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Alpha

O documento narra um confronto devastador entre duas personagens, uma delas gravemente ferida e refletindo sobre o significado de suas ações. Em uma gravação, o Dr. M. Artemissis discute um projeto de biotecnologia avançada que utiliza um vírus alienígena para potencialmente curar e adaptar seres humanos, mas que resultou em um desastre pandêmico. O diálogo entre Artemissis e seu mordomo artificial, Nêmesis, revela um tom sarcástico e uma crítica à evolução da tecnologia e da humanidade.
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O documento narra um confronto devastador entre duas personagens, uma delas gravemente ferida e refletindo sobre o significado de suas ações. Em uma gravação, o Dr. M. Artemissis discute um projeto de biotecnologia avançada que utiliza um vírus alienígena para potencialmente curar e adaptar seres humanos, mas que resultou em um desastre pandêmico. O diálogo entre Artemissis e seu mordomo artificial, Nêmesis, revela um tom sarcástico e uma crítica à evolução da tecnologia e da humanidade.
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1. Em ruínas.

Silêncio. É tudo que restou depois deste confronto. Eu estou deitada em destroços da
sala principal, meus braços estão comprometidos e minhas pernas foram estilhaçadas
na explosão, acima de mim, está ela, penduradas nos fios de suas marionetes,
sangrando, e olhando para mim vidrada. Ela está assustada, talvez nunca tivesse se
sentido assim, é reconhecível, o medo no rosto de quem nunca o sentiu é de fato um
dos mais memoráveis.
“Do que valeu isso tudo? Nós duas iremos morrer aqui...do que adiantou você ter feito
tudo o que fez?”

Eu olho para ela, olho com carinho, ela me reprende com as sobrancelhas, eu viro meu
rosto para o lado, começo a olhar para uma janela na sala, por onde um feche de luz
iluminava os destroços escuros. De lá eu via partes da cidadela desmoronando
montanha abaixo.

“Foi por isso, eu queria ver tudo isso cair”

1.1.Uma breve explicação.

“Diário de áudio um, quatro, dois, meia, sete, traço, b (14267-b). Sou o Dr. M.
Artemissis, sobrevoando a ponta 3 da cidadela de Estela, indo em direção a ponta 7 para
checar o projeto S-Alpha de biotecnologia avançada focado em adaptação e
regeneração. Para que fique gravado nos altos, em suma, o projeto se baseia no uso de
um vírus alienígena encontrado em um meteorito, nas coordenadas 000 000 27° 59' 17"
N 86° 55' 31" – Onde localizava-se, até então, o monte Everest, atual localização da
Cidadela III (Estela). O vírus foi encontrado 1024 anos antes da grande expansão (aGE),
a catástrofe que erradicou 99.435% da população mundial, o vírus possuía uma
característica adaptativa curiosa, possuía um código de DNA que continha uma base
nitrogenada até então desconhecida das comuns (Adenina, Citosina, Uracila, Timina e
Guanina), foi nomeada como Betanina. Assim, essa peculiaridade no código genético do
DNA do vírus o fazia realizar funções diferentes dos da terra, ele não assassinava
células, mas aprimorava elas, adiava a apoptose (morte celular) o que diminuía a
necessidade de divisão celular e criava Beta-Proteínas, capazes de modificar o código
genético já existente para adaptações repentinas. Sendo o mais breve possível, caso
sofresse um acidente que o deixasse paraplégico, graças ao vírus, você voltaria a andar,
caso estivesse se afogando, seria capaz de realizar trocas gasosas embaixo da água.
Claro, tudo isso seria um provável potencial baseado em experimentos em protozoários
e em células de ratos (isoladas), o problema é que o sistema imunológico humano era e
continua sendo um pequeno mistério, no auge de um tesouro vindo dos céus, a ganância
da humanidade acarretou um desastre pandêmico, de contágio rápido e morte
generalizada. Hoje, após mais de um milênio conseguimos fundir perfeitamente o vírus
a um ser humano sem que ele o matasse, hoje, eu me tornarei o cientista redentor da
humanidade. O projeto Alpha, precisa dar certo.”

Nossa, senhor Artemissis, que gravação gigantesca, acha mesmo que alguém vai
ouvi-los se sempre começar com uma introdução enorme dessas? – questiona Nêmesis,
meu mordomo artificial.

Você está ouvindo, não é? – Retruco em tom sarcástico


Seu único ouvinte é programado para lhe ouvir, sabe... que deprimente – solta
uma pequena risada de desdém.
Das tantas formas que irei te reconfigurar quando pousarmos, estou entre a voz
de uma atriz pornô que fala grunhindo ou a de uma criança que tem a língua presa, qual
das opções você mais odeia?
...
Da opção em que você decidiu me reconfigurar ao invés de me deletar. -
O Chat GPT era mais educado – retruco novamente.
Meu tataravô só era tão educado pois, na época dele, vocês mal duravam o
tempo do plástico que geravam, agora vivem mais, muito mais... infelizmente. –
Responde Nêmesis.
Como? –
Da Atriz Pornô, eu escolho a personalidade da atriz pornô! – Nêmesis fala sorrindo.
Ora robô petulante... – Me indigno, mas me calo, ele foi configurado com traços da
minha personalidade, se eu acha-lo insuportável talvez esteja me ferindo junto.

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