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Victor Trabalho Final

O trabalho explora a montagem de esquemas táticos no futebol, destacando a evolução dos sistemas de jogo e a importância do estudo tático para a eficácia das equipes. O objetivo é fornecer um guia para a criação de esquemas táticos que considerem as variáveis técnicas, físicas e psicológicas dos jogadores, analisando sistemas como 4-4-2, 4-3-3 e 3-5-2. A pesquisa enfatiza que a escolha do esquema tático deve maximizar as qualidades dos atletas e se adaptar às características do adversário.
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O trabalho explora a montagem de esquemas táticos no futebol, destacando a evolução dos sistemas de jogo e a importância do estudo tático para a eficácia das equipes. O objetivo é fornecer um guia para a criação de esquemas táticos que considerem as variáveis técnicas, físicas e psicológicas dos jogadores, analisando sistemas como 4-4-2, 4-3-3 e 3-5-2. A pesquisa enfatiza que a escolha do esquema tático deve maximizar as qualidades dos atletas e se adaptar às características do adversário.
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VICTOR MARCONDES REIS ALMEIDA

Montagem de esquemas táticos no futebol

Lavras-MG
2025

1
VICTOR MARCONDES REIS ALMEIDA

Montagem de esquemas táticos no futebol

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Federal
de Lavras, como parte das
exigências do Curso de Educação
Física, para obtenção do título de
Bacharel.

Prof. Dr. Rubens Antonio Gurgel Vieira


Orientador

Lavras-MG
2025

2
RESUMO

No futebol atual, tem-se uma certa dúvida de qual será/seria a melhor forma de um
time se posicionar taticamente em campo, antigamente eram poucos os esquemas
táticos usados, mas com o passar do tempo e a vontade de certas pessoas em
saber mais sobre o assunto, foram criados vários esquemas táticos e modelos de
jogo no qual fizeram muita diferença para o futebol atual. Dito isso, é de extrema
importância o estudo sobre tal assunto. Nesse contexto, este presente trabalho tem
como objetivo explorar os principais conceitos de tática futebolística e fornecer um
guia para montar um esquema tático eficaz, considerando as variáveis técnicas,
físicas e psicológicas envolvidas. O esquema tático é o primeiro passo na
construção. O sistema de jogo refere-se à quantidade de jogadores alojados na
linha defensiva, do meio-campo e do ataque. Os mais comuns sistemas de jogo,
assim chamados, são 4-4-2, 4-3-3 e 3-5-2, com diferentes atributos de posse de
bola, marcação e transição. Ao propor um esquema tático, deve-se observar as
características de seus jogadores, como velocidade, habilidade técnica, cabeceio e
posicionamento. Posto isso, o atleta deve ser situado em uma posição que explore
ao máximo suas qualidades. Para isso, constroem-se as nomenclaturas de funções
e subfunções dos atletas, selecionadas com base nas características do time em
questão, evidenciando as funções primárias do jogo de futebol referente à posse e à
recuperação da bola.

Palavra-chave: Futebol. Esquema tático. Funções. Sistemas de jogo.

3
ABSTRACT

In current football, there is a certain doubt as to what is/would be the best way for a
team to position itself tactically on the field. In the past, there were few tactical
schemes used, but with the passage of time and the desire of certain people to know
more about the subject, several tactical schemes and game models were created
which made a lot of difference to current football. That said, studying this subject is
extremely important. In this context, this present work aims to explore the main
concepts of football tactics and provide a guide to put together an effective tactical
scheme, considering the technical, physical and psychological variables involved.
The tactical scheme is the first step in construction. The game system refers to the
number of players housed in the defensive line, midfield and attack. The most
common playing systems, so called, are 4-4-2, 4-3-3 and 3-5-2, with different
attributes of ball possession, marking and transition. When proposing a tactical
scheme, you must observe the characteristics of your players, such as speed,
technical ability, heading and positioning. That said, the athlete must be placed in a
position that makes the most of their qualities. To this end, names of athletes'
functions and subfunctions are constructed, selected based on the characteristics of
the team in question, highlighting the primary functions of the football game
regarding possession and recovery of the ball.

Keyword: Football. Tactical scheme. Functions. Game systems.

4
SUMÁRIO

1. Introdução ……………………………………………………………………………… 6
2. Objetivo ………………………………………………………………………………….. 7
2.1 Objetivo Central ………………………………………………………………….. 7
2.2 Objetivos Secundários ………………………………………………………….. 8
3. Referencial teórico …..……………………………………………………………….. 8
3.1 Definição …………………………………………………………………………… 8
3.2 Tática ………………………………………………………………………………. 8
3.3 Princípios Táticos no futebol …………………………………………………... 8
4. Metodologia …………………………………………………………………………… 11
5. Organização ofensiva ………………………………………………………………. 11
6. Transição defensiva …………………………………………………………………. 14
7. Organização defensiva ……………………………………………………………… 15
8. Transição ofensiva ………………………………………………………………….. 16
9. Formações táticas mais conhecidas no futebol ……………………………….. 17
9.1. Formação 4-4-2 …………………………………………………………………. 17
9.2. Formação 4-3-3 …………………………………………………………………. 24
9.3. Formação 3-5-2 …………………………………………………………………. 28
10. Conclusão ……………………………………………………………………………..32
11. Referências bibliográficas ………………………………………………………… 33

5
1. INTRODUÇÃO

O futebol é uma modalidade esportiva coletiva que exige mais do que apenas a
habilidade técnica dos atletas. Os treinadores também precisam ter competência
tática e a capacidade de fazer escolhas sábias durante os treinos e na partida para
elaborar um plano eficaz e aprimorar o rendimento do time. O resultado positivo no
futebol ultrapassa o talento individual, e sim como esse talento é estruturado e
posicionado no campo através de um esquema tático. É neste ponto que se destaca
a relevância de um esquema tático bem feito e executado. O plano tático deve
potencializar os pontos fortes e reduzir pontos fracos da equipe, considerando
diversas ocasiões, como o jeito do adversário jogar e o cenário do jogo. Portanto,
estabelecer o esquema tático é a primeira etapa para estabelecer uma equipe
competitiva (Castelo, 1994).

De acordo com Melo (2000) os esquemas táticos são uma configuração tática
implementada por um time de futebol durante um jogo. O desenho tático determina
a organização dos atletas em campo e tem um impacto direto no rendimento
coletivo e individual. É fundamental que os treinadores entendam as
particularidades de cada sistema tático para selecionar o mais adequado para a
equipe, considerando as competências dos atletas e as exigências do jogo.
Conforme Wilson (2008) o treinador não deve alterar o sistema com frequência, mas
sim utilizar táticas diferentes de acordo com as características de cada adversário.

Atualmente é necessário ter um estudo maior das táticas, com a elaboração de um


esquema que pode ser modificado tanto durante o jogo quanto entre as partidas, ou
seja, dependendo do estilo de jogo do adversário e das condições da partida. As
alterações táticas podem ser provocadas tanto por uma tentativa de reverter a
desvantagem no jogo/placar quanto por uma estratégia que tem como objetivo
anular os pontos positivos do time adversário. Assim, a capacidade de ajustar o
esquema de acordo com a ocasião é um dos jeitos que uma equipe pode se
diferenciar das outras nesse esporte de alto rendimento (Melo, 2000).

6
A importância dos esquemas táticos para o futebol é incontestável, uma vez que
influencia diretamente no estilo dos jogos. Esse esporte é um dos únicos no mundo
que o resultado da partida pode ser totalmente inesperado. Se a equipe estiver bem
treinada e com um bom sistema tático, ela pode equilibrar a disparidade de
competências individuais entre ela e as outras equipes. Isso possibilita que uma 7
equipe menos habilidosa vença uma mais forte. Ademais, a tática no futebol é
crucial para assegurar a organização do time em campo, aumentando as
possibilidades de vitória e atingindo as metas definidas pelo técnico e pelo clube
(Castelo, 1996)

2. Objetivo.

O objetivo deste estudo é aprender e identificar os princípios da tática no futebol e


apresentar ideias para a criação de estratégias eficientes, considerando os aspectos
técnicos, físicos e psicológicos importantes. Apoiando nos estudos e auxiliando
professores e técnicos de futebol na criação de um sistema de jogo que encaixe
bem para o seu time. Além de analisar a influência da criação e aplicação de
comportamentos táticos no futebol no desempenho dos times em campo. Como
esporte coletivo, o futebol necessita de um excelente entrosamento entre todos os
jogadores. A escolha ideal do sistema tático é essencial para assegurar que as
responsabilidades e funções de cada jogador do time se complementam para que a
equipe possa jogar o melhor de si.

2.1 Objetivo central.

Neste trabalho, também foram examinados e analisados os princípios táticos


fundamentais para a sistematização e organização do time. Esta pesquisa também
avaliou como a transição entre as fases ofensiva e defensiva podem ser mais bem
estruturadas em diversos sistemas de jogo. Foram explicados os sistemas de jogo
4-4-2, 4-3-3 e 3-5-2, que foram escolhidos por preferência, ilustrando e detalhando o
funcionamento de cada um desses sistemas, considerando as funções específicas
de cada jogador da equipe em sua posição e a movimentação dos jogadores com e
sem a posse da bola.

7
2.2 Objetivos secundários.

A finalidade deste estudo é mostrar que a configuração tática não se limita à


seleção de um sistema, mas sim a um método estratégico de utilizar as
características do time e as circunstâncias do jogo para melhorar o rendimento e
potencializar as possibilidades de vitória do time.

3. Referencial teórico.

3.1 Definição.

De acordo com Wade (1978), o futebol é um esporte coletivo jogado entre duas
equipes. Quando uma delas tem a posse de bola, tenta ultrapassar os adversários
procurando progredir no sentido do gol, finalizando para então fazer o gol. Por sua
vez, a equipe que não possui a posse de bola procura impedir essa progressão,
além de não deixar o adversário finalizar a gol, ao mesmo tempo em que tenta
recuperar a posse de bola, para assim chegar ao gol inimigo e conseguir fazer o gol.

3.2 Tática.

A tática é caracterizada como a gestão do espaço de jogo, por meio das


movimentações dos jogadores (Teoldo; Guilherme; Garganta, 2021). É a disposição
dos jogadores em campo, mudando com base na posição, o tempo, a posse da bola
e o jogador adversário. Ela pode ser tanto defensiva (quando não possui a posse de
bola) e ofensiva (quando possui a posse de bola), além de individual ou coletiva
(Garganta, 1997).

3.3 Princípios táticos no futebol.

Os comportamentos táticos individuais são normas de ação executadas com base


em regras. Podem ser realizadas com ou sem a posse da bola, com o objetivo de
estabilizar a organização funcional das equipes durante o confronto com o
adversário, permitindo que os processos ofensivos e defensivos se desenvolvam de
forma equilibrada (Costa et al.,2009). Essas ações táticas são segmentadas em dez
comportamentos, sendo cinco na fase ofensiva e cinco na fase defensiva (Quadro
1).

8
Quadro 1 - Comportamentos táticos individuais do futebol na fase ofensiva e defensiva
(baseado em Reis e Almeida, 2019).

Comportamento tático Definição


individual

Fase ofensiva

Penetração -​ Desestabilizar a organização defensiva


adversária;
-​ Atacar diretamente o adversário/ o gol;
-​ Criar situações vantajosas para o ataque(
superioridade numérica);

Cobertura ofensiva -​ Dar o apoio ao jogador com a posse de bola,ou


seja, oferecer opções para a sequência do
jogo;
-​ Diminuir a pressão do adversário sobre o
jogador com a posse de bola;
-​ Criar desequilíbrio na organização defensiva
adversária e superioridade numérica;
-​ Garantir a manutenção da posse de bola;

Movimentação -​ Criar linhas de passe em profundidade;


-​ Criar ações de ruptura da organização
defensiva adversária;
-​ Apresentar-se em um espaço muito propício
para a execução do gol;
-​ Conseguir o domínio da bola para dar
sequência a ação ofensiva (passe ou
finalização);

Espaço -​ Dificultar as ações de marcação da equipe


adversária;
-​ Facilitar as ações ofensivas da equipe;
-​ Movimentar para um espaço de menor pressão
sobre o jogador/bola;
-​ Procurar opções mais seguras, através dos
jogadores posicionados mais defensivamente,
para dar uma sequência melhor ao jogo.

Unidade ofensiva -​ Facilitar o deslocamento da equipe para o


campo de jogo do time adversário;
-​ Permitir a equipe atacar em unidades ou em
bloco;
-​ Oferecer mais segurança as ações ofensivas
realizadas no centro do jogo;
-​ Promover que mais jogadores se posicionam
no centro do jogo;
-​ Jogadores mais compactados para que

9
Comportamento tático Definição
individual

possam diminuir o espaço no campo defensivo;

Fase defensiva

Contenção -​ Diminuir o espaço de ação ofensiva do jogador


com a bola;
-​ Orientar a progressão do portador da bola;
-​ Parar ou atrasar o ataque/contra-ataque
adversário;
-​ Restringir as possibilidades de passe a outro
jogador adversário;
-​ Evitar o drible que favoreçam a progressão
pelo campo de jogo em direção ao gol;
-​ Impedir a finalização para gol do jogador/time
adversário;

Cobertura defensiva -​ Servir de novo obstáculo ao portador da bola,


caso esse passe pelo jogador de contenção;
-​ Transmitir segurança e confiança ao jogador
de contenção para que ele tenha iniciativa de
combate às ações ofensivas do jogador
adversário com a posse de bola ;

Equilíbrio defensivo -​ Assegurar a estabilidade defensiva na região


de disputa de bola;
-​ Apoiar os companheiros de equipe que
executam as ações de contenção e cobertura
defensiva.
-​ Cobrir linhas de passe;
-​ Marcar potenciais jogadores adversários que
podem receber a bola;
-​ Recuperar ou afastar a bola da zona onde ela
se encontra;

Concentração defensiva -​ Aumentar a proteção ao gol;


-​ Propiciar um aumento de pressão no centro do
jogo;
-​ Condicionar o jogo ofensivo adversário para
zonas de menor risco campo de jogo;

Unidade defensiva -​ Permitir a equipe defender em unidade ou em


bloco;
-​ Garantir estabilidade sincronia entre as linhas
da equipe em ações ofensivas;
-​ Diminuir a amplitude ofensiva da equipe
adversária;
-​ Reduzir o espaço utilizando impedimento;

10
4. Metodologia.

A metodologia adotada para este estudo baseou-se na revisão bibliográfica, com o


objetivo de identificar e analisar os principais conceitos, abordagens e práticas
relacionadas à montagem de esquemas táticos no futebol. Para isso, foram
consultados livros, artigos científicos e publicações especializadas sobre os
sistemas de jogo no futebol. A pesquisa foi conduzida de maneira sistemática,
priorizando a análise de estudos e teorias que abordam desde os comportamentos
táticos básicos até os modelos de jogo mais contemporâneos que preparam equipes
no futebol.

5. Organização Ofensiva.

No contexto de tiro de meta, a saída longa tem como objetivo chegar ao campo de
ataque com apenas um toque. Para isso, é necessário posicionar e preparar a
equipe para disputar a primeira e a segunda bola, além de definir o jogador alvo da
bola longa, o lado para onde será direcionada, o posicionamento dos jogadores e as
movimentações específicas de alguns atletas. O perfil ideal para essa situação é ter
um goleiro com boa reposição, jogadores bons em disputa aérea e atacantes que
segurem bem a bola

Já na saída curta, o objetivo é chegar ao campo de ataque a partir do campo de


defesa, envolvendo a troca de passes entre os jogadores. Nesse caso, deve-se
posicionar os atletas de forma a atrair a marcação do adversário e abrir espaços no
campo de ataque. É importante definir quais jogadores iniciarão a saída curta, o
lado de início e término, além das movimentações e trocas de posição entre alguns
jogadores. Os zagueiros, volantes e laterais devem ser jogadores técnicos,
enquanto os demais atletas devem se destacar pela boa movimentação e
inteligência cognitiva (Guardiola, 2017).

11
Por fim, na saída curta para depois alongar, o objetivo é atrair a equipe adversária
para disputar a primeira e a segunda bola com menos jogadores adversários. Para
isso, é necessário definir o jogador responsável pela bola longa, quem a receberá e
orientar os demais jogadores para se compactarem rapidamente, a fim de disputar a
bola longa. O perfil ideal para essa situação inclui zagueiros com facilidade em
passes longos, jogadores bons em disputa aérea e atacantes que saibam segurar
bem a bola.

Na fase de construção de jogo, os jogadores envolvidos podem ser dois, três ou


quatro, com o objetivo de criar uma superioridade numérica sobre os adversários.
Jogadores de diferentes posições podem participar dessa fase, dependendo da
estratégia adotada e do perfil de cada jogador. É importante definir movimentações
específicas para abrir espaços, com a criação de movimentos estratégicos para
alguns atletas. Além disso, deve-se estabelecer a função e o espaço de cada
jogador enquanto a equipe estiver com a posse de bola, definindo claramente o
papel de cada um nessa fase do jogo.

Quanto ao tipo de jogo, pode-se optar por um jogo com posse de bola, priorizando
passes curtos para atrair o adversário e criar espaços, ou um jogo direto, que se
concentra mais em bolas longas, sem a necessidade de passar por todas as faixas
do campo. Para passar da primeira linha de marcação, é fundamental definir por
qual corredor de ataque (direito, esquerdo ou central) a equipe vai penetrar no bloco
adversário, e também quais jogadores serão os responsáveis por iniciar e receber a
bola.

Sobre a criação de jogadas, de acordo com Ando, Raul (2023) uma das principais
formas é através de cruzamentos, que têm como objetivo criar oportunidades de gol,
geralmente com um chute ou cabeçada. Existem três tipos de cruzamento no
futebol: o cruzamento antecipado, que ocorre antes da linha da 12 grande área,
oferecendo mais espaço para sua execução; o cruzamento lateral, realizado ao lado
da grande área, onde a disputa de espaço é maior devido à proximidade com a linha
defensiva adversária; e o cruzamento de fundo, que acontece perto da linha de
fundo, sendo mais difícil de executar devido ao espaço limitado e à marcação mais
intensa da defesa (Figura 1). Para esses cruzamentos, os jogadores podem
utilizá-los com curvas para dentro ou para fora da direção do gol, tanto altos quanto

12
rasteiros, com destinos variados, como a primeira ou a segunda trave, as costas ou
entre os defensores.

Figura 1 - Fonte da imagem: ANDO, Raul. Cruzamentos no Futebol.

Continuando com a criação de jogadas, os passes em profundidade têm como


objetivo romper a linha defensiva, oferecendo ao receptor uma boa oportunidade de
fazer o gol. Esse tipo de passe pode ser feito de duas formas: o passe curto em
profundidade, que ocorre quando a distância entre o jogador que executa o passe e
o receptor não é muito grande, mas é suficiente para abrir a defesa adversária ou
criar uma chance de gol, e o passe longo em profundidade, que é realizado quando
a distância entre os jogadores é maior, exigindo maior precisão para garantir a
eficácia do passe.

As jogadas individuais ocorrem quando um jogador utiliza suas habilidades técnicas


e físicas para superar os adversários, sem a ajuda de seus companheiros de
equipe. Essas jogadas têm o objetivo de quebrar a linha defensiva adversária,
criando oportunidades de gol e aproximando-se da área. As jogadas individuais
podem ser executadas com dribles, fintas, mudanças de direção ou ritmo, e também
com finalizações.

A inversão de jogo é uma mudança de direção rápida para o ataque, visando


desorganizar a defesa adversária. Ao forçar o time adversário a se deslocar

13
rapidamente, a inversão pode criar espaços e falhas na marcação, gerando
oportunidades de ataque. Esse movimento pode ser feito com passes longos
diagonais ou passes rápidos rasteiros.

É de extrema importância que o time esteja bem treinado para saber qual será a
melhor opção de jogada durante a partida, se a criação ocorrerá pelo corredor
esquerdo/direito, geralmente com laterais e pontas, ou pelo corredor central,
normalmente com volantes ou meio-campistas mais avançados. Após escolherem o
corredor, os jogadores devem realizar boas movimentações e passes, utilizando
amplitude e profundidade como aliados para facilitar o caminho e criar
oportunidades no ataque.

A conclusão ou finalização de jogadas é importante que a equipe defina quais serão


os jogadores alvos ou referências nessa fase do jogo. Devem-se escolher também
quantos jogadores irão entrar na zona de finalização, ou seja, na grande área, e
quais serão esses jogadores. Além disso, é fundamental definir as zonas
específicas para cada jogador, como a primeira trave, a segunda trave, a marca do
pênalti ou entre os jogadores da defesa adversária. Por fim, é necessário
determinar, durante os treinos, qual será a maneira de finalização, seja ela por cima,
por baixo, de cabeça, com o pé ou outros métodos.

6. Transição defensiva.

Na pressão após a perda da posse de bola, a compactação tem como objetivo


garantir que, quando a equipe estiver atacando, os jogadores estejam próximos uns
dos outros. Isso permite que, caso o time perca a bola, todos reajam imediatamente
para tentar recuperar a posse. É importante orientar os zagueiros a preencherem os
espaços vazios deixados durante o ataque.

Em relação ao tempo, é necessário estipular um limite para a recuperação da bola


após a perda, sendo recomendável que isso ocorra dentro de até sete segundos.
Após esse período, os espaços começam a se abrir, o que pode gerar
oportunidades perigosas para o time adversário.

14
A referência tem como objetivo utilizar a bola e o espaço de maneira estratégica,
com o intuito de pressionar o jogador adversário que está com a posse da bola,
fechando suas linhas de passe.

Quanto à quantidade de jogadores, todos os atletas geralmente fazem parte da


pressão após a perda, mas em sua maioria, apenas quatro ou cinco jogadores que
estão mais próximos da bola têm a obrigação de pressionar, enquanto os outros
jogadores se organizam para recompor a equipe, contando com a possibilidade de a
pressão falhar.

Na recomposição, a equipe deve usar a bola como referência, e o maior número


possível de jogadores, especialmente os que estavam atacando, deve retornar
rapidamente atrás da linha da bola para ajudar na defesa.

7. Organização defensiva.

Na marcação, são utilizadas três tipos, sendo elas a marcação em bloco alto, médio
e baixo. A marcação em bloco alto tem como objetivo ser uma tática agressiva,
evitando que a equipe adversária saia jogando e tentando roubar a bola o mais
próximo possível do gol adversário. Isso dificulta a construção de jogadas da outra
equipe e força erros. Esse tipo de marcação pode ser feita por zona, em que os
jogadores cobrem áreas específicas do campo, ou individual, onde cada jogador
marca um adversário específico, sem deixar espaço para sair jogando. Pode-se
fechar as linhas de passe do goleiro e zagueiros, bloqueando a possibilidade de
passes curtos, forçando-os a dar um "chutão". No entanto, essa estratégia envolve
riscos, como o cansaço físico dos jogadores, já que exige muito condicionamento, e
uma possível exposição ao contra-ataque, pois se a pressão for superada, a defesa
ficará distante da própria área, oferecendo mais espaço para o adversário.

A marcação em bloco médio tem como objetivo permitir que a equipe adversária
saia jogando para depois pressionar e roubar a bola próxima ao gol adversário. Ela
visa dificultar o passe curto dos defensores ou laterais que iniciam a construção da
jogada adversária, forçando-os a realizar passes mais longos e imprecisos. Esse
tipo de marcação oferece um controle maior no campo, com menos risco que a
pressão em bloco alto, permitindo que a equipe jogue de maneira mais flexível e

15
controlada. Os jogadores ficam posicionados em uma linha intermediária, entre a
linha defensiva e o meio-campo, o que possibilita bloquear os passes sem exigir
tanto fisicamente, já que não há pressão alta no goleiro.

A marcação em bloco baixo visa deixar a equipe adversária com a posse de bola,
com o objetivo de proteger a área e dificultar as finalizações. A defesa compacta
minimiza os espaços por onde os atacantes possam se infiltrar, forçando a equipe
adversária a jogar pelas laterais. Esse tipo de marcação é frequentemente adotado
quando se enfrentam equipes mais fortes ou em situações onde o objetivo é o
empate ou evitar muitos gols. Os defensores ficam mais próximos da própria área, e
os volantes ou meio-campistas defensivos ficam posicionados em frente à linha
defensiva para reforçar o bloqueio no centro do campo. As formações táticas mais
comuns nesse tipo de marcação são o 4-4-2, 4-5-1 e 5-4-1, que garantem que os
jogadores fiquem mais próximos uns dos outros. Apesar de ser eficaz, esse estilo de
marcação tem seus riscos. Se a equipe adversária tiver boa circulação de bola e
habilidade para criar espaços e realizar cruzamentos, a defesa pode ser quebrada,
resultando em gol. No entanto, se a equipe que adota o bloco baixo souber
aproveitar os erros do adversário, pode aproveitar os espaços deixados para
encaixar contra-ataques perigosos.

8. Transição ofensiva.

A transição ofensiva no futebol acontece quando a equipe, ao recuperar a posse da


bola, começa a avançar para o ataque, aproveitando os espaços que o adversário
deixou. Esse momento começa no instante em que a bola é tomada do oponente, e
a primeira prioridade é tirar a bola da área de pressão, para dar início à jogada
ofensiva (Borges et al., 2018).

O time pode utilizar da manutenção da posse de bola ,ou seja, podendo usufruir do
passe para trás para escapar da pressão e se organizar para atacar novamente,
além de buscar inversões para troca de lado rápida buscando mais espaços. Além
de também poder se beneficiar com contra-ataques para tirar da pressão e fazer a
transição ofensiva, utilizando do passe para frente, inversões de jogo e passes
longos para colocar o time em saída rápida.

16
Nos dois exemplos de transições ofensivas citados (manutenção de posse de bola e
contra-ataque) a equipe deve ter alguma definições, como por exemplo, qual ou
quais jogadores serão referência na hora da transição, se será o lateral oposto, os
zagueiros e goleiro caso seja utilizada a manutenção de posse de bola, os
atacantes de lado com bolas em espaço, o meio campista com bom passe para
poder distribuir melhor o jogo, ou os atacantes para fazerem o pivô e segurar a bola
para a chegada dos outros jogadores de equipe. Tudo isso deve ser programado,
estudado, treinado e definido nos treinos, para nas partidas serem jogadas
concretizadas com sucesso, ou seja, sem erro e assim poder fazer o gol (Borges et
al., 2018).

9. Sistemas de jogo.

9.1 4-4-2

Existem dois estilos de 4-4-2: o tradicional e o losango. O esquema 4-4-2 tradicional


tem como origem o treinador russo Viktor Maslov, que no caso ele fez uma variação
da formação 4-2-4 que foi utilizada pelo Brasil na conquista de sua primeira Copa do
Mundo em 1958. Viktor Maslov recuou dois dos atacantes de ponta para ajudar na
linha de meio de campo, deixando o time mais organizado, disciplinado e fazendo
com que o meio-campo adversário sofresse com superioridade numérica. Com esse
esquema tático ele levou o Dínamo de Kiev a vencer três ligas soviéticas
consecutivas no final da década de 60 (Wyscout, 2022).

Segundo Santos Filho (2002), o sistema 4-4-2 apresenta tanto desvantagens quanto
benefícios. Se a equipe tiver atacantes velozes, os contra-ataques tornam-se mais
rápidos, já que a tática favorece a recuperação ágil da bola. A presença de diversos
jogadores no meio-campo também favorece os defensores, permitindo-lhes focar
mais nas bolas que sobram. No entanto, essa configuração tática restringe as
chances ofensivas, pois os atacantes estão sempre em menor número em
comparação aos defensores. Ademais, requer um empenho adicional dos atletas do
meio-campo, que devem se empenhar tanto na marcação quanto nas atividades
ofensivas.

17
No estilo tradicional, é utilizada uma linha de quatro jogadores na defesa (dois
zagueiros e dois laterais), uma linha de quatro jogadores no meio-campo e uma
linha de dois jogadores no ataque (Figura 1). É um estilo bem físico e direto, com a
linha defensiva bem sólida, dois meio campistas defensivos e com organização de
jogo, dois meio campistas extremos rápidos que tem o foco de ganhar dos laterais
adversários no um contra um para conseguir lançamentos na área para os
atacantes, além de também saberem construir jogadas pelo meio, e por fim dois
atacantes com uma boa finalização e com raça para brigarem por bolas longas e
cruzamentos (Wyscout, 2022).

Quando o time tem a posse de bola, os atacantes têm como objetivo avançarem até
a defesa adversária para segurarem os defensores do outro time, podendo segurar
a bola até os demais jogadores da equipe aliada aproximarem, ou também podem
se afastar da defesa rival para criar espaços para algum jogador aliado penetrar
sobre a defesa rival. Conclui-se que eles têm como objetivo finalização ou gerar
chances de gol para a equipe.

De acordo com Wyscout (2022), os meio-campistas mais avançados têm como


objetivo tanto atacar pelas laterais para fornecerem cruzamentos na área para os
atacantes, como também podem cortar para dentro para finalização como para
jogadas de passes curtos com os dois atacantes e passes de infiltrações para
finalização. Os meio-campistas mais defensivos têm como finalidade ligar a bola da
defesa para o ataque, ou seja, utilizando de bons passes para a criação de jogadas.
Além de abranger um papel mais abrangente na retaguarda. Eles são conhecidos
como jogadores ‘‘box to box”, isto é, jogadores que sabem desempenhar sua função
defensiva na área de defesa e a função ofensiva na área de ataque, podendo
chegar ao ataque e fornecer cruzamentos mais precisos, por terem mais espaço
para jogar.

A função dos laterais são de fazer a cobertura dos meio-campistas mais abertos
além de fazer a movimentação por dentro para ajudar na construção de jogadas,
quando os meio-campistas que geralmente jogam mais abertos estiverem por
dentro, os laterais devem abrir para as laterais do campo, abrindo espaço e criando

18
oportunidades de passes jogando pelo corredor para então poderem utilizar de
cruzamentos na área (Wyscout, 2022).

Os zagueiros centrais como são os últimos jogadores para o ataque, eles têm
menos marcação, ou seja, sua função com a bola é de fazer a distribuição para os
laterais ou meio-campistas com o passe curto, sabendo a hora de executar o passe
para o jogador aliado estar em condição de recebê-lo sem nenhuma marcação
próxima. Eles também podem utilizar de um passe longo para encontrar os
atacantes aliados, fazendo com que façam um pivô ou aproveitando da infiltração e
bola enfiada (Wyscout, 2022).

Sobre as responsabilidades defensivas de cada posição, os dois jogadores de


ataque geralmente ficam entre os dois meio-campistas defensivos e os zagueiros do
time rival, fazendo com que fiquem em uma boa posição para pressionar a linha
defensiva do adversário e caso não consigam roubar a bola, conseguem voltar
rapidamente e fechar os espaços deixados por eles quando fazem a pressão da
bola. Essa pressão quando feita, tem como objetivo forçar o rival a sair jogando
pelas laterais (mais fácil a marcação) ou também de fazerem com que o jogador
adversário que esteja com a posse de bola dê o chute longo para frente, isolando a
bola com a finalidade de não correr risco de perdê-la perto de sua área (Wyscout,
2022).

Segundo Wyscout (2022), o quarteto de meio-campistas precisam sempre manter a


distância correta entre a linha defensiva e ofensiva de sua equipe, para não
correrem o risco de deixarem muito espaço para o time adversário ter facilidade com
passes ou com infiltrações, os meias mais avançados recuam, fazendo uma linha de
quatro jogadores (Figura 1), na maioria das vezes esses jogadores de meio-campo
fazem uma marcação um contra um, sendo o meias defensivos marcando os meias
adversários e os meio-campistas que jogam no lado de campo marcando a subida
dos laterais adversários.

Os quatro jogadores da linha de defesa formam uma linha igual aos jogadores de
meio campo, só que um pouco mais compactos para não correrem o risco de
deixarem espaços para o time adversário, os zagueiros ficam responsáveis pela

19
marcação dos atacantes, além da cobertura da área por conta de jogos diretos e
cruzamentos rivais, e os laterais na marcação dos atacantes de ponta ou algum
meio-campista mais aberto. Todos os quatro jogadores da linha defensiva devem
estar preparados para recuar e cobrir os espaços deixados por outros jogadores nas
costas (Wyscout, 2022).

Figura 1. Fonte de imagem: Wyscout.

O esquema tático 4-4-2 losango é constituído também por uma linha de quatro
jogadores na defesa e uma linha de dois jogadores no ataque, porém no
meio-campo é formado por dois meio campistas abertos fazendo uma proteção
maior nas laterais e o primeiro mais retido fazendo a cobertura do restante dos
jogadores no meio, além do meio-campista mais avançado que se apoia nos
atacantes de referência para melhor criação de jogadas. (Figura 2)

20
Figura 2. Fonte de imagem: Wyscout.

A origem da formação tática 4-4-2 losango surge quando um dos atacantes do


sistema 4-3-3 se desloca ao meio-campo. Na Copa do Mundo de 1962, o Brasil
adotou uma estrutura em 4-3-3, com Mário Jorge Lobo Zagallo se deslocando entre
as linhas de ataque e meio-campo para gerar vantagens numéricas nas zonas de
criação. Apesar de começar a partida como atacante no desenho inicial, Zagallo foi
muito mais um meia-atacante em um sistema 4-4-2 losango (Wyscout, 2023).

Quando o time possui a posse de bola os atacantes têm como responsabilidade


proporcionar uma profundidade ao ataque, segurando os zagueiros do time
adversário, assim como na formação 4-4-2 tradicional, os atacantes podem segurar
a posse de bola até a chegada dos outros meio-campistas para fazer uma troca de
passes, ou também podem fazer movimentos nas costas da linha defensiva
adversária para os meio-campistas jogarem bolas enfiadas, aproveitando a
infiltração. Outra possibilidade de jogadas, são quando os atacantes se
movimentam pelos lados do campo, dando opções de passes e criando o espaço no
centro para o avanço dos meio-campistas, fazendo com que esse meio-campo que
avance faça um falso 9 (Figura 3).

21
Figura 3. Fonte de imagem: Wyscout.

Na fase defensiva, os atacantes tentam forçar a saída de bola do adversário pelas


laterais, essa pressão dos atacantes deve ocorrer de fora para dentro para
complicar a tomada de decisão dos zagueiros e laterais do time adversário, já que o
meio de campo está povoado pelos quatro meio-campistas da equipe aliada.

Sobre as funções dos meio-campistas quando se possuem a posse de bola, o


primeiro volante contribui para a construção do jogo desde a defesa, funcionando
como uma ligação entre a defesa e o meio-campo. Este atleta também tem a
capacidade de se posicionar na retaguarda, entre os defensores ou por fora deles,
facilitando a progressão dos laterais até a segunda linha. É incomum que um
volante se desloque à frente da bola; normalmente, ele se posiciona atrás da linha
de passe para poder retomar a construção ou alterar a direção do jogo. Em grande
parte, os dois meias que jogam abertos atuam nos corredores internos, por serem
jogadores que atuam tanto defensivamente como ofensivamente (jogadores box to
box), eles têm a capacidade de proporcionar amplitude ao time quando os laterais
se encontram muito atrás para avançar e se unir ao ataque. Já o meia central mais
avançado tem como característica principal a criação de jogadas para chances de
gol, geralmente fica na posição entre o meio-campo e o ataque aliado, podendo se
movimentar por trás da linha de defesa adversária quando os atacantes do time
aliado se movimentam para as laterais do campo (Wyscout, 2023).

22
Quando não se possui a posse de bola, a função do primeiro volante é de
permanecer na frente dos zagueiros do seu time e manter atenção com os passes
em direção aos atacantes adversários, quando seu time está fazendo uma pressão
na outra equipe ele pode avançar para ajudar nessa imposição também, mas na
maioria das vezes permanece em uma posição central, para facilitar a reposição na
frente da sua linha defensiva. Os dois meio-campistas da ala marcam o adversário
comumente no um contra um ou por zona para proteger o corredor interno. A ideia é
evitar passes de dentro para fora. Se o adversário conseguir superar a pressão dos
atacantes, os meio-campistas podem pressionar os laterais na esperança de
impedi-los de avançar muito no campo. Já o meio-campista mais avançado pode
fazer tanto uma marcação individual no primeiro volante do time adversário, como
também pode monitorar a linha de passe para ele. Se por acaso os atacantes de seu
time estiverem marcando abertos, a função do meia central é de avançar e marcar
os zagueiros adversários, fazendo com que os meias abertos fechem um pouco
mais para marcar a linha de passe da outra equipe (Wyscout, 2023).

Os laterais quando o time possui a posse de bola tendem a oferecer amplitude


ofensiva, no momento em que os atacantes ou meio-campistas abrem para jogarem
mais abertos a função dos laterais é de ocupar os espaços deixados por eles no
meio-campo, fazendo com que garanta a manutenção da formação em losango,
apesar de qualquer troca de posições. E quando o time adversário possui a bola, a
função da linha defensiva do time permanece a mesma que a formação 4-4-2
tradicional, os quatro defensores formam uma linha semelhante à do meio-campo,
porém mais compacta para evitar que o adversário consiga abrir espaços. Os
zagueiros têm a função de marcar os atacantes e proteger a área contra jogos
diretos e cruzamentos rivais, enquanto os laterais são encarregados de marcar os
atacantes de ponta ou algum meio-campista mais avançado. Todos os quatro
jogadores da linha defensiva devem estar preparados para recuar e preencher os
espaços deixados por outros jogadores nas costas (Wyscout, 2023).

23
9.2 4-3-3

Esse esquema tático é formado por quatro jogadores na linha defensiva (dois
zagueiros e dos laterais), três jogadores no meio-campo, podendo se
movimentarem de três formas sendo a primeira delas com um volante e dois meias
mais avançados (Figura 4), outra com dois volantes e um meia atacante central, e
por último com um primeiro volante mais retido, um segundo volante mais de
criação e um pouco mais avançado que o primeiro volante, e por fim o meia
atacante. Além de possuir uma linha de três atacantes na frente, com um deles mais
centralizado e dois atacantes mais abertos conhecidos como pontas ou alas (Figura
4).

Figura 4. Fonte de imagem: https://futeboltatico.blogspot.com

Sua origem foi na Copa do Mundo de 1962 com a Seleção do Brasil, na qual fez
uma adaptação de sua antiga formação da Copa de 1958 (4-2-4), trazendo um de
seus atacantes para o meio-campo. Mais para frente, a seleção holandesa
conhecida como “Laranja Mecânica” de 1974 e o Ajax do começo da década de 70
foram dois dos times mais famosos que inspiraram o uso dessa formação tática,

24
incentivando figuras como Johan Cruyff a usar o 4-3-3 depois que se tornou
treinador (Wyscout, 2021).

De acordo com Jordi Cruyff, filho do famoso ex-jogador/treinador Johan Cruyff, em


uma vídeo aula dada sobre a formação 4-3-3 no site da coaches voice, ele diz: “O
4-3-3 cria triângulos naturalmente, muitas vezes dando ao dono da bola diversas
opções de passe a qualquer momento, três jogadores no centro do campo podem
gerar vantagens numéricas nas zonas centrais, o que aumentará ainda mais a
intenção de dominar a posse de bola. Isto torna a implementação de um estilo de
jogo baseado na posse de bola um pouco mais fácil do que outras formações.”

Conforme ressaltado por Santos Filho (2002), essa formação apresenta tanto
vantagens como também desvantagens. Um dos maiores desafios é a necessidade
de grande movimentação, principalmente no setor ofensivo, que devem ser capazes
de marcar e atacar ao mesmo tempo, que é importantíssimo para o funcionamento
do esquema. Ademais, o condicionamento físico dos atletas é um elemento
fundamental, sendo ainda mais difícil no começo da temporada, quando os
jogadores ainda não atingiram seu nível máximo de aptidão física. No entanto,
quando bem esse esquema tático é bem aplicado, essa configuração favorece a
criação de jogadas, já que a equipe mantém-se unida tanto na defesa quanto no
ataque, tornando mais difícil para o adversário organizar suas ações. A presença de
três atacantes também torna mais eficiente a distribuição das jogadas pelos meio
campistas, que têm mais opções para acionar no ataque.

Os atacantes que atuam pelos lados têm como principal função isolar os laterais
adversários e atacar em situações de um contra um, seja por fora para cruzar ou
diagonalmente para se juntar aos meio-campistas e ao centroavante. Esta última
alternativa é frequente para alas que atuam com o pé invertido (jogador que chuta
com a direita e joga na ponta esquerda, e vice-versa) ou atacantes internos que
procuram se deslocar da ala, oferecendo também a opção de chute ao gol. Os
pontas que mantêm um posicionamento mais amplo podem contribuir para a
abertura de espaço nas corridas internas. Por outro lado, um ala que se desloca por
dentro abre espaço para um lateral avançar e auxiliar no ataque (Wyscout, 2021).

25
O centroavante sempre se movimenta no campo de acordo com a ação ofensiva do
time, saber a hora de se posicionar na área para cruzamentos se por exemplo a
bola estiver indo para lateral, saber puxar a marcação do zagueiro para criação de
espaços no meio-campo, saber a hora de se posicionar perto dos outros jogadores
para fazer uma troca de passes curtos e criar jogadas e também saber a hora de
infiltrar na linha defensiva adversária quando sobrarem espaços.Ou seja, o
centroavante deve sempre estar atento ao movimento tanto do seu time como da
defesa adversária (Wyscout, 2021).

Segundo Wyscout (2021), o sistema de três jogadores no meio-campo proporciona


alternativas de passe tanto para a defesa quanto para o ataque. Ao jogar com
apenas um volante, os dois meias mais ofensivos geralmente se posicionam nos
corredores internos (Figura 6), proporcionando corridas ofensivas entre os pontas e
o centroavante para se posicionarem para cruzar. Se estiverem 24 posicionados
mais atrás, ligam o lateral e o zagueiro do seu lado ao lateral e ao atacante. O
primeiro volante é a principal ligação entre a defesa e o meio-campo, além de ser o
principal jogador responsável pelas alterações no jogo para avançar.

Figura 6. Fonte de imagem: Wyscout.

26
Quando se detém a posse de bola, as funções dos zagueiros são de primeiramente
examinar onde estão localizados os jogadores aliados e adversários para então
começar a construção ofensiva, percebendo onde seu time terá superioridade
numérica para uma melhor troca de passes. Cada zagueiro pode se posicionar um
pouco mais aberto para que o primeiro volante (melhor passe) recue e jogue entre
eles para buscar uma boa jogada com um melhor passe ou lançamento longo para
os jogadores de ataque. Desta forma os laterais podem avançar, proporcionando
mais espaço e largura do time enquanto os meio campistas podem recuar um pouco
para a cobertura deixada pelos laterais em caso de falha e perda da posse de bola
(Wyscout, 2021).

O esquema tático 4-3-3 é uma ótima formação para times que gostam de pressionar
o adversário quando não estão com a posse de bola, pois a equipe tem três
jogadores no ataque. Os atacantes de lado podem começar junto ao centroavante a
marcação por dentro para bloquear o passe dos zagueiros para os meio-campistas,
e depois começar a pressão para fora, assim forçando o time adversário a jogar
pelas laterais, facilitando a marcação. Outro jeito de marcar que os atacantes mais
abertos podem fazer, é de começarem suas marcações de fora para dentro, para
forçar o time adversário a jogar por dentro e depois do passe para o meio-campista
adversário fazer uma alta pressão para o roubo da bola.

De acordo com Wyscout (2021), os três meio-campistas proporcionam proteção e


cobertura para as áreas centrais, sendo capazes de se transformar rapidamente em
dois volantes defensivos e um meia mais avançado, caso seja necessário. Isso
pode acontecer durante a formação de um bloco ou através da aplicação de
pressão. Quando dispostos em um 4-3-3 tradicional, os meio-campistas têm a
capacidade de pressionar de forma individual na lateral atrás dos atacantes mais
avançados, ou podem se mover para pressionar próximo ao centroavante.

Nesse esquema a linha defensiva continuará o mais compacta possível,


mantendo-se em bloco organizado e fazendo a cobertura dos meio-campistas que
estão logo na frente protegendo a linha defensiva. Deve-se tomar cuidado quando o
time perde a bola e os laterais estão avançados, pois o time adversário pode atacar
pelo espaço deixado por eles nesse avanço. Em uma pressão alta da equipe aliada,

27
os laterais podem avançar e apoiar o time na frente, principalmente quando os
atacantes mais abertos da equipe adversária estiverem na posição mais avançada,
quando isso ocorre os zagueiros devem se movimentar um pouco para as laterais
do campo para manter a cobertura do time por conta da marcação pressão alta do
time aliado (Wyscout, 2021).

9.3 3-5-2

Conforme cita Leal (2001), entre as décadas de 80 e 90 surge um novo esquema


tático, o 3-5-2. Essa formação é composta com três zagueiros sendo um líbero, ou
seja, joga a frente da defesa, às vezes como um zagueiro e às vezes como um
primeiro volante. Também utiliza cinco jogadores no meio-campo, sendo dois
volantes, dois alas e um meia-atacante. Por fim, no setor ofensivo se dispõe dois
atacantes. Esse sistema foi utilizado por Luiz Felipe Scolari na conquista da Copa
do Mundo de 2002 pela seleção brasileira (Figura 7).

Figura 7. Fonte da imagem: Wikipedia

28
Segundo Santos Filho (2002), essa formação traz tanto vantagens quanto
desvantagens. Um dos pontos negativos é que, por ser mais focada na defesa, ela
pode deixar o jogo menos interessante, diminuindo sua velocidade e mexendo na
dinâmica do jogo. Além disso, quando a equipe está perdendo, por ter o número
reduzido de atacantes dificulta as finalizações e ainda facilita a posse de bola para o
time adversário. Por outro lado, quando a equipe está ganhando e possui menor
qualidade técnica do que o time adversário, ter mais jogadores no meio-campo
ajuda na recuperação rápida da posse de bola, ajudando o time a criar chances de
usar os contra-ataques. Além disso, a maior quantidade de jogadores nessa área
dificulta a criação de jogadas pelo adversário, pois a marcação fica mais eficiente e
o time se torna mais sólido em campo.

Os atacantes da sua equipe devem estar sempre em movimento, trocando posições


com os meio-campistas, com a finalidade de confundir a defesa adversária e criar
oportunidades para finalizações. Ademais, é crucial que os atacantes participem na
elaboração das jogadas, retornando quando necessário para buscar a bola e auxiliar
na geração de oportunidades de gol. Esta constante mobilidade força a defesa
adversária a se adaptar rapidamente, tornando mais desafiador para os 27
defensores se posicionarem corretamente. A comunicação entre os atacantes e os
meio-campistas é crucial, uma vez que auxilia na formação de situações de
vantagem numérica e amplia as possibilidades de passe. Como a formação 3-5-2
utiliza muitas jogadas com os alas, os atacantes devem saber a hora de ficarem na
grande área, para se beneficiarem de cruzamentos e conseguirem finalizar.
Enquanto o time estiver defendendo, os atacantes devem permanecer um pouco à
frente dos meio-campistas, marcando o passe e o avanço dos zagueiros do time
adversário (Sales, 2025).

Segundo Sales (2025), a função dos meio-campistas quando o time possui a posse
de bola é de controlar o ritmo do jogo, tendo a responsabilidade de saber o
momento certo para fazer a transição da defesa para o ataque. É muito importante
que os meio-campistas do time façam passes certos e precisos, além de evitar o
máximo possível erros que possam fazer com que o time perca a posse de bola
para a equipe adversária. Os jogadores de meio-campo devem sempre procurar a
criação de jogadas ofensivas, podendo ser através de passes curtos e rápidos, além

29
de utilizar lançamentos longos e em profundidade para os atacantes e alas, ou até
mesmo esses próprios meio-campistas avançando com a bola para gerar chances
de finalização e perigo para o time adversário. Outra tática ofensiva diferenciada
que os meio-campistas podem fazer é buscar infiltrações entre as linhas defensivas
adversárias, se aproveitando da movimentação dos atacantes aliados para criar
espaços. Essas ações podem fazer com que a defesa rival fique perdida, criando
oportunidades de gol reais. Quando o time consegue utilizar esses fundamentos no
esquema tático do 3-5-2, a equipe conseguirá um melhor controle do meio-campo,
contribuindo também para uma defesa mais sólida e deixando o sistema ofensivo
mais eficaz.

No momento em que o time perde a posse de bola, os meio-campistas devem


recuar e impedir a progressão do adversário, porque eles também têm um papel
crucial na defesa, ajudando a proteger a área à frente da linha de três zagueiros.
Eles devem estar prontos para bloquear linhas de passe e auxiliar na marcação dos
jogadores adversários (Sales, 2025).

Quando a equipe detém a bola, cabe aos alas posicionarem-se mais à frente em
campo, proporcionando opções de passe e maior amplitude ao jogo. Oriente-os a
explorar as lacunas, realizar combinações ágeis com os meio-campistas e
atacantes, e elaborar jogadas pelos corredores laterais para cruzar a bola na área.

Esta ação ofensiva dos alas contribui para estender a defesa adversária e gerar
chances de gol. Em circunstâncias de mudança de ataque para defesa e recíproca,
os alas devem estar aptos a alternar rapidamente entre suas funções ofensivas e
defensivas. É crucial analisar o jogo e fazer escolhas ágeis, ajustando se às
alterações de etapa do jogo, é importante que os alas auxiliem no ataque,
avançando pelas laterais e fazendo cruzamentos para os atacantes na grande área.
Existem vários formatos de cruzamentos (altos, curtos ou longos) que podem
aumentar as possibilidades de sucesso nas jogadas ofensivas (Sales, 2025).

Depois de perder o controle da bola, é essencial que os alas se reorganizem e


recuam rapidamente e auxiliem na defesa. Eles devem se afastar e se posicionarem
em linha com os meio-campistas defensivos ou também podendo fazer uma linha de

30
cinco jogadores na defesa (Figura 8), limitando espaços pelos corredores e
ajudando os defensores na marcação. Os alas precisam estar de olho nas ações
ofensivas adversárias e preparados para interceptar cruzamentos e executar
desarmes quando for preciso.

Figura 8. Fonte da imagem: Wyscout

Os zagueiros devem se posicionar de forma que proteja o gol, fechando os espaços


por onde os jogadores da equipe adversária poderiam finalizar para o gol. Eles
devem estar sempre atentos ao posicionamento dos atacantes adversários e
também sobre a trajetória da bola. Além de se posicionar corretamente, os
zagueiros devem estar prontos para bloquear as finalizações a gol. Isso pode ser 29
feito avançando em direção ao jogador que tem a posse de bola quando o
adversário se prepara para o chute, tentando desviar a trajetória da bola com o
corpo. Os zagueiros também devem se certificar de que os atacantes adversários
estejam devidamente marcados, dificultando a finalização. Eles podem fazer isso
acompanhando de perto os atacantes e interferindo em sua movimentação e
controle de bola. Devem-se orientar os zagueiros sobre o posicionamento adequado
e como antecipar as jogadas dos atacantes. Eles devem sempre estar entre o
atacante e o gol aliado. É muito importante que os zagueiros saibam cobrir os
espaços de quando os alas avançam, para não ocorrer de sobrar espaços e facilitar
um possível contra-ataque da equipe adversária (Sales, 2025).

31
10. Conclusão

Conclui-se com este trabalho que é de extrema importância os esquemas táticos no


futebol, percebendo que eles não são apenas a simples disposição dos jogadores
em campo. Quando bem executada e planejada, a estratégia no futebol pode
transformar uma equipe de desempenho baixo ou médio em uma equipe altamente
eficiente, capaz de se adaptar às situações do jogo. Ao analisar os sistemas de jogo
4-4-2, 4-3-3 e 3-5-2, podemos perceber que cada sistema tem suas particularidades
e seu jeito de ser utilizado, apresentando tanto vantagens como desvantagens que
se ajustam a variados cenários e estilos de jogo. Por exemplo, o 4-4-2 é eficiente
para estabelecer um equilíbrio entre a defesa e o ataque, com duas linhas de
jogadores que proporcionam uma boa cobertura. Por outro lado, o 4-3-3 pode ser
um esquema tático mais ofensivo, oferecendo maior movimentação dos jogadores
de equipe, além de uma pressão sobre a defesa adversária. Já o esquema 3-5-2 é
caracterizado pela segurança defensiva e a proteção das laterais, sendo um sistema
tático ótimo para times que procuram um domínio maior do jogo, com posse de bola
e boa marcação. Ademais, a transição entre a defesa ao ataque e vice-versa é
indispensável para assegurar que a equipe consiga se ajustar rapidamente sobre
alterações de etapa do jogo. Os jogadores devem se manter em constante
movimento além de terem uma boa interpretação das ações adversárias, pois isto
se torna crucial para o desempenho do time, principalmente em situações onde a
equipe perde ou retoma a posse da bola. Quando o time consegue dominar a tática,
juntamente com o entendimento do papel de cada jogador em um esquema, é o
segredo para o time buscar resultados positivos em suas partidas. Assim, a escolha
do esquema tático quando bem planejada e ajustada ao desenho da equipe, pode
ser crucial para o rendimento de um time, seja na gestão do jogo, na criação de
chances de gol ou na defesa contra as jogadas das equipes adversárias. Em geral,
o desenvolvimento de táticas é um dos instrumentos mais eficazes no futebol atual,
atuando como um elemento crucial que pode aumentar as chances de vitória,
dependendo de como é utilizada e ajustada durante a partida.

32
11. Referências.

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