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Mariele Relatório 2

O relatório descreve as atividades e competências adquiridas por Mariele Chaves Remédio durante seu estágio no Hospital Regional Franco Lopes, realizado de 24 de maio a 22 de junho de 2025. O estágio incluiu observação e execução de procedimentos em diversas áreas, como curativos, monitoramento de sinais vitais e participação em ações de educação em saúde. O documento ressalta a importância do estágio na formação técnica e na preparação para lidar com as complexidades do cuidado à saúde.

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Mariele Relatório 2

O relatório descreve as atividades e competências adquiridas por Mariele Chaves Remédio durante seu estágio no Hospital Regional Franco Lopes, realizado de 24 de maio a 22 de junho de 2025. O estágio incluiu observação e execução de procedimentos em diversas áreas, como curativos, monitoramento de sinais vitais e participação em ações de educação em saúde. O documento ressalta a importância do estágio na formação técnica e na preparação para lidar com as complexidades do cuidado à saúde.

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CETAM

CENTRO DE EDUCAÇÃO TÉCNOLOGICA DO AMAZONAS

ESCOLA MUNICIPAL AZENILDA BRAGA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA


CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Aluno (a): Mariele Chaves Remédio

Orientador (a): Fernanda Viana Alves


UARINI

2025
Instituição de Saúde: Hospital Regional Franco Lopes

Endereço da Instituição onde foi realizado o estágio: Av. Franco Lopes, 833

Turno (s): Matutino e Vespertino

Período de realização: 24/05 a 22/06

Relatório apresentado à Coordenação de


Estágio, como requisito parcial para aprovação
no componente curricular de Estágio
Supervisionado – Etapa I do Curso Técnico em
Enfermagem.

Considerações do (a) Preceptor (a) / Supervisor (a) do Estágio:

_____________________________________________
3

Assinatura

INTRODUÇÃO
O presente relatório pretende descrever, as atividades desenvolvidas e
competências adquiriras ao longo da visita de natureza profissional realizado no
Hospital Regional Franco Lopes. Os mesmos foram realizados no período de 24 de
maio a 22 de junho de 2025.
As áreas visitadas foi: Recepção, Sala de Triagem, Sala de Curativo,
Consultório Médico, Observação masculina e feminina, Pediatria, Sala de medicação,
Laboratório de Análises Clínicas, Sala de Urgência e Emergência, Sala de Raio X, Sala
de digitalização, Farmácia, Pediatria II, Alojamento Conjunto (ALCON), Sala de
Isolamento, Sala de higienização dos bebês, Enfermarias masculina e feminina, Posto
de Enfermagem, Banco de sague, Sala de Pré-Parto, Conforto dos funcionários,
Expurgo, Centro Cirúrgico, Área Clinica, Sala de Mamografia, SAME, RH
administrativo, Central de material e esterilização (CME), direção e outros.
Durante o estágio curricular o aluno tem a oportunidade de observar, executar
e refletir sobre as práticas assistenciais sob a orientação de profissionais experientes,
o que contribui para a consolidação do aprendizado e para a formação de uma postura
crítica e humanizada diante das diversas situações que envolvem a saúde. Além disso,
o ambiente hospitalar apresenta uma dinâmica desafiadora, exigindo do estagiário
competências como empatia, responsabilidade, trabalho em equipe e capacidade de
tomada de decisão.
Este relatório tem por finalidade apresentar as atividades desenvolvidas
durante o estágio, detalhando os procedimentos acompanhados, a participação nas
rotinas da equipe multiprofissional, bem como os conhecimentos adquiridos e as
dificuldades enfrentadas ao longo do período. Também serão apresentados os pontos
positivos e negativos observados.
No entanto, este documento visa evidenciar a importância do estágio como
componente indispensável para a formação técnica, preparando o aluno não apenas
para o exercício da profissão, mas também para lidar com as complexidades humanas
envolvidas no cuidado à saúde.
5

Descrição de atividades desenvolvidas em cada componente curricular


de estágio
Dia 24/05/2025: nós os estagiários do curso técnico em enfermagem,
iniciamos a I etapa do estágio supervisionado, tendo como supervisora a Enfermeira
Fernanda Viana, neste dia realizamos uma visita ao Hospital Regional Franco Lopes,
para termos conhecimento das dependências do mesmo. Esta visita, teve como
objetivo conhecer as dependências da instituição para entender o fluxo de trabalho.
Durante o turno, os estagiários acompanharam a instrutora na realização de
um curativo, no membro inferior direito de um paciente. A Instrutora avaliou a ferida,
localizada no dorso do pé direito, onde a mesma se encontrava com sinais de
infecção, presença de tecido necrosado e fibrina, exsudato moderado. Ao avaliar,
iniciou-se o procedimento, para execução do curativo.
Dia 25/05/2025:
Paciente: G.V.S.D
Idade: 21 anos
Entrada: 23/05/2025
Hora: 09:00 hrs
Sexo: Masculino
Paciente deu entrada na Unidade Hospitalar Franco Lopes, sem
acompanhante, acordado, lucido e orientado, contactando verbalmente, em decúbito
dorsal, eupneico em ar ambiente, normocorado, mantém acesso venoso periférico
(AVP) multivia no MMSS (D), cateter 20 salinizado sem sinais flogísticos. Após o
banho de aspersão, foi realizado a troca de curativo fechado no membro inferior (pé),
com sinais de infecção.
Realizado a remoção do curativo contaminado, limpeza e desinfecção da
ferida, feito desbridamento retirada de tecido necrótico e fibrina. A ferida foi lavada
com SF 0,9%, degermante, povidine e tópico, gases para limpeza da secreção, pinça
e bisturi para auxiliar na retirada dos tecidos necrosados, após este procedimento, foi
realizado a terapia de secagem e feita a completa cobertura do ferimento por meio de
colagenase, neomicina, óleo de girassol, e gases estéril para impedir o contato com a
bactéria, com a atadura e esparadrapo.
Paciente orientado a manter a lesão sempre limpa e seca.
6

Aferição dos sinais vitais (SSVV)


Pressão Arterial (PA): 120X70 mmHg
Frequência Cardíaca: 74 bpm
Frequência Respiratória: 181 rpm
SPO²: 98%
Temperatura: 34,9 °C
Dia 31/05/2025: Fui direcionada ao centro de material esterilizado as 8:00 hrs.
As 09:12 hrs, a paciente N.S.O, 16 anos foi admitida no centro cirúrgico, para
a realização de cesárea (Cirurgia limpa). Iniciado, aos cuidados de enfermagem com
verificação de sinais vitais (SSVV), temperatura: 36,0 °C, Pressão Arterial (PA):
140x90mmHg, SPO²: 99%), realizado antissepsia da pele e montagem do campo
estéril, monitorização instalada com dispositivos padrão e posicionamento de placa do
bisturi elétrico.
Cirurgia iniciada as 09:33hrs, e finalizada as 10:54hrs, sem intercorrências
durante o procedimento, o nascimento do RN ocorreu as 09:57hrs, sexo feminino,
boas condições ao nascimento, sinais vitais maternos mantido estável, ao longo do
ato operatório.
Administrado 3 ampolas de ocitocina, em soro fisiológico conforme prescrição
médica, infusão endovenosa realizada com 03 frascos de SF 0,9%, 500 ML cada em
acesso periférico. Ainda no centro cirúrgico, realizado curativo compressivo sob
incisão cirúrgica, após esta realização, paciente encaminhada para Alojamento
conjunto (ALCON), as 11:05hrs em condições estáveis, consciente e responsiva.
Atividades desenvolvidas no Centro de material e esterilização (CME):
Classificação e separação de materiais, recebimento dos materiais sujos, separação
dos materiais por classificação de instrumentos cirúrgicos e aventais, lavagem e
secagem, lavagem manual e automatizada dos instrumentos e utensílios, enxague
com agua potável, secagem dos materiais, dobragem e preparação de vestimentas
cirúrgicas, utilização de técnica antisséptica durante manuseio e embalagem com
papel grau cirúrgico, esterilização e acondicionamento dos materiais em autoclave.
Paciente 1
Parturiente S.D.S, 19 anos deu entrada em Maternidade HRFL, às 18hrs em
trabalho de parto.
7

DUM: 19/08/2024
IG: 41 semanas Gestação:
G1P0C0A0
Dilatação Cervical:
10:25 – 2 cm 14:00
– 3 cm
18:00 – 3 cm (sem progressão)
Conduta Médica: Indução com Misoprostol 25 mcg via vaginal a cada 4 horas,
glicose 5% 250 ml EV associada a Buscopan composto.
Sinais Vitais: PA: 120/80 mmHg, FC: 69 bpm, FR: 18 rpm, Temperatura: 37°C
Monitorização Fetal (BCF): Realizada de hora em hora, BCF presentes e
normorreativos nos horários: 11:00, 12:00, 13:00, 14:00, 15:00, 16:00, 17:00
Observações:
Paciente primigesta, em trabalho de parto, com dilatação estacionada em 3
cm desde as 14:00h. Relata presença de contrações uterinas.
Paciente 2
Paciente E. S.P, 9 anos deu entrada na unidade as 8:30hrs, deambulando com
ferimento causado por objeto enferrujado. Realizada verificação de sinais vitais,
temperatura 35,9°C, frequência respiratória (FR): 20 irpm, frequência cardíaca (FC):
89 bpm, peso: 42 kg
Realizado curativo em ferimento provocado por objeto enferrujado (pedaço de
geladeira). Lesão apresenta sinais de infecção, com presença de tecido necrótico,
fibrina e esfacelo. Curativo realizado com técnica asséptica, conforme protocolo.
Ferida foi coberta com curativo fechado.
Paciente segue em acompanhamento ambulatorial,
comparecendo diariamente para realização de curativo. Lesão sendo monitorada
quanto à evolução da ferida e sinais de agravamento. Orientado a manter curativo
limpo e seco.
Realizado monitoramento de sinais vitais nos pacientes internados conforme
rotina do setor, com os seguintes resultados:
Paciente 3
8

A.C.O.S., 20 anos:
PA: 120/80 mmHg, SpO₂: 99%, FC: 82 bpm, T: 36,2°C
Paciente 4
D.A.B.D.S., 1 ano:
SpO₂: 98%, FC: 163 bpm, T: 36,9°C
Paciente 5
M.L.C.M., 15 anos:
PA: 110/60 mmHg, SpO₂: 99%, FC: 117 bpm, T: 38,9°C
Paciente 6
A.R.D.S., 78 anos:
PA: 110/80 mmHg, SpO₂: 95%, FC: 121 bpm, T: 34,8°C
Paciente 7
I.L.M., 48 anos:
PA: 140/80 mmHg, SpO₂: 95%, FC: 68 bpm, T: 36,5°C
Paciente 8
J.B.G.A., 58 anos:
PA: 110/80 mmHg, SpO₂: 96%, FC: 65 bpm, T: 36,8°C
Paciente 9
S.D.S.S., 19 anos:
PA: 120/80 mmHg, SpO₂: 98%, FC: 69 bpm, T: 37,0°C
Todos os pacientes monitorados conforme protocolo da unidade. Valores
dentro dos parâmetros de normalidade para a maioria dos pacientes, exceto M.L.C.M.,
que apresenta hipertermia (T: 38,9°C), e A.R.D.S., com hipotermia (T: 34,8°C) e
taquicardia. Ambos seguem em observação e equipe médica foi informada para
conduta.
Dia: 06/06
Horário: 10:00
Paciente I.L.M., 49 anos deu entrada na unidade hospitalar com picada de
cobra (surucucu), no membro inferior, realizado curativo simples em ferida localizada
no pé esquerdo. Ferida com aspecto limpo, sem presença de secreção purulenta, com
bordas íntegras.
9

Procedimento realizado utilizando soro fisiológico 0,9%, gaze estéril,


aplicação de degermante tópico e cobertura com óleo de girassol, conforme prescrição
de tratamento para manutenção da umidade e estímulo à cicatrização.
Orientações Prestadas ao Paciente:
Manter o pé elevado para favorecer a circulação local e evitar edema.
Evitar apoio ou sobrecarga no membro acometido.
Observar sinais de agravamento, como aumento da dor, calor, rubor, secreção
ou febre.
Manter curativo limpo e seco até nova avaliação.
Retornar à unidade hospitalar para reavaliação conforme prescrição médica.
Curativo realizado com sucesso, paciente orientado quanto aos cuidados
domiciliares.
Educação em Saúde
Participei de uma ação de educação em saúde realizada na orla do município
de Uarini. Durante a atividade, foram distribuídos preservativos masculinos e
femininos, acompanhados de orientações sobre o uso correto e contínuo desses
métodos como forma de prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs),
incluindo HIV/AIDS, sífilis e gonorreia.
Além disso, foram abordados temas relacionados à prevenção da gravidez
não planejada, com esclarecimentos sobre os métodos contraceptivos disponíveis.
Também reforçamos a importância da realização periódica de Testes Rápidos (TSTs),
informando à população que, embora não fossem realizados durante a ação, estão
disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Objetivo:
Promover a conscientização da população sobre saúde sexual e reprodutiva,
incentivando o autocuidado, o uso de métodos preventivos e o acesso aos serviços
de saúde oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
A ação foi bem recebida pela comunidade, evidenciando a importância de
abordagens educativas em espaços públicos para fortalecer a promoção da saúde e
a prevenção de doenças.
Dia: 07/06
Apoio à Equipe de Saúde
10

Participei da ação de apoio à equipe de saúde durante evento festivo realizado


na orla do município. Durante toda a programação, permanecemos na ambulância de
prontidão, prestando suporte necessário para atendimentos de urgência e emergência
que pudessem ocorrer.
Objetivo:
Garantir suporte pré-hospitalar imediato à população presente, contribuindo
para a segurança e o bem-estar dos participantes do evento.
A ação transcorreu dentro da normalidade, com a equipe devidamente
preparada para responder a quaisquer intercorrências, reforçando a importância da
presença da saúde em eventos de grande porte.
Paciente: C.B.L.
Idade: 49 anos
Leito: 14
Data:14/06/25. Hora: 9:40
Realizado curativo em membro inferior esquerdo devido à picada de serpente
(surucucu), conforme prescrição médica. Curativo realizado com técnica asséptica,
utilizando material estéril. Local com edema e hiperemia, sem presença de exsudato
purulento até o momento. Paciente consciente, orientado, colaborativo, em vigilância
contínua.
Sinais vitais aferidos:
Temperatura: 36,0°C
PA: 140/80 mmHg
SpO₂: 99%
FC: 88 bpm
Seguindo prescrição médica, paciente em uso de:
Dieta livre
Benzilpenicilina 50.000 UI EV de 8/8h
Hidrocortisona 500 mg EV em 500 mL SF 0,9% de 8/8h
Tramadol 100 mg em 100 mL SF 0,9%, EV s/n
Metronidazol 400 mg VO de 8/8h
11

Sala de Triagem
Data: 15/06/2025
1. Paciente: E.L.P.C.
T: 37,1°C | FC: 83 bpm | FR: 18 irpm
PA: 110/70 mmHg | SpO₂: 99% | Peso: 76 kg Observação:
Paciente relata dor em coluna vertebral.
2. Paciente: N.S.D.O.
T: 36,0°C | FC: 82 bpm | FR: 19 irpm
PA: 120/80 mmHg | SpO₂: 99% | Peso: 55 kg
Observação: Realizado curativo em membro inferior direito (perna).
3. Paciente: R.L.D.S.
T: 36,0°C | FC: 85 bpm | FR: 20 irpm
PA: 120/80 mmHg | SpO₂: 98% | Peso: 77 kg
Observação: paciente relata febre
4. Paciente: M.L.D.
T: 37,0°C | FC: 78 bpm | FR: 18 irpm
PA: 120/80 mmHg | SpO₂: 92% | Peso: 42 kg Observação:
Paciente relata dor abdominal e náusea.
5. Paciente: H.N.C.
T: 37,8°C | FC: 107 bpm | FR: 19 irpm
PA: 120/80 mmHg | SpO₂: 98% | Peso: 98 kg
Observação: Paciente relata febre e cefaleia.

6. Paciente: L.L.D.S.
T: 36,0°C | FC: 63 bpm | FR: 18 irpm
PA: 110/80 mmHg | SpO₂: 99% | Peso: 63 kg Observação:
Paciente relata dor em garganta e ouvido.
7. Paciente: M.R.L.
12

T: 36,0°C | FC: 78 bpm | FR: 18 irpm


PA: 140/90 mmHg | SpO₂: 98% | Peso: 79 kg
Observação: Realizado apenas controle de pressão arterial.
8. Paciente: E.V.C.
T: 36,0°C | FC: 91 bpm | FR: 18 irpm
PA: 130/80 mmHg | SpO₂: 99% | Peso: 70 kg
Observação: Paciente relata dor de garganta e dores musculares.
9. Paciente: I.E.N.C.
T: 37,0°C | FC: 99 bpm | FR: 17 irpm
PA: 110/90 mmHg | SpO₂: 99% | Peso: 50 kg Observação:
Paciente apresenta irritação ocular.
10. Paciente: R.R.V.
T: 36,7°C | FC: 68 bpm | FR: 19 irpm
PA: 110/70 mmHg | SpO₂: 98% | Peso: 77,8 kg
Observação: Paciente relata sensação de dormência na cabeça.
11. Paciente: M.O.D.S.
T: 36,0°C | FC: 87 bpm | FR: 18 irpm
PA: 130/80 mmHg | SpO₂: 98% | Peso: 69 kg
Observação: Paciente relata dores musculares.
Durante o estágio, pude vivenciar na prática os conhecimentos teóricos que
aprendi em sala de aula. Um dos pontos mais positivos foi a oportunidade de ter
contato direto com os pacientes, desenvolvendo habilidades de comunicação, empatia
e acolhimento. Também foi muito gratificante poder aplicar técnicas de enfermagem
que antes eu só conhecia na teoria, como administração de medicamentos, curativos
e aferição de sinais vitais. Outro aspecto positivo foi a convivência com a equipe
multiprofissional, que me ajudou a entender melhor o trabalho em equipe dentro de
uma unidade de saúde. Percebi que a rotina é desafiadora, mas muito enriquecedora
para o crescimento pessoal e profissional.
13

ESTUDO DE CASO: DILUIÇÃO CORRETA DE MEDICAMENTOS


INJETÁVEIS

INTRODUÇÃO
A administração de medicamentos por via injetável é uma pratica comum e
essencial no ambiente hospitalar, principalmente em situações que exigem reposta
terapêutica rápida e eficaz. Essa via de administração, apesar de sua eficácia, envolve
riscos importantes quando realizada sem o conhecimento técnico adequado,
especialmente no que diz respeito à diluição, à compatibilidade entre substâncias e à
escolha correta do diluente ou solução de infusão.
A correta preparação e administração dos medicamentos injetáveis garante a
segurança do paciente, evita reações adversas, perdas de eficácia e danos graves,
como flebites, precipitações e intoxicações medicamentosas. Considerando que
14

muitos medicamentos utilizados na pratica clínica, como Dipirona, Ceftriaxona,


Diclofenaco, Plasil, Dexametasona, entre outros, exigem cuidados específicos quanto
à diluição e à combinação com soro (Fisiológico, Ringer lactado ou Glicosado), é
fundamental que os profissionais de saúde estejam bem preparados.
OBJETIVO
Este estudo de caso tem como objetivo analisar a prescrição e a
administração de medicamentos injetáveis em um cenário clinico simulado,
identificando as diluições recomendadas, os solventes adequados, as possíveis
incompatibilidades físico-químicas e os cuidados de enfermagem relacionados.
DESCRIÇÃO DO CASO
Paciente do sexo feminino, Sra. A.P.S., 42 anos, admitida no setor de
emergência com queixa de dor abdominal intensa há cerca de 12 horas,
acompanhada de febre (38,5°C), náuseas, vômitos e mal-estar geral. Refere início
súbito da dor localizada inicialmente em hipogástrio, com irradiação e piora
progressiva, atualmente mais intensa no quadrante inferior direito do abdome.
Ao exame físico, apresenta-se consciente, orientada, em regular estado geral.
Relata dor intensa à palpação abdominal, principalmente em fossa ilíaca direita.
Mucosas orais secas, sinais clínicos de desidratação leve. PA: 100/70 mmHg, FC: 102
bpm, temperatura axilar: 38,5°C. Apresenta episódios de náuseas e vômitos.
DIAGNÓSTICO MÉDICO INICIAL
Quadro sugestivo de abdome agudo inflamatório (suspeita de apendicite ou
infecção intestinal), necessitando de analgesia, hidratação
venosa e investigação/imagem.
PRESCRIÇÃO MÉDICA
Dipirona 500mg IV – para controle da dor e febre.
Diclofenaco sódico 25mg IM – anti-inflamatório não esteroidal para analgesia.
Ceftriaxona 1g IV – antibiótico de amplo espectro, em dose única inicial.
Escopolamina 20mg IV – antiespasmódico para controle de dor abdominal.
Metoclopramida (Plasil) 10mg IV – para controle dos episódios de náuseas e
vômito.
Hidrocortisona 500mg IV – em caso de resposta inflamatória exacerbada.
Dexametasona 4mg IV – para potencial efeito anti-inflamatório e antiemético.
15

ANÁLISE DO CASO
A prescrição médica do paciente inclui medicamentos injetáveis intravenosos
e intramusculares que exigem atenção especial quanto à diluição, administração
correta, incompatibilidades físico-químicos e tempo de infusão.
Dipirona 500 mg/ml em ampola de 2mL IV, IM
• Diluição IV: 500mg/ml de dipirona em 10ml de solução salina 0,9%.
• Diluição IM: Não é necessário diluir para aplicação IM, pois já vem pronta
para uso (solução injetável) geralmente vem em ampolas de 2 mL.
• Compatibilidades: A dipirona IV é compatível com soluções salinas e
glicosadas, mas é importante verificar a compatibilidade com outros medicamentos
antes de administrar.
• Tempo de infusão: administrada lentamente (em 5 a 10 minutos para
evitar hipotensão). Via intramuscular, a administração feita em poucos segundos
diretamente no músculo.
• Erros comuns: diluição inadequada, administração rápida demais (IM),
falta de monitoramento do paciente, incompatibilidade com outros medicamentos.
• Reações adversas: Náuseas, vômitos, tontura, sudorese.
• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a
prescrição médica, utilizar técnica asséptica para preparar e administrar a solução,
monitorar o paciente durante e após a administração para detectar qualquer efeito
colateral, registrar a administração no prontuário do paciente.

Diclofenaco sódico 25mg/ml em ampola de 3mL IM


• Diluição IM: Não é necessário diluir. A solução injetável é fornecida
pronta para uso.

• Compatibilidades: via intramuscular não se aplica, pois é administrado


por via IM.
• Tempo de infusão: Não se aplica, pois é administrado por via IM.
• Erros comuns: Falta de monitoramento do paciente, administração
incorreta do medicamento (por exemplo, administração IV em vez de IM) e
manipulação.
• Reações adversas: Náuseas, dispepsia, tontura, sonolência, cefaleia.
16

• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a


prescrição médica, utilizar técnica asséptica para administrar a injeção, administrar a
injeção no musculo glúteo ou deltoide, dependendo da preferência do profissional de
saúde, monitorar o paciente durante e após a administração para detectar qualquer
efeito colateral, registrar a administração no prontuário do paciente, seguir as
instruções de armazenamento e manipulação do medicamento.

Ceftriaxona 1g + lidocaína 1% 3,5mL IV, IM


• Diluição IV: 1g + 10 ou 20mL de água para injeção administração IV em
bolus lento (3-5 minutos)
• Diluição IM: diluir em 3,5ml de lidocaína 1% sem vasoconstritor.
• Compatibilidades: A ceftriaxona IV é compatível com SF 0,9%
• Tempo de infusão: Bolus IV (direto): 3–5 minutos (após reconstituição
com 10 mL de água estéril).
• Erros comuns: diluição inadequada, administração rápida demais,
• Falta de monitoramento do paciente, incompatibilidade com outros
medicamentos.
• Reações adversas: dor no local da aplicação, diarreia, náuseas,
alterações nos exames laboratoriais, eosinofilia.
• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a
prescrição médica, aplicar em músculo glúteo ou vasto lateral da coxa, utilizar técnica
asséptica para preparar e administrar a solução, monitorar o paciente durante e após
a administração para detectar qualquer efeito colateral, reconstituir corretamente e
respeitar volumes e tempos, registrar a administração no prontuário do paciente.
Escopolamina 20mg/ml em ampola e 1mL IV, IM
• Diluição IV: A escopolamina pode ser diluída em solução salina 0,9% ou
solução glicosada 5%. A diluição varia de acordo com a dose e a necessidade do
paciente, mas geralmente é diluída em 10 ou 20ml de solução. Uso IV direto (em bolus
lento).
• Diluição IM: Não precisa de diluição.
17

• Compatibilidades: A escopolamina IV é compatível com SF 0,9% e SG


5%.
• Tempo de infusão: Pode variar de acordo com a dose e a necessidade
do paciente, mas geralmente é administração lenta (IV em bolus). A via IM é uma
injeção única e lenta, feita em 20–30 segundos.
• Erros comuns: diluição inadequada, administração rápida demais, falta
de monitoramento do paciente, incompatibilidade com outros medicamentos.
• Reações adversas: boca seca, visão turva, sonolência, prisão de ventre,
redução da sudorese.
• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a
prescrição médica, utilizar técnica asséptica para preparar e administrar a solução,
observar o paciente por 15–30 minutos após a aplicação (reações adversas),
monitorar o paciente durante e após a administração para detectar qualquer efeito
colateral, registrar a administração no prontuário do paciente.
Metoclopramida (Plasil) 5mg/ml em ampola de 2mL IV, IM
• Diluição IV: Administração IV direta (bolus lento): Diluir em 20 mL de SF
0,9% ou SG 5% (opcional, mas recomendado)
IM: não requer diluição a ampola está pronta para uso IM direto.
• Compatibilidades: A metoclopramida é compatível com muitas soluções,
mas é importante verificar a compatibilidade com outros medicamentos antes de
administrar.
• Tempo de infusão: Em bolus (lento) em 1 a 2 minutos. Via intramuscular
20–30 segundos, com administração no glúteo ou vasto lateral da coxa.

• Erros comuns: diluição inadequada, Administração rápida demais (em


segundos) pode causar reação extrapiramidal, ansiedade, taquicardia ou distonia,
falta de monitoramento do paciente, incompatibilidade com outros medicamentos.
• Reações adversa: sonolência, fadiga, agitação, tontura.
• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a
prescrição médica, utilizar técnica asséptica para preparar e administrar a solução,
monitorar o paciente durante e após a administração para detectar qualquer efeito
colateral, registrar a administração no prontuário do paciente.
18

Hidrocortisona 500mg IV, IM


• Diluição IV (em bolus): A hidrocortisona pode ser diluída em solução
salina 0,9%. A diluição varia de acordo com a dose e a necessidade do paciente, mas
geralmente é de 100mg a 500mg em 10ml a 20ml de solução.
• Diluição IM: usar os mesmos 2 a 4ml do diluente fornecido. Aplicação
profunda no glúteo.
• Compatibilidades: A hidrocortisona é compatível com SF 0,9%, mas é
importante verificar a compatibilidade com outros medicamentos antes de administrar.
• Tempo de infusão: pode variar de acordo com a dose e a necessidade
do paciente, mas geralmente é administrada em 30 segundos a 10 minutos para
baixas doses e em 30 minutos para doses mais altas.
• Erros comuns: diluição inadequada, administração rápida demais, falta
de monitoramento do paciente, incompatibilidade com outros medicamentos.
• Reações adversa: retenção de sódio e líquidos, hiperglicemia,
osteoporose, alteração de humor.

• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a


prescrição médica, utilizar técnica asséptica para preparar e administrar a solução,
monitorar o paciente durante e após a administração para detectar qualquer efeito
colateral, registrar a administração no prontuário do paciente.
Dexametasona 4mg/ml em uma ampola de 1mL IV, IM
• Diluição IV: IV Direto (Bolus Lento) não é obrigatória a diluição, mas
recomenda-se diluir em 10 ou 20mL de SF 0,9%.
• Diluição IM: Administração direta, sem necessidade de diluição.
• Compatibilidades: A dexametasona é compatível com muitas soluções,
mas é importante verificar a compatibilidade com outros medicamentos antes de
administrar.
• Tempo de infusão: pode ser administrada em IV bolus lentamente em 1–
2 minutos.
• Erros comuns: diluição inadequada, administração rápida demais, falta
de monitoramento do paciente, incompatibilidade com outros medicamentos.
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• Reações adversas: retenção de líquidos e sódio, aumento da glicose no


sangue, insônia, fraqueza muscular.

• Cuidados de Enfermagem: verificar a identidade do paciente e a


prescrição médica, utilizar técnica asséptica para preparar e administrar a solução,
monitorar o paciente durante e após a administração para detectar qualquer efeito
colateral, registrar a administração no prontuário do paciente.

CONCLUSÃO
O estágio supervisionado no Hospital Regional Franco Lopes foi uma
experiência essencial e enriquecedora na minha formação como técnica em
enfermagem. Pude vivenciar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo do
curso, fortalecendo minhas habilidades técnicas em procedimentos como aferição de
sinais vitais, administração de medicamentos, curativos e apoio em situações de
urgência e emergência.
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Além do aprendizado técnico, essa vivência me proporcionou um grande


desenvolvimento pessoal. Tive a oportunidade de trabalhar em diferentes setores,
como sala de triagem, centro cirúrgico, maternidade, CME, entre outros, o que ampliou
minha visão sobre a dinâmica hospitalar e a importância do trabalho em equipe para
garantir um atendimento seguro e humanizado.
O contato direto com os pacientes e com a equipe multiprofissional me fez
compreender melhor a importância da empatia, da comunicação eficiente e da
responsabilidade que o técnico em enfermagem carrega em cada cuidado prestado.
Também aprimorei meu raciocínio clínico e aprendi a lidar com situações desafiadoras,
mantendo sempre o foco no bem-estar do paciente.
Outro aprendizado importante foi sobre a correta administração e diluição de
medicamentos injetáveis, entendendo a necessidade de seguir rigorosamente os
protocolos para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos.
Sinto que atingi os objetivos propostos para essa etapa do estágio, tanto no
aspecto técnico quanto no humano. Como sugestão para a unidade, acredito que o
aumento no número de profissionais durante os turnos de maior movimento poderia
melhorar ainda mais a qualidade do atendimento.
Finalizo essa etapa com gratidão por tudo o que aprendi e com a certeza de
que estou mais preparada, segura e comprometida com a minha futura atuação
profissional na área da enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ROCHA, S. A. S. Enfermagem em centro cirúrgico e central de material e esterilização. 7. ed. São


Paulo: Martinari, 2018.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012
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SOBRATT, F. C. et al. Manual de Diluição e Administração de Medicamentos Injetáveis. 6. ed. São
Paulo: Manole, 2022.

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