Queimaduras e Hérnias - 2025
Queimaduras e Hérnias - 2025
Fisiopatologia
Alterações locais: Zonas de Jackson
1. ZONA DE COAGULAÇÃO: maior superfície de contato com a fonte de calor, ponto de máxima lesão, o tecido não regenera devido necrose
2. ZONA DE ESTASE: circunda a zona de coagulação, ocorre vasoconstrição, o tecido pode regenerar, mas, fatores como hipotensão prolongada, infecção ou edema podem
converter essa zona em uma área desvitalizada e inviável
3. ZONA DE HIPEREMIA: região mais afastada do centro da lesão, ocorre vasodilatação, se as medidas de controle de infecções e reposição volêmica forem precoces e
adequadamente instituídas o tecido pode regenerar
QUEIMADURA DE ÁREA NOBRE, FACE, PESCOÇO, MÃOS, PÉS E ÁREAS DE ARTICULAÇÕES ENCAMINHA PARA CENTRO DE REFERÊNCIA
Grande queimado
Queimaduras de 2º e 3° grau > 15% SQC em crianças ATLS
Queimaduras > 20% SCQ em adultos A- Avalia a cinemática do trauma / Colar cervical
a. Queimadura de face e edema de glote
Primeiro atendimento à vítima B- Lesão térmica – via aérea superior / supraglótico (fumaça quente)
a. Clínica: hiperemia, rouquidão e estridor
Queimadura = trauma
b. DX: história + laringoscopia
ABCDE
c. TTO: IOT precoce
o Afastar o paciente das chamas
Lesão química – via aérea inferior / subglótico (fumaça suja)
o Atenção a via aérea
d. Clínica: sibilos, escarro carbonáceo
o Retirar toda a roupa; irrigar área queimada
e. DX: broncoscopia, cintilografia
o Envolver paciente em lençóis térmicos + Imunização antitetânica
f. TTO: broncodilatador + heparina + N acetilcisteína
Fase hipodinâmica (24h) e fase hiperdinâmica (24/72h)
Gases tóxicos (fumaça tóxica)
g. Clínica: cefaleia, redução da consciência
Critérios de internação h. DX: dosa COHb, cianeto e lactato
Queimaduras de 2° e 3° grau i. TTO: câmera hiperbárica (monóxido de carbono) e
o > 20% da SCQ hidroxicobalamina (cianeto)
o > 10% da SCQ em < 10 ou > 50 anos C- Circulação
o Face, períneo, mão, pé, articulações a. Regra dos 9 + cálculo da hidratação
Queimaduras de 3° grau D- Glasgow
Lesão inalatória E- Exposição
Queimaduras circunferênciais a. Cuidados com a ferida + analgesia + profilaxia de tétano
Queimaduras elétricas, químicas, associadas a trauma
Queimaduras em pacientes com doenças crônicas, com questões sociais
Regra de Wallace – regra dos 9
A partir do 2° GRAU
Somamos anterior e posterior
Toda a cabeça é nove (face e couro cabeludo), se queima só face é 4,5
Genitália sempre vale um
Pescoço soma um
Mão soma um
Pé soma um
Se falar todo o braço não conta 1 da mão, conta só 9
Antebraço e mão - 5,5
Só metade do tórax - 4,5
Se fala que paciente queimou face e tórax - 13,5
Tronco = anterior 18 + posterior 18 = 36
Tabela de Lund-Browder – a determinação de SCQ mais correta
Tratamento
Pré – Hospitalar:
Remoção do paciente do cenário se for seguro para a equipe
O2 à 100% em máscara para todos
Avaliação inicial: Vias aéreas Cuidados com as feridas: Curativo estéril limpo e seco
Queimaduras em face Esforço respiratório
Minimizar a perda de calor e controle da temperatura
Vibrissas chamuscadas Taquipneia
Irrigar com SF 0,9%
Escarro carbonáceo Rouquidão progressiva
Desbridamento e assepsia
PADRÃO OURO
Excisão Tangencial Preservação tecidual
Sangramento (100 ml/ 1%SQC)
Precoce (até quinto dia)
Excisão tangencial + Enxertia de pele parcial Lâmina ou Malha
o Grandes queimados
o Maior área de cobertura
o usual: 1:7.5 e 3:1
o Fino = Thiersch-Ollier; Intermediários = Blair – Brown; Espessos = Padgett.
Priorizar áreas funcionais e estéticas
Substitutos de pele
Banco de pele (aloenxerto)
Matriz dérmica acelular
Cultura de queratinócitos
Membrana amniótica
Xenoenxerto
3 ml para crianças
o < 30 kg acrescenta glicose
4 ml para todo mundo se queimadura elétrica – rabdomiolise
Escarotomia Comprometimento da circulação de extremidades em lesões de 2° e 3° Fasciotomia Faz em casos de comprometimento da drenagem e irrigação
grau em região circunferencial Abre a fáscia muscular para diminuir a compressão / edema
Fazemos para manter o movimento respiratório Queimaduras elétricas
Subcutâneo
Contraturas É a contração da pele com perda de função (note que a contração apenas
faz parte do processo fisiológico)
Tratamento:
o Se sobra tecido: Ressecção + Fechamento Primário; Rearranjo
tecidual; Plástica em Z (Zetaplastia)
o Se falta tecido: Enxertia; Expansão tecidual; Retalhos
Queimaduras por líquidos Áreas expostas tendem a ser mais superficiais que as com vestimentas
Tendem a apresentar forma irregular e aspecto de “escorrido”
Queimaduras por imersão tendem a ser profundas e graves
Em crianças e idosos pensar em violência doméstica
Antibióticos
Principal causa de morte são as infecções
Ressecção precoce das escaras e enxerto de pele
Grandes queimados e ausência de partes doadoras
Antibióticos tópicos:
o Sulfadiazina de prata 20mg
Curativos biológicos
Pele de tilápia
Cobertura da ferida sem necessidade de troca diária 7. Em grandes queimados usa
Sintéticos aplicados até 72 horas da lesão Omeprazol para prevenir úlcera
Não inibem a epitelização
Retirados após cicatrização 10. ATB em vigência de
infecção
Abaulamento, protrusão ou projeção de um órgão ou parte dele através de uma aponeurose
Fatores de risco Camadas da parede abdominal Músculos e Aponeuroses parede abdominal anterior
Fraqueza da parede Pele Reto
o Tabagismo Subcutâneo (Camper e Scarpa) Músculo Oblíquo Externo
o DM
Aponeurose oblíquo externo Músculo Oblíquo Interno
o Desnutrição
MOE Transverso
o Imunossupressão
o Doenças do colágeno MOI
Elevação da pressão intra-abdominal M. Transverso
o Tosse crônica / DPOC / Asma Fáscia transversalis
o Prostatismo / Profissão Gordura pré peritoneal
Peritônio Linha alba – confluência
o Obesidade
de todas as aponeurores
o Ascite / Constipação
o Gestação
o Tumores Aponeurose posterior- ela
vai até a linha arqueada de
Douglas
Nervos
o Genitofemoral
o Ilioinguinal Linha semilunar
o Iliohipogastrico
o Cutâneo femoral lateral
O. interno
Reto Aponeurose anterior do reto abdominal é formada pela aponeurose do obliquo
externo e lâmina anterior da aponeurose do obliquo interno
Transverso Fáscia da aponeurose posterior do reto abdominal é formada pela lâmina
posterior do obliquo interno e lâmina do transverso
Região inguinal
Pele
Subcutâneo (Camper e Scarpa)
Aponeurose oblíquo externo (parede anterior do canal inguinal)
Chão do canal inguinal
Fáscia transversalis
Gordura pré peritoneal
Peritônio
Triângulo de Hasselbach
o Vasos epigátricos inferiores – limite superior
o Borda lateral do reto abdominal – limite medial
o Ligamento inguinal – limite inferior
Canal inguinal
Limite anterior
o Teto: aponeurose do oblíquo externo
o Se finaliza no ligamento inguinal
Limite inferior
Homens
o Chão: fáscia transversalis / m.transverso
Cordão espermático: Mulheres
Início Ligamento redondo
o M. Cremaster
o Lateral e profundo: anel inguinal interno
o Artéria e veia testicular
o Abertura na fascia transversalis
o Ducto deferente
Final
o Vasos cremastericos
o Medial e superficial: anel inguinal externo
o Processo vaginais
o Abertura do músculo oblíquo externo
o Ramo genital do gênito femoral
Ligamento Pectíneo
Reto abdominal
Manobra de Landivar
Epidemiologia Oclui o anel inguinal interno + valsalva
25% homens Abaulamento / protrusão = DIRETA
5 % mulheres Nada = INDIRETA
96% inguinais
4% femorais
Inguinais: 9 homens para 1 mulher
Femorais: 4 mulheres para 1 homem
Abaixo do ligamento inguinal
Direita > Esquerda (processo embriológico sigmoide)
Indireta > Direta
Principais diferenças
Direta Indireta
Fraqueza da parede posterior (adquirido) MAIS COMUM
Encarcera menos Patência do conduto peritônio-vaginal (congênito)
Por baixo do canal inguinal Pelo (dentro) canal inguinal
Medial aos vasos epigástricos Lateral aos vasos epigástricos
Exame físico LATERAL AO DEDO Exame físico PONTA DO DEDO
Através do triangulo de Hesselbach Anel inguinal interno
Classificação de NYHUS
Tratamento
Cirúrgico eletivo HERNIOPLASTIA à Lichtenstein
Cirurgia é indicada para homens sintomáticos com hérnia inguinocrural
Cirurgia é indicada para mulheres com hérnia inguinocrural independente de sintomas ou não
o Pelo risco de ser hérnia femoral
Exceções
o Complicações (encarcerada ou estrangulada) cirurgia de urgência Watchful Waiting
o Hérnia oligossintomatica com alto risco cirúrgico discutir abordagem o É aceito em homens, assintomáticos com risco cirúrgico muito alto
o Decidir caso a caso
Por que operar todo mundo? SEMPRE coloca tela em hérnia inguinal seja em cirurgia eletiva ou de urgência!
o Risco de encarceramento permanente o Hérnia estrangulada ou infectada não contraindica o uso
o Cirurgia eletiva tem menor risco de complicações o Usa fio Vycril ou PDS
o Cirurgia simples, rápida, evita piora
Reduzir e Observar:
Encarceramento recente
Sem comprometimento sistêmico
Desejo do paciente, tempo para preparo operatório
Observação pode ter reduzido conteúdo em sofrimento
Complicações
ENCARCERAMENTO ESTRANGULAMENTO PERDA DE DOMICÍLIO / CRONICAMENTE
HABITADA
Hérnia torna-se irredutível / permanente Edema Isquemia Necrose Hérnias crônicas
Compressão de estruturas diminui retorno A princípio operar na urgência Pacientes obesos, desnutridos
venoso e linfático Inguinotomia ou Videolaparoscopia Nova cavidade não está encarcerada mas não
Sem sofrimento isquêmico Laparotomia apenas se: reduz
o Sinais de comprometimento visceral
Tratamento: o Peritonite, sepse, muito grave Tratamento:
Manobras de redução Cirúrgico eletivo
Se falha Cirurgia Sinais de sofrimento isquêmico: Preparo pré-operatório
Dor local intensa Podem complicar → definir urgência
Febre ou sinais de sepse
Instabilidade hemodinâmica
Peritonite
Obstrução intestinal
Técnicas cirúrgicas
Cirurgias com TECIDO praticamente abandonadas, recidiva muito alta, problema de tensão
Shouldice Bassini McVay
A melhor para ser usada em casos selecionados Era a mais usada antigamente Para hérnia femoral, ainda pode ser usado
Recidiva aceitável Tudo no ligamento inguinal Sutura no trato ileopúbico e depois no ligamento de
Uso em cirurgias contaminadas / infectadas Cooper
Suturas por camadas / Rafia em 4 planos musculares Precisa de incisão relaxadora (reto abdominal cobre
o Arco do transverso (tendão conjunto) no trato o defeito)
ileopúbico
o Oblíquo interno aponeuroses no ligamento
inguinal
o Incisão relaxadora, se necessário
Pós-operatório
Retorno ás atividades conforme dor do paciente
Exercícios pesados devem ser evitados por +- 60 dias
Infiltração anestésica da ferida é recomendada
Drenos não são recomendados rotineiramente
Não é recomendado retirada rotineira de tela quando da infecção do sítio cirúrgico.
Colocação de tela não causa infertilidade.
Orquite isquêmica
Trombose do plexo pampiniforme
Congestão venosa testicular edema e dor
2 a 5 dias PO vai até 12 semanas
Pode evoluir para atrofia testicular
Evitar dissecções do funículo espermático
Abordagem posterior tem menor risco
Maior risco quanto mais recidivas
Tratamento clinico sintomático, orquiectomia é rara
Mulheres / Mais comum à direita
Abaixo do ligamento inguinal Canal femoral
Dentro do Orifício Miopectíneo de Frouchard
Medial aos vasos femorais
Diagnóstico mais difícil - sintomas inespecíficos
Alto risco de encarceramento
Eletivo precoce
Tratamento
Videolaparoscopia Cirurgia de McVay Plug femoral Rives-Stoppa
É o padrão ouro Sutura do tendão Rápida, fácil, barata Cirurgia anterior
conjunto com o Melhor se acesso infra- convencional com
ligamento de Cooper inguinal tela pré-peritoneal
Necessidade de Cirurgia com tela Hérnias mais
incisões relaxadoras complexas – mistas,
Cirurgia sem tela muito grandes
Diagnóstico
Exame físico
Centro do defeito herniario na linha média que protui através do anel umbilical USG
No adulto é adquirida TC de abdome
o Gravidez
o Obesidade 0-1cm Hérnias pequenas
o Tabagismo - influencia nas fibras de colágeno na parede abdominal >1 até 4 cm Hérnias médias
o Aumento PIA >4 cm Hérnias grandes
Mais comum na criança
o Congênito Indicações cirúrgicas
Grande maioria assintomática Sintomáticos / Grandes defeitos
Quadro clínico dor periumbilical, abaulamento Crianças
Baixa taxa de encarceramento o Concomitante a hérnia inguinal
Seguro observar até 4-6 anos o >2 cm
Cirurgia é a exceção o Não fechou até 4-6 anos
Correção na maioria das vezes precisa de tela Encarceramento e estrangulamento – urgência
Fatores de risco semelhantes as hérnias inguinais Adelgaçamento de pele
Ascite incontrolável - pode romper e causar morte
Como operar Isquemia, ulceração, cirurgia por outras causas
Antigamente Mayo IMC > 35 contraindica cirurgia
o Sobreposição de fáscias 30% de recidiva (tensão)
Atualmente grande discussão de qual o melhor
< 1cm - Fechamento primário (hernioplastia, fecha aponeurose)
> 2cm - Colocação de tela
o Pode ser qualquer posição / pré-peritoneal
1- 2cm - fator de risco persistente, hérnia incisional
o Preferir tela
Defeito na linha média (alba), acima da cicatriz umbilical até o apêndice xifoide
Entre cicatriz umbilical e xifoide
Quadro clínico dor desproporcional ao tamanho
< 1 cm = fechamento primário ou tela, convencional
1-4cm = fechamento com tela, convencional
>5 cm = mesmo tratamento de hérnia incisional
Cuidado para diferenciar de diástase de retos abdominais (tratamento estético)
Laparoscopia pode ser usada
Epidemiologia
15% a 20% de todas as hérnias da parede abdominal
11% de cirurgias abdominais
Mulheres 2x > homens
Infecção do sítio cirúrgico é o principal fator de risco
Todos os outros fatores de risco para hérnias em geral
Diagnóstico, manejo, complicações seguem o padrão
Avaliação inicial
Anamnese e antecedentes
Comorbidades e cirurgias prévias
Status performance
Avaliação psicológica, suporte social
Pesquisar anemia, diabetes, desnutrição
Avaliação pré-operatória (ECO, prova de função pulmonar)
Classificação
Linha média:
M1 = subxifóide
M2 = epigástrico
M3 = umbilical
M4 = infraumbilical
M5 = suprapúbico
Laterais:
L1 = Subcostal
L2 = Flancos
L3 = Ilíacos
L4 = Lombar
Tratamento
Cirúrgico
Eletivo sempre que possível
Chance de complicação aguda é menor. Pré-aponeurótica (onlay)
Controle clínico pré-operatório o Mais fácil, a mais utilizada, complica mais, menos morbidade
HERNIOPLASTIA INCISIONAL COM TELA o Acima da aponeurose
Pré-peritoneal (sublay) – Rives Stoppa
o Abaixo da fáscia transversalis, acima do peritônio
o Mais difícil, complica menos, mais mórbido
o Não necessita de fixação
o Cada vez mais presente, é utilizada principalmente em hérnias
perto de proeminências ósseas
Intraperitoneal (underlay)
o Na cavidade, abaixo do peritônio
o Videolaparoscopia
o Pouco usado
o Necessita de tela anti-aderente
Intermuscular (inlay)
o Entre os ventres musculares
o Mesma camada da aponeurose
o Fixada lateralmente à musculatura
o Utilizada quando não é possível a aproximação
o Mais fraqueza da parede
Hérnia incisional simples Hérnia incisional complexa
Única, W1 ou W2, não domiciliada Cronicamente habitada / domiciliada = Não reduz
Paciente sem muitas comorbidades Gigantes = W3 ou VH/VC > 15% / 25%
o Hernioplastia com tela o VH (volume hérnia) VC (volume cavidade abdominal)
o Sem maiores especificadles o Outras hérnias também podem ser gigantes/habitadas
o Laparoscopia pode ser usada Ulceradas, infectadas, recidivadas, pacientes graves
O tratamento é complexo
10% das hérnias incisionais
Fatores de risco persistentes
Aumento PIA → aumento peso da hérnia → tração muscular
São cronicamente irredutíveis
Tratamento longo e de alto risco
Perda de domicilio:
o Não reduz por falta de espaço
o Fáscia / aponeurose não fecham sem separação de componentes
o Fechamento primário causa síndrome compartimental
Pressão intra-abdominal
PIA normal < 10mmHg
Hipertensão intra-abdominal (HIA)
o Valores sustentados de PIA > 12mmHg.
Alterações da pressão intra-abdominal
o Grau I = 12mmHg a 15mmHg
Aumentos transitórios são comuns
o Grau II = 16mmHg a 20mmHg
o Tosse = PIA > 80mmHg
o Grau III = 21mmHg a 25mmHg
o Grau IV = > 25 mmHg Aumentos crônicos são menos danosos
o Obesidade, gravidez, ascite
Pressão de perfusão da cavidade abdominal (PPC) = PAM - PIA
Não podemos esperar a SCA, precisamos ser ativos na prevenção e
Quando o paciente apresentar HIA Grau III ou IV, com disfunção orgânica associada, dizemos que
tratamento
ele tem Síndrome Compartimental Abdominal (SCA).
Causas
Primárias:
Doença abdominal = pancreatite aguda grave, hematoma retroperitoneal grande, tratamento não operatório de trauma abdominal
Pós-operatório de cirurgia abdominal grande = hernioplastia incisional gigante, damage control, aneurisma de aorta abdominal, peritonites - Principal causa
Secundárias:
Sepse e extravasamento capilar
Grandes queimados ou outros casos que recebem grande quantidade de volume intravascular
Terciárias ou recorrentes:
Recidiva da SCA após tratamento
Alterações clínicas
Cardiovascular Gastrointestinal Região toracoabdominal Pulmonar Sistema nervoso central
Diminuição do débito cardíaco Diminuição do fluxo sanguíneo Elevação do diafragma Diminuição da Aumento da PIC e
(diminui pré-carga e aumenta celíaco Aumento da pressão expansibilidade pulmonar diminuição da PPC
pós-carga) Diminuição do fluxo sanguíneo intratorácica Diminuição PaO2
Diminuição do retorno venoso da artéria mesentérica superior Compressão da veia cava Diminuição PCO2
Aumento da resistência Diminuição da pressão de Diminuição da flexibilidade das Aumento do shunt
vascular periférica e pulmonar perfusão abdominal (PPC = paredes torácica e abdominal intrapulmonar, da pressão de
Aumento da pressão venosa PAM – PIC) Diminuição do fluxo sanguíneo pico e da pressão
central e oclusão da artéria Diminuição do fluxo sanguíneo das paredes torácica e endotraqueal
pulmonar da musoca intestinal abdominal Aparecimento de atelectasias
pulmonares
Diagnóstico Tratamento
Pacientes de alto risco e alta suspeição para SCA → 1° Medir PIA de horário Sedação e analgesia otimizada
Piora clínica sem causa aparente Descomprimir órgãos intra-abdominais
Hipotensão, choque, oligúria, Insuficiência respiratória SVD, SNG, sonda retal, pro-cinético
Abdome tenso, distendido Bloqueio neuromuscular
1° = Medir PIA de horário Drenar líquidos intra-abdominais , tratar coleções
Evitar cabeceira elevada > 30 graus
Medida da PIA
Evitar balanço hídrico positivo, diálise se necessário
Indireta → Cateter intra-vesical
Suporte clínico intensivo (UTI, monitorização)
Transdutor de pressão / coluna d'água
Manter PAM em faixa normal
Zerar na altura da sínfise púbica, manter estável
Quando?
Padronizar o HIA persistentemente elevada, apesar do tratamento clínico
PIA persistentemente elevada = HIA otimizado.
o Já necessita tratamento, para prevenir a SCA o HIA muito alta (Grau III, IV), com disfunções graves
HIA com disfunção orgânica = SCA (Choque por exemplo)
o Grau III e IV Como?
o Confeccionar peritoneostomia e tratar problema causador para
programar reabordagem
Defeitos profundos, aponeurose superficial integra Paraestomal
Diagnóstico é difícil, geralmente realizado através de exame de imagem Traumática
Tratamento cirúrgico com tela pré-peritoneal Amyand: Apendicite aguda dentro da hérnia inguinal
Hérnia de Petit: Trígono lombar inferior: o Conteúdo é o apêndice
o Crista ilíaca, mm. Grande dorsal e mm. Oblíquo externo. Littré: conteúdo é o Divertículo de Meckel
Hérnia de Grynfelt: Trígono lombar superior: Richter: Borda antimesentérica de segmento intestina
o 12ª costela, mm. Quadrado lombar e mm. Oblíquo interno. o Estrangulamento sem obstrução
o Mais comum na femoral
Pantalona: Hérnia inguinal direta e indireta (hérnia mista)
Garangeot: Apendicite aguda em hérnia femoral
Cooper: femoral que continua até o saco escrotal ou grandes
Hérnia da linha semilunar, defeito profundo (interparietal) lábios
Aponeurose superficial integra Deslizamento: sem saco herniario, parte do saco herniario é
formado pelo conteúdo
Diagnóstico difícil → necessário exame de imagem
Tratamento cirúrgico com tela pré-peritoneal
Mais comum ocorrer junto à linha arqueada de Douglas