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MODULO 1 - Nocoes de Legs de Transito

O documento aborda a legislação de trânsito no Brasil, incluindo disposições preliminares, conceitos, definições e o Sistema Nacional de Trânsito. Destaca a importância da segurança viária e a necessidade de fiscalização, educação e engenharia para garantir um trânsito seguro. Além disso, menciona o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito e os principais princípios constitucionais aplicáveis à legislação de trânsito.

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Anderson Souza
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MODULO 1 - Nocoes de Legs de Transito

O documento aborda a legislação de trânsito no Brasil, incluindo disposições preliminares, conceitos, definições e o Sistema Nacional de Trânsito. Destaca a importância da segurança viária e a necessidade de fiscalização, educação e engenharia para garantir um trânsito seguro. Além disso, menciona o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito e os principais princípios constitucionais aplicáveis à legislação de trânsito.

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Noções de

legislação de

TRÂNSITO
SUMÁRIO
Tópico 1 – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Tópico 2 – CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Tópico 3 - SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Tópico 4 - NORMAS DE CIRCULAÇÃO E
CONDUTA
Tópico 5 - VEÍCULOS:
classificação, segurança veicular e identificação; Registro e
Licenciamento.

Tópico 6- HABILITAÇÃO DE CONDUTORES:


- o que verificar na CNH?
-Condução de Veículos por Motoristas Profissionais.
- Condução de Escolares.
- Condução de Moto-Frete.
OBJETIVO DA INSTRUÇÃO
• Orientar quanto aos principais pontos da
legislação de trânsito afeitos à fiscalização
de trânsito

• Discutir temas polêmicos de maior


relevância
TÓPICO 1
DISPOSIÇÕES
PRELIMINARES
• POR QUE …
PANORAMA SOBRE A FROTA NO RJ

Fonte: Anuário Estatístico do DETRAN-RJ, pag. 15.


Competência
do DETRAN/RJ

Fonte: CEPERJ. 2019.


PANORAMA DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO NO RJ

Fonte: Anuário Estatístico do DETRAN-RJ, pag. 18-19


VOCÊ SABIA?
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no
Trânsito (Pnatrans) foi criado em 2018, pela Lei nº
13.614, para orientar os gestores de trânsito do
nosso país a implementarem ações com o objetivo de
reduzir mortes e lesões no trânsito, em alinhamento
com a Nova Década de Segurança no Trânsito da
Organização das Nações Unidas (ONU).
VOCÊ SABIA? O Plano passou por uma revisão em 2021 que contou
com a contribuição de mais de 100 especialistas, de
50 órgãos e entidades e representantes da sociedade
civil.
O nosso trabalho agora é colocá-lo em prática e
implementar as 154 ações ali destacadas e que,
juntas, têm o potencial de salvar cerca de 86 mil
vidas até o ano de 2028.
SEGUNDO O
CÓDIGO DE Art. 1º (...)
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e
TRÂNSITO dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional
de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas

BRASILEIRO competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse


direito.

– CTB, LEI (...)


§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema

9.503/1997
Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da
vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.
SEGUNDO O MANUAL BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÃO DE
TRÂNSITO – MBFT:

“a Segurança Viária (o trânsito em condições seguras) se torna um bem


comum a ser buscado por todos os agentes governamentais e pela
sociedade civil organizada na intenção não apenas de preservar vidas,
mas de disciplinar o comportamento coletivo no trânsito para que a
sociedade possa funcionar a contento e o país possa alcançar o
desenvolvimento social e econômico.”

A Segurança Viária só pode ser alcançada por


meio de três pilares complementares: a
Educação, a Engenharia e o Esforço Legal
O TRÂNSITO E A CONSTITUIÇÃO

Art. 22. Compete privativamente à Art. 23. É competência comum da


UNIÃO legislar sobre: União, dos Estados, do Distrito
(...) Federal e dos Municípios:
IX – diretrizes da política nacional (...)
de transportes; XII – estabelecer e implantar
XI – trânsito e transporte; política de educação no trânsito;
O TRÂNSITO E A CONSTITUIÇÃO
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem- patrimônio, através dos seguintes órgãos: (...)
se pelas Constituições e leis que adotarem,
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação
observados os princípios desta Constituição.
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
§ 1º São reservadas aos Estados as patrimônio nas vias públicas:
competências que não lhes sejam vedadas I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de
por esta Constituição. trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente; e
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)


❑ PRINCÍPIOS DA DIGNIDADE HUMANA ART. 1º, INCISO III (VEDAÇÃO DE
❑ PENAS INDIGNAS
❑ ART. 5º, INCISO XLVII, “B”, CF/88

PRINCIPAIS
❑ PRINCIPIO DA VEDAÇÃO DA DUPLA PUNIÇÃO PELO MESMO FATO (FATO
BIS IN IDEN)
❑ PRINCIPIO DA LEGALIDADE ART. 5º, INCISO II CF/88
PRINCÍPIOS ❑ PRINCIPIO RAZOABILIDADE OU PROPORCIONALIDADE ( DEVIDO
PROCESSO LEGAL, ART 5º, INCISO LIV). CF/88
CONSTITUCIONAIS ❑

PRINCIPIO CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA, ART. 5º, INCISO LV CF/88
PRINCIPIO PRESUNÇÃO INOCÊNCIA , ART 5º, INCISO LVII, CF/88
APLICADO ❑

PRINCIPIO CELERIDADE PROCESSUAL, ART 5º, LXVIII, CF/88
PRINCIPIO DA FUNDAMENTAÇÃO E MOTIVAÇÃO ART. 93 INCISO IX e X,
CF/88
❑ PRINCIPIO ADMINISTRATIVO ART. 37 CF/88
❑ SUMULA DO STJ 127, 312, 434, 575
❑ SUMULA 473 STF
LEGISLAÇÃO
DE TRÂNSITO.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

SNT – ART. 5 AO ART. 25-A

INFRAÇÕES – ART. 161 AO ART. 255

PENALIDADES – ART. 256 AO ART. 268-A

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS – ART. 269 AO ART. 279-A

CRIMES DE TRÂNSITO – ART. 291 AO ART. 312-A


LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO.

Acesso à Informação
Processo Administrativo
• Lei Federal 12527/2011
• Decreto Estadual 43.597/2012
• Decreto Federal 7724/2012 • Lei Federal 9784/99
• Lei Estadual 5427/09
• Decreto Municipal 42.671/2016
• Decreto Estadual 31.896/02
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar,
credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de
fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.

AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade


executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele
expressamente credenciada.

CONCEITOS FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na


legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito,
no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de

IMPORTANTES acordo com as competências definidas neste Código.

INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às


normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a
regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.

POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias


Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a
segurança pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
TÓPICO 2
CONCEITOS E
DEFINIÇÕES:
CONCEITO DE TRÂNSITO E VIAS TERRESTRES

E o que é o trânsito, mesmo??


Primeiramente, vamos entender com que trânsito o CTB está preocupado
lendo o caput do seu primeiro artigo:

CTB:
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres
do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este
Código.

Percebe-se, portanto, que o CTB tem como maior objetivo o de regulamentar o trânsito nas
vias terrestres do território nacional. E mais do que isso: em conjunto com sua legislação
complementar (leis , decretos, resoluções, portarias, acordos, tratados e convenções
internacionais), ele se destina a disciplinar, coordenar e controlar o trânsito nas vias
públicas do território nacional.
Qual abrangência é abordada quando me
reporto a um “trânsito de qualquer
natureza”?
O próprio art. 1º do CTB nos responde em seu parágrafo
1º. Confira:

CTB:
Art. 1º (...)
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por
pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga.
Antes de continuarmos, é preciso que eu se estabeleçam as diferenças
conceituais entre estacionamento, parada e operação de carga e
descarga.

Desta feita, trago a definições conforme Anexo I do CTB:

PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário


para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.

ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos na via por tempo superior ao necessário


que o gasto para embarque ou desembarque de passageiro, a parada deixa de existir e a
manobra passa a ser considerada como estacionamento.

OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo, pelo tempo estritamente


necessário ao carregamento ou descarregamento de animais ou carga, na forma
disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com circunscrição
sobre a via.

IMPORTANTE

A operação de carga e descarga é considerada


ESTACIONAMENTO.
E o que são Vias??
CONCEITO DE VIAS TERRESTRES:

• AS RUAS
• AS AVENIDAS
• OS LOGRADOUROS
• OS CAMINHOS VIAS MANTIDAS
• AS PASSAGENS PELO PODER
PÚBLICO
• AS ESTRADAS
VIAS TERRESTRES
E RURAIS • AS RODOVIAS
(ART. 2, CTB) • AS PRAIAS ABERTAS À CIRCULAÇÃO

• VIAS INTERNAS DE CONDOMÍNIOS VIAS MANTIDAS


POR UNIDADE AUTÔNOMAS POR
• VIAS E ÁREAS DE ESTACIONAMENTO PARTICULARES
DE ESTABELECIMENTOS PRIVADOS
DE USO COLETIVO.
Vias mantidas por particulares
As vias particulares que têm aplicação do CTB Não são apenas
os condomínios constituídos por unidades autônomas, que
estão regulamentados no art. 20, parágrafo único (já visto) e no
art. 51, abaixo citado:

Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por


unidades autônomas, a sinalização de regulamentação da via será
implantada e mantida às expensas do condomínio, após
aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre a via.

Há aplicação do CTB em pátios de postos de gasolina, estacionamentos


de Shopping Centers, embora se tenha a sensação de que se referem a vias
terrestres abertas à circulação.
CONCEITO DE VIAS TERRESTRES URBANAS:

Antes de qualquer coisa, vamos definir logo aqui outros básicos e


importantes, tirados também do Anexo I:

Lote Lindeiro - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais


e que com elas se limita. (o quarteirão ou quadra onde sua empresa
ou casa está instalada, por exemplo).

Interseção - todo cruzamento em nível, entroncamento ou


bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos,
entroncamentos ou bifurcações.

Ex:
CONCEITO DE VIAS TERRESTRES URBANAS:

Via de Trânsito Rápido - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em
nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.
Ex: No Rio de Janeiro temos Linha Vermelha, que liga o centro do Rio a cidade ao Aeroporto Internacional de
Galeão. Em Brasília, o Eixão que liga a Asa Norte à Asa Sul.

Via Arterial - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com
acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da
cidade.
Ex: Em São Paulo a Avenida Paulista, em Brasília a W3 Sul e em Fortaleza a Avenida Santos Dumont.

Via Coletora - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das
vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.
Ex: As ruas de sua cidade que começam e/ou terminam nas avenidas ou vias de trânsito rápido.

Via Local - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local
ou a áreas restritas. Ex: Pequenas ruas de sua cidade que interligam outras ruas com ou sem semáforo.

IMPORTANTE
Os elementos caracterizadores das VIAS URBANAS são o
SEMÁFORO e o CRUZAMENTO (interseção em nível), os quais
têm a função de retardar o trânsito em determinado sentido.
CONCEITO DE VIAS TERRESTRES URBANAS:

O quadro abaixo, retirado da obra do professor Leandro Macedo, nos


ajuda a memorizar melhor essa dica:
TÓPICO 3
SISTEMA NACIONAL
DE TRÂNSITO
Sistema Nacional de Trânsito
É o conjunto de órgãos e entidades de trânsito da União, Estados (e
Distrito Federal) e Municípios.
O SNT tem por finalidade o exercício das atividades de :
• Planejamento • Formação e habilitação de
• Administração condutores
• Normatização • Fiscalização
• Registro de Veículos • Aplicação das penalidades
• Julgamento de recursos
Componentes
do SNT
UNIÃO Coord. Máx. do SNT MINISTÉRIO DAS
(Decreto 4.711/08)
CIDADES

SENATRAN CONTRAN
DNIT
(Art.14) (Art.19) (Art.12)
(Art.21)
ÓRGÃO OU ENT.
ÓRGÃO OU ENT. MÁXIMO
JARI’S PRF MÁXIMO EXEC. DE
NORMATIVO DA UNIÃO
ÓRGÃO OU ENT.
DA UNIÃO MÁXIMO RODOV.
DA UNIÃO
CÂMARAS
TEMÁTICAS JARI’S

(Art.14)

ESTADOS CETRAN’s e
CONTRANDIFE
(Art.22)
(Art.21)
ÓRGÃOS E ENT. EXC.
JARI’S TRÂNSITO DOS ÓRGÃOS E ENT. EXC.
ESTADOS/DF RODOV. DOS JARI’S
POLICIAS ESTADOS/DF
MILITARES DOS
ESTADOS/DF

MUNICÍPIOS (Art.24) (Art.21)


ÓRGÃOS E ENT. EXC. ÓRGÃOS E ENT. EXC.
JARI’S TRÂNSITO DOS RODOV. DOS JARI’S
MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS
DEVEM ESTAR SE PERGUNTANDO,
E ANTT?
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) foi criada pela mesma lei que criou o DNIT (Lei
10.233/2001). Criada no contexto da desestatização, possui natureza jurídica de Autarquia em Regime
Especial, ou seja, é uma Agencia Reguladora, que tem por finalidade regulamentar, controlar e fiscalizar
vias concedidas.

“Art. 24. Cabe à ANTT, em sua esfera de atuação, como atribuições gerais:
XVII - exercer, diretamente ou mediante convênio, as competências expressas nos incisos
VI, quanto à infração prevista no art. 209-A, e VIII do caput do art. 21 da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), nas rodovias federais por ela
administradas. (Redação dada pela Lei nº 14.157, de 2021)”

A ANTT pode fiscalizar infrações: de evasão de pedágio e excesso de peso, apenas em


rodovias concedidas, ou seja, administradas pelas concessionárias de serviços público
DEVEM ESTAR SE
PERGUNTANDO, E O DETRO?
O Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do
Rio de Janeiro (Detro/RJ), autarquia instituída pela Lei Nº
1.221, de 06/11/87, vinculada à Secretaria de Estado de
Transportes

Concessão, permissão, autorização


Planejamento
Coordenação
OBJETIVOS: Fiscalização
Inspeção
Vistoria

serviços intermunicipais de transportes de passageiros por


ônibus e serviço complementar em seus diferentes regimes.
ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO (art. 24 – CTB)

Responsáveis por ações de tornar fácil e seguro para os veículos,


ciclistas, pedestres e animais no âmbito de sua circunscrição; e
promover a fiscalização:
Estacionamento, parada e circulação de veículos.

Vias terrestres
Executar a
fiscalização Edificações de uso público
de trânsito Edificações privadas de uso
coletivo

Vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos
observados para circulação desses veículos
ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE TRÂNSITO DOS ESTADOS E DO DISTRITO
FEDERAL (art. 22 – CTB)
Responsáveis pela administração da frota de veículos nos
Estados, incluindo-se registros, emplacamentos e verificação
dos itens de segurança obrigatórios. Cabe também aos
DETRAN’s:
Formação
Realizar, fiscalizar e controlar o processo Aperfeiçoamento
Reciclagem
Suspensão de condutores

Licença de aprendizagem
Expedir e cassar Permissão para dirigir
Carteira Nacional de Habilitação
ÓRGÃOS FISCALIZADORES

São órgãos responsáveis pelo controle do cumprimento da lei, no


âmbito de sua competência. O art. 7 estabelece, dois órgãos com
esta finalidade:

PRF PM

Além deste dois órgãos, componentes da segurança pública, há que


se ressaltar a possibilidade de que os órgãos e entidades executivos
de transito e rodoviários constituam corpos próprios de agentes de
fiscalizacao., responsáveis na sua esfera de competência.
Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com
a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das
pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;

Aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as medidas


administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada e remoção
de veículos, objetos, animais e escolta de veículos superdimensionadas ou
perigosas;

Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de

PRF atendimento, socorro e salvamento de vítimas;

Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança


relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte indivisível;
(Art.20, CTB)
Assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão
rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das
normas legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de
construções e instalações não autorizadas;

Fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos


automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66,
além de dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
ambientais.
POLÍCIA MILITAR (ART.23, CTB)

Responsável por executar a fiscalização de transito:


Executivos rodoviários
Agentes do órgão ou entidade
Executivos de trânsito

Mediante
convenio
Concomitantemente com os
demais agentes credenciados

Obs.: as polícias militares atuam nas rodovias e estradas estaduais


ÓRGÃOS JULGADORES
São órgãos colegiados componentes do SNT responsáveis pelo julgamento de
recursos interpostos contra penalidades aplicados pelos órgãos e entidades
executivas de transito ou rodoviárias.
Nos termos dos artigos 16 e 17 do CTB, também exercem a função de órgãos
julgadores os conselhos de trânsito, nas situações especificadas pelo artigo 289
do CTB.
Julgar os recursos interpostos pelos infratores;

Solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e


executivos rodoviários informações complementares
JARI relativas aos recursos objetivando uma melhor análise da
situação recorrida;

Encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito


e executivos rodoviários informações sobre problemas
observados nas autuações e apontados em recursos, e eu
se repitam sistematicamente
✓ Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no
âmbito das respectivas atribuições;
✓ Elaborar normas no âmbito das respectivas competências;
✓ Responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos
procedimentos normativos de trânsito;
✓ Julgar os recursos interpostos contra decisões:
a) Das JARI;
b) Dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de
inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão
física, mental ou psicológica;

CETRAN E ✓ Indicar um representante para compor a comissão


examinadora de candidatos portadores de deficiência física à
habilitação para conduzir veículos automotores;
CONTRANDIFE Administração
Educação
Acompanhar e Engenharia
coordenar as Fiscalização
atividades de : Policiamento ostensivo de trânsito
Formação de condutores
Registro e licenciamento de veículos

✓ Dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito


no âmbito dos municípios
CONTRAN
PRESIDIDO PELO DIRIGENTE DO DENATRAN COMPETÊNCIA

Estabelecer normas regulamentares;

Coordenar os órgãos do SNT;

FÓRUM CONSULTIVO: 54 representantes dos


órgão e entidades do SNT Criar câmaras temáticas;

Normatizar os procedimentos sobre a


aprendizagem, habilitação, expedição de
documentos de condutores, e registro e
CÂMARAS TEMÁTICAS:
licenciamento de veículos
Órgãos técnicos compostos por
representantes dos Estados e Apreciar os recursos interpostos contra as
da sociedade civil decisões das instancias inferiores

Dirimir conflitos sobre circunscrição e


Finalidade: estudar e oferecer sugestões e
competência de trânsito no âmbito da União,
embasamento p/ decisões do CONTRAN
Estados e DF
SENATRAN
Objetos: ✓ Apurar, prevenir e reprimir a prática de improbidade contra
a fé pública, o patrimônio, ou a administração pública ,
referentes à segurança no transito;
Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, ✓ Estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e
com vista à segurança, a fluidez, ao conforto, à defesa habilitação de condutores de veíc., a expedição de doc. De
ambiental e a educação para o trânsito, e fiscalizar seu condutores, de CRLV;
cumprimento;
✓ Expedir PPD, CNH, CRV, CRLV, mediante delegação aos
órgãos executivos dos Estados e DF;
Fixar, mediante normas e procedimentos a padronização ✓ Elabora e distribuir conteúdos programáticos para a
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para educação no trânsito;
execução das atividades de trânsito;
✓ Elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as normas e
requisitos de segurança veicular para fabricação e
montagem de veíc., consoante sua destinação
Estabelecer a sistemática de fluxo permanentes de
informações entre seus diversos órgãos e entidades, a ✓ Organizar e manter o Registro Nacional de Carteira
fim de facilitar o processo decisório e a integração do de Habilitação - RENACH
sistema;
✓ Organizar e manter o Registro Nacional de Veículos
automotores - RENAVAM
DNIT/DER
ÓRGÃOS EXECUTIVOS RODOVIÁRIOS
✓ Desenvolvimento da
✓ Segurança dos ciclistas circulação
Transito de PROMOVER
✓ Segurança dos ciclistas ✓ Segurança dos ciclistas
veículos, de
pedestres e ✓ Segurança dos ciclistas
de animais ✓ Segurança dos ciclistas Executar a fiscalização de trânsito

✓ Autuar

✓ Aplicar as penalidades de advertência por


escrito
Implantar, manter O sistema de sinalização
e operar Os dispositivos ✓ Multas e medidas administrativas
Os equipamentos de controle ✓ Relativas as infrações de excesso de peso,
viário dimensões e lotação dos veíc.
✓ Vistoriar e estabelecer requisitos técnicos
para circulação veíc. que necessitem de
autorização para transitar
TÓPICO 4
NORMAS DE
CIRCULAÇÃO E
CONDUTA
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
As normas de circulação e conduta são tratadas do Artigo 26 ao Artigo 71 do
Código de Trânsito Brasileiro, listando todas as obrigações que os condutores e
pedestres, usuários das vias possuem.

Não saber determinada obrigação não justifica o cometimento de uma


infração, visto que é obrigação dos condutores e proprietários conhecerem as
normas de trânsito aplicáveis a eles.

DECRETO-LEI N° 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942


Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.

Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.


FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I – abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
II – abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na
via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.

Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá a existência e
as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se
da existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Veículos que possuem livre circulação (Art. 29 do CTB):

VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização


e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de policiamento
ostensivo ou de preservação da ordem pública (...)

quando devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e


iluminação (vermelha) intermitente...

f) A prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os veículos estiverem


identificados por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente;

VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via,


gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN;
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Veículos que possuem livre circulação (Art. 29 do CTB):
Veículos que possuem livre circulação (Art. 29 do CTB):

OBS.: Antinomia aparente com o art. 280, parágrafo 6º do CTB


FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
( Art. 40 – CTB)
✓ Em imobilizações
✓ Em situações de O pisca alerta
deve ser usado Pisca
emergência A luz de placa deverá ser
✓ Quando a nas seguintes alerta
situações: mantida acesa durante a
regulamentação da via NOITE, em circulação
assim o determinar

Luz de posição Uso de Luz de


(lanterna) placa
Luzes
Os veículos que NÃO
Deverão ser mantidas acesas DISPUSEREM de luzes de
À NOITE, as luzes de posição, rodagem diurna, deverão
quando veículo estiver Luz diurna manter acesos os faróis nas
parado para fins de embarque RODOVIAS DE PISTA SIMPLES,
e desembarque de situadas fora do perímetro
passageiros e carga ou urbanos, MESMO DURANTE
descargas de mercadorias. O DIA.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o
veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de
rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente
sinalizadas.
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou
em operação de carga ou descarga deverão estar situados fora da pista de
rolamento.
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas será feito em
posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando
houver sinalização que determine outra condição.
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor poderá ser
feito somente nos locais previstos neste Código ou naqueles regulamentados por
sinalização específica.
LIMITES DE
VELOCIDADE
NORMAS DE CIRCULAÇÃO LEGAL
FUNDAMENTAÇÃO E CONDUTA
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 54 - CTB
IMPORTANTE:

Motociclistas desmontados NÃO se equiparam a


pedestres. Então, por exemplo, se um motociclista
resolve “cortar caminho” empurrando sua moto
pela calçada, estará cometendo a infração como se
estivesse conduzindo o veículo na calçada.

Esse benefício, na verdade, só se aplica à bicicletas,


conforme Art. 68 do CTB:
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao
pedestre em direitos e deveres.
TÓPICO 5
VEÍCULOS:
classificação,
segurança veicular e
identificação;
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
ART. 96 AO ART. 135 - CTB

Apresentar Material complementar ao módulo


1- tópico 5- veículos. Classificação
ARTIGO 230, V DO CTB
VEÍCULOS SEM LICENCIAMENTO OU CRLV VÁLIDO
Sobre os veículos de outro Estado, deve-se ARTIGO 230, V E 232 DO CTB
considerar o ano do CRLV e a Resolução
110/2000 do CONTRAN, que determina RESOLUÇÃO 110/2000 DO CONTRAN
os prazos para transitar com o CRLV em
unidade da federação diferente da origem Algarismo final Prazo final para
do veículo. da placa renovação
1e2 Até setembro
Art. 2o As autoridades, órgãos, instituições e
agentes de fiscalização de trânsito e 3, 4 e 5 Até outubro
rodoviário em todo o território nacional, para
efeito de autuação e aplicação de 6, 7 e 8 Até novembro
penalidades, quando o veículo se encontrar
fora da unidade da federação em que 9e0 Até dezembro
estiver registrado, deverão adotar os prazos
estabelecidos nesta Resolução.
CONFORME CTB E A RESOLUÇÃO 205/2006 DO CONTRAN

CNH/PPD/ACC (CTB, Art. 159, §1°) CRLV (CTB, Art. 133)


Res. CONTRAN 24/1998; Alterada pela Resolução 581/16
Revogada a partir de 1º de janeiro de 2025 pela Resolução 968/22
TÓPICO 6
HABILITAÇÃO DE CONDUTORES:
O QUE VERIFICAR NA CNH?
CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS.
CONDUÇÃO DE ESCOLARES.
CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE.
Novo modelo de CNH (à esquerda), que começa a valer em 2022, e modelo antigo (à
direita), que entrou em vigor em 2017 — Foto: Reprodução.
FONTE. RES.CONTRAN 886/2021.
FONTE. RES.CONTRAN 886/2021.
CATEGORIAS NA CNH
FONTE. RES.CONTRAN 886/2021.
LETRAS E SEUS
SIGNIFICADOS NA CNH
FONTE. RES.CONTRAN 886/2021.
REVOGADOS.

HPP: Habilitado em curso específico de


transporte de produtos perigosos (código 11).
ESQUEMA DE TRÊS HTE: Habilitado em curso específico de
transporte escolar (código 12).
LETRAS E SEUS HTC: Habilitado em curso específico de
transporte coletivo de passageiros (código
SIGNIFICADOS NA CNH 13).
HTVE: habilitado em curso específico de
transporte de veículos de emergência
(código 14).
EAR: Exerce atividade HCI: Habilitado em curso específico de
remunerada (código 15). transporte de carga indivisível (código 16).
MTX: Atualização para mototaxista (código
FONTE. RES.CONTRAN 886/2021. 17).
MTF: Atualização para motofretista (código
18).
CRITÉRIOS DE O motorista só pode
Limite de 40 chegar nesta pontuação se
PONTUAÇÃO pontos não houver nenhuma
NA CNH infração gravíssima
O motorista pode ter
Limite de 30
apenas uma infração
pontos
gravíssima
O limite é o mesmo do
Limite de 20 atual se o condutor tiver
pontos duas ou mais infrações
gravíssimas
10 anos Condutores até 49 anos
VALIDADE DA CNH
5 anos Condutores de 50 a 69 anos

Condutores com 70 anos ou


3 anos
mais
ART 162 I x ART 232

Art. 162. Dirigir veículo: Art. 232. Conduzir veículo sem os


I - sem possuir Carteira Nacional de documentos de porte obrigatório
Habilitação ou Permissão para Dirigir referidos neste Código (CNH e CRLV)

IMPORTANTE

A infração do art. 162, I se refere aos condutores que não são


habilitados, ou seja, nunca terminaram o processo para obter
sequer a Permissão para Dirigir (PPD).

Apesar do texto ambíguo, se um motorista é habilitado e conduz


sem a CNH (no sentido de não estar com ela no momento), deve-
se aplicar o art. 232 do CTB.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
CATEGORIAS DE CNH

I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral;

II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto
total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares,
excluído o do motorista;

III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso
bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;

IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja


lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas


categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha
6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito)
lugares.

INFRAÇÃO RELACIONADA – ART. 162, III DO CTB


FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
CICLOMOTORES

MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-


car, dirigido por condutor em posição montada.

MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em


posição sentada.

CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um motor


de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinqüenta
centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade
máxima de fabricação não exceda a cinqüenta quilômetros por
hora.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
CICLOMOTORES

Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana e


dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida
em legislação municipal do domicílio ou residência de seus
proprietários. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)

Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à aprendizagem


para conduzir veículos automotores e elétricos e à autorização para
conduzir ciclomotores serão regulamentados pelo CONTRAN.
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão humana e de
tração animal ficará a cargo dos Municípios.
CICLOMOTORES
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

▪ Assim como motocicletas, caminhões e carros, Ciclomotores também devem ser


registrados e licenciados, conforme o CTB:

“Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser
registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no
Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.”

“Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, para
transitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.”

▪ Vale ressaltar que com a publicação da Lei Federal 13.154, de 30 de Julho de


2015, foi removida da lista de competências do Município o registro de
Ciclomotores.
▪ Até o ano passado, o Art. 162 I contemplava
apenas os documentos CNH e PPD, não
cabendo assim aplicação deste artigo aos
condutores de Ciclomotores que não sejam
CICLOMOTORES habilitados, porém, com a alteração da Lei n°
13.281/2016:
AUTORIZAÇÃO
PARA CONDUZIR Art. 162. Dirigir veículo:
CICLOMOTOR I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação,
Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir
(ACC) Ciclomotor:

Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes);
Medida administrativa - retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado;
TÓPICO 7
PENALIDADES E MEDIDAS
ADMINISTRATIVAS
PROCESSO ADMINISTRATIVO NO CÓDIGO DE TRÂNSITO
BRASILEIRO.
I – AS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO II – AS PENALIDADES PREVISTAS NO CTB

O CTB conceitua infração de As penalidades


trânsito a inobservância de administrativas são sanções
qualquer preceito nele estabelecido, administrativas que o Poder
da legislação complementar ou das Público competente usa quando
resoluções do Contran, sendo o da aplicação de seu poder de
infrator sujeito às penalidades e polícia.
medidas administrativas indicadas
em cada uma das infrações.
Assim, ao cometer uma
infração de trânsito prevista no
Pois bem, em seu Capítulo XV, o CTB, o condutor incorrerá no
CTB tipificou, entre os arts. 162 e cumprimento de penas
255, 415 situações possíveis de atreladas a cada infração. Essas
infrações administrativas de penalidades, por interferirem
trânsito. na órbita de direito do
administrado, em regra,
somente são impostas após
o devido processo legal.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 280, § 2º do CTB DECLARAÇÃO DO
AGENTE DE
TRÂNSITO
DECLARAÇÃO DA
AUTORIDADE DE
TRÂNSITO REAÇÕES QUÍMICAS

MEIOS DE
COMPROVAÇÃO
DA INFRAÇÃO

APARELHO EQUIPAMENTO AUDIO


ELETRÔNICO VISUAL

QUALQUER OUTRO
MEIO DISPONÍVEL
REGULAMENTADO
PELO CONTRAN
II – AS PENALIDADES PREVISTAS NO CTB

Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências


estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá
aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:

I - advertência por escrito;


II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
INFRAÇÕES
Valor
Classificação Pontos
Monetário

PONTUAÇÃO E Leve 3 R$ 88,38

VALORES DAS Média


Grave
4
5
R$
R$
130,16
195,23
INFRAÇÕES Gravíssima 7 R$ 293,47
Gravíssima X2 7 R$ 586,94
Gravíssima X3 7 R$ 880,41
Gravíssima X5 7 R$ 1.467,35
Gravíssima X10 7 R$ 2.934,70
Gravíssima X20 7 R$ 5.869,40
Gravíssima X60 7 R$ 17.608,20
Ex.: INFRAÇÕES MANDATÓRIAS
A QUEM serão impostas as penalidades?
O CTB estabelece que as penalidades serão impostas:

✓ ao condutor;
✓ ao proprietário do
veículo;
✓ ao embarcador e;
✓ ao transportador.

EMBARCADOR: é o dono da mercadoria, ou seja, o


expedidor da nota fiscal.

TRANSPORTADOR: é o dono do veículo ou da empresa


contratada para fazer o transporte da carga.
Responsabilidade dos PROPRIETÁRIOS e
CONDUTORES

Ao PROPRIETÁRIO caberá sempre a responsabilidade pela infração


referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e
condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre,
conservação e inalterabilidade de suas características, componentes,
agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando
esta for exigida.

Ao CONDUTOR, por sua vez, caberá a responsabilidade pelas infrações


decorrentes de atos praticados na direção do veículo. Perceba que o
legislador deixou nítida a divisão de responsabilidade entre condutor e
proprietário. Dessa forma, fica fácil concluir que a responsabilidade do
proprietário fica restrita à regularização do veículo, e a do condutor fica
limitada aos atos tomados na direção do veículo.
Nos casos em que não é possível
identificar o condutor infrator.
Quem paga a conta pela infração?
Quem arcará com o ônus da infração?
Nesse caso, o Código nos informa que não sendo imediata a identificação do
infrator, o proprietário do veículo terá 30 dias de prazo, após a notificação da
autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o Contran, ao fim do qual,
não o fazendo, será considerado responsável pela infração.

Assim como, sendo o veículo de propriedade de PESSOA JURÍDICA, será lavrada nova multa
ao proprietário do veículo (NIC), mantida a originada pela infração, cujo valor é o da multa
multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de 12 meses.

IMPORTANTE
Ainda que a infração seja de responsabilidade do condutor, o PROPRIETÁRIO SERÁ SEMPRE
O RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DA MULTA que tal infração gerar.
responsabilidade de OUTRAS
PESSOAS admitidas no CTB?
✓ As demais pessoas que podem responder pelo CTB
estão espalhadas pelo Código, ou seja, não foram
Responsabilidade agrupadas em um capítulo específico. São infrações
cometidas sem a utilização de veículos, ora por
do EMBARCADOR pessoa física, ora por pessoa jurídica.
e do ✓ É o caso dos pedestres, órgãos com circunscrição
TRANSPORTADOR sobre a via que não a conservam adequadamente,
servidores públicos que negligenciam o dever de
? cuidar das vias terrestres e etc..

É aí onde entra a regulamentação dada pela
Resolução CONTRAN nº 248/07
✓ Ao contrário das penalidades, as medidas
administrativas não constituem sanção, e sim
constrangimento de polícia, posicionando-se ao
lado como medida complementar a penalidade.

✓ serão sempre aplicadas quando do cometimento


de infrações, se nelas previstas, é claro.
III – MEDIDAS
✓ sem a necessidade de prévio processo
ADMINISTRATIVAS administrativo, o que não ocorre na aplicação das
penalidades, pois na aplicação da medida
administrativa não há que se falar em lesão à esfera
de direito do administrado; este, sim, usou (em tese)
indevidamente o direito que possuía.

As medidas administrativas ✓ apenas é possível aplicar as medidas administrativas


devem priorizar a defesa da que efetivamente estão previstas na infração, uma
vida vez que estão sujeitas ao princípio da reserva legal.
III – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS PREVISTAS NO CTB

✓ Retenção do veículo; ✓ Realização de teste de dosagem de


alcoolemia ou perícia de
substância entorpecente ou que
✓ Remoção do veículo; determine dependência física ou
psíquica;
✓ Recolhimento da CNH;

✓ Recolhimento de animais que se


encontrem soltos nas vias e na faixa de
domínio das vias de circulação,
✓ Recolhimento da Permissão restituindo-os aos seus proprietários,
para Dirigir; após o pagamento de multas e
encargos devidos.
✓ Recolhimento do Certificado de
Registro; ✓ Realização de exames de aptidão
física, mental, de legislação, de prática
✓ Recolhimento do Certificado de de primeiros socorros e de direção
Licenciamento Anual; veicular e;

✓ Transbordo do excesso de carga;


RETENÇÃO DO VEÍCULO REMOÇÃO DO VEÍCULO

A retenção do veículo - Significa a A remoção de veículo é um ato


retirada momentânea de um administrativo, com natureza de
veículo irregular de circulação para constrangimento de polícia, formalizado
que uma irregularidade seja num documento chamado Termo de
imediatamente sanada. Remoção.

NÃO HAVENDO CONDIÇÕES DE SER Materializa-se com o recolhimento do


SANADA NO LOCAL. veículo ao depósito, que podemos
dizer ser o ato de implementação dos
atos administrativos de remoção.
recolhido o CRLV recolhido o CRLV
e o veículo e o veículo
liberado. removido ao
depósito público
Caso o veículo
apresente condições de
seguir viagem em
segurança

NÃO TEM ABSOLUTAMENTE NADA A VER COM A


PENALIDADE DE APREENSÃO DO VEÍCULO
✓Recolhimento da CNH, PPD, ACC
O CTB determina que o recolhimento da Carteira Nacional de
habilitação e da Permissão Para Dirigir dar-se-á mediante recibo,
além dos previstos nas infrações tipificadas no Código, quando
houver suspeita sua inautenticidade ou adulteração.

Se comprovado que o condutor está fazendo uso de documento falso


ou adulterado, estará cometendo crime previsto no art. 304 do
Código Penal, que tipifica o delito e prevê a mesma pena de falsificar
no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento
público verdadeiro, que, é de reclusão de dois a seis anos e multa.

DICA:
Todas as infrações que têm como penalidade a
suspensão do direito de dirigir têm como
medida administrativa o RECOLHIMENTO
DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO!!
✓Recolhimento do CRLV ✓TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA
✓ Houver suspeita de inautenticidade
ou adulteração;
O transbordo da carga com peso
✓ Se o prazo de licenciamento estiver
excedente é condição para que o
vencido; veículo possa prosseguir viagem e
✓ No caso de retenção do veículo, se a será efetuado a expensas do
irregularidade não puder ser sanada proprietário do veículo, sem prejuízo
no local. da multa aplicável.
✓ Deixar o responsável de promover a
baixa do registro de veículo
irrecuperável ou definitivamente Art. 270, § 5º do CTB, prevê que no caso
desmontado; de transporte coletivo transportando
✓ Deixar a empresa seguradora de Passageiros ou produtos perigosos ou
comunicar ao órgão executivo de
trânsito competente a ocorrência de
produtos perecíveis, o Agente de Trânsito
perda total do veículo e de lhe devolver tem a discricionariedade para,
as respectivas placas e documentos; observadas as condições de segurança,
dispensar o remanejamento ou
transbordo
destas cargas.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

AÇÃO O QUE É QUEM APLICA

Ato de lavrar um auto de infração


AUTUAÇÃO ao presenciar o cometimento de Agente de trânsito
uma infração

Providência complementar
MEDIDA tomada no decorrer da Agente de trânsito
ADMINISTRATIVA abordagem, é consequência de
uma autuação

Sanção aplicada após ampla Autoridade de


PENALIDADE
defesa trânsito
DESTINAÇÃO DOS
VALORES
ARRECADADOS COM AS
MULTAS

Destinação específica a ser aplicada em


sinalização, engenharia de tráfego, de campo,
policiamento, fiscalização e educação de trânsito, e 95%
nada mais.
VALOR ARRECADADO
COM MULTA

será depositado mensalmente, na conta de fundo


de âmbito nacional destinado à segurança e
educação de trânsito 5%
O Processo Administrativo
O processo administrativo propriamente dito, esta previsto
entre os art. 280 ao 290, do CTB. Assim como, nas Resoluções
CONTRAN n 918/22, Alterada pela Res.991/23; 432 e 723

Auto é documento legal e inicial para aplicar as


penalidades previstas no CTB, faz-se necessário todo
o rito preconizado pelas normas para garantir a lisura
do procedimento e veracidade das informações

Consiste em três níveis:

Defesa Recurso de Recurso de


prévia 1 instancia 2 instancia
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Seção I
Da Autuação

Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
I - tipificação da infração;
II - local, data e hora do cometimento da infração;
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identificação;
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração;
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração.
§ 1º (VETADO)
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por
equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os dados
a respeito do veículo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo seguinte.
§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda,
policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência.
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
§ 6º Não há infração de circulação, parada ou estacionamento relativa aos veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, aos de polícia, aos de
fiscalização e operação de trânsito e às ambulâncias, ainda que não identificados ostensivamente. (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 280 do CTB I - Tipificação da infração;

II – local, data e hora do


cometimento da infração;

III – caracteres da placa de


identificação do veículo, sua marca e
espécie e outros elementos;
AGENTE DE
COMETIMENTO TRANSITO lavra o
Dados do auto de
infração
DA INFRAÇÃO auto de infração V – identificação:
a) do órgão
b) da autoridade ou do agente
autuador;
c) equipamento que comprova
SERVIDOR CIVIL SERVIDOR a infração;
MILITAR
VI – assinatura do infrator, sempre que
possível.
DEFESA CONTRA A AUTUAÇÃO
Expedirá em até 30 dias a notificação da
autuação Art. 281, § 1º, II do CTB

Dirigida ao proprietário do veículo com prazo de


defesa não inferior a 30 dias; Art. 282, § 3º do CTB

Contendo formulário da identificação do


condutor infrator
Prazo de recurso em 1ª instância à JARI
Prazo para recurso não pode ser inferior a 30 dias
Prazo limite é a data do
contados da data da notificação (art.282, parágrafo
vencimento da infração
4º e 5º do CTB)

A JARI possui 30 dia, após ter recebido a defesa,


para apresentar a decisão (art.285, do CTB) Em regra, o recurso não
possui efeito suspensivo

Não ocorrendo o julgamento por motivo de força


maior, pode ser prorrogado até o dobro Nesse caso pode ser
concedido de ofício ou a
pedido o efeito suspensivo
Em regra, Recurso A autoridade tem 10 dias úteis para
não terá efeito remeter o recurso, entendendo-o
suspensivo intempestivo, assinalará no despacho de
INFRAÇÃO encaminhamento

30 DIAS
Auto de
infração de Publicação do
trânsito (AIT) Recurso à edital Recurso ao
JARI indeferimento CETRAN
30 DIAS
Prazo: até o
vencimento
Notificação
de autuação Notificação de
imposição de
Apresentar Penalidade Imposição
Real 30 DIAS da(s)
Infrator Art. 257 penalidade(s)
(TRI)
Defesa Indeferido
prévia
Deferido Arquivado
DO PROCESSO Res. 723/18 , Alterada pela Resolução 844/21
DE SUSPENSÃO
DA CNH Res. 182/05 REVOGADA PELA 723/18
DO PROCESSO Res. 723/18 , Alterada pela Resolução 844/21
DE CASSAÇÃO
DA CNH Res. 182/05 REVOGADA PELA 723/18
AS INFRAÇÕES DE
TRÂNSITO.
Elaborado pelo DENATRAN e aprovado pela Resolução n°
371/2010 do CONTRAN.

▪ MANUAL BRASILEIRO VERSÃO ATUAL DO MBFT - RES. 985/2022.


DE FISCALIZAÇÃO DE
TRÂNSITO (MBFT) Contém as orientações de conduta e procedimentos para a
fiscalização de trânsito, além da explicação de conceitos.

Contém as chamadas Fichas Individuais de Enquadramento, que


estabelecem padronização de lavratura de auto de infração para
todas as infrações de trânsito previstas.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO

COMPETÊNCIA DE INFRAÇÕES

➢ As infrações podem ser de competência municipal, estadual ou


concorrente. Todas são de competência rodoviária.

➢ Para saber a competência de uma infração, é necessário consultar a


Portaria 03/2016 (ou versão mais atual, se houver).

➢ IMPORTANTE: Autos lavrados por agente sem competência para tal são
NULOS, não podendo surtir efeitos.
LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO

“A lavratura do AIT é um ato vinculado na forma da Lei, não havendo


discricionariedade com relação a sua lavratura, conforme dispõe o artigo 280 do
CTB.”

“O agente de trânsito deve priorizar suas ações no sentido de coibir a prática das
infrações de trânsito, porém, uma vez constatada a infração, só existe o dever legal
da autuação, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito, sem, contudo,
omitir-se das providências que a lei lhe determina.”

MBFT – DENATRAN / Res. 985/2022 do CONTRAN


PODEM NÃO SER APLICADAS EM CASO
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS FORTUITO OU DE FORÇA MAIOR

DELIBERAÇÃO 03/2005 DO CETRAN -RJ


FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

PODEM NÃO SER APLICADAS EM CASO


MEDIDAS ADMINISTRATIVAS FORTUITO OU DE FORÇA MAIOR

DELIBERAÇÃO 03/2005 DO CETRAN -RJ

Art. 269 do CTB (...)


§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e
coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por
objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa.

§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não elidem a aplicação das


penalidades impostas por infrações estabelecidas neste Código, possuindo caráter
complementar a estas.
Súmula 473 STF: “ A administração pode anular os seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial”.

Lei 5427/2009
Art. 51. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode, respeitados os direitos
adquiridos, revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade.
INFRAÇÕES MÚLTIPLAS
CTB, Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou
mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as respectivas
penalidades.

✓Infrações Concorrentes OBS.: Infrações que contenham, em


✓Infrações Concomitantes seu tipo infracional, os verbos
“conduzir”, “dirigir”, “transitar” e
✓Infrações Continuadas “circular” (e suas variações)
implicam, necessariamente, que o
✓Infrações Sucessivas veículo esteja em movimento.
FONTE. MBFT.
INFRAÇÕES CONCORRENTES
São aquelas em que o cometimento de uma infração implica
necessariamente o cometimento de outra. Nesses casos, será lavrado um
único AIT.

Exemplos de infrações concorrentes:

Exemplo 1: ultrapassar pelo acostamento (art. 202), implica necessariamente a prática da infração
de transitar com o veículo pelo acostamento (art. 193). Neste caso, autuar apenas no art. 202.

Exemplo 2: veículo novo, sem registro (art. 230, V) e sem ambas as placas (art. 230, IV). Neste caso,
autuar apenas no art. 230, V.

Exemplo 3: passageiro excedente em veículo (art. 231, VII) e sem usar o cinto de segurança (art.167).
Neste caso, autuar apenas no art. 231, VII.
INFRAÇÕES CONCOMITANTES
São concomitantes aquelas infrações que ocorrem de maneira
independente umas da outras. Nesses casos, será lavrado AIT para cada
infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280 do CTB.
São exemplos de infrações concomitantes:

Exemplo 1: Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a OBS.: A concomitância não ocorrerá,
segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista (art. 220, XIII) e não manter a entretanto, em infrações que não
distância de 1,50m ao ultrapassar bicicleta (art. 201). podem ocorrer simultaneamente,
conforme a tipificação de cada uma
Exemplo 2: condutor que não usa o cinto de segurança (art.167) e que está
delas. Não é possível autuar um
segurando telefone celular (art. 252, parágrafo único). veículo, no mesmo local, dia e
Exemplo 3: veículo que avança o sinal vermelho do semáforo (art. 208) e que horário, por uma infração de
excede o limite de velocidade em menos de 20% (art. 218, I). estacionamento e outra de
movimento (deixar de usar o cinto de
Exemplo 4: veículo que está sem um equipamento obrigatório (art. 230, IX) e com segurança). Nesse caso, caberá
outro equipamento obrigatório em desacordo (art. 230, X). apenas uma delas.
Infrações Continuadas
Caracterizam-se por uma conduta única, inalterada e ininterrupta,
observada por mais de uma vez em momentos distintos e sequenciais.
A abordagem do condutor faz cessar a infração continuada. Nesse
caso, deverá ser lavrado um único AIT.

São exemplos de infração continuada:

Exemplo 1: condutor ou passageiro sem utilizar o cinto de segurança (art. 167);


Exemplo 2: condutor ou passageiro de motocicleta flagrado sem utilizar o capacete (art.
244, I ou II);
Exemplo 3: veículo estacionado em local proibido que não possa ser removido e
permaneça estacionado no mesmo lugar.
Infrações Sucessivas
Caracterizam-se pelo cometimento de repetidas condutas idênticas,
ao longo de um percurso, de forma reiterada eintermitente.
Nesses casos, será lavrado AIT para cada infração constatada, na
forma dos arts.266 e 280 do CTB.

São exemplos de infrações sucessivas:

Exemplo 1: duas ou mais ultrapassagens pela contramão onde houver marcação viária
longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua
amarela (art. 203, V);

Exemplo 2: dois ou mais excessos de velocidade superior à máxima permitida, flagradas por
medidores de velocidade em pontos distintos, ao longo do percurso (art. 218, I, II ou III); e

Exemplo 3: dois ou mais avanços de sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória


(art. 208).
● Caso 1: “possível sem abordagem” - significa
que a infração pode ser constatada sem a
abordagem do condutor, sendo desnecessária a
O agente da autoridade justificativa no AIT quanto ao motivo de não ter
de trânsito, sempre que sido abordado.
possível, deverá abordar o ● Caso 2: “mediante abordagem” –
condutor do veículo para significa que a infração só pode ser constatada
constatar a infração, se houver a abordagem do condutor.
ressalvados os casos em
que a infração poderá ser
comprovada sem a ● Caso 3: “vide procedimentos” –
abordagem. significa que há situações em que só é possível
constatar a infração mediante abordagem, porém
há outras situações em que é possível constatá-la
sem abordagem.
● Caso 1: nas infrações de circulação, preferencialmente, deverá
ser autuada a unidade tratora. Não sendo possível identificar a
unidade tratora, deverá ser autuadaa unidade tracionada,
TRATANDO-SE DE indicando-se no campo de observações do AIT que se tratava de
uma combinação de veículos;
COMBINAÇÃO DE ● Caso 2: nas infrações relacionadas às condições da unidade (por
VEÍCULOS, DEVE exemplo: falta de licenciamento, falta de placa, lâmpadas
queimadas ou mau estado de conservação), a autuação deverá ser
SER OBSERVADO O feita em cada unidade irregular; e

SEGUINTE: ● Caso 3: nas infrações de estacionamento, autuar pela placa da


unidade tratora. Somente autuar pela placa da unidade
tracionada, se esta estiver desatrelado
AUTO DE INFRAÇÃO – TIPIFICAÇÃO DA
PREENCHIMENTO INFRAÇÃO
▪ Aplicar art. 170 (Dirigir ameaçando os demais veículos) e
escrever no campo observações “entrou na contramão de
direção”, referente ao artigo 186;
IMPORTANTE
A tipificação deve ser aquela que melhor ▪ Aplicar art. 230, V (Veículo não registrado ou não licenciado) e
descreve a situação observada. O improviso descrever que o veículo “fazia transporte remunerado de
ou a adaptação de infrações “parecidas” passageiros”, que se refere ao artigo 231, VIII (Transitar
pode levar ao cancelamento do auto por erro efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando
de enquadramento, exemplos: não for licenciado para esse fim);

▪ Aplicar art. 195 (Desobedecer ordens do agente) e escrever no


auto “veículo estacionado em local proibido”, que se trata do
art. 181 do CTB.
AUTO DE INFRAÇÃO –
PREENCHIMENTO
Campo Observações

REGRA SEGUNDO MBFT:

Caso a descrição do tipo da infração não seja clara o bastante para descrever corretamente
o que levou à lavratura do auto, ou o artigo utilizado contenha várias condutas distintas,
deve-se sempre complementar a descrição da infração no campo Observações, a fim de
evitar inconsistências (e cancelamento) do Auto de Infração.

DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942.


Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro

“Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências
jurídicas e administrativas.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as
condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos
interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de
2018)”
AUTO DE INFRAÇÃO – PREENCHIMENTO

Informações gerais
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação
de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual
ABC-1234 Passageiro constará:
FIAT/Palio
Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbbo I - tipificação da infração;

123456787654321 RJ 12345678900 II - local, data e hora do cometimento da infração;


Av. Presidente Vargas, em frente ao Detran
11/05/2014 23:50 III - caracteres da placa de identificação do veículo,
Rio de Janeiro RJ sua marca e espécie, e outros elementos julgados
69120 Conduzir veículo sem os documentos necessários à sua identificação;
de porte obrigatório referidos no CTB

IV - o prontuário do condutor, sempre que


possível;

V - identificação do órgão ou entidade e da


Condutor não portava CRLV. Irregularidade sanada no
local. Recusou-se a assinar o auto de infração.
autoridade ou agente autuador ou equipamento
que comprovar a infração;

VI - assinatura do infrator, sempre que possível,


valendo esta como notificação do cometimento da
infração.*

12345678 Daniel
ART. 169 – DIRIGIR SEM
ATENÇÃO/CUIDADOS

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Condutor distraído, conversando com
“Condutor desatento”
o carona”
“Não estava atento ao sinal vermelho”
“Conduzia lendo jornal”

Ou seja, apenas foi repetido a frase do Essas descrições simples são suficientes
Artigo ou foi enquadrada outra para registrar a conduta e dar
infração. consistência ao auto de infração.
ART. 170 – DIRIGIR AMEAÇANDO
PEDESTRES / DEMAIS VEÍCULOS

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Condutor jogou o carro contra outros
“Atravessou sinal vermelho” veículos”
“Ameaçou outros veículos” “Condutor acelerou ao abrir o sinal,
avançando sobre pedestres”
Ou seja, apenas foi repetido a frase do Essas descrições simples são suficientes
Artigo ou foi enquadrada outra para registrar a conduta e dar
infração. consistência ao auto de infração.
ART. 195 – DESOBEDECER ORDENS
EMANADAS DO AGENTE

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Ordenado a parar, não parou”
“Não obedeceu ordem do agente”
“Condutor ordenado a seguir,
“Estava estacionado em local proibido”
permaneceu parado”

Ou seja, apenas foi repetido a frase do Essas descrições simples são suficientes
Artigo ou foi enquadrada outra para registrar a conduta e dar
infração. consistência ao auto de infração.
ART. 210 – TRANSPOR BLOQUEIO VIÁRIO
POLICIAL

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Ordenado a parar na Lei Seca, se
“Transpôs bloqueio” evadiu pela calçada”
“Evadiu-se” “Não parou na blitz, se evadindo pela
contramão”
Ou seja, apenas foi repetido a frase do
Essas descrições simples são suficientes
Artigo ou houve apenas a informação
para registrar a conduta e dar
insuficiente de que o condutor se
consistência ao auto de infração.
Evadiu.
ART. 230, VI – CONDUZIR VEÍCULO COM
PLACA NÃO LEGÍVEL/VISÍVEL

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Adesivo na placa traseira impedindo a
visão”
“Placa ilegível”
“Corrente impedindo legibilidade da
placa traseira”
Ou seja, apenas foi repetido a frase do Essas descrições simples são suficientes
Artigo ou foi enquadrada outra para registrar a conduta e dar
infração. consistência ao auto de infração.
ART. 230, IX – CONDUZIR VEÍCULO SEM
EQUIPAMENTO OBRIGATÓRIO

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER

“Sem equipamento” “Veículo sem os retrovisores”


“Em desacordo com CONTRAN”

Essas descrições simples são suficientes


Ou seja, apenas foi repetido a frase do
para registrar a conduta e dar
Artigo ou não foi descrita a infração
consistência ao auto de infração.
ART. 230, XVIII – CONDUZIR VEÍCULO EM
MAU ESTADO DE CONSERVAÇÃO

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Pneu dianteiro abaixo do TWI”
“Veículo em mau estado” “Vidro dianteiro trincado, prejudicando
visibilidade”

Essas descrições simples são suficientes


Ou seja, apenas foi repetido a frase do
para registrar a conduta e dar
Artigo.
consistência ao auto de infração.
ART. 231, VII – CONDUZIR VEÍCULO COM
LOTAÇÃO EXCEDENTE

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Veículo com 4 passageiros no banco de
trás”
“Excesso de passageiros”
“Veículo com 6 passageiros, com
capacidade para 5”
Essas descrições simples são suficientes
Ou seja, apenas foi repetido a frase do
para registrar a conduta e dar
Artigo.
consistência ao auto de infração.
ART. 232 – NÃO PORTAR DOCUMENTO
(CNH/CRLV)

COMO NÃO PREENCHER COMO PREENCHER


“Condutor não apresentou o CRLV”
“Não apresentou documento.”
“Não portava a CNH”
“Em desacordo com o Art. 232 do CTB”
“Não portava o CRLV”

Ou seja, é necessário o preenchimento Essas descrições simples são suficientes


de qual documento o condutor não para registrar o documento ausente e
portava. dar consistência ao auto de infração.
Artigo do
CTB Descrição
Art. 162, I Dirigir veículo sem possuir Carteira Nacional de
Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para
Conduzir Ciclomotor

INFRAÇÕES Art. 162, III Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para Dirigir de categoria diferente da do
RELACIONADAS veículo que esteja conduzindo

Art. 162, V Dirigir veículo com validade da Carteira Nacional de


Habilitação vencida há mais de trinta dias

Art. 230, V Conduzir o veículo que não esteja registrado e


devidamente licenciado

Art. 232 Conduzir veículo sem os documentos de porte


obrigatório referidos neste Código
RESOLUÇÃO CONTRAN 453/2013
2013
Disciplina o uso de capacete

Em seu Art 4°, disciplina as sanções em diferentes situações do condutor,


conforme abaixo:

▪ Capacete fora das especificações (ex.: sem certificação INMETRO


ou com avarias e danos) – Art 230, X do CTB

▪ Utilizando viseira levantada ou sem viseira (Art. 3°, I e II) – Art 169
do CTB

▪ Sem capacete, capacete não encaixado na cabeça ou indevido


(ex.: capacete de ciclista) – Art 244 do CTB

IMPORTANTE: O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor, quando


desmontado e puxando ou empurrando o veículo nas vias públicas, não se equipara
ao pedestre, estando sujeito às infrações previstas no CTB.
Condutor com CNH válida Condutor não renovou
expedida, mas portando a sua CNH ainda e não
antiga porta a vencida
Art 232 do CTB, visto que Art 232 + Art 162, V do
não porta documento CTB

• Frisando que, o vencimento da CNH está vinculado à


ART 232 X 162, I renovação dos exames, ou seja, da aptidão do condutor à
dirigir veículo, e não ao documento (o papel em si) que porta.
Art. 195. Desobedecer às Art. 210. Transpor,
ordens emanadas da sem autorização,
autoridade competente de bloqueio viário
trânsito ou de seus agentes policial

• Infrações do tipo concorrentes, está implícito na conduta do


ART 195 x ART 210? art. 210 que o condutor foi ordenado a parar no bloqueio, e
sem autorização para tal, o transpôs.
1) Na interpretação da Divisão de Julgamento, é perfeitamente
aceitável que um agente de trânsito devidamente credenciado,
mesmo não sendo Policial Militar, ao presenciar a transposição
de bloqueio policial, lavre o auto de infração, bastando que se
ART. 210 X configure a infração tipificada. Não é necessário que seja
policial a lavrar o auto de infração.

ART. 209 2) Nos casos de operação diurna (sem presença policial), na falta
de orientação superior (DENATRAN/CONTRAN), recomenda-se
a lavratura de autos do Art. 209, com respaldo do Manual
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito.
Na interpretação da Divisão de Julgamento, nos casos em que o
condutor esteja com o direito de dirigir suspenso, e também NÃO
PORTE a CNH, deverá ser lavrado apenas o auto de infração
ART. 162, II X relativo ao Art. 162, II do CTB, com base nos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade da sanção.

ART. 232 Destaca-se que se trata de exercício hermenêutico, não havendo


previsão normativa para esses casos particulares.
LEI N° 12.971 / 2014
Altera o CTB para dispor sobre sanções
2014 administrativas e crimes de trânsito
Principais alterações:

▪ Art. 173, de “disputar corrida por emulação” passou a ser apenas


“disputar corrida”, com multa de dez vezes e suspensão do direito de
dirigir.

▪ Art. 175 passou para “Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir


manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com
deslizamento ou arrastamento de pneu”, com fichas de enquadramento
individuais para cada um dos tipos citados na infração.

▪ Alterações em diversos crimes de trânsito.


LEI N° 13.154 / 2015
Altera diversos dispositivos do CTB
2015

Principais alterações:

▪ Arts. 24 e 129, removendo o registro dos ciclomotores da lista de


competências dos órgãos executivos municipais.

▪ Art. 261, §5°, acrescentando o curso preventivo de reciclagem para


condutores que atinjam quatorze pontos e exerçam atividade
remunerada
LEI N° 13.160 / 2015
Altera o CTB para dispor sobre para dispor sobre
2015 retenção, remoção e leilão de veículo

Principais alterações:

▪ Art. 270, §2°, alterando os critérios de retenção do veículo, “desde que


ofereça condições de segurança para circulação”.

▪ Art. 271, §9°, alterando critérios de remoção do veículo, “Não caberá


remoção nos casos em que a irregularidade puder ser sanada no local da
infração”.

▪ Alterações em procedimentos de leilão de veículo após sessenta dias


de sua remoção.
LEI N° 13.281 / 2016
Diversas alterações ao longo do CTB
2016

▪ Art. 133, porte do CRLV

▪ Art. 162, I, inclusão da ACC

▪ Art. 165-A, inclusão da infração de recusa

▪ Art. 258, alteração dos valores das multas

▪ Art. 256, remoção da “apreensão” do rol de penalidades do CTB

▪ Art. 261, alteração nos tempos de suspensão do direito de dirigir

▪ Art. 284, opção por sistema de notificação eletrônica


2016 • IMPORTANTE

• A infração do Art. 232 pode não ser aplicada no

ART 232 C/C caso de ausência do CRLV, caso a situação de


licenciamento do veículo possa ser verificada
eletronicamente, conforme inovação da Lei n°
ART. 133 – 13.281/2016:

PORTE DO • Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de


Licenciamento Anual.
CRLV • Parágrafo único. O porte será dispensado quando,
no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao
devido sistema informatizado para verificar se o
veículo está licenciado.
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
2016 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

PORTARIA 03/2016 DO DENATRAN


Alterou a Portaria 59/2007
▪ Estabelece códigos e desdobramentos das infrações
▪ Estabelece competências (municipal/estadual)
▪ Informa previsão legal das infrações
▪ Informa gravidade das infrações
▪ Informa responsabilidade das infrações
TÓPICO 9

RESOLUÇÕES DO
CONTRAN APLICÁVEIS
A FISCALIZAÇÃO
• Resolução CONTRAN 993/2023 – Dispõe sobre equipamentos
obrigatórios;

• Resolução CONTRAN 110/2000 – Calendário nacional de prazo


limite para licenciamento;

• Resolução CONTRAN 819/21 -trata de como transportar crianças

LEGISLAÇÃO menores de 10 anos nos veículos, com menos de 1,45m;

PERTINENTE • Resolução CONTRAN 985/22 – Aprova o Manual Brasileiro de


Fiscalização de Trânsito;

• Resoluções 996/23 – Dispõe sobre equiparação dos veículos ciclo-


elétrico, aos ciclomotores

• Resolução CONTRAN 432/13 - Dispõe sobre os procedimentos a


serem adotados pelos agentes na fiscalização do consumo de álcool ou
de outra substância psicoativa que determine dependência
• Resoluções 940/22 – Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de
motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados e quadriciclos
motorizados.

LEGISLAÇÃO • Resolução CONTRAN 911/22 - Dispõe sobre a permissão para o trânsito de


veículos novos, nacionais ou importados, antes do registro e do licenciamento, sobre

PERTINENTE o trânsito de veículos usados incompletos, nacionais ou importados, antes da


transferência e sobre a remonta de veículos novos.

CONTINUAÇÃO • Resolução CONTRAN 487/14 - Trata dos 15 dias consecutivos à data do carimbo para o
veículo circular (emplacamento);

• Deliberação 003/05 do CETRAN - trata da liberação de veículos, após a autuação, no


caso de força maior.
TÓPICO 10
CRIMES DE TRÂNSITO :
PARTE GERAL E ESPECÍFICA.
A LEI SECA (LEI Nº 11.705/08):
IMPLICAÇÕES NO CTB E RECENTES
DISCUSSÕES.
ART 165 E ART 277 DO CTB
PERÍODO SITUAÇÃO CÓDIGO NORMA

Resolução CONTRAN n° 432/2013


Até 24/11/2014 Recusa ao etilômetro 5169
(Até 23/01/2013, Resolução 206/2006)

Até 24/11/2014 Teste do etilômetro com valor acima do permitido 5169 Resolução CONTRAN n° 432/2013

Até 24/11/2014 Mais de um sinal de alteração da capacidade psicomotora 5169 Resolução CONTRAN n° 432/2013

A partir de 25/11/2014 à
Recusa ao etilômetro 7579 Portaria DENATRAN n° 219/2014
31/10/2016

A partir de 25/11/2014 à
Teste do etilômetro com valor acima do permitido 5169 Resolução CONTRAN n° 432/2013
31/10/2016

A partir de 25/11/2014 à
Mais de um sinal de alteração da capacidade psicomotora 5169 Resolução CONTRAN n° 432/2013
31/10/2016

MARGEM
CÁLCULO DO VALOR VALOR PARA INFRAÇÃO DO ART. 165 NORMA
DE ERRO

(Medição Realizada) – (0,04) = Até 0,04 medido = 0,00 considerado: Não é infração Resolução CONTRAN n°
- 0,04 mg/l
Valor Considerado A partir de 0,05 medido = 0,01 considerado: Infração 432/2013
SITUAÇÃO ENQUADRAMENTO

Recusa simples Art. 165-A (Cód. 7579-0)

Recusa mais declaração


de ter ingerido bebida Art. 165-A (Cód. 7579-0)
alcóolica ART 165 E ART
Recusa mais um sinal
notório e/ou alegação Art. 165-A (Cód. 7579-0) 277 DO CTB
de ingestão de bebida
Recusa mais conjunto
Art. 165 (Cód. 5169)
(leia-se no mínimo dois)
sinais de alteração
Realização de teste com
resultado acima do Art. 165 (Cód. 5169)
permitido
Código de Trânsito Brasileiro

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância


psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705,
ARTIGOS 165, de 2008)

165-A E 277 DO Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
• LEI SECA - ARTS 165/165-
CTB A/277 DO
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do CTB
direito de dirigir por 12
(doze) meses. (Redação dada pela•Lei nº 12.760, de 2012)
CONSIDERAÇÕES
Aspectos
Constitucionais e Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e
Infraconstitucionais retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no
9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito
Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de


reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela
Lei nº 12.760, de 2012)
ART 165 E ART 277 DO CTB
CONSIDERAÇÕES

Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência)

Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)


Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze)
meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção


do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de


reincidência no período de até 12 (doze) meses (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência)
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente
de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser
submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento
que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo
Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº
12.760, de 2012)

§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)


ART 165 E ART 277 DO CTB
CONSIDERAÇÕES § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser
caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que
indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da
capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas
em direito admitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de
2012)

§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas


estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que se
recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos
no caput deste artigo
• A simples recusa precisa estar
acompanhada de sinais que indiquem a
alteração da capacidade psicomotora para
tornar legal o ato de lavratura do auto de
infração;

ART 165, 165-A E ART 277 DO CTB


• A recusa é direito constitucional e não deve
PRINCIPAIS REFUTAÇÕES E ser suficiente para a lavratura do auto de
ARGUMENTOS infração e consequente aplicação das
penalidades e medidas administrativas
previstas no art. 165.
Conforme legislação vigente, a simples recusa ao etilômetro
configura a infração do art. 165-A do CTB (art. 277, §3°), ou seja,
um condutor abordado em OLS será autuado caso se recuse ao
teste do etilômetro:

Art. 277, §3° do CTB - Serão aplicadas as penalidades e


medidas administrativas estabelecidas no art. 165-A deste
Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer
ART 165 E ART 277 DO CTB dos procedimentos previstos no caput deste artigo.

ARGUMENTO 1 – Resolução 432/2013 do Contran, Art. 6°, Parágrafo único -


Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas
NECESSIDADE DOS SINAIS previstas no art. 165 do CTB ao condutor que recusar a se
submeter a qualquer um dos procedimentos previstos no art.
3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306
do CTB caso o condutor apresente os sinais de alteração da
capacidade psicomotora.

Além disso, evidentemente o condutor também será autuado


caso apresente sinais de alteração da capacidade
psicomotora, ou realize o teste, apresentando resultado acima
do permitido. A legislação prevê quatro formas de constatação:
• RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 432/2013

• Art. 3º - A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão


da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes
ART 165 E ART 277 procedimentos a serem realizados no condutor de veículo automotor:(grifo
nosso)
DO CTB
• I – exame de sangue;

ARGUMENTO 1 – • II – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão


ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
NECESSIDADE DOS consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;

SINAIS • III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar


(etilômetro);

• IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade


psicomotora do condutor.
• O “direito de não produzir provas contra si mesmo”;
• Não se trata de Princípio expressamente previsto na CRFB;
• Origem na Convenção Americana de Direitos Humanos/Pacto de
San José da Costa Rica (1969) - "direito de não ser obrigada a
depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada...".
• Contexto histórico de diversas ditaduras nas Américas, visando
proteger a integridade do cidadão, evitando a obtenção de provas
forjadas, ou obtidas sob tortura, ou ameaça, ou mesmo utilizando
o silêncio como evidência de culpa;
• ART 165 E ART 277 DO CTB • O mesmo Pacto, em seu Capítulo V, dispõe:
• ARGUMENTO 2 – NEMO
TENETUR SE DETEGERE • Artigo 32 – Correlação entre deveres e direitos

• Toda pessoa tem deveres para com a família, a comunidade e a


humanidade;

• 2. Os direitos de cada pessoa são limitados pelos direitos dos


demais, pela segurança de todos e pelas justas exigências do bem
comum, em uma sociedade democrática. (grifo nosso)
CRIMES DE TRÂNSITO – ART. 302 AO ART. 312 DO CTB

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade


psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a


permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
CRIMES DE imposta com fundamento neste Código

TRÂNSITO Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a


devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano

Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo


automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou
com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu
estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não
esteja em condições de conduzi-lo com segurança
BOM TRABALHO! SUCESSO A TODOS!

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