UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Programa de Pós-graduação
Mestrado Profissional em Educação Inclusiva - Profei
Faculdade de Ciências e Tecnologia

SILMARA NILDA ROSALEN

KÁTIA DE ABREU FONSECA

GUIA PARA ATENDIMENTO

EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DE ALUNOS
COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Recurso Educacional apresentado ao

Programa de Mestrado Profissional em
Educação Inclusiva – Profei, da Universidade
Estadual Paulista – UNESP, como requisito
parcial para a obtenção do título de Mestre em
Educação Inclusiva.

PRESIDENTE PRUDENTE - SP
2024
ROSALEN, Silmara Nilda. Práticas pedagógicas para alunos com deficiência intelectual:
análise comparativa de modelos de autonomia administrativa em São Paulo. Orientador:
Kátia de Abreu Fonseca. 2024. 232 folhas. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação
Inclusiva – Profei) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista –
UNESP, Presidente Prudente-SP, 2024.
FICHA TÉCNICA

Origem: Recurso Educacional: Guia de Atendimento Educacional Especializado de Alunos com

Deficiência Intelectual como desdobramento da dissertação Práticas pedagógicas para alunos
com deficiência intelectual: análise comparativa de modelos de autonomia administrativa
em São Paulo desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em Educação Inclusiva em
Rede Nacional – PROFEI, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual
Paulista – UNESP, Presidente Prudente-SP.

Área do conhecimento: Educação Inclusiva para pessoas com deficiência.

Categoria: Educação Inclusiva;

Finalidade: Contribuir com o processo de educação inclusiva de alunos com deficiência

intelectual.

Disponibilidade: Irrestrita, de acordo com a licença abaixo:

Licença:

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição – Não Comercial
4.0 Internacional.
Para conhecer essa licença acesse: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
 SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO....................................................................................... 5
1 AVALIAÇÃO INICIAL PARA ATENDIMENTO EM SALA DE RECURSOS
COM ÊNFASE EM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL..................................... 7
1.1 Entrevista Inicial com Responsável Legal.................................................... 7
1.2 Sobre a Abordagem Inicial com o Aluno em Sala de Recursos.................... 9
1.3 Sondagem Inicial.......................................................................................... 10
1.3.1 Procedimento de sondagem inicial para avaliação de hipóteses de escrita.. 10
1.3.2 Abordagem pedagógica para alunos sem grafia: registro e
desenvolvimento.......................................................................................... 14
1.4 Avaliação de Compreensão de Regras....................................................... 14
1.5 Atenção e Concentração.............................................................................. 16
1.6 Raciocínio Lógico......................................................................................... 20
1.6.1 Sequência Lógica......................................................................................... 26
1.6.2 Raciocínio Lógico e Alfabetização................................................................ 31
1.7 Imagem Corporal.......................................................................................... 34
1.8 Percepção e Memória Visual........................................................................ 37
1.8.1 Percepção Visual.......................................................................................... 37
1.8.2 Memória Visual............................................................................................. 42
1.9 Percepção e Memória Auditiva..................................................................... 44
1.9.1 Percepção Auditiva....................................................................................... 45
1.9.1.1 Origem do Som............................................................................................. 46
1.9.1.2 Incorporação de Recursos Audiovisuais....................................................... 48
1.9.2 Memória Auditiva.......................................................................................... 50
1.10 Percepção Tátil............................................................................................. 52
1.11 Percepção Olfativa....................................................................................... 56
1.12 Orientação Temporal.................................................................................... 57
1.13 Orientação Espacial..................................................................................... 61
1.14 Capacidade Visomotora............................................................................... 63
1.15 Habilidades Motoras..................................................................................... 65
1.15.1 Habilidades Motoras Finas........................................................................... 65
1.15.2 Habilidades Motoras Grossas....................................................................... 70
1.16 Expressão Criativa....................................................................................... 72
1.17 Linguagem e Comunicação.......................................................................... 76
1.17.1 Linguagem Expressiva................................................................................. 77
1.17.2 Fluência Verbal............................................................................................. 77
1.17.3 Compreensão Receptiva.............................................................................. 77
1.18 Raciocínio Lógico-Matemático..................................................................... 78
1.19 Interesse e Motivação .................................................................................. 81
REFERÊNCIAS............................................................................................ 121
APRESENTAÇÃO

Este guia é um recurso pedagógico destinado a professores especialistas buscando

um atendimento educacional especializado de qualidade e oferecendo metodologias e
atividades práticas para identificar habilidades e competências desenvolvidas bem como
aquelas que necessitam de desenvolvimento. Desde a entrevista inicial com o responsável
legal, passando por avaliação pedagógica inicial, até o desenvolvimento do plano de
atendimento educacional especializado, o guia visa a uma prática pedagógica de qualidade
e mais inclusiva.
A abordagem proposta inclui:

Entrevista inicial: realizada com os pais ou responsável, com o objetivo de coletar

informações sobre o aluno, incluindo padrões de sono, hábitos alimentares, condições de
saúde geral, histórico familiar e nível de autonomia pessoal. Além disso, são abordadas as
peculiaridades individuais do aluno, como suas brincadeiras preferidas e personagens
favoritos, a fim de integrar esses elementos nas atividades propostas, visando a maior
atenção e concentração durante as tarefas.

Sondagem inicial: avaliação das hipóteses de leitura e escrita com o objetiva de monitorar
o progresso do aluno na aquisição do sistema alfabético partindo dos seus conhecimentos
prévios.

Estratégias para alunos sem grafia: visam ao desenvolvimento progressivo de habilidades

de leitura e escrita através de métodos adaptativos, como uso de material concreto, colagem
de letras e palavras dentre outros.

Avaliação inicial: teste das habilidades e competências. A avaliação inicial é composta por
três etapas principais: a entrevista com a família, a observação na sala de aula regular e a
aplicação dos testes de habilidades e competências na Sala de Recursos Multifuncional
(SRM). Com base nas observações nesses três ambientes, o professor do AEE será capaz de
construir um perfil do aluno, identificando suas potencialidades e dificuldades. A partir dessa
avaliação, é elaborado o plano de atendimento educacional especializado, que será aplicado
exclusivamente na sala de recursos.

Dentre os testes de habilidades se têm:

1. AVALIAÇÃO INICIAL PARA ATENDIMENTO EM SALA DE RECURSOS COM
ÊNFASE EM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

1.1 Entrevista Inicial com Responsável Legal

A entrevista inicial na Sala de Recursos é de suma importância para dar início ao

atendimento educacional especializado. O objetivo é coletar dados relevantes para o
atendimento e, posteriormente, elaborar o formulário de Avaliação Inicial, um documento
exigido por lei que integra o processo do atendimento educacional especializado,
garantindo eficácia no atendimento. Os documentos fazem parte dos procedimentos
padronizados que asseguram a consistência e a qualidade do atendimento educacional
especializado. Estes ajudam na comunicação e coordenação entre os diferentes
profissionais envolvidos. Esse conjunto de dados auxilia a equipe a entender melhor o dia
a dia do aluno, incluindo seus cuidados de saúde, preferências alimentares, padrões de
sono e qualquer outra condição relevante que possa impactar seu desempenho e bem-
estar na escola. Além disso, é muito importante conhecer as medicações que o aluno está
tomando e suas respectivas dosagens, já que isso pode afetar diretamente como ele se
comporta e participa das atividades em sala de aula. Esquematicamente, as seguintes
informações devem ser solicitadas:

Informações Básicas do Aluno:

Histórico e Dinâmica Familiar:

Histórico e Dinâmica Familiar:

 Atividades de Lazer e Benefícios:

A seguir, são listadas as habilidades e competências que devem ser avaliadas

inicialmente, bem como as considerações sobre cada uma delas, a fim de proporcionar
base para o desenvolvimento de atividades posteriores.

1.2 Sobre a Abordagem Inicial com o Aluno em Sala de Recursos

A interação inicia-se com um diálogo informal sobre temas de interesse do aluno,

buscando avaliar a capacidade de manter uma conversa coerente e lógica. A abordagem
inicial deve ter o mínimo de conteúdo possível, expandindo gradativamente a
complexidade conforme as respostas do aluno.
A clareza na troca de informações é imprescindível, pois facilita a compreensão
compartilhada dos objetivos propostos e das expectativas, reforçando a colaboração
efetiva entre todas as partes. Este ambiente de diálogo aberto e respeitoso contribui
significativamente para a criação de um espaço acolhedor e seguro, em que cada
intervenção pedagógica pode ser discutida e ajustada conforme necessário, garantindo
que as necessidades específicas de cada aluno sejam atendidas com a maior precisão
e cuidado possíveis.
Inicialmente, é realizada uma Avaliação Pedagógica Inicial (API) para mapear os
conhecimentos prévios do aluno, identificando habilidades desenvolvidas e aquelas que
requerem desenvolvimento. O documento requer um trabalho colaborativo com a
participação do professor de sala regular e Especialista da sala de recursos.
Com base na avaliação, selecionando as habilidades e competências ainda não
desenvolvidas pelo aluno, é elaborado o Plano de Atendimento Educacional
Especializado (PAEE), propondo atividades específicas que diferem do currículo regular
a serem aplicadas exclusivamente em sala de recursos. A integração com o currículo da
sala regular é realizada pela professora, que ajusta o conteúdo e didáticas diferenciadas
às capacidades do aluno, influenciando diretamente na avaliação do seu desempenho,
chamada de Adequações, Ajustes e Flexibilizações do Currículo. A avaliação inicia-se
pela sondagem inicial.

1.3 Sondagem Inicial

A sondagem de hipótese de escrita busca acompanhar os avanços do aluno na

aquisição da base alfabética, levando em consideração seus conhecimentos prévios
para, a partir daí, planejar as atividades para seus respectivos avanços no processo de
alfabetização. Na prática, consiste em iniciar com um ditado de 1 palavra monossílba, 1
dissílaba, 1 trissílaba, 1 polissílaba e 1 pequena frase sem intervenções. As palavras
devem ser sobre o mesmo assunto, ou seja, dentro do mesmo campo semântico. O aluno
irá montar com letras móveis e posteriormente escrever em uma folha de sulfite sem
pauta. Utiliza-se sem pauta para análise do aluno em relação à sua orientação espacial
e capacidade visomotora ao copiar as letras montadas com precisão. O professor deve
atentar-se a algumas dicas, como, por exemplo, utilizar poucas letras móveis sobre a
mesa, iniciar com uma conversa informal sobre o tema e, de preferência, um tema de
interesse favorito do aluno.

1.3.1 Procedimento de sondagem inicial para avaliação de hipóteses de

escrita

Objetivo: Monitorar o progresso do aluno na aquisição do sistema alfabético,

levando em consideração seus conhecimentos prévios para, subsequentemente,
planejar atividades que promovam seu avanço no processo de alfabetização.

Metodologia:
Iniciar com um ditado que inclui:
Seleção de Palavras:

Uma palavra monossílaba;

Uma palavra dissílaba;
Uma palavra trissílaba;
Uma palavra polissílaba;
Uma frase breve - as palavras selecionadas devem pertencer ao mesmo
campo semântico, garantindo a coesão temática.

Execução da Atividade:

Montagem com Letras Móveis: O aluno primeiramente organizará as

palavras utilizando letras móveis, facilitando a manipulação física e a
visualização das estruturas das palavras.
Transcrição em Sulfite Sem Pauta: Posteriormente, o aluno transcreverá as
palavras e a frase em uma folha de sulfite sem pauta. Esta etapa permite a
avaliação da orientação espacial do aluno, observando a disposição das letras
e das palavras no espaço da folha.

Orientações Pedagógicas:

Quantidade de Letras Móveis: Disponibilizar um número limitado de letras

móveis para evitar sobrecarga de informações e facilitar a focalização nas
palavras-chave.
Introdução Temática: Iniciar com uma conversa informal sobre o tema das
palavras a serem ditadas. A escolha de um tema de interesse do aluno
aumenta a motivação e a conexão pessoal com a atividade.
 Observação de Aspectos Específicos: O educador deve observar a
capacidade do aluno em reconhecer e utilizar as letras, a compreensão dos
sons que compõem as palavras, a habilidade em organizar espacialmente as
palavras escritas e a coerência entre a fala e a escrita.

Finalidade:

Esta sondagem inicial tem como objetivo identificar o estágio atual do aluno no
processo de alfabetização, analisando as áreas que necessitam de desenvolvimento
adicional. A partir dos resultados, é possível adaptar e direcionar as estratégias
pedagógicas para atender às necessidades específicas do aluno, promovendo um
aprendizado mais eficaz e personalizado.
Exemplo: Campo Semântico – Animais:

RÃ VACA MACACO ELEFANTE EU GOSTO DE ANIMAIS

A Figura 1 mostra um aluno realizando a montagem de uma palavra com letras

móveis, seguida da escrita em folha de sulfite. Na Figura 2, foi utilizada uma imagem para
cada palavra ditada, por se tratar de um aluno com autismo o qual exigia um apoio visual
para sua maior compreensão.
 Figura 1 – Aluno durante Sondagem Inicial:

Fonte: Imagem da autora.

Figura 2 – Aluno durante Sondagem Inicial – utilização de letras móveis e

apoio visual – figuras:

Fonte: Imagem da autora.

1.3.2 Abordagem pedagógica para alunos sem grafia: registro e
desenvolvimento

Para alunos Público da Educação Especial (PEE) que, durante uma avaliação,
demonstram não possuir habilidade motora fina para grafia, é fundamental adotar uma
abordagem pedagógica adaptativa que reconheça e registre o estágio atual de
desenvolvimento da criança, tanto em termos de escrita quanto de leitura, e que delineie
estratégias para o desenvolvimento progressivo dessas habilidades.
Escrita: Na ausência de grafia, as tentativas de escrita do aluno devem ser
registradas como "garatujas" dentro da hipótese de escrita pré-silábica. Este registro inicial
reconhece a tentativa de comunicação escrita e marca o ponto de partida para o
desenvolvimento subsequente. Após a sondagem, em momentos de intervenções, utilizam-
se colagens de letras ou palavras em atividades lacunadas, por exemplo, para maior
desempenho e associação do aluno, levando em consideração a oralidade.
Leitura: A capacidade de leitura deve ser registrada de acordo com a sonoridade
em que o aluno se encontra. Isso pode variar desde a percepção de sons até a identificação
de sílabas ou palavras inteiras, dependendo do nível de desenvolvimento do aluno.

1.4 Avaliação de Compreensão de Regras

Tem como objetivo avaliar a compreensão do aluno às regras estabelecidas para

diferentes atividades lúdicas. Essa avaliação reflete diretamente a habilidade do aluno em
prestar atenção aos detalhes e sua capacidade de seguir instruções de maneira precisa. A
compreensão eficaz das regras é um indicador fundamental da habilidade cognitiva de
processamento e interpretação de informações complexas, essencial para o
desenvolvimento acadêmico e social.

Atividade: Teste de compreensão de comandos e regras por meio de jogos

de tabuleiro
A Figura 3 ilustra uma atividade baseada em um jogo de tabuleiro, cuja finalidade
é avaliar a compreensão de comandos e regras. O jogo apresenta regras simples,
previamente determinadas, como a utilização de dados ou outras instruções facilmente
assimiláveis, adaptadas conforme as especificidades do aluno. Consiste em observar e
analisar como o aluno processa informações, segue instruções e se adapta às regras
estabelecidas, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social.

Figura 3 – Aluno realizando teste de comandos e regras com jogos de

tabuleiro:

Fonte: Imagem da autora.

Também pode ser utilizados durante a avaliação circuitos com 3 ou mais etapas e
atividades com dois a três comandos sequenciados.
É importante notar que a observação das reações dos alunos diante de derrotas ou
resultados adversos é de suma importância para avaliar aspectos do desenvolvimento
socioemocional. Esta avaliação foca a resiliência do aluno, sua capacidade de lidar com
frustrações e a habilidade de manter um comportamento adequado e saudável em
situações desafiadoras. A maneira como o aluno aceita e processa a derrota pode oferecer
informações valiosas sobre sua maturidade emocional e capacidade de enfrentar desafios
futuros de forma positiva e construtiva. Tais observações visam orientar os profissionais da
sala de recursos a conduzirem avaliações estruturadas e sensíveis às necessidades
individuais do aluno, promovendo um ambiente de aprendizagem inclusivo e adaptativo,
que respeite as diversidades de desenvolvimento e emocional do aluno.

1.5 Atenção e Concentração

A atenção e a concentração são habilidades essenciais que fundamentam o

processo de aprendizagem. Essas habilidades permitem aos alunos focar tarefas por
períodos prolongados, compreender e reter informações e, consequentemente, alcançar
sucesso acadêmico e pessoal. Na educação especial, o desenvolvimento e aprimoramento
dessa habilidade assumem uma importância ainda maior, visto que muitos alunos podem
enfrentar desafios adicionais que dificultam a manutenção da atenção e concentração. A
dificuldade em se concentrar em tarefas e manter a atenção nos estímulos relevantes, pode
ser um desafio para absorver novas informações ou aplicar conhecimentos adquiridos
anteriormente.
Para avaliar e trabalhar a atenção e concentração na educação especial, vários
testes podem ser aplicados com excelentes resultados para uma avaliação mais precisa.
Esses testes ajudam a identificar as áreas específicas da necessidade de cada aluno e
permitem a criação de planos de intervenções personalizados. Ao aplicarem esses testes
e interpretarem seus resultados, educadores e profissionais da educação especial podem
desenvolver estratégias direcionadas a fortalecer as habilidades de atenção e concentração
do aluno. Isso pode incluir atividades diferenciadas, jogos lúdicos, fracionar as atividades
propostas, ajustes no ambiente de aprendizagem para reduzir distrações, ou a introdução
de pausas ativas que permitam aos alunos descansar para recomeçar.
Para todas as atividades propostas nesta avaliação, relacionadas à atenção e
concentração, recomenda-se a utilização de um cronômetro para marcar o tempo. Essa
estratégia permite não apenas verificar a presença de atenção, mas também mensurar a
duração do tempo de concentração do aluno em determinados casos, oferecendo dados
mais precisos para a análise do desempenho. Melhorias na duração da atenção podem ser
um indicador claro de que as estratégias implementadas estão sendo eficazes.
Estas atividades permitem uma avaliação precisa e objetiva do aluno em manter o
foco, fornecendo dados valiosos para identificar desafios relacionados à atenção e
concentração para um melhor planejamento das intervenções.
 Na aplicação dos testes, é fundamental observar outros elementos igualmente
relevantes, como a avaliação da atenção e concentração em diferentes tipos de atividades.
Essa análise permite identificar quais atividades proporcionam maior tempo de
concentração ao aluno e quais apresentam maior dificuldade. Por exemplo, pode-se
constatar que um aluno demonstra melhor desempenho em tarefas visuais em comparação
com aquelas que exigem habilidades auditivas. Essa identificação é essencial para adaptar
as estratégias pedagógicas às necessidades do aluno.
A Figura 4 ilustra um teste de atenção e concentração que envolve a reprodução
de desenhos utilizando palitos. A criança deve observar o modelo apresentado e tentar
copiá-lo de forma precisa. Durante essa atividade, é importante monitorar e registrar o
tempo em que a criança se mantém focada, até o momento em que seu foco se desvia,
resultando em respostas aleatórias ou a desistência da tarefa. Este processo oferece
informações valiosas sobre a capacidade de atenção e a persistência da criança diante de
uma atividade que requer concentração.

Figura 4 – Teste de atenção e concentração com uso de palitos:

Fonte: https://terocupsararaquelcosta.blogs.sapo.pt/construir-bonecos-53200
 A Figura 5 apresenta outro teste de atenção e concentração, que consiste em
organizar botões ao longo de uma linha específica. Nesta atividade, é fundamental observar
e registrar o tempo durante o qual o aluno consegue manter a atenção e a concentração na
tarefa. A avaliação desse tempo visa identificar a habilidade do aluno de focar em
atividades que envolvem padrões e movimentos finos, fornecendo assim uma visão mais
clara do seu nível de persistência e envolvimento.

Figura 5 – Teste de Atenção e Concentração – preenchimento em alinhavo:

Fonte: https://worksheets.clipart-library.com/worksheet/pre-writing-strokes-worksheet-32.html

O nível de dificuldade da atividade selecionada deve ser adequado à capacidade

do aluno, permitindo que ele a realize sem grandes obstáculos. É importante destacar que,
neste momento, o objetivo da avaliação é observar a manutenção da atenção e
concentração e não avaliar suas habilidades cognitivas. Portanto, ao optar por uma
atividade que esteja além das possibilidades do aluno, o propósito da avaliação se perde,
prejudicando a obtenção dos resultados.
 A Figura 6 apresenta uma atividade voltada para alunos com um nível maior de
compreensão, sendo necessário identificar o vértice correto do triângulo onde a marcação
deve ser feita, seguindo o modelo fornecido. Novamente, é importante certificar-se de que
o aluno tenha condições de executar essa tarefa, já que o objetivo é observar sua atenção
e concentração e não avaliar seu nível intelectual.

Figura 6 – Atividade para teste de Atenção e Concentração: marcação de

vértices correspondente ao modelo apresentado:

Fonte: https://www.cizgi.site/ru/aktivnost/362-poisk-shodstva-uprazhnenie%C2%A03

A Figura 7 apresenta uma atividade destinada a alunos capazes de realizar a tarefa

de associar números de acordo com a sequência das cores correspondentes, conforme o
modelo fornecido. Durante a aplicação dessa atividade, é essencial considerar o nível de
entendimento do aluno para garantir que ele tenha as condições necessárias para executá-
la corretamente. O foco da atividade é observar a atenção e a concentração do aluno na
execução do exercício proposto.
 Figura 7 – Atividade para teste de Atenção e Concentração - associando cores
e números:

Fonte: https://www.orientacionandujar.es/2021/04/11/codigo-de-colores/

1.6 Raciocínio Lógico

A avaliação do raciocínio lógico envolve a análise de como o aluno faz associações,

resolve problemas e aplica a lógica em situações diversas, como, por exemplo, durante um
jogo ou uma atividade impressa. Esse processo permite observar a capacidade de o aluno
raciocinar e de sua habilidade em tomar decisões fundamentadas na análise e interpretação
das informações disponíveis. Dessa forma, torna-se possível identificar o nível de
desenvolvimento do pensamento lógico e a maneira como o aluno lida com desafios que
exigem estratégias cognitivas.
Estes testes observam a habilidade de o aluno de compreender padrões,
sequências e relações entre conceitos, ajudando-o a desenvolver estratégias lógicas de
pensamento.
Para alunos de sala de recursos, o teste de raciocínio lógico não apenas destaca
áreas específicas de força e necessidade, como também fornece base para o
desenvolvimento de intervenções personalizadas. Por meio da identificação precisa dos
níveis de habilidade e das áreas que necessitam de suporte adicional, os educadores
podem adaptar as atividades de aprendizagem para atender às necessidades específicas
de cada aluno. O teste de raciocínio lógico é uma ferramenta essencial na sala de recursos,
na avaliação do desenvolvimento cognitivo e aprimoramento das habilidades de resolução
de problemas para o sucesso acadêmico e a autoconfiança.
Na sala de recursos, cujo objetivo é oferecer um suporte complementar e
personalizado ao aluno, os testes de raciocínio lógico visam estimular o pensamento crítico
e a resolução de problemas de forma lúdica e envolvente.
Aqui estão alguns exemplos de testes que podem ser utilizados:

Figura 8 – Paredinha a) Paredinha: esta atividade envolve a

montagem de uma parede utilizando blocos,
de modo que o aluno deve organizá-los
conforme considerar mais adequado até que
a parede forme um quadrado perfeito, sem
espaços internos. A tarefa exige raciocínio
lógico e estratégia, uma vez que existem
diferentes maneiras de alcançar o objetivo
final. A Figura 8 ilustra um aluno realizando
essa atividade, que permite observar as
habilidades de planejamento, resolução de
problemas e tomada de decisões durante a

Fonte: Imagem da autora execução da tarefa.

 b) Dominó “associação de ideias”. O dominó de
Figura 9 – Dominó de Associação de
"associação de ideias" é uma variação lúdica e
Ideias
educativa do tradicional jogo de dominó, projetado
para desenvolver habilidades cognitivas, como
associação de conceitos, criatividade e
pensamento crítico. Entretanto, no lugar de
números, as peças de dominó neste jogo
apresentam imagens, palavras ou conceitos que
devem ser conectados de maneira lógica ou
criativa, ao invés de simplesmente conectar figuras
semelhantes. Por exemplo, ao ser apresentada a
imagem de um Sol, o aluno pode colocar uma peça
com uma imagem de "praia" ao lado, associando
sol com praia. Ou, uma conexão pode ser feita entre
"gato" e "cachorro" por ambos serem animais de
Fonte: Imagem da autora estimação, e assim por diante.

Esta atividade avalia a capacidade de o aluno de associar logicamente figuras e

ideias. É importante promover a comunicação e a argumentação durante a execução,
procurando compreender o nível de raciocínio do aluno. Para isso, podem-se questionar a
cada jogada os motivos que o levaram a escolher determinada peça, incentivando o
pensamento crítico e a expressão verbal. A Figura 9 ilustra uma aluna participando do jogo,
junto com a professora que, também, se envolve ativamente na dinâmica, criando um
ambiente de interação e aprendizado.
 Figura 10 – Quebra-cabeças

c) Quebra-cabeça: Esta atividade visa

desenvolver o raciocínio lógico e a capacidade
de resolução de problemas por meio da
montagem de peças que formam uma imagem
ou objeto específico. Durante a execução do
quebra-cabeça, o aluno utiliza estratégias
cognitivas importantes, como o reconhecimento
de padrões e a associação de formas e cores,
habilidades essenciais para o desenvolvimento
do pensamento crítico.

Fonte: Imagem da autora

Na Figura 10, observa-se um aluno na Sala de Recursos engajado na montagem

de um quebra-cabeça de sua preferência, em situação de avaliação do nível de raciocínio
lógico e sua abordagem na resolução do desafio proposto.
 Figura 11 – Batalho-naval d) Batalha-naval: é um clássico jogo de
estratégia em que dois jogadores tentam
adivinhar a localização dos navios do
adversário em um tabuleiro oculto. Cada
jogador posiciona uma frota de navios, que
variam em tamanho, em um tabuleiro
retangular, geralmente dividido em grades de
coordenadas. Os jogadores então se revezam
ditando coordenadas específicas, tentando
"acertar" os navios do oponente. O objetivo é
afundar todos os navios do adversário antes
que os próprios navios sejam afundados.
Batalha Naval é mais do que um simples jogo
de sorte; ele demanda raciocínio lógico e
habilidades de dedução. Trata-se de
"coordenação espacial" ou "habilidade de
Fonte: Imagem da autora localização espacial".

Essa competência envolve a capacidade de identificar e correlacionar posições em

uma grade bidimensional, utilizando coordenadas para posicionar e localizar elementos
com precisão - exemplo: atirar no ponto B2 – o jogador terá que identificar o ponto de
encontro da linha vertical referente às letras com a linha horizontal referente aos números.
Também avalia "raciocínio espacial", que abrange a compreensão e manipulação de
posições e direções em um espaço delimitado, como o tabuleiro de Batalha Naval.
A Figura 11 mostra um jogo sendo aplicado a um aluno em Sala de Recursos.
 Figura 12 – Jogo Quem, Como e Onde e) Jogo Quem, Como e Onde: Esta atividade
pode ser utilizada para enriquecer a interação
com o aluno, introduzindo elementos lúdicos
que permitem avaliar seu nível de raciocínio e
compreensão. O jogo consiste em identificar
"quem", "como" e "onde" de determinadas
situações, estimulando o aluno a fazer
associações, formular frases e expressar
ideias. Dessa forma, a atividade também
incentiva a comunicação de uma maneira
divertida de analisar o entendimento e as
habilidades de interpretação do aluno.
A Figura 12 ilustra o jogo, em uma de suas

Fonte: https://www.bmbterapeuticos.com.br/produto/jogo- versões.

terapeutico-quem-o-que-como-onde-formar-frases/

Outros Exemplos: Há uma variedade de outras atividades que podem ser

utilizadas, sempre levando em consideração o nível de entendimento do aluno, com o
objetivo de avaliar seu raciocínio lógico. A seguir, alguns exemplos adicionais:

Classificação e Sequenciamento: atividades que envolvem a organização de objetos,

figuras ou palavras em categorias específicas ou em uma sequência lógica.

Jogos de Memória: exercícios que estimulam a atenção e a associação de imagens,

palavras ou conceitos, ajudando a desenvolver a concentração e o raciocínio.

Desafios de Construção: uso de blocos, peças de encaixe ou materiais diversos para

montar estruturas, o que envolve planejamento e resolução de problemas.
 Atividades de Agrupamento: separar objetos ou figuras por cor, forma, tamanho ou
outras características, estimulando a análise e a categorização.

Enigmas Verbais Simples: têm o objetivo de desenvolver habilidades de compreensão

e aplicação de lógica em contextos verbais. Isso pode incluir adivinhas que requerem
análise e dedução para encontrar a resposta. Como exemplo, pode-se sugerir: “Posso
riscar seu caderno, mas você pode me apagar. Quem sou eu?”

Problemas de Lógica com Imagens: atividades que têm por objetivo utilizar imagens
para formular problemas cuja solução exige raciocínio lógico, como: encontrar
diferenças ou semelhanças entre várias imagens, ou deduzir relações lógicas entre elas.

Jogos de Estratégia: jogos como xadrez adaptado, damas ou outros jogos de tabuleiro
que requerem planejamento e estratégia podem ser excelentes para desenvolver o
raciocínio lógico, ensinando o aluno a pensar adiante e considerar várias possibilidades.

Atividades de Causa e Efeito: propor situações onde o aluno deve identificar relações
de causa e efeito. Por exemplo: "Se eu derramar água no chão, o chão ficará molhado".
Isso ajuda a desenvolver o pensamento lógico e a compreensão de relações simples de
causa e efeito.

Histórias com problemas a resolver: narrativas ou histórias curtas que apresentam

um problema que precisa ser solucionado pelo protagonista, incentivando o aluno a
propor soluções lógicas e criativas.

Essas atividades proporcionam diversas oportunidades para observar como o aluno

aplica a lógica, resolve problemas e faz associações, contribuindo para uma compreensão
mais abrangente de suas habilidades cognitivas.

1.6.1 Sequência Lógica

Dentre os testes de Raciocínio Lógico, os testes que envolvem Sequência Lógica
ganham uma importância maior devido ao seu poder em determinar se o aluno tem um
nível de compreensão adequado para determinadas atividades como a maior possibilidade
de alfabetização.
A Figura 13 apresenta um exemplo desse tipo de atividade, em que é preciso
compreender a sequência correta dos acontecimentos. Os diversos quadros devem ser
previamente recortados e, em seguida, o aluno deve organizá-los na ordem lógica. Esta
atividade estimula o raciocínio sequencial, a compreensão de causa e efeito e a capacidade
de interpretação, oferecendo uma forma prática de avaliar as habilidades cognitivas do
aluno com possibilidades de adaptações de acordo com seu nível de compreensão.
Fundamentalmente, tais testes têm por objetivo avaliar a habilidade de reconhecer
padrões e sequências para o desenvolvimento cognitivo. Por exemplo, pode-se utilizar uma
série de imagens ou números, em que o aluno deve determinar qual item vem a seguir na
sequência. Este tipo de teste também beneficia significativamente o processo de leitura e
alfabetização do aluno. Colocar figuras em ordem sequencial, seguindo uma narrativa ou
uma lógica específica, é uma atividade valiosa no processo de alfabetização. Esta prática
está diretamente relacionada ao desenvolvimento de habilidades fundamentais para a
leitura. Estes jogos de sequência lógica ajudam os alunos a desenvolverem habilidades de
pensamento crítico e lógico, permitindo-lhes identificar padrões, prever resultados e
compreender a ordem dos eventos. Essa habilidade é muito importante tanto para a
compreensão leitora quanto para a resolução de problemas matemáticos.
 Figura 13 – Atividade pra teste de Sequência Lógica usando história:

Fonte: https://www.liveworksheets.com/w/eu/euskara/2198233

Dependendo de como decorre a avaliação, pode-se aumentar ou diminuir o grau

de dificuldade do teste, buscando-se efetivamente o nível de compreensão do aluno para
melhores resultados. A Figura 14 mostra um teste de Sequência com apenas 3 quadros,
de fácil compreensão para o aluno.
 Figura 14 – Teste de Sequência Lógica utilizando apenas 3 quadros:

Fonte: https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-gravuras-para-seriacao-de-historias-parte-2/

Ao ordenar figuras que representam uma sequência de eventos, os alunos praticam

a habilidade de identificar o início, o meio e o fim de uma história. Esta habilidade é
determinante para a compreensão de textos, pois permite que o aluno entenda a estrutura
básica das narrativas, a compreensão e a retenção da informação. Portanto, atividades que
envolvem colocar figuras em ordem sequencial transcendem simples jogos ou
passatempos; elas são ferramentas poderosas que promovem o desenvolvimento de várias
habilidades essenciais para a alfabetização e o aprendizado geral.
A Figura 15 mostra um teste de Sequência Lógica no qual se têm 4 figuras, porém,
com relação simples entre elas. A primeira figura mostra uma vela inteira e nova. A segunda
mostra a mesma vela, mas ligeiramente mais curta, indicando que foi queimada por algum
tempo. A terceira figura mostra a vela ainda mais curta e a quarta mostra a vela quase no
fim da sua queima. O aluno deve colocá-las na ordem dos acontecimentos.
 Figura 15 – Teste de Sequência com figuras simples:

Fonte: Imagem da autora.

Outro exemplo de Sequência Lógica, conforme mostra a Figura 16, consiste em 4

figuras, demonstrando as fases do crescimento humano. Desta forma, avalia-se a
compreensão de mundo do aluno e sua capacidade de associação em uma sequência de
acontecimentos.
 Figura 16 – Teste de Sequência utilizando as fases do crescimento humano:

Fonte: Imagem da autora.

1.6.2 Raciocínio Lógico e Alfabetização

Para alunos alfabetizados, podem-se utilizar testes mais aprofundados, com uso
de frases com enigmas, por exemplo. Ao resolver enigmas que envolvem frases, os alunos
são incentivados a pensar de maneira lógica e sequencial para desvendar a solução. Isso
envolve deduzir informações a partir de dicas dadas ou imagens e fazer conexões entre
diferentes peças de informação.
A Figura 17 traz um teste simples para um aluno já alfabetizado, no qual basta a
substituição das figuras por palavras para o estabelecimento da frase completa.
 Figura 17 - Teste de Frase com Enigma simples:

Fonte: https://www.liveworksheets.com/node/6531055

A Figura 18 mostra um aluno em Sala de Recursos efetuando o teste de frases com

enigmas. Deve-se dar tempo e possibilidade para que o aluno entenda suficientemente
como realizar a atividade proposta.
 Figura 18 – aplicando teste de frases com enigmas:

Fonte: https://www.aartedeensinareaprender.com/2019/08/atividade-pronta-enigma.html

Para alunos com maior potencial, esta atividade apresenta maior desafio . A Figura
19 traz um exemplo de atividades com frases enigmas com maior grau de dificuldade.
Podem-se utilizar cartas com figuras apresentadas na mesa para que o aluno desvende,
ou até mesmo objetos.
 Figura 19 – Frases com enigma de maior grau de dificuldade:

Fonte: Imagem da autora.

1.7 Imagem Corporal

A imagem corporal envolve habilidades sensório-motoras que refletem a percepção

que uma pessoa tem de seu próprio corpo, abrangendo sua funcionalidade e a relação
espacial entre suas partes. O desenvolvimento e a avaliação da imagem corporal são
fundamentais para o crescimento cognitivo, físico e emocional dos alunos, desempenhando
um papel fundamental em sua formação integral.
Dentro dos objetivos da avaliação da imagem corporal, destacam-se dois pontos
principais. Primeiro, o reconhecimento corporal, que visa avaliar a capacidade de o aluno
identificar e nomear diferentes partes do seu corpo. Essa avaliação inclui tanto partes
visíveis como braços, pernas e cabeça, quanto partes internas essenciais como coração,
pulmões e estômago, enfatizando também a compreensão de suas funções vitais. O
segundo objetivo é a consciência espacial e funcional, cujo foco é entender o nível de
conhecimento do aluno sobre as funções das partes do corpo e sua relevância para a saúde
e o bem-estar geral.
 Como exemplo de primeira avaliação, tem-se o Jogo de Montagem de Partes do
Corpo. A Figura 20 ilustra um aluno montando o corpo humano, reconhecendo as partes
do corpo humano, em uma avaliação mais lúdica e em nível menor de dificuldade. Podem
ser utilizados modelos de corpos em tamanho real, figuras ou recortes que possam ser
montados. Pedir aos alunos que posicionem as partes do corpo nos devidos lugares,
nomeando-as à medida que avançam na montagem.

Figura 20 – Jogo de Montagem das Partes do Corpo:

Fonte: https://www.istockphoto.com/br/vetor/ilustra%C3%A7%C3%A3o-em-vetor-do-corpo-humano-gm988830118-68098634

Para uma avaliação mais aprofundada, incluir partes internas do corpo e discutir
suas funções básicas. Podem-se utilizar recursos visuais ou digitais para complementar a
aprendizagem. A Figura 21 traz outro exemplo de atividade que poderia ser utilizada
 Figura 21 – Atividade: Reconhecimento de Imagem Corporal:

Fonte: Imagem da autora.

Caso o aluno demonstre conhecimento sobre as partes internas do corpo, podem-

se inserir atividades com maior grau de dificuldade, procurando-se avaliar corretamente o
grau de consciência corporal do aluno. A Figura 22 traz um exemplo deste tipo de atividade,
no qual o aluno, após ter passado por testes mais básicos, procura estabelecer relações
mais profundas.
 Figura 22 – Atividade: reconhecimento de órgãos do corpo humano:

Fonte: https://www.liveworksheets.com/node/3303559

1.8 Percepção e Memória Visual

A percepção visual e a memória visual são componentes fundamentais do

desenvolvimento cognitivo, influenciando a maneira como o indivíduo interpreta, interage e
se lembra do mundo ao seu redor. Estas habilidades são fundamentais para a
aprendizagem, pois afetam diretamente a capacidade de leitura, escrita, matemática e
muitas outras áreas do conhecimento. Basicamente se têm:

1.8.1 Percepção visual

Avaliar a capacidade de o aluno identificar diferenças e semelhanças entre objetos,

focando características como tamanho, cor, forma e direção.
 Como exemplo, têm atividades de encaixe de peças de formas específicas em
locais correspondentes, utilizando materiais como MDF ou outros materiais
confeccionados.
A Figura 23 mostra um teste de percepção visual onde o aluno precisa encaixar as
várias formas locais.

Figura 23 – Atividade para teste de Percepção Visual com formas

geométricas:

Fonte: Imagem da autora.

Figura 24 mostra o aluno realizando um teste de Percepção Visual através do

encaixe de peças de MDF adequadas, utilizando as peças fornecidas.
 Figura 24 – Percepção Visual com encaixe de formas:

Fonte: Imagem da autora.

A Figura 25 traz um teste de Percepção Visual que objetiva relacionar o quadrado

existente na folha de sulfite com a correspondente cor apresentada através das peças
coloridas.
 Figura 25 – Atividade para Teste de Percepção Visual com cores:

Fonte: https://siggiewiprimary.com/2020/04/07/kindergarten-activity-no-26/

A Figura 26 traz outro teste de Percepção Visual onde o aluno precisa copiar as
posições apresentadas em um modelo inicial, determinando sua capacidade de localização
em um quadro retangular.
 Figura 26 – Atividade para Teste de percepção visual correspondente:

Fonte: https://desenhosinfantiseducativos.blogspot.com/2016/04/moranguinho.html

Na Figura 27 o aluno precisa relacionar determinada figura à sua sombra

correspondente.
 Figura 27 – Teste de percepção visual – sombras:

Fonte: Imagem da autora.

1.8.2 Memória Visual

Consiste em avaliar a habilidade do aluno em recordar informações visuais, tanto

em curto quanto em longo prazo, e a eficácia com que pode organizar e interpretar esses
dados visuais. É importante compreender que o objetivo é desenvolver a capacidade de o
aluno recuperar e reter e informações visuais. Basicamente, os testes devem ser efetuados
da seguinte maneira:
 O professor deve oferecer encorajamento contínuo e também adaptar a
complexidade e a variedade dos itens apresentados, permitindo uma personalização eficaz
do exercício e atendendo às necessidades e ao nível de habilidade de cada aluno.
A Figura 28 traz exemplos de testes de Memória Visual aplicados a alunos
utilizando cores, figuras e numerais em determinada ordem.
 Figura 28 – Exemplos para testes de memória visual com uso de cores, figuras
e números:

Fonte: Imagem da autora.

1.9 Percepção e Memória Auditiva

Desenvolver a habilidade de Percepção e Memória Auditiva tem uma relação direta

e fundamental com o processo de alfabetização por várias razões:
Compreensão e Retenção de Instruções Verbais: A memória auditiva permite que
o aluno compreenda e retenha instruções verbais do professor, favorecendo a leitura e a
escrita. É necessário seguir orientações e explicações sobre como as letras soam e como
combiná-las para formar palavras.
Consciência Fonológica: outro fator importante na alfabetização é a consciência
fonológica, que é a habilidade de reconhecer e manipular os sons da fala (fonemas) em
palavras. A memória auditiva ajuda o aluno a identificar, lembrar e trabalhar com os sons
das palavras, facilitando o aprendizado da leitura e da escrita.
Vocabulário e Gramática: Ao ouvir e memorizar palavras e estruturas de frases, o
aluno desenvolve seu vocabulário e compreensão gramatical. Uma boa memória auditiva
permite que ele lembre palavras novas e como as palavras se encaixam em frases, o que
é fundamental para a leitura compreensiva e a produção textual.
Imitação de Padrões de Fala: Para alunos em fase de alfabetização, ouvir e depois
imitar padrões de fala é uma maneira importante de aprender a linguagem. A Memória
Auditiva permite que lembrem como as palavras e frases soam, incentivando a imitação
precisa desses padrões.
Motivação e Engajamento: A habilidade de ouvir histórias, compreendê-las e
lembrar-se delas pode motivar o aluno a se interessar pela leitura e escrita. A Memória
Auditiva permite que o aluno se engaje mais profundamente com o conteúdo que ouve,
estimulando o desejo de explorar mais por conta própria.
Por esses motivos, o desenvolvimento da Memória Auditiva é considerado um pilar
no processo de alfabetização, servindo como base para a aquisição de habilidades de
leitura e escrita mais complexas. Professores e pais podem estimular a Memória Auditiva
por meio de atividades como cantar músicas, contar histórias e jogos que envolvam ouvir e
repetir sons ou instruções.

1.9.1 Percepção auditiva

A seguir, apresentam-se procedimentos recomendados para o teste de Percepção

Auditiva dos alunos a serem inclusos em um contexto formativo:
 Estas atividades são projetadas para avaliar a capacidade de Percepção Auditiva
dos alunos, desempenhando um papel muito importante no desenvolvimento de habilidades
auditivas fundamentais para o processo de aprendizagem.

1.9.1.1 Origem do Som

Outra atividade bastante interessante é a identificação da origem do som. O

objetivo desta atividade é avaliar a capacidade de o aluno discernir e identificar a
localização e a fonte dos sons, utilizando exclusivamente a audição. Para isso, é essencial
dispor de um espaço tranquilo e livre de distrações sonoras para a realização do exercício.
O procedimento inicia-se com a preparação na qual o aluno é orientado a sentar-
se ou ficar de pé em uma posição confortável. É fundamental que ele feche os olhos ou
utilize uma venda para eliminar o auxílio visual, garantindo que se concentre unicamente
na audição. O professor, por sua vez, posiciona-se silenciosamente atrás do aluno para
evitar fornecer qualquer dica visual que possa influenciar a resposta.
Durante a execução, o professor, mantendo-se fora do campo de visão do aluno,
realiza uma série de sons distintos. Estes sons podem incluir ações como bater palmas,
estalar os dedos, ou produzir sons batendo suavemente em partes do próprio corpo, como
pernas, braços ou peito. Os sons devem ser variados em termos de fonte e localização,
com o intuito de desafiar e estimular a percepção auditiva do aluno.
Após a produção de cada som, o aluno deve responder indicando a origem do som.
Ele deve descrever o que acredita ser a fonte do som (por exemplo, palmas) e de onde o
som parece vir em relação à sua posição. Esta atividade é uma excelente ferramenta para
desenvolver e aprimorar as habilidades auditivas do aluno, fundamental para a interação
com o ambiente e o aprendizado em diversos contextos.
 Para aumentar a complexidade do teste, o professor pode alterar a distância em
relação ao aluno ao produzir os sons, utilizar diferentes materiais para criar sons únicos ou
sequenciar rapidamente diversos sons para avaliar a Memória Auditiva do aluno.
Ao final da atividade, o professor deve exercer uma postura construtiva ao aluno,
discutindo as respostas dadas e, se necessário, sugerindo estratégias para melhorar a
Percepção Auditiva.
Outros benefícios na realização deste teste são que eles não apenas ajudam a
avaliar a Percepção Auditiva, mas também a desenvolver outras habilidades, como
concentração e a capacidade de processar informações auditivas sem distrações visuais.
É importante garantir que todos os sons produzidos sejam seguros e confortáveis
para o aluno, evitando sons excessivamente altos ou perturbadores.
Este teste oferece u’a maneira eficaz e interativa de engajar alunos em exercícios
de Percepção Auditiva, essenciais para o desenvolvimento cognitivo e linguístico.
A Figura 29 ilustra o momento de aplicação do teste referente a atividde origem do
som.
Figura 29 – Aplicação do teste de origem do som:

Fonte: Imagem da autora.

1.9.1.2 Incorporação de Recursos Audiovisuais

A incorporação de tecnologias audiovisuais, como a exibição de vídeos, é um

recurso didático valioso para facilitar a identificação de sons de animais e de ambientes
naturais, como jardins e natureza dentre outros. Esse método pode aumentar,
significativamente, o interesse do aluno durante testes que avaliam a percepção auditiva e
a memória. Esta atividade do som do cuco é um exercício particularmente engajador onde
se consegue manter a atenção do aluno para realização da atividade proposta. Consiste
em fornecer ao aluno uma folha de papel sulfite e solicitar que desenhe uma árvore com
uma copa ampla. Durante a reprodução de um áudio do canto do cuco, que pode ser
acessado por meio do link a seguir, o aluno é instruído a marcar um círculo dentro da copa
da árvore a cada vez que identificar o som característico do "cuco". Tal atividade não
apenas captura o interesse do aluno, mas também contribui para o desenvolvimento da
atenção auditiva e da capacidade de associação visual.
A Figura 48 ilustra a aplicação do teste de percepção auditiva em análise. O áudio
utilizado pode ser obtido através do link: https://www.youtube.com/watch?v=S37uAkojq4w

Figura 30 – Aplicação do teste de percepção auditiva – “cuco”:

Fonte: Imagem da autora.

Outros testes podem ser efetuados (os links para os vídeos correspondentes no
“YouTube” podem ser obtidos clicando-se diretamente no texto destacado em cada item):
 a) Identificação dos Sons dos Animais
No vídeo disponível em Identificação dos Sons dos Animais, o teste é projetado
para ajudar o aluno a reconhecer e identificar os sons emitidos por diferentes animais. Este
teste é particularmente útil para desenvolver habilidades auditivas, além de aumentar seu
conhecimento sobre a fauna. Durante o vídeo, são apresentados sons de animais como
cães, gatos, vacas e muitos outros, e os alunos são encorajados a adivinhar de qual animal
cada som provém.
Clique para acessar: Adivinhe o som dos animais

b) Identificação dos Sons do Jardim

O vídeo Identificação dos Sons do Jardim oferece um teste envolvente que permite
ao aluno explorar e identificar os sons típicos de um jardim. O teste inclui uma variedade
de sons naturais, como o canto dos pássaros, o zumbido dos insetos e o sussurro do vento
entre as folhas. O objetivo é afinar a percepção auditiva do aluno para diferentes sons da
natureza, incentivando-os a distinguir entre nuances sutis em ambientes tranquilos e
naturais.
Clique para acessar: Que som é esse? Sons do Jardim

c) Identificação de Sons Diversos

Em Identificação de Sons Diversos, o vídeo apresenta um teste mais amplo e
variado, em que sons de diferentes origens e contextos são reproduzidos. Este teste
abrange uma gama de sons desde domésticos, como o bater de uma porta e o tilintar de
louças, até sons mais abstratos que podem ser encontrados em ambientes urbanos ou
industriais. Este exercício desafia o aluno a identificar e classificar sons em categorias,
melhorando sua habilidade de focar detalhes auditivos específicos em meio a uma mistura
de ruídos de fundo, o que é uma habilidade valiosa para o desenvolvimento acadêmico e
para situações do dia a dia.
O uso estratégico de uma diversidade de categorias sonoras para identificação é
uma técnica pedagógica que deve ser cuidadosamente alinhada aos interesses específicos
de cada aluno. Ao personalizar as atividades de escuta para envolver o foco de cada aluno,
pode-se otimizar, significativamente, a atenção e a concentração, conduzindo a melhores
resultados de aprendizagem. A seleção de sons que capturam o interesse particular de
cada aluno pode incrementar o engajamento e a motivação durante exercícios de
percepção auditiva. Esta abordagem centrada no aluno enfatiza a importância de conhecer
e utilizar os pontos de interesse individuais como ferramentas para fortalecer as habilidades
cognitivas, a percepção e a memória auditiva.
Clique para acessar: Que som é esse? Sons do corpo
Clique para acessar: Que som é esse? Sons dos meios de transporte

1.9.2 Memória Auditiva

O teste de Memória Auditiva mede a capacidade de reter e reproduzir informações

recebidas pelo sentido da audição. Este tipo de teste visa compreender como o aluno
processa, armazena e recupera sons e palavras. Ele é fundamental para diversos aspectos
da aprendizagem e comunicação, tendo aplicações práticas significativas. Vale destacar
que, enquanto a percepção auditiva envolve a identificação de sons variados, o teste de
Memória Auditiva requer que o aluno não apenas reconheça, mas também reproduza a
sequência de sons apresentada, seja ela composta por sons variados, palavras ou
numerais. Essa capacidade de reprodução é o que diferencia a memória auditiva da simples
percepção auditiva.
Alguns testes que podem ser realizados são:

Para realizar esse teste, é preciso usar objetos que fazem sons variados, como:
tambor, chocalho, apito e outros. Sugere-se fazer ainda sons com o corpo, ou bater palmas
e assobiar. Dizer para o aluno fechar os olhos, faer um som e pedir que ele tente adivinhar.
Em seguida, fazer uma sequência de sons com os objetos e perguntar ao aluno quais foram
os objetos usados e em qual ordem. O ideal é começar o teste apenas com dois sons e, aos
poucos, acrescentar outros. Deve-se observar se o aluno reconhece todos os sons e
reproduz a sequência com exatidão.
 Esse teste pode ser feito logo após o anterior, porque a ideia é fazer os mesmos
sons de antes, na mesma sequência, porém, deixando um de lado. Com isso, o aluno deve
identificar qual dos barulhos não foi feito dessa vez

O aluno deve fechar os olhos, pensar num lugar para onde gostaria de viajar e
escolher um objeto para levar. Depois, perguntar a ele qual é o lugar e o objeto escolhido
e, com isso, formar uma frase, repetindo o objeto escolhido por ele e incluindo um a mais.
Deve-se avaliar se, na sequência, o aluno consegue repetir a frase e acrescentar mais um
item e, assim, sucessivamente, até que haja vários itens para se levarem na viagem.
Ao avaliar o desenvolvimento da percepção auditiva do aluno, é fundamental adotar
um conjunto de critérios claros e consistentes. Primeiramente, deve-se verificar se o aluno
é capaz de identificar os sons que são apresentados, o que é um indicador primário da sua
habilidade auditiva. Em seguida, avalia-se a facilidade com que o aluno reconhece
sequências de sons e se tem a capacidade de reproduzir uma sequência de sons, o que
reflete sua capacidade de processamento e memória auditiva.
▪ Uma análise mais detalhada é feita observando se há dificuldades em
reconhecer sequências de sons. A capacidade de distinguir um som
específico e associá-lo ao instrumento ou objeto correspondente é também
um aspecto importante da avaliação, pois indica a habilidade de categorização
auditiva do aluno.
▪ É relevante observar se, após serem apresentadas várias sequências de
sons, o aluno consegue identificar quais sons não foram repetidos,
demonstrando sua capacidade de atenção e retenção auditiva.
▪ A habilidade de adicionar elementos a uma sequência de frases ou palavras
sem esquecer os itens anteriores é outro critério valioso, pois isso mostra a
habilidade de o aluno construir e lembrar sequências auditivas complexas.
A conformidade do aluno em seguir regras e comandos específicos é essencial
para determinar sua capacidade de compreensão e obediência dentro do contexto de
avaliação. Por fim, observar se o aluno apresenta dificuldades gerais durante os testes pode
fornecer orientações sobre possíveis áreas que requerem atenção adicional ou estratégias
de intervenção diferenciadas.
Cada critério deve ser cuidadosamente documentado para assegurar uma
compreensão abrangente do desempenho auditivo do aluno, permitindo, assim, um
planejamento educacional mais focado e personalizado.

1.10 Percepção Tátil

A importância da Percepção Tátil é particularmente significativa para os alunos em

situação de avaliação. Para esses alunos, essa percepção não é apenas uma forma de
explorar o mundo físico, comos também um meio essencial para o desenvolvimento
cognitivo e social. A Percepção Tátil também ajuda no desenvolvimento da orientação
espacial e na habilidade de realizar tarefas cotidianas de forma independente, fatores que
são vitais para a autoestima e autonomia do aluno.
Alguns exemplos de atividades avaliatórias da Percepção Tátil incluem:

a) Caixa de Tesouro Tátil: Uma caixa contendo objetos de diferentes texturas,

formas, temperaturas e pesos. O aluno, com os olhos vendados ou fechados, deve explorar
cada objeto com as mãos e tentar identificá-los, descrevendo suas características ou
nomeando-os. A Figura 31 ilustra a aplicação do teste em Sala de Recursos.
 Figura 31 - Teste com Caixa de Tesouro Tátil:

Fonte: Imagem da autora.

b) Trilhas Táteis: Caminhos feitos com diferentes materiais como areia, pedras,
tecidos, grama artificial, por onde o aluno pode andar descalço. Essa atividade estimula a
percepção tátil dos pés e ajuda no desenvolvimento do equilíbrio e da consciência corporal.
A Figura 32 ilustra trilhas táteis que poderiam ser utilizadas neste teste e, posteriormente,
em intervenções, inclusive ilustrando a aplicação, mostrando diferentes texturas.
 Figura 32 – Trilhas táteis:

Fonte: Imagem da autora.

c) Jogos de Correspondência de Texturas: Cartões ou peças de quebra-cabeça

com diferentes texturas na superfície. A tarefa do aluno é combinar os pares
correspondentes apenas pelo toque, sem olhar para as peças. A Figura 33 ilustra diferentes
jogos com correspondência de texturas, ilustrando também a aplicação do teste, durante o
qual o aluno deve permanecer com olhos vendados enquanto tenta colocar as duas mãos
em texturas iguais, até que consiga fazer a dupla correta de texturas. A figura também
mostra atividades tanto compradas, quanto aquelas que podem ser produzidas com
materiais de baixo custo.
 Figura 33 – Jogo de Correspondência de texturas:

Fontes: https://alunoon.com.br/infantil/atividades.php?c=731
https://alexbrinquedos.commercesuite.com.br/acessibilidade/jogo-da-memoria-com-
textura-educacao-inclusiva
https://www.mundoekko.com.br/produtos/memoria-tatil-18-pecas/
https://compu-rim.com/envatol/Crian-as-com-Defici-ncia-Visual-2145825.html

d) Atividades com Massa de Modelar: Manipular massa de modelar ou argila

promove o desenvolvimento da força manual e da coordenação motora fina, além de ser
uma ótima maneira de explorar formas e texturas.
e) Livros Sensoriais: Livros que incluem elementos táteis como tecidos, papéis
de diferentes texturas e objetos embutidos. Ler esses livros estimula o sentido do toque
enquanto o aluno também aprende novos conceitos e histórias.

1.11 Percepção Olfativa

O teste de Percepção Olfativa na sala de recursos tem como objetivo avaliar e

desenvolver a habilidade de o aluno identificar e diferenciar aromas, uma habilidade que
pode enriquecer a compreensão sensorial do mundo ao seu redor e contribuir,
significativamente, para a sua interação e aprendizado sobre o ambiente, promovendo,
assim, uma experiência mais integrada e sensorialmente rica.
Testes de Percepção Olfativa podem ser educativos e prazerosos, ajudando a
reconhecer e diferenciar aromas agradáveis como ervas finas aromáticas, café, baunilha,
flores, dentre outros. Basicamente, com os olhos vendados ou fechados, o aluno deverá
identificar cheiros como perfumes, café e outros cheiros marcantes dentro do seu
entendimento.
Aqui estão alguns exemplos de como esses testes podem ser aplicados:

a) Jogo de Adivinhação de Aromas: Usar pequenos recipientes fechados como

potes ou saquinhos de tecido contendo diversos itens com aromas distintos, como ervas
(hortelã, alecrim), frutas (casca de laranja, limão), especiarias (canela, cravo) ou essências
(baunilha, lavanda). Os alunos devem cheirar cada recipiente e tentar identificar o aroma
sem visualizar o conteúdo.
b) Memória Olfativa: Preparar pares de recipientes com os mesmos aromas.
Misturá-los e pedir que os alunos encontrem os pares apenas pelo olfato, sem abrirem os
recipientes. Este teste não apenas trabalha a percepção olfativa, mas também a memória.
c) Histórias com Aromas: Contar uma história ou leia um livro que mencione
alimentos, flores, ambientes naturais ou outros elementos que possam ser associados a
aromas específicos. Pausar a narração em momentos-chave para permitir que os alunos
cheirem itens ou essências relacionados à história, enriquecendo a experiência de leitura
com estímulos olfativos.
d) Reconhecimento de Emoções através de Aromas: Associar diferentes
aromas a emoções específicas (por exemplo, lavanda para relaxamento, limão para alerta)
e discutir como diferentes cheiros podem afetar os sentimentos e o humor. Isso pode ajudar
a desenvolver a inteligência emocional e a autoconsciência.
 e) Caça ao Tesouro Olfativa: Esconder objetos aromáticos em diversos locais
de uma sala ou área externa. Dar aos alunos pistas olfativas para encontrarem os objetos
escondidos, estimulando a exploração e a associação de aromas com locais ou objetos
específicos.
f) Criação de Perfumes ou Sachês Aromáticos: Permitir que os alunos
misturem diferentes essências, ervas ou flores secas para criarem seu próprio perfume ou
sachê aromático. Essa atividade incentiva a experimentação e o desenvolvimento da
habilidade de distinguir e combinar aromas.
Esses testes não apenas estimulam a percepção olfativa, como também promovem
a aprendizagem sensorial, a memória, a atenção e a consciência emocional.

1.12 Orientação Temporal

Consiste em avaliar a habilidade de o aluno reconhecer e entender diferentes

aspectos da orientação temporal, incluindo a distinção entre dia e noite, conhecimento dos
dias da semana, uso efetivo do calendário (identificando dias, meses e anos), leitura de
horas em relógios analógicos e a habilidade de distinguir fotos de diferentes épocas, bem
como reconhecer fatores históricos relevantes, ajustados à idade e nível de compreensão
do aluno.
Alguns testes que podem ser realizados consistem em:

a) Reconhecimento de Dia e Noite: Deve-se verificar a habilidade de o aluno

diferenciar o dia e a noite, utilizando imagens ou contextos reais. Apresentar ao aluno
imagens ou cenários que representem claramente o dia e a noite, pedindo-lhe que
identifique cada um.
b) Dias da Semana: Deve-se avaliar o conhecimento em relação aos dias da
semana, quais são os dias da semana e/ou pedir que os organize em determinada ordem.
A Figura 33 ilustra uma atividade complementar, que poderia ser utilizada no caso
de um aluno alfabetizado.
 Figura 33 – Reconhecimento dos dias da semana:

Fonte: https://varaldeatividades.blogspot.com/2010/10/calendario-dias-da-semana.html

c) Consulta ao Calendário: Consiste em examinar a capacidade de o aluno usar

um calendário para identificar dias específicos, meses e o ano atual. Deve-se fornecer um
calendário e pedir ao aluno que aponte o dia atual, o mês e o ano, ou encontre datas
específicas ditadas pelo professor. A Figura 34 ilustra a aplicação do teste.
 Figura 34 – Teste de consulta ao calendário:

Fonte: Imagem da autora.

d) Horas no Relógio de Ponteiro: trata-se da habilidade de o aluno ler horas

em um relógio analógico. Utilizar um relógio de ponteiros (real ou ilustrado) para perguntar
ao aluno que horas são, ajustando o relógio para diferentes horários. A Figura 35 ilustra a
aplicação do teste, usando um desenho na lousa. Já a Figura 36 ilustra atividades que
poderiam ser utilizadas para avaliação como complemento.
Figura 35 – Reconhecimento das horas no relógio de ponteiro:

Fonte: Imagem da autora.

Figura 36 – Atividades de reconhecimento de horas

Fonte: https://www.tudosaladeaula.com/2022/05/atividade-com-horas-2ano-3ano.html
 e) Reconhecimento de Épocas através de Fotos: Avaliar se o aluno identifica
diferentes épocas e contextos históricos através pela observação de fotografias antigas e
atuais. Apresentar ao aluno uma seleção de fotografias de diferentes períodos e pedir que
descreva as diferenças observadas, relacionando-as a períodos específicos quando
possível.
f) Discussão sobre Fatores Históricos: Dependendo da idade e do nível de
assimilação do aluno, discutir fatores históricos significativos que podem ser identificados
nas fotografias ou contextos apresentados. Selecionar imagens que representem eventos
históricos marcantes e conversar com o aluno sobre o que ele reconhece ou sabe sobre
esses eventos.
Importante observar que se devem ajustar as atividades e perguntas de acordo com
a idade e nível de compreensão do aluno, certificando-se de que o ambiente de avaliação
esteja livre de distrações e seja propício para manter o foco do aluno. Deve-se fornecer
incentivo e encorajamento ao longo da avaliação, independentemente do desempenho do
aluno, para se manterem a motivação e o engajamento. Documentar, detalhadamente, o
desempenho do aluno em cada área para monitorar o progresso ao longo do tempo e
adaptar estratégias de ensino conforme necessário.
Essa abordagem abrangente não só avalia a orientação temporal do aluno, como
também fornece dicas valiosas para o desenvolvimento de planos de ensino personalizados
que atendam às dificuldades e individualidades deste aluno. A habilidade de orientação
temporal deve ser reconhecida como fundamental no processo de aprendizagem do aluno,
pois está intrinsecamente ligada à organização e à compreensão do mundo ao seu redor.
Essa habilidade permite que os alunos situem eventos, a si mesmos e informações em um
contexto temporal, o que é essencial para o planejamento, a gestão do tempo e a
sequenciação lógica de tarefas e aprendizados.

1.13 Orientação Espacial

Refere-se à habilidade em reconhecer espaços físicos dentro do ambiente escolar,

assim como compreender conceitos espaciais básicos e lateralidade. Podem-se citar como
testes:
 Podem, também, ser utilizadas atividades impressas como complemento. A Figura
37 traz uma atividade com diversos comandos, os quais indicam a capacidade de o aluno
identificar as diversas posições em uma folha.

Figura 37 – Atividade de orientação espacial – comandos

Fontes: https://www.newfuntrip.com/aula/2o-ano-ef02ge10-aplicar-principios-de-localizacao-e-posicao-de-
objetos/2022-03-10/
https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/EVUa66u4jzJgvN9HQKdJDXa49Nn8BbRPm3qeBuUuGF7yuDWbuJm6hA2
SmAcp/geo2-10und4-qual-e-a-localizacao.pdf
 Para alunos que demonstrarem uma capacidade maior de assimilação, o teste pode
ser adaptado para aumentar o grau de dificuldade. Por exemplo, determinar coordenadas
específicas em um plano cartesiano ou em um sistema de navegação. A Figura 38 ilustra
um exemplo de atividade para avaliação, em que o aluno precisa identificar e traçar
coordenadas precisas de forma simples, exigindo uma compreensão mais avançada.
Essa adaptação do teste permite avaliar a capacidade de o aluno trabalhar com
informações mais abstratas e detalhadas, promovendo maior desenvolvimento das suas
habilidades de orientação espacial.

Figura 38 – Atividade de determinação de coordenadas

Fonte: https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-estruturacao-orientacao-e-organizacao-
temporal/

1.14 Capacidade Visomotora

Refere-se à habilidade em utilizar o espaço de uma folha ou caderno, por exemplo,

de maneira eficiente e copiar informações de um local para outro com precisão. Podem-se
para fins desta avaliação:
 A Figura 39, por exemplo, traz uma ilustração da aplicação de uma atividade que
busca avaliar a habilidade visomotora, na qual o aluno deve completar o desenho avaliando
o tamanho adequado.

Figura 39 – Avaliação da capacidade visomotora

Fonte: Imagem da autora.

1.15 Habilidades Motoras

A avaliação das habilidades motoras do aluno em um contexto de Sala de Recursos

Multifuncional abrange habilidades motoras fina e grossa. O objetivo é identificar no aluno
áreas para desenvolvimento motor e adaptar estratégias para promover seu crescimento.

1.15.1 Habilidades Motoras Finas

O objetivo é avaliar a precisão, coordenação e destreza dos movimentos das mãos

e dedos do aluno. Os testes incluem desenhar linhas e formas, utilização de alinhavos,
recortes com tesoura, abotoar, escrever letras e números, e manipular pequenos objetos.
Observa-se a habilidade de o aluno realizar tarefas que requerem controle fino dos
movimentos, precisão das formas desenhadas ou cortadas e destreza na manipulação de
objetos.
A Figura 40 mostra um avaliação em Sala de Recursos Multifuncional, com a
utilização de um alinhavo, para fins de teste da habilidade motora fina
 Figura 40 – Teste de Habilidade Motora Fina – Alinhavo:

Fonte: Imagem da autora.

Dependendo o nível de entendimento do aluno, o teste pode incluir também a

realização de caminhos determinados fazendo uso de alinhavos, como, por exemplo, a
sequência de numerais, conforme ilustrado na Figura 41.
A coordenação motora fina também pode ser testada com atividades mais simples,
conforme ilustrado na Figura 42, com uso de recortes seguindo as linhas como direção.
Figura 41 – Teste de alinhavo com numerais:

Fonte: https://alunoon.com.br/infantil/atividades.php?c=1522

Figura 42 – Teste de Habilidade Motora Fina – Recortes

Fonte: https://www.whatdowedoallday.com/the-cutting-edge/
 Caso se verifique que o aluno não tenha habilidades para realização dos testes
anteriores, a fim de verificar seu verdadeiro nível de habilidade motora fina, devem-se
fornecer outras possibilidades, até que se possa determinar adequadamente o seu nível.
Por exemplo, a Figura 43 mostra uma atividade de encaixe, com a finalidade de encaixar
os cotonetes nos locais adequados.

Figura 43 – Teste de Habilidade Motora Fina – Encaixe

Fonte: https://alunoon.com.br/infantil/amp/index.php?c=655

A Figura 44 mostra o teste de pinça a ser aplicado, a fim de avaliar sua competência
com uso de pinça, observando sua destreza ao utilizar materiais mais delicados ou de
segurar materiais como o lápis.
 Figura 44 – Teste de Habilidade Motora Fina – Pinça

Fonte: Imagem da autora

A habilidade motora fina pode ser avaliada também com o uso de massinhas,
conforme mostra a Figura 45, com que os alunos irão completar o rosto, fornecer a
quantidade, formar figuras geométricas ou formar seu próprio nome. Novamente, deve-se
levar em conta o nível de entendimento do aluno, a fim de que a avaliação seja concluída
com sucesso.

Figura 45 – Teste de Habilidade Motora Fina – Massinha

 Fontes: https://terocupsararaquelcosta.blogs.sapo.pt/modelar-formas-com-plasticina-80488
http://servicos.rolandia.pr.gov.br/educacao/wp-
content/uploads/aulas_online/cmeis/JOSEMARIA%20ESCRIV%C3%81/INFANTIL-
3/2021/14%C2%BAROT-I3DH.pdf
https://fissuradanamaternidade.com/2017/02/23/mamaefonoaudiologa-expressoes-faciais/

1.15.2 Habilidades Motoras Grossas

A habilidade Motora Grossa essencial para o desenvolvimento físico integral do

aluno e engloba movimentos que exigem coordenação, força e equilíbrio de todo o corpo.
O objetivo desse tipo de atividade é medir a capacidade de o aluno executar ações como
correr, saltar, chutar uma bola, subir degraus e manter o equilíbrio em um pé só, por
exemplo. Durante a avaliação, o foco é dado à fluidez, precisão e confiança com que o
aluno realiza esses movimentos amplos, além de sua habilidade para manter o equilíbrio e
coordenar diferentes partes do corpo simultaneamente.
Para a preparação dessas atividades, o professor deve garantir um espaço seguro
e adequado, onde as distrações sejam minimizadas, permitindo que o aluno se concentre
totalmente na tarefa. Instruções claras e detalhadas devem ser fornecidas e demonstrações
realizadas sempre que necessárias, garantindo que o aluno compreenda plenamente as
expectativas da atividade. Durante a execução das tarefas, é essencial acompanhar
atentamente o desempenho, observando a técnica e a eficiência do aluno, bem como
identificando qualquer hesitação ou dificuldade que possa surgir.
A Figura 46 apresenta a preparação de um ambiente adequado para a avaliação e
oferece um circuito onde o aluno poderá demonstrar suas habilidades e potencialidades de
forma eficaz. O reforço positivo oferecido ao aluno deve ser construtivo, com o objetivo de
mantê-lo continuamente motivado. É essencial valorizar todos os esforços e avanços,
inclusive os mais sutis, pois isso estimula o aluno a persistir em seu desenvolvimento.
Recomenda-se registrar, detalhadamente, o desempenho em cada atividade, enfatizando
os pontos fortes e as áreas que demandam aprimoramento. Essas informações são
indispensáveis para o planejamento de intervenções personalizadas e para o
acompanhamento contínuo do progresso. Reavaliações periódicas são necessárias para
ajustar o plano de aprendizagem de acordo com os avanços observados, assegurando que
os desafios permaneçam adequados ao nível de compreensão do aluno.

Figuras 46 – Atividade de circuito para avaliação de Habilidade Motora

Grossa:

Fonte: https://eduvale.br/colegio/atividade-em-sala-de-aula/bercario-ii-
manha-momento-de-diversao-e-brincadeira-no-circuito/788

A Figura 47 ilustra um ambiente apropriado, com espaço suficiente, onde o aluno

pode seguir um circuito delimitado por fitas. A avaliação das habilidades motoras na sala
de recursos é fundamental para identificar as necessidades específicas do aluno e oferecer
suporte adequado. Essa abordagem não apenas auxilia o desenvolvimento motor, mas
também promove a confiança e a independência do aluno, fundamentais para seu sucesso.
Conversar com o professor de Educação Física sobre seu rendimento nas aulas é de suma
importância para esta avaliação.

Figura 47 – Teste de Habilidade Motora Grossa – Circuito com Fitas

Fonte: https://criandoinfancia.com/motricidade-

1.16 Expressão Criativa

A sala de recursos desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das

habilidades de expressão e criatividade, utilizando uma diversidade de métodos e materiais.
As atividades propostas são cuidadosamente elaboradas para avaliar a imaginação,
incentivar a resolução criativa de problemas e promover a expressão individual. A seguir,
são descritas as atividades recomendadas.
a) Montagem com Peças e Blocos Lógicos: Esta atividade envolve a
utilização de conjuntos de peças e blocos com diferentes formas e cores para construir
estruturas ou representar ideias abstratas. Os alunos são estimulados a explorar conceitos
matemáticos básicos, como simetria e geometria, além de desenvolver habilidades
espaciais e de raciocínio lógico. Além da expressão e criatividade, a manipulação desses
objetos também contribui para a melhoria da coordenação motora fina.
Figura 48 – Montagem com Blocos Lógicos

Fonte: https://eugeniafialho.com/habilidades-de-aprendizagem-
um-olhar-sob-a-perspectiva-desenvolvimentista/

b) Artesanato com Sucatas: Utilizando materiais recicláveis, como papéis,

plásticos e metais, os alunos são incentivados a criar obras artísticas e objetos funcionais.
Esta atividade promove a conscientização ambiental e a sustentabilidade, ao mesmo tempo
em que estimula a criatividade ao transformar itens descartados em novas criações. O
artesanato com uso de sucatas promove a inovação e a capacidade de enxergar potencial
em recursos limitados.
A Figura 49 exemplifica um brinquedo produzido com materiais recicláveis,
sugerido como atividade para avaliar a expressão criativa. É importante, no entanto, garantir
que a criação do brinquedo reflita a imaginação e as ideias originais do aluno, evitando
qualquer orientação excessiva que possa limitar a espontaneidade durante a avaliação.
 Figuras 49 e 50 – Artesanato e brinquedos com Sucatas:

Fonte: https://psgremiouniao.com.br/atividades-da-semana-do-professores-do-projeto-crianca-letra-vida-
e-arte/

c) Pinturas com Lápis de Cores ou Guaches: Através da pintura, os alunos

expressam suas emoções, ideias e percepções do mundo. O uso de diferentes materiais,
como lápis de cor, canetinhas, cola gliter e guache, oferece uma ampla gama de
possibilidades para experimentação com texturas, misturas de cores e técnicas de
aplicação. Esta atividade desenvolve habilidades artísticas e auxilia no aprimoramento da
coordenação motora e na expressão de individualidade. A Figura 51 ilustra uma pintura
com guache, utilizando-se pincéis ou mesmo o dedo, e pode ser organizada para o aluno
em sua avaliação.
 Figura 51 – Pintura com guache:

Fonte: https://www.istockphoto.com/pt/foto/a-child-draws-leafs-on-a-tree-ideas-
for-drawing-with-finger-paints-finger-painting-gm1444507584-483194025

d) Colagens: A criação de colagens a partir de variados materiais, tais como

papéis coloridos, fotografias e tecidos, permite aos alunos explorar composições visuais e
narrativas. Esta técnica estimula a reflexão sobre a disposição dos elementos no espaço, a
relação entre texturas e cores e a capacidade de contar histórias através de imagens. A
colagem é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento da visão artística e da
habilidade de planejamento.
A Figura 52 mostra exemplos de atividades com colagens que podem ser feitas com
a utilização de folhas secas,dentre outros materiais.
 Figura 52 – Atividade com Colagens:

Fontes: https://bebe.abril.com.br/familia/10-atividades-usando-flores-e-folhas-que-a-crianca-
encontrar-na-natureza/mobile
https://www.soescola.com/2017/11/atividades-de-artes-com-folhas.html/atividades-de-artes-com-
folhas-sol-e-arvore#gsc.tab=0

Cada uma dessas atividades foi selecionada com base em seu potencial de
oferecer uma experiência educativa enriquecedora, promovendo tanto o desenvolvimento
pessoal quanto a criatividade do aluno. Ao integrar essas práticas na sala de recursos, o
objetivo não é apenas fortalecer habilidades específicas, mas também incentivar uma
abordagem lúdica e investigativa da aprendizagem, utilizando colagens como ferramenta
pedagógica.

1.17 Linguagem e Comunicação

Este item tem o objetivo de avaliar se o aluno faz uso de Comunicação verbal, não
verbal ou gestual, bem como identificar a utilização de métodos de comunicação alternativa.
Deve-se analisar a clareza da dicção, verificando a ocorrência de ecolalia ou a presença de
fala infantilizada.
1.17.1 Linguagem expressiva

Consiste na habilidade de o aluno utilizar sinônimos apropriadamente, mantendo

coesão e coerência textual e a correta pontuação de diálogos. As atividades incluem
exercícios de substituição de palavras por seus sinônimos em textos escritos ou oralmente,
práticas de construção de parágrafos que demonstrem coesão temática e lógica
argumentativa, além de atividades específicas para a correta utilização de sinais de
pontuação em diálogos, visando aprimorar a expressão de ideias de forma clara e
estruturada.

1.17.2 Fluência Verbal

Este aspecto refere-se à capacidade de acessar rapidamente um leque de palavras

dentro de uma categoria temática específica. Para avaliar essa habilidade, propõe-se a
implementação de jogos lúdicos que desafiem o aluno a nomear itens, animais, ou
quaisquer outros elementos pertinentes a uma categoria designada em um intervalo de
tempo limitado. Essa prática visa não apenas ao teste do vocabulário, mas também à
agilidade mental em processos de recuperação lexical.

1.17.3 Compreensão Receptiva

É a habilidade de interpretar e explicar situações, ações e descrever eventos

cotidianos com riqueza de detalhes, essencial para a compreensão leitora e a comunicação.
Para avaliar essa habilidade, sugerem-se atividades que envolvam a leitura, narração de
histórias, reconto de histórias já conhecidas pelo aluno, descrição de fatos cotidianos de
forma detalhada.
No momento da avaliação, a interação verbal desempenha um papel central para
estabelecer uma conexão efetiva entre o professor e o aluno. Embora o diálogo seja a
principal ferramenta, a utilização de recursos adicionais pode ser benéfica para sustentar a
conversa, conforme exemplificado na Figura 53. Recomenda-se que o diálogo seja iniciado
de maneira informal, abordando temas que sejam de particular interesse do aluno, de modo
a facilitar a comunicação e o engajamento.
 Figura 53 – Suporte para Avaliação de Linguagem e Comunicação:

Fonte: https://gamefono.com/clube-de-atividades-gamefono/

1.18 Raciocínio Lógico-Matemático

O Raciocínio Lógico-Matemático refere-se a habilidades de: conhecimento dos

numerais; associação do numeral à quantidade, pareamento, agrupamento, classificação e
seriação; compreensão de conceitos e procedimentos matemáticos; discriminação visual
de símbolos; resolução de problemas simples e complexos; pensamento crítico; leitura,
compreensão e resolução de problemas; cálculos mentais; e tomada de decisões. Dessa
forma, essa área contribui significativamente para a formação de indivíduos capazes de
pensar de forma autônoma, crítica e criativa.
Os testes podem ser divididos da seguinte forma:
a) Conhecimento dos Numerais: Inicia-se com o reconhecimento e a
compreensão dos números, incluindo a habilidade de ler e escrever numerais. Esta etapa
serve como base para todas as operações matemáticas subsequentes.
b) Contagem no Concreto: Utiliza objetos concretos para ensinar a contagem,
proporcionando uma experiência tátil que ajuda o aluno a compreender o valor e a
quantidade representados pelos números.
c) Identificação, Comparação e Pareamento: Tais habilidades envolvem a
capacidade de reconhecer semelhanças e diferenças entre objetos, números, cores e
formas, bem como a habilidade de fazer correspondências entre eles; são fundamentais
para o desenvolvimento do pensamento crítico. A Figura 53 ilustra uma atividade de
comparação e pareamento em Sala de Recursos.

Figura 53 – Atividade de Comparação e Pareamento

Fonte: Imagem da autora.

d) Agrupamento, Classificação e Seriação: Referem-se à habilidade de

organizar objetos ou conceitos em grupos com base em critérios específicos, como
tamanho, forma ou cor, e a ordenação de elementos em sequências ou hierarquias lógicas.
e) Resolução de Operações Matemáticas: Executar operações aritméticas
básicas — adição, subtração, multiplicação e divisão –, manipular e transformar números
para alcançar resultados específicos. Tais operações devem ser avaliadas de forma lúdica
na maioria das situações com uso de material concreto. A Figura 54 mostra o aluno na Sala
de Recursos efetuando operações matemáticas com recursos lúdicos
.
 Figura 54 – Resolução de Operações Matemáticas

Fonte: Imagem da autora.

f) Resolução de Problemas Simples ou Complexos: Envolve a aplicação de

conceitos matemáticos e habilidades de raciocínio lógico para solucionar desafios
matemáticos, variando de questões simples a cenários mais complexos que exigem
pensamento crítico e estratégico. A Figura 55 mostra exemplos de atividades que podem
ser utilizadas em avaliação para este tipo de habilidade.
 Figura 55 – Exemplos de Problemas para Avaliação

Fonte: https://amigasdaedu.blogspot.com/2015/03/atividade-de-desafio-de-matematica.html

g) Compreensão de gráficos e tabelas: Consiste em compreender informações

apresentadas em diversos formatos, como gráficos, tabelas e textos, com o objetivo de
tomar decisões embasadas, também utilizadas para o item de raciocínio lógico-matemático.
Recomenda-se iniciar com o formato mais simples possível, aumentando progressivamente
o nível de complexidade conforme a resposta do aluno durante o processo de avaliação.

1.19 Interesse e Motivação

Deve-se avaliar o nível de interesse e motivação do aluno no momento da

realização das atividades propostas. A disposição de se engajar nos jogos indica o grau de
curiosidade e a abertura para novas experiências de aprendizado.
A melhor forma de avaliar o interesse e a motivação é por meio de jogos educativos
interessantes para o aluno. Jogos como sequência lógica, paredinha, jogo da memória,
quebra-cabeça, dominó de associação de ideias e outros oferecem oportunidades valiosas
para o momento da observação e avaliação do aluno.

A Figura 56 ilustra uma das atividades em que o aluno demonstra entusiasmo pela
realização, motivado pelo uso de tecnologia, que é um dos seus principais interesses
mantendo o foco e engajamento.

Figura 56 – Avaliação de Motivação e Interesse - Forca Online

Fonte: Imagem da autora.

 A Figura 57 mostra um aluno realizando uma atividade na qual tem bastante
interesse, realizando associações com imagens. Neste caso, deve-se, novamente, avaliar
o nível do aluno para o correto estabelecimento da atividade.

Figura 57 – Jogo de associação – verificação de Interesse e Motivação

Fonte: Imagem da autora.

Após a exposição detalhada dos testes de habilidades no atendimento da Sala de

Recursos Multifuncional, ilustrada com fotos e orientações, serão apresentados a seguir
novos exemplos de atividades também acompanhados de registros visuais, que servirão
como fundamento para as intervenções subsequentes, dando continuidade ao atendimento
com qualidade e oferecendo diversas opções que garantam variedade e agilidade no
atendimento educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional.
 JOGOS E ATIVIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DE
HABILIDADES DURANTE AS INTERVENÇÕES

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SEuLvUPRI/view?usp=drive_link
 Fonte: https://jogospedagogiacomamor.blogspot.com/

Acesse aqui as atividades para impressão

Clique para acessar: https://drive.google.com/file/d/1TP-Bi16o_1QY7xvvBmaufL_zqdbFQh8W/view
ATIVIDADES EDUCATIVAS ONLINE E O USO DA TECNOLOGIA

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os/
https://www.escolagames.com.br/jogos-
educativosos/
https://gcompris.net/downloads-pt_BR.html#windows
https://atividadeseducativas.com.br/index.php?categoria=2&pagina=1
https://www.ludoeducativo.com.br/pt/games/todos
https://plazasesamo.com/pt-br/jogos/
https://www.educajogos.com.br/jogos-educativos/alfabetizacao/
 Exemplos de Documentação para o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) no Estado de São Paulo

TERMO DE CONSENTIMENTO:

Inserir cabeçalho com dados da secretaria do município e da escola

Secretaria Municipal da Educação

Termo de Consentimento

Eu, ____________________________________________________, responsável

por __________________________________________________, _____ anos de idade,

da escola ________________________________________, ano 2024, período

______________, autorizo a Professora Especializada___________________________

da Sala de Recursos Multifuncional a realizar a Avaliação Pedagógica do meu filho/filha.

Estou ciente de que devo comparecer na entrevista e levar meu filho/filha nos

dias agendados para que a aplicação da Avaliação Pedagógica ocorra de fato e não o

comprometa.

Fernandópolis, ____de_____________de 2024.

________________________________
Assinatura do Responsável
RG:
Acesse aqui o documento completo para impressão:
Termo de consentimento em formato doc
 Os itens relacionados no quadro 2 devem ser considerados como parâmetros
fundamentais para a aplicação de testes de habilidades e competências do aluno. Embora
se refira a um modelo anterior - Instrução de 14-1-2015, publicada no D.O. 15/01/2015 –
Seção I – p. 31 e 32, a instrução contribui de forma significativa para o preenchimento do
novo modelo de avaliação inicial. Além disso, são essenciais para a definição das
intervenções que serão realizadas na sala de recursos multifuncional citadas neste guia de
atendimento. A seguir, apresenta-se um exemplo preenchido:
Quadro 2:

1) Comunicação O aluno se expressa verbalmente apresentando pouca

dicção na fala e troca de alguns fonemas.
2) Autocuidado O aluno realiza tarefas de higiene pessoal, como tomar
banho e pentear o cabelo, de forma independente,
embora sob a supervisão constante da mãe. Ao se
alimentar, a mãe precisa intervir para garantir que ele
mantenha o foco na refeição, evitando que desista de
comer. É importante ressaltar que a comida deve ser
apresentada de forma separada, pois, caso os
alimentos estejam misturados, ele se recusa a comer.
3) Vida no Lar É carinhoso, tem autonomia para abrir a geladeira
quando sente fome, mas não prepara sozinho suas
refeições. Necessita de cuidado constante.
4) Habilidades Sociais O aluno mantém um bom relacionamento com os pais
e o irmão, embora demonstre uma preferência pelo
isolamento. Recentemente, apresentou maior
sociabilidade com outros familiares. Na escola, houve
progresso tanto na comunicação quanto na interação
com os colegas. A mãe, sempre muito dedicada,
desempenha um papel fundamental no apoio às regras
e à disciplina, auxiliando significativamente no
desenvolvimento dessas habilidades.
5) Desempenho na Comunidade O aluno não possui conhecimentos de seus direitos e
deveres, recursos da comunidade ou utilização deles
com autonomia.
6) Independência na locomoção O aluno demonstra autonomia tanto em casa quanto
na escola, sendo capaz de se locomover de maneira
independente. Ele vai para a escola e para os
atendimentos de bicicleta, sempre acompanhado, lado
a lado, pelo irmão. A família tem um papel ativo no
incentivo à sua autonomia, estimulando
constantemente seu desenvolvimento nesse aspecto.
Não possui autonomia para utilização de transportes
públicos como ônibus, carro e outros.
7) Saúde e Segurança O aluno possui 12 anos de idade e não possui
independência para medicar-se quando preciso e
cuidar da própria saúde ou de outra pessoa.
8) Habilidades Acadêmicas - Interesse: jogos lúdicos que possuem desafio, jogo
Batalha Naval, jogos on line, tangram, filmes e Gibis da
Marvel.
- Atenção e concentração: possui atenção e
concentração na realização das atividades e jogos
lúdicos ou tabuleiro.
- Compreensão e atendimento às ordens:
corresponde com sucesso.
- Qualidade da atividade desempenhada: é
caprichoso e conclui com êxito. Encontra-se na
hipótese alfabética.
- Habilidades sensório-motoras:
a) imagem corporal: reconhece e nomeia as
partes do corpo, monta as partes do corpo com
sucesso.
b) esquema e equilíbrio corporal: Nomeia e
identifica as partes do corpo e suas funções. Não
tem conhecimento das partes internas do corpo.
c) percepção e memória visual: possui ótima
percepção visual desde pequeno. Nos testes de
memória visual com e sem apoio de figuras
corresponde com êxito.
d) percepção e memória auditiva: reconhece
sons do ambiente e natureza, identifica diferentes
tipos de som e repete a sequência de números e
palavras ditadas sem erros até 6 palavras.
e) percepção gustativa, tátil e olfativa:
corresponde.
f) orientação temporal: reconhece dia/noite,
calendário, horas no relógio de ponteiro somente
exatas e reconhece algumas figuras de épocas
diferentes.
g) orientação espacial: localiza-se no espaço
físico escolar, identifica os ambientes como
banheiro, secretaria, biblioteca, diretoria e sala de
aulas, compreende conceitos básicos de ordem e
direção como frente/atrás, dentro/fora, em
cima/embaixo; possui lateralidade
direita/esquerda. Utiliza o espaço da folha e
caderno adequadamente quando copia as
atividades propostas.
h) habilidade motora: realiza movimentos como
se agachar, correr, pular, dar cambalhotas,
manuseia o talher adequadamente para se
alimentar.
 - Pensamento lógico: o aluno é inteligente, possui
coesão e coerência em diálogo e descrição de fatos
ocorridos.
- Expressão criativa: é muito criativo na montagem
com blocos lógicos, peças de lego e tangram.
- Linguagem e comunicação escrita: comunica-se
verbalmente, possui pouca dicção na fala. Tem
coesão, coerência e fluência de respostas. Encontra-
se na hipótese de escrita alfabética, possui
coordenação motora para escrita no caderno, copia
sem auxílio e intervenções.
- Raciocínio lógico-matemático:
a) conhecimento de numerais: conhece os
numerais até 100 e realiza contagem no concreto
sem intervenções.
b) identificação, comparação, pareamento,
agrupamento, classificação, seriação: o aluno
relaciona numeral às quantidades exatas, realiza
agrupamento, classificação e seriação em relação
a números, cores e formas.
c) realização de operações matemáticas:
realiza operações simples de matemática de
adição e subtração.
d) resolução de problemas simples: realiza
problemas simples matemáticos adequados de
acordo com seu nível de compreensão.
e) resolução de problemas complexos:
necessita desenvolver esta habilidade.
9) Lazer Gosta de ir a locais onde há piscina e ao shopping na
área recreativa. Apresenta resistência e se desregula
em viagens longas e cansativas.
10) Trabalho O aluno não trabalha e nem recebe qualquer tipo de
benefício

ENSINO COLABORATIVO:
RESOLUÇÃO ATUAL Resolução SEDUC - 21, de 21-6-2023 - INSTRUÇÃO COPED
No 03 de 24/11/2023

MODELO DE API E PAEE PREENCHIDOS

Modelo de preenchimento do documento API – Avaliação Pedagógica Inicial e

PAEE – Plano de Atendimento Educacional Especializado.
 II- Aspectos Pedagógicos

Quais as habilidades e potencialidades são percebidas como principais pelos

professores?

Clique nos links abaixo para visualização completa do documento:

API - LINK PARA DOCUMENTO COMPLETO

Resolução SEDUC - 21, de 21-6-2023 INSTRUÇÃO COPED Nº 03 de 24/11/2023

API – MODELO DE API EM FORMATO DOC

PAEE – MODELO PREENCHIDO EM FORMATO DOC

PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO - PEI

O documento PEI permite ajustes, flexibilizações, adequações e adaptações

curriculares. Esse documento visa direcionar o trabalho do professor do Ensino Regular
junto ao professor especialista. Consiste em identificar as características do aluno em
avaliação inicial – suas habilidades e competências – formulação de um plano
individualizado com elaboração conjunta do professor especializado e de sala regular,
juntamente com a coleta de dados em entrevista com os pais ou responsáveis e, a partir
daí, elaborar as intervenções pedagógicas com ações adaptativas.
É importante destacar que essa proposta está alinhada com as diretrizes nacionais
do Ministério da Educação, que estabelecem a necessidade de um Plano Individualizado
de Ensino para alunos do público da educação especial, sempre que necessário, mas não
como obrigatoriedade. Apesar das discussões e tentativas para tornar o Plano de Ensino
Individualizado (PEI) obrigatório no Brasil, atualmente ele não possui essa obrigatoriedade
no sistema educacional brasileiro. Um exemplo recente é a Emenda Aditiva nº 12,
apresentada à Medida Provisória (MP) nº 1025/2020. Essa emenda, proposta pelo
Deputado Federal André Figueiredo (PDT/CE), visava à inclusão do PEI como um
instrumento obrigatório de planejamento educacional individualizado para estudantes com
deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades. O PEI seria elaborado
anualmente, com o objetivo de organizar estratégias pedagógicas que atendessem às
necessidades específicas de cada aluno (DOC-EMENDA 12 - MPV 102…). No entanto, em
27 de maio de 2021, durante a votação da Medida Provisória nº 1025 no Senado Federal,
o parecer da relatora, Senadora Soraya Thronicke, rejeitou todas as emendas propostas,
incluindo a Emenda nº 12, que tentava instituir a obrigatoriedade do PEI. Com isso, a MP
foi aprovada sem incorporar a emenda referente ao PEI. Dessa forma, não houve alteração
na legislação brasileira para tornar o PEI obrigatório, mantendo-o como uma prática
recomendada, mas não exigida por lei (MPV-1025-2020).
O PEI deve ser desenvolvido com o apoio da educação especial desde o início da
trajetória escolar do aluno e deve ser continuamente atualizado conforme seu
desenvolvimento e progresso na aprendizagem.
Segue exemplo de modelo preenchido:
Clique aqui para acessar o documento completo: Modelo PEI Preenchido

REFERÊNCIAS

ANACHE, Alexandra Ayach; RESENDE, Dannielly Araújo Rosado. Caracterização da

avaliação da aprendizagem nas salas de recursos multifuncionais para alunos com
deficiência intelectual. Revista Brasileira de Educação, v. 21, p. 569-591, 2016.

BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da

educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 134, n. 248,
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https://worksheets.clipart-library.com/worksheet/pre-writing-strokes-worksheet-32.html.
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Atividade para teste de Atenção e Concentração: marcação de vértices correspondentes

ao modelo apresentado. Disponível em: https://www.cizgi.site/ru/aktivnost/362-poisk-
shodstva-uprazhnenie%C2%A03. Acesso em: 18 set. 2024.

Atividade para teste de Atenção e Concentração - associando cores e números. Disponível

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Jogo Quem Como e Onde. Disponível em:

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formar-frases/. Acesso em: 25 set. 2024.

Atividade para teste de Sequência Lógica utilizando história. Disponível em:

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Teste de Sequência Lógica utilizando apenas 3 quadros. Disponível em:

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Teste de Frase com Enigma simples. Disponível em:

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Atividade: Reconhecimento de Imagem Corporal. Disponível em:

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Atividade: reconhecimento de órgãos do corpo humano. Disponível em:

https://www.liveworksheets.com/node/3303559. Acesso em: 16 set. 2024.

Atividade para Teste de Percepção Visual com cores. Disponível em:

https://siggiewiprimary.com/2020/04/07/kindergarten-activity-no-26/. Acesso em: 26 set.
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Teste de percepção visual – sombras. Disponível em:

https://desenhosinfantiseducativos.blogspot.com/2016/04/moranguinho.html. Acesso em:
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Jogo de Correspondência de texturas. Disponível em:

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Reconhecimento dos dias da semana. Disponível em:

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em: 17 set. 2024.

Atividades de reconhecimento de horas. Disponível em:

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Atividade de orientação espacial – comandos. Disponível em:

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organizacao-temporal/. Acesso em: 24 set. 2024.

Atividade de determinação de coordenadas. Disponível em:

https://www.newfuntrip.com/aula/2o-ano-ef02ge10-aplicar-principios-de-localizacao-e-
posicao-de-objetos/2022-03-10/. Acesso em: 30 set. 2024.

Teste de frases com enigmas de maior grau de dificuldade. Disponível em:

https://www.aartedeensinareaprender.com/2019/08/atividade-pronta-enigma.html. Acesso
em: 13 set. 2024.

Aplicação do teste de percepção auditiva – "cuco". Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=S37uAkojq4w. Acesso em: 22 set. 2024.

Trilha da Sorte – jogo educativo. Disponível em:

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Teste de Habilidade Motora Fina – Recortes. Disponível em:

https://www.whatdowedoallday.com/the-cutting-edge/. Acesso em: 30 set. 2024.

Teste de Habilidade Motora Fina – Encaixe. Disponível em:

https://alunoon.com.br/infantil/amp/index.php?c=655. Acesso em: 29 set. 2024.

Modelagem de formas com plasticina. Disponível em:

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Atividade com números e árvores. Disponível em:

http://servicos.rolandia.pr.gov.br/educacao/wp-
content/uploads/aulas_online/cmeis/JOSEMARIA%20ESCRIV%C3%81/INFANTIL-
3/2021/14%20BAROT-3DH.pdf . Acesso em: 21 set. 2024.

Expressões faciais e reconhecimento. Disponível em:

https://fissuradanamaternidade.com/2017/02/23/mamaefonoaudiologa-expressoes-
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Atividade de circuito de motricidade em sala de aula. Disponível em:

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Teste de Habilidade Motora Grossa – Circuito com Fitas. Disponível em:

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Artesanato com sucatas. Disponível em: https://psgremiouniao.com.br/atividades-da-

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Brinquedos com materiais reciclados. Disponível em:

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Pintura com guache. Disponível em: https://www.istockphoto.com/pt/foto/a-child-draws-

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Atividade com colagens. Disponível em: https://bebe.abril.com.br/familia/10-atividades-

usando-flores-e-folhas-que-a-crianca-encontrar-na-natureza/. Acesso em: 18 set. 2024.

Colagens com folhas. Disponível em: https://www.soescola.com/2017/11/atividades-de-

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Suporte para avaliação de linguagem e comunicação. Disponível em:

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Exemplos de Problemas para Avaliação. Disponível em:

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Jogo Supermercado – atividades de simulação de compras. Disponível em:

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Teste de Habilidade Motora Fina – Encaixe. Disponível em:

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Teste de Habilidade Motora Fina – Massinha. Disponível em:

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Atividade de escrita com símbolos – formação de palavras. Disponível em:

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Quebra-cabeça silábico – formação de palavras. Disponível em:

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Cartões de alfabetização – identificação de letras e imagens. Disponível em:

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Jogo do R Intruso – atividade de identificação de sílabas. Disponível em:

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Atividade "Quantas Sílabas?" – contagem de sílabas. Disponível em:

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Jogo de identificação e correspondência de figuras. Disponível em:

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Jogo das Sombras – correspondência de animais e suas sombras. Disponível em:

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Jogo de Roda de Histórias – elementos de narrativa. Disponível em:

https://jogospedagogicaomamor.blogspot.com/ . Acesso em: 30 set. 2024.

Jogo do Monstro – atividade de motricidade fina com bolinhas. Disponível em:

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Jogo do Relógio – atividade para aprendizado das horas. Disponível em:

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SÃO PAULO. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Resolução SE 61, de 11

de novembro de 2014. Dispõe sobre a Educação Especial nas unidades escolares da
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SÃO PAULO. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Resolução SEDUC21,

de 21 de junho de 2023. Dispõe sobre a regulamentação da Política de Educação
Especial do Estado de SãoPaulo e do Plano Integrado para Pessoas com transtorno do
Espectro do Autismo -TEA. Diário Oficial do Estado de São Paulo. Imprensa Oficial. São
Paulo: 2023