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O documento aborda doenças veiculadas pela água, destacando a esquistossomose e a leptospirose, que são prevalentes em regiões com saneamento básico precário. A esquistossomose é causada pelo Schistosoma mansoni e afeta milhões no Brasil, enquanto a leptospirose é uma zoonose transmitida por água contaminada, com alta incidência em populações vulneráveis. Além disso, o texto menciona a diarreia aguda e hepatites virais como problemas de saúde pública relacionados à falta de acesso à água potável e condições sanitárias inadequadas.
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O documento aborda doenças veiculadas pela água, destacando a esquistossomose e a leptospirose, que são prevalentes em regiões com saneamento básico precário. A esquistossomose é causada pelo Schistosoma mansoni e afeta milhões no Brasil, enquanto a leptospirose é uma zoonose transmitida por água contaminada, com alta incidência em populações vulneráveis. Além disso, o texto menciona a diarreia aguda e hepatites virais como problemas de saúde pública relacionados à falta de acesso à água potável e condições sanitárias inadequadas.
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AULA 6

MEIO AMBIENTE E DOENÇAS


TROPICAIS EMERGENTES

Prof.ª Tatiana Zuccolotto


TEMA 1 – DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA

1.1. Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença parasitária provocada por vermes do


gênero Schistosoma, que têm como hospedeiros intermediários caramujos de
água doce do gênero Bimphalaria, e os seres humanos como hospedeiros
definitivos (Fiocruz, 2018a). O Schistosoma mansoni é o agente etiológico da
esquistossomose, um helminto pertencente à classe Trematoda e à família
Schistosomatidae (Brasil, 2014a).
Os primeiros relatos da doença foram feitos nas bacias dos rios Nilo, na
África, e Yangtze, na Ásia, e, a partir de então, a esquistossomose alcançou novos
continentes. A longevidade dos vermes adultos, a grande capacidade de postura
das fêmeas e a existência de portadores eliminando ovos por muitos anos facilitou
essa propagação (Pordeus et al., 2008).
A transmissão da esquistossomose não ocorre por meio do contato direto,
por “autoinfecção”, como na estrongiloidíase e outras verminoses, ou pela
presença de vetores. É necessário que o indivíduo infectado elimine ovos viáveis
de S. mansoni por meio das fezes. Esses ovos, em contato com a água, eclodem
e liberam larvas, denominadas miracídios, que infectam os hospedeiros
intermediários, os caramujos do gênero Bimphalaria, principalmente das espécies
Biomphalaria tenagophila, Biomphalaria glabrata e Biomphalaria straminea. Após
quatro semanas, as larvas são liberadas do caramujo na forma de cercárias e
ficam livres nas águas naturais. O contato dos seres humanos com essas águas
é a maneira pela qual ocorre a transmissão da doença, já que as cercárias são
capazes de penetrar a pele. O indivíduo, uma vez infectado, pode continuar
eliminando ovos por vários anos, particularmente se ocorrer reinfecção (Fiocruz,
2018b).
A esquistossomose é uma das doenças de maior prevalência entre as
veiculadas pela água, e encontra-se em situação de endemismo em 78 países,
sendo a segunda doença parasitária que mais compromete o desenvolvimento
socioeconômico mundial, atrás apenas da malária. O Brasil tem 1,5 milhão de
pessoas infectadas, distribuídas em 18 estados, sendo a maior incidência na
região Nordeste e no estado de Minas Gerais (Rocha, 2018). Essa alta
concentração de casos no Brasil agrava-se em localidades com condições

2
precárias de saneamento básico, obrigando os seus moradores à uma vida
insalubre pela falta de escolha e disponibilidade de fontes de águas seguras para
fins recreativos, domésticos ou profissionais.

1.1.1 Sintomas

Após o período de incubação, que dura em média de duas a seis semanas


após a infecção, o qual corresponde à fase de penetração e desenvolvimento das
cercárias até a instalação dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo
(Fiocruz, 2018b), os indivíduos acometidos pela esquistossomose podem ser
assintomáticos ou apresentar duas fases da doença, a fase aguda e a crônica.
Na fase aguda, os indivíduos são acometidos por dermatite cercariana
(Figura 1) provocada pela penetração das cercárias na pele, febre, suor frio, dores
de cabeça e muscular, cansaço, perda de apetite, emagrecimento, tosse, dores
de barriga. Normalmente, o fígado aumenta um pouco de tamanho e torna-se
dolorida a palpação (Pordeus et al., 2008).

Figura 1 – Dermatite cercariana

Fonte: TisforThan/Shutterstock.

A fase crônica, em geral, manifesta-se a partir dos seis meses após a


infecção, podendo evoluir por muitos anos (Pordeus et al., 2008). Nessa fase, o
paciente pode apresentar três formas de evolução da doença.

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• Forma intestinal: a diarreia é o sintoma mais comum, podendo ocorrer
também perda de apetite, cansaço e abdômen doloroso à palpação.
• Forma hepatointestinal: apresenta os mesmos sintomas da forma intestinal,
porém, mais acentuados, além da ocorrência de hepatomegalia.
• Forma hepatoesplênica: o fígado e o baço aumentam de tamanho. Pode
ocorrer o aparecimento de varizes no esôfago devido à lesão no fígado,
além de hemorragia digestiva. Em geral, nessa fase, o paciente apresenta
ascite, ou seja, um aumento no volume do abdômen devido ao acúmulo de
líquido (Figura 2) (Fiocruz, 2018b).

Figura 2 – Indivíduo com aumento no volume do abdômen devido à ascite

Fonte: Donikz/Shutterstock.

1.2 Leptospirose

“A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo


espectro clínico pode variar desde quadros oligossintomáticos, leves e de
evolução benigna a formas graves” (Brasil, 2014b).
É uma infecção de animais silvestres e domésticos, como os cães, mas
pode afetar também bovinos, suínos e roedores. Entretanto, de todos os prováveis
reservatórios animais, os ratos são considerados o principal. Entre estes, estão: o

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Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou
rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita) (Brasil, 2014b; Opas, 2018).
O ser humano participa desse ciclo como hospedeiro terminal e acidental da
doença, classificando, portanto, a leptospirose como uma zoonose (Brasil, 2014b).
Esta é causada por bactérias do gênero Leptospira spp. e transmitida aos
hospedeiros por meio do contato destes com água ou lama contaminada com a
urina de animais portadores da bactéria. Normalmente, esse contato ocorre em
períodos de enchentes, porém, a transmissão ainda pode ocorrer, com menor
frequência, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, sangue, tecidos e
órgãos de animais infectados ou por transmissão acidental em laboratórios
(Fiocruz, 2015).
Após o contato humano com o ambiente infectado, as portas de entrada
habituais, para o Leptospira, são a pele íntegra ou não, principalmente dos pés,
além da mucosa oral, nasal e conjuntival expostas e intactas (Hüttner et al., 2002).
O Leptospira é uma espiroqueta aeróbica de distribuição mundial, com
duas espécies: L. interrogans e L. biflexa, sendo a espécie L. interrogans e seus
quatro sorovares, L. icterohaemorrhagiae, L. canicola, L. pomona e L. autumnalis,
os responsáveis pela maioria dos casos de doença nos seres humanos (Hüttner
et al., 2002; Opas, 2018).
Nos países tropicais e subtropicais em desenvolvimento, a leptospirose é
considerada um problema de saúde pública, pois, entre as populações mais
carentes, que vivem sem a adequada infraestrutura urbana e sanitária, em locais
que existem altas infestações de roedores, há uma alta incidência de casos da
doença (Brasil, 2014b). Aliado a esse quadro, ainda há o risco de letalidade, que
pode chegar a 40% nos casos mais graves (Brasil, 2018a).
No Brasil, a leptospirose é endêmica, e está presente em todas as UFs,
com prevalências nas regiões Sul e Sudeste. Durante os períodos de chuva,
quando os alagamentos são frequentes, sua incidência torna-se epidêmica. A
maior concentração de indivíduos infectados é do sexo masculino, com faixa
etária entre 20 e 49 anos, o que pode ser associado a algumas funções
desempenhadas por estes, as quais facilitam o contato com as leptospiras (garis,
agricultores, veterinários, pescadores, militares, bombeiros, entre outros) (Brasil,
2017b).

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No período entre 2010 e 2017, foram confirmados 31.032 casos de
leptospirose em território nacional, sendo 10.232 e 9.823 casos relatados para as
regiões Sudeste e Sul, respectivamente (Brasil, 2017b).
De acordo com dados da Fiocruz (2015), até 2030 a população exposta às
precárias condições de infraestrutura e saneamento ambiental tende a duplicar.
Esse fator, associado à rápida urbanização e às mudanças climáticas,
favorecerão também um agravamento na incidência de leptospirose nessa
população (Fiocruz, 2015).

1.2.1 Sintomas

Após o período de incubação, que varia de 1 a 30 dias (média entre 5 e 14


dias), os indivíduos infectados podem apresentar sintomas inespecíficos, os quais
se assemelham a outras doenças como gripe, febre amarela, dengue, malária,
hantavirose e hepatites. Entre estes, estão incluídos: febre, dor de cabeça e dores
pelo corpo, principalmente nas panturrilhas. Outros sintomas como
hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenopatia podem ocorrer, mas são menos.
Em geral, a evolução da leptospirose nessa fase precoce é benigna, regredindo
entre três a sete dias, sem deixar sequelas (Brasil, 2014b; Fiocruz, 2014). Porém,
10 a 15% dos indivíduos podem evoluir para a forma grave da doença,
denominada fase tardia (Brasil 2014b). Nessa fase, os pacientes podem
desenvolver a Síndrome de Weil, caracterizada por grave disfunção renal e
hepática, febre alta, manifestações hemorrágicas, confusão mental e colapso
cardiovascular. A evolução da fase tardia para o coma e a morte pode ocorrer em
cerca de 10% dos indivíduos (Fiocruz, 2014).

1.3 Diarreias

A diarreia aguda é uma doença que se caracteriza pela frequência de três


ou mais evacuações nas últimas 24 horas, acompanhadas ou não de desconforto
abdominal. Durante esse período, as fezes apresentam diminuição da
consistência, podendo ou não apresentar muco e sangue (disenteria). Em geral,
esses episódios cessam em menos de duas semanas (SBP, 2017).
As diarreias podem ser classificadas como:

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• diarreia aguda aquosa – pode durar até 14 dias e determina perda de
grande volume de fluidos, podendo causar desidratação. Na maioria dos
casos, os agentes etiológicos são bactérias e vírus;
• diarreia aguda com sangue (disenteria) – geralmente indica lesão na
mucosa intestinal. Pode estar associada com infecção sistêmica e outras
complicações, incluindo desidratação. Bactérias do gênero Shigella são as
principais causadoras;
• diarreia persistente – quando a diarreia aguda se estende por mais de duas
semanas. Pode provocar desnutrição e desidratação. Pacientes que
evoluem para diarreia persistente constituem um grupo com alto risco de
complicações e elevada letalidade (Unicef/WHO, 2009).

Esses episódios de diarreia são causados por diversos agentes etiológicos,


os quais, incluem bactérias, vírus, fungos e parasitas (WGO, 2012).
Os casos de diarreia, em muito, tem a ver com a falta de acesso da
população à água potável e às boas práticas de higiene, as quais são altamente
eficazes na prevenção de diarreia infantil. Além disso, a lavagem adequada das
mãos reduz a incidência das doenças diarreicas em mais de 40% (Paraná, 2018).
A transmissão desses vetores acontece, principalmente, por meio da água
contaminada pelas fezes de indivíduos portadores dos agentes etiológicos, dos
alimentos que entram em contato com água contaminada ou pelas mãos
contaminadas de doentes, ou por pessoas que, mesmo sem apresentarem a
doença, não têm bons hábitos de higiene e estão infectadas pelos organismos
causadores dos surtos diarreicos (Unicef/WHO, 2009).
Em 1980, a diarreia aguda ocupava o segundo lugar como causa de
mortalidade infantil e representava 24,3% dos óbitos; em 2005, passou para a
quarta posição e foi responsável por 4,1% dos óbitos (Morais et al., 2013). Embora
as evidências demonstrem que houve certo declínio da mortalidade causada pelas
diarreias, estas ainda são relevantes no Brasil, visto que é a principal causa de
mortalidade entre crianças com menos de um ano na região Nordeste do país.
Além desse fato gravíssimo, que é a mortalidade infantil, os casos de diarreia
ainda afetam muitas outras crianças, causando desnutrição e perda de nutrientes
necessários ao seu crescimento e desenvolvimento, acarretando atrasos no
desenvolvimento do organismo em geral, bem como atrasos cognitivos em
diversos casos (Paraná, 2018).

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TEMA 2 – HEPATITES VIRAIS

As hepatites virais são uma inflamação do fígado causadas por diferentes


tipos de vírus que possuem tropismo por esse órgão. Atualmente, constituem um
problema de saúde pública mundial. Em geral, são doenças silenciosas, algumas
vezes assintomáticas, embora possam apresentar sintomas como cansaço, febre,
mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina
escura e fezes claras (Brasil, 2018c).
Os vírus causadores das hepatites pertencem a diferentes famílias virais, o
que, consequentemente, também alteram a gravidade da doença. Estes
pertencem às famílias Picornaviridae, Hepadnaviridae, Flaviviridae, Deltaviridae e
Hepeviridae, que correspondem ao vírus da hepatite A (HAV), B (HBV), C (HCV),
D (HDV) e E (HEV), respectivamente (Nunes et al., 2017). No Brasil, os mais
comuns são os causadores das hepatites A, B e C, seguido do vírus causador da
hepatite D. O HEV é muito raro em território nacional, sendo mais frequente nos
continentes africano e asiático (Brasil, 2018d). A esses vírus são destinados cerca
de 90% dos casos de hepatites registradas no Brasil; os outros 10% ficam a cargo
do uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, doenças autoimunes,
metabólicas e genéticas (Macedo et al., 2014).
No período entre 1999 e 2017, foram confirmados 587.821 casos de
hepatites virais no território nacional. Destes, 164.892 (28,0%) são referentes aos
casos de hepatite A, 218.257 (37,1%) de hepatite B, 200.839 (34,2%) de hepatite
C e 3.833 (0,7%) de hepatite D. A região Nordeste concentra a maior proporção
das infecções pelo vírus A (30,6%), enquanto que, na região Sudeste, verificam-
se as maiores proporções dos vírus B e C, com 35,2% e 60,9%, respectivamente.
Por sua vez, a região Norte acumula 75,0% do total de casos de hepatite D (ou
Delta) (Brasil, 2018e). Quanto aos casos de óbito relacionados às hepatites, mais
de 70% dos óbitos são decorrentes da hepatite C, seguido da hepatite B (21,8%)
e A (1,7%) (Brasil, 2018c).
Do ponto de vista clínico-laboratorial, as hepatites possuem semelhanças,
entretanto, a forma de transmissão e a evolução epidemiológica apresentam
importantes diferenças quanto ao tipo de vírus causador da doença (Ferreira;
Silveira, 2004).

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2.1 Hepatite A

A hepatite A, também conhecida como “hepatite infecciosa”, é uma doença


infecciosa viral aguda, de evolução benigna, sem tendência à cronificação. É
causada por um pequeno vírus RNA de fita simples, o HAV, o qual é transmitido
por via entérica, desde que haja o contato entre as pessoas, ou por água e
alimentos contaminados, mãos mal lavadas ou sujas de fezes e por objetos que
estejam contaminados pelo vírus (Brasil, 2018d). A transmissão viral acontece,
aproximadamente duas semanas antes do aparecimento dos sintomas, ou até
uma semana após o início da icterícia (Brasil, 2005).
Em muitos casos, os indivíduos infectados permanecem assintomáticos,
contudo, em outros casos, após a transmissão, o indivíduo infectado passa por
um período de incubação que pode variar de 3 a 5 semanas (Macedo, et al., 2014),
e então passa a apresentar sintomas que incluem colúria, hipocolia fecal e icterícia
(Brasil, 2005).
No Brasil, entre os anos de 1999 a 2017, observou-se que 56,2% de todos
os casos confirmados concentravam-se nas regiões Nordeste e Norte do país,
regiões estas, que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, ainda sofrem
com falta de saneamento básico. Entretanto, a partir de 2007, a taxa de incidência
da doença tem mostrado tendência de queda, passando de 7,1 casos para 1,0
caso/100 mil habitantes em 2017 – uma redução de 85,7% (Brasil, 2018e).

2.2 Hepatite B

A hepatite B, também conhecida como “soro-homóloga”, é uma doença


infecciosa viral, sexualmente transmissível, que pode se desenvolver nas formas
aguda e crônica. É causada por um vírus de DNA, o HBV, o qual é transmitido por
meio do sangue (compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear,
alicates de unha e outros objetos perfurocortantes, além da transmissão de mãe
para o filho durante a gravidez ou o parto) e atividade sexual (Brasil, 2018d).
Após o período de incubação, que pode variar entre 30 a 180 dias, o
indivíduo infectado entra no período conhecido como pré-ictérico, e passa a
apresentar sintomas que incluem febre, artralgias, anorexia, mal-estar, náuseas,
hêmese, mialgias e fadiga, além de linfadenopatia, leucopenia, proteinúria, rash
cutâneo e alterações no paladar e olfato. Passados aproximadamente 30 dias, os

9
pacientes passam ao período ictérico, no qual há o abrandamento dos sintomas
digestivos e o surgimento da icterícia, que pode ser de intensidade variável. A cura
acontece no período seguinte, conhecido como período de convalescença; neste
há o desaparecimento da icterícia e o restabelecimento da sensação de bem-estar
(Brasil, 2005).
Na grande maioria dos casos (93-98%), os indivíduos infectados têm uma
evolução benigna para a cura da doença; porém, 2 a 7% dos indivíduos infectados
permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica,
o que torna a hepatite B a terceira e/ou quarta causa mais comum de cirrose e de
câncer de fígado (Macedo et al., 2014).
No Brasil, entre os anos de 1999 a 2017, foram confirmados 218.257 casos
de hepatite B; destes, a maioria está concentrada na região Sudeste (35,2%),
seguida das regiões Sul (31,6%), Norte (14,3%), Nordeste (9,7%) e Centro-Oeste
(9,2%). As taxas de detecção de hepatite B, desde 2011, vêm apresentando
poucas variações, com leve tendência de queda desde 2014, atingindo 6,5 casos
para cada 100 mil habitantes no país em 2017. De 2007 a 2017, verificou-se que
a taxa de detecção das regiões Sul, Norte e Centro-Oeste foram superiores à taxa
nacional (Brasil, 2018e). Esses dados evidenciam um quadro que merece atenção
por parte do Ministério da Saúde.

2.3 Hepatite C

A hepatite C, conhecida anteriormente como “hepatite não A e não B”, é


uma doença infecciosa viral, e diferentemente da hepatite B, não é uma doença
sexualmente transmissível. É causada por um vírus de RNA de fita simples, o
HCV, o qual é transmitido por meio do sangue (compartilhamento de seringas,
agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfurocortantes)
(Brasil, 2018d).
Essa forma de transmissão expõe outro problema grave, que afeta tanto os
países em desenvolvimento quanto os países desenvolvidos: a utilização de
drogas injetáveis. Assim, torna-se imprescindível que a prevenção desse
comportamento de risco seja incorporada aos programas de desenvolvimento
social (Paula et al., 2015).
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro,
porém, após o período de incubação, que pode variar entre 6 e 7 semanas, o

10
indivíduo infectado pode apresentar cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre,
dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando a
infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80%
dos casos, o paciente evolui para a forma crônica da doença, e, nesse caso, é
comum que uma parcela dos indivíduos desenvolva cirrose, com aparecimento de
icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas, além do
hepatocarcinoma (Brasil, 2005).
No Brasil, entre os anos de 1999 e 2017, foram confirmados 200.839 casos
de hepatite C; destes, 63,2% ocorreram no Sudeste, 25,2% no Sul, 5,9% no
Nordeste, 3,2% no Centro-Oeste e 2,5% no Norte. Ao analisar, isoladamente, o
ano de 2017, a taxa de detecção da região Sul foi a maior, com 24,3 casos para
cada 100 mil habitantes, seguida pelo Sudeste (15,6), Norte (6,3), Centro-Oeste
(5,9) e Nordeste (3,2). Nesse mesmo ano, deve-se atentar para 11 capitais nas
quais as taxas foram superiores à nacional (11,9 casos por 100 mil habitantes).
Destaca-se Porto Alegre (RS) (90,7 casos por 100 mil habitantes), com a maior
taxa entre as capitais, seguida de São Paulo (SP) (36,1), Florianópolis (SC) (33,7),
Rio Branco (AC) (27,8), Curitiba (PR) (23,6), Vitória (ES) (21,4), Porto Velho (RO)
(16,0), Boa Vista (RR) (15,6), Belo Horizonte (MG) (15,3), Cuiabá (MT) (13,0) e
Manaus (AM) (12,0) (Brasil, 2018e).

2.4 Hepatite D

A hepatite D é uma doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus


da hepatite delta ou HDV. É causada por um vírus de RNA, que precisa do vírus
da hepatite B para que corra a infecção. Assim como a Hepatite B, o HDV também
é transmitido por meio do sangue (compartilhamento de seringas, agulhas,
lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfurocortantes, além da
transmissão de mãe para o filho durante a gravidez ou o parto) e atividade sexual
(Brasil, 2018d).
Da mesma forma que as outras hepatites, a hepatite D pode ou não
apresentar sintomas, mas, nesse caso, depende do momento em que o vírus D
foi adquirido, se conjuntamente com o HBV (coinfecção) ou de portadores
crônicos desse vírus (superinfecção) (Brasil, 2005).
Nos casos de coinfecção, os indivíduos infectados, em geral, apresentam
as mesmas características da hepatite B clássica na forma aguda. A evolução é

11
benigna, sem tendência de cronicidade. Porém, quando ocorre a superinfecção,
os pacientes apresentam um prognóstico mais grave, podendo haver dano
hepático severo, ocasionando formas fulminantes de hepatite ou evolução rápida
e progressiva para a cirrose (Brasil, 2005).
No Brasil, entre os anos de 1999 e 2017, foram confirmados 3.833 casos
de hepatite D. A maior concentração se deu na região Norte do país, com 75,0%
dos casos notificados. As regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste
abrangeram 10,4%, 5,8%, 5,4% e 3,4% dos casos, respectivamente. Em 2017,
foram notificados 159 casos no país, sendo 87 (54,7%) na região Norte (Brasil,
2018e).
A infecção pelo HDV representa um grave problema de saúde pública
principalmente em áreas endêmicas para o HBV, como as populações da
Amazônia brasileira (Paula et al., 2015).

2.5 Hepatite E

A hepatite E é uma doença infecciosa viral aguda, de evolução benigna,


sem tendência à cronificação, causada por um pequeno vírus de RNA de fita
simples, o HEV, o qual é raro no Brasil, sendo comumente encontrado em países
da Ásia e África. O HEV é transmitido por via entérica, desde que haja o contato
entre as pessoas, ou por água e alimentos contaminados, mãos mal lavadas ou
sujas de fezes e por objetos que estejam contaminados pelo vírus (Brasil, 2018d).
Como na hepatite A, a hepatite E quase não apresenta sintomas, porém,
após o período de incubação, que varia de 15 a 60 dias, os indivíduos infectados
podem apresentar cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal,
pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras (Macedo et al., 2014).

TEMA 3 – HANSENÍASE

A hanseníase, antigamente denominada lepra, é uma doença crônica,


infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae ou Bacilo de
Hansen, o qual infecta os nervos periféricos. Sua evolução é lenta e a doença
manifesta-se, principalmente, por meio de lesões na pele e nos nervos periféricos,
principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés (Brasil, 2018b). A principal
característica da hanseníase é o comprometimento dos nervos periféricos, o qual
pode provocar incapacidades físicas como perda e/ou alteração de sensibilidade

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cutânea (térmica, dolorosa e/ou tátil) e da força muscular, que não raramente
evoluem para deformidades (Brasil, 2002a). Essa característica incapacitante está
diretamente relacionada ao poder imunogênico do M. leprae, o qual também se
caracteriza por apresentar alta infectividade, porém com baixa patogenicidade, ou
seja, é um micro-organismo capaz de infectar muitas pessoas, mas poucas
desenvolvem a doença (Brasil, 2018f).
Os primeiros registros da doença datam de aproximadamente 4.000 anos
na China, no Egito e na Índia, entretanto, acredita-se que os continentes asiático
e africano tenham sido o local de origem dessa patologia (Brasil, 2018b; SBD,
2018a). No Brasil, acredita-se que a hanseníase chegou com os escravos
africanos e os colonizadores europeus, principalmente os portugueses, que
desconheciam os sintomas e a etiologia da doença, contribuindo, dessa forma,
para sua propagação (Bandeira, 2010).
A forma de transmissão é preferencialmente pelo trato respiratório, vias
aéreas superiores, e o contágio acontece quando uma pessoa doente, portadora
não tratada do M. leprae, o elimina para o meio exterior, contagiando pessoas
susceptíveis (Brasil, 2002a).
A proporção e o alto poder incapacitante da hanseníase mantêm a doença
como um problema de saúde pública. Em 2016, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), 143 países notificaram 214.783 casos novos de hanseníase, o
que representa uma taxa de detecção de 2,9 casos/100 mil habitantes. No Brasil,
no mesmo ano, foram notificados 25.218 casos novos, ou seja, uma taxa de
detecção de 12,2 casos/100 mil habitantes. Esses dados colocam o país na
segunda colocação quanto ao número de casos novos registrados mundialmente.
A análise desses dados por região mostrou que as regiões Centro-Oeste
(37,27/100 mil habitantes) e Norte (34,26/100 mil habitantes) exibiram as maiores
taxas médias de detecção geral no período analisado (2012-2016), enquanto as
menores foram registradas nas regiões Sul (3,75 por 100 mil habitantes) e
Sudeste (5,31 por 100 mil habitantes) (Brasil, 2018f).

3.1 Sintomas

As pessoas, em geral, têm imunidade contra o Mycobacterium leprae, o


que torna muitos indivíduos resistentes, ou seja, estes não adoecem. Entretanto,
aqueles que não adquiriram essa resistência vão apresentar sinais e sintomas

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característicos (Brasil, 2002a), os quais se manifestarão após o período de
incubação, que pode variar de 6 meses a 5 anos (SBD, 2018a). Os sinais e
sintomas que aparecem com mais frequência incluem: lesões na pele, as quais
incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas (Figura 3);
placas; infiltração, caracterizada pelo aumento da espessura e consistência da
pele; nódulo, representado por uma lesão sólida, circunscrita, com
aproximadamente 1 a 3 cm de tamanho (Brasil, 2018b). Esses sintomas sempre
apresentam alteração de sensibilidade, uma característica que as diferencia das
lesões de pele provocadas por outras doenças dermatológicas (Brasil, 2002a).

Figura 3 – Lesão esbranquiçada, causada pela destruição da melanina na


hanseníase

Fonte: Mr.Prawet Thadthiam/Shutterstock.

Além dos sinais característicos na pele, os pacientes podem apresentar


também dor, choque e espessamento de nervos periféricos; perda de
sensibilidade nas áreas dos nervos afetados com perda da força muscular; febre
e artralgia; aparecimento súbito de manchas dormentes com dor nos nervos dos
cotovelos, joelhos e tornozelos; e deformidades de membros (Figura 4) (Brasil,
2018b).

14
Figura 4 – Deformidades causadas pela hanseníase

Fonte: NikomMaelao Production/Shutterstock.

As deformidades físicas visíveis são uma das principais causas do estigma


e do isolamento de pessoas na sociedade (Brasil, 2018f).

TEMA 4 – TUBERCULOSE

“A tuberculose é uma doença infecciosa, transmissível, que afeta


prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.”
É causada pelo o Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch, o qual pertence
ao gênero Mycobacterium e à família Mycobacteriaceae (Brasil, 2018g).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da
população mundial está infectada com o M. tuberculosis, o que torna a tuberculose
um importante problema de saúde mundial (WHO, 2018).
As primeiras evidências da tuberculose no mundo estão baseadas em
arquivos arqueológicos e históricos. Nestes, a chamada “peste branca” foi
identificada em múmias egípcias, que guardavam informações há mais de
5.000 a.C sobre as anormalidades típicas do comprometimento vertebral pela
tuberculose (mal de Pott). Já no Brasil, a tuberculose chegou com a colonização,
disseminando-se entre as classes menos favorecidas (Maciel et al., 2012).
A partir do século XX, a tuberculose passou a ser percebida como um
preocupante problema de saúde pública. Anos mais tarde, o Brasil entrou para o
grupo dos 22 países priorizados pela OMS na busca da cura para tuberculose
(WHO, 2018).

15
A tuberculose é uma doença altamente infectante e a transmissão acontece
a partir da inalação, por indivíduos sadios, de aerossóis que contenham os bacilos,
os quais são lançados ao ar quando os indivíduos infectados falam, espirram ou
tossem (Figura 5) (Brasil, 2018g).

Figura 5 – Esquema de transmissão da tuberculose

Fonte: Designua/Shutterstock.

Um paciente infectado e não tratado é capaz de infectar em média de 10 a


15 pessoas, no período de um ano (Brasil, 2018g). No Brasil, no ano de 2017,
foram notificados 69.569 casos novos de tuberculose, resultando em um coeficiente
de incidência nacional de 33,5 casos/100 mil habitantes. As regiões Norte e Sudeste
merecem destaque, visto que o coeficiente de incidência destes ficou acima do
coeficiente nacional, 42,7 casos/100 mil habitantes e 37,7 casos/100 mil
habitantes, respectivamente (Brasil, 2018h).

4.1 Sintomas

Uma parte dos indivíduos infectados com o bacilo de Koch nunca


desenvolve os sintomas, já que a bactéria pode viver na forma inativa dentro do
organismo. Porém, com o enfraquecimento do sistema imunológico, o M.
tuberculosis torna-se ativo e ocorre o desenvolvimento da doença, com o
aparecimento dos sintomas (Figura 6). O sintoma mais importante, e geralmente
o primeiro a aparecer, é a tosse persistente, que pode ser seca ou produtiva,

16
acompanhada de dor no peito ou dor ao respirar. Em seguida, os pacientes
desenvolvem febre vespertina, arrepios, sudorese noturna, anorexia, perda de
peso e cansaço/fadiga; com a evolução da doença para casos mais graves, pode
aparecer tosse com sangue (Brasil, 2018g).

Figura 6 – Sintomas da tuberculose

Fonte: Torrenta Y/Shutterstock.

TEMA 5 – ESCABIOSE

A escabiose, também conhecida popularmente por “sarna humana”, é uma


parasitose da pele causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei (Figura 7), cuja
penetração na pele deixa lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos
sulcos, nos quais ele deposita seus ovos (Brasil, 2002b). Os primeiros relatos da
ocorrência da escabiose em humanos foram feitos por Aristóteles (384-322 a.C.),
quando ele identificou “piolhos no corpo” e recorreu ao termo akari (Silva, 1998).
O ser humano é um reservatório para o Sarcoptes scabiei, e a transmissão
acontece pelo contato direto com o indivíduo infectado, pelas roupas de cama,
toalhas de banho e relações sexuais. O tempo de penetração do ácaro na pele é,
relativamente rápido: em 2,5 minutos, este perfura o tecido epitelial e entra na
camada de pele cavando um túnel, por um período aproximado de 30 dias (Brasil,
2002b).

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Figura 7 – Imagem de microscopia de luz de um Sarcoptes scabiei

Fonte: Molekuul_BE/Shutterstock.

O principal sintoma da escabiose é a coceira, que é sentida principalmente


à noite, momento em que ocorre a reprodução e deposição de ovos (Brasil, 2002b;
SBD, 2018b). As manifestações clínicas são decorrentes da movimentação do
ácaro nos túneis, além de hipersensibilidade desenvolvida pelo indivíduo
contaminado. As lesões avermelhadas (Figura 8) que podem ser vistas na pele
são os túneis utilizados pelos ácaros. Essas lesões aparecem principalmente
entre os dedos das mãos, nas axilas, na parte do punho que segue a palma da
mão, auréolas e genitais. IMPORTANTE: não ocorre a transmissão da escabiose
por animais como gato e cachorro.

Figura 8 – Lesões causadas por Sarcoptes scabiei

Fonte: Chuck Wagner/Shutterstock; DonyaHHI/Shutterstock.

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REFERÊNCIAS

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