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Fechamento p3 2022

A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente pela urina de roedores, com sintomas que variam de febre a quadros graves como a síndrome de Weil. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, e o tratamento envolve antibioticoterapia e medidas de suporte, enquanto a prevenção se concentra em saneamento e controle de roedores. Em situações de desastres naturais, é crucial alertar a população sobre os riscos e a necessidade de avaliação médica após exposição à água contaminada.

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A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente pela urina de roedores, com sintomas que variam de febre a quadros graves como a síndrome de Weil. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, e o tratamento envolve antibioticoterapia e medidas de suporte, enquanto a prevenção se concentra em saneamento e controle de roedores. Em situações de desastres naturais, é crucial alertar a população sobre os riscos e a necessidade de avaliação médica após exposição à água contaminada.

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LEPTOSPIROSE

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou
indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua
penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em
água contaminada ou através de mucosas.

O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a
pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre
entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As manifestações clínicas variam desde
formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações
fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade,


que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições
precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.

SINTOMAS

Os principais da fase precoce são:


 Febre
 Dor de cabeça
 Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
 Falta de apetite
 Náuseas/vômitos
Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival,
fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado
e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para
manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de
doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil,
caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica),
insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de
internação hospitalar.
Manifestações na fase tardia:
Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
Os casos com comprometimento pulmonar podem evoluir para insuficiência respiratória
aguda, hemorragia maciça ou síndrome de angustia respiratória do adulto e, muitas vezes,
esse quadro precede o quadro de icterícia e insuficiência renal. Nesses casos, pode ocorrer
óbito nas primeiras 24 horas de internação.
Quais são as complicações?

 Insuficiência renal aguda - não oligúrica e hipocalêmica


 Insuficiência renal oligúrica por azotemia pré-renal
 Necrose tubular aguda
 Miocardite - acompanhada ou não de choque e arritmias por distúrbios eletrolíticos
 Pancreatite
 Anemia
 Distúrbios neurológicos (confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação meníngea)
A leptospirose é uma causa relativamente frequente de meningite asséptica. Raramente
ocorrem: encefalite, paralisias focais, espasticidade, nistagmo, convulsões, distúrbios visuais
de origem central, neurite periférica, paralisia de nervos cranianos, radiculite, síndrome de
Guillain-BarréGuillain-Barré e mielite.

Como é feito o diagnóstico?

Diagnóstico laboratorial
Exames específicos
O método laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se encontra o paciente.
Fase precoce:

 Exame direto
 Cultura
 Detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR)
Fase tardia:

 Cultura
 ELISA-IgM
 Microaglutinação (MAT)
Esses exames devem ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública.
Exames inespecíficos

 Hemograma
 Bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, gama-GT, fosfatase
alcalina e CPK, Na+ e K+)
 Radiografia de tórax
 Eletrocardiograma (ECG)
 Gasometria arterial

Considerando-se que a leptospirose tem um amplo espectro clínico, os principais diagnósticos


diferenciais são:
Fase precoce – dengue, influenza (síndrome gripal), malária, riquetsioses, doença de Chagas
aguda, toxoplasmose, febre tifóide, entre outras doenças.
Fase tardia – hepatites virais agudas, hantavirose, febre amarela, malária grave, dengue
hemorrágica, febre tifóide, endocardite, riquetsioses, doença de Chagas aguda, pneumonias,
pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, meningites, colangite, colecistite aguda,
coledocolitíase, esteatose aguda da gravidez, síndrome hepatorrenal, síndrome
hemolíticourêmica, outras vasculites, incluindo lúpus eritematoso sistêmico, dentre outras.

Como é feito o tratamento?


Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização
deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é
indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o
contato com exposição de risco.
A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma
ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Na fase precoce, são utilizados Doxiciclina ou
Amoxicilina; para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina,
Ceftriaxona ou Cefotaxima.
As medidas terapêuticas de suporte devem ser iniciadas precocemente com o objetivo de
evitar complicações, principalmente as renais, e óbito.
Como prevenir?
A prevenção da Leptospirose ocorre por meio de medidas como:

 Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas suspeitas de contaminação,


rede de coleta e abastecimento de água, construção e manutenção de galerias de esgoto e
águas pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos, desassoreamento, limpeza e canalização
de córregos), melhorias nas habitações humanas e o controle de roedores.
 Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou
brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e
desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos
amarrados nas mãos e nos pés).
 A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser utilizada
para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água
do reservatório. Para limpeza e desinfecção de locais e objetos que entraram em contato com
água ou lama contaminada, a orientação é diluir 2 xícaras de chá (400ml) de água sanitária
para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.

Controle de roedores - acondicionamento e destino adequado do lixo, armazenamento


apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, vedação de frestas e
aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito por
técnicos devidamente capacitados.

Alerta para vigilâncias epidemiológicas em situações emergenciais


Em todos os anos, nos meses de verão, uma das principais ocorrências epidemiológicas após as
inundações é o aumento do número de casos de leptospirose. Diante disso, visando alertar as
vigilâncias epidemiológicas das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, sobre condutas
em situações de desastres naturais como enchentes, a Secretaria de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde (SVS/MS) informa:
 Em situações de desastres naturais como enchentes, os indivíduos ou grupos de
pessoas que entraram em contato com lama ou água, por elas contaminadas, podem se
infectar e manifestar sintomas da doença.
 Nos desastres naturais, as seguintes recomendações devem ser adotadas:
 Divulgar informes sobre o risco de leptospirose para a população exposta à enchente;
 Divulgar informes sobre a necessidade de avaliação médica para todo indivíduo
exposto a enchente que apresente febre, mialgia, cefaleia ou outros sintomas clínicos no
período de até 30 dias após contato com lama ou águas de enchente;
 Divulgar informes sobre medidas potenciais para evitar novas ou continuadas
exposições a situações de risco de infecção;
 Alertar os profissionais de saúde sobre a possibilidade de ocorrência da doença na
localidade de forma a aumentar a capacidade diagnóstica;
 Manter vigilância ativa para identificação oportuna de casos suspeitos de leptospirose,
tendo em vista que o período de incubação da doença pode ser de 1 a 30 dias (média de 5 a 14
dias após exposição);
 Notificar todo caso suspeito da doença, para o desencadeamento de ações de
prevenção e controle;
 Realizar tratamento oportuno de todo caso suspeito.

Nestas situações de desastres naturais como enchentes, a orientação para profissionais de


saúde, militares e de defesa civil que se expuserem ou irão se expor a situações de risco,
durante operações de resgate, é utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e ampliar o
grau de alerta sobre o risco da doença entre os expostos, de forma a permitir o diagnóstico e
tratamento oportunos de pacientes.

Ações de prevenção em situações emergenciais


I – Vacinação
Não existe uma vacina para uso humano contra a leptospirose no Brasil.
A vacinação de animais domésticos e de produção (cães, bovinos e suínos) evita o
adoecimento e transmissão da doença por aqueles sorovares que a vacina protege. Está
disponível em serviços particulares, ficando a critério do proprietário vacinar ou não o animal,
sendo válida como estratégia de proteção individual.
II - Quimioprofilaxia para leptospirose
Qualquer indivíduo que entrou em contato com água ou lama de enchente está suscetível à
infecção e pode manifestar sintomas da doença, configurando-se uma situação em que não há
indicação técnica para realizar quimioprofilaxia contra a leptospirose, como medida de saúde
pública. Nas áreas com ocorrência de enchentes, as medidas a serem adotadas são as
seguintes:

 Divulgar ações de proteção entre a população vulnerável;


 Manter vigilância ativa para identificação oportuna de casos suspeitos de leptospirose;
tendo em vista que o período de incubação da doença pode ser de 1 a 30 dias (média de 5 a 14
após a exposição);
 Notificar imediatamente todo caso suspeito da doença, conforme a Portaria do MS de
consolidação Nº 4 de 03 de outubro de 2017;
 Realizar tratamento oportuno dos casos suspeitos.

GARROTILHO
É uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Streptococcus Equi, ou seja, de fácil
contagio entre os animais, pois basta um animal entrar em contato através de vias orais ou
nasais com a bactéria que ocorre o contágio. É caracterizada pela inflamação do trato
respiratório superior (boca, nariz, garganta), ataca preferencialmente animais de 5 a 6 meses
de idade, porém, também pode afetar animais adultos.

Surge normalmente em locais de aglomerados equinos, onde há divisão de cochos, pois a


bactéria é facilmente transmitida através de água e alimentos, assim invadindo o organismo
quando o animal se alimenta.

Sintomatologia:

- Hipertermia, apatia, anorexia;

- Tosse;

- Secreção nasal;

- Dificuldade de deglutição;

- Aumento dos linfonodos submandibulares e retrofaríngeo medial.

O diagnóstico de garrotilho pode ser confirmado por isolamento do S. equi, subsp.equi, a


partir de secreção nasal purulenta ou do conteúdo de abscessos, coletada com auxílio de
suabe nasal e conservado sob refrigeração até o momento da análise do material. A técnica de
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), frequentemente utilizada na atualidade, detecta o
agente vivo ou morto pela amplificação do gene da proteína SeM, permitindo, quando
associada à cultura bacteriana, a detecção de até 90% dos portadores (HARRINGTON et al.,
2002).

A técnica de ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) pode ser utilizada no diagnóstico
indireto da enfermidade, demonstrando a presença de anticorpos.

O tratamento da enfermidade é feito de acordo com o estágio da doença. Animais que não
apresentam abscessos nos linfonodos devem ser tratados com penicilina G, na dosagem de
18.000 a 20.000UI kg-1 ou trimetoprim, associado a sulfametaxol 20mg kg-1, via intramuscular,
por 5-10 dias (PRESCOTT & WRIGHT, 2000). Quando há abscessos, aplicam-se substâncias
revulsivas, tais como iodo, que facilitam sua maduração para depois serem puncionados.
Curativo local deve ser feito posteriormente, através da irrigação do abscesso com solução de
iodo a 2%. Animais em risco podem ser tratados preventivamente com penicilina, durante o
período de exposição ao microorganismo. Segundo SWEENEY et al. (2005), as complicações
devem ser tratadas com terapia de suporte como fluidoterapia, medicações expectorantes e
antimicrobianos em dosagens superiores às normalmente recomendadas (Penicilina G acima
de 22.000UI kg-1).

PROFILAXIA

Isolamento do animal de 4 a 5 semanas, evitando disseminação do agente infeccioso

Cuidados para desinfectar baias, cochos, escovas e qualquer ferramenta que entre em contato
com o animal

Evitar aglomerar com animais que já foram infectados

ERLIQUIOSE
Etiologia
A Erliquiose canina é uma doença causada por uma riquétsia pertencente ao gênero
Ehrlichia, família Rickttsiaceae, considerados parasitas intracelulares obrigatórios das
células mononucleares, cuja prevalência tem aumentando em várias regiões do Brasil
(ANDEREG; PASSOS, 1999; ALMOSNY, 2002).

Sinais Clínicos

As manifestações clínicas são inespecíficas (WANER; STRENGER; KESARY, 2000), porém os


sinais comuns em erliquiose são a apatia, inapetência, hipertermia, mucosas pálidas e
hemorragia, linfoadenopatia, esplenomegalia e uveítes (NAKAGH et al., 2008).

Diagnóstico

A erliquiose canina é uma doença de diagnóstico difícil, por possuir várias características
atípicas, as quais vêm sendo notadas em cães afetados espontaneamente, o que dificulta
consideravelmente o diagnóstico clínico (ANDEREG; PASSOS, 1999; ALMOSNY, 2002). O
diagnóstico é feito por meio de sorologia, associada com os sinais clínicos, resultados
laboratoriais, como trombocitopenia, anormalidades hematológicas, achados citológicos e
sorológicos, sendo mais recentemente a reação em cadeia da polimerase incorporada

ao plano diagnóstico (NEER; HARRUS, 2006). Vale ressaltar que dentre os testes sorológicos, a
imunofluorescência indireta é utilizada no diagnóstico da doença, sendo aplicável tanto para
estudos de infecções experimentais quanto epidemiológicos (HARRUS et al., 1997).

Transmissão

Estudos demonstraram que nenhum carrapato do sexo feminino infectado transmitiu a E.


canis para a sua progênie, assim como não foi possível detectar-se o microorganismo no
ovário de carrapatos infectados experimentalmente. Estes estudos indicaram que o
Rhipicephalus sanguineus é o vetor, mas não o reservatório da erliquiose canina
(ALMOSNY, 2002).

Tratamento

Para o tratamento da doença, em todas as suas fases, a droga de eleição é a doxiciclina


(TILLEY; SMITH; FRANCIS, 2003). Essa é lipossolúvel e alcança uma elevada concentração
sanguínea e tecidual, penetrando rapidamente na maioria das células. Além disso, quando
utilizada por via oral, a doxiciclina resulta em menor taxa de recidiva em comparação as outras
tetraciclinas. Em pacientes com insuficiência renal, devido à via pela qual é eliminada (fecal), as
concentrações da doxiciclina não tendem a aumentar no sangue. A doxiciclina é, portanto,
ideal para tratar infecções suscetíveis quando a insuficiência renal for um fator complicante,
como em infecções por E. canis (ALMOSNY, 2002; ADAMS, 2003).

Sua profilaxia é dada por meio do controle dos carrapatos, que pode ser feita por por meio do
uso de acaricidas ambientais e de uso tópico

COMPILOBACTERIOSE

A campilobacteriose é uma zoonose de distribuição mundial, sendo o Campylobacter


jejuni considerado microrganismo extremamente ubiqüitário, encontrando-se tanto disperso
no ambiente, como também assumindo o papel de agente patogênico ou comensal do trato
gastrointestinal de animais domésticos e selvagens.

A importância da espécie bovina na transmissão da campilobacteriose assemelha-se aos


demais grupos de animais que se destinam à produção de carne, incluindo-se ovinos e
suínos. Campylobacter spp. pode ser isolado em proporções elevadas das carcaças destas.
Espécies logo após o abate, no qual a evisceração dos animais portadores intestinais se
constitui no ponto crítico de contaminação; embora o resfriamento e a secagem da carcaça
por ventilação forçada reduza significativamente a carga bacteriana. O consumo de leite
bovino não pasteurizado também tem sido responsabilizado por surtos isolados de
campilobacteriose intestinal na Inglaterra e Estados Unidos.

Talvez a forma mais importante para o alimento cárneo tornar-se veículo de infecção da
campilobacteriose intestinal, seja através da transferência passiva do agente para outros
alimentos durante o descongelamento e o processamento em locais comuns. Neste aspecto, a
carcaça de frango congelada assume capital importância, pois a água de degelo em contato
com outros alimentos, principalmente os ingeridos "in natura" poderia explicar a origem dos
freqüentes surtos.

Sintomas
Seus principais sintomas são diarréia que pode ser líquida ou com muco e conter sangue
(geralmente oculto) e leucócitos fecais, febre, dor abdominal, náusea, dor de cabeça e dores
musculares. A maior parte das infecções é auto-limitada e não necessitando tratamento com
antibióticos.

Transmissão
Ocorre por meio de alimentos contaminados, especialmente frangos crus ou mal cozidos, leite
cru, água não clorada e contato com animais infectados (gatos e filhotes de cachorro).

Diagnóstico

C. jejuni é um bacilo Gram-negativo, curvado, fino e móvel. É um organismo microaerofílico


que exige baixos níveis de oxigênio C. jejuni é encontrado em grande número nas fezes
diarréicas dos indivíduos, mas, seu isolamento requer meio especial contendo antibiótico e
atmosfera microaerofílica (5% de oxigênio). No Brasil é uma bactéria ainda pouco testada.

Medidas de prevenção:

1. Cozinhar adequadamente qualquer alimento de origem animal;


2. Conservar os alimentos cárneos em temperatura de refrigeração, nunca deixa-los à
temperatura ambiente. Consumir a carne resfriada no mesmo dia ou até o final do dia
seguinte;
3. Proteger os alimentos de roedores, moscas ou outros insetos;
4. Lavar as mãos com água e sabão antes e depois de manipular as carnes cruas, assim como,
lavar muito bem os utensílios empregados como tábuas de carne, facas e garfos, evitando a
contaminação cruzada com alimentos ingeridos crus, como frutas, verduras e legumes;
5. Preparar alimentos cárneos e ingeri-los ainda quentes, resfriando-os imediatamente após o
cozimento caso necessite armazená- los;
6. Não ingerir leites crus ou não pasteurizados e água não tratada;
7. Lavar sempre as mãos depois de entrar em contato com animais de estimação, evitando que
estes lambam as mãos e o rosto.

Pneumonia bacteriana

A pneumonia bacteriana é a infecção e inflamação dos pulmões causada por bactérias, o que
causas sintomas como tosse com catarro, febre e dificuldade para respirar, que surge após
uma gripe ou resfriado que não passa ou que piora ao longo do tempo.

A principal bactéria responsável por esse tipo de pneumonia é Streptococcus pneumoniae, no


entanto outras bactérias podem também levar ao desenvolvimento dessa infecção, sendo
importante que seja identificada para que o melhor tratamento seja indicado pelo médico.

Sintomas

 Tosse com catarro;


 Febre alta, acima de 39º;
 Dificuldade para respirar;
 Falta de ar;
 Dor no peito;
 Mal estar geral;
 Cansaço excessivo.

O diagnóstico da pneumonia bacteriana pode ser feito por um clínico geral e/ou médico
pneumologista através de exames, como raio X do tórax, tomografia computadorizada do
tórax, exame de sangue e/ou exame de catarro.

Transmissão

A transmissão da pneumonia bacteriana é muito difícil e, por isso, o paciente não contamina
pessoas saudáveis. Normalmente é mais frequente pegar pneumonia bacteriana por entrada
acidental de bactérias no pulmão vindas da boca ou de outra infecção em algum local do
corpo, por engasgamento com alimentos ou devido ao agravamento de uma gripe ou
resfriado.

Além disso, a pneumonia bacteriana pode acontecer como consequência da diminuição da


imunidade, o que faz com que as bactérias naturalmente presentes nas vias respiratórias
proliferem e levem à infecção e inflamação dos pulmões, caracterizando a pneumonia
bacteriana.

Esse tipo de pneumonia é mais comum de acontecer em crianças e idosos, já que possuem
sistema imunológico mais frágil, e pessoas que possuem doenças pulmonares, como asma,
enfisema e DPOC, por exemplo.

Tratamento

O tratamento da pneumonia bacteriana pode ser feito em casa com repouso e uso de
antibióticos por 7 a 14 dias, de acordo com a recomendação médica. No entanto, em alguns
casos, o médico pode recomendar que o tratamento seja complementado com sessões diárias
de fisioterapia respiratória para retirar as secreções dos pulmões e facilitar a respiração. Já nos
casos mais graves, quando a pneumonia se encontra numa fase mais avançada ou no caso de
bebês e idosos, pode ser necessário ficar internado no hospital para fazer antibióticos
diretamente na veia e receber oxigênio.

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