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Aula 06

A aula aborda a aplicação do visagismo na consultoria de imagem, enfatizando a importância de conhecer profundamente o cliente e suas necessidades emocionais. O visagista deve utilizar ferramentas específicas para análise de características físicas e comportamentais, além de considerar a profundidade da consultoria de acordo com a sensibilidade do cliente. Também são discutidas ferramentas auxiliares e a relevância da proporção áurea na estética facial.

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Aula 06

A aula aborda a aplicação do visagismo na consultoria de imagem, enfatizando a importância de conhecer profundamente o cliente e suas necessidades emocionais. O visagista deve utilizar ferramentas específicas para análise de características físicas e comportamentais, além de considerar a profundidade da consultoria de acordo com a sensibilidade do cliente. Também são discutidas ferramentas auxiliares e a relevância da proporção áurea na estética facial.

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BELEZA E VISAGISMO

AULA 6

Profª Caroline Suss Marques


CONVERSA INICIAL

Nesta aula, iremos aprender como podemos aplicar o visagismo na


prática. Veremos como é realizada uma consultoria de visagismo, a ordem e os
passos de uma consultoria. Aprenderemos também como a consultoria pode ser
um processo emocional e difícil, sendo necessário que o profissional tenha
sensibilidade e tato para executar o seu serviço. Depois, iremos conhecer
algumas ferramentas que podem auxiliar o visagista em seu trabalho de análise
de imagem e, por fim, quais são as áreas em que os profissionais da beleza e
da estética podem aplicar o método do visagismo.

TEMA 1 – A CONSULTORIA APLICADA AO VISAGISMO

O trabalho do visagista começa com uma consultoria. Quando um cliente


procura o serviço de um profissional da beleza especialista em visagismo, esse
profissional precisa explicar que a consultoria demanda uma disponibilidade de
tempo. Veja, na consultoria de visagismo, que o profissional precisa conhecer de
maneira profunda o cliente e suas necessidades, porém, esse tipo de
conhecimento não acontece no tempo hábil de um atendimento de corte de
cabelo ou maquiagem. O objetivo da consultoria é conhecer o cliente, descobrir
o que ele deseja expressar e desenvolver uma imagem que reflita isso.
Pode acontecer de o profissional que dá a consultoria do visagismo não
ser o profissional que executa as modificações na imagem do cliente, pois uma
consultoria completa vai analisar o cliente de forma holística: temos o cabelo,
que inclui o corte, coloração e modelagem; a maquiagem, o design de
sobrancelhas, a análise de coloração e temperatura da pele. Todos esses
serviços podem ser prestados por uma cartela de profissionais, por isso, é
interessante que o visagista tenha parcerias com outros profissionais para
trabalharem em conjunto e que tenham a mesma linguagem e metodologia de
trabalho.
A consultoria começa com a análise das características físicas e
comportamento. O profissional pode desenvolver uma ficha em forma de tabela,
em que ele relacione os itens a serem analisados e vá preenchendo conforme
converse e conheça melhor seu cliente.

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Na análise de comportamento, nota-se a forma de andar do cliente, como
ele senta, cruza as pernas e braços, onde direciona o olhar, quais são os gestos
que faz e como é o ritmo em que se movimenta.
A análise de características físicas inicia pela observação do formato de
rosto, a divisão dos terços e análise das feições. Para isso, é bom puxar os
cabelos do cliente para trás para poder ter uma visão mais clara das linhas do
rosto. Essa análise pode ser feita apenas visualmente, ou pode se utilizar do
auxílio de uma câmera fotográfica, tirando uma foto de frente e outra do perfil. O
recurso da foto é interessante, pois com ela é possível desenhar linhas em cima
da imagem, o que facilita a visualização do profissional e a compreensão do
cliente.
No rosto, são analisados o formato da face, a divisão dos três terços, a
proporção e espaçamento das feições, o formato das feições e o que eles
significam. Nesse momento, ainda pode ser feita a análise de coloração e
temperatura da pele também. A análise de coloração pode ser feita pelo visagista
ou por um especialista em cores. Caso o visagista escolha oferecer esse serviço,
ele precisa de um ambiente apropriado. É indicado que a sala onde é feita a
consultoria tenha uma boa iluminação natural ou de luz neutra e paredes
brancas, para que não haja interferência na cor da pele do cliente.
O segundo passo é feito por meio da análise da personalidade e
temperamento. Para esse passo, é indicado ao profissional criar um questionário
físico ou digital para que o cliente possa preencher. Essa análise ajuda a pessoa
a refletir sobre ela mesma e também a pensar sobre qual é a impressão que quer
transmitir aos outros.
Em seguida, é o momento de conhecer mais sobre a vida prática do
cliente, qual é a sua profissão, seu estilo de vida, as suas necessidades
cotidianas, como é sua rotina. É nesse passo que podemos descobrir também
se a pessoa tem mais coisas que gostaria de expressar na sua imagem, como
cultura, valores, status, interesses e estilo de vida, para só citar alguns. É então
que chega o momento em que fazemos a tão característica pergunta do
visagismo: “o que você gostaria de expressar com a sua imagem?”. Mas também
podemos fazer mais algumas perguntas, como: “o que veio buscar?” e “quais
sugestões poderão ser feitas?'', porque às vezes o cliente veio procurar apenas
uma consultoria sobre seu cabelo, e não tem interesse em saber sobre o que

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pode ser feito com suas sobrancelhas e maquiagem. É importante o profissional
ter essas informações para poder saber até onde ele pode ir.
Após fazer todas essas análises e tendo todas as informações, o visagista
pode agora ter uma conversa com o cliente explicando qual é a mensagem que
o cliente passa com a sua imagem naquele momento, e quais são as alterações
que serão sugeridas para poder fazer com que a imagem dele expresse aquilo
que ele quer comunicar. Partindo desse ponto, será montado um plano de ação
para executar as alterações na imagem de acordo com aquilo que o cliente
estiver disposto a fazer, tanto em relação a quais serviços de beleza que ele quer
fazer, como também em relação a quanto ele está disposto a fazer para manter
aquela imagem proposta na sua rotina. É importante ressaltar que não adianta o
cliente sair da cadeira do profissional com uma imagem deslumbrante se ele não
sabe como manter o visual proposto em seu dia a dia.

TEMA 2 – O EFEITO EMOCIONAL DO VISAGISMO

O profissional visagista necessita de muita sensibilidade para saber


discernir qual é o limite do seu trabalho. Muitas pessoas que procuram o
visagismo não aceitarão uma análise e consultoria muito profundas, pois esse é
um processo vulnerável, que revela o seu interior tanto para elas mesmas quanto
para o profissional, em quem precisam ter confiança. Outras pessoas
simplesmente querem um momento de relaxamento e autocuidado, sem ter o
trabalho de uma análise muito profunda. A maioria dos clientes gosta de saber
qual é o seu formato de rosto ou o tom da pele, mas muitas vezes saber o que
isso revela sobre eles pode assustá-los.
Quando algumas pessoas são confrontadas com os aspectos negativos
que sua imagem revela sobre elas, isso poderá desestruturá-las
emocionalmente e não fazer bem. Nesse caso, o visagista precisa limitar a sua
consultoria a aspectos somente estéticos e não emocionais da imagem.
Hallawell (2010, p. 102) comenta em seu livro que pessoas muito vaidosas
e que supervalorizam a imagem têm dificuldade de perceber que podem passar
uma imagem superficial e materialista. E essas pessoas normalmente têm uma
crise de identidade quando começam a envelhecer, tentando se agarrar à
imagem da juventude e prolongá-la ao máximo. Não é da alçada do visagista
resolver essas questões emocionais profundas.

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Precisamos lembrar também que apesar de nós, visagistas, termos a
consciência de que a imagem deve ser personalizada e única, o mundo em que
nos encontramos gira em torno de um mercado da beleza que é altamente
padronizado e influenciador. Somos bombardeados por imagens com padrões
de uma beleza inalcançável, pois é altamente produzida, mas nossos clientes
não são conscientes disso, e muitas vezes querem espelhar sua imagem
influenciados por alguma celebridade. Hallawell (2010, p. 103) afirma que é
natural que tanto as mulheres quanto os homens fiquem confusos quando são
perguntados sobre o que desejam expressar em sua imagem. Em um primeiro
impulso, geralmente querem adotar a imagem de alguma personalidade, mas é
importante que o visagista não se deixe influenciar por isso.
Quanto mais uma pessoa tiver contato com essas imagens, que são
comerciais e manipuladas para influenciar o consumo, mais ela será suscetível
aos padrões que estão sendo promovidos.
A consultoria e sua profundidade também irão depender da capacidade
intelectual do cliente. O visagista precisa usar uma linguagem que ele irá
entender, e é preciso lembrar que alguns conceitos são muito complexos, porém,
não devemos subestimar as pessoas.
Na consultoria, é importante saber quais são as demandas de
comportamento e atitudes da profissão do cliente e se ele deseja que sua
imagem trabalhe mais a favor de sua vida profissional ou pessoal. É preciso
saber se ele precisa agir com extroversão e espontaneidade, ou discrição e
introversão. Ele precisa ser calmo e organizado, ou dinâmico e criativo? Cada
indivíduo em sua profissão tem suas demandas específicas e a sua imagem
deve refletir isso, fora que algumas profissões e empresas têm um código de
comportamento determinado e é preciso ter essa informação para poder montar
uma imagem adequada. Muitas vezes, o sucesso profissional depende do poder
de adaptação à situação e cultura em que se está inserido. Às vezes, é preciso
fazer uma mudança de imagem quando se consegue uma promoção, ou para
mudar de emprego ou função. E ainda há pessoas que exercem duas funções
diferentes, como além de profissionais são professores também, e é preciso
pensar em uma imagem adaptável para as funções necessárias de cada área.
É interessante que o visagista saiba se o cliente enfrenta algum tipo de
problema na sua vida profissional ou social por causa de sua personalidade. Mas
essa é uma questão bem sensível e delicada, então tenha cautela. Nunca aponte

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uma característica como uma fraqueza ou defeito, afinal, todos nós temos
qualidades e defeitos. Hallawell ensina que a imagem pode realçar certas
características, que podem ser positivas ou negativas. Uma mudança no visual
pode gerar mudanças no comportamento, mas o temperamento nunca é
alterado. Normalmente, o cliente não se dá conta dessa mudança de
comportamento, pois não está acostumado a pensar sobre o que sua imagem
expressa e como ela o pode afetar. Essa revelação e conscientização é
importante na consultoria.
E, por fim, é importante que o profissional seja autêntico, agindo de forma
natural e respeitando o cliente. A consultoria deve ser desenvolvida com uma
abordagem que o profissional se sinta confortável, que seja de acordo com a sua
personalidade. Mas, ao mesmo tempo, é necessário abrir espaço para ter
empatia e compreensão, e se necessário, fazer adaptações para cada tipo de
personalidade. Não existe uma fórmula padrão para o atendimento do visagismo,
pois não existe fórmula para se relacionar com as pessoas. Por isso,
estimulamos que o profissional desenvolva as suas tabelas, fichas e
questionários para que o atendimento fique funcional para ele. É importante ter
inteligência interpessoal, sensibilidade e conhecimento para trabalhar com
beleza e emoção.

TEMA 3 – FERRAMENTAS DE AUXÍLIO AO VISAGISTA

Como mencionamos no tema anterior, não iremos fornecer tabelas e


questionários prontos para o profissional utilizar em sua consultoria, pois
incentivamos que a pessoa desenvolva o seu próprio material para fazer as
análises necessárias.
No entanto, neste tema, iremos apresentar algumas ferramentas que
podem ser utilizadas pelo visagista para auxiliar ou agilizar o seu processo de
análise.

• Máquina fotográfica e computador: para tirar fotos, para facilitar o


processo de análise facial e a visualização das linhas presentes no rosto.
Mas também é interessante para poder tirar fotos do antes e depois do
processo de modificação da imagem, e o cliente poder ver como cada
elemento modificado expressa uma mensagem.

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• Paquímetro: uma ferramenta para medir as feições e checar as
proporções e simetria.
• Círculo cromático: uma ferramenta visual que facilita a explicação da
teoria das cores, e pode ajudar o profissional no processo de análise de
coloração.
• Lápis de olho e apontador: principalmente para os profissionais que irão
fazer o design de sobrancelhas ou uma micropigmentação facial, essa é
uma ferramenta que o auxilia em mapear o seu trabalho e pré-visualizar
o resultado.
• Capa e faixa cinza neutro: na análise de coloração, é importante isolar o
rosto do cliente com uma faixa, tampando os cabelos, e uma capa que
cubra a roupa, para assim não haver interferência das cores no tom da
pele.
• Cartelas de cores: para fazer a análise de coloração, é importante ter as
cartelas de cores de cada estação em tecidos, ou papel. Essas cartelas
são aproximadas do rosto para poder ver qual é o efeito de uma
determinada cor sobre o tom da pele.
• Ficha capilar: essa ferramenta é para os cabeleireiros, como auxiliar,
para ter o conhecimento do histórico de procedimentos que foram feitos
no cabelo e qual é a rotina de cuidados que o cliente tem com os cabelos.
Assim, o cabeleireiro poderá proceder com segurança e eficácia com os
procedimentos desejados.
• Dossiê da imagem: após realizar a consultoria inicial, o profissional
poderá montar um dossiê sobre o cliente, reunindo as informações
coletadas e apresentando-as de uma forma que seja fácil de entender, e
juntamente o plano de ação da aplicação do visagismo. Esse dossiê pode
conter a cartela de cores da análise de coloração, orientações de como o
cliente deve manter o visual em seu cotidiano, e imagens de inspiração
para ocasiões nas quais o cliente possa ter de adequar a sua imagem,
como eventos sociais ou profissionais, como uma reunião importante ou
um casamento.
• Face chart: o face chart é uma ferramenta utilizada pelos maquiadores,
na qual a maquiagem é aplicada em um rosto de papel e são escritas
orientações sobre as cores, locais de aplicação e o passo a passo de
como é aplicada a maquiagem. Essa ferramenta é muito útil quando o

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visagista ensina a cliente a como se automaquiar, pois desta forma, todas
as informações importantes ficam contidas em um só lugar e é mais fácil
de a cliente visualizar e guardar essas informações.

TEMA 4 – MÁSCARA DE MARQUARDT E A PROPORÇÃO ÁUREA

A proporção áurea é um número intrigante (1,618) que estudiosos gregos


descobriram ser a chave para o segredo da beleza. Esse número é obtido da
divisão de uma linha da proporção do segmento mais curto (a) para o segmento
mais longo (b), e a linha inteira (a + b) equivale a um. Essa divisão é a resposta
de uma regra conhecida como secção de ouro, pois mostra onde a divisão de
uma linha fica mais esteticamente agradável (Farinhaque et al., 2018).
Trindade (2017) postula que “é como se, para saber qual a próxima
quantidade a obter/produzir, a natureza só levasse em conta duas coisas: quanto
ela tinha e quanto ela tem. É como se a natureza ‘contasse’ assim. E a unidade
parece ser 1,61”.
Esse número se inicia por 1,618 e é infinito, também é a base de imagens
que são agradáveis aos olhos e é encontrado na natureza, no corpo humano e
nas artes. E ele pode ser descrito como o princípio da ordenação física do
universo, encontrado nas partículas dos elementos, na radiação, nos processos
químicos, na distância entre o Sol e os planetas, é encontrado na sequência de
Fibonacci, que descreve o crescimento das plantas, na concha do caramujo, ou
no crescimento da população de animais. O número de ouro está diretamente
relacionado a tudo que flui ou está em movimento.
Baseado nesses conhecimentos matemáticos, o Dr. Stephen Marquardt
criou uma máscara que mostra que um rosto pode ser considerado belo se
estiver em conformidade com ela, independentemente da idade ou raça. Já
comentamos em aulas anteriores sobre como o conceito de beleza estar atrelado
à simetria teve sua origem na Grécia antiga, porém, esse conhecimento continua
até hoje. O nosso cérebro é atraído e responde emocionalmente àquilo que é
simétrico.
A máscara foi patenteada pelo Dr. Marquardt e possui versões femininas
e masculinas, frontal, lateral, com o rosto em repouso e sorrindo, tendo então
oito variações. A forma de utilizar a máscara é sobrepondo-a a fotografia de um
rosto para poder analisar a proporcionalidade em relação ao número de ouro. A

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fotografia deve ser tirada com o rosto em repouso, sem sorrir, para que dessa
forma se encaixe dentro das linhas da máscara.

Na fotografia, desenha-se uma linha que vá de uma pupila a outra


(linha da pupila), uma segunda linha do canto direito ao esquerdo dos
lábios (linha dos lábios) e uma terceira linha vertical que conecte o
ponto médio da linha da pupila e o meio da linha dos lábios.
Sobrepondo a máscara à fotografia observa-se como o rosto adequa-
se à divina proporção (Farinhaque et al., 2018).

A partir da leitura da junção dessas imagens, é possível avaliar o grau de


simetria facial que a pessoa possui, e a partir dessa leitura, é possível, com o
auxílio de técnicas de maquiagem, de luz e sombra, e juntamente com o design
de sobrancelhas, trazer simetria para as áreas que não são proporcionais.

Figura 1 – Máscara de Marquardt

Créditos: Jefferson Schnaider.

A máscara pode ser uma grande ferramenta na mão do visagista,


maquiador e micropigmentador, principalmente quando o cliente tem alguma
assimetria acentuada. Entretanto, ela não pode ser o único recurso a ser
utilizado, sem levar em conta o temperamento, características pessoais e gostos
do cliente.

TEMA 5 – DIVERSAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO VISAGISMO

Na área da beleza, existem muitas possibilidades de aplicação do


conceito do visagismo que dão a possibilidade de o profissional criar uma
imagem totalmente personalizada para seu cliente. Entretanto, mesmo o
profissional que não trabalha diretamente com a área de cabelo e maquiagem,

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tendo o conhecimento do visagismo, realizará um atendimento muito melhor. O
método do visagismo ajuda qualquer profissional, pois o ensina a ver sua cliente
como pessoa única, ensina a ler o temperamento e ajustar o atendimento de
acordo com essa leitura, deixando a cliente sempre satisfeita, uma vez que as
suas necessidades foram atendidas. Por exemplo, quando um profissional
atende uma cliente colérica, ele sabe que o atendimento precisa ser direto e sem
enrolação, enquanto uma cliente melancólica gostará de saber todas as
informações sobre o procedimento que será realizado. Isso pode ser aplicado
para todos os profissionais da área da beleza.
Temos alguns profissionais que realmente podem aplicar o método do
visagismo às suas técnicas, ajudando os seus clientes a encontrarem a harmonia
em sua imagem pessoal, os quais listamos a seguir.

• Cabeleireiro: por meio do corte, coloração e modelagem dos cabelos, ele


pode alterar radicalmente a imagem de uma pessoa, e normalmente essa
alteração pode ter uma duração considerável. O profissional, dessa forma,
precisa ter um bom embasamento no método de visagismo, para não
gerar em seu cliente frustração com o seu próprio cabelo pelos próximos
meses.
• Penteadista: principalmente o profissional que trabalha com noivas,
debutantes e formandas. Ele pode orientar sua cliente na escolha de sua
produção de beleza, para que o penteado esteja de acordo com o seu
temperamento, afinal, essa produção será registrada em fotos e ela terá
lembrança desse dia por muitos anos.
• Maquiador: as técnicas do visagismo sobre a teoria da cor, os tipos
cromáticos e paleta de cores podem orientar um maquiador a fazer uma
maquiagem mais harmônica e com as cores certas. O conhecimento
sobre o significado das feições auxilia o maquiador a saber qual feições
ele deve realçar mais e qual é o formato mais adequado para aquele tipo
de temperamento.
• Designer de Sobrancelhas: é um dos itens mais importantes do
visagismo. Como as sobrancelhas são a moldura do olhar, um profissional
que sabe ter uma leitura facial eficaz saberá ajustar o design da
sobrancelha de forma que realmente expressem as emoções que o
cliente precisa. Esse conteúdo é principalmente valioso para os
profissionais que trabalham com o design de sobrancelhas com
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micropigmentação e design definitivo. Um design feito com uma
modelagem esteticamente agradável ou na moda, mas que fica em
conflito com o temperamento da pessoa, pode trazer uma não
identificação do cliente com a sua imagem.
• Micropigmentador: é um profissional que precisa muito do conhecimento
do visagismo, pois a aplicação do seu trabalho tem efeitos mais
permanentes. Um conhecimento do significado das feições é essencial
para o profissional que trabalha com o design das sobrancelhas,
delineador e preenchimento de lábios, para poder fazer o design que
realmente se adeque a cada cliente.
• Caracterizador: esse é o profissional que trabalha criando a imagem
visual de personagens tanto no mundo do audiovisual quanto do teatro,
dança e fotografia. O conhecimento do visagismo é um poderoso aliado
quando o profissional precisa alterar a imagem de um ator, dançarino ou
modelo para a imagem do personagem que ele irá representar.

NA PRÁTICA

Considerando os conhecimentos adquiridos nas últimas aulas em relação


ao comportamento, gestos, linhas e formas, crie uma tabela para a análise de
formato de rosto, feições e de comportamento que você acha que seria eficiente
e eficaz em uma consultoria de visagismo.

FINALIZANDO

Nesta aula, pudemos aprender como o profissional pode organizar e


montar uma consultoria de visagismo. Aprendemos que a consultoria é um
momento que deve ser realizado com sensibilidade e tato, e que a nossa
profissão pode ter um grande impacto emocional no cliente.
Aprendemos também sobre algumas das ferramentas que podem facilitar
e auxiliar o visagista em sua análise e consultoria. E, por fim, conhecemos um
pouco mais das áreas em que um profissional da área da estética pode aplicar
o método do visagismo.

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REFERÊNCIAS

CRUZ, G. K. da; MARQUES, J. G. da S. Visagismo aplicado aos tipos


cromáticos. Disponível em:
<http://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/ries/article/view/269/291>. Acesso
em: 28 jan. 2021.

FARINHAQUE, J. H. et al. Aplicação De Técnicas De Proporção Áurea Na


Maquiagem. Disponível em: <http://www.opet.com.br/faculdade/revista-
estetica-cosmetica/index.php/2018/05/13/aplicacao-de-tecnicas-de-proporcao-
aurea-na-maquiagem/>. Acesso em: 28 jan. 2021.

FISHER, A. F.; PHILLIPI, K.; MACEDO, C. A. de. A importância do visagismo


para a construção da imagem pessoal. Disponível em:
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Flavia%20Fischer,%20Karine%20Phillipi.
ppd>. Acesso em: 28 jan. 2021.

HALLAWELL, P. Visagismo – Harmonia e estética. 2. Ed. São Paulo: SENAC,


2004.

_____. Visagismo – Harmonia e estética. 6. Ed. São Paulo: SENAC, 2010.

TRINDADE, R. et al. Visagismo Acadêmico. 1. ed. São Paulo/SP:


Alphagraphics, 2017.

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