Ministério da Educação

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas

Gerais Campus Curvelo
Disciplina: Mecânica dos Solos I

LUANA DA SILVA MARTINS

LUISA MENDES ARAÚJO MOREIRA

MARIA EDUARDA PEREIRA CAMPOS

WESLEY MARTINS LOPES MOREIRA

RELATÓRIO 01
ANÁLISE TÁTIL VISUAL

Curvelo
2024
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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais Campus Curvelo
Disciplina: Mecânica dos Solos I

LUANA DA SILVA MARTINS

LUISA MENDES ARAÚJO MOREIRA

MARIA EDUARDA PEREIRA CAMPOS

WESLEY MARTINS LOPES MOREIRA

RELATÓRIO 01

ANÁLISE TÁTIL VISUAL

Relatório de experiência laboratorial,

apresentado no Curso de Graduação em
Engenharia Civil do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais,
como requisito parcial para obtenção de
nota na disciplina de Mecânica dos Solos
I.

Curvelo
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Disciplina: Mecânica dos Solos I

Sumário

1. INTRODUÇÃO................................................................................4

2. NORMATIZAÇÃO...........................................................................4

3. MATERIAIS

4. PROCEDIMENTOS.........................................................................5

5. CONCLUSÃO................................................................................. 8

6. BIBLIOGRAFIA...............................................................................8
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Disciplina: Mecânica dos Solos I

1. INTRODUÇÃO

Os solos apresentam um papel crucial na vida de todos os seres

humanos, especialmente quando se trata de construir e praticar
agricultura. No entanto, ao considerar a construção e o cultivo, é
importante não apenas examinar superficialmente, mas também
compreender suas caraterísticas mais profundas do terreno.
O solo é definido pela NBR 6502/2021 como o material natural
que cobre a superfície terrestre, formado pela decomposição de
rochas e pela incorporação de materiais orgânicos. Composto por
uma mistura de partículas minerais, matéria orgânica, água e ar, o
solo possui propriedades que variam de acordo com sua origem,
composição e ambiente. Na Engenharia Civil, essas propriedades são
essenciais para que possamos prever o comportamento do solo em
obras, visto que influenciam diretamente a estabilidade e a
durabilidade das construções, impactando por exemplo no tipo de
fundação que uma determinada contrução irá receber, ou até mesmo
no manejo necessário para efetuarmos um corte em um determinado
terreno.
Os solos possuem diversas características que determinam seu
comportamento e uso em aplicações de engenharia, sendo as
principais a granulometria, a plasticidade, a coesão e a
permeabilidade, conforme definido pela NBR 6502/2021. A
granulometria, por exemplo se refere ao tamanho e à distribuição das
partículas minerais, como argila, silte, areia e cascalho, o que
determina a textura do solo e influencia sua capacidade de suporte e
tendência à compactação (COSTA, 2019). Já a plasticidade indica a
habilidade do solo em ser moldado sem se romper, uma propriedade
especialmente significativa em solos argilosos.
A coesão, por sua vez, relaciona-se à força de ligação entre
partículas, sendo maior em solos argilosos, e contribui para a
estabilidade de taludes e encostas, importante para obras de

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contenção e para a segurança de estruturas em terrenos inclinados

(ABNT NBR 6502/2021). Por último, a permeabilidade reflete a
capacidade do solo de permitir a passagem de água por seus poros,
com solos arenosos apresentando alta permeabilidade, que facilita a
drenagem. Essas propriedades, observadas em uma análise tátil-
visual são preliminares, ou seja, é através desta análise que somos
capazes de determinar a possível composição de uma determinada
composição do solo.

2. NORMATIZAÇÃO

A NBR 6502/2021 estabelece algumas regras para a

classificação dos materiais, incluindo a análise granulométrica, que
visa determinar a distribuição de tamanho das partículas presentes
no solo.

Essa análise é essencial para entender a composição do solo e

sua adequação para diferentes aplicações de engenharia.

A norma define os tipos de partículas principais:

 Matacão: Partículas com diâmetro maior que 200 mm.

 Pedregulho: Partículas entre 200 mm e 2 mm.

 Areia grossa: Partículas entre 2 mm e 0,6 mm.

 Areia média: Partículas entre 0,6 mm e 0,2 mm.

 Areia fina: Partículas entre 0,2 mm e 0,06 mm.

 Silte: Partículas entre 0,06 mm e 0,002 mm.

 Argila: Partículas com diâmetro menor que 0,002 mm.

A curva granulométrica gerada a partir desses dados é

essencial para a classificação e identificação do solo, auxiliando na
avaliação de suas propriedades, como a capacidade de compactação
e drenagem. Essa análise permite categorizar o solo como bem
graduado (com distribuição uniforme de partículas) ou mal graduado

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(predomínio de um ou poucos tamanhos de partículas), o que

impacta diretamente na escolha de tratamentos e aplicações
apropriadas na engenharia civil.

A NBR 13441 estabelece a simbologia padrão para

representar termos geológicos e geotécnicos, incluindo rochas e
solos, definidos pela ABNT NBR 6502. Essa norma é essencial para
padronizar a representação de materiais geológicos em documentos
técnicos, como mapas, perfis geológicos, relatórios e projetos de
engenharia geotécnica. Ela oferece símbolos específicos para
diferentes tipos de solos, como areia, silte e argila, bem como para
rochas, permitindo uma interpretação rápida e uniforme das
características geológicas e geotécnicas dos materiais descritos. A
aplicação dessa simbologia padronizada

facilita a comunicação entre profissionais das áreas de geociências e

engenharia civil, garantindo consistência e clareza nos projetos e
documentos técnicos

3. MATERIAIS

Para a realização do experimento de identificação tátil-visual de solos,

utilizam-se materiais simples e de fácil acesso, visto que este é um método
aplicado diretamente em campo, sem o uso de aparelhagem específica. A lista
de materiais inclui:

 21 amostras de diferentes tipos de solos, abrangendo argila, silte,

areias (fina, média e grossa) e pedregulho, permitindo observar e
comparar características distintas de cada tipo de solo.
 Água, utilizada para verificar a plasticidade e coesão do solo,
características fundamentais para a identificação de argilas e siltes.
 Folhas de papel A4, para anotação das observações e registro das
características visuais e táteis de cada amostra

4. PROCEDIMENTOS

Iniciamos o experimento separando as 21 amostras de solos que tinhamos

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no laboratório da disciplina.

Figura 1 – amostras de solos utilizadas na prática

Primeiramente, foi avaliado a coloração das amostras de solo utilizando

folhas de papel como base. Pressionamos o dedo em cada amostra de solo,
transferindo uma pequena quantidade para a folha e friccionando-a levemente
sobre o papel. Esse procedimento permitiu observar se o solo deixava marcas ou
manchas, auxiliando na identificação inicial de cada tipo de solo com base em
sua tonalidade.

Figura 2 – coloração dos solos testados

Em seguida, foram identificadas possíveis presenças de matéria orgânica

nas amostras, observando aspectos como textura e odor, características que

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indicam a presença de componentes orgânicos. Por fim, realizamos uma análise

visual e tátil da granulometria, diferenciando as amostras quanto ao tamanho
predominante das partículas, como argila, silte, areia fina, areia média, areia
grossa e pedregulho, seguindo as classificações estabelecidas pela norma da
ABNT.
Após esse processo, manipulamos as amostras individualmente, adicionando
uma pequena quantidade de água e solo na palma da mão para avaliar a
aderência de cada material. Esse procedimento permitiu identificar as amostras
com maior absorção de água
Em seguida, modelamos as amostras e as colocamos sobre uma folha de
papel para observar a velocidade de secagem. O teste de secagem teve como
objetivo verificar quais solos apresentavam uma maior capacidade de perda de
água para o ar. No entanto, os resultados desse teste mostraram-se pouco
conclusivos, uma vez que o tempo disponível para análise não foi suficiente para
observar diferenças significativas no comportamento de secagem entre as
amostras.

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Figura 3 – amostras de solos já moldadas após o shaking test

Organizamos os resultados da prática em uma tabela para analisar as

amostras de solo em termos de coloração, granulometria, shaking test, presença
de material orgânico e forma de secagem. A coloração indica a composição
mineral e o teor de matéria orgânica, enquanto a granulometria afeta a drenagem
e retenção de água. O shaking test avalia a coesão das partículas, e a presença
de material orgânico aponta a fertilidade do solo. Por fim, a forma de secagem
reflete a capacidade de retenção de umidade, com solos arenosos secando mais

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rápido e solos argilosos retendo mais água.

ANÁLISE TÁTIL VISUAL

SOLO COLORAÇÃO GRANULOMETRIA SHAKING MATÉRIA SECAGEM
TEST ORGÂNICA
A1 Preto Silte Não aderiu Sim Rápida
A2 Amarelo Argila Aderiu - Lenta
A3 Amarelo Argila Aderiu - Lenta
A4 Vermelho Argila Aderiu - Lenta
A5 Amarelo Argila Aderiu - Lenta
A6 Marrom Argila Aderiu - Lenta
A7 Amarelo claro Areia fina Não aderiu - Rápida
A8 Amarelo claro Areia média Não aderiu - Rápida
A9 Marrom Areia grossa Não aderiu - Rápida
A10 Amarelo Silte Não aderiu - Rápida
A11 Preto Silte Não aderiu - Rápida
A12 Marrom Silte Não aderiu - Rápida
A13 Amarelo Argila Aderiu - Lenta
A14 Amarelo Argila Aderiu - Lenta
A15 Marrom Silte Não aderiu - Rápida
A16 Preto Silte Não aderiu Sim Rápida
A17 Cinza Areia média Não aderiu Sim Rápida
A18 Amarelo Argila Aderiu - Lenta
A19 Cinza claro Areia fina Não aderiu Sim Rápida
A20 Vermelho Silte Não aderiu - Rápida
A21 Vermelho Silte Não aderiu - Rápida
Tabela 1 – resultados obtidos após a realização da análise tátil visual

5. CONCLUSÃO

A prática de identificação de tipos de solo por meio do teste de análise tátil-

visual permitiu uma experiência aprofundada de classificação com base em
observações sensoriais, como tato e visão. Também seria possível avaliar pelo
odor, porém por se tratar de amostras antigas, não foi possível observar o odor
de solos orgânicos em contato com a água.
Por meio deste método, pudemos identificar as características dos solos,
diferenciando principalmente entre os tipos arenosos e argilosos. Durante o
procedimento, as reações e os comportamentos de cada amostra de solo foram
observados e documentados, contribuindo para uma classificação mais precisa
baseada em sua composição. Apesar de ser um parâmetro inicial, não podemos
ter total certeza ao afirmar qual é realmente o tipo de solo nas amostras, uma vez

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que não somos capazes de identificar nesse tipo de experimento a composição

real de cada solo, ou seja, para que sejamos capazes de afirmar com certa
certeza o tipo de solo seria necessário um teste em laboratório de sua
composição
Essa prática foi valiosa para nosso aprendizado, pois ampliou nosso
entendimento sobre as propriedades dos diferentes tipos de solo. Com esse
conhecimento, estaremos mais preparados para avaliar terrenos e materiais que
serão empregados em projetos de construção, garantindo uma base sólida para
futuras aplicações práticas na área de engenharia civil e geotecnia.

6. BIBLIOGRAFIA

 ABNT NBR 6502/2021 – Rochas e Solos – Terminologia.

 ABNT NBR 13441/2021 – Solo - Determinação da velocidade de
secagem - Método de ensaio.
 COSTA, M. S. Análise de solos para obras de engenharia. São
Paulo: Editora Técnica, 2019.
 SILVA, L. R. Comportamento dos solos em aplicações estruturais.
3. ed. Rio de Janeiro: Editora Civil, 2021.

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