Sttrur 2023
Sttrur 2023
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de maio de 2023 a
30 de abril de 2024 e a data-base da categoria em 01º de maio.
A partir de primeiro de maio de 2023, nenhum empregado receberá, mensalmente, importância inferior aos
seguintes pisos:
FUNÇÃO SALÁRIO
TOTAL
Motorista de carreta (composição até 06 eixos) R$2.507,78
Motorista de veículo não articulado Peso bruto acima de 9000 KG R$1.938,81
Motorista outros R$ 1.706,97
Ajudante R$1.500,00
Jovem aprendiz e salário de ingresso (exceto para as funções acima) Salário Mínimo
Vigente.
Parágrafo único – O empregado que exercer a função de motorista de veículo, com mais de um articulado,
receberá adicional correspondente a 15,0% (quinze por cento) do piso salarial estipulado para motorista de
carreta nele incluído o repouso semanal remunerado. O adicional será devido durante o período em que a
atividade for exercida e não se incorpora à remuneração quando houver retorno à função anterior.
REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS
As empresas concederão aos seus empregados da correspondente categoria profissional, a partir de primeiro
de maio de 2023, reajuste salarial de 6% (seis por cento), incidentes sobre o salário de abril de 2023, sendo
que as diferenças salariais deverão ser pagas até a folha de pagamento do mês de julho de 2023,
compensando-se todos os aumentos e antecipações concedidos espontaneamente ou através de acordos,
dissídios, adendos e os decorrentes de Leis.
Parágrafo primeiro - Para os salários que excederem o limite de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), o reajuste
será por livre negociação entre o empregado e seu empregador, desde que o reajuste minímo seja equivalente
a R$ 240,00 ( duzentos e quarenta reais).
Parágrafo segundo - O empregado admitido a partir de maio de 2023 perceberá aumento salarial
proporcional ao tempo de serviço, observando-se que, em caso de haver paradigma, terá como limite o salário
reajustado do empregado exercente da mesma função existente na empresa em junho de 2022. Não havendo
paradigma, o salário resultante guardará proporcionalidade com o salário do cargo imediatamente inferior ou
imediatamente superior, prevalecendo o que acarretar a menor distorção.
Parágrafo terceiro- A diferença salarial do mês de maio de 2023 será paga em ÚNICA parcela, até na folha
de pagamento de julho de 2023, com vencimento até o 5º dia útil de agosto de 2023.
As empresas fornecerão aos seus empregados envelopes ou recibos de pagamento, com a discriminação das
parcelas quitadas, destacando-se também o valor do FGTS correspondente. O comprovante de depósito
bancário, pelo valor líquido da remuneração, quita as parcelas que a compõem tornando desnecessária a
assinatura do empregado. Estas parcelas poderão ser discriminadas, quando necessário, através de qualquer
demonstrativo, inclusive eletrônico.
Parágrafo único: Aplica-se o entendimento da Súmula 340 TST e OJs 235 e 397 da SDI-1, ambas do TST,
ao cálculo das horas extras dos empregados que receberem remuneração por produção no todo ou em parte.
Parágrafo Segundo: Fica autorizado às empresas o pagamento de prêmios aos funcionários que revelem
desempenho superior ao ordinariamente esperado, podendo este ser pago, inclusive, por cartão premiação,
desde que o valor do prêmio respeite o limite legal de 50%, não se amoldando na hipótese do art. 457, §4º, da
CLT, tendo natureza indenizatória.
DESCONTOS SALARIAIS
A infração de trânsito cometida por fato decorrente do veículo é de responsabilidade da empresa, inclusive as
penalidades, todavia, o empregado, antes do início de sua jornada de trabalho deverá fazer a checagem das
condições do veículo, sob pena de ser responsabilizado pela infração cometida.
Parágrafo primeiro – A infração de trânsito cometida por fato decorrente do motorista é de sua exclusiva
responsabilidade, inclusive o pagamento da multa e a defesa que se fizer necessária.
conformidade da lei; todavia este valor deverá ser devolvido se a multa for indevida por manifestação do órgão
competente.
As empresas ficam autorizadas a efetuar descontos nos salários de seus empregados nos casos previstos no
artigo 462, §1º da CLT.
Parágrafo primeiro – O empregado que exerce a função de motorista deverá zelar pela conservação do
veículo e da carga, obrigando-se a levar imediatamente ao conhecimento da empresa os imprevistos
ocorridos, a fim de minimizar os danos.
Parágrafo segundo - Tendo em vista que é dever do motorista profissional respeitar a legislação de trânsito,
como preceitua o artigo 235-B, inciso III, da CLT, inserido pela Lei 13.103/2015, o empregador poderá
proceder ao desconto salarial da integralidade dos danos materiais causados por atos decorrentes falta de
zelo, desrespeito à legislação de trânsito e/ou culpa em acidente, cuja infração seja certificada por multa,
boletim de ocorrência, laudo técnico ou por confissão do motorista.
Parágrafo terceiro – Os descontos efetuados com base nessa cláusula deverão observar o limite mensal de
30% do salário base percebido pelo empregado, assegurando ao trabalhador um mínimo de salário em
espécie.
Parágrafo quarto – Caso haja multas não pagas ou saldos residuais referentes a multas de trânsito de
responsabilidade do motorista, poderão os valores relativos a estas serem descontados da rescisão trabalhista
do mesmo, limitados no teto de 70% de sua rescisão, com propósito de assegurar os pagamentos das multas.
Em face da presente Convenção Coletiva, em especial, o que se ajustou e se convencionou pagar nas
cláusulas de piso salarial e o programa de participação no resultado - PPR deste instrumento, ficam
absorvidas e extintas quaisquer eventuais pretensões e suas respectivas incidências advindas da
implementação e cumprimento de norma decorrente de lei.
CLÁUSULA DÉCIMA - ADIANTAMENTO SALARIAL
As empresas concederão, mensalmente, adiantamento de salário, a todos os seus empregados, até o dia 20
(vinte) de cada mês, no percentual de, no mínimo 30,0% (trinta por cento) do salário bruto do empregado, que
será descontado na folha ou recibo de salário do mês correspondente.
A remuneração do serviço extraordinário será acrescida de 50,0% (cinquenta por cento) sobre a hora normal,
conforme determina a CLT.
Fica instituído o Programa de Participação nos Resultados que visa atender aos preceitos do inciso XI, Art. 7º
da Constituição Federal e da Lei nº. 10.101/00. O programa está vinculado ao cumprimento de metas de
produtividade, assiduidade, eficiência, competitividade, entre outros, para consecução de seus objetivos.
Parágrafo primeiro - As empresas pagarão, a título de PPR – Participação nos Resultados do exercício de
2023, a cada um dos seus empregados, o valor de R$530,00 (quinhentos e trinta reais), em duas parcelas,
com periodicidade mínima de um semestre entre elas, no valor de R$265,00 (duzentos e sessenta e cinco
reais) cada uma, nas seguintes datas e condições:
I - Cada parcela será paga proporcionalmente ao número de meses efetivamente trabalhados no semestre de
apuração, considerando inteiro o mês em que houver trabalhado mais de quatorze dias;
II – A primeira parcela será paga na folha salarial da competência do mês de JULHO /2023, portanto até o 5º
dia útil de agosto de 2023, e a segunda parcela será paga na folha salarial da competência do mês de
JANEIRO/2024, portanto até o 5º dia útil de fevereiro de 2024
Parágrafo segundo - O programa de Participação nos Resultados será estabelecido em cada empresa,
segundo suas características, e conterá, no mínimo, dois indicadores que serão apurados a cada semestre
civil do exercício. Os indicadores não podem se referir a questões relativas à saúde e segurança do trabalho;
Parágrafo terceiro - As empresas que já possuírem ou que venham a criar o seu Programa de Participação
nos Resultados ficam desobrigadas do cumprimento desta obrigação, desde que o valor do PPR seja igual ou
superior a R$530,00 (quinhentos e trinta reais), conforme estipulado no “caput” desta cláusula;
Parágrafo quarto - A participação de que trata o presente instrumento coletivo de trabalho, possui caráter
indenizatório, uma vez que não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem
constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se aplicando o princípio da habitualidade.
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO
Parágrafo segundo - Não se aplica esta cláusula aos motoristas, já beneficiados pela cláusula décima
terceira que trata da diária de viagem.
Parágrafo terceiro – O valor deste benefício social tem caráter indenizatório e não integra a remuneração
para os fins e efeitos de direito.
Parágrafo quarto –A diferença da ajuda alimentação do mês de junho de 2023 será paga em ÚNICA parcela,
na folha de pagamento do mês de JULHO de 2023, com vencimento até o 5º dia útil de agosto de 2023.
A partir do dia primeiro de junho de 2.023, as empresas pagarão diária de viagem de R$ 70,00 (setenta reais)
para o motorista em viagem de longa distância, para cobrir as despesas com alimentação e pernoite. Para o
motorista em viagem de curta distância, que encerrar a jornada até às 17h30min, será devida apenas a meio
diária de viagem, no valor de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) , tendo em vista a possibilidade de realizar o jantar
e o pernoite em sua residência.
Parágrafo primeiro – A diária de viagem tem caráter indenizatório, não se incorpora ao contrato de trabalho,
nem mesmo integra o salário para quaisquer fins e será devida somente aos motoristas e empregados quando
em curso de uma viagem, fora da sua base ou estabelecimento da empresa, considerando-se cada período
modular de 24 (vinte e quatro) horas. Este período será computado a partir do início da jornada de trabalho. O
repouso poderá ser feito na cabine do veículo.
Parágrafo segundo – As empresas poderão optar pelo pagamento vencido das diárias através de prestação
de contas ao final de cada viagem, desde que haja consenso entre as partes. Neste caso, o motorista
apresentará documento fiscal comprobatório das despesas realizadas, respeitando o valor mínimo
estabelecido no “caput” desta cláusula.
Parágrafo terceiro – Ainda que o valor mensal das diárias ultrapasse a 50% do valor do salário base, tais
valores não se integrarão ao salário do motorista, para qualquer fim, tratando-se de parcela com natureza
eminentemente indenizatória, dada a peculiaridade da atividade dos motoristas e ante a inegável finalidade
desta verba, acompanhando os termos da nova redação do § 2º do Artigo 457 da CLT, modificado pela Lei
13.467/17.
Parágrafo quinto - A diferença de diárias de viagem do mês de junho de 2023, será paga em ÚNICA parcela,
na folha de pagamento do mês de JULHO de 2023, com vencimento até o 5º dia útil de agosto de 2023.
AUXÍLIO TRANSPORTE
Í Ú
AUXÍLIO SAÚDE
1. A partir de 01 de junho de 2023 a empresa contribuirá com o valor mensal R$227,00 (duzentos e vinte
e sete reais), por empregado.
1. O valor estabelecido no item I vincula e é válido para a contratação com operadoras habilitadas para
atuação preferencial em sua base territorial.
1. Se a contratação se der com operadora habilitada para atuação preferencial em outra base territorial, a
contribuição da empresa será o valor resultante do total da contribuição fixa cobrada pela contratada
menos o valor que o empregado pagaria para a operadora habilitada para atuação preferencial em sua
base territorial.
a). O valor mensal que exceder à contribuição da empresa para custeio fixo do plano de saúde com a
operadora habilitada para atuação preferencial em sua base territorial;
1. O valor mensal correspondente a 1,5% (um e meio por cento) do seu salário nominal, limitado ao
máximo de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais), para cobrir os custos complementares com a gestão,
fiscalização, auditagem por empresa especializada e independente, habilitação e contratação do plano
de saúde. Este valor será descontado na folha de pagamento do empregado e recolhido pela empresa
à FETTROMINAS, em guia própria com cópia para o sindicato profissional, até o dia 10 (dez) do mês
subsequente ao desconto.
Parágrafo primeiro – A Câmara de Conciliação do Plano de Saúde, para habilitar nova operadora, tem o
prazo de 30 (trinta) dias para proferir sua decisão na forma do parágrafo terceiro da cláusula “DA
CONSTITUIÇÃO E ATUAÇÃO DA CÂMARA DE CONCILIAÇÃO DO PLANO DE SAÚDE”.
Parágrafo segundo – para integrar os benefícios do plano de saúde e/ou odontológico o empregado
autorizará expressamente o desconto em folha de pagamento do montante dos valores estabelecidos para ele
nesta convenção, conforme está previsto na Súmula nº 342 do TST: “Descontos salariais efetuados pelo
empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de
assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro de previdência privada, ou de entidade cooperativa,
cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não
afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito
que vicie o ato jurídico. (Res. TST 47/95, DJ, 20.04.95)”. O documento de opção, tanto para o plano de saúde
quanto para o odontológico, será feito em duas vias, sendo uma para a empresa e outra para o sindicato
profissional signatário.
Parágrafo terceiro – As empresas prestadoras dos serviços discriminarão nas faturas mensais o valor da
contribuição fixa patronal, o valor da contribuição fixa do empregado e o valor da coparticipação quando
houver.
Parágrafo quarto - Quando o valor total a ser descontado do empregado ultrapassar o percentual
correspondente a 15,0% (quinze por cento) do seu salário nominal, o valor excedente será dividido pela
prestadora de serviços, sem encargos de financiamento, em tantas parcelas mensais quantas forem
necessárias para liquidação total do débito. O valor máximo a ser descontado mensalmente, respeitando-se o
valor do salário nominal de cada um, terá o limite de R$450,00 (quatrocentos e cinquenta reais),
correspondentes a 15,0% (quinze por cento) do teto salarial de R$3.000,00 (três mil reais).
Parágrafo quinto - Se houver rompimento contratual anterior à liquidação do débito, fica autorizado o
desconto do saldo remanescente na rescisão de contrato. Se o saldo da rescisão contratual for insuficiente
para aliquidação do débito, a prestadora do plano fica autorizada a promover a cobrança diretamente ao ex-
empregado, seu responsável ou sucessores, pelos meios legais de que dispuser.
Parágrafo sexto - O plano de saúde familiar e o odontológico, oferecidos aos trabalhadores, serão
contratados ou rescindidos em conjunto pelo sindicato patronal, sindicato profissional e FETTROMINAS, em
todos os municípios da base territorial constantes desta convenção, mediante homologação da Câmara.
Parágrafo sétimo – A empresa que eventualmente não esteja utilizando operadora contratada pelo sindicato
patronal, sindicato profissional e FETTROMINAS e homologada pela Câmara de Conciliação do Plano de
Saúde, contribuirá com o valor mensal estabelecido nos incisos I a III e o seu empregado arcará com os
valores previstos no inciso IV, ambos desta cláusula. A operadora utilizada cumprirá com todas as obrigações
como se homologada fosse.
Parágrafo oitavo – Todas as operadoras do plano de saúde deverão, no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
fazer a implantação do empregado em seu sistema, independente da modalidade de contratação, se por prazo
indeterminado ou determinado ou de experiência cujo prazo seja superior a 60 (sessenta) dias.
III – Acompanhar, fiscalizar e controlar a prestação dos serviços das prestadoras contratadas, e de toda a
rede credenciada para atendimento;
IV – Acompanhar a evolução dos custos e exigir das prestadoras os documentos e demonstrativos que
julgar convenientes e necessários, bem como propor às entidades, profissional e econômica, as adequações
financeiras e de custos do plano de saúde/odontológico, quando comprovadamente necessárias;
VII – Ocorrendo empate nas votações dos membros da câmara, a decisão final será dada através de
entendimentos entre os presidentes dos sindicatos das categorias econômica e profissional.
Parágrafo primeiro – Para homologação, contratação e operação, todas as prestadoras do plano de saúde e
do odontológico submetem-se e satisfazem os critérios estabelecidos pela Câmara de Conciliação do Plano
de Saúde e pela ANS – Agência Nacional de Saúde. Sob pena de rescisão de contrato, as prestadoras de
plano de saúde e odontológico fornecerão à Câmara, periodicamente, a sua documentação jurídica, fiscal,
econômica e técnica definida pela Câmara.
As partes estabelecem plano odontológico em benefício dos empregados, cujo custeio será da seguinte
forma:
I – A partir de junho de 2.023 a empresa contribuirá com o valor mensal de R$15,90 (Quinze reais e noventa
centavos), por empregado, para o custeio fixo do plano odontológico
a) O valor mensal que exceder à contribuição da empresa para o custeio fixo do plano odontológico com a
operadora habilitada para atuação preferencial em sua base territorial;
Parágrafo Único – As demais condições relativas a esse benefício seguirão, no que couber, as normas
estabelecidas para o plano de saúde nesta Convenção.
AUXÍLIO MORTE/FUNERAL
Em caso de morte do empregado que tenha dois ou mais anos de serviço na empresa o empregador,
mediante a documentação de óbito, pagará aos dependentes, como um todo, habilitados perante a
Previdência Social, um salário contratual do empregado falecido, a título de Auxílio Funeral.
SEGURO DE VIDA
As empresas contratarão seguro de vida em grupo a favor de seus empregados, sem ônus para eles, com
cobertura mínima correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial do motorista de carreta, estipulado nesta
convenção, por morte natural, morte acidental e invalidez permanente, decorrente de acidente ou doença
profissional.
OUTROS AUXÍLIOS
Fica instituído, através de operadora indicada pelo sindicato Patronal, o CARTÃO BENEFÍCIO para o
trabalhador, cujo limite de utilização corresponderá a 15% (quinze por cento) de seu salário nominal, na forma
abaixo discriminada. O trabalhador poderá realizar compras e obter descontos especiais e benefícios
adicionais em estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços credenciados pela operadora.
Parágrafo primeiro - O benefício é facultativo, devendo o trabalhador fazer a opção pela posse e utilização
do CARTÃO e autorizar o desconto, em sua remuneração, do valor utilizado. O documento de opção será feito
em duas vias, sendo uma para a empresa e outra para a representação econômica.
Parágrafo segundo - O custo pela adesão e utilização do CARTÃO BENEFÍCIO é exclusivo do trabalhador,
inclusive das taxas de manutenção e utilização deste. As empresas serão responsáveis pelo desconto em
folha de pagamento, pelo repasse do valor à operadora e o fornecimento dos dados necessários para
implantação e confecção do cartão.
Parágrafo terceiro - Quando a remuneração do empregado for insuficiente para quitação do valor utilizado no
cartão benefício, o saldo remanescente será dividido pela operadora do cartão em tantas parcelas mensais
quantas forem necessárias para liquidação total do débito.
Parágrafo quarto - Se houver rompimento contratual anterior à liquidação do débito, fica autorizado o
desconto do saldo remanescente na rescisão de contrato. Se o valor da rescisão contratual for insuficiente
para a liquidação do débito, a operadora do cartão benefício promoverá a cobrança diretamente ao ex-
empregado, seu responsável ou sucessores, pelos meios legais de que dispuser.
Parágrafo quinto - O benefício estabelecido nesta cláusula será implantado em até 90 (noventa) dias a contar
da assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho.
As empresas que exigirem “Carta de Apresentação” por ocasião da admissão do empregado ficarão em caso
de dispensa sem justa causa, obrigadas ao fornecimento do documento.
Aos empregados que faltarem doze meses para a aposentadoria, em seus prazos mínimos e que tenham no
mínimo dez anos de serviço na empresa, é concedida garantia de emprego ou salário no período respectivo,
salvo os casos de dispensa por justa causa ou de encerramento das atividades da empresa.
Parágrafo único – O empregado para auferir o benefício do “caput” desta cláusula comprovará perante seu
empregador, documentalmente, mediante protocolo, o tempo de serviço para concessão do benefício.
Faculta-se às empresas a estipulação de jornada especial de 12 x 36 (doze horas de trabalho por trinta e seis
horas de folga), para os setores onde a demanda o exigir. Aos motoristas, quando em viagem de longa
distância, aplica-se o disposto na Lei n° 13.103/15.
Parágrafo primeiro - Os dias trabalhados nos domingos são considerados como dias normais, face à
compensação da jornada, e não implicam acréscimo adicional ao salário, especialmente horas extras, salvo
quanto ao adicional para a jornada noturna.
Parágrafo segundo - O retorno à jornada normal de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas
semanais não implica em alteração salarial.
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - DA JORNADA DE TRABALHO DO MOTORISTA
Fica ajustado entre as partes que os motoristas em viagem adotarão jornadas de horários flexíveis, de
maneira que os horários de início, intervalos e término do trabalho poderão variar de um dia para outro, a
critério do motorista e/ou da necessidade do serviço.
Parágrafo primeiro – A jornada do motorista será aquela regulamentada pela Lei 13.103/2015, ficando
autorizada a prorrogação da jornada em até 4 horas extras, conforme disposto no caput do artigo 235-C da
referida lei, sendo o adicional das horas suplementares de 50%.
Parágrafo segundo – Face à compensação da jornada e a fruição de folgas em qualquer dia da semana, o
trabalho aos domingos é considerado como dia normal e não implica em acréscimo adicional ao salário,
especialmente horas extras, salvo quanto ao adicional para a jornada noturna.
O repouso diário de 11 (onze) horas do motorista poderá ser fracionado em 8 (oito) horas mais 3 (três) nos
termos da Lei 13.103/2015.
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
O banco de horas na forma da Lei nº 9.601/98, terá a regulamentação mínima adiante estipulada:
Parágrafo primeiro – Condições especiais ou diferentes das estipuladas nesta Convenção, para o banco de
horas, deverão ser objeto de negociação entre empresa e entidade profissional.
Parágrafo segundo – As partes estabelecem a jornada flexível de trabalho visando à formação do banco de
horas, com prazo de compensação estipulado em 75 (setenta e cinco) dias, de modo a permitir que as
empresas ajustem o potencial da mão de obra à demanda do mercado consumidor.
Parágrafo terceiro – O sistema de flexibilização não prejudicará o direito dos empregados quanto aos
intervalos interjornada, intrajornada e repouso semanal.
Parágrafo quarto – A remuneração efetiva dos empregados, durante a vigência da Convenção Coletiva de
Trabalho permanecerá sobre 44 (quarenta e quatro) horas semanais, salvo faltas ou atrasos injustificados.
Parágrafo quinto – As empresas que optarem pela utilização do banco de horas deverão, após sua
formalização, dar ciência ao respectivo Sindicato Profissional.
O banco de horas, formado pelos créditos e débitos da jornada flexível, será disciplinado da seguinte forma:
Parágrafo primeiro – Serão lançadas a título de hora crédito do empregado 50,0% (cinquenta por cento) das
horas trabalhadas excedentes à 44ª (quadragésima quarta) hora semanal e os 50,0% (cinquenta por cento)
das restantes serão pagas na forma da lei, desta Convenção, Adendo ou Acordo Coletivo de Trabalho.
Parágrafo segundo – O critério de conversão face o trabalho prestado além da 44ª (quadragésima quarta)
hora semanal será na proporção de uma hora de trabalho por uma hora de compensação.
Parágrafo terceiro – Ocorrendo horas não trabalhadas do empregado, a seu pedido ou concedidas de
comum acordo entre as partes, estas serão compensadas, no banco de horas, na sua totalidade.
Parágrafo quarto – As horas compensadas não terão reflexo no repouso semanal remunerado, nas férias, no
aviso prévio, no décimo terceiro salário e nem em qualquer outra verba salarial.
Parágrafo quinto – As empresas fornecerão aos empregados, demonstrativo mensal do saldo existente no
banco de horas.
Parágrafo sexto – O período de compensação deverá ser comunicado, por escrito, ao empregado com
antecedência mínima de 2 (dois) dias.
Parágrafo sétimo – Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, sem que tenha havido a total compensação
das horas crédito do empregado, estas serão quitadas, em destaque, no termo de rescisão de contrato de
trabalho.
Parágrafo oitavo – É vedada a compensação do saldo do Banco de Horas no período do aviso prévio.
DESCANSO SEMANAL
Parágrafo terceiro - Para cada folga fora do domicílio o empregador deverá pagar uma diária de lazer na
importância mínima de R$70,00 (setenta reais), sem prejuízo do recebimento do descanso semanal
remunerado.
Parágrafo quarto - O valor mínimo de R$ 70,00 (setenta reais) tem por finalidade propiciar o lazer e a
alimentação do motorista em folga e, portanto, tem caráter indenizatório, uma vez que se destina a atender às
necessidades básicas do trabalhador, não se integrando ou incorporando ao salário ou à remuneração do
empregado, para nenhum efeito.
Parágrafo quinto – Durante a folga fora do domicílio não é devida a diária de viagem, por não preencher os
requisitos da cláusula décima quarta.
CONTROLE DA JORNADA
As empresas manterão registro de ponto, onde constem as entradas e saídas, para seus trabalhadores sob
regime de controle de jornada. É desnecessária a anotação do intervalo para alimentação e descanso.
Parágrafo primeiro – Para os efeitos do caput desta cláusula, trabalhadores exercentes de atividade externa
são aqueles que estiverem em exercício de sua atividade fora do estabelecimento da empresa onde foram
contratados;
I – não se aplica, por seu flagrante conflito com o disposto no art. 62, I, da CLT, o disposto no art. 74, § 3º,
do mesmo diploma legal;
II – Quando em viagem, deverão ser respeitados e determinados pelo próprio trabalhador, conforme sua
necessidade ou conveniência, os repousos interjornada e intrajornada estabelecidos no art. 71, da CLT, bem
como o início e o término da viagem. É proibido ao empregador interferir na programação dos trabalhadores;
Parágrafo segundo – As empresas poderão adotar, conforme o disposto na Portaria 373, de 25/02/2011,
sistemas alternativos de controle de jornada de trabalho, em seus exatos termos;
Parágrafo terceiro - O motorista profissional é responsável por controlar e registrar o tempo de condução,
com vistas à sua estrita observância.
I - A não observância dos períodos de descanso sujeitará o motorista profissional, sendo ele o causador, às
penalidades previstas na legislação de espécie, sem prejuízo das medidas disciplinares aplicáveis pelo
empregador
II - O tempo de direção será controlado mediante registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo
e/ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por meios
eletrônicos instalados no veículo, que as partes reconhecem como meios idôneos para controle da jornada.
Para este fim, o motorista deverá ter ciência dos controles de sua jornada em periodicidade não superior a um
mês;
Parágrafo quarto - Os trabalhadores, da empresa ou de setores delas, poderão ter seu intervalo para refeição
e descanso reduzido para 30 minutos, indenizando-se o tempo restante ou compensando-se na jornada
semanal ou no banco de horas o que faltar para completar o intervalo concedido pela empresa aos seus
trabalhadores. (Art. 611-A, III, da Lei 13.467/17).
O fornecimento de uniforme será gratuito, quando exigido o seu uso, e será devolvido por ocasião da rescisão
contratual, bem como o equipamento de proteção individual, prescrito por lei, ou em face da natureza do
trabalho prestado
Parágrafo único – É dever do empregado a apresentação de atestado médico ou outra justificativa legal de
falta ao trabalho no prazo máximo de 48 horas, a contar da data do afastamento ou ausência, ficando a critério
do empregador aceitar ou não justificativa que não tenha respeitado o referido prazo.
RELAÇÕES SINDICAIS
ACESSO A INFORMAÇÕES DA EMPRESA
As empresas, quando solicitadas por escrito, fornecerão ao sindicato profissional, em cada período de 12
(doze) meses, relação dos empregados existentes na mesma. No mesmo documento deverão informar
telefone, e-mail e o nome da pessoa responsável pelo envio para esclarecimentos e conformações, se
necessário.
CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS
Parágrafo Primeiro – A verba descrita no “caput” será distribuída no sistema Confederativo na forma fixada
pela Assembleia Geral: 80,0% (oitenta por cento) para o Sindicato, 15,0% (quinze por cento) para a Federação
dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Minas Gerais – FETTROMINAS e 5,0% (cinco
por cento) para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres – CNTTT;
Parágrafo Segundo – As empresas e as entidades econômicas não responderão por qualquer pendência
perante os órgãos da administração pública direta e indireta, entidades classistas e aos empregados, que
possam surgir dos descontos e/ou mensalidades estipuladas pelas entidades profissionais.
Parágrafo Terceiro – A restituição de qualquer contribuição e/ou mensalidade descontada e repassada, caso
ocorra, será de responsabilidade exclusiva da entidade profissional que fica ainda responsável pelo
ressarcimento imediato à empresa ou entidade econômica que vier a ser responsabilizada por tal
ressarcimento ou por multas decorrentes de tal cobrança, seja a que título for.
As empresas que pertencem à base territorial do SETTRIM – Sindicato das Empresas de Transportes de
Carga e Logística do Triângulo Mineiro, conforme decisão de sua AGE – Assembleia Geral Extraordinária,
pagarão a contribuição assistencial patronal do exercício equivalente à CCT de 2022/2023, da seguinte
forma:
a) A contribuição assistencial corresponderá ao valor de R$35,00 (trinta e cinco reais) por empregado
existente na empresa em outubro/2022, ou no mês em que iniciou suas atividades, se posterior a esta data,
fixando-se o valor mínimo de R$175,00 (cento e setenta e cinco reais) que corresponde a 0 a 5 (zero a cinco)
funcionários e o máximo de R$12.250,00 (doze mil, duzentos e cinquenta reais) que corresponde a 350
(trezentos e cinquenta) empregados;
b) O pagamento será feito da seguinte forma: até o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), em parcela única e
acima deste valor, em até 3 (três) parcelas mensais, desde que o parcelamento seja, com antecedência,
solicitado à Tesouraria do sindicato. A primeira parcela, ou a parcela única da contribuição deverá ser
recolhida até o dia 20 de outubro de 2.022, ou até o último dia do mês em que iniciou suas atividades, se
posterior a esta data, vencendo-se as demais, em caso de parcelamento, nos meses subsequentes;
Parágrafo único – As empresas poderão manifestar seu direito de oposição, devidamente fundamentado, no
prazo de até 10 (dez) dias antes do vencimento da contribuição.
As empresas se obrigam, quando solicitadas, a afixar no quadro de avisos as notícias da respectiva entidade
sindical profissional, dirigidas a seus associados, desde que não contenham matéria político-partidária e nem
ofensas aos sócios e superiores das empresas.
DISPOSIÇÕES GERAIS
MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
As partes estabelecem a Criação do Núcleo Intersindical de Conciliação, para homologação da quitação anual
e composição do acordo extrajudicial, na forma prevista nos artigos 507-B e 855-B, da Lei nº 13.467/17, bem
como para a conciliação prévia prevista na Lei nº 9.958/2000.
Parágrafo primeiro - A utilização do Núcleo Intersindical não é obrigatória para nenhuma das partes, podendo
o trabalhador e a empresa procurarem diretamente a entidade sindical profissional, na forma da lei, para firmar
o termo de quitação anual;
Parágrafo segundo - Para o acordo extrajudicial e para aqueles que assim o desejarem, empresa e o
trabalhador, este último representado em todas as fases, preferencialmente, por advogado do sindicato se
assim o desejar, poderão se valer da prestação de serviços do Núcleo Intersindical de Conciliação;
Parágrafo terceiro – Após a confirmação dos termos e valores do acordo extrajudicial, as partes
devidamente assistidas por seus advogados, por petição conjunta, farão a distribuição na justiça do trabalho
requerendo sua homologação, cuja efetivação se dará dentro dos critérios do ofício jurisdicional estabelecidos
nos artigos 855-C e seguintes da CLT.
Parágrafo quarto – As partes, através de suas respectivas entidades sindicais, indicarão membros de suas
representações para, atuação no Núcleo Intersindical de Conciliação, como um projeto piloto em Uberaba.
Parágrafo quinto – O Núcleo Intersindical de Conciliação não poderá sofrer interrupção de seus trabalhos por
interferência, ato ou omissão de qualquer espécie de qualquer das entidades convenentes. A parte
prejudicada fica autorizada, desde já, a buscar a interveniência do Ministério Público ou da Justiça do Trabalho
para solução do impasse.
Parágrafo sexto – A parte que der causa à suspensão dos trabalhos arcará com a multa diária
correspondente a dois pisos salariais de ingresso da categoria estipulado neste acordo.
Parágrafo oitavo- Os Sindicatos poderão cobrar uma taxa assistencial para promover Acordos Extrajudiciais
e firmar o Termo de Quitação Anual, a fim de prover seus custos, ficando a cargo do empregador o pagamento
da taxa.
Pelo descumprimento de qualquer cláusula da presente Convenção, fica estipulada a multa de 50% (cinquenta
por cento) do salário de ingresso estabelecido nesta convenção, em favor do empregado ou do sindicato,
quando for o caso, desde que não coincidente com multa legal, caso em que esta prevalecerá.
OUTRAS DISPOSIÇÕES
Não se reconhecendo a justa causa pela Justiça do Trabalho, mediante sentença transitada em julgado, ficará
a empresa obrigada ao pagamento, em favor do empregado, da importância de um salário de ingresso
estabelecido nesta convenção, a título de penalidade.
As empresas, desde que solicitadas por escrito e com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, fornecerão
a seus empregados o atestado de afastamento e salários, para obtenção de benefício previdenciário, salvo se
houver motivo justificado para recusa.
ANEXOS
ANEXO I - ATA DE ASSEMBLEIA
Anexo (PDF)
Anexo (PDF)
A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério da Economia na Internet,
no endereço http://www.mte.gov.br.