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Doutrina de Emprego PM

O documento aborda a doutrina de emprego da Polícia Militar, destacando seus objetivos, origem histórica e componentes essenciais. A disciplina visa compreender o sistema de segurança pública e as atribuições da polícia, enfatizando a importância da aplicação de conceitos operacionais. Além disso, discute a evolução dos modelos policiais e a necessidade de adaptação às demandas sociais e políticas.

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Doutrina de Emprego PM

O documento aborda a doutrina de emprego da Polícia Militar, destacando seus objetivos, origem histórica e componentes essenciais. A disciplina visa compreender o sistema de segurança pública e as atribuições da polícia, enfatizando a importância da aplicação de conceitos operacionais. Além disso, discute a evolução dos modelos policiais e a necessidade de adaptação às demandas sociais e políticas.

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DOUTRINA DE EMPREGO POLICIAL MILITAR

TC WLADIMIR DENKEWSKI
20 h/a
AVALIAÇÃO - Prova 80% - Trabalho em Sala 20%

DIA 20/05/2025
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
● Compreender o objetivo do sistema nacional de segurança pública e defesa social e
as atribuições constitucionais de cada órgão participante
● Entender os conceitos da Diretriz nº 016/2024 sabendo aplicá los no comando tático
operacional
● Entender a importância da aplicação correta dos conceitos e variáveis que envolvem a
estratégia operacional para a polícia militar.

REFERÊNCIAS
● Diretriz 016 2024
● Texto Cel Amauri
● Texto Cel. Denkewski
● Texto C
● Livro Cel. Valter e Conde
● Lições de Estratégia Operacional para a polícia militar - Hélio tenório dos santos
● A melhoria do desempenho policial - cel. nazareno
● Doutrina de emprego de PM e BM - cel. valla
● Segurança pública baseada em evidências - Alberto Kopittke
● CRFB 1988
● PNSP
● Lei orgânica
● parecer gm 025
● Constituição do Paraná
● Política estadual de segurança pública e defesa social

AVALIAÇÃO
● 20% trabalhos em sala
● 80% nota de prova.
Pirâmide de William Glasser sobre a aprendizagem.

OBJETIVOS DA AULA
● Relembrar a origem histórica do modelo policial militar brasileiro, compreendendo o
papel das PPMM
● Reconhecer os componentes da doutrina de emprego policial militar
ORIGENS HISTÓRICAS DO MODELO POLICIAL
MILITAR BRASILEIRO
● O QUE É POLÍCIA?
○ Max Weber: monopólio da coação legítima sobre determinado território.

● Principais funções eram:


○ Manter a ordem dos exércitos do Rei.
○ Policiamento das Estradas;
○ Capturar desertores.

DOIS MODELOS HISTÓRICOS DE POLÍCIA NO MUNDO OCIDENTAL:


● Francês (Gendarmerias) Século XVIII.
● Inglês (Robert Peel); 1829.

MODELO FRANCÊS
● Século XVIII - Gendarmerias
● Origens nas Maréchausse XII ou XVI.
● 1789: Revolução Francesa - alteração da nomenclatura;
● Perdeu suas atribuições judiciais.
● Foi modelo para diversas forças policiais da Europa.
● Modelo dual: Gendarmerie e Polícia Nacional - ambas com ciclo completo de polícia
(texto de apoio);
○ Das Marechaussee para a Gendarmerie foi uma sutil mudança, com poucas
funções alteradas (se desligaram do poder judiciário). Eles mudaram isso
porque, depois da Revolução Francesa, tudo o que vinha do rei era mal visto.
Isso fez com que precisasse mudar essa nomenclatura, mas sem uma grande
mudança de atuação.
○ A grande diferença do modelo dual francês (uma polícia militar e outra civil),
que foi copiado por Portugal e veio para o Brasil, é que na França o modelo
dual é de ciclo completo para as duas polícias.

MODELO INGLÊS
● Modelo Inglês - 1829
● Acreditava mais em um severo código criminal e sanções exemplares.
○ Na Inglaterra, acreditavam que as leis severas e um poder judiciário que
funcionava eram mais importantes para manter a ordem do que uma polícia.
Isso justifica o porquê de a polícia ser organizada tão tardiamente.
● Necessidade: 1778 - Catholic Relief Act;
○ Foram manifestações, ataques a parlamentares, figuras eminentes
perseguidas, depois da promulgação da lei que dava direito aos católicos
romanos, Catholic Relief Act, que mostrou que a lei, sem uma polícia que
atuasse coativamente, não conseguiria fazer com que ela perdesse.
● George Gordon - abaixo-assinado da associação Protestante - 1780;
○ Atos de revolta com perseguição de parlamentares geram a necessidade de
uma força coativa.
● 1785 William Pitt: proposta negada de criação de uma polícia profissional - resistência
ao modelo francês.
● 1786 - Irlanda, Dublin, Police Act;
● 1829 - Polícia Metropolitana de Londres;
○ Cor de uniforme diferente (azul), sendo que na França era verde. Polícia
desarmada e policiais que respeitassem o cidadão, não podendo “se meter”
naquilo que não eram chamados. Não se envolver naquilo para o qual não foi
chamado para não perder sua autoridade. Quando precisasse atuar, deveria
sempre respeitar os direitos de cada um. Modelo que serviu de exemplo para a
polícia canadense e estadunidense, num primeiro momento.

BRASIL
● Atribuições policiais eram descentralizadas (quadrilheiros e capatazes).
● 1808: vinda da família real;
○ 1808 - considerada a criação da Polícia Civil
● 13 de maio de 1809 - Criação da Divisão Militar da Guarda Real da Polícia.
● 1866 - Houve a divisão da força policial
○ Corpo Civil - Guarda Urbana, subordinada ao Chefe de Polícia e ao Poder
Judiciário.
○ Corpo Militar - encarregada da defesa interna, preservação da segurança
pública e defesa externa.
● Regime militar: aquarteladas (até 1969), usadas para a proteção do Estado;
○ Ao contrário do que muitos acreditam, as polícias militares não foram criadas
no regime militar, mas sim deixaram de ser aquarteladas neste período,
passando a ser usadas na proteção do Estado contra os comunistas
● DL 667/1969: extinção das guardas civis;
○ Mas a visão era muito mais voltada à proteção do estado contra os comunas, e
foi quando a polícia saiu dos quartéis.
● 1988: Policiamento nas ruas, proximidade com o cidadão.

COMPONENTES DA DOUTRINA DE EMPREGO PM


DOUTRINA DE EMPREGO PM - CONCEITO *PROVA*
● Doutrina é o conjunto estruturado e sistematizado de valores, princípios, diretrizes
e normas, que tem por finalidade estabelecer as bases para a organização, o
preparo e o emprego da corporação com vistas ao cumprimento de sua destinação
legal, em consonância com os contextos sociais, com as necessidades da
população e orientações baixadas pelas expressões políticas do Poder Nacional e
do Estado.
○ Legislação - constitucionalmente, a missão das polícias militares é a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública (art. 144, §5º).
○ Contexto social;
○ Necessidades da população.
○ Expressão Política do Poder Nacional e do Estado - a fiscalização das ordens
e das leis sempre poderá ser exercida pela Polícia Militar. A sanção nem
sempre acontecerá, pois isso pode demandar convênios.
○ Valores.

LEGISLAÇÃO
● O Artigo 144 da CF é o principal para a disciplina, fala sobre o Sistema Nacional de
Segurança Pública.
● Missões das polícias militares (polícia ostensiva e preservação da ordem pública)
● O objetivo comum do sistema de segurança pública nacional é a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
● SE A ATRIBUIÇÃO ESPECÍFICA DA PM (PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA)
TAMBÉM É OBJETIVO DO SISTEMA (ART. 144), QUER DIZER QUE, SE ALGUM
DOS ÓRGÃOS NÃO ESTIVER CUMPRINDO SUA MISSÃO, CABERÁ À PM, A
COMPETÊNCIA SUBSIDIÁRIA, PARA CUMPRI-LA. CASO NÃO HAJA ÓRGÃO
PARA A ATIVIDADE NECESSÁRIA, HÁ ENTÃO A COMPETÊNCIA RESIDUAL DA
PM.
● Constituição Estadual fala no artigo 46 (sistema) e art. 48 a função específica da
PMPR.
Art. 46, CE-PR. A segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos é
exercida, para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio,
pelos seguintes órgãos:
Art. 48, CE-PR. À Polícia Militar, força estadual, instituição permanente e regular, organizada
com base na hierarquia e disciplina militares, cabe a polícia ostensiva, a preservação da ordem
pública, o policiamento de trânsito urbano e rodoviário, de florestas e de mananciais, além de
outras formas e funções definidas em lei.
● Lei nº 22.354 - 15 de abril de 2025 - NOVA LOB

CONTEXTO SOCIAL
● O contexto social modifica a forma de aplicação da PM - exemplo: fazer uma operação
Lei Seca na saída da Munchen Fest em Ponta Grossa. Essa operação é motivada por
qual situação? Precisa ser aplicado com base em alguma situação específica.
● Não tem a ver com legislação, mas sim com “devo fazer?”. Se devo fazer, “como
fazer?”. Quem deve ser chamado ao processo para que ele aconteça de maneira mais
proveitosa para a PM.
● Aqui é mais a prudência de como fazer e quando fazer.
● O emprego da tropa deve levar sempre em consideração o contexto social.

NECESSIDADES DA POPULAÇÃO
● É importante ouvirmos as necessidades.
● Não é plausível a aplicação do policiamento baseado somente em estatística.
● Precisamos sempre ter foco, objetivo, quando vamos fazer a aplicação de um
policiamento. Por exemplo, o cartão programa não serve para prender a viatura na
área, mas sim para reduzir os índices de criminalidade.

EXPRESSÃO POLÍTICA DO PODER NACIONAL E DO ESTADO


● Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
FATORES POLÍTICOS: Refere-se à capacidade de influência na política
governamental pela PMPR e inclui.
I) políticas de governo na gestão do orçamento e das finanças afetas à PMPR,
II capacidade de investimento na PMPR;
III prioridades na definição das demandas institucionais que o governo deseja
desenvolver por meio de políticas, projetos e atualização legislativa;
IV) nível de estabilidade política para realizar mudanças estruturais na PMPR.
● A expressão política do governo federal e estadual influencia na nossa forma de agir.
● A forma de atuar da PM será influenciada pelas políticas nacional e estadual em vigor.
● Inclusive, para pedir emendas parlamentares, é necessário estar ligado na política.

MISSÃO, VISÃO E VALORES


● Valores: Representam aquilo que é essencial e significativo para cada pessoa.
Exemplo: "O que é importante para você, também é importante para mim" — como
concluir a faculdade ou alcançar o sucesso profissional.
● Princípios: São os meios que orientam o comportamento para atingir os valores
desejados. Exemplo: "Manter o silêncio para permitir a concentração e, assim,
conquistar a formação acadêmica."
● Diretrizes: São orientações práticas que ajudam a colocar os princípios em ação.
Exemplo: "Definir quais aparelhos podem ou não ser utilizados, a fim de garantir o
ambiente de silêncio necessário."
● Normas: Conjunto de regras específicas que viabilizem o cumprimento das
diretrizes. Exemplo: "Estabelecer horários e dias da semana para manter o ambiente
silencioso e contribuir com a realização dos valores individuais e coletivos."

VALORES DA PMPR
● Proteção da Sociedade
○ A proteção da sociedade como primeiro valor no mapa estratégico indica que
estamos tentando caminhar para a o modelo inglês de policiamento, em
que a proteção da sociedade é muito mais importante, e vem primeiro, do
que a proteção ao Estado e às instituições
● Ética Profissional
○ Não criticar infundadamente os companheiros de serviço. Não buscar meios
ilícitos para ser promovido na frente dos companheiros.
● Espírito Militar
○ Muito além da estética. Coragem. A coragem, destemor em frente ao perigo,
não é justificativa para colocar a própria vida em risco e/ou vida de terceiros.

SALA DE AULA INVERTIDA (SORTEIO):


● VULNERABILIDADES E AMEAÇAS
○ VULNERABILIDADES
■ São brechas, pontos fracos na estrutura social/ Falta de recurso, de
eficiente
■ Falhas que deixam a porta aberta para a ameaça
■ Falhas na nossa rede de proteção
○ AMEAÇAS
■ Antagonismos - ações humanas
■ Adversidades - coisas da natureza
■ Riscos físicos (crime e desastre) ou psicológicos (medo)
● Quanto mais entendemos nossas vulnerabilidades, mais
inseguros ficamos, pois ficamos mais cientes delas.
● EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE DEFESA SOCIAL (3 CONCEITOS)
○ DEFESA SOCIAL CLÁSSICA
■ Grécia antiga - repressão - reativa
■ Apenas reagir e punir
■ - focada na punição pelo direito penal
○ NOVA DEFESA SOCIAL -
■ Pós segunda guerra - só punir não adiantava
■ Faltava prevenção e tratamento
■ Justiça criminal passa a ser algo mais social, para atender e prevenir,
antes de punir
○ NOVÍSSIMA DEFESA SOCIAL -
■ Anos 80
■ Amplitude - restringir vulnerabilidades e mitigar todas as ameaças que
assustam a sociedade
■ Sair do combate ao crime para gestão de riscos sociais
● AMEAÇAS MODERNAS (SÃO 5)
○ Exclusão social (marginalizados de questões básicas - saneamento,
alimentação)
○ Criminalidade
○ Desastres (naturais e por intervenção humana)
○ Desídias sociais (deixar o problema tornar-se grande, greves, paralisações -
erro, negligência sabotagem)
○ Comoções sociais (distúrbios, terrorismo)
● PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
○ Tutela do Estado para preservação do bem coletivo sobre o cerceamento do
individual
■ Ferramenta chave do estado, do poder de limitar alguns direitos
individuais para o bem da coletividade
■ Poder de polícia administrativa pode ser feita pela saúde, pela vigilância
sanitária
■ Difere que a Polícia Militar tem a força de polícia, que pode utilizar o
poder de polícia por meio da coerção
■ Polícias militares atuam prevenindo e contendo

DIA 28/05/2025
REVISÃO DA AULA ANTERIOR
● Origem histórica do modelo policial militar brasileiro
○ O Modelo Francês, do qual derivou o modelo Português, é dual, mas de ciclo
completo territorial.
■ Existem os ciclos completos em razão da matéria (baseada nas
infrações penais) que foi a proposta da FENEME, dando os crimes de
menor potencial ofensivo para a PMPR, mudando o código de processo
penal, alterando de crimes de até 2 anos de pena máxima em abstrato
para 4 anos de pena máxima em abstrato, o que incluiria o furto para a
PMPR também. Além disso, as prisões em flagrante também ficariam a
cargo da PMPR a persecução criminal.
● TC Denkewski acredita, hoje, que o modelo de ciclo completo de
polícia que melhor se encaixaria para o Brasil é o ciclo completo
por matéria.
○ Modelo Inglês - demorou para ser criado porque acreditavam que um código
penal rígido era suficiente para manter a ordem, até que teve uma grande
comoção interna contra uma lei que dava direito aos católicos, que gerou
manifestações e perseguição a autoridades, sendo criado uma polícia única,
de modelo civil, desarmada, com o foco no cidadão e intervenção mínima.
○ 1808 criada a polícia civil no Brasil e em 1809 a polícia militar no Brasil
■ 1969 a polícia militar saiu das ruas, mudando a sua atuação, para a
proteção o estado, com policiamento ostensivo, contra os comunistas
■ 1988 - polícia mais voltada ao cidadão, com a observação dos direitos
individuais - constituição cidadã
● ORDEM PÚBLICA - Componentes da Doutrina de Emprego PM
○ Legislação
○ Contexto Social
○ Necessidades da População
○ Expressão Política e do Poder Nacional do Estado
○ Valores

OBJETIVOS DA AULA DE HOJE


Compreender o objetivo do Sistema Nacional de Segurança Pública e Defesa Social
identificando as atribuições de cada órgão participante;
● Discutir sobre os diversos entendimentos a respeito dos conceitos de segurança
pública e defesa social;
● Discutir a respeito dos conceitos de poder de polícia e ordem pública;
● Reconhecer a diferença entre manutenção e preservação da ordem pública.

CONCEITO DE ORDEM PÚBLICA


O que é ordem pública - conjunto de regras formais que emanam do ordenamento
jurídico da nação. Não são só regras formais, mas temos regras informais, valores e
costumes, segurança pública, ex. no litoral uma mulher ou um homem de roupas de banho
estão tudo bem, mas em determinada região do estado vai perturbar a ordem pública, isso
nos obriga a agir, agora quando deixamos de agir na tranquilidade pública?
● Segurança Pública
● Tranquilidade pública
○ teoria da broken window, como a criminalidade começou a subir, a polícia
deixou de cuidar do “dingo” para cuidar das questões da criminalidade, como
● Salubridade pública
dignidade da pessoa humana VULNERABILIDADES E AMEAÇAS
- vulnerabilidade interno, e ameaças externo

DEFESA SOCIAL
DEFESA SOCIAL CLÁSSICO - punir criminosos
NOVA DEFESA SOCIAL - prevenção e tratamento: prender e tentar ressocializar.
A NOVÍSSIMA DEFESA SOCIAL - proteção social - sai do crime e olha todas as ameaças na
sociedade. Sugere a criação de uma coordenadoria de defesa social, abraçado por várias
secretarias.

E QUAL O PAPEL DA POLÍCIA NA NOVÍSSIMA DEFESA SOCIAL?

AMEAÇAS MODERNAS:
- EXCLUSÃO SOCIAL
- Marginalizados ou marginais
- O marginalizado - está à margem dos direitos
- O marginal - é o criminoso a margem da lei
- Eu posso ter um marginalizado que não está à margem da lei e posso
ter um marginal que não é marginalizado - exemplo crimes de colarinho
branco.
- Inserção social
- Ex. na festa de debutante eu apresentava a filha à sociedade, era um
ritual de inserção social, mas no nosso contexto tenho uma pessoa que
apresenta falhas, e eu preciso corrigir as falhas para reinserir a pessoa
a sociedade
- Reintegração social
- É o caso do criminoso que precisa ser preparado para voltar à
sociedade.

- CRIMINALIDADE
- Crime organizado:
- Crimes comuns:
- Desordem social:
- Subnotificação; ficar abordando traficante na biqueira não vai resolver o
problema da comunidade, talvez a biqueira cause outros crimes.

- DESASTRES
- Desastres naturais
- Pandemia
- Prevenção, preparação, resposta e reconstrução

- DESÍDIAS SOCIAIS
- É a interrupção dos serviços sociais
- Perturbação ou início de grave perturbação da ordem
- Fenômenos naturais
- Sabotagem provocadas pelo próprio homem.
- Desídia social é quando o estado ainda está atuando, o nosso papel é
cumprir as ordens da justiça: greve dos caminhoneiros, greve dos motoristas, a
polícia tem que trabalhar para garantir que esses serviços não parem,
exemplo quando faltou combustível para as viaturas na greve dos
caminhoneiros. A polícia militar tem papel fundamental

- COMOÇÃO SOCIAL
- Pode ser resultado da evolução de uma desídia social, ou por terrorismo ou
outro fator, que o Estado não dê conta mais de atuar sozinho, precisando do
apoio federal (GLO)
- Grave perturbação da ordem
- Comando das forças federais - GLO
- Decorrente da interrupção de serviços essenciais
- Manifestações

CONCLUSÃO
● Padronização de conceitos - DNAISP;
● Organização dos participantes – liderança situacional;
● Novíssima Defesa Social:
○ “Conjunto de atividades de restrição de vulnerabilidades e de mitigação de
ameaças à sociedade, visando à tranquilidade social”.

O SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA E


DEFESA SOCIAL
● Coronel Amauri Meireles faz um texto tentando colocar todos os conceitos nas suas
devidas caixinhas, por isso é importante a leitura deste texto, o que precisa ser
observado para a nossa disciplina, pois compreender os conceitos são fundamentais.

● O que é sistema?
○ Conjunto de órgãos interdependentes, harmônicos, que se relacionam
entre si e que têm um objetivo comum. (DECORAR PARA A PROVA)
○ Qual é o objetivo comum do SUSP?
■ Caput do art. 144 da CF
● Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio

● SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL


○ Objetivos - preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas (art.
144 caput)
○ Membros da Segurança Pública (art. 144, incisos)
○ Atribuições dos órgãos (art. 144, parágrafos)

PEC DAS GUARDAS MUNICIPAIS


Art. 144.
VII - guardas ou polícias municipais;
VIII - agentes de trânsito.

§ 8° Os Municípios poderão constituir guardas ou polícias municipais, com atribuições


de:
I - proteção de seus bens, serviços, instalações;
Il - policiamento ostensivo local e comunitário;
Ill - exercício de ações de segurança em seus territórios;
IV - apoio e colaboração com os demais órgãos de segurança pública previstos no
caput deste artigo, conforme dispuser a lei.

§ 10.
I - compreende a educação, a engenharia, a fiscalização e o policiamento de
trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o
direito à mobilidade urbana eficiente;

MAPA ESTRATÉGICO PMPR - 2022/2035

MISSÃO
Promover a segurança pública, a preservação da ordem pública e a defesa social no Estado
do Paraná, respeitando os direitos humanos e agindo na proteção da sociedade, com ética
profissional e espírito militar

ORDEM PÚBLICA
● Tranquilidade Pública - agir na redução do medo.
● Segurança Pública
● Salubridade Pública
● Dignidade da Pessoa Humana
○ Santa Catarina já tem deixado de incluir a dignidade da pessoa humana dentro
do conceito de ordem pública, dizendo que ordem pública é composta por
tranquilidade, segurança e salubridade pública.
○ Regras informais também fazem parte da ordem pública
● Conceito de Ordem Pública para o Decreto 88.777
○ Ordem Pública - Conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento
jurídico da Nação, tendo por escopo regular as relações sociais de todos os
níveis, do interesse público, estabelecendo um clima de convivência
harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder de polícia, e constituindo uma
situação ou condição que conduza ao bem comum.
■ Esse conceito é incompleto, pois a ordem pública vai muito além das
normas formais, as normas informais também afetam a ordem
pública
● A PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA é muito mais do que combater a
criminalidade, é muito mais do que manter apenas a segurança pública, pois a
tranquilidade e a salubridade também devem ser preservadas para que a ordem
pública seja atingida. Essa é a base do trabalho das polícias militares.

VULNERABILIDADES E AMEAÇAS
● VULNERABILIDADES
○ São brechas, pontos fracos na estrutura social/ Falta de recurso, de eficiente
○ Falhas que deixam a porta aberta para a ameaça
○ Falhas na nossa rede de proteção
● AMEAÇAS
○ Antagonismos - ações humanas
○ Adversidades - coisas da natureza
○ Riscos físicos (crime e desastre) ou psicológicos (medo)
■ Quanto mais entendemos nossas vulnerabilidades, mais inseguros
ficamos, pois ficamos mais cientes delas.

AMEAÇAS MODERNAS
1. EXCLUSÃO SOCIAL
● Marginalizados e marginais (marginalizado está à margem dos direitos sociais e o
marginal está à margem das leis)
○ Inserção social (incluir as crianças no convívio social, por meio da escola, do
convívio social entre outros)
○ Reinserção social (quando ocorrem pequenas falhas, desvios de
comportamento. Correção dessas falhas.)
○ Reintegração social (do criminoso, que cometeu grandes desvios de
comportamento e, depois de cumprir uma pena, deverá ser preparado para
voltar à sociedade)
2. CRIMINALIDADE
● Crime organizado (nosso empenho deve ser diferente, com um enfoque de combate
diferente. Ações integradas devem ser o caminho para o enfrentamento a esta
criminalidade especializadas, pois apenas abordar o pequeno traficante não atinge o
crime organizado)
● Crimes comuns (área que a PM pode atuar por si, juntamente com a atuação sobre a
desordem social.)
● Desordem social (O que mais atinge a sociedade, mais comum. A PM pode fazer a
diferença na desordem e nos crimes comuns)
● Subnotificação (Conceito importante no combate ao crime. Falta de confiança na PM?
Medo? A motivação é diversificada. Não é porque não existe notificação que o
problema não existe)
3. DESASTRES
● Desastres naturais - o texto cita o furacão Katrina, que 2 dias antes do desastre as
autoridades já haviam sido avisadas e não tiveram a devida reação para mitigar os
problemas que aconteceriam. Depois disso, aconteceram saques e o resgate das
pessoas demorou mais de 5 dias.
● Pandemia
● Prevenção, preparação, resposta e reconstrução
4. DESÍDIAS SOCIAIS
● Perturbação ou início de grave perturbação da ordem
○ Fenômenos naturais
○ Provocadas pelo Homem.
● Interrupção dos serviços sociais que podem gerar uma Comoção Social. Ainda
acontece quando da atuação do Estado. Nosso papel é tentar manter os serviços
essenciais, sob ordem do judiciário.
5. COMOÇÃO SOCIAL
● Grave perturbação da ordem (a diferença da desídia social e da comoção social é que
no primeiro é perturbação ou início de grave perturbação da ordem e na segunda
a perturbação da ordem já é grave)
● Comando das forças federais - GLO (nesse caso o sistema de segurança pública foi
colapsado e passa a gestão da comoção social para as forças armadas federais)
● Decorrente da interrupção de serviços essenciais (pode decorrer da interrupção de
serviços sociais e acaba gerando uma grave perturbação)
● Manifestações (greve dos caminhoneiros e manifestações da Copa das
Confederações foram exemplos de manifestações que geraram comoção social,
contudo não teve decreto de GLO)

● As forças estaduais já não dão conta da desordem causada. Ocorre quando o estado
não tem capacidade de enfrentar o problema, e geralmente o governador faz
solicitação para o Governo Federal. É o esgotamento dos recursos do estado.
Exemplo: União da Vitória se eu tiver que empenhar o efetivo por mais de um mês
haverá o esgotamento do efetivo.
● Quando decretado GLO a coordenação é das Forças Armadas.
● Missão residual e subsidiária pode ser feita pela polícia militar no caso de uma GLO,
exemplo fazer flagrante se a polícia civil estiver em greve, mas tem que ser acordado
pois não adianta a gente fazer flagrante se o MP não aceitar. O contrário não pode
pois a Polícia Civil não tem essa competência residual.

CONCLUSÃO
● PADRONIZAÇÃO DE CONCEITOS - DNAISP (DOUTRINA NACIONAL DE ATUAÇÃO
INTEGRADA DE SEGURANÇA PÚBLICA;
● ORGANIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES - LIDERANÇA SITUACIONAL;
● Novíssima Defesa Social (CONCEITO DO TEXTO)
○ Conjunto de atividades de restrição de vulnerabilidades e de mitigação de
ameaças à sociedade, visando à tranquilidade social.
○ Esse conceito serviu de base para o conceito de defesa social que consta na
Lei Estadual nº 20.866/2021, em seu art. 1º, inciso II:
■ Defesa social: o conjunto de atividades desenvolvidas com a finalidade
de restringir as vulnerabilidades e mitigar as ameaças à sociedade,
visando à tranquilidade social.
● A DNAISP - padroniza conceitos e coloca a necessidade para que todos os órgãos
falem a mesma língua, ela coloca esse conceito principalmente quando fala em
liderança situacional.
● Temos conceitos de coordenador geral e o de cada força é comandante. O
coordenador define atribuições e responsabilidades e o comandante determina.
● Após definido, se o comandante aceitar as definições do coordenador, segue situação
de normalidade, se não concorda encontramos crise e deve ser levado ao escalão
superior.
● Liderança situacional depende do que vamos fazer, dependendo da situação,
se for PF vai ser a PF, se for PC vai ser PC, depende do fato que gerou.
● Comando - eu determino e corrijo se não estiver sendo executado.
● Coordenador - orienta e pede para o comandante

PODER DE POLÍCIA

- Prerrogativa que o estado ou seus agentes têm com base na lei de restringir
direitos individuais em benefício de uma coletividade. (deu ênfase nesse conceito)
- Você manda a pessoa não circular aqui pois tem um interesse maior na
coletividade.
- Atributos
- Discricionariedade - de acordo da lei o agente público pode ou não agir. Há
margem de escolha para o agente público, exemplo abordagem, decidi que
vou fazer, não preciso pedir autorização, daí decorre a autoexecutoriedade.
- Autoexecutoriedade - não precisa pedir autorização para execução do ato.
- Coercibilidade - uso de força.

ORDEM PÚBLICA
● 3 pilares (segurança pública, tranquilidade pública e salubridade pública)

MANUTENÇÃO E PRESERVAÇÃO
● Quando a legislação brasileira mudou a atribuição das polícias militares de
manutenção da ordem pública para a preservação da ordem pública, nós tivemos
nossa competência ampliada, para além da atuação quando a ordem está
quebrada, mas também para agir de forma a restaurar a ordem que foi quebrada.
Essa visão é do Thiago Augusto Vieira, mas nem todos os autores concordam.
VOCÊ É O MOTORISTA
● MANUTENÇÃO (você é o motorista) - se está faltando óleo, você completa, enche o
pneu, e vai mantendo, e prevenindo problemas, manter/prevenir.
● PRESERVAÇÃO (você é o P4) - conceito de preservar vai além do conceito de
manter, eu tenho que restabelecer a condição normal, restaurar imediatamente à
condição normal em casos de desordem e repressão imediata (crimes e
contravenções).

● Quando eu faço polícia administrativa eu uso direito administrativo, quando faço


polícia judiciária uso o direito processual penal ou penal militar.
● Poderíamos dizer que a Polícia Militar é predominantemente administrativa.

MISSÃO RESIDUAL E SUBSIDIÁRIA


- Se todos os órgãos do 144 buscam
a preservação da ordem pública
mas a polícia militar tem isso como
atribuição, significa que se algum
deles estiver inoperante ou falido,
nós devemos assumir isso para
preservar a ordem pública.
- Ex. greve de ônibus e
prostituição - uma moça fazendo
o ponto de dia, na frente de uma
escola municipal do ensino
fundamental, e uma mãe vai
buscar seu filho e ele aponta para
a moça e diz bonita né?
- Há algum crime? Não! mas
afeta a ordem pública? Sim!
Afeta a tranquilidade, torna-
se missão da polícia militar,
fere questões morais, não
há órgão que regule essa
atividade, e ela está ali
causando transtorno, nesse caso é uma missão residual, pois não existe
órgão competente
- Pense na missão residual como resíduo tóxico, ninguém quer. Não tem
nenhum órgão competente que desempenhe aquela função.
- Missão subsidiária, pense no subsídio que o governo dá para reduzir o valor
do botijão de gás P13, existe um órgão competente, mas ele está inoperante
ou falido. Ex. Polícia Civil em greve a PM pode até fazer flagrante. Ex. Não
existe polícia federal no município, eu posso fazer o flagrante.
- MISSÃO RESIDUAL - não há órgão competente para atuar na situação e o fato afeta
a ordem pública
- MISSÃO SUBSIDIÁRIA - há órgão competente mas ele é ineficiente ou falido, e
afeta a ordem pública.

COMPETÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR


● ANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
○ Manutenção da ordem pública
■ Manter - Prevenir
● DEPOIS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
○ Preservação da ordem pública
1. Manter - prevenir
2. Restabelecer
● Repressão imediata
○ Crimes e contravenções
● Restauração
○ desordens (desenho urbano)
3. Missão residual
● Fato afeta a ordem pública e não há órgão competente
4. Missão Subsidiária
● Fato afeta a ordem pública e o órgão competente encontra-se
inoperante ou falido

● Nesse contexto, o plano diretor de uma cidade, vão abrir um bairro novo, vão abrir um
boteco na região, isso não vai afetar a segurança pública? Até mesmo o desenho das
ruas, exemplo a Vila Nossa Senhora da Luz, o formato do bairro é propício à
criminalidade.
● Nosso papel não é fazer patrulhamento na rua, mas participar das discussões
que impactam a ordem pública.
● São coisas que vão acontecendo e a PMPR não se manifesta, a PC atua na
expedição de alvará, ela participa do processo, mas por que ela? quem fiscaliza ao
final somos nós. Nosso papel vai muito além do papel reativo, mas tem que ser
proativo.
● Se vai ter música ao vivo? Vai ter isolamento acústico, tem lugar para as pessoas ou
vai ficar na calçada? Horário de funcionamento? Nosso papel é de empreendedores
de políticas públicas, não deveríamos apenas esperar acontecer.
● Quando for convidado para uma reunião do plano diretor vá e participe, não esteja
apenas no local, tem que falar e com fundamento.
● A PMPR iniciou com a disseminação de uma cultura, temos que ser mais letrados.
Temos uma meia dúzia de oficiais que não sabem falar com convicção.

O conceito de Segurança pública na CF é criticado pois segurança é sensação de segurança,


mas a Polícia atua na Defesa Pública. As forças armadas fazem Defesa nacional

PROVA - OPINIÕES DO TC THIAGO AUGUSTO VIEIRA E DO PARECER AGU - DE


ACORDO COM FULANO É X, DE ACORDO COM CICLANO MANUTENÇÃO DA ORDEM
PÚBLICA É X.

Diferença entre as opiniões do TC Thiago Augusto Vieira e do Parecer


AGU/TH/02/2001 sobre a manutenção da ordem pública
✅ De acordo com o TC Thiago Augusto Vieira

A manutenção da ordem pública é atribuição típica das Polícias Militares, pois


integra o exercício regular do poder de polícia administrativa.

● Entendimento central: Para Vieira, a ordem pública é mantida pela ação rotineira e
ostensiva das PMs, com base em seu papel constitucional (art. 144, § 5º da CF/88).

● Atuação das Forças Armadas: Deve ser excepcional, subsidiária e temporária,


somente nos casos de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), quando as forças estaduais
não conseguem mais atuar.

📌 “A atuação das Forças Armadas não é vocacionada para o policiamento cotidiano, pois não
possuem função de polícia. O uso prolongado compromete a hierarquia constitucional.”
✅ De acordo com o Parecer AGU/TH/02/2001

A manutenção da ordem pública é missão constitucional compartilhada,


podendo ser desempenhada pelas Forças Armadas em situações excepcionais.

● Entendimento central: O parecer da AGU entende que, quando a ordem pública


for gravemente comprometida, cabe ao Presidente da República, nos termos do art.
142 da CF/88, autorizar o emprego das Forças Armadas para assegurar o
funcionamento regular das instituições.

● Enfoque jurídico: O parecer reconhece que a ordem pública não é monopólio das
Polícias Militares, e que as Forças Armadas podem atuar inclusive
preventivamente, desde que haja decreto presidencial.

📌 “As Forças Armadas podem ser acionadas para atuar em GLO, inclusive com medidas
preventivas, desde que haja grave comprometimento da ordem e decreto específico.”

⚖️Síntese comparativa:
Elemento TC Thiago Vieira Parecer AGU/TH/02/2001

Titular da manutenção da Polícias Militares (PMs) Compartilhada com as Forças


ordem pública Armadas

Papel das Forças Armadas Excepcional e Pode ser ampliado em GLO


temporário

Base da atuação Poder de polícia Garantia da Lei e da Ordem


administrativa (art. 142, CF)

Enfoque Constitucional e Jurídico-estratégico


funcional

"O desentendimento não existe quando eu chamo de branco e você chama de preto. O
desentendimento existe quando eu chamo de branco e você chama de branco, mas não
queremos dizer a mesma coisa." Jacques Ranciere

DIA 02/06/2025
POLÍCIA x POLICIAMENTO

Fases do ciclo de atuação do poder de polícia:


● Ordem de polícia
● Consentimento de polícia
● Fiscalização de polícia (é na fiscalização que está o policiamento)
● Sanção de polícia
Polícia é mais abrangente que policiamento, policiamento é a ação na fase de fiscalização,
policiamento é a fiscalização de polícia administrativa, e temos:
● Polícia Administrativa Geral ou de Segurança Pública: a polícia ostensiva é uma
ferramenta para a gente preservar a ordem pública, esse poder de polícia é que nós
utilizamos para preservar a ordem pública, qualquer ato que afete a ordem pública
temos que atuar, mesmo não sendo crime, é para preservar e manter a ordem pública.
Pode ser até para um carro que esteja em fila dupla. Quanto à polícia administrativa
especial de trânsito. Nós temos o poder de polícia administrativo Geral (PMPR), cada
órgão da administração possui um poder de polícia especial.
● Polícia Administrativa Especial (ou Específico): esse é o poder de polícia que
todos os órgãos da administração pública possuem. Por exemplo, vigilância sanitária,
receita estadual, corpo de bombeiros, secretaria do meio ambiente (IAT), fazenda,
urbs, setran, adapar, agepar, entre outros. Todos têm uma parcela do poder de
polícia.

● Polícia administrativa é geral a fiscalização/ especial é uma parcela desse poder geral.
● O geral só a Polícia Militar detém, e o especial todos têm.

Ordem de polícia administrativa


● Exemplo houve um desastre, e desmoronou e aterrou parte de um bairro… a polícia
militar expediu uma ordem administrativa, impedindo quem não era morador de
acessar o bairro, por risco a vida, saques e outras desordens. Exemplo estádio de
futebol, no estatuto do torcedor está escrito que é proibido entrar no estádio com
instrumentos que possam oferecer risco…quais objetos? Então a Polícia Militar pode
expedir uma ordem indicando quais são os objetos proibidos em determinado
evento(s). Porém deve ocorrer com base na lei, seja por código de conduta do
município, lei, etc.. não podemos inovar no direito com argumento de polícia
administrativa.
● CARACTERÍSTICAS DA ORDEM DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA (QUESTÃO DE
PROVA)
● Formal e escrito
● Abrangência mínima
● Público externo
● Com base na lei

Consentimento de polícia administrativa:


● É uma autorização do ente público para alguém fazer ou deixar de fazer algo, exercer
uma profissão, fazer um evento, a licença para dirigir, eu coloco regras,
● É ato vinculado, ele cumpriu os requisitos tem direito obrigatoriamente.
● Vistoria em estádios, é consentimento, a Polícia Militar também deveria ser alvo de
consentimento para alvarás de funcionamento, vou abrir um boteco, até que horas, vai
ter música ao vivo, quantas pessoas, comporta todos ou vão ficar na calçada,
podemos incentivar a mudança da lei municipal, enquanto não vem algo a nível
estadual. e nesse caso a polícia deve colocar critérios objetivos para dizer se sim ou
se não.

Fiscalização de Polícia
● Em Santa Catarina, se você chegar em um boteco, tem uma chamada 190 e no local
constatou que ele não tem alvará de funcionamento, em SC expede-se o termo de
interdição cautelar. Se não tiver alvará dá para enquadrar em exercício irregular
da profissão ou atividade econômica. Em SC, se ele tem alvará para venda de
bebidas, mas não de alimentos, faz o processo crime por Desobediência, possui
autorização para bebida e não para cozinha.
● Por fim outra se estiver tudo certo alvará e tudo mais, mas está agindo em
desconformidade com o que está previsto no alvará, cabe termo de interdição por
afetar a ordem pública, enquadrando no crime de desobediência.
● Agora imagine que você chega, está tudo certo, e você vai na cozinha e vê a
alimentação em condições precárias, como missão subsidiária, termo de interdição
com base na salubridade, e com base no art. 132 expor a saúde de alguém a risco.

● Uma forma de regulamentar esse consentimento de polícia administrativa, de forma


cabal, é trabalhar numa legislação estadual que o regulamente. Outra forma é
conseguir junto às prefeituras que, em seu território, haja essa autorização legislativa.
Essa lei deverá ser vinculada exclusivamente aos estabelecimentos que causem risco
à ordem pública.

Sanção administrativa.
● Sanção administrativa cautelar: A PMPR pode aplicar para preservar a ordem
pública, a finalidade é restabelecer a ordem pública.
● Sanção administrativa pena: porém dá para aplicar a multa que é a sanção pena.
então você faz um termo de interdição cautelar, e encaminha à prefeitura a
documentação, a prefeitura instaura um processo administrativo com ampla defesa e
contraditório e após, se for o caso, aplicar a multa, que é a sanção administrativa
pena. A finalidade da sanção pena é punir o infrator.
[...] observa que há de se diferenciar dois institutos referentes à sanção de polícia: a
sanção-pena e a sanção-cautelar. A primeira se traduz na sanção coercitiva aplicada
após a consumação da infração e decorrido prévio processo administrativo, composto
pela garantia dos direitos da ampla defesa e do contraditório. Diferentemente, a
sanção-cautelar tem aplicação no momento do cometimento da infração ou na sua
iminência, de modo a cessar de imediato a quebra da ordem que ali se instaurou e
restabelecer o status quo (Thiago Augusto Vieira, p. 42)

● O nosso trabalho é identificar as causas dos problemas de perturbação do sossego,


sair do modelo reativo para o preventivo, nesse caso tornar as soluções mais
duradouras, devemos deixar de tentar diminuir o tempo de atendimento de
ocorrências, para diminuir a quantidade de determinado tipo de ocorrência.

PROVA - Características da Ordem de Polícia - Embasada na Lei - dirigida ao público


externo - abrangência municipal - Ato formal -

DIRETRIZ Nº 016/2024 - DIRETRIZ DE EMPREGO OPERACIONAL DA


PMPR
NÍVEIS DE PREVENÇÃO - DIRETRIZ 016/2024
1. PREVENÇÃO PRIMÁRIA: as ações são baseadas nas causas da criminalidade num
sentido mais amplo. A prevenção não é percebida como de competência exclusiva das
instituições de segurança pública, mas também de famílias, escolas e sociedade.
a. Direcionada às causas em sentido amplo
b. Competência de todos (pode ser feita pela (e na) escola, igreja, família)
c. Atuação geral e integrada por meio de reuniões e palestras

2. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: esse tipo de prevenção está fundamentado na noção


de risco e proteção. Envolve a identificação precoce de sinais, comportamentos ou
condições que indicam a presença de desvios da normalidade. Isso pode incluir a
análise de indicadores, dados estatísticos, relatos da comunidade e informações de
inteligência. Identificado algum desvio da normalidade social e que possa repercutir na
ordem pública, no exercício da prevenção secundária, a Polícia Militar atuará para
atenuar danos e restabelecer a situação. Sua aplicação se dará por meio das ações
de polícia ostensiva;
a. Sinais que indicam desvios de normalidade (prevenção direcionada por meio
de análise de estatísticas, análise da GDO, informações de inteligência)
b. Indicadores, relatos e inteligência
c. Ações de polícia ostensiva
● Exemplo violência doméstica, eu faço uma palestra para prevenção
geral de que mulheres sejam vítimas de violência, estou no campo
primário, agora eu pego um caso específico ou uma região com maior
incidência, atuo assim na prevenção secundária (seria um foco quase
que para pessoa, bairro). Agora se eu atuo no caso de uma mulher que
foi vítima, e faço um acompanhamento e tratamento para que ela não
se torne vítima novamente, estamos no nível terciário.

3. PREVENÇÃO TERCIÁRIA: atuação quando já houve a vitimização, procurando-se


evitar a reincidência do autor e promover a reabilitação individual e social da vítima.
Refere-se às ações desenvolvidas pela Polícia Militar após a repressão imediata e o
restabelecimento da ordem, zelando pelo atendimento continuado ao cidadão,
incluindo outras condutas subsequentes que possam evitar a reincidências de crimes
nos mesmos locais e circunstâncias.
a. Atuação pós vitimização
b. Atendimento continuado ao cidadão
c. Evitar a reincidência do autor e promover a reabilitação da vítima
● Ela acontece depois do delito, para que a vítima seja reabilitada e
pensemos em evitar a reincidência. Podemos dar uma atenção mais
especializada à vítima, dando consultoria de segurança, por exemplo,
para que ela não seja mais vítima de furto em sua residência.
d. Outras ações para evitar reincidência de crimes nos mesmos locais e
circunstâncias

PRINCÍPIOS
● A base teórica foi a metodologia utilizada no Policiamento Baseado em Evidências.
● Precaução do Kopittke, consta o princípio da precaução (pg 117), isso foi retirado pois
a instituição acreditou que estava além da nossa cultura.

1. PROATIVIDADE: em oposição ao modelo reativo (enxugar gelo), e falta de


credibilidade da instituição em resolver os problemas. precisamos parar de pensar em
“atender mais rápido e mais gente” para pensar na prevenção e na causa dos
problemas.
● Modelo tradicional e reativo - esse é o modelo de atendimento 190, focando
apenas na reação aos crimes
● Enxugar gelo - emergências nunca vão acabar
● Modelo proativo - redução de danos - se eu vou atender uma ocorrência, o
dano já aconteceu, o dano psicológico, físico ou patrimonial já aconteceu. Não
adianta irmos rapidamente fazer o BOU de uma ocorrência que já aconteceu,
traumatizando o cidadão
● Combinada com outras ações - correlacionado com outros princípios e com
outras ações (iluminação, roçada de terrenos, entre outros)
○ Esse modelo funciona muito bem quando somado a outros princípios, e
com outros atores da sociedade.

2. FOCO: priorizar o serviço da PMPR, por isso esse princípio. O que é importante? O
que é prioritário, e não é atender ocorrência, mas resolver o problema de forma
duradoura. Como posso me integrar à comunidade para resolver o problema.
● Modelo tradicional - sem foco - nosso problema do 190 é sem foco, é do
“alfinete ao foguete”, a gente atende do “dingo” na rua até um homicídio, e a
PMPR não tem especialistas para todas as ocorrências, e aí temos
generalistas, que “faz tudo mas não é bom em nada”
● Priorização dos problemas (GUT) - Como não consigo atender tudo eu preciso
priorizar, temos a polícia comunitária para saber da comunidade quais são os
problemas, eu tenho a GUT, e posso verificar o que é prioridade. Assim que eu
resolver os problemas foco/prioritários e avanço para o próximo.
● Estudo das Causas (IARA) - estudar as causas com foco. Qual o
estabelecimento comercial que está sendo alvo de criminosos de maneira
constante (funcionário mancomunado com criminosos, arquitetura do local é
ruim, local próximo a criminosos). Ou trabalhar em tipos penais específicos que
estão sendo motivo de reduzir a sensação de segurança da comunidade local.
● Teoria da Concentração Criminal (territórios, pessoas, fatores de risco e
circunstâncias) - quanto menor a unidade de medida maior a concentração
criminal. Se você pegar a cidade de Curitiba, com 75 bairros você vai ver que
em 20% dos bairros temos 50% dos crimes, se você for para ruas você vai ver
que em 8 % das ruas concentra 10% de todos os crimes… etc.
● A teoria da concentração criminal, também conhecida como lei da
concentração criminal ou lei de concentração do crime, é uma
observação empírica que afirma que a criminalidade se concentra em
um pequeno número de locais, pessoas ou coisas, em vez de estar
distribuída de forma uniforme. Essa teoria tem sido amplamente
observada em criminologia e é utilizada para guiar estratégias de
prevenção e repressão do crime, como o policiamento em pontos
críticos. Não adianta ter foco só em hotspots, pois essa solução faz a
criminalidade migrar.
● Coronel Hélio Tenório fala que todo objetivo deve ser definido,
decisivo e alcançável.
● Colocar evitar o tráfico de drogas na fronteira do Paraná, não é
alcançável.
● Hoje focamos muito no território (qual o local, bairro, vila, rua, que dá
mais problema). Precisamos também analisar as circunstâncias (bebida
alcoólica, dependência da vítima, dependência financeira, ameaça aos
filhos, quando falamos, por exemplo, de violência doméstica), nas
pessoas, fatores de risco, para fazer um tratamento mais amplo do
problema de segurança pública.

3. INTEGRAÇÃO:
● Aumento da eficácia - é bom integrar porque podemos ter a divisão de
responsabilidade com todos os atores envolvidos nos problemas, como por
exemplo, chamar a polícia civil à responsabilidade para o cumprimento de
mandados de prisão em aberto e não ficar determinando à p2 que faça isso.
○ Essa integração também enriquece dados, pois temos vários atores
trazendo informações relativas ao problema
● Aumenta a responsabilidade e reduz a duplicação ou ausência de esforços.
○ Integração não apenas com outras instituições, mas também com
unidades de diferentes especialidades da corporação.
● Dados mais ricos
○ Informações de outras instituições que podem auxiliar em nossa
atividade.
● DNAISP - Diretriz Nacional de Ações Integradas de Segurança Pública.
○ Coordenação é de quem tem a Liderança Situacional. Tem a ver com a
responsabilidade legal sobre o tema. Há que se ter o consenso.
○ Comando
○ Tem princípios e conceitos importantes
○ Coordenação e Liderança Situacional - quem coordena é a pessoa que
tem a liderança situacional. Tem que verificar, sempre, quais os
objetivos de cada operação integrada e, com base na competência
legal de cada ordem, e quem tiver maior competência legal fará a
coordenação. Já o comando é exercido por cada órgão sobre os seus
integrantes que estão envolvidos na operação integrada. O
coordenador, ao ver algo errado, aciona o comandante para que ele
exerça esse comando sobre seus subordinados.

4. LEGITIMIDADE SOCIAL:
● Sustentabilidade das ações;
○ É entender por que a gente agiu, e ver que era necessário, falam no
“procedimento justo”, a favela não quer ser amiguinha da polícia. Eles
querem procedimento justo, quando você aborda não precisa dar um
tapa, só faz a revista e pronto. a Técnica é a de abordagem. Se
precisar fazer a entrevista não precisa xingar. o que eles esperam da
polícia é o procedimento justo. é um procedimento justo na ação
policial.
○ A legitimidade social tem a ver com entender a necessidade da
operação, é necessário? é e o procedimento é justo? sim então eles
vão apoiar a operação policial.
● Confiança na PMPR;
○ Agir com base nessa legitimidade social (agir sobre o que mais
incomoda a população) aumenta a confiança na PMPR.
● Necessidades das ações com a adoção de procedimentos justos.
○ A população tem que compreender que os procedimentos são
necessários e justos, para que haja esse consenso e apoio às
atividades que estão sendo desenvolvidas.

5. PROPORCIONALIDADE:
● Adequação
○ A ação é adequada para o problema que estamos enfrentando? Por
exemplo, não basta multar um carro que está estacionado em fila dupla,
é necessário encontrar o condutor do veículo e mandar ele tirar o
veículo daquele local para ser possível restabelecer a fluidez do
trânsito. O que eu vou fazer vai resolver o problema? Tem relação?
● Necessidade
○ Eu preciso fazer isso agora? Exemplo, fechar várias quadras para isolar
alguma ocorrência, sendo que não precisaria ter um isolamento tão
longo.
○ Em alguns países usar o giroflex ligado todo o tempo é um “abuso da
ostensividade”
● Proporcionalidade (sentido estrito)
○ Esta ação é proporcional para a situação em concreto? Preciso aplicar
essa quantidade de policiais e meios para resolver esse problema?

● Princípio da Precaução (não adotado na diretriz 016/24) tem a ver com o que
eu vou pensar no que eu vou fazer, analisar os custos e resultados alcançados
e verificar que não conseguimos alcançar os mesmos resultados com custos
menores ou resultados melhores
● Em todas as ações e operações devem ser analisados se os princípios estão
sendo cumpridos. Princípio é princípio, deve ser cumprido em todas as ações
que vamos tomar.
DIRETRIZES
A. Prevenção e resolução pacífica de conflitos
B. Atendimento prioritário ao cidadão
● Devemos adaptar a nossa rotina para atender o cidadão com prioridade, acima
de situações administrativas, desfiles, entre outros.
C. Repressão qualificada
● Lembrar que tem que ter foco, devo ter conhecimento do que está
acontecendo, baseada em dados, eu junto tudo e faço uma repressão
qualificada. não simplesmente mandar a polícia para uma região e atingir tudo
e todos. eu preciso de foco.
● Hélio Tenório quando eu tenho pontos decisivos e ponto de gravidade, o ponto
decisivo é aquilo que eu vou agir e vai “ferir de morte” o inimigo” quando eu
defino qual é o ponto decisivo, é onde vou agir e atingir o inimigo. agora foi no
ponto decisivo ou centro de gravidade você arrebenta o crime. por isso preciso
compreender onde agir e vai fazer ele querer parar de lutar, e um ponto que
seu acertar eu vou atingir ele em cheio, agora se eu pego o esquema
financeiro por exemplo, e quebro o financeiro o cara perde o interesse em lutar
ou por conta das dívidas ele paga um preço e some.
D. Formação e capacitação continuada;
● Temos falado bastante, institucionalmente, de formação continuada, mas
precisamos fazer mais do que estamos falando, valorizando o ICC, PVT e
outras formas de manter o policial atualizado constantemente.
E. Inovação e melhoria contínua;
● Aplicação do sistema Toyota na veia, ciclo PDCA, metodologia LEAN.
F. Resiliência e adaptabilidade;
● Ser resistente e adaptável. Não desistir facilmente. Se não for nossa missão,
buscar quem deve resolver e acionar esta outra instituição
G. Uso seletivo ou diferenciado da força;
● Já temos uma diretriz sobre o fato. Precisamos aplicar ela na prática
H. Padronização de procedimentos operacionais;

ORGANIZAÇÃO
● Níveis de planejamento e estrutura organizacional;
○ Na área operacional temos o SubCG, por meio
da GGOP, que está no nível estratégico
estratégico da gestão operacional da PMPR.
● Responsabilidade Territorial;
○ Hoje estamos priorizando a responsabilidade
territorial ou a especialidade? Criamos mais
unidades, criamos mais unidades
especializadas, mas não pensamos no
comandante que tem responsabilidade territorial
e tem tido os seus policiais operacionais
retirados da atividade fim para ser colocados no
administrativo dessas novas OPMs que foram
criadas.
○ Quando é dada a responsabilidade territorial, é dado, também, os meios para
que esse comandante tenha “massa de manobra” para conseguir resolver os
problemas de segurança pública na sua área
de responsabilidade territorial.
○ Região, área, subárea, setor, subsetor e posto
(é o espaço territorial onde você deve exercer
sua responsabilidade) PROVA
● Unidades Especializadas
○ Emprego por meio da priorização das solicitações das unidades de área
○ Definição do Comando (Alto Comando da Instituição - Subcomando-geral -
Nível Estratégico)

PREPARO
● Capacidade técnica: na diretriz, é o conhecimento e habilidade dos integrantes da
organização para aplicá-los de maneira eficiente para alcançar determinados objetivos
ou resolver problemas específicos.
○ Se eu identificar que na minha área o problema é a falta de competência do
meu policial militar para resolver o problema, eu preciso prover os
conhecimentos necessários para os policiais, às vezes eles não têm
conhecimento da legislação.
○ Conhecimento, habilidade e emprego nos problemas enfrentados;
○ Responsabilidade?

● Gestão do Policiamento: (QUESTÃO DE PROVA - DIFERENÇA ENTRE OS


MODELOS)
● Compstat: surgiu em NYC, surgiu na década de 80-90, nesse modelo você
pega o micro e pega os indicadores daquele bairro, são indicadores para
cumprir, metas a alcançar com reuniões públicas para fazer melhorar as
estatísticas, com análise individual dos policiais acerca de sua adesão aos
pontos quentes, e eu verificava se os policiais estavam aderindo ao cartão
programa. Análise micro, indicadores menores com cobranças duras.
○ Nova Iorque (década de 80-90)
○ Bairros - indicadores e metas para atingir, no nível micro, dentro dos
bairros, com os comandantes locais (comandantes de CIA)
○ Cobranças duras
○ Análise individual dos policiais - verificar sempre se o policial estava
aderindo ao modelo de policiamento em pontos quentes (Cartão
Programa) - se não tivesse aderindo, o gestor poderia ser, inclusive,
punido, mas seria sempre severamente admoestado
● Análise criminal: Equador e Argentina estão nessa forma de gestão. a
diferença da análise criminal para os outros modelos, nesse modelo a Polícia
tem um setor que faz análise criminal, trata-se de uma unidade especializada
com diversos profissionais de diferentes áreas do conhecimento
(estatísticos, geólogo, antropólogo, etc.) que buscam entender o motivo e as
origens do fenômeno criminal com base em cada área de especialização, e
assim assessora a tomada de decisões. A nossa análise criminal não é um
modelo de gestão (que é a gestão por resultados) como ferramenta.
○ Unidade especializada - abordagem multidisciplinar para, o grupo de
analistas, analisando da sua área de conhecimento específico
assessora o gestor na tomada de decisão
○ Diferentes áreas
○ Assessorar o processo decisório
● Gestão por resultados:
○ A diferença do COMPSTAT para o Modelo de gestão por resultados, o
primeiro é a área, que no nosso caso é o Estado.
○ Se eu ver o compstat eu vejo adesões micro, sobre produtividade de
cada policial militar, exemplo: no caso de trânsito, são indicadores de
tempo para chegar no local da ocorrência, quantidade de autos de
infração, são indicadores micro. Na gestão por resultados eu estou
preocupado com indicadores estratégicos. eu posso chegar no micro,
mas não é o objetivo inicial.
■ Reuniões mais amenas
○ Derivado do Compstat
○ Área de abrangência maior - enquanto no compostat tínhamos
indicadores micro, que conseguia verificar individualmente o
desempenho de cada policial, aqui na gestão por resultados temos
indicadores estratégicos, que não possibilitam, num primeiro momento,
a adesão individual do militar ao Cartão Programa.
○ Indicadores estratégicos - cada OPM pode criar os próprios
indicadores, com base na sua área, com base naquilo que é importante.
○ Reuniões mais amenas - nossa cultura não permite críticas mais
incisivas e diretas. A cultura latina leva tudo muito para o lado pessoal,
o objetivo é compreender o porquê os índices de homicídio
aumentaram na sua área, e verificar se eu posso ajudar no nível
estratégico.
○ Melhores práticas - possível identificar práticas que têm sido
importantes para conseguir reduzir a criminalidade e alcançar
resultados almejados.

● Gestão pela qualidade: (NÃO ESTÁ NA DIRETRIZ)


○ O modelo é chamado de gestão pela excelência pela FNQ, adotado na
PMESP.
○ Ferramentas da qualidade

EMPREGO
● Estratégias de Policiamento:
○ Comunitário, de proximidade, em pontos quentes, com foco em pequenos
delitos e ordem pública e POSP (o POSP é aplicar o método IARA). Rol
exemplificativo e não taxativo. Posso somar diferentes estratégias na aplicação
do efetivo(pontos quentes + policiamento velado+ motivação do crime)
■ Aqui o comunitário é o policiamento comunitário, aplicação do efetivo, e
não polícia comunitária como uma filosofia de aplicação do
policiamento comunitário
● Variáveis do policiamento ostensivo
○ Modalidade, circunstâncias, processo e tipo (missão - no entendimento do TC
Denkewski o que ficou na diretriz são missões, e não tipos de policiamento)
● UNIÃO DE FORÇAS
○ Gestores, Profissionais da ponta e Pesquisadores
● INOVAÇÃO
○ Novos métodos de trabalho
● AVALIAÇÃO
○ Experimentos ou Quase-Experimentos
● CONHECIMENTO
○ Revisões
○ Sistemáticas
● ESTRATÉGIAS DE POLICIAMENTO
● Comunitário, de proximidade, em pontos quentes, com foco em pequenos delitos e
ordem pública e POSP;

EMPREGO
VARIÁVEIS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO
○ MODALIDADE
■ Patrulhamento
■ Permanência
■ Diligência
■ Escolta
○ CIRCUNSTÂNCIA DE EMPREGO
■ Ordinário
■ Extraordinário
■ Especial
○ PROCESSO DE EMPREGO
■ Policiamento a pé
■ Policiamento motorizado
■ Policiamento a cavalo
■ Policiamento com aeronaves
■ Policiamento embarcado
■ Policiamento com bicicleta
○ QUANTO AO TIPO
■ Policiamento Ostensivo Geral
■ Policiamento Ostensivo Especializado
● Motopatrulhamento Tático
● Operações Especiais Policiais
● Patrulhamento Tático Motorizado (PATAMO)
● Policiamento Aéreo
● Policiamento Ambiental
● Policiamento Aquático
● Policiamento com Cães
● Policiamento Comunitário Escolar
● Policiamento de Choque
● Policiamento de Trânsito Rodoviário
● Policiamento de Trânsito Urbano
● Policiamento em Eventos
● Policiamento Montado
■ Outras formas de atuação
● Qualquer outra forma de atuação precisa de autorização prévia.
Policiamento Comercial, Policiamento Industrial, não são tipos
de policiamento reconhecidos na PMPR, por isso, não coloque
na escala a equipe comercial ou industrial. Pode ser aplicada a
viatura no comércio ou na indústria, mas deve ser escalada
como policiamento geral, com essa atuação específica

EMPREGO
ESCALONAMENTO DOS ESFORÇOS OPERACIONAIS
Os esforços vieram de uma mescla de especialidade do policiamento com responsabilidade
territorial.
● PRIMEIRO ESFORÇO OPERACIONAL
○ É o que se tem de escala ordinária na unidade
● SEGUNDO ESFORÇO OPERACIONAL
○ Ainda é na própria OPM, mas é tropa especializada
● TERCEIRO ESFORÇO OPERACIONAL
○ Aqui já saímos da OPM, mas ainda estamos no mesmo comando regional
● QUARTO ESFORÇO OPERACIONAL
○ Quando sai do comando regional e pede reforço para as tropas especializadas
e especiais (CPE e CME)
● ESFORÇO SUPLEMENTAR
○ APMG, QCG e tropas de um comando regional atuando em outro comando
regional
○ Tudo o que ficou difícil de classificar ficou classificado aqui, como esforço
suplementar.

EMPREGO
OPERAÇÕES INTEGRADAS
● A priorização dentro de uma operação deve ser sempre analisada com base nos
riscos envolvidos na situação, mandando a tropa mais qualificada para locais com a
maior possibilidade de confronto, mitigando os riscos e deixando as tropas mais
qualificadas para pontos mais complicados.

EMPREGO
INTELIGÊNCIA NO EMPREGO OPERACIONAL
● POLICIAMENTO VELADO
○ Não foi muito aprofundado na diretriz de emprego, porque terá uma diretriz
específica de policiamento velado.
○ Tem que ser aplicado com foco (objetivo e período específico), por policiais
que não fazem parte do sistema de inteligência.

EMPREGO
ESCALAS DE SERVIÇO OPERACIONAL
● Por diversos fatores adversos (quantidade de policiais, distância das residências para
os quartéis, entre outros) não conseguimos criar e executar uma escala “ideal”.
● Por isso acabamos fazendo escalas de 12h e até de 24h, que colocam o policial em
risco (por ter menos capacidade de reação) e a população também (porque o policial
fica com maior nível de estresse).

EMPREGO
COORDENAÇÃO E CONTROLE
● COPOM, supervisão e CPU.
○ Não falou nada. Parou na escala

LIVRO DO CORONEL HÉLIO TENÓRIO


PRINCÍPIOS DA GUERRA
● O autor coloca, de maneira comparativa, os princípios da guerra com a aplicação na
segurança pública. São os princípios:

● OBJETIVO
○ Definido, decisivo e alcançável - isso se aplica em operações e nas atuações
ordinárias.
○ Se não for definido, não sabemos onde chegar, ficamos só perseguindo ladrão
de galinha
○ Se não for alcançável, a atuação só será encerrada quando estafar a tropa
○ Público (em regra) só sendo sigiloso quando a atuação assim exigir (por
exemplo, quando vai prender policiais militares).
● OFENSIVA
○ Quem toma a iniciativa tem vantagem
○ Na segurança pública nós temos agido, em regra, de forma reativa (defensiva)
assim deixamos o bandido em vantagem.
○ Quando cumprimos mandados de prisão, às 6h da manhã, temos total
vantagem, porque o bandido não está esperando
○ Quando fazemos repressão qualificada, baseada em evidência, estamos na
vantagem
● MANOBRA
○ Capacidade de movimentar a tropa no terreno
○ Por isso, quanto maior a área, maior o meu poder de manobra
○ Aqui o autor critica a criação de muitas Unidades Operacionais, pois limita a
movimentação da tropa no terreno (manobra)
● MASSA
○ É a quantidade de efetivo que o comandante da OPM tem nas suas mãos.
Quanto maior o efetivo maior o poder de massa, e maior é o poder que o
comandante tem de aplicar seu efetivo, somado com o poder de manobra,
deixam o comandante com grande poder operacional
○ Quanto mais unidades criamos, perdemos poder de massa, poder de manobra,
mais efetivo aplicado no administrativo das OPMs
● ECONOMIA DE FORÇAS
○ Hoje não temos como economizar forças, pois nosso efetivo é muito reduzido,
e malmente estamos conseguindo atender as emergências, não sobrando
poder de gestão para economizar forças, nem sequer aplicar em outras formas
● SURPRESA
○ Não podemos ficar aplicando tropa e buscando tropa em outro lugar, quando
não estamos dando conta. Tudo tem que ser bem planejado
● UNIDADE DE COMANDO
○ Se não tem unidade de comando, cada comandante faz a ação que melhor
convier, e às vezes os interesses podem ser concorrentes.
○ Um Comando único, deixando a parte administrativa focada nas próprias
unidades de origem (meta 4, férias, licença não caberá ao comando da
operação).
● SIMPLICIDADE
○ Fazer o básico e bem feito. Coisas fáceis de executar.
○ Sem ter muita variável na atividade operacional. Arma simples, aplicação do
policiamento em inventar demais.
● SEGURANÇA
○ Quando pensamos em atividade operacional, temos sempre a visão de que a
segurança deve ser priorizada.

AVALIAÇÃO
● 20 V OU F
● MÚLTIPLA ESCOLHA
● CORRESPONDER COLUNAS - vai verificar ainda se vai fazer
● QUESTÃO SUBJETIVA - GERALMENTE NÃO COLOCA - já foi o trabalho em sala de
aula

● DIRETRIZ 016
● PARTE HISTÓRICA
● POLÍCIA E POLICIAMENTO
● CONCEITOS
● TANTO COISA DOS TEXTOS
● QUANTO DOS SLIDES
● QUANTO DISCUSSÃO DA SALA

POLÍCIA FRANCESA SE DERIVA DA MARECHAUSSEE


FOCAR EM PALAVRA CHAVE.
SE É INGLESA OU FRANCESA, QUAL DAS DUAS TINHA MODELO IGUAL É BÁSICO
ANO E DATA NÃO É FOCO

AGORA SE COLOCAR POLICIAMENTO ONDE ERA POLÍCIA OSTENSIVA É CONTEXTO


CHAVE
TRÊS FASES SÃO XXXX. TÁ ERRADO NÃO SÃO FASES MAS ATRIBUTOS

PALAVRA CHAVE DEVE SER FOCO


SE COLOCAR O CONCEITO DE PROATIVIDADE E É INTEGRAÇÃO

CAI DOS TEXTOS, AULAS, OU SLIDES - TUDO O QUE DISCUTIMOS EM SALA DE AULA
PRESTAR ATENÇÃO NAS PALAVRAS CHAVE
nome da polícia, ano (data) não vai ser colocado
POLICIAMENTO TROCAR POR POLICIA
PRESERVAÇÃO NA FUNÇÃO DE MANUTENÇÃO
FASES E ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

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