizar a exploração do ouro, cobrar impostos e organizar a distribuição das terras
para mineração.

A Intendência das Minas tinha várias responsabilidades, como:

Fiscalização da mineração: Acompanhava as atividades dos mineradores para garantir que


seguissem as regras estabelecidas pela Coroa portuguesa.​
Cobrança de impostos: O principal imposto era o quinto, que correspondia a 20% de todo o
ouro extraído.
Distribuição das datas: As terras auríferas eram divididas em lotes chamados datas, que
eram atribuídas aos mineradores. O tamanho dessas datas dependia do número de escravos
que o minerador possuía, o que favorecia os mais ricos, tornando o sistema desigual e
excludente.​

No entanto, o sistema de administração da mineração enfrentava desafios, como o


aumento do contrabando e da sonegação de impostos. Para combater esses problemas, em
1735, a Intendência das Minas foi substituída pelas Casas de Fundição. Essas casas tinham a
função de derreter o ouro extraído, retirar o imposto devido à Coroa e transformá-lo em barras
com um selo oficial, garantindo sua legalidade.

DESENVOLVIMENTO DA URBANIZAÇÃO
O ciclo do ouro, iniciado no final do século XVII com a descoberta de jazidas em Minas
Gerais, teve um impacto significativo no Brasil colonial. A mineração tornou-se a principal
atividade econômica do país durante o século XVIII, atraindo milhares de pessoas em busca de
riqueza e ascensão social. Esse movimento gerou um aumento populacional expressivo,
especialmente nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, transformando a
organização territorial e social da colônia.
O crescimento da população e a crescente demanda por infraestrutura para sustentar a
atividade mineradora resultaram na fundação de diversas vilas e cidades, o que contribuiu
diretamente para o processo de urbanização. Além disso, o surgimento de mercados
consumidores, serviços urbanos, construção civil e atividades artesanais ajudaram a consolidar
uma sociedade mais urbana e estruturada nas regiões mineradoras. A urbanização no Brasil
colonial não foi movida apenas por fatores econômicos, mas também pela mobilidade social,
que, embora limitada, parecia mais acessível do que em outras partes da colônia. Contudo, a
busca pelo enriquecimento rápido levou muitos a se endividarem, gerando uma tensão social
que também se refletiu nas produções artísticas da época, especialmente no Arcadismo. Além
das transformações sociais, o ciclo do ouro também trouxe mudanças políticas e
administrativas.
A Coroa portuguesa implementou impostos, como o "quinto", que exigia 20% do ouro
extraído, e o imposto de capitação sobre os escravos. A importância da mineração foi tamanha
que, em 1763, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, visando
facilitar o controle sobre a atividade mineradora. Contudo, o ciclo do ouro também gerou
conflitos, como a Guerra dos Emboabas, a Revolta de Vila Rica e a Inconfidência Mineira, que
expressaram as contradições da sociedade mineradora. Com o declínio da mineração no final
do século XVIII, muitos dos habitantes das regiões mineradoras migraram para a agricultura e
pecuária, mas a urbanização deixada por esse período se manteve como um legado importante
na história do Brasil.

CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE MINERADORA

Durante o ciclo do ouro, a sociedade mineradora se desenvolveu com várias


características marcantes. Era uma sociedade muito desigual, onde poucos eram ricos e
controlavam as minas e o comércio, enquanto a maioria era formada por pessoas escravizadas
que faziam o trabalho pesado. Também existiam pequenos comerciantes, artesãos e alguns
ex-escravizados tentando melhorar de vida. Mesmo com tanta desigualdade, havia uma
pequena chance de subir na vida, mas isso era difícil por causa do preconceito social e racial.
A sociedade mineradora refletia um cenário de contrastes: luxo e pobreza, arte e
exploração, festa e sofrimento. A presença forte da Igreja Católica e o florescimento do barroco
mineiro marcaram culturalmente esse período. Mesmo com suas desigualdades, essa
sociedade deixou importantes contribuições para a história, a arte e a cultura do Brasil.

​ ​ OCUPAÇÃO DO SERTÃO

As sociedades mineradoras desempenham um papel essencial na economia mundial,


sendo responsáveis pela extração de diversos recursos minerais que alimentam indústrias e
mercados ao redor do mundo. No entanto, essa atividade envolve muitos desafios,
principalmente em relação aos impactos ambientais e à segurança dos trabalhadores. A
mineração pode causar danos ao meio ambiente, como a degradação do solo e a poluição da
água, e, por isso, é fundamental que essas empresas sigam regulamentos rigorosos para
mitigar esses efeitos. Este trabalho busca explorar como as sociedades mineradoras devem
conciliar sua função econômica com a responsabilidade ambiental e social.
Embora as sociedades mineradoras desempenhem um papel crucial na economia, elas
precisam adotar práticas responsáveis para minimizar os impactos negativos da mineração,
como a degradação ambiental e os riscos à saúde dos trabalhadores. Seguir as normas de
segurança e preservação ambiental é imprescindível para garantir que a atividade mineradora
seja realizada de maneira sustentável, equilibrando os interesses econômicos com a
responsabilidade social e ambiental. A adoção de tecnologias e processos mais eficientes e
menos prejudiciais ao meio ambiente é um passo essencial para o futuro da mineração.

​ CRISE NA SOCIEDADE MINERADORA

No final do século XVIII, a sociedade mineradora brasileira passou por um período de


grande crise, especialmente na região de Minas Gerais, que até então era o centro da atividade
aurífera no país. A mineração de ouro havia sido, por décadas, o principal motor da economia
colonial e um dos maiores atrativos para a ocupação e crescimento da região. No entanto, com
o esgotamento das jazidas mais acessíveis, a produção começou a cair, provocando sérias
consequências sociais, econômicas e políticas. Este trabalho analisa os principais efeitos
dessa crise e como ela contribuiu para o surgimento de movimentos de contestação ao domínio
português, como a Inconfidência Mineira.

A crise da sociedade mineradora no final do século XVIII marcou um momento decisivo


na história colonial do Brasil. O declínio da produção de ouro revelou a fragilidade de uma
economia baseada em um único recurso e trouxe desemprego, pobreza e descontentamento
para a população. Ao mesmo tempo, a queda na arrecadação de impostos afetou diretamente
os interesses da Coroa portuguesa. Esse cenário de tensão e insatisfação foi o pano de fundo
para o surgimento de movimentos como a Inconfidência Mineira, que buscavam mudanças
profundas na estrutura política e econômica da colônia. Assim, a crise da mineração não só
abalou a economia, como também fortaleceu o desejo de liberdade e autonomia entre os
colonos

REFERÊNCIAS:

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/.mineiracao-no-brasil-colonial.htm

qconcursos.com

cursinhoparamedicina.com.br

https://historialuso.an.gov.br/

periodicos.ufmg.br

https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/historiab/mineiracao-no-brasil-colonial.htm

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