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Motores Indução Weg

O manual fornece diretrizes para a instalação, operação e manutenção de motores elétricos de indução trifásicos da linha M da WEG. Ele enfatiza a importância de seguir as instruções para garantir a segurança e a validade da garantia, além de oferecer informações sobre armazenamento, manuseio e cuidados necessários. O documento também inclui um índice detalhado e recomendações para consulta contínua.

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marcosfsilva1
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Motores elétricos de indução

trifásicos de baixa e alta tensão


Linha M - Rotor de gaiola - Horizontais

Manual de Instalação, Operação e Manutenção


Manual de Instalação, Operação e Manutenção

Modelos: MGA, MGP, MGD, MGT, MGV, MGF, MGR, MGI, MGW e MGL

Nº do documento: 11066437

Idioma: Português

Revisão: 15

Janeiro 2025
Prezado Cliente,

Obrigado por adquirir o motor da WEG. É um produto desenvolvido com níveis de qualidade e
eficiência que garantem um excelente desempenho.
Como exerce um papel de relevante importância para o conforto e bem-estar da humanidade, o
motor elétrico precisa ser identificado e tratado como uma máquina motriz, cujas características
envolvem determinados cuidados, dentre os quais os de armazenagem, instalação e manutenção.
Todos os esforços foram feitos para que as informações contidas neste manual fossem fidedignas
às configurações e aplicações do motor.
Assim, recomendamos ler atentamente este manual antes de proceder à instalação, operação ou
manutenção do motor para assegurar uma operação segura e contínua do motor e garantir a sua
segurança e de suas instalações. Caso as dúvidas persistam, consultar a WEG.
Mantenha este manual sempre próximo do motor para que possa ser consultado sempre que for
necessário

ATENÇÃO
1. É imprescindível seguir os procedimentos contidos neste manual para que a garantia tenha
validade;
2. Os procedimentos de instalação, operação e manutenção do motor deverão ser feitos apenas por
pessoas capacitadas.

NOTAS
1. A reprodução das informações deste manual, no todo ou em partes, é permitida desde que a fonte
seja citada;
2. Caso este manual seja extraviado, uma cópia em formato PDF poderá ser baixada do website
www.weg.net ou poderá ser solicitada outra cópia impressa junto à WEG.
3. Todas as máquinas estão equipadas com um QR code único localizado próximo à placa de
identificação do equipamento. Este QR code proporciona acesso rápido e fácil a diversos serviços,
incluindo:
• Suporte técnico
• Peças de reposição
• Comissionamento
• Serviços gerais e de manutenção em campo e em fábrica

Para utilizar este recurso, basta escanear o QR code com seu dispositivo móvel. Certifique-se de
manter este manual à disposição para consultas futuras e para assegurar a utilização correta e
segura do motor elétrico

WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A.


ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 11
1.1 AVISOS DE SEGURANÇA NO MANUAL ......................................................................................11

2 INSTRUÇÕES GERAIS ............................................................................................... 12


2.1 PESSOAS CAPACITADAS ............................................................................................................12
2.2 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ..................................................................................................12
2.3 NORMAS ........................................................................................................................................12
2.4 CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE ............................................................................................13
2.5 CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO.........................................................................................................13
2.6 TENSÃO E FREQUÊNCIA.............................................................................................................13

3 RECEBIMENTO, MANUSEIO E ARMAZENAGEM .................................................... 14


3.1 RECEBIMENTO .............................................................................................................................14
3.2 MANUSEIO ....................................................................................................................................14
3.3 ARMAZENAGEM ...........................................................................................................................14
3.3.1 Armazenagem externa ........................................................................................................................ 14
3.3.2 Armazenagem prolongada .................................................................................................................. 15
3.3.2.1 Local de armazenagem ....................................................................................................... 15
3.3.2.1.1 Armazenagem interna ..................................................................................... 15
3.3.2.1.2 Armazenagem externa .................................................................................... 15
3.3.2.2 Peças separadas ................................................................................................................. 15
3.3.3 Preservação do motor durante a armazenagem ................................................................................... 16
3.3.3.1 Resistência de aquecimento .............................................................................................. 16
3.3.3.2 Resistência de isolamento ................................................................................................. 16
3.3.3.3 Superfícies usinadas expostas ........................................................................................... 16
3.3.3.4 Vedações ............................................................................................................................ 16
3.3.3.5 Mancais .............................................................................................................................. 16
3.3.3.5.1 Mancal de rolamento lubrificado a graxa ....................................................... 16
3.3.3.5.2 Mancal de rolamento lubrificado a óleo ......................................................... 16
3.3.3.5.3 Mancal de deslizamento ................................................................................ 16
3.3.3.6 Caixas de ligação ................................................................................................................ 17
3.3.3.7 Trocador de calor ar-água .................................................................................................... 17
3.3.3.8 Limpeza e conservação do motor durante a armazenagem .............................................. 17
3.3.3.9 Inspeções e registros durante a armazenagem ................................................................. 17
3.3.3.11 Manutenção preditiva / preventiva ..................................................................................... 18
3.3.3.12 Plano de manutenção durante a armazenagem ................................................................ 19
3.3.4 Preparação para entrada em operação ............................................................................................. 20
3.3.4.1 Limpeza.............................................................................................................................. 20
3.3.4.2 Inspeção dos mancais........................................................................................................ 20
3.3.4.3 Lubrificação dos mancais ................................................................................................... 20
3.3.4.4 Verificação da resistência de isolamento ........................................................................... 20
3.3.4.5 Trocador de calor ar-água .................................................................................................. 20
3.3.4.6 Outros ................................................................................................................................ 20

4 INSTALAÇÃO ............................................................................................................. 21
4.1 LOCAL DE INSTALAÇÃO ..............................................................................................................21
4.2 TRAVA DO EIXO ...........................................................................................................................21
4.3 SENTIDO DE ROTAÇÃO ...............................................................................................................21
4.4 RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO .................................................................................................21
4.4.1 Instruções de segurança.................................................................................................................... 21
4.4.2 Considerações gerais ........................................................................................................................ 21
4.4.3 Medição nos enrolamentos do estator ............................................................................................... 21
4.4.4 Informações adicionais ...................................................................................................................... 22
4.4.5 Conversão dos valores medidos ........................................................................................................ 22
4.4.6 Índice de polarização (I.P.) ................................................................................................................ 22
4.4.7 Valores mínimos recomendados.......................................................................................................... 22
4.5 PROTEÇÕES .................................................................................................................................23
4.5.1 Proteções térmicas.............................................................................................................................. 23
4.5.1.1 Limites de temperatura para os enrolamentos ...................................................................... 23
4.5.1.2 Temperaturas para alarme e desligamento ........................................................................... 23
4.5.1.3 Temperatura e resistência ôhmica das termorresistências Pt100 ...................................... 24
4.5.1.4 Resistência de aquecimento .............................................................................................. 24
4.5.2 Sensor de vazamento de água .......................................................................................................... 24
4.6 REFRIGERAÇÃO ...........................................................................................................................24
4.6.1 Motores fechados .............................................................................................................................. 25
4.6.2 Motores abertos .................................................................................................................................25
4.6.3 Refrigeração por trocador de calor ar-água .......................................................................................26
4.6.3.1 Radiadores para aplicação com água do mar ................................................................... 26
4.6.4 Refrigeração por ventilação independente .........................................................................................26
4.6.5 Limpeza do trocador de calor ar / ar ..................................................................................................26
4.7 ASPECTOS ELÉTRICOS .............................................................................................................. 27
4.7.1 Conexões elétricas.............................................................................................................................27
4.7.1.1 Conexões elétricas principais ............................................................................................ 27
4.7.1.2 Aterramento ....................................................................................................................... 27
4.7.2 Esquemas de ligação .........................................................................................................................28
4.7.2.1 Esquemas de ligação conforme norma IEC60034-8 ......................................................... 28
4.7.2.1.1 Esquemas de ligação do estator ....................................................................28
4.7.2.2 Esquema de ligação conforme norma NEMA MG1 ........................................................... 29
4.7.2.2.1 Esquemas de ligação do estator ....................................................................29
4.7.2.3 Sentido de rotação ............................................................................................................ 29
4.7.2.4 Esquema de ligação dos acessórios ................................................................................. 29
4.8 ASPECTOS MECÂNICOS ............................................................................................................ 30
4.8.1 Base ...................................................................................................................................................30
4.8.2 Esforços na base.................................................................................................................................30
4.8.3 Tipos de bases ....................................................................................................................................30
4.8.3.1 Base de concreto ................................................................................................................ 30
4.8.3.2 Base deslizante .................................................................................................................. 30
4.8.3.3 Base metálica ..................................................................................................................... 30
4.8.3.4 Chumbadores ..................................................................................................................... 31
4.8.4 Conjunto da placa de ancoragem .........................................................................................................31
4.8.5 Frequência natural da base .................................................................................................................31
4.8.6 Nivelamento ........................................................................................................................................31
4.8.7 Alinhamento ........................................................................................................................................31
4.8.8 Conjunto pino guia...............................................................................................................................32
4.8.9 Acoplamentos .....................................................................................................................................32
4.8.9.1 Acoplamento direto............................................................................................................ 33
4.8.9.2 Acoplamento por engrenagem .......................................................................................... 33
4.8.9.3 Acoplamento por meio de polias e correias ....................................................................... 33
4.8.9.4 Acoplamento de motores equipados com mancais de deslizamento ................................ 33
4.9 UNIDADE HIDRÁULICA ................................................................................................................ 34

5 PARTIDA .................................................................................................................... 35
5.1 PARTIDA DIRETA ......................................................................................................................... 35
5.2 FREQUÊNCIA DE PARTIDAS DIRETAS ..................................................................................... 35
5.3 CORRENTE DE ROTOR BLOQUEADO....................................................................................... 35
5.4 PARTIDA COM CORRENTE REDUZIDA ..................................................................................... 35

6 COMISSIONAMENTO ................................................................................................ 36
6.1 INSPEÇÃO PRELIMINAR ............................................................................................................. 36
6.2 PARTIDA INICIAL.......................................................................................................................... 36
6.2.1 Procedimento de partida ......................................................................................................................36
6.3 OPERAÇÃO .................................................................................................................................. 37
6.3.1 Geral...................................................................................................................................................37
6.3.2 Temperaturas......................................................................................................................................37
6.3.3 Mancais ..............................................................................................................................................37
6.3.3.1 Sistema de injeção de óleo sob alta pressão ........................................................................ 37
6.3.4 Radiadores .........................................................................................................................................37
6.3.5 Vibração .............................................................................................................................................38
6.3.6 Limites de vibração do eixo ..................................................................................................................38
6.3.7 Desligamento ......................................................................................................................................38

7 MANUTENÇÃO .......................................................................................................... 39
7.1 GERAL ........................................................................................................................................... 39
7.2 LIMPEZA GERAL .......................................................................................................................... 39
7.3 MANUTENÇÃO DOS ENROLAMENTOS ..................................................................................... 39
7.3.1 Inspeção dos enrolamentos ...............................................................................................................39
7.3.2 Limpeza dos enrolamentos ................................................................................................................39
7.3.3 Inspeções após a limpeza....................................................................................................................40
7.3.4 Reimpregnação ...................................................................................................................................40
7.3.5 Resistência de Isolamento ...................................................................................................................40
7.4 MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO .................................................................. 40
7.5 MANUTENÇÃO DOS RADIADORES ........................................................................................... 40
7.6 VIBRAÇÃO .................................................................................................................................... 40
7.7 DISPOSITIVO DE ATERRAMENTO DO EIXO ..............................................................................40
7.8 MANUTENÇÃO DOS MANCAIS ...................................................................................................41
7.8.1 Mancais de rolamento a graxa ........................................................................................................... 41
7.8.1.1 Instruções para lubrificação ............................................................................................... 41
7.8.1.2 Procedimento de lubrificação dos rolamentos .................................................................... 41
7.8.1.3 Relubrificação dos rolamentos com dispositivo de gaveta para remoção da graxa ........... 41
7.8.1.4 Tipo e quantidade de graxa ................................................................................................ 41
7.8.1.5 Graxas alternativas ............................................................................................................ 42
7.8.1.6 Procedimento para troca da graxa........................................................................................ 42
7.8.1.7 Graxas para baixas temperaturas......................................................................................... 42
7.8.1.8 Compatibilidade de graxas ................................................................................................... 42
7.8.1.9 Desmontagem dos mancais................................................................................................. 43
7.8.1.10 Montagem dos mancais ....................................................................................................... 43
7.8.2 Mancais de rolamento a óleo ............................................................................................................... 43
7.8.2.1 Instruções para lubrificação.................................................................................................. 43
7.8.2.2 Tipo de óleo ....................................................................................................................... 44
7.8.2.3 Troca do óleo ..................................................................................................................... 44
7.8.2.4 Operação dos mancais ...................................................................................................... 44
7.8.2.5 Desmontagem dos mancais ............................................................................................... 44
7.8.2.6 Montagem dos mancais ....................................................................................................... 45
7.8.3 Substituição dos rolamentos ................................................................................................................ 45
7.8.4 Mancais de deslizamento .................................................................................................................... 45
7.8.4.1 Dados dos mancais ............................................................................................................. 45
7.8.4.2 Instalação e operação dos mancais...................................................................................... 45
7.8.4.3 Refrigeração com circulação de água ................................................................................... 45
7.8.4.4 Troca de óleo ...................................................................................................................... 45
7.8.4.5 Vedações ........................................................................................................................... 46
7.8.4.6 Operação dos mancais de deslizamento ........................................................................... 46
7.8.4.7 Manutenção dos mancais de deslizamento ....................................................................... 46
7.8.4.8 Desmontagem e montagem do mancal.............................................................................. 47
7.8.5 Desmontagem/montagem dos sensores de temperatura dos mancais deslizamento ....................... 48

8 DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MOTOR............................................................ 49


8.1 DESMONTAGEM............................................................................................................................49
8.2 MONTAGEM ...................................................................................................................................49
8.3 MEDIÇÃO DO ENTREFERRO ........................................................................................................49
8.4 TORQUE DE APERTO ..................................................................................................................49
8.5 PEÇAS DE REPOSIÇÃO ................................................................................................................50

9 PLANO DE MANUTENÇÃO ....................................................................................... 51

10 ANORMALIDADES, CAUSAS E SOLUÇÕES ........................................................... 52

11 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE ....................................................................... 54

12 INFORMAÇÕES AMBIENTAIS .................................................................................. 55


12.1 EMBALAGEM .................................................................................................................................55
12.2 PRODUTO......................................................................................................................................55
12.3 RESÍDUOS PERIGOSOS ..............................................................................................................55

13 ASSISTENTES TÉCNICOS ........................................................................................ 55

14 TERMO DE GARANTIA .............................................................................................. 56


1 INTRODUÇÃO
Este manual visa atender aos motores de indução trifásicos de baixa e alta tensão.
Motores com especialidades podem ser fornecidos com documentos específicos (desenhos, esquema de ligação,
curvas características etc.). Estes documentos juntamente com este manual devem ser avaliados criteriosamente antes
de proceder à instalação, operação ou manutenção do motor.
Para informações sobre o uso de inversor de frequência é obrigatório seguir as instruções da documentação técnica
específica do motor e do manual do inversor de frequência.
Consultar a WEG caso haja a necessidade de algum esclarecimento adicional para os motores com grandes
especialidades construtivas. Todos os procedimentos e normas constantes neste manual deverão ser seguidos para
garantir o bom funcionamento do motor e a segurança do pessoal envolvido na operação do mesmo. Observar estes
procedimentos é igualmente importante para assegurar a validade da garantia do motor. Assim, recomendamos a leitura
minuciosa deste manual antes da instalação e operação do motor. Caso persistir alguma dúvida, consultar a WEG.

1.1 AVISOS DE SEGURANÇA NO MANUAL


Neste manual são utilizados os seguintes avisos de segurança:

PERIGO
A não consideração dos procedimentos recomendados neste aviso pode levar à morte, ferimentos
graves e danos materiais consideráveis.

ATENÇÃO
A não consideração dos procedimentos recomendados neste aviso pode levar a danos materiais.

NOTA
O texto objetiva fornecer informações importantes para o correto entendimento e bom funcionamento
do produto.
2 INSTRUÇÕES GERAIS
Todos que trabalham com instalações elétricas, quer seja na montagem, na operação ou na manutenção, deverão ser
permanentemente informados e estar atualizados sobre as normas e prescrições de segurança que regem o serviço e são
aconselhadas a observá-las rigorosamente. Antes do início de qualquer trabalho, cabe ao responsável certificar-se de que
tudo foi devidamente observado e alertar seu pessoal sobre os perigos inerentes à tarefa que será executada. Motores deste
tipo, quando aplicados inadequadamente ou receberem manutenção deficiente, ou ainda quando receberem intervenção de
pessoas não capacitadas, podem causar sérios danos pessoais e/ou materiais. Assim, recomenda-se que estes serviços
sejam executados sempre por pessoal capacitado.

2.1 PESSOAS CAPACITADAS Devem observar também:


▪ Todos os dados técnicos quanto às aplicações
Entende-se por pessoas capacitadas aquelas que, em permitidas (condições de funcionamento, ligações e
função de seu treinamento, experiência, nível de instrução, ambiente de instalação), contidos no catálogo, na
conhecimentos das normas pertinentes, especificações, documentação do pedido, nas instruções de operação,
normas de segurança, prevenção de acidentes e nos manuais e demais documentações;
conhecimento das condições de operação, tenham sido ▪ As determinações e condições específicas para a
autorizadas pelos responsáveis para a realização dos instalação local;
trabalhos necessários e que possam reconhecer e evitar ▪ O emprego de ferramentas e equipamentos adequados
possíveis perigos. Estas pessoas capacitadas também para o manuseio e transporte;
devem conhecer os procedimentos de primeiros socorros e ▪ Que os dispositivos de proteção dos componentes
serem capazes de prestar estes serviços, se necessário. individuais sejam removidos pouco antes da instalação.
Pressupõe-se que todo trabalho de colocação em As peças individuais devem ser armazenadas em
funcionamento, manutenção e consertos sejam feitos ambientes livres de vibrações, evitando quedas e
unicamente por pessoas capacitadas. assegurando que estejam protegidas contra agentes
agressivos e/ou coloquem em risco a segurança das
2.2 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA pessoas.

2.3 NORMAS
PERIGO
Os motores são especificados, projetados, fabricados e
Durante a operação, estes equipamentos
testados de acordo com as normas descritas na Tabela
possuem partes energizadas ou girantes
2.1. As normas aplicáveis são especificadas no contrato
expostas, que podem apresentar alta tensão
comercial que, por sua vez, dependendo da aplicação ou
ou altas temperaturas. Assim, a operação
do local da instalação, pode indicar outras normas
com caixas de ligação abertas, acoplamentos
nacionais ou internacionais.
não protegidos, ou manuseio errôneo, sem
considerar as normas de operação, pode Tabela 2.1: Normas aplicáveis
causar graves acidentes pessoais e IEC / NBR NEMA
materiais. IEC60034-1
Especificação MG1-1,10,20
NBR 17094
IEC60072
ATENÇÃO Dimensões MG1-4,11
NBR 15623
IEC60034-2
Quando se pretende utilizar aparelhos e Ensaios
NBR 5383
MG1-12
equipamentos fora do ambiente industrial, o Graus de IEC60034-5
usuário deve garantir a segurança do MG1-5
proteção NBR IEC 60034-5
equipamento através da adoção das devidas IEC60034-6
medidas de proteção e segurança durante a Refrigeração MG1-6
NBR IEC 60034-6
montagem (por exemplo, impedir a Formas IEC60034-7
MG1-4
aproximação de pessoas, contato de crianças Construtivas NBR IEC 60034-7
e outros). IEC60034-9
Ruído MG1-9
NBR IEC 60034-9
Vibração IEC60034-14
Os responsáveis pela segurança da instalação devem MG1-7
mecânica NBR IEC 60034-14
garantir que:
Marcação dos IEC60034-8
▪ Somente pessoas capacitadas efetuem a instalação e terminais NBR 15367
MG1-2
operação do equipamento; Tolerâncias ISO286
▪ Estas pessoas tenham em mãos este manual e demais MG1-4
mecânicas NBR6158
documentos fornecidos com o motor, bem como Balanceamento ISO1940 MG1-7
realizem os trabalhos observando rigorosamente as
instruções de serviço, as normas pertinentes e a
documentação específica dos produtos.

ATENÇÃO
O não cumprimento das normas de
instalação e de segurança pode anular a
garantia do produto. Equipamentos para
combate a incêndio e avisos sobre primeiros
socorros deverão estar no local de trabalho
em lugares bem visíveis e de fácil acesso.
2.4 CARACTERÍSTICAS DO 2.6 TENSÃO E FREQUÊNCIA
AMBIENTE
É muito importante assegurar uma correta alimentação
O motor foi projetado de acordo com as características de energia elétrica para o motor. Os condutores e todo o
do ambiente (temperatura e altitude) específicas para sistema de proteção devem garantir uma qualidade de
sua aplicação e estas estão descritas na placa de energia elétrica do motor dentro dos parâmetros,
identificação e na folha de dados do motor. conforme norma IEC60034-1:
▪ Tensão: poderá variar dentro de uma faixa de ±10%
do valor nominal;
ATENÇÃO ▪ Frequência: poderá variar dentro de uma faixa entre -
Para utilização de motores com 5 e +3% do valor nominal.
refrigeração à água com temperatura
ambiente inferior a +5 ºC, devem ser
adicionados aditivos anticongelantes na
água.

2.5 CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO


Para que o termo de garantia do produto tenha validade,
o motor deve ser operado de acordo com os dados
nominais indicados na sua placa de identificação,
observando as normas aplicáveis e as informações
contidas neste manual.

Figura 2.1: Limites das variações da tensão e frequência

Legenda da Figura 2.1:


1. Tensão
2. Zona A
3. Frequência
4. Zona B (exterior a zona A)
5. Tensão de características nominais

O motor deve ser capaz de desempenhar


continuamente sua função principal na Zona A, mas
pode não atender completamente às suas
características de desempenho na tensão e frequência
nominais (ver ponto das características nominais na
Figura 2.1), quando pode apresentar alguns desvios. As
elevações de temperatura podem ser superiores
àquelas na tensão e frequência nominais.
O motor deve ser capaz de desempenhar sua função
principal na Zona B, mas no que se refere às
características de desempenho na tensão e frequência
nominais, pode apresentar desvios superiores àqueles
da Zona A. As elevações de temperatura podem ser
superiores às verificadas na tensão e frequência
nominais e, muito provavelmente, superiores àquelas da
Zona A.
A operação prolongada na periferia da Zona B não é
recomendada.
3 RECEBIMENTO, MANUSEIO E ARMAZENAGEM
3.1 RECEBIMENTO NOTAS
Todos os motores fornecidos são testados e estão em ▪ Observar o peso indicado. Não levantar o
perfeitas condições de operação. As superfícies motor aos solavancos ou colocar
usinadas são protegidas contra corrosão. A embalagem bruscamente no chão, pois isso poderá
deverá ser checada logo após sua recepção para causar danos aos mancais;
verificar se não sofreu eventuais danos durante o ▪ Para levantar o motor, utilizar somente os
transporte. olhais providos para esta finalidade. Caso
se faça necessário, utilizar uma travessa
ATENÇÃO para proteger partes do motor;
▪ Os olhais no trocador de calor, tampas,
Toda e qualquer avaria deverá ser mancais, radiador, caixa de ligação etc.,
fotografada, documentada e comunicada servem apenas para manusear estes
imediatamente à empresa transportadora, à componentes;
seguradora e à WEG. A não comunicação ▪ Nunca utilizar o eixo para levantar o motor;
acarretará a perda da garantia. ▪ Os olhais de suspensão da carcaça
servem apenas para levantar o motor.
Nunca os utilize para levantar o conjunto
ATENÇÃO motor-máquina acionada.
Peças fornecidas em embalagens
adicionais devem ser conferidas no
recebimento. ATENÇÃO
▪ Para movimentar ou transportar o motor, o
▪ Ao levantar a embalagem (ou o contêiner), devem ser eixo deve ser travado com o dispositivo de
observados os locais corretos para içamento, o peso trava fornecido juntamente com o motor;
indicado na embalagem ou na placa de identificação, ▪ Os dispositivos e equipamentos para
bem como a capacidade e o funcionamento dos içamento devem ter capacidade para
dispositivos de içamento; suportar o peso do motor.
▪ Motores acondicionados em embalagem de madeira
devem ser levantados sempre pelos seus próprios
olhais ou por empilhadeira adequada, mas nunca 3.3 ARMAZENAGEM
devem ser levantados pela embalagem;
▪ A embalagem nunca poderá ser tombada. Coloque-a Caso o motor não seja instalado imediatamente após o
no chão com cuidado (sem causar impactos) para recebimento, deverá permanecer dentro da embalagem e
evitar danos aos mancais; armazenado em lugar protegido contra umidade, vapores,
▪ Não remover a graxa de proteção contra corrosão da rápidas trocas de calor, roedores e insetos.
ponta do eixo nem as borrachas ou bujões de Para que os mancais não sejam danificados, o motor deve
fechamento dos furos das caixas de ligações. Estas ser armazenado em locais isentos de vibrações.
proteções deverão permanecer no local até a hora da
montagem final;
▪ Após retirar a embalagem, deve-se fazer uma ATENÇÃO
completa inspeção visual do motor; As resistências de aquecimento devem
▪ O sistema de travamento do eixo deve ser removido permanecer ligadas durante a armazenagem
somente pouco antes da instalação e armazenado para evitar a condensação de água no
para ser utilizado em um futuro transporte do motor. interior do motor.
Qualquer dano na pintura ou nas proteções
3.2 MANUSEIO contra ferrugens das partes usinadas
▪ O manuseio do motor deve ser feito conforme deverão ser retocadas.
indicado nas posições 2 e 3 da Figura 3.1;
▪ Se necessário, retirar o trocador de calor para 3.3.1 Armazenagem externa
levantar o motor;
▪ Caso o centro de gravidade não esteja perfeitamente O motor deve ser armazenado em local seco, livre de
no centro dos olhais de suspensão, utilizar uma das inundações e de vibrações.
formas mostradas no item 3 da Figura 3.1 Reparar todos os danos na embalagem antes de
armazenar o motor, o que é necessário para assegurar
condições apropriadas de armazenamento.
Posicionar o motor sobre estrados ou fundações que
garantam a proteção contra a umidade da terra e que
impeçam que o mesmo afunde no solo. Deve ser
assegurada uma livre circulação de ar por baixo do motor.
A cobertura utilizada para proteger o motor contra
intempéries não deve fazer contato com as superfícies do
mesmo. Para assegurar a livre circulação de ar entre o
motor e a cobertura, colocar blocos de madeira como
espaçadores.

Figura 3.1: Manuseio de motores


3.3.2 Armazenagem prolongada ▪ Temperatura ambiente entre 5 °C e 50 °C, não devendo
apresentar variação súbita de temperatura;
Quando o motor fica armazenado por um longo período ▪ Umidade relativa do ar <50%;
(dois meses ou mais) antes da colocação em operação, ▪ Possuir prevenção contra sujeira e depósitos de pó.
ele fica exposto a influências externas, como flutuações ▪ O motor deve ser armazenado sobre uma base metálica
de temperatura, umidade, agentes agressivos etc. adequada que impeça a absorção de umidade
Os espaços vazios no interior do motor, como dos proveniente do piso.
rolamentos, caixa de ligação e enrolamentos, ficam Caso algum destes requisitos não seja atendido no local da
expostos à umidade do ar, que se pode condensar e, armazenagem, a WEG sugere que proteções adicionais
dependendo do tipo e do grau de contaminação do ar, sejam incorporadas na embalagem do motor durante o
também substâncias agressivas podem penetrar nestes período de armazenagem, conforme segue:
espaços vazios. ▪ Caixa de madeira fechada ou similar com instalação
Como consequência, após períodos prolongados de elétrica que permita que as resistências de aquecimento
armazenagem, a resistência de isolamento dos possam ser energizadas;
enrolamentos pode cair a valores abaixo dos ▪ Caso exista risco de infestação e formação de fungos, a
admissíveis, componentes internos como rolamentos embalagem deve ser protegida no local de
podem oxidar e o poder de lubrificação do agente armazenamento, borrifando-a ou pintando-a com
lubrificante nos mancais pode ser afetado adversamente. agentes químicos apropriados;
Todas estas influências aumentam o risco de dano antes ▪ A preparação da embalagem deve ser feita com cuidado
da partida do motor. por uma pessoa experiente.

3.3.2.1.2 Armazenagem externa


ATENÇÃO
Para que a garantia do motor tenha validade, ATENÇÃO
deve-se assegurar que todas as medidas
preventivas descritas neste manual, como Não é recomendada a armazenagem
aspectos construtivos, manutenção, externa do motor (ao tempo).
embalagem, armazenagem e inspeções
periódicas, sejam seguidas e registradas. Caso a armazenagem externa não puder ser evitada, o
motor deve estar acondicionado em embalagem específica
As instruções de armazenagem prolongada são válidas para esta condição, conforme segue:
para motores que permanecem armazenados por longos ▪ Para armazenagem externa (ao tempo), além da
períodos (dois meses ou mais) antes de serem embalagem recomendada para armazenagem interna, a
colocados em operação ou para motores já instalados e embalagem deve ser coberta com uma proteção contra
que estejam em parada prolongada, considerando o poeira, umidade e outros materiais estranhos, utilizando
mesmo período. para esta finalidade uma lona ou plástico resistente;
▪ Posicionar a embalagem sobre estrados ou fundações
3.3.2.1 Local de armazenagem que garantam a proteção contra a umidade da terra e
Para assegurar as melhores condições de armazenagem que impeçam que a mesma afunde no solo;
do motor durante longos períodos, o local escolhido deve ▪ Depois que a embalagem estiver coberta, um abrigo
obedecer rigorosamente aos critérios descritos nos itens deve ser erguido para proteger a mesma contra chuva
3.3.2.1.1 e 3.3.2.1.2. direta, neve e calor excessivo do sol.

3.3.2.1.1 Armazenagem interna ATENÇÃO


Para assegurar melhores condições de armazenagem do Caso o motor permaneça armazenado por
motor, o local de armazenagem deve obedecer longos períodos (dois meses ou mais),
rigorosamente aos critérios descritos a seguir: recomenda-se inspecionar regularmente
▪ O ambiente deve ser fechado, coberto, seco, livre de conforme especificado no item 3.3.3.12
contaminantes no ar (umidade, vapor, poeira, partículas deste manual.
e fumos agressivos) e livre de inundações;
▪ O local deve estar protegido contra variações súbitas de
temperatura, umidade, roedores e insetos; 3.3.2.2 Peças separadas
▪ Local isento de vibrações, para não causar danos aos ▪ Caso tenham sido fornecidas peças desmontadas do
mancais do motor; motor (caixa de ligação, trocador de calor, tampa, etc.),
▪ O piso deve ser de concreto nivelado com estrutura estas peças deverão ser montadas no motor para
resistente para suportar o peso do motor; armazená-lo.
▪ Possuir sistema de detecção e extinção de incêndio; ▪ As peças sobressalentes para reposição devem ser
▪ Estar provido de eletricidade para alimentação das armazenadas em local adequado, conforme
resistências de aquecimento com sistema de detecção especificado nos itens 3.3.2.1.1 e 3.3.2.1.2 deste
de falha de alimentação; manual;
▪ Ambiente exclusivo para armazenagem de máquinas ▪ A umidade relativa do ar dentro da embalagem não
elétricas (não misturar com outros equipamentos e/ou deverá exceder 50%;
produtos que venham prejudicar o correto ▪ Rolamentos não devem ser submetidos a pancadas,
armazenamento do motor); quedas, armazenagem com vibração ou umidade, pois
▪ Local com facilidades de serviços de movimentação de podem provocar marcas nas pistas internas ou nas
cargas, adequado para possibilitar a movimentação e esferas, reduzindo sua vida útil.
retirada do motor;
▪ Não pode haver a presença de gases corrosivos, como
cloro, dióxido de enxofre ou ácidos;
▪ O ambiente deve possuir sistema de ventilação com
filtro de ar;
3.3.3 Preservação do motor durante a 3.3.3.5.2 Mancal de rolamento lubrificado a
armazenagem óleo
3.3.3.1 Resistência de aquecimento ▪ Dependendo da posição de montagem do motor e
do tipo de lubrificação, o motor pode ser
As resistências de aquecimento devem permanecer transportado com ou sem óleo nos mancais;
energizadas durante todo o período de armazenagem do ▪ A armazenagem do motor deve ser feita na sua
motor, para evitar a condensação da umidade no seu posição original de funcionamento e com óleo nos
interior e assegurar que a resistência de isolamento dos mancais, quando especificado;
enrolamentos permaneça em níveis aceitáveis. ▪ O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo
O circuito de acionamento das resistências de aquecimento na metade do visor de nível.
deve ser exclusivo e deve-se executar e registrar
mensalmente as leituras de tensão e corrente elétrica
deste circuito. ATENÇÃO
Recomenda-se que seja instalado um sinalizador junto ao Para conservar os mancais em boas
motor para indicar que as resistências estão energizadas. condições durante o período de
armazenagem, a cada dois meses deve-
3.3.3.2 Resistência de isolamento se remover o dispositivo de trava do
eixo e girar o rotor do motor no mínimo
Durante o período de armazenagem, a resistência de
10 voltas completas a uma rotação de
isolamento dos enrolamentos do motor deve ser medida
30 rpm para circular o óleo e conservar as
e registrada a cada dois meses e antes da instalação do
partes internas dos mancais.
motor ou, eventualmente, caso ocorra alguma alteração no
processo de preservação (por exemplo, falta prolongada de
energia elétrica). ▪ Antes de colocar o motor em operação, os rolamentos
Os procedimentos de medição e os critérios de aceitação devem ser relubrificados;
dos resultados deverão ser conforme norma IEEE-43. ▪ Caso o motor permanecer armazenado por um
Eventuais quedas do valor da resistência de isolamento período superior a 2 anos, os mancais deverão ser
devem ser investigadas. desmontados, lavados, inspecionados relubrificados.
3.3.3.3 Superfícies usinadas expostas 3.3.3.5.3 Mancal de deslizamento
Todas as superfícies usinadas expostas (por exemplo, Dependendo da posição de montagem da máquina e do
ponta de eixo e flanges) são protegidas na fábrica com tipo de lubrificação, a máquina pode ser transportada
um agente protetor temporário (inibidor de ferrugem). com ou sem óleo nos mancais.
Esta película protetora deve ser reaplicada pelo menos A armazenagem da máquina deve ser feita na sua
a cada seis meses ou quando for removida e/ou posição original de funcionamento e com óleo nos
danificada. mancais, quando especificado.
Produto Recomendado: Óleo protetivo Anticorit BW O nível do óleo dos mancais deve ser respeitado,
Fornecedor: Fuchs permanecendo na metade do visor de nível.
Para conservar os mancais em boas condições durante o
3.3.3.4 Vedações período de armazenagem, os seguintes procedimentos de
As borrachas de vedação, juntas, bujões e prensa-cabos preservação devem ser executados:
do motor, deverão ser inspecionados anualmente e ▪ Fechar todos os furos roscados com plugues;
substituídos, se necessário. ▪ Verificar se todos os flanges (ex.: entrada e saída de
óleo) estão fechados. Caso não estejam, devem ser
3.3.3.5 Mancais fechados com tampas cegas;
▪ O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na
3.3.3.5.1 Mancal de rolamento lubrificado a metade do visor de nível;
graxa A cada dois meses deve-se remover o dispositivo de trava
do eixo, adicionar entre 100 e 200ml de óleo de lubrificação
▪ Os rolamentos são lubrificados na fábrica para pelo visor na parte superior do mancal e realizar o giro do
realização dos ensaios no motor; eixo que pode ser manualmente com o auxílio de uma
alavanca, sendo que duas ou três voltas completas são
suficientes.
ATENÇÃO
Para conservar os mancais em boas NOTAS
condições durante o período de
armazenagem, a cada dois meses deve- Para mancais que possuem sistema de
se remover o dispositivo de trava do injeção de óleo com alta pressão (jacking),
eixo e girar o rotor do motor no mínimo este sistema deve ser acionado para efetuar
10 voltas completas a uma rotação de o giro do rotor da máquina. Para mancais
30 rpm para circular a graxa e conservar sem depósito interno de óleo (cárter seco), e
as partes internas dos mancais. para mancais de escora e contra escora, o
sistema de circulação de óleo deve ser
acionado para efetuar o giro do eixo da
▪ Antes de colocar o motor em operação, os rolamentos máquina. O giro do eixo deve ser feito
devem ser relubrificados; sempre no sentido de rotação da máquina.
▪ Caso o motor permanecer armazenado por um
período superior a 2 anos, os rolamentos deverão ser
desmontados, lavados, inspecionados e Após 6 meses de armazenagem, para proteger o mancal
relubrificados. internamente e as superfícies de contato contra corrosão,
deve utilizar o seguinte procedimento:
▪ Fechar todos os furos roscados com plugues; radiador devem ser substituídas a cada de 3 anos,
▪ Selar os interstícios entre o eixo e o selo do mancal no conforme recomendação do fornecedor dos radiadores.
eixo com fita adesiva à prova d’água;
▪ Verificar se todos os flanges (ex.: entrada e saída de
ATENÇÃO
óleo) estão fechados. Caso não estejam, devem ser
fechados com tampas cegas; O radiador pressurizado deve ser
▪ Retirar o visor superior do mancal e aplicar o spray manuseados com o devido cuidado. Utilizar
anticorrosivo (TECTYL 511 ou equivalente) no interior do placa de advertência informando que o
mancal; equipamento está pressurizado e que não
▪ Fechar o mancal com o visor superior. deve ser exposto a temperaturas
superiores a 50ºC.
NOTA
Caso o mancal não possua visor superior, a NOTA
tampa superior do mancal deverá ser
desmontada para aplicação do anticorrosivo. Durante curtas paradas de operação, é
preferível manter a circulação da água a
baixas velocidades do que interromper a
Repetir o procedimento descrito acima a cada 6 meses de sua circulação pelo trocador de calor sem
armazenagem. sua drenagem, assegurando assim que
Caso o motor permanecer armazenado por um período produtos nocivos como compostos de
superior a 2 anos, deve-se fazer a troca de óleo dos amônia e sulfeto de hidrogênio sejam
mancais. carregados para fora do radiador e não se
depositem em seu interior.
3.3.3.6 Caixas de ligação
Quando a resistência de isolamento dos enrolamentos do 3.3.3.8 Limpeza e conservação do motor
motor for medida, deve-se inspecionar também a caixa de durante a armazenagem
ligação principal e as demais caixas de ligação,
observando os seguintes aspectos: ▪ O motor deve estar livre de óleo, água, poeira e sujeira.
▪ O interior deve estar seco, limpo e livre de qualquer ▪ A parte externa do motor deve ser limpa com ar
deposição de poeira; comprimido com pressão reduzida.
▪ Os elementos de contato não podem apresentar ▪ Remover os sinais de ferrugem removíveis com um
corrosão; pano limpo embebido em solvente de petróleo.
▪ As vedações devem estar em condições apropriadas; ▪ Verificar se os mancais e cavidades de lubrificação
▪ As entradas dos cabos devem estar corretamente estão livres de poeira e sujeira e se os plugs dos
seladas. mancais estão devidamente apertados.
Riscos, marcas ou ferrugem na ponta de eixo devem ser
removidos com cuidado.
ATENÇÃO
Se algum destes itens não estiver em 3.3.3.9 Inspeções e registros durante a
conformidade, deve-se fazer uma limpeza ou armazenagem
reposição de peças.
O motor armazenado deve ser inspecionado
periodicamente e os registros de inspeção devem ser
3.3.3.7 Trocador de calor ar-água arquivados. Os seguintes pontos devem ser
inspecionados:
Para garantir melhores condições de armazenamento
1. Verificar se há danos físicos no motor e repará-los,
do radiador durante longos períodos, é necessário
se necessário;
atender rigorosamente os critérios descritos a seguir:
2. Inspeção das condições de limpeza;
▪ Remover os flanges de alimentação do radiador para ter
3. Verificar se há sinais de condensação de água no
acesso ao mesmo;
interior do motor;
▪ Drenar completamente a água de dentro dos tubos e
4. Verificar as condições do revestimento protetivo das
cabeçotes do radiador;
partes usinadas expostas;
▪ Soprar ar quente em um dos bocais de 15 a 20 minutos,
5. Verificas as condições da pintura e reparar, se
a fim de eliminar a umidade no interior do radiador. Para
necessário;
este procedimento, os tubos do radiador devem estar na
6. Verificar se há sinais de agentes agressivos;
posição horizontal e os flanges de entrada e saída de
7. Verificar a operação das resistências de
água colocados de tal maneira que a água seja
aquecimento.
totalmente eliminada;
8. Medir e registrar a temperatura ambiente e umidade
▪ Após a secagem, os flanges devem ser fechados ou
relativa ao redor do motor;
cobertos com placas cegas com juntas de vedação, a
9. Medir e registrar a temperatura, a resistência de
fim de garantir uma perfeita vedação;
isolamento e o índice de polarização do enrolamento
▪ Instalar um manômetro em um dos flanges e no outro
do estator;
uma válvula tipo globo.
10. Certificar-se de que o local de armazenagem esteja
▪ Pressurizar o resfriador com gás inerte (Nitrogênio ou
de acordo com os critérios descritos no item 3.3.2.1.
outro) à uma pressão de 1,2 bar abs;
▪ Esta pressão deverá ser verificada mensalmente,
durante a fase de armazenamento do resfriador, que
não deve ser exposto a temperaturas superiores a 50°C;
▪ Considerando-se que o procedimento de armazenagem
seja devidamente seguido, as juntas de vedação do
3.3.3.11 Manutenção preditiva / preventiva
A WEG recomenda que, a cada 3 anos de
armazenagem, o motor armazenado seja enviado para
um Assistente Técnico Autorizado da WEG Energia ou
para a própria fábrica da WEG Energia, com o objetivo
de realizar uma manutenção preditiva completa.
O procedimento completo de manutenção preditiva
compreende em desmontar o motor completo para
inspeção e, após a montagem, realizar um ensaio de
rotina no laboratório.
3.3.3.12 Plano de manutenção durante a armazenagem

Durante o período de armazenagem, a manutenção do motor deverá ser executada e registrada de acordo com o plano
descrito na Tabela 3.1.

Tabela 3.1: Plano de armazenagem


Antes de
2 6 2
Mensal entrar em Notas
meses meses anos
operação
LOCAL DE ARMAZENAGEM
Inspecionar as condições de limpeza X X
Inspecionar as condições de umidade e
X
temperatura
Verificar sinais de infestações de insetos X
EMBALAGEM
Inspecionar danos físicos X
Inspecionar a umidade relativa no interior X
Trocar o desumidificador na embalagem (se
X Quando necessário
houver)
RESISTÊNCIA DE AQUECIMENTO
Verificar as condições de operação X
Medir a tensão e corrente do circuito X
Verificar o funcionamento do sistema de
X
sinalização (se houver)
MOTOR COMPLETO
Realizar limpeza externa X X
Verificar as condições da pintura X
Verificar o inibidor de oxidação nas partes
X
usinadas expostas
Repor o inibidor de oxidação X
Inspecionar borrachas e juntas de vedação X
Manutenção preditiva completa Conforme item 3.3.3.10
ENROLAMENTOS
Medir a temperatura dos enrolamentos X X
Medir a resistência de isolamento X X
Medir o índice de polarização X X
CAIXA DE LIGAÇÃO E TERMINAIS DE ATERRAMENTO
Limpar o interior das caixas de ligação X X
Inspecionar os selos e vedações X X
MANCAIS DE ROLAMENTO
Girar o eixo X
Relubrificar o mancal X
Se o período de armazenagem
Desmontar e limpar o mancal
for superior a 2 anos
MANCAIS DE DESLIZAMENTO
Girar o eixo X 10 voltas completas a 30 rpm
Aplicar anticorrosivo X
Limpar os mancais X
Se o período de armazenagem
Trocar o óleo
for superior a 2 anos
3.3.4 Preparação para entrada em operação
3.3.4.1 Limpeza
▪ O interior e o exterior do motor devem estar livres de
óleo, água, pó e sujeira;
▪ Remover o inibidor de ferrugem das superfícies
expostas com um pano embebido em solvente à base
de petróleo;
▪ Certificar-se que os mancais e cavidades utilizadas
para lubrificação estejam livres de sujeira e que os
plugues das cavidades estejam corretamente selados
e apertados.
▪ Oxidações e marcas nos assentos dos mancais e
eixo devem ser cuidadosamente removidas.

3.3.4.2 Inspeção dos mancais

ATENÇÃO
Se o período de armazenagem do motor
ultrapassar 6 meses, os mancais de
deslizamento devem ser desmontados,
inspecionados e limpos, antes de colocar o
motor em operação.
Os mancais de deslizamento sem depósito
de óleo (cárter seco), independente do
tempo de armazenagem do motor, devem
necessariamente ser desmontados,
inspecionados e limpos antes de colocar o
motor em operação.
Montar novamente os mancais de
deslizamento e proceder a lubrificação.
Consultar a WEG para realização deste
procedimento.

3.3.4.3 Lubrificação dos mancais


Utilizar o lubrificante especificado para lubrificação dos
mancais. As informações sobre os mancais e
lubrificantes estão indicados na placa de identificação
dos mancais e a lubrificação deve ser feita conforme
descrito no item 7.8 deste manual, considerando sempre
o tipo de mancal utilizado.

3.3.4.4 Verificação da resistência de


isolamento
Antes de colocar o motor em operação, deve-se medir a
resistência de isolamento, conforme item 3.3.3.2 deste
manual.

3.3.4.5 Trocador de calor ar-água


▪ Quando da entrada em operação do motor, deve-se
assegurar que a água circule livremente através do
radiador;
▪ Os parafusos do radiador devem ser apertados com
torques de 40 a 50Nm;
▪ Certificar-se de que não tem vazamento de água.
Verificar as juntas de vedação do radiador e substituí-
las, se necessário;
▪ Verificar as borrachas de vedação do trocador de
calor e substituí-las, se necessário.

3.3.4.6 Outros
Siga os demais procedimentos descritos no item 6 deste
manual antes de colocar o motor em operação.
4 INSTALAÇÃO
4.1 LOCAL DE INSTALAÇÃO 4.4.2 Considerações gerais
Os motores devem ser instalados em locais de fácil Quando não é colocado imediatamente em operação, o
acesso, que permitam a realização de inspeções motor deve ser protegido contra umidade, temperatura
periódicas, de manutenções locais e, se necessário, a elevada e sujeira, evitando assim que a resistência de
remoção dos mesmos para serviços externos. isolamento seja afetada.
As seguintes características ambientais devem ser A resistência de isolamento do enrolamento deve ser
asseguradas: medida antes de colocar o motor em operação.
▪ Local limpo e bem ventilado; Se o ambiente for muito úmido, a resistência de
▪ Instalação de outros equipamentos ou paredes não isolamento deve ser medida em intervalos periódicos
deve dificultar ou obstruir a ventilação do motor; durante a armazenagem. É difícil estabelecer regras
▪ O espaço ao redor e acima do motor deve ser fixas para o valor real da resistência de isolamento dos
suficiente para manutenção ou manuseio do mesmo; enrolamentos, uma vez que ela varia com as condições
▪ O ambiente deve estar de acordo com o grau de ambientais (temperatura, umidade), condições de
proteção do motor. limpeza do motor (pó, óleo, graxa, sujeira) e com a
qualidade e condições do material isolante utilizado.
4.2 TRAVA DO EIXO A avaliação dos registros periódicos de
acompanhamento é útil para concluir se o motor está
O motor é fornecido com uma trava no eixo para evitar apto a operar.
danos aos mancais durante o transporte. Esta trava
deve ser retirada antes da instalação do motor. 4.4.3 Medição nos enrolamentos do estator
A resistência de isolamento deve ser medida com um
ATENÇÃO megôhmetro. A tensão do teste para os enrolamentos
O dispositivo de travamento do eixo deve dos motores deve ser conforme Tabela 4.1 e conforme a
ser instalado sempre que o motor for norma IEEE43.
removido da sua base (desacoplado) para Tabela 4.1: Tensão para teste de resistência de isolamento dos
evitar que os mancais sofram danos enrolamentos
durante o transporte. Tensão nominal do Teste de resistência de
A ponta de eixo é protegida na fábrica com enrolamento (V) isolamento - tensão contínua (V)
um agente protetor temporário (inibidor de < 1000 500
ferrugem). Durante a instalação do motor, 1000 - 2500 500 - 1000
deve-se remover este produto na área da 2501 - 5000 1000 - 2500
pista de contato da escova de aterramento 5001 - 12000 2500 - 5000
(se houver) com o eixo. > 12000 5000 - 10000

Antes de fazer a medição da resistência de isolamento


4.3 SENTIDO DE ROTAÇÃO no enrolamento do estator:
▪ Desligar todas as ligações com os terminais do
O sentido de rotação do motor é indicado por uma placa estator;
fixada na carcaça no lado acionado e na documentação ▪ Desconectar e isolar todos os TC’s e TP’s (se
específica do motor. houver);
▪ Aterrar a carcaça do motor;
ATENÇÃO ▪ Medir a temperatura do enrolamento;
▪ Aterrar todos os sensores de temperatura;
Motores fornecidos com sentido único de ▪ Verificar a umidade.
rotação não devem operar no sentido A medição da resistência de isolamento dos
contrário ao especificado. enrolamentos do estator deve ser feita na caixa de
Para operar o motor na rotação contrária ligação principal.
ao especificado, consultar a WEG. O medidor (megôhmetro) deve ser conectado entre a
carcaça do motor e o enrolamento.
4.4 RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO A carcaça deve ser aterrada e as três fases do
enrolamento do estator devem permanecer conectadas
4.4.1 Instruções de segurança no ponto neutro, conforme Figura 4.1.

PERIGO
Para fazer a medição da resistência de
isolamento, o motor deve estar desligado M M
e parado.
O enrolamento em teste deve ser
conectado à carcaça e aterrado até
remover a carga eletrostática residual.
Aterrar também os capacitores (se Figura 4.1: Conexão de megôhmetro
houver) antes de desconectar e separar
os terminais e medir a resistência de Quando possível, cada fase deve ser isolada e testada
isolamento. separadamente. O teste separado permite a
A não observação destes procedimentos comparação entre as fases. Quando uma fase é
pode resultar em danos pessoais. testada, as outras duas fases devem ser aterradas no
mesmo aterramento da carcaça, conforme Figura 4.2.
M

Figura 4.2: Conexão do megôhmetro em fases separadas

Se a medição total do enrolamento apresentar um valor


abaixo do recomendado, as conexões do neutro devem
ser abertas e a resistência de isolamento de cada fase Figura 4.3: Fator de correção da resistência de isolamento em
deve ser medida separadamente. função da temperatura

Os valores utilizados para gerar a curva da Figura 4.3


ATENÇÃO são mostrados na Tabela 4.2.
Com motores em operação durante muito Tabela 4.2: Fatores de correção (Kt) em função da temperatura
tempo podem ser obtidos frequentemente t (ºC) Fator de correção (Kt)
valores muito maiores. A comparação com 10 0,7
valores obtidos em ensaios anteriores com 20 0,8
o mesmo motor, em condições similares de 30 0,9
carga, temperatura e umidade, pode 40 1,0
auxiliar na avaliação das condições de 50 1,5
isolação do enrolamento do que apenas 60 2,3
basear-se apenas no valor obtido num 70 3,3
único ensaio. Reduções muito grandes ou 80 4,6
bruscas são consideradas suspeitas.
4.4.6 Índice de polarização (I.P.)
4.4.4 Informações adicionais O índice de polarização é definido pela relação entre a
resistência de isolamento medida em 10 minutos e a
resistência de isolamento medida em 1 minuto, medição
ATENÇÃO sempre feita em uma temperatura relativamente
Após a medição da resistência de constante.
isolamento, aterrar o enrolamento testado O índice de polarização permite avaliar as condições do
para descarregá-lo. isolamento do motor.
A tensão do teste para medir a resistência
de isolamento da resistência de PERIGO
aquecimento deve ser 500 Vcc e para os
demais acessórios 100 Vcc. Para evitar acidentes, deve-se aterrar o
Não é recomendado medir resistência de enrolamento imediatamente após a
isolamento de protetores térmicos. medição da resistência de isolamento.

4.4.5 Conversão dos valores medidos 4.4.7 Valores mínimos recomendados

A resistência de isolamento medida nos enrolamentos Conforme a norma IEEE-43 os valores mínimos
deve ser convertida para 40°C, utilizando o fator de recomendados para resistência de isolamento (R.I.) e
correção fornecido na Figura 4.3 (norma IEEE43) e Índice de Polarização (I.P.) dos enrolamentos são
aplicando na seguinte fórmula: mostrados na Tabela 4.3:
Tabela 4.3: Valores mínimos de R.I. e I.P.
RC = Kt . Rt Tensão do R.I. mínima I.P.
Enrolamento (referida a 40ºC) mínimo
Onde:
Até 1000 V 5 MΩ Não se aplica
R40 = resistência de isolamento referida a 40ºC
Maior que 1000 V 100 MΩ 2
Kt= Fator de correção da resistência de isolamento em
função da temperatura, conforme Figura 4.3,
Rt= resistência de isolamento medida.
4.5 PROTEÇÕES 4.5.1.2 Temperaturas para alarme e
desligamento
Motores utilizados em regime contínuo devem ser
protegidos contra sobrecargas por meio de um dispositivo As temperaturas de alarme e o desligamento do motor
integrante do motor ou um dispositivo de proteção devem ser parametrizadas no valor mais baixo possível.
independente, que geralmente é um relé térmico com Estas temperaturas podem ser determinadas com base
corrente nominal ou de ajuste igual ou inferior ao valor nos testes de fabrica ou através da temperatura de
obtido multiplicando-se a corrente nominal da alimentação operação do motor. A temperatura de alarme pode ser
à plena carga do motor por: ajustada em 10ºC acima da temperatura de operação da
▪ 1,25 para motores com fator de serviço igual ou superior máquina em plena carga, considerando sempre a maior
a 1,15; temperatura ambiente do local.
▪ 1,15 para motores com fator de serviço igual a 1,0.
Os motores ainda possuem dispositivos de proteção contra
sobre-elevação de temperatura (para casos de ATENÇÃO
sobrecargas, travamento do motor, baixa tensão, falta de Os valores de alarme e desligamento podem
ventilação do motor). ser definidos em função da experiência,
porém não devem ultrapassar aos valores
4.5.1 Proteções térmicas máximos indicados no esquema de ligação
do motor.
Os dispositivos de proteção contra sobre-elevação de
temperatura são instalados no estator principal, nos
mancais e demais componentes que necessitam de
monitoramento da temperatura e proteção térmica. ATENÇÃO
Estes dispositivos devem ser ligados a um sistema externo Os dispositivos de proteção do motor estão
de monitoramento de temperatura e proteção. relacionados no desenho WEG - esquema
O tipo de sensor de temperatura, os terminais de ligação e de ligação.
as temperaturas de ajuste para alarme e desligamento são A não utilização destes dispositivos é de total
informadas no ESQUEMA DE LIGAÇÃO do motor. responsabilidade do usuário e, em caso de
danos ao motor, acarretará na perda de
4.5.1.1 Limites de temperatura para os garantia.
enrolamentos
A temperatura do ponto mais quente do enrolamento deve
ser mantida abaixo do limite da classe térmica do
isolamento. A temperatura total é composta pela soma da
temperatura ambiente com a elevação de temperatura (T),
mais a diferença que existe entre a temperatura média do
enrolamento e o ponto mais quente do enrolamento.
A temperatura ambiente não deve exceder a 40 °C,
conforme a norma NBR IEC60034-1. Acima dessa
temperatura, as condições de trabalho são consideradas
especiais e a documentação específica do motor deve ser
consultada.
A Tabela 4.4 mostra os valores numéricos e a composição
da temperatura admissível do ponto mais quente do
enrolamento.
Tabela 4.4: Classe de isolamento
Classe de isolamento B F H
Temperatura ambiente °C 40 40 40
T = elevação de temperatura (método de
medição da temperatura pela variação da °C 80 105 125
resistência)
Diferença entre o ponto mais quente e a
°C 10 10 15
temperatura média
Total: temperatura do ponto mais quente °C 130 155 180

ATENÇÃO
Caso o motor opere com temperaturas no
enrolamento acima dos valores limites da
classe térmica do isolamento, a vida útil do
isolamento e, consequentemente, a do motor,
será reduzida significativamente ou até
mesmo pode resultar na queima do motor.
4.5.1.3 Temperatura e resistência ôhmica das termorresistências Pt100

A Tabela 4.5 mostra os valores de temperatura em função da resistência ôhmica medida para as termorresistências tipo
Pt 100.
 

Tabela 4.5: Temperatura X Resistência (Pt100)


ºC 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 100.00 100.39 100.78 101.17 101.56 101.95 102.34 102.73 103.12 103.51
10 103.90 104.29 104.68 105.07 105.46 105.95 106.24 106.63 107.02 107.40
20 107.79 108.18 108.57 108.96 109.35 109.73 110.12 110.51 110.90 111.28
30 111.67 112.06 112.45 112.83 113.22 113.61 113.99 114.38 114.77 115.15
40 115.54 115.93 116.31 116.70 117.08 117.47 117.85 118.24 118.62 119.01
50 119.40 119.78 120.16 120.55 120.93 121.32 121.70 122.09 122.47 122.86
60 123.24 123.62 124.01 124.39 124.77 125.16 125.54 125.92 126.31 126.69
70 127.07 127.45 127.84 128.22 128.60 128.98 129.37 129.75 130.13 130.51
80 130.89 131.27 131.66 132.04 132.42 132.80 133.18 133.56 133.94 134.32
90 134.70 135.08 135.46 135.84 136.22 136.60 136.98 137.36 137.74 138.12
100 138.50 138.88 139.26 139.64 140.02 140.39 140.77 141.15 141.53 141.91
110 142.29 142.66 143.04 143.42 143.80 144.17 144.55 144.93 145.31 145.68
120 146.06 146.44 146.81 147.19 147.57 147.94 148.32 148.70 149.07 149.45
130 149.82 150.20 150.57 150.95 151.33 151.70 152.08 152.45 152.83 153.20
140 153.58 153.95 154.32 154.70 155.07 155.45 155.82 156.19 156.57 156.94
150 157.31 157.69 158.06 158.43 158.81 159.18 159.55 159.93 160.30 160.67

4.5.1.4 Resistência de aquecimento 4.6 REFRIGERAÇÃO


Quando o motor está equipado com resistência de Apenas uma correta instalação do motor e do sistema
aquecimento para impedir a condensação de água em de refrigeração pode garantir seu funcionamento
seu interior durante longos períodos fora de operação, contínuo e sem sobreaquecimentos.
deve-se assegurar que a mesma seja ligada logo após
o desligamento do motor e que seja desligada antes do
motor entrar em operação. ATENÇÃO
Os valores da tensão de alimentação e da potência da
Os dispositivos de proteção do sistema de
resistência de aquecimento são informados no
refrigeração (se houverem) devem ser
esquema de ligação e na placa específica fixada no
monitorados periodicamente.
motor.
As entradas e saídas de ar e/ou de água
(se houverem)não devem ser obstruídas,
4.5.2 Sensor de vazamento de água
pois podem causar sobreaquecimento e
até mesmo levar à queima do motor. Para
Motores com trocador de calor ar-água são providos de
maiores detalhes consultar o desenho
sensor de vazamento de água que serve para detectar
dimensional do motor.
eventual vazamento de água do radiador para o interior
do motor. Este sensor deve ser ligado ao painel de
controle, conforme esquema de ligação do motor. O
sinal deste sensor deve ser utilizado para acionar o
alarme.
Quando esta proteção atuar, deve ser feita uma
inspeção no trocador de calor e, caso seja constatado
vazamento de água no radiador, o motor deve ser
desligado e o problema corrigido.
4.6.1 Motores fechados

MGF MGD

Trocador de calor Autoventilado,


ar-ar, entrada e saída de
autoventilado ar por dutos

Recinto contaminado
Recinto não contaminado
Recinto não contaminado

MGT
MGW
Ventilação
Trocador de calor
independente,
ar-água,
entrada e saída de
autoventilado
ar por dutos
Recinto contaminado
Recinto não contaminado
Recinto não contaminado

MGL MGR

Trocador de calor Autoventilado, com


ar-água, com trocador de calor
ventilação ar-ar em volta do
independente motor.

MGI

Trocador de calor
ar-ar, com
ventilação
independente

4.6.2 Motores abertos

MGV
MGA ou MGP
Ventilação
Autoventilado independente

Ar quente
Ar frio
Ar frio
4.6.3 Refrigeração por trocador de calor ar- 4.6.4 Refrigeração por ventilação
água independente
Nos motores com trocador de calor ar-água, o ar Os ventiladores independentes são acionados por
interno, em circuito fechado é resfriado pelo radiador, motores assíncronos trifásicos, cuja caixa de ligação é
que é um transmissor de calor de superfície, projetado parte integrante dos mesmos. Os dados característicos
para dissipar calor. destes motores (frequência, tensão etc.) são mostrados
na sua placa de identificação e o sentido de rotação é
Como fluido de resfriamento deve ser utilizada água indicado por uma placa fixada na carcaça do ventilador
limpa com as seguintes características: ou próximo dele.
▪ pH: entre 6 e 9;
▪ Cloretos: máximo 25,0 mg/l;
▪ Sulfatos: máximo 3,0 mg/l; NOTA
▪ Manganês: máximo 0,5 mg/l; Deve-se verificar o sentido de rotação dos
▪ Sólidos em suspensão: máximo 30,0 mg/l; motores de ventilação independente antes
▪ Amônia: sem traços. de ligar o motor.
Se o sentido de rotação estiver contrário
ATENÇÃO ao especificado, inverta a conexão de 2
fases de alimentação dos mesmos.
Os dados dos radiadores que compõem o
trocador de calor ar-água são indicados na
placa de identificação dos mesmos e no Os filtros de ar (se houver) que protegem o interior do
desenho dimensional do motor. motor contra a entrada de sujeira e devem ser
Estes dados devem ser observados para o inspecionados regularmente, conforme o item “Plano
correto funcionamento do sistema de de Manutenção” deste manual. Os filtros devem estar
refrigeração do motor e assim evitar em perfeitas condições para assegurar a correta
sobreaquecimento. operação do sistema de refrigeração e garantir uma
proteção permanente das partes internas sensíveis do
motor.
4.6.3.1 Radiadores para aplicação com água
do mar 4.6.5 Limpeza do trocador de calor ar / ar

Algum entupimento da superfície de resfriamento e da


ATENÇÃO parede do tubo eventualmente ocorrer. Essa
No caso de radiadores para aplicação com incrustação reduz a capacidade de resfriamento. O
água do mar, os materiais em contato com trocador de calor
a água (tubos e espelhos) devem ser deve, portanto, ser limpo em intervalos regulares, a ser
resistentes à corrosão. Além disso, os determinado a partir de caso a caso, dependendo das
radiadores podem ser equipados com propriedades do ar de refrigeração.
anodos de sacrifício (por exemplo: de zinco Durante o período inicial de operação, o trocador de
ou magnésio), conforme mostrado na calor deve ser inspecionados com frequência.
Figura 4.4, os quais são corroídos durante Limpe o trocador de calor com ar comprimido ou limpe-
a operação do trocador de calor, o com um escova adequada. Não use uma escova de
protegendo os cabeçotes do radiador. aço em tubos de alumínio, pois pode danificar os tubos;
Para manter a integridade dos cabeçotes uma escova de arame redondo de latão macio pode
do radiador, estes anodos devem ser ser usada.
substituídos periodicamente, sempre
considerando o grau de corrosão
apresentado.

Figura 4.4: Radiador com anodos de sacrifício

NOTA
O tipo, a quantidade e a posição dos
anodos de sacrifício podem variar
conforme a aplicação.
4.7 ASPECTOS ELÉTRICOS 4.7.1.2 Aterramento

4.7.1 Conexões elétricas A carcaça do motor e a caixa de ligação principal


devem ser aterradas antes de conectar o motor ao
sistema de alimentação.
ATENÇÃO Conectar o revestimento metálico dos cabos (se
Analisar cuidadosamente o ESQUEMA DE houver) ao condutor de aterramento comum. Cortar o
LIGAÇÃO fornecido com o motor antes de condutor de aterramento no comprimento adequado e
iniciar a conexão dos cabos de ligação ligar ao terminal existente na caixa de ligação e/ou o
principais e dos acessórios. Para a existente na carcaça.
conexão elétrica dos equipamentos Fixar firmemente todas as conexões.
auxiliares, consultar os manuais
específicos destes equipamentos.
ATENÇÃO

4.7.1.1 Conexões elétricas principais Não utilizar arruelas de aço ou outro


material de baixa condutividade elétrica
A localização das caixas de ligação é mostrada no para a fixação dos terminais.
DESENHO DIMENSIONAL específico do motor.
A identificação dos terminais e a correspondente
ligação são indicadas no ESQUEMA DE LIGAÇÃO
específico do motor.
Certificar-se de que a seção e a isolação dos cabos de
ligação principais sejam apropriadas para a corrente e
tensão do motor.
O motor deve girar no sentido de rotação especificado
na placa de identificação e na seta indicativa fixada no
lado acionado motor.

NOTA
O sentido de rotação é convencionado
olhando-se para a ponta do eixo do lado
acionado do motor.
Motores com sentido único de rotação
devem girar somente no sentido indicado.
Para operar o motor no sentido de rotação
contrário ao indicado, consultar a WEG.

ATENÇÃO
Antes de fazer as conexões entre o motor
e a rede de energia elétrica, é necessário
que seja feita uma medição cuidadosa da
resistência de isolamento do enrolamento.

Para conectar os cabos de alimentação principal do


motor, desparafusar a tampa das caixas de ligação do
estator, cortar os anéis de vedação (motores normais
sem prensa-cabos) conforme os diâmetros dos cabos a
serem utilizados e inserir os cabos dentro dos anéis de
vedação. Cortar os cabos de alimentação no
comprimento necessário, desencapar as extremidades
e colocar os terminais a serem utilizados.
4.7.2 Esquemas de ligação

4.7.2.1 Esquemas de ligação conforme norma IEC60034-8

Os esquemas de ligação a seguir mostram a identificação dos terminais na caixa de ligação e as ligações possíveis
para os motores.

4.7.2.1.1 Esquemas de ligação do estator

3 BORNES 6 BORNES 6 BORNES - DAHLANDER

Δ Y Δ YY Y YY Δ

3 BORNES +
NEUTRO

MENOR MAIOR MENOR MENOR MAIOR


VELOCIDADE VELOCIDAD VELOCIDADE VELOCIDAD VELOCIDAD
E E E
9 BORNES 12 BORNES

ΔΔ Δ YY Y ΔΔ YY Δ Y

12 BORNES - (part winding)

PARA PARTIDA PARA PARTIDA Y SÓ PARA PARA


EM Y EM Δ PARTIDA VELOCIDADE
NOMINAL

NOTA
Quando forem utilizados dois ou mais cabos de ligação do motor em
paralelo com o objetivo de dividir a corrente elétrica, a identificação
destes cabos é feita com um sufixo adicional separado por hífen,
conforme Figura 4.5.

Figura 4.5: Conexões paralelas


4.7.2.2 Esquema de ligação conforme norma NEMA MG1

4.7.2.2.1 Esquemas de ligação do estator


3 BORNES 6 BORNES 6 BORNES - DAHLANDER

Δ Y Δ YY Y YY Δ

3 BORNES +
NEUTRO

MENOR MAIOR MENOR MENOR MAIOR


VELOCIDADE VELOCIDAD VELOCIDAD VELOCIDAD VELOCIDAD
E E E E
9 BORNES 12 BORNES
ΔΔ Δ YY Y ΔΔ YY Δ Y

12 BORNES - (part winding)

PARA PARTIDA PARA PARTIDA Y SÓ PARA PARA


EM Y EM Δ PARTIDA VELOCIDADE
NOMINAL

NOTA
Quando forem utilizados dois ou mais cabos de ligação do motor em
paralelo com o objetivo de dividir a corrente elétrica, a identificação destes
cabos é feita com um sufixo adicional separado por hífen, conforme Figura
4.6.

Figura 4.6: Conexões


paralelas

4.7.2.3 Sentido de rotação


▪ O sentido de rotação está indicado na placa de identificação e deve ser observado olhando para a ponta do eixo do
lado acionado do motor. O sentido de rotação deve ser verificado antes de acoplar o motor a máquina acionada;
▪ Motores com a identificação dos terminais e ligações descritas neste manual possuem sentido de rotação horário,
conforme norma IEC60034-8;
▪ Para inverter o sentido da rotação, deve-se inverter a ligação de duas fases quaisquer entre si;
▪ Os motores com sentido único de rotação, conforme indicado na placa de identificação e por meio de uma placa
indicativa fixada na carcaça, possuem ventilador unidirecional e devem ser operados somente no sentido de rotação
especificado. Para inverter o sentido de rotação de motores unidirecionais, consultar a WEG.

4.7.2.4 Esquema de ligação dos acessórios


Para a correta instalação dos acessórios, consultar o desenho do ESQUEMA DE LIGAÇÃO específico do motor.
4.8 ASPECTOS MECÂNICOS ▪ Fixar os blocos de fundação junto aos pés do motor,
usando parafusos;
4.8.1 Base ▪ Colocar calços de diferentes espessuras (espessura
total de aproximadamente 2mm) entre os pés do motor e
▪ A base ou estrutura onde o motor será instalado deverá as superfícies de apoio da fundação para permitir um
ser suficientemente rígida, plana, isenta de vibrações alinhamento vertical preciso;
externas e capaz de resistir aos esforços mecânicos aos ▪ Para garantir a centralização dos parafusos em relação
quais será submetida; aos furos dos pés, embuchar com uma chapa metálica
▪ Se o dimensionamento da base não for criteriosamente ou papel rígido (prespan), possibilitando um posterior
executado, isso poderá ocasionar e vibração no conjunto alinhamento preciso em sentido horizontal;
da base, no motor e na máquina acionada; ▪ Colocar calços ou parafusos de nivelamento sob os
▪ O dimensionamento estrutural da base deve ser feito blocos de fundação para assegurar um adequado
com base no desenho dimensional, nas informações nivelamento e um perfeito alinhamento do motor com a
referentes aos esforços mecânicos sobre a base e na máquina acionada. Após colocar a argamassa, deve-se
forma de fixação do motor. fazer um preciso controle do alinhamento. Eventuais
▪ O cliente é responsável pelo projeto e construção da pequenas correções podem ser feitas com arruelas ou
fundação conforme requisitos descritos no item chapas metálicas ou através do reajuste da folga dos
Frequência natural da base. parafusos de fixação;
▪ Apertar firmemente todos os parafusos de fixação.
Deve-se ter o devido cuidado para que as superfícies de
ATENÇÃO
apoio dos pés do motor estejam uniformemente
Colocar calços de diferentes espessuras, apoiadas sem distorcer a carcaça do motor.
entre as superfícies de apoio do motor e da Para fixação correta, introduzir dois pinos cônicos após o
base para permitir um alinhamento preciso. término do teste.

4.8.3.2 Base deslizante


NOTA No caso de acionamento por polias, o motor deve ser
O usuário é responsável pelo montado sobre uma base deslizante (trilhos) e a parte
dimensionamento e construção da fundação inferior da correia deve estar tensionada.
onde o motor será instalado. O trilho mais próximo da polia motora de ser montado de
tal forma que o parafuso de posicionamento fique entre o
motor e a máquina acionada. O outro trilho deve ser
4.8.2 Esforços na base montado com o parafuso na posição oposta, como mostra
a Figura 4.8.
Baseado na Figura 4.7, os esforços sobre a base podem O motor é aparafusado sobre trilhos e posicionado na
ser calculados pelas equações: fundação.
(4C max) A polia motora é então alinhada de tal forma que seu
F1 = +0.5.m.g. + centro esteja no mesmo plano do centro da polia movida e
( A)
os eixos do motor e da máquina estejam perfeitamente
(4C max)
F2 = +0.5.m.g . − paralelos.
( A) A correia não deve ser demasiadamente tensionada. Após
o alinhamento, os trilhos são fixados.
Onde: F1 e F2 - Reação dos pés sobre a base (N)
g - Aceleração da gravidade (9,81m/s²)
m - Massa do motor (kg)
Cmáx - Torque máximo (Nm)
A - Obtido no desenho dimensional do motor (m)

Figura 4.8: Base deslizante

4.8.3.3 Base metálica


O motor deve estar apoiado uniformemente sobre a base
metálica para assim evitar deformações na carcaça.
Eventuais erros de altura da superfície de apoio dos pés do
Figura 4.7: Esforços nas fundações motor podem ser corrigidos com chapas de compensação
(recomenda-se uma altura máxima de 2 mm).
4.8.3 Tipos de bases Não remover as máquinas da base comum para fazer o
alinhamento. A base deve ser nivelada na própria
4.8.3.1 Base de concreto fundação, usando níveis de bolha ou outros instrumentos
de nivelação.
O tipo e o tamanho da fundação, parafusos e placas de Quando uma base metálica é utilizada para ajustar a altura
ancoragem dependem do tamanho e do tipo do motor. da ponta de eixo do motor com a ponta de eixo da máquina
acionada, esta deve ser nivelada na base de concreto.
Exemplo de preparação da base:
▪ Remover toda a sujeira da fundação para garantir uma Após a base ter sido nivelada, os chumbadores apertados
adequada amarração entre os blocos de fundação e a e os acoplamentos verificados, a base metálica e os
argamassa; chumbadores são concretados.
4.8.3.4 Chumbadores Para verificar se os critérios da norma estão sendo
atendidos, deve-se avaliar as seguintes frequências
Os chumbadores são dispositivos para a fixação de potenciais de excitação de vibração geradas pelo motor e
motores diretamente sobre a fundação, quando os motores pela máquina acoplada:
são aplicados com acoplamento elástico. Este tipo de ▪ A frequência de giro do motor;
acoplamento é caracterizado pela ausência de esforços ▪ O dobro da frequência de giro;
sobre os mancais. ▪ O dobro da frequência elétrica do motor.
Os chumbadores não devem ser pintados, nem apresentar De acordo com a norma DIN 4024-1, as frequências
ferrugem, pois isto prejudica a aderência do concreto e naturais da base ou da fundação devem manter um
provoca o afrouxamento dos mesmos. afastamento destas frequências potenciais de excitação,
conforme especificado a seguir:
▪ A primeira frequência natural da base ou da fundação
(frequência natural de 1ª ordem da base) deve estar fora
da faixa compreendida entre 0.8 e 1.25 vezes qualquer
das potenciais frequências de excitação acima;
▪ As demais frequências naturais da base ou da fundação
devem estar fora da faixa compreendida entre 0.9 e 1.1
vezes qualquer das potenciais frequências de excitação
acima.
Figura 4.9: Chumbadores
4.8.6 Nivelamento
4.8.4 Conjunto da placa de ancoragem
O motor deve estar apoiado sobre a superfície com
O conjunto placa de ancoragem, quando aplicado, é planicidade de até 0,08 mm/m.
composto de placa de ancoragem, parafusos de Verificar se o motor está perfeitamente alinhado no plano
nivelamento, calços para nivelamento, parafusos para vertical e horizontal. Fazer os ajustes adequados
alinhamento e chumbadores. colocando calços sob o motor. O nivelamento do motor
deverá ser verificado com equipamento adequado.
NOTAS
Quando a WEG fornecer placa de NOTA
ancoragem para fixação e alinhamento do No mínimo 75% da área das superfícies de
motor, os detalhes dimensionais e de apoio dos pés do motor devem ficar
instalação do conjunto placa de ancoragem apoiadas sobre a base.
são fornecidos no desenho dimensional
específico do motor.
A montagem, nivelamento e graute das 4.8.7 Alinhamento
placas de ancoragem é de responsabilidade
do usuário (salvo acordo comercial O motor deve ser alinhado corretamente com a máquina
específico em contrário). acionada.

Os chumbadores devem ser apertados de acordo com a ATENÇÃO


Tabela 4.6. Um alinhamento incorreto pode resultar em
Tabela 4.6: Torque de aperto nos chumbadores danos nos mancais, gerar excessivas
Torque de Aperto a Torque de Aperto com vibrações e até levar à ruptura do eixo.
Tipo ∅
Seco [Nm] Molycote [Nm]
M30 710 470
O alinhamento deve ser feito de acordo com as
M36 1230 820
recomendações do fabricante do acoplamento.
M42 1970 1300
Os eixos do motor e da máquina acionada devem ser
M48 2960 1950
alinhados axial e radialmente, conforme mostrado na
M56 3500 2300
Figura 4.10 e Figura 4.11.
Após o posicionamento do motor, fazer o nivelamento final,
utilizando os parafusos de nivelamento vertical e as chapas
de nivelamento.

ATENÇÃO
Proteger todos os furos rosqueados para
evitar que o graute penetre nas roscas,
durante o procedimento de graute da placa
de ancoragem e chumbadores.
Figura 4.10: Alinhamento paralelo
4.8.5 Frequência natural da base
A Figura 4.10 mostra o desalinhamento paralelo das duas
Para garantir uma operação segura, o motor deve estar pontas de eixo e a forma prática de medição, utilizando
precisamente alinhado com o equipamento acoplado e relógios comparadores adequados.
ambos devem estar devidamente balanceados. A medição é feita em 4 pontos deslocado 90º entre si, com
Como requisito, a base de instalação do motor deve ser os dois meio-acoplamentos girando juntos para eliminar os
plana e atender aos requisitos da norma DIN 4024-1. efeitos devido a irregularidades da superfície de apoio da
ponta do relógio comparador. Escolhendo o ponto vertical
superior 0º, a metade da diferença da medição do relógio 4.8.8 Conjunto pino guia
comparador nos pontos em 0º e 180º representa o erro
coaxial vertical. No caso de desvio, este deve ser corrigido, Após o alinhamento do conjunto e ter assegurado o
acrescentando ou removendo calços de montagem. A perfeito alinhamento (tanto a frio como a quente), deve-se
metade da diferença da medição do relógio comparador fazer a pinagem do motor, na placa de ancoragem ou na
nos pontos em 90º e 270º representa o erro coaxial base, conforme mostrado na Figura 4.12.
horizontal.
Esta medição indica quando é necessário levantar ou
abaixar o motor ou movê-lo para a direita ou para a
esquerda no lado acionado para eliminar o erro coaxial.
A metade da diferença máxima da medição do relógio
comparador em uma rotação completa representa a
máxima excentricidade encontrada. Figura 4.12: Conjunto pino guia
O desalinhamento numa volta completa do eixo,
acoplamento rígido ou semiflexível, não pode ser superior Legenda da Figura 4.12:
a 0,03 mm. 1. Pino guia (fornecimento opcional)
Quando forem utilizados acoplamentos flexíveis, valores 2. Porca (fornecimento opcional)
3. Arruela (fornecimento opcional)
maiores que os indicados acima são aceitáveis, desde que
não excedam o valor permitido pelo fabricante do
acoplamento. NOTA
Recomenda-se manter uma margem de segurança para
estes valores. Para pinagem, o motor possui um pré-furo de
Ø9 mm que deve ser primeiramente
aumentado para Ø11,5 mm e em seguida
alargado para Ø12 mm com conicidade de
1:50.

4.8.9 Acoplamentos
Somente devem ser utilizados acoplamentos apropriados,
que transmitem apenas o torque, sem gerar forças
transversais.
Tanto para os acoplamentos elásticos quanto para os
rígidos, os centros dos eixos das máquinas acopladas
devem estar numa única linha.
Figura 4.11: Alinhamento angular O acoplamento elástico permite a amenizar os efeitos de
desalinhamentos residuais e evitar a transferência de
A Figura 4.11 mostra o desalinhamento angular e a forma vibração entre as máquinas acopladas, o que não
prática de fazer esta medição. acontece quando são usados acoplamentos rígidos.
A medição é feita em 4 pontos deslocados 90º entre si, O acoplamento sempre deve ser montado ou retirado com
com os dois meio-acoplamentos girando juntos para a ajuda de dispositivos adequados e nunca por meio de
eliminar os efeitos devido a irregularidades da superfície de dispositivos rústicos, como martelo, marreta etc.
apoio da ponta do relógio comparador. Escolhendo o ponto Siga as instruções de fabricação ao montar ou remover
vertical superior 0º, a metade da diferença da medição do acoplamentos ou outros elementos de acionamento e
relógio comparador nos pontos em 0º e 180º representa o cubra-os com uma proteção de toque. Para a realização de
desalinhamento vertical. No caso de desvio, estes devem ensaios em estado desacoplado, trave ou remova a
ser corrigidos, acrescentando ou removendo calços de chaveta da extremidade do eixo. Evite cargas radiais e
montagem debaixo dos pés do motor. axiais excessivas dos rolamentos (observe a
A metade da diferença da medição do relógio comparador documentação da fabricação). O equilíbrio da máquina é
nos pontos em 90º e 270º representa o desalinhamento indicado como H= metade e F= chaveta completa. Em
horizontal, que deve ser corrigido adequadamente com o casos de meia chaveta, o acoplamento deve ser
deslocamento lateral/angular do motor. balanceado pela metade sem uma chaveta. No caso de
A metade da diferença máxima da medição do relógio parte visível e saliente da chaveta do final do eixo,
comparador em uma rotação completa representa o estabelecer o equilíbrio mecânico.
máximo desalinhamento angular encontrado.
O desalinhamento numa volta completa do eixo, com
acoplamento rígido ou semiflexível, não pode ser superior ATENÇÃO
a 0,03mm. Os pinos, porcas, arruelas e calços para
Quando são utilizados acoplamentos flexíveis, valores nivelamento podem ser fornecidos com o
maiores que os indicados acima são aceitáveis, desde que motor, quando solicitados no pedido de
não excedam o valor fornecido permitido pelo fabricante do compra.
acoplamento.
Recomenda-se manter uma margem de segurança para
estes valores.
No alinhamento/nivelamento deve-se considerar a
influência da temperatura sobre o motor e a máquina
acionada. Dilatações distintas dos componentes podem
alterar o estado do alinhamento/nivelamento durante a
operação.
Quando uma redução ou aumento de velocidade é
NOTAS necessária, a transmissão por correia é a mais indicada.
O usuário é responsável pela instalação do Para evitar esforços radiais desnecessários sobre os
motor (salvo acordo comercial específico em mancais, os eixos e as polias devem estar perfeitamente
contrário). alinhados entre si. Correias que trabalham enviesadas
A WEG não se responsabiliza por danos no transmitem batidas de alternantes ao rotor e poderão
motor, equipamentos associados e danificar os mancais.
instalação, ocorridos devido a: O escorregamento da correia poderá ser evitado com
▪ Transmissão de vibrações excessivas; aplicação de um material resinoso, como o breu, por
▪ Instalações precárias; exemplo. A tensão na correia deverá ser apenas o
suficiente para evitar o escorregamento durante o
▪ Falhas no alinhamento;
funcionamento.
▪ Condições inadequadas de
armazenamento;
▪ Não observação das instruções antes da NOTA
partida;
Correias com excesso de tensão
▪ Conexões elétricas incorretas. aumentam o esforço sobre a ponta do eixo,
causando vibrações e fadiga, podendo
4.8.9.1 Acoplamento direto chegar até a ruptura do eixo.

Por questões de custo, economia de espaço, ausência


de deslizamento das correias e maior segurança contra Evite o uso de polias demasiadamente pequenas, pois
acidentes, sempre que possível, deve-se utilizar estas provocam flexões no eixo do motor devido à força
acoplamento direto. Também no caso de transmissão de tração da correia que aumenta à medida que diminui
por engrenagem redutora deve ser dada preferência ao o diâmetro da polia.
acoplamento direto.
ATENÇÃO
ATENÇÃO Consultar a WEG para o dimensionamento
Alinhar cuidadosamente as pontas de eixo correto da polia.
e, sempre que possível, usar acoplamento
flexível, deixando uma folga (E) mínima de
3 mm entre os acoplamentos, conforme NOTA
mostrado na Figura 4.13. Sempre utilizar polias devidamente
balanceadas. Evitar sobras de chavetas,
pois estas representam um aumento da
massa de desbalanceamento e aumenta a
vibração do motor.

4.8.9.4 Acoplamento de motores equipados


com mancais de deslizamento
Figura 4.13: Folga axial do acoplamento (E)

4.8.9.2 Acoplamento por engrenagem


Acoplamentos por engrenagens mal alinhadas geram
vibrações na própria transmissão e no motor. Portanto,
deve-se cuidar para que os eixos estejam perfeitamente
alinhados, rigorosamente paralelos no caso de
transmissões por engrenagens retas e em ângulo
corretamente ajustado, no caso de transmissões por
engrenagens cônicas ou helicoidais.
O engrenamento dos dentes poderá ser controlado com
inserção de uma tira de papel, na qual aparece, após
uma volta da engrenagem, o decalque de todos os
dentes.
Figura 4.15: Mancal de deslizamento
4.8.9.3 Acoplamento por meio de polias e
correias Legenda do Figura 4.15:
1. Folga axial
2. Eixo
3. Casquilho

ATENÇÃO
Motores equipados com mancais de
deslizamento devem operar com
acoplamento direto à máquina acionada ou
por meio de um redutor. Este tipo de
Figura 4.14: Acoplamento por polias e correias mancal não permite o acoplamento através
de polias e correias.
Motores equipados com mancais de deslizamento 4.9 UNIDADE HIDRÁULICA
possuem três marcas na ponta de eixo, sendo que a
marca central (pintada de vermelho) é a indicação do Para mais informações sobre a instalação, operação e
centro magnético e as duas marcas externas indicam os manutenção da unidade hidráulica (se houver), deve-se
limites permitidos para o movimento axial do rotor. consultar o desenho dimensional do motor e o manual
específico deste equipamento.
A tubulação de retorno de óleo do mancal do motor e a
unidade hidráulica deve ter uma inclinação mínima a
partir do flange de saída de 15° em todo o comprimento
da tubulação.

ATENÇÃO
O não atendimento da recomendação
da inclinação da tubulação de retorno
Figura 4.16: Marcação do centro magnético
de óleo pode gerar afogamento do
Para o acoplamento do motor devem ser considerados mancal e problemas de vazamento de
os seguintes fatores: óleo.
▪ Folga axial do mancal;
▪ O deslocamento axial da máquina acionada (se
existente);
▪ A folga axial máxima permitida pelo acoplamento.

ATENÇÃO
▪ Deslocar o eixo totalmente para frente e
desta forma fazer a medição correta da
folga axial;
▪ Alinhar cuidadosamente as pontas de
eixos e, sempre que possível, usar
acoplamento flexível, deixando uma
folga axial mínima de 3 a 4 mm entre os
acoplamentos.

NOTA
Caso não seja possível movimentar o
eixo, deve-se considerar a posição do
eixo, o deslocamento do eixo para frente
(conforme as marcações no eixo) e a folga
axial recomendada para o acoplamento.

▪ Antes de colocar em operação, deve-se verificar se o


eixo do motor permite a livre movimentação axial
dentro das condições de folgas mencionadas;
▪ Em operação, a seta deve estar posicionada sobre a
marca central (vermelha), que indica que o rotor se
encontra em seu centro magnético;
▪ Durante a partida ou mesmo durante a operação, o
motor poderá mover-se livremente entre as duas
marcações externas limites.

ATENÇÃO
Os mancais de deslizamento utilizados
neste motor não foram projetados para
suportar esforço axial constante, de modo
que, sob hipótese alguma, o motor poderá
operar continuamente com esforço axial
sobre o mancal.
O motor somente poderá operar
continuamente com esforço axial/radial
sobre o mancal se forem respeitados os
critérios informados na documentação da
motor.
5 PARTIDA
5.1 PARTIDA DIRETA 5.2 FREQUÊNCIA DE PARTIDAS
DIRETAS
É o método mais simples e economicamente viável,
porém, deve ser usado apenas quando a corrente de Como os motores de indução possuem uma elevada
partida não afeta a rede de alimentação. corrente de partida, o tempo gasto para acelerar cargas
Considerar que a corrente de partida dos motores pode de alta inércia resulta numa rápida elevação da
atingir valores de ordem de 6 a 7 vezes a corrente temperatura do motor. Se os intervalos entre partidas
nominal. Assim deve-se assegurar que essa corrente sucessivas forem muito curtos, isto levará a uma rápida
(Ip) não venha a alterar as condições de alimentação de elevação da temperatura dos enrolamentos, reduzindo
outros consumidores por causa da maior queda de sua vida útil ou chegando até a queimá-los. A norma
tensão na rede de alimentação. NBR 7094 estabelece um regime de partida mínimo que
A máquina deve ser ligada/ pode partir quando a os motores devem ser capazes de atender:
temperatura registrada nos PT-100 das três fases for a) Duas partidas sucessivas, sendo a primeira feita
igual ou maior que -20°C com o motor frio, isto é, com seus enrolamentos na
Ao desligar a máquina deve-se desligar as resistências temperatura ambiente e a segunda partida logo a
de aquecimento do circuito de elevação de temperatura. seguir, porém somente após o motor ter
Há um sistema de intertravamento para que o disjuntor desacelerado até o repouso;
de acionamento da máquina principal só seja acionado b) Uma partida com o motor quente, ou seja, com os
caso a temperatura registrada no bobinado seja maior enrolamentos na temperatura de regime.
ou igual a -20°C A primeira condição simula o caso em que a primeira
Essa situação é satisfeita em uma das três condições: partida do motor é abortada, por exemplo, por causa do
a) Quando a rede é suficientemente "forte" e a corrente desligamento através da proteção do motor, quando
do motor é desprezível em relação à capacidade da permite-se uma segunda partida do motor logo a seguir.
rede; A segunda condição simula o caso de um desligamento
b) A partida do motor é feita sempre sem carga, o que acidental do motor em funcionamento normal, por
sobretudo reduz o tempo de partida e, exemplo, devido à falta de energia na rede, quando
consequentemente, a duração da corrente de permite-se o religamento do motor logo após o
partida, e a queda de tensão momentânea, o que é restabelecimento da energia.
tolerável para os outros consumidores da rede;
c) Quando a partida devidamente autorizada pela
concessionária de energia elétrica. NOTA
Quando a corrente de partida do motor é elevada,
podem ocorrer as seguintes consequências prejudiciais: Condições especiais de partida deverão ser
a) A elevada queda de tensão no sistema de consultadas na documentação específica
alimentação da rede pode provocar interferência em do motor antes de iniciar o procedimento.
equipamentos instalados neste sistema;
b) O sistema de proteção (cabos, contatores) deverá
ser sobredimensionado, aumentando os custos da 5.3 CORRENTE DE ROTOR
instalação. BLOQUEADO
A placa de identificação do motor indica o valor de IP/In,
NOTA que é a relação entre a corrente de partida e a corrente
Em alguns casos, há imposição das nominal do motor.
concessionárias de energia elétrica que
limitam a queda de tensão da rede. 5.4 PARTIDA COM CORRENTE
REDUZIDA
Caso a partida direta não seja possível, podem ser
usados os seguintes sistemas de partida para reduzir a
corrente de partida do motor:
▪ Com chave em estrela-triângulo;
▪ Com chave em série-paralelo;
▪ Com chave compensadora ou autotransformador;
▪ Com chave de partida estática ou soft-starter;
▪ Com inversor de frequência.
6 COMISSIONAMENTO
Quando o motor é acionado pela primeira vez ou após uma parada prolongada, vários aspectos devem ser
considerados além dos procedimentos normais de operação.

ATENÇÃO
▪ Evitar qualquer contato com circuitos elétricos;
▪ Mesmo circuitos de baixa tensão podem oferecer perigo de vida;
▪ Em qualquer circuito eletromagnético poderão ocorrer sobretensões em certas condições de operação;
▪ Não abrir repentinamente um circuito eletromagnético, pois a presença de uma tensão de descarga
indutiva poderá perfurar a isolação ou ferir o operador;
▪ Para a abertura destes circuitos devem ser utilizadas chaves de acionamento ou disjuntores.

6.1 INSPEÇÃO PRELIMINAR 6.2 PARTIDA INICIAL


Antes da operação inicial do motor ou após um longo 6.2.1 Procedimento de partida
período sem operação, devem ser verificados os
Após terem sido feitas todas as inspeções preliminares,
seguintes itens:
proceder de acordo com as orientações a seguir para
1. Verificar se os parafusos de fixação do motor estão
efetuar a partida inicial do motor desacoplado:
apertados;
1. Desligar as resistências de aquecimento;
2. Medir a resistência de isolamento dos
2. Ajustar as proteções no painel de controle;
enrolamentos, certificando-se de que está dentro do
3. Em mancais lubrificados a óleo, verificar o nível de
valor prescrito;
óleo;
3. Verificar se o motor está limpo e se foram
4. Em mancais com lubrificação forçada, ligar o sistema
removidas as embalagens, instrumentos de
de circulação do óleo e verificar o nível, a vazão e a
medição e dispositivos de alinhamento da área de
pressão de óleo, certificando-se de que estão de
trabalho do motor;
acordo com os dados indicados na placa;
4. Verificar se os componentes de conexão do
5. Caso o sistema possua equipamento para detecção
acoplamento estão em perfeitas condições de
de fluxo de óleo, deve-se aguardar o sinal de retorno
operação, devidamente apertados e engraxados,
de fluxo do sistema de circulação de ambos os
quando necessário;
mancais, que assegura que o óleo chegou aos
5. Verificar se o motor está alinhado corretamente;
mancais;
6. Verificar se os mancais estão devidamente
6. Ligar o sistema de água industrial de resfriamento
lubrificados. O lubrificante deve ser do tipo
verificando a vazão e pressão necessária (motores
especificado na placa de identificação;
com trocador de calor ar-água);
7. Verificar o nível de óleo dos mancais lubrificados
7. Ligar os ventiladores (motores com ventilação
com óleo. Mancais com lubrificação forçada devem
forçada);
ter vazão e pressão de óleo, conforme descrito em
8. Ligar o sistema de injeção de óleo sob alta pressão
sua placa de identificação;
(se houver), este deve permanecer ligado conforme
8. Inspecionar as conexões dos cabos dos acessórios
informado na documentação técnica do motor, até que
(protetores térmicos, aterramento, resistências de
os mancais consigam a lubrificação por auto
aquecimento etc.);
bombeamento;
9. Verificar se todas as conexões elétricas estão de
9. Girar o eixo do motor lentamente para verificar se não
acordo com o esquema de ligação do motor;
há nenhuma peça arrastando ou ruídos anormais
10. Verificar se o motor está devidamente aterrado;
estejam ocorrendo;
11. Os condutores ligados aos bornes principais do
10. Após as etapas anteriores terem sido concluídas
estator e do rotor devem estar adequadamente
satisfatoriamente, pode-se prosseguir com a
apertados para impossibilitar um curto-circuito ou
sequência de partida do motor;
que se soltem;
11. Acionar o motor em vazio, certificando-se que ele gira
12. Inspecionar o sistema de refrigeração. Nos motores
levemente sem ruídos estranhos;
com refrigeração a água, inspecionar o
12. Verificar o sentido da rotação com o motor
funcionamento do sistema de alimentação de água
desacoplado;
dos radiadores. Nos motores com ventilação
13. Para inverter o sentido da rotação, basta inverter a
independente, verificar o sentido de rotação dos
ligação de duas fases quaisquer entre si;
ventiladores;
13. As entradas e saídas de ar do motor (se houverem)
devem estar desobstruídas; ATENÇÃO
14. As partes móveis do motor devem ser protegidas
Para inverter o sentido de rotação de motores
para evitar acidentes;
com sentido único de rotação, é necessário
15. As tampas das caixas de ligação devem estar
consultar a WEG.
fixadas corretamente;
16. Verificar se a tensão e a frequência de alimentação
estão de acordo com os dados de placa de 14. Manter o motor girando na rotação nominal e anotar
identificação do motor. os valores das temperaturas nos mancais em
17. Verificar o funcionamento dos dispositivos anti- intervalos de 1 minuto até que elas se tornem
reversão (se houver). constantes. Qualquer aumento repentino da
temperatura no mancais indica anormalidade na
lubrificação ou na superfície de atrito;
15. Monitorar a temperatura, o nível de óleo dos mancais
e os níveis de vibração. Caso haja uma variação
significativa de um valor, interromper a partida do ▪ Se as temperaturas de alarme e desligamento estão
motor, detectar as possíveis causas e fazer a devida ajustadas para os mancais;
correção; ▪ Durante a primeira partida deve-se ficar atento para
16. Quando as temperaturas dos mancais se tornarem vibrações ou ruídos anormais;
constantes, pode-se continuar com os demais passos ▪ Caso o mancal não trabalhe de maneira silenciosa e
para operação do motor. uniforme, o motor deve ser desligado imediatamente;
▪ Caso ocorra uma sobre-elevação de temperatura, o
motor deverá ser desligado imediatamente para
ATENÇÃO
inspecionar os mancais e sensores de temperatura,
A não observação dos procedimentos corrigindo eventuais causas;
descritos no item 6.2 pode prejudicar o ▪ O motor deve operar durante algumas horas até que a
desempenho do motor, causar danos e até temperatura dos mancais se estabilize dentro dos
mesmo levar à queima do mesmo, limites especificados;
resultando na perda da garantia. ▪ Após a estabilização das temperaturas dos mancais,
verificar se não há vazamento pelos plugues, juntas ou
pela ponta do eixo.
6.3 OPERAÇÃO
6.3.3.1 Sistema de injeção de óleo sob alta
Os procedimentos de operação variam consideravelmente
pressão
em função da aplicação do motor e do tipo de
equipamento de controle utilizado. Nos mancais que possuem a opção de levantamento do
Neste manual são descritos os procedimentos gerais. eixo na partida ou parada através de pressão de óleo, o
Para os procedimentos de operação do sistema de acionamento deste sistema é feito através de uma bomba
controle, consultar o manual específico deste de óleo externa ao motor e deve ser seguido o seguinte
equipamento. procedimento:
6.3.1 Geral
ATENÇÃO
Após um primeiro teste de partida bem sucedido, acoplar
O sistema de injeção de óleo sob alta pressão
o motor à carga acionada e então o procedimento de
deve ser ligado antes de colocar o motor em
partida pode ser reiniciado conforme segue:
operação e durante o procedimento de
▪ Acionar o motor acoplado à carga até atingir sua
parada, conforme informado na
estabilidade térmica e verificar se não estão ocorrendo
documentação técnica do motor.
ruídos e vibrações anormais ou aquecimentos
excessivos. Caso ocorrerem variações significativas
nas vibrações entre a condição inicial de funcionamento 6.3.4 Radiadores
e a condição após a atingir a estabilidade térmica, é
Para motores com trocador de calor ar–água, é
necessário verificar o alinhamento e o nivelamento;
importante:
▪ Medir a corrente elétrica absorvida e comparar com o
▪ Controlar a temperatura na entrada e na saída do
valor indicado na placa de identificação;
radiador e, se necessário, corrigir a vazão de água;
▪ Em regime contínuo, sem variação da carga, o valor da
▪ Regular a pressão da água para apenas vencer a
corrente medida não deve exceder o valor indicado na
resistência nas tubulações e no radiador;
placa multiplicado pelo fator de serviço;
▪ Para controle da operação do motor, recomenda-se
▪ Todos os instrumentos e aparelhos de medição e de
instalar termômetros na entrada e na saída do ar e da
controle devem ser monitorados permanentemente
água do radiador, fazendo registro destas temperaturas
para detectar eventuais alterações, determinar as
em determinados intervalos de tempo;
causas e fazer as devidas correções.
▪ Por ocasião da instalação de termômetros também
6.3.2 Temperaturas podem ser instalados instrumentos de registro ou de
sinalização (sirene, lâmpadas) em determinados locais.
▪ As temperaturas dos mancais, do enrolamento do Verificação do desempenho do radiador
estator e do sistema de refrigeração devem ser ▪ Para controle de operação, recomenda-se que as
monitoradas enquanto o motor estiver operando; temperaturas da água e do ar na entrada e na saída do
▪ Estas temperaturas devem estabilizar num período de 4 radiador sejam medidas e registradas periodicamente;
a 8 horas de funcionamento; ▪ O desempenho do radiador é expresso pela diferença
▪ A temperatura do enrolamento do estator depende da de temperaturas entre água fria e ar frio durante
carga da máquina, por isso a carga acionada também operação normal. Esta diferença deve ser controlada
deve ser monitorada durante o funcionamento do periodicamente. Caso se constate um aumento desta
motor. diferença após longo período de operação normal,
verificar a necessidade de limpar o radiador;
6.3.3 Mancais ▪ Uma redução do desempenho ou danos no radiador
poderá também ocorrer por acúmulo de ar no interior
A partida do sistema, bem como as primeiras horas de
do mesmo. Nesse caso, uma desaeração do radiador e
operação, devem ser monitoradas cuidadosamente.
das tubulações de água poderá corrigir o problema;
Antes de colocar o motor em operação, verificar:
▪ O diferencial de pressão da água pode ser considerado
▪ Se o sistema de injeção de óleo sob alta pressão (se
como um indicador de necessidade de limpeza do
houver) está ligado;
radiador;
▪ Se o sistema de lubrificação externa (se houver) está
▪ Recomenda-se também a medição e registro dos
ligado;
valores da pressão diferencial da água antes e após o
▪ Se o lubrificante utilizado está de acordo com o
radiador. Periodicamente, os novos valores medidos
especificado;
devem ser comparados com o valor original, sendo que
▪ As características do lubrificante;
um aumento da pressão diferencial indica a
▪ O nível de óleo (mancais lubrificados a óleo);
necessidade de limpeza do radiador.
6.3.5 Vibração 6.3.7 Desligamento
Os motores são balanceados na fábrica atendendo os Para efetuar o desligamento do motor, proceder conforme
limites de vibração estabelecidos pelas normas IEC60034- segue:
14, NEMA MG1 - Parte 7 e NBR 11390 (exceto quando o ▪ Reduzir a carga do equipamento acionado, se possível;
contrato de compra especificar valores diferentes). ▪ Abrir o disjuntor principal;
As medições de vibração são realizadas nos mancais ▪ Ligar o sistema de injeção de óleo sob alta pressão (se
traseiro e dianteiro, nas direções vertical, horizontal e houver);
axial. Quando o cliente envia a meia luva de acoplamento Após o motor parar completamente:
para a WEG, o motor é balanceado com a meia luva ▪ Desligar o sistema de injeção de óleo sob alta pressão
montada no eixo. Caso contrário, de acordo com as (se houver);
normas acima, o motor é balanceado com meia chaveta ▪ Desligar o sistema de circulação de óleo dos mancais
(isto é, o canal de chaveta é preenchido com uma barra (se houver);
de mesma largura, espessura e altura que o canal de ▪ Desligar a unidade hidráulica (se houver);
chaveta durante o balanceamento). ▪ Desligar o sistema de água industrial (se houver);
Os níveis máximos de vibração atendidos pela WEG ▪ Desligar o sistema de ventilação forçada (se houver);
para motores em operação são informados no ▪ Ligar as resistências de aquecimento. Estas devem ser
esquema de ligação. mantidas ligadas até próxima operação do motor.
As principais causas de vibração são:
▪ Desalinhamento entre o motor e o equipamento
acionado; PERIGO
▪ Fixação inadequada do motor à base, com “calços Mesmo após o desligamento do motor,
soltos” debaixo de um ou mais pés do motor, e enquanto o rotor estiver girando, existe
parafusos de fixação mal apertados; perigo de vida ao tocar em qualquer uma das
▪ Base inadequada ou com falta de rigidez;
partes ativas do motor.
▪ Vibrações externas provenientes de outros
equipamentos.

ATENÇÃO
ATENÇÃO
As caixas de ligação de motores, equipados
Operar o motor com vibração acima dos com capacitores, não devem ser abertas
valores informados no seu esquema de antes da sua completa descarga.
ligação pode prejudicar a sua vida útil e/ou Tempo de descarga dos capacitores: 5
seu desempenho. minutos após o desligamento do motor.

6.3.6 Limites de vibração do eixo


Nos motores equipados ou com previsão para instalação
de sensor de proximidade (normalmente utilizados em
mancais de deslizamento), as superfícies do eixo são
preparadas com acabamento especial nas áreas
adjacentes aos mancais, visando garantir a correta
medição da vibração do eixo.
A vibração do eixo deve atender aos valores máximos
de alarme e desligamento informados no esquema de
ligação específico do motor.
As principais causas para aumento na vibração do eixo
são:
▪ Problemas de desbalanceamento, do acoplamento ou
outros problemas que podem gerar vibração da
máquina;
▪ Problemas de forma do eixo na região de medição,
minimizados durante a fabricação;
▪ Tensão ou magnetismo residual na superfície do eixo
onde é feita a medição;
▪ Arranhões, batidas ou variações no acabamento do
eixo na região de medição.
7 MANUTENÇÃO
7.1 GERAL 7.3 MANUTENÇÃO DOS
Um programa adequado de manutenção para motores
ENROLAMENTOS
elétricos, inclui as seguintes recomendações: Para obter uma operação mais satisfatória e uma vida
▪ Manter o motor e os equipamentos associados mais prolongada, os enrolamentos deverão ser
limpos; submetidos anualmente a inspeção e limpeza.
▪ Medir periodicamente a resistência de isolamento
dos enrolamentos; 7.3.1 Inspeção dos enrolamentos
▪ Medir periodicamente a temperatura dos
enrolamentos, mancais e sistema de refrigeração; Anualmente, os enrolamentos deverão ser submetidos
▪ Verificar eventuais desgastes, funcionamento do a inspeção visual completa, anotando e consertando
sistema de lubrificação e a vida útil dos mancais; todo e qualquer dano e defeito observados.
▪ Medir os níveis de vibração do motor; As medições da resistência de isolamento dos
▪ Inspecionar o sistema de refrigeração; enrolamentos devem ser feitas em intervalos regulares,
▪ Inspecionar os equipamentos associados; principalmente durante tempos úmidos ou depois de
▪ Inspecionar todos os acessórios, proteções e prolongadas paradas do motor.
conexões do motor e assegurar seu correto Valores baixos ou variações bruscas da resistência do
funcionamento. isolamento devem ser investigados.
Os enrolamentos deverão ser submetidos a inspeções
ATENÇÃO visuais completas em intervalos frequentes, anotando e
consertando todo e qualquer o dano ou defeito
Os resistores devem ser desenergizados observado.
antes da abertura da tampa da caixa de A resistência de isolamento poderá ser aumentada até
ligação, sempre que houverem um valor adequado nos pontos em que ela estiver
manutenções. baixa (em consequência de poeira e umidade
excessiva) por meio da remoção da poeira e secagem
da umidade do enrolamento.
ATENÇÃO
7.3.2 Limpeza dos enrolamentos
A não observância das recomendações do
item 1.1 pode resultar em paradas não Para obter uma operação mais satisfatória e uma vida
desejadas do equipamento. A frequência mais prolongada dos enrolamentos isolados,
com que estas inspeções devem ser feitas recomenda-se mantê-los livre de sujeira, óleo, pó
depende das condições locais da metálico, contaminantes etc.
aplicação. Sempre que for necessário Para isso é necessário inspecionar e limpar os
transportar o motor, deve-se cuidar para enrolamentos periodicamente, conforme
que o eixo esteja devidamente travado recomendações do “Plano de Manutenção” deste
para não danificar os mancais. Para o manual. Se houver a necessidade de reimpregnação,
travamento do eixo, utilizar o dispositivo consultar a WEG.
fornecido com o motor. Os enrolamentos poderão ser limpos com aspirador de
Quando for necessário recondicionar o pó industrial com ponteira fina não metálica ou apenas
motor ou substituir alguma peça com pano seco. Para condições extremas de sujeira,
danificada, consultar a WEG. poderá haver a necessidade da limpeza com um
solvente líquido apropriado. Esta limpeza deverá ser
feita rapidamente para não expor os enrolamentos por
7.2 LIMPEZA GERAL muito tempo à ação dos solventes. Após a limpeza com
solvente, os enrolamentos deverão ser secados
▪ Manter a carcaça limpa, sem acúmulo de óleo ou
completamente.
poeira na sua parte externa, para facilitar a troca de
Medir a resistência do isolamento e o índice de
calor com o meio;
polarização para avaliar as condições de isolação dos
▪ Também o interior do motor deve ser mantido limpo,
enrolamentos. O tempo requerido para secagem dos
isento de poeira, detritos e óleos;
enrolamentos após a limpeza varia de acordo com as
▪ Para a limpeza utilizar escovas ou panos limpos de
condições do tempo, como temperatura, umidade etc.
algodão. Se a poeira não for abrasiva, a limpeza
deve ser feita com um aspirador de pó industrial,
“aspirando” a sujeira da tampa defletora e o pó PERIGO
acumulado nas pás do ventilador e na carcaça;
▪ Os detritos impregnados com óleo ou umidade A maioria dos solventes usados são
podem ser removidos com pano embebido em altamente tóxicos e/ou inflamáveis.
solventes adequados; Os solventes não devem ser aplicados
▪ Fazer a limpeza das caixas de ligação, quando nas partes retas das bobinas dos motores
necessário. Os bornes e conectores de ligação de alta tensão, pois podem afetar a
devem ser mantidos limpos, sem oxidação e em proteção contra efeito corona.
perfeitas condições de operação. Evitar a presença
de graxa ou zinabre nos componentes de ligação.
7.3.3 Inspeções após a limpeza operação, ultrapassar o valor determinado, pode-se supor
que os tubos estão sujos. Caso seja constatada corrosão
As seguintes inspeções devem ser executadas após a no radiador, é necessário providenciar uma proteção
limpeza cuidadosa dos enrolamentos: contra corrosão adequada (por exemplo, anodos de zinco,
▪ Verificar as isolações do enrolamento e das ligações; cobertura com plástico, epóxi ou outros produtos similares
▪ Verificar as fixações dos distanciadores, amarrações, de proteção), para prevenir danos maiores às partes já
estecas de ranhuras, bandagens e suportes; afetadas. A camada externa de todas as partes do
▪ Verificar se não ocorreram rupturas, se não há soldas radiador deve ser mantida sempre em bom estado.
deficientes, curto-circuito entre espiras e contra a Instruções para remoção e manutenção do radiador
massa nas bobinas e nas ligações. No caso de detectar Para remoção do radiador para manutenção, utilizar o
alguma irregularidade, consultar a WEG; seguinte procedimento:
▪ Certificar-se de que os cabos estejam ligados 1. Fechar todas as válvulas da entrada e saída da água
adequadamente e que os elementos de fixação dos depois de parar a ventilação;
terminais estejam firmemente apertados. Caso 2. Drenar a água do radiador através dos plugues de
necessário, reapertar. drenagem;
3. Soltar os cabeçotes, guardando os parafusos, porcas
7.3.4 Reimpregnação e arruelas e juntas (gaxetas) em local seguro;
4. Escovar cuidadosamente o interior dos tubos com
Caso alguma camada da resina dos enrolamentos tenha
escovas de nylon para remoção de resíduos. Se
sido danificada durante a limpeza ou inspeções, tais
durante a limpeza forem constatados danos nos tubos
partes devem ser retocadas com material adequado
do radiador, os mesmos devem ser reparados;
(neste caso, consultar a WEG).
5. Remontar os cabeçotes, substituindo as juntas, se
7.3.5 Resistência de Isolamento necessário.
Anodos de sacrifício
A resistência de isolamento deve ser medida quando Anodos de sacrifício são usados em radiadores para
todos os procedimentos de manutenção estiverem utilização com água salgada. Deve-se fazer a inspeção
concluídos. periódica, conforme plano de manutenção item Caso seja
constatada corrosão excessiva do anodo de sacrifício,
deve ser aumentada a frequência de inspeção no mesmo
ATENÇÃO para assim determinar seu tempo de corrosão e então
Antes de recolocar o motor em operação, é elaborar um plano de periodicidade de troca.
imprescindível medir a resistência de
isolamento dos enrolamentos e assegurar 7.6 VIBRAÇÃO
que os valores medidos atendam aos
especificados. Qualquer evidência de aumento de desbalanceamento ou
vibração do motor deve ser investigada imediatamente.

7.4 MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE ATENÇÃO


REFRIGERAÇÃO Após o torqueamento ou desmontagem de
▪ Nos motores com trocador de calor ar-ar (IC611), os qualquer parafuso da máquina, é necessário
tubos de refrigeração e os atenuadores de ruído aplicar o Loctite.
(quando houverem) devem ser mantidos limpos e
desobstruídos para assegurar uma perfeita troca de 7.7 DISPOSITIVO DE ATERRAMENTO
calor do motor. Para remover a sujeira acumulada no DO EIXO
interior dos tubos, pode ser utilizada uma haste com
escova redonda na ponta. Os atenuadores de ruído (se A escova de aterramento do eixo (se houver) evita a
houverem) podem ser limpos com ar comprimido seco. circulação de corrente elétrica pelos mancais, que é
prejudicial ao seu funcionamento. A escova é colocada
ATENÇÃO em contato com o eixo e ligada através de um cabo à
carcaça do motor, que deve estar aterrada. Assegurar que
Recomenda-se fechar as aberturas do a fixação do porta-escovas e sua conexão com a carcaça
circuito externo de ar caso o motor fique fora tenham sido feitas corretamente.
de operação por períodos prolongados.

▪ Em caso de trocadores de calor ar-água (IC81W) , é


necessária uma limpeza periódica nas tubulações do
radiador para remover toda e qualquer incrustação,
conforme item 7.5.
▪ Nos motores abertos (IC01), os filtros de ar deverão ser
limpos com ar comprimido seco. Caso a poeira seja de Figura 7.1: Escova para aterramento do eixo
remoção difícil, lavar o filtro com água fria e detergente
neutro e secar na posição horizontal. Fazer a troca dos O eixo do motor é protegido contra ferrugem durante o
filtros, se necessário. transporte com um óleo secativo. Para assegurar o
funcionamento da escova de aterramento, este óleo, bem
7.5 MANUTENÇÃO DOS como qualquer resíduo entre o eixo e a escova, deve ser
RADIADORES removido antes de ligar o motor. A escova de aterramento
deverá ser monitorada constantemente durante o seu
O grau de sujeira no radiador pode ser detectado pelo funcionamento e, ao chegar ao fim de sua vida útil, deverá
aumento da temperatura do ar na saída. Quando a ser substituída por outra de mesma dimensão e qualidade
temperatura do ar frio, nas mesmas condições de (granulação).
7.8 MANUTENÇÃO DOS MANCAIS 7.8.1.2 Procedimento de lubrificação dos
rolamentos
7.8.1 Mancais de rolamento a graxa
1. Retirar a tampa do dreno;
2. Limpar com pano de algodão ao redor do orifício da
NOTA graxeira;
Os dados dos rolamentos, quantidade e 3. Com o rotor em operação, injetar a graxa por meio
tipo de graxa e intervalos de lubrificação de engraxadeira manual até que a graxa comece a
são informados em uma placa de sair pelo dreno ou até ter sido introduzida a
identificação dos mancais fixada no motor. quantidade de graxa informada na Tabela 7.3;
Os mancais devem ser relubrificados 4. Manter o motor em funcionamento durante o tempo
anualmente ou conforme os intervalos suficiente para que escoe todo o excesso de graxa
de lubrificação informados na placa de pelo dreno;
identificação dos mancais, prevalecendo 5. Inspecionar a temperatura do mancal para certificar-
o que ocorrer primeiro. se de que não houve nenhuma alteração
significativa;
6. Recolocar novamente a tampa do dreno.
▪ Os intervalos de lubrificação informados, consideram
a temperatura de trabalho do rolamento de 70ºC; 7.8.1.3 Relubrificação dos rolamentos com
▪ Baseado nas faixas de temperatura de operação dispositivo de gaveta para remoção
relacionadas na Tabela 7.1, aplicar os seguintes
da graxa
fatores de correção para os intervalos de lubrificação
dos rolamentos: Para efetuar a relubrificação dos mancais, a remoção
Tabela 7.1: Fator de redução para intervalos de lubrificação
da graxa velha é feita pelo dispositivo com gaveta
Temperatura de trabalho do Fator de instalado em cada mancal.
mancal redução
Procedimentos para lubrificação:
Abaixo de 60ºC 1,59
1. Antes de iniciar a lubrificação do mancal, limpar a
Entre 70 e 80ºC 0,63 graxeira com pano de algodão;
Entre 80 e 90ºC 0,40 2. Retirar a vareta com gaveta para a remoção da
Entre 90 e 100ºC 0,25 graxa velha, limpar a gaveta e colocar de volta;
Entre 100 e 110ºC 0,16 3. Com o motor em funcionamento, injetar a quantidade
de graxa especificada na placa de identificação dos
7.8.1.1 Instruções para lubrificação rolamentos, por meio de engraxadeira manual;
4. O excesso de graxa sai pelo dreno inferior do mancal
O sistema de lubrificação foi projetado de tal modo que e se deposita na gaveta;
durante a lubrificação dos rolamentos, a graxa velha 5. Manter o motor em funcionamento durante o tempo
seja removida das pistas dos rolamentos e expelida suficiente para que escoe todo o excesso de graxa;
através de um dreno que permite a saída da mesma e 6. Remover o excesso de graxa, puxando a vareta da
impede a entrada de poeira ou outros contaminantes gaveta e limpando a gaveta. Este procedimento deve
nocivos para dentro do rolamento. ser repetido tantas vezes quanto for necessário até
Este dreno também evita danos aos rolamentos por que a gaveta não mais retenha graxa;
lubrificação excessiva. 7. Inspecionar a temperatura do mancal para assegurar
É aconselhável fazer a lubrificação com o motor em de que não houve nenhuma alteração significativa.
operação, para assegurar a renovação da graxa no
alojamento do rolamento. 7.8.1.4 Tipo e quantidade de graxa
Se isso não for possível devido à presença de peças
girantes perto da engraxadeira (polias etc.), que podem A relubrificação dos mancais deve ser feita sempre
pôr em risco a integridade física do operador, proceder com a graxa original, especificada na placa de
da seguinte maneira: características dos mancais e na documentação do
▪ Com o motor parado, injetar aproximadamente a motor.
metade da quantidade total da graxa prevista e
operar o motor durante aproximadamente 1 minuto ATENÇÃO
em plena rotação;
▪ Parar o motor e injetar o restante da graxa. A WEG não recomenda a utilização de
graxa diferente da graxa original do motor.
ATENÇÃO
É importante fazer uma lubrificação correta, isto é,
A injeção de toda a graxa com o motor aplicar a graxa correta e em quantidade adequada, pois
parado pode causar a penetração de parte tanto uma lubrificação deficiente quanto uma
do lubrificante para o interior do motor lubrificação excessiva, causam danos aos rolamentos.
através da vedação interna do anel do Uma lubrificação em excesso acarreta elevação de
rolamento. temperatura devido à grande resistência que oferece
É importante limpar as graxeiras antes da ao movimento das partes rotativas e, principalmente,
lubrificação, para evitar que materiais devido ao batimento da graxa, que acaba por perder
estranhos sejam arrastados para dentro do completamente suas características de lubrificação.
rolamento. Para lubrificação, use
exclusivamente pistola engraxadeira
manual.
7.8.1.5 Graxas alternativas 7.8.1.6 Procedimento para troca da graxa
Caso não seja possível utilizar a graxa original, as Para a troca de graxa POLYREX EM103 por uma das
graxas alternativas listadas na Tabela 7.2, podem ser graxas alternativas, os mancais devem ser abertos para
utilizadas desde que atendam as seguintes condições: remover a graxa velha e preenchidos com a graxa nova.
1. A rotação do motor não deve ultrapassar a rotação Caso não seja possível abrir os mancais, deve-se purgar a
limite permitida para a graxa, de acordo com o tipo graxa velha, aplicando graxa nova até que a mesma
de rolamento, conforme Tabela 7.3; comece a aparecer na gaveta de saída com o motor em
2. Corrigir o intervalo de lubrificação dos mancais, funcionamento. Para a troca de graxa PETAMO GHY 133
multiplicando o intervalo informado na placa dos N por uma das graxas alternativas, é necessário que os
mancais pelo fator de multiplicação, informado na mancais sejam abertos e a graxa velha seja totalmente
Tabela 7.2; removida, para então preencher com a graxa nova.
3. Utilizar o procedimento correto para troca da graxa,
conforme item 7.8.1.6 deste manual. ATENÇÃO
Tabela 7.2: Opções e características das graxas alternativas Quando o mancal for aberto, injetar a graxa
para aplicações normais nova através da graxeira para expelir a graxa
Temperatura
Fator de
velha que se encontra no tubo de entrada da
Fabricante Graxa de trabalho graxa e aplicar a graxa nova no rolamento, no
multiplicação
constante (°C)
anel interno e anel externo, preenchendo 3/4
UNIREX N3
Exxon Mobil (Sabão de Complexo (-30 até +150) 0.90 dos espaços vazios. No caso de mancais
de Lítio) duplos (rolamento de esfera + rolamento de
GADUS S2 V100 3 rolo), preencher também 3/4 dos espaços
Shell (-30 até +130) 0.85
(Sabão de Lítio) vazios entre os anéis intermediários. Nunca
LUBRAX limpar o rolamento com panos a base de
Petrobras INDUSTRIAL GMA-2 (0 até +130) 0.85 algodão, pois podem soltar fiapos, servindo
(Sabão de Lítio)
de partícula sólida.
GADUS S3 T100 2
Shell (-20 até +150) 0.94
(Sabão de Diuréia)
LGHP 2
SKF (-40 até +150) 0.94
(Sabão de Poliuréia) NOTA
A WEG não se responsabiliza pela troca da
A Tabela 7.3 mostra os tipos de rolamentos mais
graxa ou mesmo por eventuais danos
utilizados nos motores horizontais, a quantidade de
oriundos da troca.
graxa e a rotação limite de utilização das graxas
opcionais.
7.8.1.7 Graxas para baixas temperaturas
Tabela 7.3: Aplicação das graxas opcionais
Rotação Limite da Graxa [rpm] Tabela 7.4: Graxa para aplicação em baixas temperaturas
Qtde.
de
Motores horizontais Temperatura
Rolamento GADUS GADUS Lubrax Fabricante Graxa de trabalho Aplicação
graxa LGHP Unirex
S3 S2 Industrial
(g)
T100 2
2 N3
V100 3 GMA-2 constante (°C)
6220 30 3000 3000 1800 1800 1800 MOBILITH SHC
6232 70 1800 1800 1500 1200 1200 100
Baixa
6236 85 1500 1500 1200 1200 1200 Exxon Mobil (Sabão de (-50 até +150)
temperatura
6240 105 1200 1200 1200 1000 1000 Complexo de Lítio e
6248 160 1200 1200 1500 900 900 Óleo Sintético)
6252 190 1000 1000 900 900 900
6315 30 3000 3000 3000 1800 1800 7.8.1.8 Compatibilidade de graxas
6316 35 3000 3000 1800 1800 1800
6317 40 3000 3000 1800 1800 1800
Pode-se dizer que as graxas são compatíveis, quando as
6319 45 1800 1800 1800 1800 1800 propriedades da mistura se encontram dentro das faixas
6320 50 1800 1800 1800 1800 1800 de propriedades das graxas individuais.
6322 60 1800 1800 1800 1500 1500 Em geral, graxas com o mesmo tipo de sabão são
6324 75 1800 1800 1800 1500 1500 compatíveis entre si, mas dependendo da proporção de
6326 85 1800 1800 1500 1500 1500 mistura, pode haver incompatibilidade. Assim, não é
6328 95 1800 1800 1500 1200 1200 recomendada a mistura de diferentes tipos de graxas,
6330 105 1500 1500 1500 1200 1200 sem antes consultar o fornecedor da graxa ou a WEG.
NU 232 70 1500 1500 1200 1200 1200 Alguns espessantes e óleos básicos, não podem ser
NU 236 85 1500 1500 1200 1000 1000 misturados entre si, pois não formam uma mistura
NU 238 95 1200 1200 1200 1000 1000 homogênea. Neste caso, não se pode descartar uma
NU 240 105 1200 1200 1000 900 900 tendência de endurecimento ou, ao contrário, um
NU 248 160 1000 1000 900 750 750 amolecimento da graxa ou queda do ponto de gota da
NU 252 195 1000 1000 750 750 750
mistura resultante.
NU 322 60 1800 1800 1800 1500 1500
NU 324 75 1800 1800 1500 1200 1200
NU 326 85 1800 1800 1500 1200 1200 ATENÇÃO
NU 328 95 1500 1500 1200 1200 1200
NU 330 105 1500 1500 1200 1000 1000
Graxas com diferentes tipos de base nunca
NU 336 145 1200 1200 1000 900 900 deverão ser misturadas. Exemplo: Graxas
à base de Lítio nunca devem ser
misturadas com outras que tenham base
de sódio ou cálcio.
7.8.1.9 Desmontagem dos mancais 7.8.1.10 Montagem dos mancais
▪ Limpar os mancais completamente e inspecionar as
peças desmontadas e o interior dos anéis de fixação;
▪ Certificar-se de que as superfícies do rolamento, eixo e
anéis de fixação estejam perfeitamente lisas;
▪ Preencher ¾ do depósito dos anéis de fixação interno e
externo com a graxa recomendada (Figura 7.3) e
lubrificar o rolamento com quantidade suficiente de
graxa antes de montá-lo;
▪ Antes de montar o rolamento no eixo, aqueça-o a uma
temperatura entre 50ºC e 100ºC;
▪ Para montagem completa do mancal, siga as
instruções para desmontagem na ordem inversa.
▪ A eficiência de vedação contra Taconita dar-se-á pelo
preenchimento de graxa entre as saliências da vedação
labirinto e anel externo (quando existir)

Figura 7.2: Partes do mancal de rolamento a graxa

Legenda da Figura 7.2:


1. Anel de fixação interno
2. Feltro branco
3. Parafuso de fixação dos anéis
4. Parafuso de fixação do disco
5. Anel de fixação externo Figura 7.3: Anel de fixação externo do mancal
6. Anel com labirinto
7. Parafuso de fixação do centrifugador 7.8.2 Mancais de rolamento a óleo
8. Centrifugador de graxa
9. Gaveta para saída da graxa
10. Rolamento
11. Graxeira
12. Protetor térmico
13. Disco de fechamento externo

Antes de desmontar:
▪ Retirar os tubos de prolongamento da entrada e saída
de graxa;
▪ Limpar completamente a parte externa do mancal;
▪ Retirar a escova de aterramento (se houver);
▪ Retirar os sensores de temperatura do mancal
Figura 7.4: Mancal de rolamento a óleo
Desmontagem
Para desmontar o mancal, proceder de acordo com as Legenda da Figura 7.4:
orientações a seguir: Entrada de óleo
1. Retirar os parafusos (4) que fixam o disco de Visor de nível de óleo
Saída de óleo
fechamento (13);
2. Retirar o anel com labirinto (6);
3. Retirar o parafuso (3) dos anéis de fixação (1 e 5);
7.8.2.1 Instruções para lubrificação
4. Retirar o anel de fixação externo (5);
5. Retirar o parafuso (7) que fixa o centrifugador de Drenagem do óleo: Quando é necessário efetuar a troca
graxa (8); do óleo do mancal, remover a tampa da saída de óleo (3)
6. Retirar o centrifugador de graxa (8); e drenar o óleo completamente.
7. Retirar a tampa dianteira; Para colocação de óleo no mancal:
8. Retirar o rolamento (10); ▪ Fechar a saída de óleo com a tampa (3);
9. Retirar o anel de fixação interno (1), se necessário. ▪ Remover a tampa da entrada de óleo ou filtro (1);
▪ Colocar o óleo especificado até o nível indicado no visor
de óleo.
ATENÇÃO
▪ Durante a desmontagem dos mancais, NOTAS
deve-se ter cuidado para não causar danos
às esferas, rolos ou à superfície do eixo; 1. Todos os furos roscados não usados
▪ Guardar as peças desmontadas em local devem estar fechados por plugues e
seguro e limpo. nenhuma conexão pode apresentar
vazamento;
2. O nível de óleo é atingido quando o
lubrificante pode ser visto
aproximadamente no meio do visor de
nível;
3. O uso de quantidade maior de óleo não
prejudica o mancal, mas pode ocasionar
vazamentos através das vedações de eixo;
4. Nunca utilizar ou misturar óleo hidráulico
ao óleo lubrificante dos mancais.
7.8.2.2 Tipo de óleo 7.8.2.5 Desmontagem dos mancais

O tipo e a quantidade de óleo lubrificante a ser


utilizado estão especificados na placa de
características fixada no motor.

7.8.2.3 Troca do óleo

A troca do óleo dos mancais deve ser feita obedecendo


os intervalos em função da temperatura de trabalho do
mancal mostrados na Tabela 7.5:

Tabela 7.5: Intervalos para troca de óleo


Temperatura de trabalho Intervalo para troca de
do mancal óleo do mancal
Abaixo de 75 ºC 20.000 horas
Entre 75 e 80 ºC 16.000 horas
Entre 80 e 85 ºC 12.000 horas
Entre 85 e 90 ºC 8.000 horas
Entre 90 e 95 ºC 6.000 horas Figura 7.5: Partes do mancal de rolamento a óleo
Entre 95 e 100 ºC 4.000 horas Legenda da Figura 7.5:
1. Reservatório de óleo externo
2. Reservatório de óleo interno
A vida útil dos mancais depende de suas condições de
3. Anel de fixação externo
operação, das condições de operação do motor e dos 4. Centrifugador de óleo
procedimentos de manutenção. 5. Parafuso
Proceder de acordo com as orientações a seguir: 6. Anel de fixação interno
▪ O óleo selecionado para a aplicação deve ter a 7. Rolamento
viscosidade adequada para a temperatura de 8. Anel com labirinto
operação do mancal. O tipo de óleo recomendado 9. Parafuso
pela WEG já considera estes critérios; 10. Respiro
11. Parafuso de fixação do reservatório externo
▪ Quantidade insuficiente de óleo pode danificar o
12. Parafuso de fixação do reservatório interno
mancal; 13. Parafuso de fixação da tampa
▪ O nível de óleo mínimo recomendado é alcançado 14. Tampa de proteção do mancal
quando o lubrificante pode ser visto na parte inferior
do visor de nível de óleo com o motor parado. Antes de desmontar:
▪ Limpar externamente todo o mancal;
ATENÇÃO ▪ Remover completamente o óleo do mancal;
▪ Remover o sensor de temperatura (10) do mancal;
O nível de óleo deve ser verificado ▪ Remover a escova de aterramento (se houver);
diariamente e deve permanecer no meio ▪ Providenciar um suporte para o eixo para sustentar o
do visor do nível de óleo. rotor durante a desmontagem.

7.8.2.4 Operação dos mancais Desmontagem do mancal:


Para desmontar o mancal, proceder de acordo com as
A partida do sistema, bem como as primeiras horas orientações a seguir:
de operação, devem ser monitoradas 1. Retirar o parafuso (9) que fixa o anel com selo
cuidadosamente. labirinto (8);
Antes da partida, verificar: 2. Retirar o anel com selo labirinto (8);
▪ Se o óleo utilizado está de acordo com o 3. Retirar os parafusos (11) que fixam o tampa de
especificado na placa de características; proteção do mancal (14);
▪ As características do lubrificante; 4. Retirar a tampa de proteção (14);
▪ O nível de óleo; 5. Retirar os parafusos (5) que fixam o centrifugador
▪ As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas de óleo (4) e remover o centrifugador;
para o mancal. 6. Retirar os parafusos (11) do anel de fixação
Durante a primeira partida, deve-se ficar atento quanto externo (3);
a eventuais vibrações ou ruídos. Caso o mancal não 7. Retirar o anel de fixação externo (3);
trabalhe de maneira silenciosa e uniforme, o motor 8. Soltar os parafusos (12 e 13);
deve ser desligado imediatamente. 9. Retirar o reservatório de óleo externo (1);
O motor deve operar durante algumas horas até que a 10. Retirar o rolamento (7);
temperatura dos mancais se estabilize. Caso ocorra 11. Se for necessária a desmontagem completa do
uma sobre-elevação de temperatura dos mancais, o mancal, retirar o anel de fixação interno (6) e o
motor deverá ser desligado e os mancais e sensores reservatório interno de óleo (2).
de temperatura devem ser verificados.
ATENÇÃO
Verificar se não há vazamento de óleo pelos plugues,
juntas ou pela ponta de eixo. ▪ Durante a desmontagem dos mancais,
deve-se ter cuidado para não causar
danos às esferas, rolos ou à superfície do
eixo;
▪ Guardar as peças desmontadas em local
seguro e limpo.
7.8.2.6 Montagem dos mancais 7.8.4.4 Troca de óleo
▪ Limpar completamente o rolamento, os reservatórios de Mancais auto lubrificáveis
óleo e inspecionar todas as peças para montagem do A troca do óleo dos mancais deve ser feita obedecendo os
mancal quanto a danos. intervalos em função da temperatura de trabalho do
▪ Certificar-se de que as superfícies de contato do mancal mostrados na Tabela 7.6:
rolamento estejam lisas, sem riscos ou com vestígios
de corrosão; Tabela 7.6: Intervalos para troca de óleo
▪ Antes da montagem do rolamento no eixo, aquecer o Temperatura de trabalho Intervalo para troca de
mesmo a uma temperatura entre 50 e 100 ºC; do mancal óleo do mancal
▪ Para montagem completa do mancal, seguir as Abaixo de 75 ºC 20.000 horas
instruções de desmontagem na ordem inversa. Entre 75 e 80 ºC 16.000 horas
Entre 80 e 85 ºC 12.000 horas
Entre 85 e 90 ºC 8.000 horas
ATENÇÃO Entre 90 e 95 ºC 6.000 horas
Durante a montagem do mancal, aplicar Entre 95 e 100 ºC 4.000 horas
selante (Ex.: Curil T) para vedar as
Mancais com circulação de óleo (externa)
superfícies do reservatório de óleo.
A troca do óleo dos mancais deve ser feita a cada 20.000
horas de trabalho ou sempre que o lubrificante apresentar
7.8.3 Substituição dos rolamentos alterações em suas características. A viscosidade e o pH
do óleo devem ser verificados periodicamente.
A desmontagem dos rolamentos deve ser feita com
ferramenta adequada (extrator de rolamentos). As garras
do extrator deverão ser aplicadas sobre a face lateral do NOTA
anel interno do rolamento a ser desmontado ou sobre uma O nível de óleo deve ser verificado
peça adjacente. diariamente e deve permanecer no meio do
visor de nível de óleo.

Os mancais devem ser lubrificados com o óleo


especificado, respeitando os valores de vazão informados
na placa de identificação dos mesmos. Todos os furos
roscados não usados devem estar fechados por plugues e
nenhuma conexão pode apresentar vazamento. O nível
Figura 7.6: Dispositivo para sacar o rolamento
de óleo é atingido quando o lubrificante pode ser visto
aproximadamente no meio do visor de nível. O uso de
7.8.4 Mancais de deslizamento
maior quantidade de óleo não prejudica o mancal, mas
7.8.4.1 Dados dos mancais pode causar vazamentos através das vedações de eixo.

Mancais de cárter seco, ou que utilizam duas saídas de ATENÇÃO


óleo por mancal, não possuem visor de nível de óleo. ▪ Os cuidados tomados com a lubrificação
Portanto não é necessário fazer a verificação do nível de determinarão a vida útil dos mancais e a
óleo. Os dados característicos como tipo, quantidade e segurança no funcionamento do motor. Por
vazão de óleo estão descritos na placa característica dos isso, deve-se observar as seguintes
mancais e devem ser seguidos rigorosamente sob pena recomendações:
de sobreaquecimento e danos aos mancais. A instalação ▪ O óleo lubrificante selecionado deverá ser
hidráulica (para mancais com lubrificação forçada) e a aquele que tenha a viscosidade adequada
alimentação de óleo para os mancais do motor são de para a temperatura de trabalho dos
responsabilidade do usuário. mancais. Isso deve ser observado em cada
troca de óleo ou durante as manutenções
7.8.4.2 Instalação e operação dos mancais
periódicas;
Para informação sobre a relação das peças, instruções ▪ Nunca usar ou misturar óleo hidráulico com
para montagem e desmontagem, detalhes de o óleo lubrificante dos mancais;
manutenção, consultar o manual de instalação e operação ▪ Quantidade insuficiente de lubrificante,
específico dos mancais. devido a enchimento incompleto ou falta de
acompanhamento do nível, pode danificar
7.8.4.3 Refrigeração com circulação de água os casquilhos;
▪ O nível mínimo de óleo é atingido quando o
Os mancais de deslizamento com refrigeração por lubrificante pode ser visto na parte inferior
circulação de água possuem uma serpentina no interior do do visor de nível com o motor parado.
reservatório de óleo do mancal por onde circula a água. ▪ O nível de óleo deve estar dentro de uma
Para assegurar uma refrigeração eficiente do mancal, a faixa especificada, conforme indicado pelo
água circulante deve ter, na entrada do mancal, uma visor de nível. O nível mínimo de óleo é um
temperatura menor ou igual a do ambiente, a fim de que quarto da distância da parte inferior do visor
ocorra a refrigeração. A pressão da água deve ser de 0,1 de vidro e o nível máximo de óleo é três
bar e a vazão igual a 0,7 l/s. O pH deve ser neutro. quartos da distância da parte superior do
visor de vidro. Se o equipamento não tiver
NOTA tubos de saída de óleo, entre em contato
com a WEG para obter orientação sobre
Sob hipótese alguma pode haver como garantir o nível adequado de óleo na
vazamento de água para o interior do saída.
reservatório de óleo, o que contaminará o
lubrificante.
7.8.4.5 Vedações 7.8.4.7 Manutenção dos mancais de
deslizamento
Fazer inspeção visual das vedações, verificando se as
marcas de arraste do selo de vedação no eixo não
A manutenção de mancais de deslizamento inclui:
comprometem sua integridade e se há trincas e partes
▪ Verificação periódica do nível de óleo e das
quebradas. Peças trincadas ou quebradas devem ser
condições do lubrificante;
substituídas.
▪ Verificação dos níveis de ruído e de vibrações do
No caso de manutenção do mancal, para montar o selo
mancal;
de vedação deve-se limpar cuidadosamente as faces
▪ Monitoramento da temperatura de trabalho e
de contato do selo e de seu alojamento e recobrir as
reaperto dos parafusos de fixação e montagem;
vedações com um componente não endurecível (Ex.
▪ Para facilitar a troca de calor com o meio, a carcaça
Curil T). As duas metades do anel labirinto de vedação
deve ser mantida limpa, sem acúmulo de óleo ou
devem ser unidas por uma mola circular.
poeira na sua parte externa;
Os furos de drenagem localizados na metade inferior
▪ O mancal traseiro é isolado eletricamente. As
do anel, devem ser mantidos limpos e desobstruídos.
superfícies esféricas de assento do casquilho na
Uma instalação incorreta pode danificar a vedação e
carcaça são encapadas com um material isolante.
causar vazamento de óleo.
Nunca remova esta capa;
▪ O pino antirrotação também é isolado, e os selos de
ATENÇÃO vedação são feitos de material não condutor;
▪ Instrumentos de controle da temperatura que
Para maiores detalhes sobre a estiverem em contato com o casquilho também
desmontagem e montagem dos selos de devem ser devidamente isolados.
vedação dos mancais de deslizamento,
consultar o manual específico destes
equipamentos.

7.8.4.6 Operação dos mancais de


deslizamento

A partida do sistema, bem como as primeiras horas


de operação, devem ser monitoradas
cuidadosamente.
Antes da partida, verificar:
▪ Se os tubos de entrada e saída de óleo (se houver)
estão limpos. Limpar os tubos por decapagem, se
necessário;
▪ Se o óleo utilizado está de acordo com o
especificado na placa de características;
▪ As características do lubrificante;
▪ O nível de óleo;
▪ As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas
para o mancal.
Durante a primeira partida, deve-se ficar atento quanto
a eventuais vibrações ou ruídos. Caso o mancal não
trabalhe de maneira silenciosa e uniforme, o motor
deve ser desligado imediatamente.
O motor deve operar durante algumas horas até que a
temperatura dos mancais se estabilize. Caso ocorra
uma sobre-elevação de temperatura dos mancais, o
motor deverá ser desligado e os mancais e sensores
de temperatura devem ser verificados.
Verificar se não há vazamento de óleo pelos plugues,
juntas ou pela ponta de eixo.
7.8.4.8 Desmontagem e montagem do mancal

4 3 22
5
8 9

19 13 20
6 14 11
21 15

7 16

17

18
10

13

14 1 2 12

Figura 7.7: Partes do mancal de deslizamento

Legenda da Figura 7.7: os parafusos (10) e desencaixar a metade superior do


Bujão de dreno alojamento do labirinto (20);
Carcaça do mancal ▪ Desencaixar e remover a metade superior do casquilho
Carcaça do motor
(13);
Parafusos de fixação
Capa da carcaça do mancal
▪ Remover os parafusos que unem as duas metades do
Parafusos da capa do mancal bipartido anel pescador (14) e separe-as e retire-as com cuidado;
Selo máquina ▪ Retirar as molas circulares dos anéis labirinto e remova a
Parafusos de selo da máquina metade superior de cada anel. Rotacionar as metades
Olhal de suspensão inferiores dos anéis para fora de seus alojamentos e
Parafusos da tampa externa retire-as;
Tampa externa ▪ Desconectar e remover o sensor de temperatura
Casquilho inferior montado na metade inferior do casquilho;
Casquilho superior
▪ Com talha ou macaco, levantar o eixo alguns milímetros
Anel pescador
Entrada de óleo
para que a metade inferior do casquilho possa ser
Conexão para sensor de temperatura rotacionada para fora do seu assento. Para isso, é
Visor do nível de óleo ou saída de óleo para lubrificação necessário afrouxar os parafusos 4 e 6 da outra metade
Bujão para tubos do mancal;
Parafusos de proteção externa ▪ Rotacionar cuidadosamente a metade inferior do
Alojamento do selo labirinto casquilho sobre o eixo e remova-a;
Selo labirinto ▪ Desatarraxar os parafusos (19) e retirar a metade inferior
Tubo de respiro da proteção externa (11);
▪ Desatarraxar os parafusos (10) e remover a metade
Desmontagem inferior do alojamento do selo labirinto (20);
Para desmontar o mancal e ter acesso aos casquilhos, ▪ Retirar os parafusos (4) e remover a metade inferior da
bem como a outros componentes, proceder carcaça (2);
cuidadosamente conforme as instruções a seguir. Guardar ▪ Desatarraxar os parafusos (8) e remover o selo da
todas as peças em local seguro (Figura 7.7). máquina (7). Limpar e inspecionar completamente as
Lado acionado: peças removidas bem como o interior da carcaça.
▪ Limpar completamente o lado exterior da carcaça.
Desatarraxar e retirar o plugue do dreno de óleo (1)
localizado na parte inferior da carcaça permitindo que NOTA
todo o lubrificante escoe; Torque de aperto dos parafusos de fixação do
▪ Remover os parafusos (4) que fixam a metade superior mancal no motor = 10 kgfm.
da carcaça (5) no motor (3);
▪ Retirar os parafusos (6) que unem as faces bipartidas da
carcaça (2 e 5); Lado não acionado:
▪ Usar os parafusos olhais de içamento (9) para levantar a ▪ Limpar completamente o lado externo da carcaça. Soltar
metade superior da carcaça (5) desencaixando-a e retirar o plugue (1) do dreno de óleo localizado na parte
completamente das metades inferiores da vedação inferior da carcaça, permitindo que todo o lubrificante
externa (11), dos labirintos de vedação, dos alojamentos escoe;
dos labirintos (20) e do casquilho (12); ▪ Soltar os parafusos (19) e retirar a tampa do mancal (11);
▪ Fazer a desmontagem da metade superior da carcaça ▪ Desatarraxar os parafusos (4) que fixam a metade
sobre uma bancada. Desatarraxar os parafusos (19) e superior da carcaça (5) ao motor (3). Retirar os parafusos
retirar a metade superior da proteção externa. Remover (6) que unem as faces bipartidas da carcaça do mancal
(2 e 5);
▪ Usar os parafusos olhais de içamento (9) para levantar a correspondentes na metade inferior. Montagens
metade superior da carcaça (5), desencaixando-a incorretas podem causar sérios danos aos casquilhos;
completamente das metades inferiores da carcaça (2), do ▪ Verificar se o anel pescador gira livremente sobre o eixo.
labirinto de vedação e do casquilho (12); Com a metade inferior do casquilho posicionada, instalar
▪ Desencaixar e retirar a metade superior do casquilho o selo de vedação do lado flangeado do mancal (ver item
(13); 7.8.4.5).
▪ Remover os parafusos que unem as duas metades do Após revestir as faces bipartidas da carcaça com um
anel pescador (14), separe-as e retire-as com cuidado; componente de vedação não endurecível, montar a
▪ Retirar a mola circular do anel labirinto e remover a parte superior da carcaça (5) cuidando para que os
metade superior do anel. Rotacionar a metade inferior do selos de vedação estejam perfeitamente ajustados em
anel labirinto para fora do seu alojamento e retire-a; seus encaixes. Certificar-se também de que o pino
▪ Desconectar e remover o sensor de temperatura antirrotação esteja encaixado sem nenhum contato com
montado na metade inferior do casquilho; o furo correspondente no casquilho.
▪ Com talha ou macaco levantar o eixo alguns milímetros
para que a metade inferior do casquilho possa ser 7.8.5 Desmontagem/montagem dos sensores
rotacionada para fora do seu assento; de temperatura dos mancais
▪ Rotacionar cuidadosamente a metade inferior do deslizamento
casquilho (12) sobre o eixo e remova-a;
▪ Retirar os parafusos (4) e remova a metade inferior da
carcaça (2);
▪ Desatarraxar os parafusos (8) e remover o selo da
máquina (7);
▪ Limpar e inspecionar completamente as peças removidas
bem como o interior da carcaça.

NOTA
Torque de aperto dos parafusos de fixação Figura 7.8: Pt100 nos mancais
do mancal no motor = 10 Kgfm. Legenda da Figura 7.8:
Niple de redução
Adaptador isolante
Montagem Contraporca
▪ Inspecionar as superfícies de encaixe do flange, Bulbo
certificando-se que elas estejam limpas, planas e isentas Tubo flexível
de rebarbas; Sensor de Temperatura Pt-100
▪ Verificar se as medidas do eixo estão dentro das Mancal não isolado
tolerâncias especificadas pelo fabricante e se a Mancal isolado
rugosidade está de acordo com o exigido (< 0,4m); Instruções para desmontagem:
▪ Remover a metade superior da carcaça (2) e os Caso seja necessário retirar o Pt100 para manutenção
casquilhos (12 e 13), verificar se não ocorreu nenhum do mancal, proceder de acordo com as orientações a
dano durante o transporte e limpar completamente as seguir:
superfícies de contato; ▪ Retirar o Pt100 com cuidado, travando a contraporca
▪ Levantar o eixo alguns milímetros e encaixar o flange da (3) e desrosquear apenas do ajuste do bulbo (4);
metade inferior do mancal no rebaixo usinado na tampa ▪ As peças (2) e (3) não devem ser desmontadas.
da máquina e aparafusar nesta posição;
▪ Aplicar óleo no assento esférico da carcaça e no eixo. Instruções para montagem:
Colocar o casquilho inferior (12) sobre o eixo e rotacionar
para a sua posição, cuidando para que as superfícies
axiais de posicionamento não sejam danificadas. Após ATENÇÃO
alinhar cuidadosamente as faces da metade inferior do Antes de efetuar a montagem do Pt100 no
casquilho e da carcaça, abaixar vagarosamente o eixo mancal, verificar se o mesmo não
até sua posição de trabalho. Com um martelo aplicar apresenta marcas de batidas ou outra
leves golpes na carcaça para que o casquilho se avaria qualquer que possa comprometer
posicione corretamente em relação ao seu assento e ao seu funcionamento.
eixo. Este procedimento gera uma vibração de alta
frequência que diminui o atrito estático entre o casquilho ▪ Inserir o Pt100 no mancal;
e a carcaça e facilita o seu correto alinhamento; ▪ Travar contraporca (3) com uma chave;
▪ A capacidade de auto alinhamento do mancal tem a ▪ Rosquear no bulbo (4), ajustando-o para que a
função de compensar somente a deflexão normal do eixo extremidade do Pt100 encoste na superfície externa
durante a montagem. Na sequência deve-se instalar o do rolamento.
anel pescador, o que deve ser feito com muito cuidado,
pois o funcionamento perfeito do mancal depende da
lubrificação fornecida pelo anel. Os parafusos devem ser NOTAS
levemente apertados e qualquer rebarba ▪ A montagem do Pt100 nos mancais não
cuidadosamente removida para proporcionar um isolados deve ser feita diretamente no
funcionamento suave e uniforme do anel. Numa eventual mancal, sem o adaptador isolante (2);
manutenção, deve-se cuidar para que a geometria do ▪ O torque de aperto para montagem do
anel não seja alterada; Pt100 e dos adaptadores não deve ser
▪ As metades inferiores e superiores do casquilho superior a 10Nm.
possuem números de identificação ou marcações para
orientar o seu posicionamento. Posicionar a metade
superior do casquilho alinhando suas marcações com as
8 DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MOTOR
ATENÇÃO
Todos os serviços de reparos, desmontagem, montagem devem ser executados apenas por profissionais
devidamente capacitados e treinados, sob pena de ocasionar danos ao equipamento e danos pessoais.
Em caso de dúvidas, consultar a WEG. A sequência para a desmontagem e montagem depende do
modelo do motor. Utilizar sempre ferramentas e dispositivos adequados. Qualquer peça danificada (trincas,
amassamento de partes usinadas, roscas defeituosas), deve ser substituída, evitando a recuperação da
mesma.

8.1 DESMONTAGEM 8.4 TORQUE DE APERTO


Os seguintes cuidados devem ser tomados na A Tabela 8.1 e Tabela 8.2 apresentam os torques de
desmontagem do motor elétrico: aperto dos parafusos recomendados para montagem do
1. Utilizar sempre ferramentas e dispositivos adequados motor ou de suas peças.
para desmontagem do motor;
2. Antes de desmontar o motor, desconectar os tubos NOTA
de água de refrigeração e de lubrificação (se houver);
3. Desconectar as ligações elétricas e dos acessórios; A classe de resistência normalmente está
4. Retirar o trocador de calor e supressor de ruído (se indicada na cabeça dos parafusos
houver); sextavados.
5. Retirar os sensores de temperatura dos mancais e
escova de aterramento; Tabela 8.1: Torques de aperto dos parafusos para peças
6. Para prevenir danos ao rotor e às cabeças de metal / metal
bobinas, apoiar o eixo nos lados dianteiro e traseiro; Material / Classe de Aço carbono / Aço inox /
resistência 8.8 ou superior A2 – 70 ou superior
7. Para desmontagem dos mancais, seguir os
% Tensão de 70%
procedimentos descritos neste manual; 70%
escoamento
8. A retirada do rotor do interior do motor deve ser feita Molycote Molycote
Lubrificante Seco Seco
com um dispositivo adequado e com o máximo de 1000 1000
Diâm. Passo (mm) Torque de aperto em parafusos (Nm)
cuidado para que o rotor não arraste no pacote de
M4 0,7 2,1 1,8 1,8 1,3
chapas do estator ou nas cabeças de bobina, M5 0,8 4,2 3,6 3,6 2,7
evitando danos. M6 1 8 6 6,2 4,5
M8 1,25 19,5 15 15 11
8.2 MONTAGEM M10 1,5 40 29 30 22
M12 1,75 68 51 52 38
Para montagem do motor, seguir os procedimentos de M14 2 108 81 84 61
M16 2 168 126 130 94
desmontagem na ordem inversa. M18 2,5 240 174 180 130
M20 2,5 340 245 255 184
8.3 MEDIÇÃO DO ENTREFERRO M22 2,5 470 335 350 251
M24 3 590 424 440 318
Após a desmontagem e montagem do motor, é M27 3 940 621 700 466
necessário medir o entreferro para verificar a M30 3,5 1170 843 880 632
concentricidade do rotor. Medir o espaço de entreferro do M33 3,5 1730 1147 1300 860
M36 4 2060 1473 1540 1105
suporte metálico da vedação do eixo dos motores, medir M42 4,5 3300 2359 2470 1770
o eixo em quatro pontos equidistantes do eixo (45°, 135°, M48 5 5400 3543 4050 2657
225° e 315°). A diferença entre as medidas de entreferro
em dois pontos diametralmente opostos terá que ser Tabela 8.2: Torques de aperto dos parafusos para peças
inferior a 10% da medida do entreferro médio. metal / isolante
Material / Classe de Aço carbono / Aço inox /
resistência 8.8 ou superior A2 – 70 ou superior
ATENÇÃO % Tensão de
40% 40%
escoamento
O mancal só pode ser fechado após a Molycote Molycote
Lubrificante Seco Seco
1000 1000
conclusão do alinhamento e medição do
Diâm. Passo (mm) Torque de aperto em parafusos (Nm)
entreferro. M4 0,7 1 1 1 1,3
M5 0,8 2 2 1,7 2,7
M6 1 4,4 3 3,4 4,5
Para mancal único:
M8 1,25 10,7 7,5 8,3 11
M10 1,5 21 15 16,5 22
M12 1,75 37 26 28 38
M14 2 60 42 46 61
M16 2 92 65 72 94
M18 2,5 132 90 100 130
M20 2,5 187 126 140 184
M22 2,5 260 172 190 251
M24 3 330 218 240 318
M27 3 510 320 390 466
M30 3,5 640 433 480 632
M33 3,5 950 590 710 860
Figura 8.1: Medição entreferro M36 4 1130 758 840 1105
M42 4,5 1800 1213 1360 1770
Legenda Figura 8.1: M48 5 2970 1822 2230 2657
1. LA vedação do eixo
2. Vedação do motor
8.5 PEÇAS DE REPOSIÇÃO
A Tabela 8.3 mostra as peças de reposição necessárias, que devem ser mantidas em estoque para os
procedimentos de manutenção recomendados plano de manutenção, e as peças de reposição opcionais, que
podem ser solicitadas para atender eventuais necessidades de substituição.

Tabela 8.3: Lista de peças de reposição necessárias e opcionais


Modelo do motor
Peças de reposição MGA, MGP, MGL,
MGF MGW MGR W60
MGD, MGT MGI
Sensor de temperatura para mancal dianteiro e traseiro ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Resistência de aquecimento ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Feltro para filtro (se houver) ▲ ▲ ▲ ▲
Escova de aterramento ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Rolamento dianteiro e traseiro para o moto-ventilador ▲
Lubrificante para os mancais ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Sensor de vibração para mancal dianteiro e traseiro (se
• • • • • •
aplicável)
Conversor de sinal de vibração para mancal dianteiro e traseiro
• • • • • •
(se aplicável)
Sensor de temperatura para o ar (se aplicável) • • • • • •
Sensor de temperatura para a água (se aplicável) • •
Conjunto sensor de vazamento de água (se aplicável) • •
Relê repetidor para o sensor de vazamento de água (se
• •
aplicável)
Válvula reguladora de água (se aplicável) • •
Motor para moto-ventilador •
Rolamento ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Mancais de rolamento

Selo de teflon ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
(1 peça para cada

Anel de fixação interno • • • • • •


mancal)

Anel de fixação externo • • • • • •


Centrifugador de graxa • • • • • •
Anel com labirinto • • • • • •
Mola de pressão cilíndrica • • • • • •
Anel de proteção contra a entrada de água • • • • • •
Conjunto de casquilhos ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
cada mancal)
deslizamento
(1 peça para
Mancais de

Selo labirinto flutuante ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲


Selo mecânico ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Anel pescador • • • • • •
Válvula reguladora de óleo (se aplicável) • • • • • •

▲ Peças de reposição necessárias


• Peças de reposição opcionais

NOTAS
Ao fazer uma encomenda de peças sobressalentes, informar o tipo e o número de série do motor,
conforme especificado na placa de identificação do mesmo.
As peças sobressalentes devem ser armazenadas em ambientes limpos, secos e bem arejados e, se
possível, em uma temperatura constante.
9 PLANO DE MANUTENÇÃO
O plano de manutenção descrito na Tabela 9.1 é apenas orientativo, sendo que os intervalos entre cada intervenção de
manutenção podem variar com as condições e o local de funcionamento do motor.
Para os equipamentos associados, como unidade de fornecimento de água ou sistema de comando e proteção, deve-se
consultar também os manuais específicos dos mesmos.
Tabela 9.1: Plano de manutenção
3 6 3
PARTE DO MOTOR Semanal Mensal Anual
meses meses anos
ESTATOR
Inspeção visual do estator. x
Controle da limpeza. x
Inspeção das estecas das ranhuras. x
Verificação da fixação dos terminais do
x
estator
Medição da resistência de isolamento do
x
enrolamento.
ROTOR
Inspeção visual. x
Controle da limpeza. x
Inspeção do eixo (desgaste, incrustações). x
MANCAIS
Controle do ruído, vibração, vazão de óleo,
x
vazamentos e temperatura.
Controle da qualidade do lubrificante. x
Inspeção dos casquilhos e pista do eixo
x
(mancal de deslizamento).
Conforme período indicado
Troca do lubrificante. na placa de características do
mancal.
TROCADOR DE CALOR AR-ÁGUA
Inspeção dos radiadores. x
Limpeza dos radiadores. x
Aumentar a frequência de
Inspeção dos anodos de sacrifício dos
x inspeção em caso de
radiadores (se houver). corrosão excessiva.
Troca das juntas (gaxetas) dos cabeçotes
x
dos radiadores.
TROCADOR DE CALOR AR-AR
Limpeza dos tubos de ventilação. x
Inspeção da ventilação. x
FILTRO(S) DE AR
Inspeção, limpeza e substituição, se
x
necessário.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E CONTROLE
Registro dos valores. x
Teste de funcionamento. x
Desmontagem e teste do funcionamento. x
ACOPLAMENTO
Verificar após a primeira
Inspeção do alinhamento. x semana de funcionamento.
Verificar após a primeira
Inspeção da fixação do acoplamento. x semana de funcionamento.
MOTOR COMPLETO
Inspeção do ruído e vibração. x
Drenagem da água condensada. x
Reaperto dos parafusos. x
Limpeza das caixas de ligação. x
Reaperto das conexões elétricas e do
x
aterramento.
10 ANORMALIDADES, CAUSAS E SOLUÇÕES

NOTA
As instruções na Tabela 10.1 apresentam apenas uma relação básica de anormalidades, causas e
medidas corretivas. Em caso de dúvida, consultar a WEG.

Tabela 10.1: Relação básica de anormalidades, causas e ações corretivas

ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS CORREÇÃO


▪ No mínimo dois cabos de alimentação ▪ Verificar o painel de comando, os cabos de
estão interrompidos, sem tensão alimentação, os terminais
Motor não parte nem acoplado
e nem desacoplado ▪ Rotor está bloqueado ▪ Desbloquear o rotor

▪ Mancal danificado ▪ Substituir o mancal


▪ Torque de carga muito grande durante a ▪ Não aplicar carga na máquina acionada
partida durante a partida
▪ Medir a tensão de alimentação, ajustar o
▪ Tensão de alimentação muito baixa
valor correto
Motor parte a vazio, mas falha
▪ Verificar dimensionamento da instalação
quando se aplica carga. Parte ▪ Queda de tensão muito alta nos cabos de
(transformador, seção dos cabos, verificar
muito lentamente e não atinge alimentação
relés, disjuntores etc.)
rotação nominal
▪ Rotor com barras falhadas ou ▪ Verificar e consertar o enrolamento do
interrompidas rotor
▪ Um cabo de alimentação ficou
▪ Verificar os cabos de alimentação
interrompido após a partida
A corrente do estator oscila em
carga com o dobro de
▪ Verificar e consertar o enrolamento do
frequência de escorregamento. ▪ Enrolamento do rotor está interrompido
rotor
O motor apresenta zumbido na
partida
▪ Medir a tensão de alimentação e ajustá-la
Corrente a vazia muito alta ▪ Tensão de alimentação muito alta
no valor correto
▪ Curto-circuito entre espiras
Aquecimentos localizados no ▪ Interrupção de fios paralelos ou fases do ▪ Rebobinar
enrolamento do estator enrolamento do estator
▪ Ligação deficiente ▪ Refazer a ligação
Aquecimentos localizados no ▪ Consertar enrolamento do rotor ou
▪ Interrupções no enrolamento do rotor
rotor substituí-lo
▪ O ruído normalmente diminui com a queda
▪ Causas mecânicas de rotação, ver também: "operação
Ruído anormal durante ruidosa quando desacoplado"
operação com carga
▪ O ruído desaparece quando se desliga o
▪ Causas elétricas
motor. Consultar a WEG
▪ Defeito nos componentes de transmissão ▪ Verificar a transmissão de força, o
ou na máquina acionada acoplamento e o alinhamento

▪ Defeito na transmissão por engrenagem ▪ Alinhar o acionamento


▪ Realinhar/nivelar o motor e a máquina
Quando acoplado aparece ▪ Base desalinhada/desnivelada
acionada
ruído, desacoplado o ruído
▪ Balanceamento deficiente dos
desaparece ▪ Fazer novo balanceamento
componentes ou da máquina acionada
▪ Acoplamento defeituoso ▪ Reparar ou substituir o acoplamento

▪ Sentido de rotação do motor errado ▪ Inverter a ligação de 2 fases entre si


ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS CORREÇÃO
▪ Ventiladores com sentido de rotação
▪ Corrigir sentido de rotação dos ventiladores
invertido
▪ Refrigeração insuficiente devido a canais de
▪ Abrir e limpar os canais de passagens de ar
ar sujos
▪ Medir a corrente do estator, diminuir a
▪ Sobrecarga
carga. Analisar a aplicação do motor
▪ Elevado número de partidas ou momento
▪ Reduzir o número de partidas
de inércia muito alto
▪ Não exceder em 110% a tensão nominal,
▪ Tensão muito alta, consequentemente, as
salvo especificação na placa de
perdas no ferro são muito altas
identificação
▪ Tensão muito baixa, consequentemente a ▪ Verificar a tensão de alimentação e a queda
corrente é muito alta de tensão no motor.
▪ Interrupção em um cabo de alimentação ou ▪ Medir a corrente em todas as fases e, se
Enrolamento do estator em uma fase do enrolamento necessário, corrigir
esquenta muito sob carga ▪ Verificar entreferro, condições de
▪ Rotor arrasta contra o estator funcionamento (vibração etc.), condições
dos mancais
▪ A condição de operação não corresponde ▪ Manter a condição de operação conforme
aos dados na placa de identificação placa de identificação, ou reduzir a carga
▪ Desequilíbrio na alimentação (fusível ▪ Verificar se há desequilíbrio das tensões ou
queimado, comando errado) operação com apenas duas fases e corrigir
▪ Enrolamentos sujos
▪ Limpar
▪ Dutos de ar obstruídos

▪ Filtro de ar sujo ▪ Limpar o elemento filtrante.


▪ Sentido de rotação não compatível com o ▪ Analisar o ventilador em função do sentido
ventilador utilizado de rotação do motor
▪ O ruído continua durante a desaceleração
▪ Desbalanceamento após desligar a tensão.
▪ Fazer novo balanceamento
▪ Interrupção em uma fase do enrolamento ▪ Medir a entrada de corrente de todos os
do estator cabos de ligação
▪ Parafusos de fixação soltos ▪ Reapertar e travar os parafusos
▪ As condições de balanceamentos do rotor
Operação ruidosa quando ▪ Balancear o acoplamento
pioram após a montagem do acoplamento
desacoplado
▪ Ressonância da fundação ▪ Ajustar o fundamento

▪ Carcaça do motor distorcida ▪ Verificar a planicidade da base

▪ O eixo pode estar empenado


▪ Eixo torto ▪ Verificar o balanceamento do rotor e a
excentricidade
▪ Verificar o empenamento do eixo ou o
▪ Entreferro não uniforme
desgaste dos rolamentos
11 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
12 INFORMAÇÕES AMBIENTAIS 13 ASSISTENTES TÉCNICOS
12.1 EMBALAGEM Para consultar a rede de Assistentes Técnicos
Autorizados, acesse o site www.weg.net.
Os motores elétricos são fornecidos em embalagens de
papelão, polímeros, madeira ou material metálico. Estes
materiais são recicláveis ou reutilizáveis e devem
receber o destino certo conforme as normas vigentes de
cada país. Toda a madeira utilizada nas embalagens
dos motores WEG provém de reflorestamento e recebe
tratamento de antifungos.

12.2 PRODUTO
Os motores elétricos, sob o aspecto construtivo, são
fabricados essencialmente com metais ferrosos (aço,
ferro fundido), metais não ferrosos (cobre, alumínio) e
plástico.
O motor elétrico, de maneira geral, é um produto que
possui vida útil longa, porém quando for necessário seu
descarte, a WEG recomenda que os materiais da
embalagem e do produto sejam devidamente separados
e encaminhados para reciclagem.
Os materiais não recicláveis devem, como determina a
legislação ambiental, ser dispostos de forma adequada,
ou seja, em aterros industriais, coprocessados em
fornos de cimento ou incinerados. Os prestadores de
serviços de reciclagem, disposição em aterro industrial,
coprocessamento ou incineração de resíduos devem
estar devidamente licenciados pelo órgão ambiental de
cada estado para realizar estas atividades.

12.3 RESÍDUOS PERIGOSOS


Os resíduos de graxa e óleo utilizados na lubrificação
dos mancais devem ser descartados, conforme as
instruções dos órgãos ambientais pertinentes, pois sua
disposição inadequada pode causar impactos ao meio
ambiente.
14 TERMO DE GARANTIA
A WEG oferece garantia contra defeitos de fabricação ou de materiais, para seus produtos, por um período
de 12 (doze) meses, contados a partir da data de emissão da nota fiscal fatura da fábrica. No caso de
produtos adquiridos por revendas/distribuidor/ fabricantes, a garantia será de 12 (doze) meses a partir da
data de emissão da nota fiscal da revenda/ distribuidor/fabricante, limitado a 18 (dezoito) meses da data de
fabricação. A garantia independe da data de instalação do produto e os seguintes requisitos devem ser
satisfeitos:

▪ Transporte, manuseio e armazenamento adequados;


▪ Instalação correta e em condições ambientais especificadas e sem a presença de agentes agressivos;
▪ Operação dentro dos limites de suas capacidades;
▪ Realização periódica das devidas manutenções preventivas;
▪ Realização de reparos e/ou modificações somente por pessoas autorizadas por escrito pela WEG.
▪ O equipamento, na ocorrência de uma anomalia esteja disponível para o fornecedor por um período
mínimo necessário à identificação da causa da anomalia e seus devidos reparos;
▪ Aviso imediato, por parte do comprador, dos defeitos ocorridos e que os mesmos sejam posteriormente
comprovados pela WEG como defeitos de fabricação.

A garantia não inclui serviços de desmontagem nas instalações do comprador, custos de transportes do
produto e despesas de locomoção, hospedagem e alimentação do pessoal da Assistência Técnica quando
solicitado pelo cliente. Os serviços em garantia serão prestados exclusivamente em oficinas de Assistência
Técnica autorizadas WEG ou na própria fábrica.
Excluem-se desta garantia os componentes cuja vida útil, em uso normal, seja menor que o período de
garantia.
O reparo e/ou substituição de peças ou produtos, a critério da WEG durante o período de garantia, não
prorrogará o prazo de garantia original.
A presente garantia se limita ao produto fornecido não se responsabilizando a WEG por danos a pessoas, a
terceiros, a outros equipamentos ou instalações, lucros cessantes ou quaisquer outros danos emergentes
ou consequentes.

WEG Equipamentos Elétricos S.A.


Jaraguá do Sul - SC
Fone (47) 3276-4000 - Fax (47) 3276-4030
São Bernardo do Campo - SP
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Cod. 11066437 | Rev. 15 | Date (m/y): 01/2025

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