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A Planta

O documento aborda as técnicas de orientação no espaço, incluindo localização relativa e absoluta, pontos cardeais e métodos como a orientação pelo sol, bússola e relógio. Também discute a importância das plantas como representações cartográficas, explicando escalas e a leitura de plantas. A compreensão dessas técnicas é essencial para navegação e localização em ambientes desconhecidos.
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A Planta

O documento aborda as técnicas de orientação no espaço, incluindo localização relativa e absoluta, pontos cardeais e métodos como a orientação pelo sol, bússola e relógio. Também discute a importância das plantas como representações cartográficas, explicando escalas e a leitura de plantas. A compreensão dessas técnicas é essencial para navegação e localização em ambientes desconhecidos.
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A Planta

As diferentes maneiras de nos orientarmos no espaço


A orientação no terreno.
A orientação é um processo fundamental para localizar elementos da
paisagem. Quando nos encontramos num determinado lugar, podemos utilizar
vários processos para nos orientarmos.
Em Geografia utilizam-se dois tipos de localização:
Localização relativa: é a determinação da posição de um lugar em relação a
outros já conhecidos.
Ex: A província do Namibe, localiza-se a sudoeste da provincia da Huíla.
Localização absoluta: é o processo que permite localizar com rigor a posição
de um lugar na superfície terrestre.
O processo de localização absoluta recorre a um conjunto de círculos
imaginários desenhados sobre a Terra e que nos servem de elementos de
referência: os círculos máximos e os círculos menores.
Ex: para determinar com rigor a posição de um lugar utiliza-se a latitude e a
longitude.
Dominar as técnicas de orientação pode tornar-se útil quando nos encontramos
perdidos numa área desconhecida e isolada.

Pontos cardeais.
Em termos acadêmicos, os pontos cardeais são quatro:
 Norte, inicial N, também chamado "Setentrional,Boreal".
 Sul, inicial S, também chamado "Meridional ou Austral".
 Leste ou Este, inicial L ou E, também chamado "Oriente, Nascente ou
Levante".
 Oeste, inicial O ou W, também chamado "Ocidente ou Poente".
Há também quatro pontos colaterais:
 nordeste - NE,
 sudeste - SE,
 sudoeste - SO ou SW,
 noroeste - NO ou NW.
Finalmente oito pontos subcolaterais:
 norte-nordeste - NNE,
 éste-nordeste - ENE,
 éste-sudeste - ESE,
 sul-sudeste - SSE,
 sul-sudoeste - SSO ou SSW,
 oéste-sudoeste - OSO ou WSW,
 oéste-noroeste - ONO ou WNW,
 norte-noroeste - NNO ou NNW.

Figura 1 Rosa – dos – ventos.


O conjunto dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais, formam a rosa –
dos – ventos ou rosa náutica.

Tipos de orientação.
 A orientação pelo Sol constitui um dos principais processos de
orientação e assente em dois momentos fundamentais, do seu aparente
movimento diurno: o nascimento e o poente (ou ocaso).
Tendo como referência o Sol, a posição onde nasce indica-nos o ponto
cardeal Este e a posição onde o Sol põe-se indica-nos o ponto cardeal
Oeste. Portanto se indicarmos com a nossa mão direita para o ponto
cardeal Este (nascente) e a mão esquerda para o ponto cardeal Oeste
(poente), a nossa frente indicará o ponto cardeal Norte e atrás o ponto
cardeal Sul, como mostra a figura 2.
Figura 2 Orientação pelo Sol.
 A Orientação pela sombra de uma vara.
Também tomando como referência o Sol, podemos encontrar os pontos
cardeais se fizermos uma experiência com uma vara.
Traçamos uma circunferência no chão e espetamos uma estaca ou vara no
centro desta.
Observamos a sombra projectada pela estaca a diferentes horas do dia,
podendo verificar que é meio-dia quando a sombra é mais curta. Sabendo que
o Sol nasce a Este e se põe a Oeste, é fácil orientarmo-nos pela sombra que o
Sol projecta de manhã cedo, essa sombra indica a direcção Oeste. Logo, em
sentido oposto teremos o Este.
À direita o Norte, e a esquerdo o Sul. Ao cair da tarde acontece o contrário, a
sombra projectada indica o Este; na direcção das nossas costas teremos o
Oeste, a esquerdo o Norte e a direita o Sul, como mostra a figura 3.
Figura 3

 A orientação pelorelógio.
Coloca o relógio na posição horizontal e com o ponteiro das horas voltado para
o sol.
A recta que passa pelo centro do ângulo formado entre o ponteiro das horas e
o número 12 indica a direcção da linha N-S. A linha que divide esse ângulo em
duas partes iguais indica o ponto cardeal Sul. Por outras palavras, identificando
a meia distância entre o ponteiro das horas e as 12 horas do relógio, podemos
desenhar uma linha que aponta para o Sul, como mostra a figura 4.

Figura 4.

 A orientação pelo Cruzeiro do Sul


Outro processo de orientação consiste em localizar no Céu a posição de uma
constelação denominada como Cruzeiro do Sul.
As constelações são agrupamentos delimitados de estrelas que se
assemelham a figuras de divindades, animais ou objectos baseados em
crenças da Antiguidade, como mostra a figura 5.
Figura 5 Orientação pelo Cruzeiro do Sul.

 A orientação pela bússola


A bússola é um instrumento semelhante ao relógio, inventado pelos Chineses e
introduzido na Europa pelos Árabes. Foi este instrumento que permitiu aos
navegantes orientarem-se nas grandes travessias oceânicas nos séculos XV e
XVI, quando se iniciaram os descobrimentos geográficos.
Ela permite determinar rapidamente a posição de qualquer rumo da rosa-dos-
ventos, em qualquer hora do dia. É constituída essencialmente por uma lâmina
de aço em forma de um losango, com uma ponta magnetizada. Esta lâmina
gira livremente, apoiada sobre um eixo vertical fixo no centro de uma caixa
circular, no fundo da qual está representada a rosa-dos-ventos, tendo a volta
uma circunferência graduada de 0º a 360º. A ponta magnetizada da agulha da
bússola possui propriedade de se voltar sempre na direcção do Pólo Norte
Magnético, o qual fica próximo do Pólo Norte Geográfico. Isto significa que o
Norte Magnético não coincide com Norte Geográfico.
Ao ângulo formado pelas direcções do Norte Geográfico e Magnético dá-se o
nome de Declinação Magnética. Esta varia de lugar para lugar e ao longo dos
anos.

Podemos então diferenciar o Norte Geográfico do Magnético, da seguinte


forma: O Norte Geográfico é o Norte indicado nos mapas e, enquanto o Norte
Magnético é o norte indicado pela agulha da bússola, como mostra a figura 6.
Figura 6A bússola.
Como utilizar correctamente a bússola
1. Colocamo-la numa superfície horizontal sem objectos metálicos próximos;
2. Destravamos a agulha e deixamos que ela rode livremente até parar;
3. Rodamos lentamente a caixa metálica de modo a que a ponta magnética da
agulha coincida com o norte geográfico da base da bússola.

2.2 Determinação de direcções e distâncias.


Com a bússola determina-se as direcções no horizonte da seguinte forma:
 Ao ponto N correspondem 0⁰ e 360⁰;
 Ao ponto E correspondem 90⁰;
 Ao ponto S correspondem 180⁰;
 Ao ponto O correspondem 270⁰.
Direcções
Os graus representados na bússola indicam a amplitude do ângulo que forma a
agulha com a direcção em que se encontre qualquer objecto ou lugar.
Se o lugar se encontra a Norte do observador, a sua direcção é dada pelo
ângulo 0⁰.Se esta entre o Norte e o Este, ou seja, sensivelmente a Nordeste, a
sua direcção será indicada pelo ângulo de 45⁰.
Distâncias
Para determinar distâncias entre dois objectos, podemos utilizar vários
métodos:
 Medir com fita métrica;
 Medir com os passos, embora este método seja pouco preciso, porque
os passos dados pelas pessoas não são sempre iguais;
 Calcular o tempo (em segundos, minutos ou horas) que levamos a
percorrer de um lugar para outro;
 Através de um simples olhar podemos determinar distâncias
aproximadas.
Uma distância pequena é fácil de medir com a fita métrica (em cm ou metros),
mas com frequência torna-se necessário conhecer distâncias maiores (em
quilómetros).

2.3.A escala. A planta da sala de aulas


Planta é uma representação cartográfica realizada a partir de uma escala muito
grande, ou seja, com uma área muito pequena e um nível de detalhamento
maior.

Figura 7 Planta de uma sala de aula.


Para representar numa folha de papel as dimensões reais da sala de aula, o
tamanho e a dimensão da folha de papel tem de ser igual ou maior que as
dimensões reais da sala de aula.
Para que tal não aconteça, isto é, procurar uma folha grande, temos que
procurar uma equivalência ou proporção entre as dimensões reais da sala de
aula e o número de vezes que temos de reduzir essa distância, para poder
representa-la numa folha de papel de pequenas dimensões. Isto é uma escala.
Escala – é a relação entre as distâncias observadas no mapa e as distâncias
reais correspondentes no terreno.
A escala indica-nos o número de vezes que as dimensões reais de um objecto
(sala de aula) foi reduzido em relação à superfície que representa.
Tipos de escala.
Existem dois tipos de escala: escala numérica e a escala gráfica .
Escala numérica: representa-se na forma de uma fracção.
1
pode ser escrita de três formas: 1: 40 000 000, 1/40 000 000 e
40 000 000
Lê-se 1 cm no mapa corresponde a 40 milhões de centímetros na realidade.
d
E=
D
E – escala;
d – distancia no mapa;
D – distância real
Escala gráfica – é representada sob a forma de um segmento de recta
graduado, de comprimento variável. Permite uma leitura rápida dos valores das
distâncias reais.

Lê-se: um centímetro no mapa corresponde a 10 km na realidade, dois


centímetros no mapa corresponde a vinte quilómetros na realidade e assim
sucessivamente.
A aplicação prática da escala numérica permite-nos resolver três tipos de
exercícios:
1. Determinar a escala, quando são conhecidas distâncias no mapa e a
real, que lhe corresponde:
d
E=
D
2. Determinar a distância real, quando são conhecidas a distância no mapa
e a escala:
D=dxE
3. Determinar a distância no mapa, quando são conhecidas a distância real
e a respectiva escala:
D
d=
E
Para o cálculo das distâncias, no mapa ou real, é necessário fazer a
conversão das unidades de comprimento
Unidades de comprimento
Km hm dam M dm cm Mm

2.4.-Leitura de plantas
É muito conveniente saber interpretar plantas simples. Através de uma planta
podem localizar-se muitos locais onde tenhas necessidade de te deslocar ou
conhecer. Procura informar-te, onde resides, se existe uma planta da
localidade e verás as informações que ela contém.
Para proceder a leitura de uma planta, primeiro deves orientá-la, ou seja,
colocá-la de tal maneira que as direcçõesnela representada coincidam com a
realidade. Se não tiver uma seta a indicar o Norte é porque este, o Norte,
corresponde a parte superior da planta e o Sul a parte inferior Oeste estará a
esquerda e o Este a direita. A orientação pode também fazer-se com a bússola.
A leitura de uma planta só é possível se ele possuir alguns elementos
fundamentais que facilitam a sua interpretação. Esses elementos são: o título,
escala, legenda, orientação e a fonte (mapa abaixo).
a) Título: nome que indica o que representa a planta;
b)Orientação: aponta no mapa o rumo da rosa-dos-ventos
c) Legenda: é uma espécie de dicionário, que ao indicar as cores e
símbolos utilizados possibilita a leitura e interpretação correcta das plantas;
d) Escala: informação de quantas vezes a distância real foi reduzida em
relação à planta;
e) Fonte: entidade responsável pela elaboração da planta ou do mapa.
Figura 8 Mapa das Escolas e unidades sanitárias.

2.5.Importância das plantas


As plantas são necessárias às várias profissões, como as de engenheiro,
arquitecto, regente agrícola, geógrafo, pois fornecem muitos dados que lhes
são úteis.
Todos os países publicam plantas que permitem conhecer bem todas as
localidades e regiões neles existentes.
As plantas são também úteis para os militares, quando fazem simples
exercícios militares.
Deves saber que…
Para determinar as distâncias a representar num mapa é necessário dividir o
valor das distâncias reais pelo valor da escala.
Considera o seguinte exemplo: A é uma comuna situada a quatro quilómetros
de B. Para determinar a distância a representar entre estas duas comunas no
mapa, deves proceder do seguinte modo:
1.Reduz a distância real entre os lugares a centímetros.
Assim, 4 km =400000 cm
2.Divide o valor da distância real pelo valor da escala, de modo a determinar o
número de vezes que a distância real tem de ser reduzida (neste caso,
consideraremos, por exemplo, que a escala é de 1:200000:
400000:200000=2cm
Sendo assim, no mapa as duas comunas devem ficar distanciadas 2 cm.
Exercícios de escala
A cidade de Moçâmedes, dista a 180Km da cidade de Lubango. A que
distância será representado num mapa de escala 1/5.000.000, as duas
cidades.
Dados Fórmula
D
E=1 ̸ 5.000.000 d=
E
18.000 .000 cm
D= 180 km=18.000.000cmd=
5.000 .000
d=?d=3 ,6 cm
R: A distância entre as duas cidades (Moçâmedes e Lubango) é 3,6cm.
2-Num mapa cuja escala é de 1̸ 3.000.000,duas ilhas estão representadas a uma
distância de 3 cm.Qual é a distância real entre essas duas ilhas?
Dados Fórmula
E=1 ̸ 3.000.000 D=dXE
d=3 cm D=3cm x3.0000.000
D=? D=9.000.000cm
D=90km
R:A distância real entre essas duas ilhasé de 90 km
3-Num dado mapa, dois lugares distam entre si 20 cm, sendo a sua distância
real de 100 km.Determina a escala.
Dados Fórmula
d
E=? E=
D
20 cm
D= 100 km=10.000.000cm E=
10.000 .000
1 20 cm
d=20 cm =
X 10.000.000
X.20cm=1. 10.000.000
10.000.000 cm
X=
20 cm
10.000.000
X=
20
X=500.000
E=1 ̸ 500.000
R: A escala é de 1 ̸ 500.000

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