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Resumão Protocolos 2º Bimestre

O documento aborda as hepatites virais, destacando a hepatite B como a mais complexa em termos de diagnóstico, com ênfase nos marcadores sorológicos e tratamento. Também discute a hepatite C, sua alta taxa de cronicidade e o tratamento com antivirais de ação direta. Além disso, menciona a hanseníase e o HIV, enfatizando a importância do diagnóstico e tratamento adequados.

Enviado por

Galesco Ieonardo
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Resumão Protocolos 2º Bimestre

O documento aborda as hepatites virais, destacando a hepatite B como a mais complexa em termos de diagnóstico, com ênfase nos marcadores sorológicos e tratamento. Também discute a hepatite C, sua alta taxa de cronicidade e o tratamento com antivirais de ação direta. Além disso, menciona a hanseníase e o HIV, enfatizando a importância do diagnóstico e tratamento adequados.

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Resumão Protocolos 2º Bimestre algum momento da vida.

■ Anti-HBc IgM: Contato recente (infecção


aguda).
Aula 7 – Hepatites Virais: O Essencial (80/20) ■ Anti-HBc IgG: Contato passado (infecção
crônica ou curada).
Conceitos Fundamentais que Você Precisa Dominar ○ Anti-HBe: O corpo está começando a
● Definição Central: Hepatite é a inflamação do controlar a replicação. Geralmente aparece
fígado. quando o HBeAg desaparece.
● Cronicidade (O Mais Importante): A grande Esquema de Diagnóstico da Hepatite B (PROVA)
questão é quais vírus podem se tornar crônicos
(infecção por mais de 6 meses), pois isso leva a
HBs Anti Anti Anti HBe Interpret
cirrose e câncer de fígado.
Ag -HBc -HBc -HBs Ag ação (O
○ NÃO cronificam: Vírus A e E (transmissão
Tota IgM que você
fecal-oral, agudos).
l precisa
○ PODEM cronificar: Vírus B, C e D. São as
saber)
estrelas do tema.
● Vacinas: Existem para Hepatite A e Hepatite B
(que por consequência, protege da D). Não existe + + + - +/- Infecção
vacina para Hepatite C. AGUDA
(Marcado
Hepatite B: O Foco Principal (PROVA) r
A Hepatite B é a mais complexa em termos de principal:
diagnóstico sorológico e a mais cobrada. Entender os Anti-HBc
marcadores é dominar 80% do assunto. IgM
positivo)
Entendendo os Marcadores Sorológicos (Decifre a
Sopa de Letrinhas)
+ + - - + Infecção
● AG (Antígeno): Parte do próprio vírus. Se está CRÔNICA
positivo, o vírus está lá. ATIVA
○ HBsAg (Antígeno de Superfície): (Vírus
MARCADOR DE INFECÇÃO ATIVA. Se HBsAg presente,
é positivo, a pessoa TEM o vírus (seja agudo replicand
ou crônico). É o primeiro a aparecer. o muito)
○ HBeAg (Antígeno 'e'): MARCADOR DE
REPLICAÇÃO VIRAL. Se positivo, indica que o
+ + - - - Infecção
vírus está se multiplicando ativamente. É um
CRÔNICA
sinal de maior infectividade e atividade da
(Portador
doença.
) (Vírus
● Anti (Anticorpo): É a sua defesa, a resposta do seu
presente,
corpo.
mas sem
○ Anti-HBs: MARCADOR DE CURA OU VACINA.
replicação
É o anticorpo protetor. Se você só tem ele
intensa)
positivo, está imunizado (ou pela vacina ou
porque se curou de uma infecção passada).
○ Anti-HBc (Anticorpo do "Core"): - + - + - CURA
MARCADOR DE CONTATO PRÉVIO. Indica (Imune
que a pessoa já teve contato com o vírus em por

1
escolha, inclusive para gestantes.
infecção
● Alternativa (se TDF contraindicado): Entecavir.
passada)
Hepatite C: O Essencial

- - - + - VACINAÇ ● Transmissão: Principalmente por SANGUE. O


ÃO maior fator de risco é o uso de drogas injetáveis.
(Imune Transfusões antes de 1993 também eram uma
por fonte importante.
vacina, ● Cronicidade: ALTÍSSIMA. Cerca de 80% dos
nunca infectados cronificam. É uma doença silenciosa
teve que evolui para cirrose em décadas.
contato Esquema de Diagnóstico da Hepatite C
com o
O diagnóstico é um processo de duas etapas simples:
vírus)
1. Triagem (Teste Rápido ou Sorologia): Pede-se o
Anti-HCV.
- - - - - Sem
○ Se negativo: Descarta a infecção (a menos
contato
que haja suspeita de exposição muito
(Suscetíve
recente - janela imunológica).
l)
○ Se positivo: Significa que a pessoa teve
contato com o vírus, mas não confirma se a
infecção está ativa.
Tratamento da Hepatite B: QUANDO e COMO? 2. Confirmação (Teste Molecular): Se o Anti-HCV
(PROVA) for positivo, pede-se o HCV-RNA (PCR).
○ Se detectável/reagente: CONFIRMA
O corpo geralmente cura a infecção aguda sozinho. O
infecção ativa. O paciente tem Hepatite C
foco do tratamento é na forma crônica para evitar a
crônica e precisa de tratamento.
evolução para cirrose.
○ Se não detectável: O paciente teve contato,
QUEM DEVE SER TRATADO? (Critérios Essenciais) mas curou. Não há infecção ativa.

1. Regra Principal: Pacientes com HBV-DNA ≥ 2.000 Tratamento da Hepatite C


UI/mL E ALT elevada (em 2 exames com 3 meses ● Antivirais de Ação Direta (AADs): O tratamento
de intervalo). foi revolucionado. Hoje, usa-se uma combinação
○ ALT (TGP) ≥ 52 U/L para homens. de comprimidos por 8-12 semanas com taxas de
○ ALT (TGP) ≥ 37 U/L para mulheres. cura > 95%.
2. Presença de HBeAg reagente: Indica alta ● Objetivo da Cura (RVS): Considera-se curado
replicação. SEMPRE TRATAR em maiores de 30 quando o HCV-RNA (PCR) está indetectável 12
anos. semanas após o fim do tratamento.
3. Evidência de Cirrose: Pacientes com sinais ● Seguimento Pós-Cura: Pacientes que já tinham
clínicos (ascite, varizes esofágicas) ou por fibrose avançada (F3) ou cirrose (F4) precisam
imagem/elastografia (F4). SEMPRE TRATAR, manter o rastreio de câncer de fígado (com
independente da carga viral ou ALT. ultrassom e alfa-fetoproteína) a cada 6 meses,
4. Coinfecções: Pacientes com HIV, Hepatite C ou D. mesmo após a cura.
5. Prevenção: Gestantes com carga viral alta para
Hepatite D: O Agravante da Hepatite B
evitar transmissão vertical.
● Conceito-Chave: É um vírus "satélite" ou
COMO TRATAR? (Droga de Escolha)
"defeituoso". SÓ EXISTE EM QUEM TEM
● Primeira Linha: TENOFOVIR (TDF). É a droga de HEPATITE B. Ele usa o HBsAg (a "casca" do vírus B)

2
para se replicar. patogenicidade (a maioria das pessoas tem
● Significado Clínico: A coinfecção HBV/HDV é a imunidade natural).
forma mais grave de hepatite viral crônica, ● Diagnóstico (Eminentemente Clínico): Precisa de
acelerando muito a progressão para cirrose e pelo menos 1 dos 3 critérios a seguir:
câncer de fígado. 1. Lesão(ões) de pele com alteração de
● Diagnóstico: sensibilidade (térmica, dolorosa e/ou tátil).
1. O paciente deve ter HBsAg positivo. Se for 2. Acometimento de nervo(s) periférico(s),
negativo, está descartada a Hepatite D. com espessamento e perda de função
2. Pede-se o Anti-HDV. Se positivo, confirma a sensitiva/motora.
coinfecção. 3. Baciloscopia positiva (encontrar o bacilo no
● Prevenção: A vacina contra a Hepatite B previne esfregaço da pele ou biópsia).
também a Hepatite D.
Classificação Operacional (PROVA - O Mais
Hepatites A e E: As Autolimitadas Importante!)
● Transmissão: Fecal-oral (água e alimentos A classificação define o tempo de tratamento e é
contaminados). Associadas a condições precárias baseada em critérios clínicos simples.
de saneamento.
● Clínica: São infecções agudas e autolimitadas, ou
Classifi Númer Nervos Bacilos Duraçã
seja, não cronificam. O corpo elimina o vírus
cação o de Acomet copia o do
sozinho. O tratamento é apenas de suporte.
Lesões idos Tratam
● Diagnóstico (Hepatite A): Anti-HAV IgM positivo
de Pele ento
indica infecção aguda.
Avaliação de Fibrose Hepática (O que substituiu a
Pauciba ATÉ 5 ATÉ 1 Negativ 6
biópsia)
cilar lesões tronco a meses
A biópsia era o padrão-ouro, mas é invasiva. Hoje, (PB) (6
usamos métodos não invasivos para avaliar o dano no cartelas
fígado: )
● Elastografia Hepática: O principal método.
Funciona como um ultrassom que mede a Multiba MAIS 2 OU Positiva 12
"dureza" do fígado para classificar a fibrose (de F0 cilar DE 5 MAIS meses
a F4 - cirrose). (MB) lesões troncos (12
● Índices Laboratoriais (APRI e FIB-4): Cálculos que cartelas
usam exames de sangue (AST, ALT, plaquetas) )
para estimar o risco de fibrose avançada. São
úteis para triagem.
Aula 8 - Hanseníase: O Essencial Regra de Ouro:
Conceitos Fundamentais que Você Precisa Dominar ● Se a baciloscopia vier positiva, é SEMPRE
● Definição Central: Hanseníase é uma doença MULTIBACILAR, não importa o número de lesões.
infecciosa primariamente neural, de evolução ● Na dúvida, classifique e trate como Multibacilar
lenta, causada pela bactéria Mycobacterium (MB).
leprae. O alvo principal são os nervos periféricos O Espectro da Doença (Resposta Imune)
(células de Schwann) e a pele (macrófagos).
A forma clínica depende da capacidade do sistema
● Transmissão: Vias respiratórias, através do
imune do paciente de combater o bacilo.
contato próximo e prolongado com um doente
não tratado. Possui alta infectividade, mas baixa ● Polo Tuberculoide (T):

3
○ Boa resposta imune celular (Th1). espessamento do nervo) é o sinal mais grave.
○ Poucos bacilos, baciloscopia negativa. ○ Tratamento: Corticoides (Prednisona
○ Lesões bem delimitadas e em menor 1mg/kg/dia).
número. ● Reação Tipo 2 (Eritema Nodoso Hansênico -
● Polo Virchowiano (V): ENH):
○ Resposta imune celular deficiente (Th2). ○ O que é: Formação de imunocomplexos que
○ Muitíssimos bacilos, baciloscopia sempre se depositam nos tecidos.
positiva. ○ Quando ocorre: Mais comum em pacientes
○ Lesões mal delimitadas, difusas, infiltradas, do polo Virchowiano (MB), durante ou após
que podem levar à "fácies leonina". É a forma o tratamento.
mais contagiante. ○ Clínica: Aparecimento súbito de nódulos
● Formas Dimorfas ou Borderline (DT, DD, DV): São subcutâneos vermelhos e dolorosos,
instáveis e ficam no meio do espectro. acompanhados de febre e mal-estar.
○ Tratamento: Talidomida (cuidado:
Ponto Chave: Uma baciloscopia negativa NÃO exclui o
teratogênica!) ou Corticoides (Prednisona).
diagnóstico de hanseníase, pois as formas
tuberculoides (PB) cursam com baciloscopia negativa. Avaliação e Prevenção de Incapacidades
● Avaliação Neurológica: É a parte central do
Tratamento: Poliquimioterapia (PQT-U) (PROVA)
acompanhamento.
● Esquema Único (PQT-U): Os medicamentos são ○ Teste do Monofilamento: Avalia a
os mesmos para todos os pacientes. O que muda sensibilidade protetora nos pés e mãos para
é a duração. prevenir úlceras e lesões.
● Drogas: Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. ○ Palpação de Nervos: Avalia espessamento e
○ Rifampicina: Dose mensal supervisionada. dor nos principais troncos nervosos (ulnar,
Efeito adverso clássico: urina alaranjada. mediano, radial, fibular, tibial).
Corta o efeito de anticoncepcionais orais! ● Grau de Incapacidade Física (GIF): Classifica o
○ Dapsona: Dose diária. Risco de hemólise dano neural em olhos, mãos e pés.
(pode causar dispneia). ○ Grau 0: Sem alteração.
○ Clofazimina: Dose mensal supervisionada e ○ Grau 1: Perda de sensibilidade protetora.
dose diária. Causa hiperpigmentação da pele ○ Grau 2: Incapacidade visível (mão em garra,
(cor acinzentada/avermelhada) e pele seca pé caído, lagoftalmo, úlceras).
(ictiose). ● Vigilância de Contatos: Examinar todas as
● Duração: pessoas que conviveram com o paciente nos
○ Paucibacilar (PB): 6 meses. últimos 5 anos é a principal estratégia de busca
○ Multibacilar (MB): 12 meses. ativa e diagnóstico precoce.
Surtos Reacionais: Complicações Inflamatórias Aula 9 - HIV: O Essencial
São emergências médicas, pois podem causar dano Conceitos Fundamentais que Você Precisa Dominar
neural agudo e incapacidades permanentes.
● Definição Central: O HIV é um retrovírus que
● Reação Tipo 1 (Reação Reversa): ataca e destrói os linfócitos T CD4+, que são as
○ O que é: Uma exacerbação da imunidade células centrais da nossa defesa. Sem elas, o
celular (o corpo "acorda" e começa a atacar sistema imune entra em colapso.
o bacilo). ● Fases da Doença:
○ Quando ocorre: Geralmente no início do 1. Infecção Aguda: 1-3 semanas após o
tratamento em pacientes borderline. contágio. Sintomas parecidos com uma gripe
○ Clínica: As lesões de pele ficam inchadas, forte (febre, dor de garganta, gânglios
vermelhas e dolorosas. Neurite aguda (dor e inchados). Passa sozinha e muitas vezes não

4
é diagnosticada. Prevenção Combinada: As Ferramentas Essenciais
2. Latência Clínica: Fase assintomática que
Hoje, a prevenção vai muito além do preservativo.
pode durar muitos anos. O vírus continua se
replicando e destruindo o CD4 lentamente. ● PEP (Profilaxia Pós-Exposição):
3. AIDS (Síndrome da Imunodeficiência ○ O que é: Uso de antirretrovirais por 28 dias
Adquirida): Fase avançada, definida pela APÓS uma exposição de risco (sexual,
contagem de CD4+ < 200 células ou pelo profissional, violência).
aparecimento de doenças oportunistas ○ Quando usar: Deve ser iniciada o mais rápido
graves (pneumocistose, neurotoxoplasmose, possível, preferencialmente nas primeiras 2
tuberculose disseminada, etc.) e algumas horas e no máximo em 72 horas após a
neoplasias (Sarcoma de Kaposi, Linfoma). exposição.
● PrEP (Profilaxia Pré-Exposição):
Diagnóstico: O Fluxograma que Salva Vidas
○ O que é: Uso diário e contínuo de um
O diagnóstico rápido é crucial para iniciar o tratamento comprimido (TDF/FTC) ANTES da exposição,
o mais cedo possível. A estratégia do SUS usa testes para pessoas com alto risco de infecção.
rápidos (TR). ○ Como funciona: Cria uma "barreira química"
no corpo que impede o vírus de se instalar.
● Fluxograma Simplificado:
Leva cerca de 7 dias para proteger em
1. Realiza o Teste Rápido 1 (TR1).
relações anais e 20 dias em relações vaginais.
2. Se TR1 Não Reagente: Amostra é
● I = I (Indetectável = Intransmissível):
considerada negativa. Orientar sobre janela
○ Conceito-Chave: Pessoas vivendo com HIV
imunológica (repetir em 30 dias se a
que estão em tratamento (TARV) e com carga
exposição de risco foi recente).
viral indetectável há pelo menos 6 meses
3. Se TR1 Reagente: Realiza imediatamente o
NÃO transmitem o vírus por via sexual. É a
Teste Rápido 2 (TR2), com um kit de
estratégia de prevenção mais eficaz.
fabricante diferente.
4. Se TR1 e TR2 Reagentes: DIAGNÓSTICO Tratamento (TARV): Simples, Eficaz e Para Todos
CONFIRMADO. A conduta é coletar sangue
● Quando Iniciar: SEMPRE! O tratamento é
para os exames de Carga Viral (CV) e
recomendado para TODAS as pessoas
Contagem de CD4+ e INICIAR O
diagnosticadas com HIV, independentemente da
TRATAMENTO (TARV) IMEDIATAMENTE,
contagem de CD4+.
sem esperar o resultado desses exames.
● Objetivos:
5. Se TR1 Reagente e TR2 Não Reagente
1. Tornar a Carga Viral (CV) indetectável (< 50
(Discordante): Repete-se o fluxograma. Se a
cópias/mL).
discordância persistir, a amostra é enviada
2. Recuperar a imunidade (aumentar o CD4+).
para análise laboratorial mais complexa.
3. Reduzir a mortalidade e melhorar a
● Casos Especiais:
qualidade de vida.
○ Crianças < 18 meses: O diagnóstico NÃO
● Esquema Preferencial de Primeira Linha (O que
pode ser feito com testes de anticorpos (pois
você precisa decorar):
recebem da mãe pela placenta). Usa-se teste
○ TDF (Tenofovir) + 3TC (Lamivudina) + DTG
molecular (Carga Viral - PCR).
(Dolutegravir)
○ Gestantes: O diagnóstico é prioridade
○ São dois comprimidos, uma vez ao dia.
máxima. Se confirmado, inicia-se o
tratamento para evitar a transmissão Manejo e Cuidados Importantes
vertical. Mesmo com carga viral ● Vacinação: Vacinas de vírus vivos atenuados
indetectável, a amamentação é (febre amarela, tríplice viral, varicela) são
contraindicada. geralmente contraindicadas se o CD4+ estiver
abaixo de 200.

5
● Rastreio de Neoplasias: Pessoas com HIV têm imagem, mas sem sinais de gravidade.
maior risco de certos tipos de câncer e precisam ● Grave (SRAG - Síndrome Respiratória Aguda
de rastreio mais rigoroso, principalmente para Grave): Presença de dispneia/desconforto
câncer de colo uterino e anal (relacionados ao respiratório, dor persistente no tórax, ou
HPV) e de fígado (se houver coinfecção com saturação de O₂ ≤ 94% em ar ambiente. Requer
Hepatite B/C). hospitalização.
● Crítico: Sepse, choque séptico, insuficiência
Aula 10 - COVID-19: O Essencial
respiratória grave com necessidade de UTI.
Conceitos Fundamentais que Você Precisa Dominar
Tratamento: O que Realmente Funciona
● Agente: Vírus SARS-CoV-2, transmitido
● Casos Leves (Ambulatorial): Apenas tratamento
principalmente por via respiratória.
sintomático (analgésicos, antitérmicos).
● Quadro Clínico: Varia de assintomático a crítico.
○ Antiviral (Nirmatrelvir/Ritonavir): Indicado
A definição de Síndrome Gripal (SG) é crucial para
apenas para pacientes com alto risco de
a suspeita: indivíduo com quadro respiratório
evoluir para forma grave (idosos ≥ 65 anos ou
agudo com pelo menos 2 dos seguintes: febre,
imunocomprometidos), a ser iniciado nos
calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse,
primeiros 5 dias de sintomas.
coriza, perda de olfato ou paladar.
● Casos Graves (Hospitalizados): Aqui está o pilar
Diagnóstico: Qual Teste e Quando Usar? do tratamento.
● RT-PCR: PADRÃO-OURO. Detecta o RNA do vírus, ○ CORTICOSTEROIDES (Dexametasona):
confirmando a infecção ativa. É o teste mais Principal medicamento. Indicado para
confiável. TODOS os pacientes que necessitam de
● Teste Rápido de Antígeno (TR-Ag): Detecta oxigênio suplementar. Reduz a mortalidade.
proteínas do vírus. É útil para uma triagem rápida. ○ ANTICOAGULANTES (Heparina): Usada em
○ Fluxo de Testagem: doses profiláticas para prevenir
■ Sintomáticos: tromboembolismo venoso em todos os
■ TR-Ag Positivo -> CASO pacientes hospitalizados.
CONFIRMADO. ● O que NÃO funciona (sem evidência de
■ TR-Ag Negativo -> Suspeita se benefício): Azitromicina, Ivermectina,
mantém. Deve-se realizar o RT-PCR Hidroxicloroquina, etc. Não devem ser usados.
para confirmar ou descartar. Protocolo de Isolamento (Para Casos
■ Assintomáticos: Leves/Moderados em Imunocompetentes)
■ TR-Ag Positivo -> CASO
O tempo de isolamento pode variar:
CONFIRMADO.
■ TR-Ag Negativo -> CASO ● 5 Dias: É possível sair do isolamento no 5º dia se
DESCARTADO. estiver sem febre há 24h, sem sintomas
● Sorologia (Testes de Anticorpos): NÃO serve para respiratórios E com um teste de antígeno ou RT-
diagnóstico de infecção aguda. Apenas mostra se PCR NEGATIVO coletado no 5º dia.
a pessoa teve contato prévio com o vírus ou ● 7 Dias: É possível sair do isolamento no 7º dia
resposta vacinal. SEM PRECISAR DE TESTE, desde que esteja sem
sintomas respiratórios e sem febre há 24 horas.
Classificação de Gravidade e Manejo
● 10 Dias: Se no 7º dia o paciente ainda apresentar
A conduta depende da gravidade do quadro. sintomas, o isolamento deve ser mantido até o
● Leve: Sintomas de SG sem falta de ar (dispneia) ou 10º dia.
saturação de O₂ > 94%. Tratamento ambulatorial Regra para Casos Graves/Críticos ou
com sintomáticos. Imunossuprimidos: O isolamento é mais longo, de 20
● Moderado: Piora dos sintomas ou pneumonia em dias.

6
Complicações Importantes
● COVID Longa (Síndrome Pós-COVID):
Persistência de sintomas (fadiga, falta de ar,
"névoa mental") por semanas ou meses após a
infecção aguda.
● SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica
Pediátrica): Complicação rara e grave que ocorre
semanas após a infecção em crianças, com
inflamação exacerbada em múltiplos órgãos.

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