Lista de exercícios – Concordância
174 UFRGS 2025
175 UFRGS 2024
176 Fuvest transferência 2023
177 Fuvest transferência 2023
178 Medicina ABC/Vunesp 2022
179 FGV SP/RJ 2024
180 UECE 2025
181 UFAM 2025
182 Fuvest transferência 2023
Questão 174 (UFRGS 2025)
Voltando ao início deste texto, a diversidade linguística nos mostra a
enorme variedade possível dentro dos limites das línguas possíveis e mostra
também que a variação entre línguas não deve ser ilimitada, ainda que haja
grande espaço para possibilidades, nos levando a considerações estruturais
e até mesmo biológicas. Estudar o que é impossível num espaço de muitas
possibilidades é uma estratégia para conhecer o alcance e os limites desse
domínio, o que também se aplica naturalmente à investigação da
capacidade linguística humana.
BASSO, R.; NOBREGA, V. O que seria uma língua impossível? Roseta , 2024.
Se as palavras diversidade e espaço estivessem no plural, quantas outras
palavras na frase deveriam ser alteradas para fins de concordância?
a) Três.
b) Quatro.
c) Cinco.
d) Seis.
e) Sete.
Questão 175 (UFRGS 2024)
Ocorre que a permanência de que fala Verissimo é outra: acima do fato de
que a escrita representa um registro concreto permanente, está o fato de
que ela leva a palavra a “outro domínio”. A palavra falada povoa um
domínio que, já por funcionar automaticamente segundo o software que
trouxemos à vida com a vida, não desvenda todos os sortilégios nos quais
entramos quando complicamos o viver. Que digam os versos dos poetas
que no geral se produzem no suporte gráfico e assim nos chegam (no papel
ou em tela do monitor, insisto), mas vêm carregados da melodia que lhes
dá sentido, e por aí nos transportam a um mundo particularmente mágico
a que passamos a pertencer com a leitura!!! Este é, por si, o mundo da
palavra mágica!!
MOURA NEVES, M.H. Introdução. A gramática do português revelada em
textos. São Paulo: Editora da Unesp, 2018.
Se a palavra versos estivesse no singular, quantas outras palavras na frase
deveriam ser alteradas para fins de concordância?
a) Quatro.
b) Cinco.
c) Seis.
d) Sete.
e) Oito.
Questão 176 (Fuvest transferência 2023)
O verbo em destaque deve sua flexão ao termo sublinhado em:
a) “Aqueles que fazem versos e já atingiram a idade madura costumam
receber cartas de outros que também os fazem.”
b) “A literatura é fenômeno socializante por excelência, mas permanece
fenômeno individual quanto a produção.”
c) “E só o tempo de verificar que eles não a possuem”.
d) “E vamos admitir que tivéssemos no bolso um sortimento de prodígios”.
e) “aos vinte, cuida o poeta que sua verdade lhe virá de outros colegas mais
“realizados”.
Questão 177 (Fuvest transferência 2023)
Ocorre sujeito posposto ao verbo no seguinte trecho:
a) “São Paulo era, na verdade, um acontecimento urbano e humano em que
se insinuavam alguns aspectos da vida mental das metrópoles”.
b) “um futuro irrefreável que se abria a uma nova complexidade da
sociedade e da cultura”.
c) “o arco das questões do movimento modernista ampliou-se”.
d) “Muita crítica que se faz hoje ao modernismo já está feita ali com mais
lucidez”.
e) “Mário, no entanto, a fazia não porque negasse o modernismo, mas
porque afirmava as conquistas da cultura moderna brasileira”.
Questão 178 (Medicina ABC – Vunesp 2022)
O verbo em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado em:
a) “Meu coração tinha ainda que explorar; não me sentia incapaz de um
amor casto”
b) “Foi muito melhor assim”
c) “confirmaria a suspeita, chegaria o fogo à pólvora, e uma cena de
sangue...”
d) “confirmaria a suspeita, chegaria o fogo à pólvora, e uma cena de
sangue...”
e) “Meu coração tinha ainda que explorar; não me sentia incapaz de um
amor casto”
Questão 179 (FGV SP/RJ 2024)
Como recurso estilístico, silepse é a concordância que se faz não com a
forma gramatical das palavras, mas com o seu sentido, com a ideia que elas
expressam, podendo ser de gênero, número ou pessoa.
Cite um trecho de uma das falas de Calvin em que ocorre silepse de pessoa,
sublinhando o referido recurso expressivo.
Questão 180 (UECE 2025) 81% dos adolescentes têm dois ou mais fatores
de risco para saúde, aponta pesquisa da UFMG e Unifesp
Pesquisadores alertam que comportamentos podem levar a doenças
crônicas não transmissíveis.
Mais de 80% dos adolescentes têm dois ou mais fatores de risco que
podem levar a doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). O alerta é
maior para os de 16 e 17 anos, principalmente da região Sudeste. É o que
mostra trabalho feito por pesquisadores das universidades federais de
Minas (UFMG) e de São Paulo (Unifesp).
O estudo foi conduzido por profissionais da Escola de Enfermagem e
da Faculdade de Medicina da UFMG e da Escola Paulista de Enfermagem da
Unifesp. O grupo analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PeNSE), com a participação de 121 mil jovens, de 13 a 17 anos.
Segundo os pesquisadores, o comportamento que mais preocupa é a
falta de atividade física, relatada por 71,5% dos adolescentes. Na sequência,
a ingestão irregular de frutas e vegetais (58,4%), sedentarismo (54,1%),
consumo regular de guloseimas (32,9%), consumo de bebidas alcoólicas
(28,1%), consumo regular de refrigerantes (17,2%) e tabagismo (6,8%).
Conforme a residente pós-doutoral da Escola de Enfermagem da
UFMG, Alanna Gomes da Silva, a prevalência de fatores de risco escancara
a necessidade de intervenções imediatas. “Há uma necessidade urgente de
abordagens dinâmicas e proativas que capacitem os adolescentes a assumir
a corresponsabilidade por sua saúde.
Do HOJE EM DIA - [email protected] em 18/07/2024. Adaptado.
Assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a
seguir.
( ) Em “81% dos adolescentes têm dois ou mais fatores de risco para
saúde [...]” (título), o verbo destacado concorda com o numeral.
( ) Em “Há uma necessidade urgente de abordagens dinâmicas e
proativas que capacitem os adolescentes a assumir a corresponsabilidade
por sua saúde.” (último parágrafo), o termo destacado se refere a toda a
população.
( ) No trecho “É o que mostra trabalho feito por pesquisadores das
universidades federais de Minas (UFMG) e de São Paulo (Unifesp).” (1º
parágrafo), entende-se, pela construção sintática, que há mais de uma
universidade federal em cada um dos estados mencionados, Minas e São
Paulo.
A sequência correta, de cima para baixo, é
a) F, F, V.
b) V, F, F.
c) V, V, V.
d) F, V, F.
Questão 181 (UFAM 2025) Voltando à provocação da qual não quero
escapar: qual livro escolheria manter como lido se fosse castigado pelos
deuses? Por mais estranho que possa parecer, a reposta me vem sem
qualquer titubeio: ficaria com O animal social. O motivo? Foi o livro que,
certamente, mais contribuiu para a capacidade de leitura de mundo que
hoje tenho, ensinando conceitos e oferecendo ferramentas sem as quais
tudo seria, para mim, muito mais difícil de compreender.
Li o livro pela primeira vez há mais de dez anos. Havia desenvolvido
um grande interesse por etologia, área da biologia responsável por estudar
o comportamento animal, altamente influenciada pela teoria da evolução.
Em poucos meses, “devorei” dezenas de livros sobre o assunto, entre os
quais, vários utilizados pelas universidades norte-americanas de maior
renome. Eram livros enormes, alguns com quase mil páginas, e quase todos
com uma linguagem acadêmica densa, contemplando não apenas conceitos
de biologia, mas também de física, química e, principalmente, matemática.
Em comum, todos traziam pelo menos um capítulo dedicado ao
comportamento de um animal específico: nós, os humanos. E foi
explorando as temáticas desses capítulos que cheguei à psicologia social.
Eduardo Moreira in Aronson, Elliot; Aronson, Joshua. O animal social. São
Paulo: Goya, 2023.
Considere o seguinte trecho: “Li o livro pela primeira vez há mais de dez
anos. Havia desenvolvido um grande interesse por etologia [...]”. Nesse
trecho, em relação às ocorrências do verbo haver, é CORRETO declarar que:
a) na primeira ocorrência, seu emprego é pessoal e, na segunda, impessoal.
b) na primeira ocorrência, seu emprego é impessoal e, na segunda, pessoal.
c) tanto na primeira quanto na segunda ocorrência, seu emprego é
impessoal.
d) tanto na primeira quanto na segunda ocorrência, seu emprego é pessoal.
e) nas duas ocorrências, o verbo é morfologicamente anômalo.
Questão 182 (Fuvest transferência 2023) Não há heterossexuais
Um problema relevante em certos debates sobre sexo e identidade
que circulam atualmente entre nós é produzido quando se parte do
pressuposto de que existam heterossexuais. Segundo essa ideia,
heterossexual seria aquela pessoa cujas escolhas de objetos recaem sobre
algo que seria o “sexo oposto”. A princípio, essa seria a posição hegemônica
em nossas sociedades. Ou seja, viveríamos em uma sociedade na qual a
maioria das pessoas teriam, como escolha de objeto, o “sexo oposto”. De
onde se seguiria algo como certo binarismo próprio à vida dos pretensos
heterossexuais: presos em uma dinâmica do desejo que só reconheceria
homens e mulheres, sendo que um polo seria submetido a identificações e
outro a investimentos libidinais.
Mas há de se perguntar se toda essa gramática de “binarismos” e
“heterossexuais” realmente descreve alguma vivência concreta do sexual.
Talvez seria o caso de começar por se perguntar se heterossexuais
realmente existem. Seria importante se perguntar sobre que tipo de
existência é essa que se procura descrever quando se fala de
“heterossexuais”. Que tipo de objetos tais termos cobrem? Onde eles de
fato estão, em qual tipo de categoria?
Esclarecer esse ponto seria importante para sabermos quem são
afinal esses “heterossexuais”, esses apóstolos do binarismo de que tanto se
fala. Pois o que aconteceria se descobríssemos que não há ninguém sob
esses termos, que não há sujeitos que possam ser descritos dessa forma,
que “heterossexual” é, vejam só vocês, uma categoria absolutamente
vazia? Não seria, afinal, uma atitude mais subversiva do que imaginar que
podemos encontrar “heterossexuais” andando nas ruas, trabalhando
conosco ou mesmo vivendo em nossa própria casa?
Vladimir Safatle. “Não há heterossexuais”. In: Revista Cult. 16 de dezembro de 2020.
A permuta das formas verbais de “haver" e “existir”, destacadas no texto,
inclusive no seu título, de acordo com as regras de concordância verbal da
norma padrão da língua portuguesa, tem como resultado, respectivamente,
a) existem; haja; existem.
b) existem; hajam; existe.
c) existe; haja; existem.
d) existem; hajam, existem.
e) existe; haja; existe.
GABARITO
174) C
Voltando ao início deste texto, as diversidades linguísticas nos mostram a
enorme variedade possível dentro dos limites das línguas possíveis e
mostram também que a variação entre línguas não deve ser ilimitada, ainda
que haja grandes espaços para possibilidades, nos levando a considerações
estruturais e até mesmo biológicas. Estudar o que é impossível num espaço
de muitas possibilidades é uma estratégia para conhecer o alcance e os
limites desse domínio, o que também se aplica naturalmente à investigação
da capacidade linguística humana.
175) E
Que diga o verso dos poetas que no geral se produz no suporte gráfico e
assim nos chega (no papel ou em tela do monitor, insisto), mas vem
carregado da melodia que lhe dá sentido, e por aí nos transporta a um
mundo particularmente mágico a que passamos a pertencer com a
leitura!!!
176) E
177) A
“São Paulo era, na verdade, um acontecimento urbano e humano em que
se insinuavam alguns aspectos da vida mental das metrópoles”.
No trecho acima, o sujeito do verbo “insinuavam” é “alguns aspectos da
vida mental das metrópoles”.
178) C
179) Resposta divulgada pela banca:
Se todos não assistirmos os mesmos canais.
Observação:
“Todos” é uma expressão de 3ª pessoa do plural. Se fosse feita a
concordância gramatical típica, o verbo deveria ser “assistirem”, e não
“assistirmos”, como foi feito por Calvin. Ao empregar o verbo na 1ª pessoa
do plural, Calvin se insere no grupo ao qual se refere.
180) B
181) B
Na primeira ocorrência, o verbo “haver” é impessoal por indicar tempo
transcorrido (“há mais de dez anos” equivale a “faz mais de dez anos”), não
há sujeito, por isso não há porque ocorrer plural. Já na segunda ocorrência,
o verbo “haver” é pessoal, ou seja, ele tem sujeito, que está implícito, trata-
se do pronome “eu”: [Eu] havia desenvolvido (pretérito mais-que-perfeito
composto, equivalente a “tinha desenvolvido/desenvolvera”).
182) A