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Hoteleiro - Decreto Presidencial #36-16

O Decreto Presidencial n.º 36/16 aprova o Regime Jurídico da Instalação, Exploração e Funcionamento dos Empreendimentos Turísticos em Angola, revogando o Decreto n.º 66/75. O documento estabelece diretrizes para a classificação e funcionamento de empreendimentos turísticos, visando a diversificação da economia e o crescimento do setor. Além disso, define tipos de empreendimentos e requisitos para o Alojamento Local, entre outras disposições legais.

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Hoteleiro - Decreto Presidencial #36-16

O Decreto Presidencial n.º 36/16 aprova o Regime Jurídico da Instalação, Exploração e Funcionamento dos Empreendimentos Turísticos em Angola, revogando o Decreto n.º 66/75. O documento estabelece diretrizes para a classificação e funcionamento de empreendimentos turísticos, visando a diversificação da economia e o crescimento do setor. Além disso, define tipos de empreendimentos e requisitos para o Alojamento Local, entre outras disposições legais.

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Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2016 I Série – N.

º 23

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA

Preço deste número - Kz: 400,00


Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
As três séries . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 611 799.50 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
A 1.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 361 270.00 imposto do selo, dependendo a publicação da
Carvalho n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,
www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 189 150.00 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria
«Imprensa». A 3.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 150 111.00 da Imprensa Nacional - E. P.

SUMÁRIO Havendo necessidade de se promover o crescimento


quantitativo e qualitativo, da oferta nacional em empreendi-
mentos turísticos no âmbito da estratégia do Executivo para
Presidente da República
diversificação da economia;
Decreto Presidencial n.º 36/16:
Aprova o Regime Jurídico da Instalação, Exploração e Funcionamento
Atendendo a necessidade de revisão do sistema de classifi-
dos Empreendimentos Turísticos.— Revoga o Decreto n.º 66/75, cação dos empreendimentos turísticos a fim de alcançarem os
de 25 de Janeiro e todas as disposições legais que contrariem o disposto objectivos preconizados para o Sector da Hotelaria e Turismo;
no presente Diploma.
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
Ministério das Finanças do artigo 120.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da Constituição
Decreto Executivo n.º 62/16: da República de Angola, o seguinte:
Determina os bens e serviços que fazem parte do regime de preços fixados ARTIGO 1.º
e vigiados. — Revoga todas as disposições que contrariem o presente (Aprovação)
Decreto Executivo.
É aprovado o Regime Jurídico da Instalação, Exploração
Decreto Executivo n.º 63/16:
e Funcionamento dos Empreendimentos Turísticos, anexo ao
Aprova o Regulamento de Funcionamento do Conselho Nacional de Preços.
presente Decreto Presidencial e que dele é parte integrante.
Despacho n.º 80/16:
Autoriza a desvinculação e alienação do imóvel vinculado, localizado na ARTIGO 2.º
Rua Alda Lara n.º 5/5A, Bairro Nelito Soares, Município do Rangel, (Revogação)
Luanda e subdelega plenos poderes a Sílvio Franco Burity, Coordenador É revogado o Decreto n.º 66/75, de 25 de Janeiro, e
da Comissão Multissectorial para Desvinculação e Venda de Imóveis
Vinculados (CMDVIV), para em representação deste Ministério,
todas as disposições legais que contrariem o disposto no
outorgar a escritura pública do referido imóvel. presente Diploma.
ARTIGO 3.º
Ministério do Ensino Superior (Duvidas e omissões)
Despacho n.º 81/16:
Cria a Comissão de Avaliação de Desempenho dos Funcionários deste
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Ministério, coordenada por Jaime Guimarães Gabriel, Chefe do aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
Departamento do Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e da República.
Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior.
ARTIGO 4.º
(Entrada em vigor)

PRESIDENTE DA REPÚBLICA O presente Decreto Presidencial entra em vigor 90 dias


após a data da sua publicação.
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 21
Decreto Presidencial n.º 36/16 de Outubro de 2015.
de 15 de Fevereiro
Publique-se.
Considerando que o actual quadro legal em vigor para
os empreendimentos turísticos se encontra desajustado da Luanda, aos 28 de Janeiro de 2016.
realidade actual; O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
626 DIÁRIO DA REPÚBLICA

REGIME JURÍDICO g) «Centros de Mergulho», estabelecimentos destinados


DOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS a fornecer serviços de mergulhos amadores orga-
nizados ou guiados a mergulhadores qualificados,
CAPÍTULO I aluguer de equipamento de mergulho, e enchimento
Disposições Gerais e fornecimento de misturas respiratórias;
h) «Empreendimentos de Turismo da Natureza», esta-
ARTIGO 1.º
(Objecto)
belecimentos que se destinem a prestar serviços
de alojamento, alimentação, lazer entre outros a
O presente Decreto Presidencial estabelece o regime turistas, em áreas classificadas ou noutras áreas
jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos como de valores naturais, dispondo para o seu
empreendimentos turísticos. funcionamento de um adequado conjunto de
ARTIGO 2.º instalações, estruturas, equipamentos e serviços
(Âmbito de aplicação) complementares relacionados com a animação
1. O presente Diploma aplica-se às actividades dos ambiental, a visitação de áreas naturais, o desporto
Empreendimentos Turísticos, do Sector Público e Privado, de natureza e a interpretação ambiental;
dirigidas aos turistas, aos consumidores de produtos e servi- i) «Escola de Mergulho», estabelecimentos destinados
ços turísticos, aos prestadores de serviços e fornecedores de a fornecer serviços de formação e treino de mer-
gulhadores e instrutores de mergulho, aluguer de
produtos e serviços turísticos, bem como outros intervenientes
equipamento de mergulho, bem como enchimento
na actividade destes empreendimentos.
e fornecimento de misturas respiratórias;
2. O disposto no presente Diploma não se aplica as
j) «Hipódromo», Centro Equestre que realiza corridas
instalações ou aos estabelecimentos que, embora destinados de cavalos ou corrida de bigas e é designado de
a proporcionar alojamento, sejam explorados sem intuito Hipódromo;
comercial ou para fins exclusivamente de solidariedade social k) «Instalações de Spa», Também designados pelo tipo
e cuja frequência seja restrita a grupos limitados. de tratamentos que efectuam como Centros de
ARTIGO 3.º Balneoterapia ou Talassoterapia, estabelecimen-
(Definições) tos onde se fazem tratamentos com água, vapor
Para efeitos do presente Diploma, entende-se por: ou infusões, normalmente complementados com
a) «Autódromo», equipamento especificamente pro- massagens e tratamentos médicos não invasivos e
jectado para a realização de competições de com aparelhos normalmente associada à estética;
velocidade ou performance em geral de veículos l) «Kartódromo», Autódromo que pela sua dimensão
ou traçado apenas permite a realização de corri-
automotores, que incluem motos, carros, camiões
das de Karts;
e outros veículos especialmente modificados;
m) «Marina», Porto de Recreio ou Doca de Recreio
b) «Campo de Golfe», terreno com uma série de bura-
- Pequeno centro portuário de recreio projectado
cos, normalmente 9 ou 18, cada um com teeing para servir de ponto de acostagem e embarcadouro
gound, fairway, obstáculos, pin e cup, projectado a iates privados e botes de recreio;
especificamente para a prática do jogo de golfe, n) «Parque Temático», Local fechado com um espaço
inserido em zona predominantemente verde; amplo e um conjunto de diversões geralmente
c) «Casa de Trânsito», moradias ou apartamentos, não voltadas para o público infantil e juvenil;
abertos ao público em geral, propriedade ou alu- o) «Suite», Unidade de alojamento constituída por
gados por organizações, e que prestem serviços de quarto com casa de banho completa, antecâmara de
alojamento temporário ou sazonal exclusivamente ligação, sala com casa de banho simples incluindo
aos seus funcionários e colaboradores; sanita, lavabo e espelho.
d) «Casino», estabelecimento que o Estado afecta à CAPÍTULO II
prática e exploração de jogos de fortuna ou azar Empreendimentos Turísticos
e actividades complementares, de acordo com a
SECÇÃO I
Lei do Jogo. Noção e Tipologias
e) «Centro Equestre», recinto a descoberto, dotado de
ARTIGO 4.º
arena, em que se realizam práticas desportivas
(Empreendimentos Turísticos)
que envolvam cavalos;
1. Consideram-se empreendimentos turísticos os estabele-
f) «Centros de Convenções ou Centro de Congressos»,
cimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento, ao
edifício ou fracção de edifício, aberto ao público, público em geral, mediante remuneração, dispondo, para o seu
com espaço suficiente para acolher organizações funcionamento, de um conjunto de estruturas, equipamentos
públicas e privadas em eventos sociais interna- e serviços complementares de acordo com a sua tipologia
cionais, nacionais, provinciais ou municipais; e especificidade.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 627

2. Não se consideram empreendimentos turísticos as 7. A capacidade dos estabelecimentos de Alojamento


instalações ou os estabelecimentos que, embora destinados Local é determinada pelo correspondente número e tipo de
a proporcionar alojamento temporário com fins comerciais, camas (individuais ou duplas) fixas instaladas nas unidades
revistam natureza de Alojamento Local nos termos do de alojamento, podendo observar-se o seguinte:
artigo seguinte. a) Nas unidades de alojamento podem ser instaladas
ARTIGO 5.º camas convertíveis desde que não excedam o
(Alojamento local) número de camas fixas;
1. Considera-se Alojamento Local os estabelecimentos b) Nas unidades de alojamento podem ser instaladas
que prestem serviços de alojamento temporário ou sazonal camas suplementares amovíveis;
ou não, mediante remuneração, mas não reúnam os requisitos c) Os estabelecimentos de alojamento local ficam
para serem considerados empreendimentos turísticos. sujeitos ao cumprimento dos requisitos mínimos
2. Os Estabelecimentos de Alojamento Local podem ser constantes no Anexo I.
integrados num dos seguintes tipos: 8. Para além dos requisitos mencionados no número ante-
a) Moradia Turística, quando a unidade de alojamento rior, os estabelecimentos de alojamento local, devem ainda
for constituída por um edifício autónomo, de obedecer, com as necessárias adaptações, ao estabelecido
carácter unifamiliar; nos artigos 60.º, 62.º, 63.º, 64.º, 65.º, 66.º e 68.º do presente
b) Apartamento Turístico, quando a unidade de aloja- Decreto Presidencial.
9. Apenas os estabelecimentos de alojamento local regis-
mento for constituída por uma fracção autónoma
tados nos serviços de hotelaria e turismo da respectiva área,
de edifício;
podem ser comercializados para fins turísticos quer pelos seus
c) Hospedaria, quando as unidades de alojamento são
proprietários, quer por agências de viagens.
constituídas por quartos.
10. Os estabelecimentos de alojamento local não devem
3. Os estabelecimentos de Alojamento Local, que reúnam
utilizar qualquer sistema de classificação, para além da
os requisitos previstos no número anterior, devem reunir as
sua identificação.
seguintes condições para a sua abertura e regular funcionamento:
11. Os estabelecimentos de alojamento local devem
a) Parecer prévio;
identificar-se mediante uma placa fornecida pelo Órgão Local
b) Auto de vistoria, com parecer favorável; da Hotelaria e Turismo de acordo com a tabela de sinais
c) Registo e autorização de utilização. normalizados a aprovar por Decreto Executivo do Titular do
4. É da competência do Órgão Local da Hotelaria e Turismo Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo.
respectivo, a emissão dos documentos estabelecidos nas
ARTIGO 6.º
alíneas a) e b) do número anterior. (Tipologias de Empreendimentos Turísticos)
5. O registo, para efeitos de autorização dos estabelecimen-
1. Os empreendimentos turísticos podem ser integrados
tos de alojamento local é efectuado mediante requerimento
num dos seguintes tipos:
dirigido ao Órgão Local da Hotelaria e Turismo, instruído
a) Estabelecimentos Hoteleiros;
com os seguintes documentos:
b) Conjuntos edificados para Turismo;
a) Documento comprovativo da legitimidade do
c) Meios Complementares de Alojamento Turístico.
requerente;
2. Os requisitos específicos da instalação, classificação
b) Autorização de utilização ou de título de utilização e funcionamento de cada tipo de empreendimento turístico
válido do imóvel; referido no número anterior são definidos no Capítulo V do
c) Termo de responsabilidade, passado por técnico presente Diploma.
habilitado, em como as instalações eléctricas, de 3. Os requisitos específicos da instalação, classificação
gás e termoacumuladores cumprem as normas e funcionamento dos Parques de Campismo e Caravanismo,
legais em vigor; embora integrantes dos Meios Complementares de Alojamento
d) Planta do imóvel a indicar quais as unidades de alo- Turístico, são definidos em Decreto Executivo Conjunto dos
jamento a afectar à actividade pretendida; Titulares do Departamento Ministerial responsáveis pela
e) Certidão do registo predial urbano ou termo de quita- Hotelaria e Turismo e Administração do Território.
ção, quando se trate de imóvel adquirido ao Estado. SECÇÃO II
6. A vistoria nos estabelecimentos de alojamento local Requisitos Comuns
realiza-se: ARTIGO 7.º
a) No prazo de 30 dias após a apresentação do reque- (Requisitos gerais de instalação)
rimento a que se refere o número anterior; 1. A instalação de empreendimentos turísticos que envolvam
b) A cada 3 anos, sem prejuízo da realização das acções a realização de operações urbanísticas conforme definidas no
de inspecção realizadas pelos serviços de hote- Regulamento de Licenciamento das Operações de Loteamento,
laria e turismo. Obras de Urbanização e Obras de Construção devem cumprir
628 DIÁRIO DA REPÚBLICA

as normas constantes daquele regime, bem como as normas ARTIGO 9.º


(Unidades de Alojamento)
técnicas de construção previstas no Regime Geral das Edificações
Urbanas, aplicáveis às edificações em geral, designadamente 1. Unidade de alojamento é o espaço delimitado destinado
em matéria de segurança contra incêndio, saúde, higiene, ruído ao uso exclusivo e privativo do hóspede do empreendi-
e eficiência energética, sem prejuízo do disposto no presente mento turístico.
Decreto Presidencial e demais legislação aplicável. 2. As unidades de alojamento podem ser quartos, suítes,
2. Os empreendimentos turísticos devem incluir na decoração apartamentos ou moradias, consoante o tipo de empreendi-
das suas principais áreas, tais como, lobby, recepção, lounge mento turístico.
ou outras, motivos culturais e/ou tradicionais angolanos. 3. Todas as unidades de alojamento devem ser identificadas
3. O local escolhido para a instalação de empreendimentos no exterior da respectiva porta de entrada em local bem visível.
4. As portas de entrada das unidades de alojamento devem
turísticos deve obrigatoriamente ter em conta as restrições
possuir um sistema de segurança que apenas permita o acesso
de localização legalmente definidas, com vista a acautelar a
ao hóspede e ao pessoal do estabelecimento.
segurança de pessoas e bens face a possíveis riscos naturais
5. As unidades de alojamento devem ser insonorizadas e
e tecnológicos. devem ter janelas ou portadas em comunicação directa com
4. Os empreendimentos turísticos devem possuir uma o exterior.
rede interna de esgotos e respectiva ligação às redes gerais
ARTIGO 10.º
que conduzam as águas residuais a sistemas adequados ao (Capacidade)
seu escoamento, nomeadamente através da rede pública, ou 1. Para o único efeito da exploração turística a capaci-
de um sistema de recolha e tratamento das águas residuais dade dos empreendimentos turísticos é determinada pelo
adequado ao volume e natureza dessas águas, de acordo com correspondente número e tipo de camas fixas instaladas nas
a legislação em vigor. unidades de alojamento.
5. Nos locais onde não exista rede pública de abastecimento 2. Nas unidades de alojamento podem ser instaladas camas
de água, os empreendimentos turísticos devem estar dotados convertíveis desde que não excedam o número das camas fixas.
de um sistema de abastecimento privativo, com origem devi- 3. Nas unidades de alojamento podem ser instaladas camas
damente controlada, que acautele risco e perigos susceptíveis suplementares amovíveis.
de afectar a saúde pública. ARTIGO 11.º
(Restaurantes em empreendimentos turísticos)
6. Para efeitos do disposto no número anterior, a captação
de água deve possuir as adequadas condições de protecção 1. Salvo os estabelecimentos turísticos que prestam exclu-
sanitária e o sistema ser dotado dos processos de tratamentos sivamente os serviços de alojamento e pequeno-almoço, todos
requeridos para potabilização da água ou para sua manutenção os demais empreendimentos turísticos devem dispor de pelo
de acordo com as normas de qualidade da água, em vigor, menos um restaurante com uma capacidade total instalada
devendo para o efeito ser efectuadas análises físico-químicas igual ou superior aos números de camas do estabelecimento.
e ou microbiológicas. 2. Os empreendimentos turísticos classificados como de
ARTIGO 8.º 5 estrelas de acordo com o Capítulo V devem dispor de pelo
(Condições de acessibilidade) menos 3 (três) restaurantes classificados como de Luxo, de
1. As condições de acessibilidade a satisfazer no projecto acordo com o Diploma legal sobre a Actividade de Restauração
e na construção dos empreendimentos turísticos devem ter e Similares.
em conta o tipo e dimensão do empreendimento, bem como 3. Os Hotéis classificados como de 5 estrelas de luxo de
o espaço físico onde o mesmo se pretende instalar. acordo com o Capítulo V devem dispor de pelo menos três
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, todos os restaurantes, sendo um deles classificado como de Luxo, e outro
empreendimentos turísticos, com excepção dos Empreendimentos
deles classificado como Típico, devendo dispor igualmente
de Turismo de Habitação, Casas de Campo e Agro-Turismo,
de um Snack-bar classificado como de Luxo.
devem dispor de condições especiais, para os utentes com
4. Ficam dispensados dos requisitos constantes nos números
mobilidade condicionada, relativamente aos acessos, ao uso
das áreas comuns e devem dispor das respectivas unidades anteriores, as Pensões Residenciais, os Empreendimentos de
de alojamento, como se segue: Turismo de Habitação, as Casas de Campo e o Agro-Turismo.
a) De 10 a 50 unidades de alojamento, devem ter pelo ARTIGO 12.º
(Equipamentos colectivos)
menos duas unidades de alojamento;
b) De 50 a 100 unidades de alojamento, deve ter pelo Os requisitos dos equipamentos colectivos que integram
menos 4 a 5 unidades de alojamento; os empreendimentos turísticos, com excepção dos requisitos
c) Com mais de 100 unidades de alojamento, devem de segurança, são os constantes no Anexos II a V do pre-
de 5 a 7% destas unidades. sente Diploma.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 629

ARTIGO 13.º 2. Os Conjuntos Edificados para Turismo podem ser


(Estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços)
classificados nos seguintes grupos:
Nos empreendimentos turísticos podem instalar-se esta- a) Aldeamentos Turísticos;
belecimentos comerciais ou de prestação de serviços desde b) Resorts;
que o seu número e localização não afectem a função e a c) Lodges.
utilização das áreas de uso comum. ARTIGO 17.º
SECÇÃO III (Aldeamento Turístico)
Tipologia e Condições de Instalação dos Estabelecimentos Hoteleiros
1. Os Aldeamentos Turísticos são conjuntos edificados
ARTIGO 14.º para turismo, cujos edifícios não excedam três pisos, incluindo
(Estabelecimento Hoteleiro) o rés-do-chão.
1. São estabelecimentos hoteleiros os empreendimentos 2. Os Aldeamentos Turísticos devem obedecer ao disposto
turísticos destinados a proporcionar alojamento temporário em instrumentos de gestão territorial aplicáveis ou alvarás de
e outros serviços acessórios ou de apoio, com ou sem o loteamento válidos e eficazes nos termos da lei, quando estes
fornecimento de refeições principais, e, vocacionados a uma estipularem número inferior de pisos.
locação diária. 3. Os Aldeamentos Turísticos devem dispor no mínimo,
2. Os estabelecimentos hoteleiros têm as seguintes tipologias: de 15 unidades de alojamento.
a) Hotéis; ARTIGO 18.º
(Resort)
b) Aparthotéis;
c) Motéis; 1. São Resorts, os conjuntos edificados para turismo,
d) Estalagens; sujeitos a uma administração comum de serviços partilhados
e) Pousadas; e de equipamentos de utilização comum, que integrem pelo
f) Pensões. menos dois empreendimentos turísticos, sendo obrigatoriamente
um deles um Estabelecimento Hoteleiro, um Equipamento de
ARTIGO 15.º
(Condições de instalação) Animação Autónomo e um estabelecimento de restauração.
2. Para efeitos do disposto no presente artigo, consideram-
1. Os estabelecimentos hoteleiros devem dispor no
-se equipamentos de Animação Autónomos, nomeadamente:
mínimo, de:
a) Campos de golfe;
a) 6 Unidades de alojamento no caso das pousadas;
b) Marinas, portos ou docas de recreio;
b) 10 Unidades de alojamento no caso das pensões;
c) Instalações de Spa;
c) 16 Unidades de alojamento no caso dos aparthotéis,
d) Centros de convenções ou de congressos;
das estalagens, dos motéis e dos hotéis rurais;
e) Hipódromos ou centros equestres;
d) 26 Unidades de alojamento no caso dos hotéis.
f) Casinos;
2. Os estabelecimentos hoteleiros podem ocupar uma parte
g) Autódromos ou kartódromos;
independente de um edifício, constituída por pisos completos
h) Parques temáticos;
e contíguos, ou a totalidade de um ou mais edifícios que cons-
i) Centros ou escolas de mergulho.
tituam um conjunto harmónico e articulado entre si, inserido
3. Para além dos equipamentos de animação autónomos os
num conjunto de espaços contíguos, apresentando expressão
Resorts devem estar dotados de outros equipamentos comuns
arquitectónica e características funcionais homogéneas.
de desporto e lazer.
3. Num mesmo edifício podem ser instalados estabeleci-
4. O estabelecimento de restauração pode ser parte integrante
mentos hoteleiros de diferentes categorias. de um dos empreendimentos turísticos que integram o Resort.
SECÇÃO IV 5. Sem prejuízo do disposto no artigo 13.º, nos Resorts só
Conjuntos Edificados para Turismo
podem instalar-se Empreendimentos Turísticos.
ARTIGO 16.º 6. Podem ser instalados num Resort Empreendimentos
(Conjuntos Edificados para Turismo) Turísticos de diferentes categorias.
1. São Conjuntos Edificados para Turismo os empreendi- ARTIGO 19.º
mentos turísticos constituídos por um conjunto de instalações (Lodge)
funcionalmente interdependentes com expressão arquitectónica 1. São Lodges, os conjuntos edificados para turismo insta-
homogénea, situadas em espaços com continuidade territorial, lado em áreas de protecção ambiental ou em reservas de caça,
ainda que atravessados por estradas e caminhos municipais, cujos edifícios não excedam dois pisos incluindo rés-do-chão,
linhas ferroviárias secundárias, linhas de água e faixas de e, cujo o perímetro se encontra vedado por forma a proteger
terreno afectas a funções de protecção e conservação de os turistas da fauna selvagem.
recursos naturais, destinados a proporcionar alojamento e 2. Os Lodges devem dispor no mínimo, de 15 unidades
serviços complementares de apoio a turistas. de alojamento.
630 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 20.º 4. São casas de campo, os imóveis situados em aldeias e


(Requisitos mínimos dos conjuntos edificados para turismo)
espaços rurais que se integrem, pela sua traça, materiais de
Os conjuntos edificados para turismo devem possuir, no construção e demais características, na arquitectura típica local.
mínimo, e para além dos requisitos gerais de instalação, as 5. Sempre que as casas de campo se situem em aldeias
seguintes infra-estruturas e equipamentos: e sejam exploradas de uma forma integrada, por uma única
a) Vias de circulação internas que permitam o trânsito entidade, são consideradas como Turismo de Aldeia.
de veículos de emergência; 6. São Empreendimentos de Agro-turismo, os imóveis
b) Áreas de estacionamento de uso comum; situados em explorações agrícolas que permitam aos hóspedes
c) Espaços e áreas verdes exteriores envolventes para o acompanhamento e conhecimento da actividade agrícola,
uso comum; ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de acordo
d) Portaria; com as regras estabelecidas pelo seu responsável.
e) Piscina de utilização comum. 7. São Hotéis Rurais, os Estabelecimentos Hoteleiros
SECÇÃO V situados em espaços rurais que, pela sua traça arquitectónica
Meios Complementares de Alojamento Turístico
e materiais de construção, respeitem as características domi-
ARTIGO 21.º nantes da região onde estão implantados, podendo instalar- se
(Grupos)
em edifícios novos.
Os meios complementares de alojamento turístico podem 8. Os Hotéis Rurais obedecem aos requisitos específicos dos
ser classificados nos seguintes grupos: Empreendimentos Hoteleiros, Anexos III e dos Empreendimentos
a) Empreendimentos de turismo de habitação; no Espaço Rural, Anexo V, nas partes que lhes for aplicável.
b) Empreendimentos no espaço rural; 9. Nos empreendimentos previstos nas alíneas a) e b) do
c) Parques de campismo e caravanismo. n.º 3, o número máximo de unidades de alojamento destinadas
ARTIGO 22.º a hóspedes é de 15.
(Empreendimentos de turismo de habitação)
ARTIGO 24.º
1. São empreendimentos de turismo de habitação, os meios (Parques de Campismo e de Caravanismo)
complementares de alojamento turístico de natureza familiar, 1. São parques de campismo e de caravanismo, os meios
instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor complementares de alojamento turístico instalados em terrenos
arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativos de
devidamente delimitados e dotados de estruturas destinadas
uma determinada época, nomeadamente antigas residências
a permitir a instalação de tendas, reboques, caravanas ou
de governadores e chefes tradicionais, podendo localizar-se
autocaravanas e demais material e equipamento necessários
em espaços rurais ou urbanos.
à prática do campismo e do caravanismo.
2. Nos empreendimentos de turismo de habitação o número
2. Os parques de campismo e de caravanismo podem ser
máximo de unidades de alojamento destinadas a hóspedes é
públicos ou privativos, consoante se destinem ao público em
de 15.
geral ou apenas aos associados ou beneficiários das respectivas
ARTIGO 23.º
(Empreendimentos no Espaço Rural) entidades proprietárias ou exploradoras.
3. Os parques de campismo e de caravanismo podem
1. São empreendimentos no espaço rural, os meios com-
destinar-se exclusivamente à instalação de um dos tipos
plementares de alojamento turístico que se destinam a prestar,
em espaços rurais, serviços de alojamento a turistas, dispondo de equipamento referidos no n.º 1, adoptando a correspon-
para o seu funcionamento de um adequado conjunto de insta- dente designação.
lações, estruturas, equipamentos e serviços complementares, 4. Nos parques de campismo e de caravanismo podem existir
tendo em vista a oferta de um produto turístico completo e instalações de carácter complementar destinadas a alojamento
diversificado no espaço rural. desde que não ultrapassem 25% da área total do parque destinada
2. Os empreendimentos no espaço rural previstos nas aos campistas, nos termos do Decreto Executivo Conjunto a
alíneas a) e c) do número seguinte devem integrar-se nos locais aprovar pelos Titulares dos Departamentos Ministeriais respon-
onde se situam de modo a preservar, recuperar e valorizar o sáveis pela Hotelaria e Turismo e Administração do Território.
património arquitectónico, histórico, natural e paisagístico das
CAPÍTULO III
respectivas regiões, através da recuperação de construções
Competências
existentes, desde que seja assegurado que esta respeita a traça
arquitectónica da construção já existente. ARTIGO 25.º
(Competências do Ministério da Hotelaria e Turismo)
3. Os empreendimentos de turismo no espaço rural podem
ser classificados nos seguintes grupos: 1. Compete ao Departamento Ministerial responsável
Casas de Campo; pela Hotelaria e Turismo, exercer as competências espe-
Agro-Turismo; cialmente previstas no presente Diploma relativamente aos
Hotéis rurais. Empreendimentos Turísticos, com excepção das Pensões.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 631

2. Compete ainda ao Departamento Ministerial responsável CAPÍTULO IV


pela Hotelaria e Turismo, no âmbito das suas atribuições: Construção e Instalação
dos Empreendimentos Turísticos
a) Organizar e dar tratamento ao processo inerente à
construção e instalação dos Empreendimentos SECÇÃO I
Informação Prévia
Turísticos da sua competência;
b) Intervir, nos termos da lei, na elaboração dos ins- ARTIGO 27.º
(Pedido de informação prévia)
trumentos de gestão territorial;
1. Qualquer interessado pode requerer junto do Departamento
c) Emitir parecer sobre as operações de loteamento que
Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo e do respectivo
contemplem a instalação de empreendimentos Governo Provincial, informação prévia sobre como, onde e o
turísticos, limitado à área destes; que é necessário para instalar um empreendimento turístico e
d) Emitir com carácter definitivo, as licenças e alvarás quais as respectivas condicionantes urbanísticas.
para a instalação, abertura e funcionamento dos 2. O pedido de informação prévia relativo à possibilidade
empreendimentos turísticos; de instalação de um Resort abrange a totalidade dos empreen-
e) Definir a capacidade máxima e atribuir a classificação dimentos, estabelecimentos e equipamentos que o integram.
3. A informação fornecida nos termos deste artigo não é
dos empreendimentos turísticos, com excepção
constitutiva de direitos nem geradoras de expectativa jurídica.
das Pensões;
SECÇÃO II
f) Declarar de utilidade turística os empreendimen- Localização e Projecto
tos turísticos nos termos de Decreto Executivo
ARTIGO 28.º
respectivo. (Regime aplicável)
3. Ao parecer referido na alínea c) do número anterior aplica- 1. Toda pessoa singular ou colectiva que pretenda instalar
-se o disposto no artigo 35.º, com as necessárias adaptações. um empreendimento turístico, deve requerer previamente
ARTIGO 26.º junto dos órgãos competentes no âmbito do Capítulo III, a
(Competências dos Órgãos Locais da Hotelaria e Turismo) aprovação da respectiva localização.
1. No âmbito das competências que lhes são atribuídas, e 2.Tratando-se de empreendimentos a construir, o pedido
desde que estejam dotados de organização e meios humanos de aprovação da localização deve ser instruído com os ele-
mentos seguintes:
para o efeito, os Órgãos Locais da Hotelaria e Turismo, são
a) Planta de localização à escala 1/25.000;
responsáveis pela instrução e tramitação de todos processos
b) Planta de implantação do empreendimento à escala
de licenciamento relativos às Pensões, e aos empreendimentos
1/50 ou 1/100, mostrando a situação da construção
de Alojamento Local nos termos do artigo 5.º do presente em relação à sua área envolvente;
Decreto Presidencial. c) Esboceto da solução prevista para o abastecimento
2. Não estando criadas as condições mencionadas no de água, drenagem, destino final dos esgotos
número anterior, a organização dos processos desses empreen- domésticos e pluviais, arruamentos, acessos e
dimentos compete ao Departamento Ministerial responsável electrificação;
pela Hotelaria e Turismo. d) Memória descritiva do empreendimento indicando
3. Compete ainda aos Órgãos Locais da Hotelaria e Turismo: nomeadamente:
i. Integração no local sob o ponto de vista paisa-
a) Organizar e dar tratamento ao processo inerente à
gístico e urbanístico;
construção e instalação das Pensões e Estabe- ii. Área total do terreno;
lecimentos de Alojamento Local e Parques de iii. Partida geral da composição;
Campismo e Caravanismo; iv. Zonamento previsto;
b) Aprovar a localização dos estabelecimentos men- v. Vias de acesso;
vi. Volumetria e cércea do edifício;
cionados na alínea anterior;
vii. Área prevista de construção;
c) Definir a capacidade máxima e classificação dos viii. Área prevista de estacionamento;
estabelecimentos mencionados na alínea a); ix. Definição de zonas recreativas e espaços
d) Atribuir a categoria às Pensões de acordo com o livres previstos;
Anexo II; x. Total previsto de quartos e de camas;
xi. Indicação sumária das soluções para forneci-
e) Efectuar e manter actualizado o registo dos alojamentos
mento de água, electricidade e rede de esgotos;
provinciais em funcionamento, inoperantes e em xii. Tipologia de empreendimento e catego-
construção independentemente da sua natureza. ria pretendidos;
632 DIÁRIO DA REPÚBLICA

xiii. Outros elementos que o interessado julgue c) Cortes no sentido longitudinal e transversal necessários
convenientes para ilustrar as características para a boa compreensão do projecto, devendo um
particulares do empreendimento. dos cortes passar pelas zonas dos acessos verticais;
3. Tratando-se de edifícios já construídos, o pedido de d) Alçados à escala 1/100 das fachadas dos diferentes
aprovação da localização deve ser instruído com os elemen- edifícios, com a indicação dos materiais de aca-
tos seguintes: bamento e cores a empregar;
a) Planta de localização mencionada no número ante-
e) Anteprojecto ou projecto das infra-estruturas a que
rior, salvo se já tiver sido apresentada;
se refere a alínea c) do n.º 2 do Artigo 28.º;
b) Esboceto da solução prevista para as infra-estruturas
a que se refere a alínea c) do número anterior, se f) Memória descritiva e justificativa, indicando
for caso disso; nomeadamente:
c) Memória descritiva do empreendimento indicando i. Características físicas do local como relevo,
nomeadamente: orientação geográfica, hidrográfica e cober-
i. Total previsto de unidades de alojamento e camas; tura vegetal;
ii. Indicação sumária das soluções para forneci- ii. Orientação geográfica, hidrografia e cober-
mento de água e electricidade, bem como da tura vegetal;
rede de esgotos; iii. Integração do edifício no local e na região nos
iii. Arruamento e acessos; aspectos arquitectónico e paisagístico;
iv. Área prevista de estacionamento; iv. Partido geral da composição das características
v. Definição de zonas recreativas e de espaços
essenciais da construção de edifícios;
livres previstos;
v. Funcionamento dos diferentes serviços e insta-
vi. Tipologia de empreendimento e catego-
ria pretendidos; lações previstas e suas ligações;
vii. Fotografias em formato 18x24cm das fachadas vi. Funcionamento das circulações horizontais
do edifício; e verticais;
viii. Outros elementos que o interessado julgue vii. Funcionamento dos processos de ventilação e
conveniente para ilustrar características par- aquecimento, das instalações de condicionamento
ticulares do empreendimento. do ar e outras similares consideradas;
ARTIGO 29.º viii. Funcionamento de uma maneira geral, de
(Anteprojecto e projecto) tudo quanto se torne necessário descrever
1. Aprovada a localização, o interessado deve apresentar para o conveniente entendimento das solu-
o respectivo anteprojecto ou o projecto para aprovação no ções apresentadas;
prazo que for fixado pelos órgãos competentes no âmbito do ix. Tipologia de empreendimento e catego-
Capítulo III, salvo se a entrega tiver sido feita simultaneamente ria pretendidos;
com a do pedido de aprovação da localização, caso em que se x. Prazo previsto para início e termo da construção.
seguirá automaticamente a apreciação daqueles. 2. Nas plantas a que se refere a alínea b) do número anterior
2. Na fixação do prazo, os órgãos competentes devem ter deve constar a indicação das áreas e as exigências da tabela
em conta as características e a dimensão do empreendimento,
anexa ao presente Diploma.
não podendo no entanto este prazo ser inferior a três meses
3. Quando se trate de Pensões de 1 a 3 estrelas, podem ser
nem superior a um ano.
dispensados os elementos constantes das subalíneas i), ii), e
3. O prazo a que se refere o número anterior pode ser
prorrogado pelos órgãos competentes mediante requerimento iii) da alínea f) do n.º 1 do presente artigo.
fundamentado do interessado, não podendo o prazo total das ARTIGO 31.º
prorrogações exceder 2 anos. (Projecto em edifícios já construídos)
4. Se o anteprojecto ou projecto não forem apresentados 1. Sempre que se tratar de empreendimentos a instalar em
dentro do prazo fixado, caduca a aprovação da localização. edifícios já construídos, o anteprojecto ou projecto deve ser
ARTIGO 30.º constituído pelos seguintes e elementos:
(Projectos de empreendimentos em edifícios a construir) a) Planta do edifício nos diferentes pavimentos ocu-
1. Sempre que se tratar de empreendimentos a instalar em pados ou afectos ao estabelecimento à escala de
edifícios a construir, o anteprojecto ou projecto são constituídos 1/100 que permitam a apreciação e a distribuição
pelos seguintes elementos: das instalações projectadas e suas circulações e
a) Planta de implantação à escala 1/1.000 ou 1/2.000
do equipamento;
que permita observar a situação da construção a
b) Cortes no sentido longitudinal e transversal da
realizar;
b) Planta das edificações nos seus diferentes pavimentos parte do edifício destinada ao empreendimento à
à escala de 1/100, pelas quais se possa apreciar a escala 1/100, em número necessário para a boa
distribuição das instalações projectadas e as suas compreensão do projecto, devendo um dos cortes
circulações e do equipamento; passar pela zona dos acessos verticais;
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 633

c) Alçados à escala 1/100 das fachadas do edifício; 3. Os projectos de arquitectura relativos a empreendimentos
d) Anteprojecto ou projecto das infra-estruturas a que turísticos devem ser selados e subscritos por arquitecto ou por
se refere a alínea c) do n.º 2 do artigo 28.º, se arquitecto em colaboração com engenheiro civil, nos termos do
aplicável; artigo 13.º do Regulamento de Licenciamento das Operações
e) Memória descritiva e justificativa da qual conste de Loteamento, Obras de Urbanização e Obras de Construção.
nomeadamente: 4. Nos casos em que decorra em simultâneo a avaliação
i. Características essenciais da construção do edifício; ambiental de instrumento de gestão territorial e a avaliação
ii. Funcionamento dos diferentes serviços e ins- de impacto ambiental e cultural de projectos de empreendi-
talações previstas e suas ligações; mentos turísticos enquadrados de forma detalhada naquele
iii. Funcionamento das circulações horizontais instrumento, pode realizar-se uma única consulta pública,
e verticais; sem prejuízo de exercício das competências próprias das
iv. Funcionamento dos processos de ventilação e entidades intervenientes.
aquecimento, das instalações de condicionamento 5. Para os projectos relativos a empreendimentos turísticos
que sejam submetidos a procedimento de avaliação de impacto
do ar e outras similares consideradas;
ambiental e que se localizem, total ou parcialmente, em
v. Funcionamento de uma maneira geral, de tudo
áreas incluídas nas Zonas de Protecção Ambiental, o parecer
quanto se torne necessário descrever para conve-
do Departamento Ministerial responsável pelo Ambiente
niente entendimento das soluções apresentadas;
é indispensável.
vi. Tipologia de empreendimento e catego-
6. Os projectos a instalar em zonas de uso e de valor
ria pretendidos;
cultural carecem de parecer do Departamento Ministerial
vii. Prazo previsto para início e termo das obras.
responsável pela Cultura e devem ser acompanhados com
2. Na planta que se refere a alínea a) do número anterior
Acta de auscultação das comunidades locais residentes.
deve constar a indicação das áreas em conformidade com
ARTIGO 34.º
os requisitos da tabela relevante para o empreendimento em (Estabelecimentos comerciais e de restauração)
causa, em anexo ao presente Diploma.
1. As disposições do presente Diploma relativas à instala-
3. Quando se trate de pensões de 1 ou 2 estrelas, os elementos
ção e ao funcionamento dos empreendimentos turísticos são
exigidos nas alíneas a) a c) do n.º 1, podem ser substituídos
aplicáveis aos estabelecimentos comerciais e de restauração
por uma única planta descritiva do empreendimento, se não
ou de bebidas que deles sejam partes integrantes.
houver lugar a obras ou a simplicidade destas o permitir.
2. O disposto no número anterior não dispensa o cum-
ARTIGO 32.º
primento dos requisitos específicos relativos a instalações e
(Apresentação do projecto)
funcionamento previstos nas respectivas regulamentações.
No caso de o interessado ter apresentado anteprojecto, deve
SECÇÃO IV
em seguida à sua aprovação, apresentar o respectivo projecto. Licenciamento ou Comunicação Prévia de Operações Urbanísticas
O projecto é constituído pelos elementos previstos nos
ARTIGO 35.º
artigos 30.º e 31.º com os pormenores próprios desta fase, (Parecer do órgão competente)
e, dando satisfação aos condicionamentos estabelecidos na
1. O deferimento pelo Governador da Província, do pedido
aprovação do anteprojecto.
de licenciamento e a admissão da comunicação prévia ou a
SECÇÃO III
aprovação de informação prévia, previstos no Regulamento
Licenciamento da Construção
de Licenciamento de Operações de Loteamento, Obras de
ARTIGO 33.º Urbanização e Obras de Construção para a realização de ope-
(Regime aplicável)
rações urbanísticas referentes aos Empreendimentos Turísticos
1. O procedimento respeitante à construção ou instalação carece sempre de parecer favorável do órgão competente de
dos empreendimentos turísticos, segue o regime previsto no acordo com o Capítulo III.
presente Diploma, sem prejuízo da aplicação do disposto no 2.O parecer referido no número anterior destina-se a
Regulamento de Licenciamento das Operações de Loteamento, comunicar a aprovação ou não, da localização e do projecto
Obras de Urbanização e Obras de Construção, sempre que de acordo com a Secção II do presente Capítulo.
envolva a realização de operações urbanísticas nele previstas. 3. Quando desfavorável, o parecer do órgão competente,
2. O pedido de licenciamento e a apresentação da comuni- é vinculativo e deve indicar e justificar as razões da não
cação prévia de operações urbanísticas relativas à construção aprovação da localização ou as alterações a introduzir no
ou instalação dos empreendimentos turísticos deve ser instruído projecto de arquitectura.
nos termos do regime jurídico referido no número anterior, 4. Ao parecer referido no n.º 1 aplica-se o disposto no
e ainda com os elementos constantes no Decreto Executivo Regulamento de Licenciamento das Operações de Loteamento,
Conjunto dos Titulares dos Departamentos Ministeriais da Obras de Urbanização e Obras de Construção, relativamente ao
Hotelaria e Turismo e da Administração do Território. disposto para o procedimento de informação prévia e consultas.
634 DIÁRIO DA REPÚBLICA

5. Juntamente com o parecer, são fixadas a capacidade k) Termo de responsabilidade subscrito pelos autores
máxima do empreendimento e a respectiva classificação de do projecto de arquitectura das obras e pelo direc-
acordo com o projecto apresentado. tor de fiscalização de obra, no qual atestam que
ARTIGO 36.º o empreendimento respeita o projecto aprovado,
(Alvará de licença ou admissão da comunicação prévia) e que as alterações introduzidas no projecto se
No caso dos parques de campismo e de caravanismo, o limitam às alterações isentas de licença nos termos
alvará de licença ou a admissão da comunicação prévia para do Regulamento de Licenciamento das Operações
a realização de obras de edificação, é emitido pela entidade de Loteamento, Obras de Urbanização e Obras
licenciadora competente, com parecer favorável do Departamento de Construção, juntando a memória descritiva
Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo, devendo respectiva;
neste momento ser fixado também a capacidade máxima l) Termo de responsabilidade subscrito pelo autor do
e atribuição da respectiva classificação de acordo com o projecto de segurança contra incêndios, assegu-
projecto apresentado. rando que a obra foi executada de acordo com
o projecto aprovado e, se for caso disso, que as
ARTIGO 37.º
(Operação urbanística e Instalação de Conjuntos Turísticos) alterações efectuadas estão em conformidade com
1. A entidade promotora do empreendimento pode optar as normas legais e regulamentares aplicáveis em
por submeter conjuntamente a licenciamento ou comunicação matéria de segurança contra riscos de incêndio,
prévia as operações urbanísticas referentes à instalação da ou, em alternativa, comprovativo da inspecção
totalidade das unidades a edificar de um conjunto turístico, ou, realizada por entidades acreditadas nesta matéria;
m) Termo de responsabilidade subscrito pelos autores
alternativamente, submeter tais operações a licenciamento ou
dos projectos de especialidades relativos a insta-
comunicação prévia separadamente, por área ou subconjuntos
lações eléctricas, acústicas, energéticas e acessi-
de unidades a edificar ou a distintas fases de instalação.
bilidades ou, em alternativa, comprovativo das
2. Optando a entidade promotora, por executar uma ope-
inspecções realizadas por entidades acreditadas
ração urbanística faseada, esta deve obedecer os requisitos
nestas matérias, atestando a conformidade das
estabelecidos no artigo 41.º do Regulamento de Licenciamento
instalações existentes;
das Operações de Loteamento, Obras de Urbanização e Obras
n) Os pareceres favoráveis dos Departamentos Minis-
de Construção.
teriais responsáveis pelo Ambiente e Cultura, se
SECÇÃO V
Licença de Utilização para fins Turísticos e Emissão de Alvará
aplicável.
3. O prazo para deliberação sobre a concessão de licença
ARTIGO 38.º de utilização para fins turísticos é de 30 dias a contar da data
(Licença de utilização para fins turísticos)
de apresentação do requerimento, salvo quando haja lugar à
1. Concluída a obra, o interessado deve requer a concessão vistoria prevista no artigo 7.º no Decreto n.º 13/07, sobre o
da licença de utilização para fins turísticos, nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas.
Regulamento de Licenciamento das Operações de Loteamento,
SECÇÃO VI
Obras de Urbanização e Obras de Construção, com as espe- Realização de Vistoria
cificidades previstas no presente Diploma.
ARTIGO 39.º
2. O pedido de Licença de autorização de utilização para (Requerimento)
fins turísticos deve ser instruído mediante formulário próprio
1. Após a conclusão das obras de instalação do empreen-
acompanhado da seguinte documentação:
dimento turístico devem os interessados requerer a vistoria
a) Mapa de Localização do terreno;
para a concessão do alvará.
b) Planta de implantação;
2. No mesmo pedido devem requerer a homologação das
c) Cartão de contribuinte actualizado; tabelas de preços, acompanhadas das respectivas estruturas
d) Certificado do registo estatístico; de cálculo, sob pena de se considerar não requerida a vistoria.
e) Identificação dos sócios, com respectivos documen- 3. Os critérios e procedimentos de análise com vista à
tos de identificação; homologação das tabelas de preços são definidos por Decreto
f) Certificados de registo criminal; Executivo do Titular do Ministro da Hotelaria e Turismo.
g) Escritura pública ou certidão comercial da conser- ARTIGO 40.º
vatória, actualizada; (Prazo e competências)
h) Memória descritiva e justificativa; 1. A vistoria para a concessão de Alvará é realizada no
i) Comprovativo da liquidação de Imposto Industrial; prazo de 15 dias úteis, a contar da data da entrada do reque-
j) Projecto de arquitectura aprovado de acordo com a rimento, nos serviços do órgão competente de acordo com o
Secção II do presente Capítulo (cortes e alçados Capítulo III, devendo a decisão dela resultante ser comunicada
à escala de 1:50 ou 1:100); ao interessado.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 635

2. O Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria prazo de oito dias úteis, com vista, a ser emitida a classificação
e Turismo pode a todo tempo realizar vistorias e inspecções definitiva, a homologação da tabela de preços e a inscrição no
que tiverem por convenientes a todos empreendimentos Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos, o duplicado
abrangidos pelo presente Diploma. entregue ao interessado e o triplicado arquivado nos serviços
3. Os Órgãos Locais da Hotelaria e Turismo podem a de turismo, a nível provincial.
todo o tempo realizar vistorias e inspecções necessárias, no ARTIGO 43.º
âmbito das suas competências de acordo com o Capítulo III. (Prazo de validade da licença provisória)
ARTIGO 41.º 1. A licença provisória, atribuída nos termos do n.º 4
(Composição da comissão)
do artigo anterior tem a validade de 180 dias, findo qual é
1. A vistoria para a concessão de Alvará é realizada por realizada nova vistoria, a requerimento do interessado, para
uma comissão composta por: a atribuição da classificação e licença definitiva.
a) Três representantes do órgão competente de acordo 2. A nova vistoria é realizada no prazo de 20 dias por um
com o Capítulo III; representante do órgão competente e um representante da
b) Um representante da unidade de saúde da Província; Associação da classe, sendo o seu resultado comunicado ao
c) Um representante da unidade de protecção civil e interessado no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da
bombeiros da Província; última vistoria.
d) Um representante de associação da classe hoteleira, 3. Se nos prazos mencionados no número anterior, não se
legalmente constituída, indicada no pedido de realizar a vistoria ou a comunicação, a classificação provisória
vistoria pelo requerente. considera-se definitiva.
2. A representação do Ministério na vistoria pode ser delegada ARTIGO 44.º
de forma expressa, no Órgão Local da Hotelaria e Turismo. (Emissão de alvará)
3. O requerente da licença de utilização, os autores dos 1. Nos 15 dias úteis subsequentes ao da recepção do Auto
projectos e o técnico responsável pela direcção técnica da obra de Vistoria previsto no artigo 42.º pelos serviços do órgão de
podem participar na vistoria, sem direito a voto.
superintendência ou Órgão Local da Hotelaria e Turismo de
4. Compete aos Serviços de Hotelaria e Turismo convocar
acordo com o Capítulo III, deve ser proferido despacho pelo
as entidades referidas nas alíneas, b) a d) do n.º 1 e o reque-
Director da Unidade Orgânica competente do Departamento
rente, bem como a eventual comunicação de delegação de
Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo ou pelo Órgão
competências, com a antecedência mínima de 8 (oito) dias.
Local da Hotelaria e Turismo, respectivamente.
5. Torna-se obrigatória a participação nas vistorias, os órgãos
2. Na eventualidade de se verificar a falta de algum
citados nas alíneas b) a d) do n.º 1 e das pessoas referidas no
documento, o interessado é notificado para no prazo máximo
n.º 3 desde que regularmente convocadas deste artigo.
de 30 (trinta) dias, sanar ou regularizar a falta verificada, sob
6. Depois de proceder à vistoria, a comissão referida no
pena de o pedido ser considerado indeferido.
número anterior elabora o respectivo auto, devendo entregar
uma cópia ao requerente. 3. Sanada a irregularidade ou falta detectada ou merecendo
o pedido de imediato, deferimento total, por parte do Director
ARTIGO 42.º
(Procedimento e atribuição de licença provisória) competente nos termos do n.º 1 do presente artigo e encontrando-
-se assegurado o pagamento da respectiva taxa devida, deve tal
1. O Auto de Vistoria é lavrado obrigatoriamente em modelo
decisão ser comunicada, por escrito ao interessado ou seu legal
próprio do Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria
e Turismo, e pelo Representante do Departamento Ministerial representante, no prazo máximo de 30 dias, após o despacho
responsável pela Hotelaria e Turismo, sendo no final assinado favorável, a que se reporta o número anterior.
por todos os elementos que compõem a comissão, bem como 4. A decisão de classificação proferida nos termos do
pelo respectivo representante legal do interessado. n.º 1 do presente artigo, pode ser objecto de reclamação ou
2. A vistoria deve incidir sobre o cumprimento dos requi- impugnação, através do meio próprio e no prazo legalmente
sitos impostos para a categoria requerida e em conformidade previsto para o efeito.
com o estabelecido nos Anexos I a V do presente Diploma. 5. Caso a decisão não seja objecto de reclamação ou
3. Para além do estabelecido no número anterior a vistoria impugnação, o Alvará é emitido no prazo máximo de 30 dias
deve ainda recair sobre o cumprimento da tabela de preços após a data indicada no n.º 2 do presente artigo e colocado à
homologada para o estabelecimento. disposição juntamente com a respectiva placa de classificação,
4. Concluída a vistoria, após ter sido lavrado e assinado devendo desse facto ser dado conhecimento por escrito ao
o auto, e tendo este merecido resultado favorável, é atribuída interessado ou seu legal representante, de modo a que possam
uma licença a título precário, entendendo-se nesta fase que a ser levantados junto da Direcção Provincial responsável
classificação atribuída é de natureza provisória. pelo Turismo.
5. O Auto é lavrado em triplicado, devendo o original, ser 6. O Alvará tem a validade de 3 anos, sem prejuízo do
enviado para os Serviços responsáveis ao nível central, no previsto no artigo 49.º
636 DIÁRIO DA REPÚBLICA

7. Para a entrega dos títulos a que se reporta o artigo e) Quando por qualquer motivo, o empreendimento
anterior, é obrigatória a exibição da notificação da emissão de não puder ser classificado ou não puder manter a
Alvará, devendo o seu portador comprovar que é o interessado classificação de empreendimento turístico.
requerente, ou seu legal representante, ou pessoa mandatada 2. Caducada a licença, o alvará é apreendido pelo Governo
com poderes bastantes para o efeito. Provincial respectivo ou pelo Departamento Ministerial res-
8. Quando se tenha optado por submeter conjuntamente a ponsável pela Hotelaria e Turismo no âmbito das competências
licenciamento ou comunicação prévia as operações urbanísticas que lhes são atribuídas pelo presente Diploma.
referentes à instalação da totalidade das zonas funcionais a 3. A apreensão do alvará é precedida de notificação ao
integrar no programa do conjunto turístico, a implementar, proprietário ou entidade exploradora, sendo em seguida
estas dependem apenas de um único alvará, a ser emitido nos encerrado o empreendimento.
termos do artigo 37.º do Regulamento de Licenciamento das
Operações de Loteamento, Obras de Urbanização e Obras CAPÍTULO V
Classificação dos Empreendimentos Turísticos
de Construção.
9. Fora do caso previsto no número anterior, cada empreen- ARTIGO 47.º
(Finalidade)
dimento turístico, estabelecimento e equipamento integrados
nos Conjuntos Edificados para Turismo deve dispor de alvará A classificação destina-se a atribuir, confirmar ou alterar a
de natureza turística ou para outro fim a que se destinem. tipologia e a categoria dos empreendimentos turísticos, e, não
10. A instalação dos empreendimentos turísticos pode obstante o disposto no artigo 53.º, tem natureza obrigatória.
ser autorizada por fases, aplicando-se a cada uma delas o ARTIGO 48.º
disposto na presente secção, desde que se encontrem reunidos (Categorias)
os requisitos estabelecidos no n.º 2 do artigo 37.º do presente 1. Os empreendimentos turísticos, com excepção dos
Decreto Presidencial. Parques de Campismo e Caravanismo, categorizam-se aten-
ARTIGO 45.º
dendo à qualidade do serviço e das instalações, de acordo
(Especificações do alvará) com os requisitos definidos nas tabelas constantes em Anexo:
a) As Pensões, aplicam-se as condições de classificação
1. O alvará de licença de utilização turística deve conter
definidas no Anexo II;
os elementos seguintes: b) Aos Hotéis, Aparthotéis, Motéis, Estalagens, e Pou-
a) A identificação da entidade exploradora; sadas aplicam-se as condições de classificação
b) O nome do estabelecimento; definidas no Anexo III;
c) A classificação provisória atribuída; c) Aos Conjuntos Edificados para Turismo aplicam-se as
d) A capacidade máxima do empreendimento proviso- condições de classificação definidas no Anexo IV;
riamente atribuída; d) Aos Estabelecimentos no Espaço Rural e Estabele-
e) No caso dos parques de campismo, a classificação cimentos de Turismo de Habitação aplicam-se as
condições de classificação definidas no Anexo V.
e a capacidade máxima confirmadas pelo Gover-
2. As tabelas a que se referem as alíneas b) e c) do ponto
nador Provincial respectivo.
anterior determinam os requisitos mínimos e os requisitos
2. Sempre que haja alteração de qualquer elemento cons- opcionais através de um sistema de pontos, cujo somatório
tante do alvará, a entidade titular da licença ou a empresa determina a categoria a atribuir.
exploradora deve, para efeitos de averbamento, comunicar 3. Aos estabelecimentos hoteleiros aplicam-se ainda, e
o facto ao Governo Provincial no prazo de 15 dias sobre a cumulativamente ao estabelecido no Anexo III as seguintes
data do mesmo. condições de classificação:
ARTIGO 46.º a) Aparthotel, estes empreendimentos devem ter mais
(Caducidade da licença) de 50% de apartamentos como unidades de aloja-
1. A licença de utilização turística caduca: mento, sendo que estes apenas podem obter uma
categoria de 2 a 4 estrelas;
a) Se o empreendimento não iniciar o seu funciona-
b) Motéis, empreendimentos que devem dispor de um
mento no prazo de 180 dias a contar da data de acesso directo a uma estrada nacional e umas
emissão do alvará; bombas de abastecimento de combustível nas
b) Se o empreendimento se mantiver encerrado por imediações, sendo que estes apenas podem obter
um período superior a um ano, salvo por motivos uma categoria de 1 ou 2 estrelas;
de obras; c) Estalagens, empreendimentos que devem ter uma
c) Se findo o prazo de vigência da licença provisória, o decoração com motivos culturais angolanos, um
interessado não requerer a classificação definitiva restaurante classificado como típico, e estar situa-
do empreendimento; dos numa zona de interesse paisagístico, sendo
d) Quando seja dada ao empreendimento fim diverso que estes apenas podem obter uma categoria
do previsto no respectivo alvará; de 1 a 3 estrelas;
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 637

d) Pousadas, empreendimentos que devem estar locali- 2. No caso do estabelecimento não corresponder sequer às
zados em edifícios históricos classificados, sendo exigências mínimas do seu grupo, a desclassificação processa-
que estes apenas podem obter uma categoria -se pela seguinte forma:
de 3 ou 4 estrelas; a) Sendo Hotel, Aparthotel ou Estalagem, o estabele-
e) Hotéis Rurais, empreendimentos que devem estar cimento passa a ser classificado de Pensão;
localizados em espaços rurais, em edifícios que b) Sendo Aparthotel, Pousada, Hotel Rural ou Pensão
pela sua traça arquitectónica e materiais de cons- é concedido um prazo não superior a 90 dias para
trução, respeitem as características dominantes suprir as deficiências que permitam pelo menos
da província onde estão implantados, sendo que a sua classificação no mínimo da categoria do
estes apenas podem obter uma classificação de respectivo grupo.
3. O prazo referido na alínea b) do número anterior pode
3 ou 4 estrelas;
ser prorrogado por 90 dias se, ocorrer motivo de força maior
f) Pensões, empreendimentos que podem não dispor de
que se considere justificativo do atraso no suprimento das
restaurante, sendo que neste caso devem adoptar
deficiências que motivaram a desclassificação.
a designação de Pensão Residencial, ficando a
4. O não cumprimento da alínea b) do n.º 2 ou da sua
sua classificação máxima limitada a 3 estrelas. prorrogação, quando aceite, determina o encerramento
ARTIGO 49.º do estabelecimento.
(Vistoria de classificação)
5. Cabe ao Director da Unidade Orgânica competente
1. Para além do procedimento estabelecido no artigo 42.º ordenar a desclassificação dos estabelecimentos hoteleiros,
do presente Decreto Presidencial, o Departamento Ministerial bem como conceder ou não a prorrogação do prazo a que se
responsável pela Hotelaria e Turismo, através da sua Unidade refere o n.º 3 do presente artigo.
Orgânica competente, pode determinar a realização de uma 6. Do despacho que ordenar a desclassificação, cabe
vistoria de classificação ao empreendimento turístico, sempre recurso nos termos da lei.
que houver qualquer reclamação registada, sobre as condições ARTIGO 52.º
(Taxas)
das instalações e prestação do serviço proporcionado e publi-
1. Pela realização de vistorias, autorizações e emissão de
citado por este, e estas se reportem às condições legalmente
licenças efectuadas pelo Departamento Ministerial responsável
impostas para o tipo de classificação que lhe foi atribuída.
pela Hotelaria e Turismo e pelo Órgão Local da Hotelaria e
2. Em todos os empreendimentos turísticos é obrigatória a Turismo, é devida uma taxa nos termos da legislação em vigor.
afixação no exterior, junto à entrada principal, da placa iden- 2. Pela realização de visitas de acompanhamento técnico
tificativa da respectiva classificação, cujo modelo é aprovado e auditorias de classificação efectuadas pelo Departamento
por instrutivo do Departamento Ministerial responsável pela Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo e pelo Órgão
Hotelaria e Turismo. Local da Hotelaria e Turismo por solicitação do operador, é
ARTIGO 50.º
devida uma taxa nos termos previsto na legislação em vigor
(Revisão da classificação) para a realização das vistorias, destinadas a suportar as despesas
1. A classificação dos empreendimentos turísticos deve inerentes ao acto.
ser oficiosa e obrigatoriamente revista de três em três anos. 3. Dos valores das taxas mencionadas no número anterior,
2. A classificação pode, também, ser revista a todo o 50% são destinados aos intervenientes directos das visitas de
acompanhamento técnico, das vistorias ou das auditorias, com
tempo, oficiosamente ou a pedido do interessado, quando
excepção dos elementos pertencentes, às Associação Empresariais.
se verificar alteração dos pressupostos que determinaram a
respectiva atribuição. ARTIGO 53.º
(Classificações adicionais)
3. A classificação é ainda revista se o interessado, na
sequência de vistoria efectuada ao empreendimento, não 1. Além da classificação obrigatória nos termos do presente
efectuar as obras ou não eliminar as deficiências para que foi Decreto Presidencial, os empreendimentos turísticos podem
notificado, no prazo de 18 meses. obter as seguintes classificações adicionais cumulativas:
4. O pedido de revisão de classificação, previsto no número a) Empreendimento de Turismo de Natureza;
anterior, deve ser formulado pelo interessado ao órgão com- b) Empreendimento de Termalismo e Bem-Estar.
petente com antecedência mínima de 6 meses do seu termo. 2. Os empreendimentos de turismo de natureza são reco-
ARTIGO 51.º nhecidos como tal pelo Departamento Ministerial responsável
(Desclassificação) pela Ambiente, de acordo com os critérios definidos por Decreto
1. Sempre que um estabelecimento for desclassificado, Executivo Conjunto dos membros do Executivo responsáveis
será baixado de categoria dentro do seu grupo. pelas áreas do ambiente e da hotelaria e turismo.
638 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. Os empreendimentos de termalismo e bem-estar são 6. Os elementos ou documentos solicitados aos interessados


reconhecidos como tal pelo Departamento Ministerial res- devem dar entrada nos serviços de turismo no prazo por eles
ponsável pela Saúde, de acordo com os critérios definidos fixado ou, não havendo, no prazo de 30 dias.
por Decreto Executivo Conjunto dos membros do Executivo 7. O prazo mencionado no número anterior pode ser
responsáveis pelas áreas da saúde e da hotelaria e turismo. prorrogado pelos serviços de turismo se existir motivos
atendíveis para o fazer.
CAPÍTULO VI
Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos 8. Quaisquer factos que constituam alteração aos elementos
constantes do registo, devem ser comunicados pela entidade
ARTIGO 54.º
(Procedimento para o registo)
exploradora no prazo de 30 dias sobre a data da sua verificação,
aos serviços do Departamento Ministerial responsável pela
1. O Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria
Hotelaria e Turismo, no caso de se tratar de empreendimentos
e Turismo disponibiliza nos seus serviços centrais, o Registo
Nacional de Empreendimentos Turísticos (RENETU), consti- turísticos ou à respectiva Direcção Provincial, no caso de se
tuído pela relação nominal actualizada dos empreendimentos tratar de alojamento local.
turísticos e dos estabelecimentos de alojamento local, com 9. Os Órgãos Locais da Hotelaria e Turismo devem comu-
título de abertura válido, do qual constam designadamente o nicar mensalmente aos serviços centrais do Departamento
nome, classificação, capacidade e localização do empreen- Ministerial responsável pela superintendência, a informação do
dimento, identificação da entidade exploradora e períodos registo de licenciamento, em modelo próprio a disponibilizar
de funcionamento. pelo Ministério onde constem os elementos relevantes dos
2. O registo dos estabelecimentos de alojamento locais é documentos referidos no n.º 3 do presente artigo.
da competência do Órgão Local da Hotelaria e Turismo, onde 10. As empresas exploradoras dos estabelecimentos já
os mesmos se encontrem instalados. abertos ao público à data da entrada em vigor deste Diploma
3. O registo dos empreendimentos turísticos, é da com- devem, no prazo de 60 dias, fornecer os elementos necessários
petência da Unidade Orgânica competente, do Departamento
para o registo previsto no n.º 2 do presente artigo.
Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo e deve conter
11. A caducidade da autorização de utilização para fins
os seguintes elementos:
turísticos nos termos do artigo 43.º determina o cancelamento
a) Denominação do estabelecimento;
da inscrição do empreendimento turístico no RENETU.
b) Sua localização, com indicação da província, muni-
12. Os Serviços de Registo Predial podem ter acesso aos
cípio, morada, número de polícia, se houver, e
quaisquer outras indicações necessárias à perfeita dados constantes do RENETU relativos à classificação dos
localização do estabelecimento; empreendimentos turísticos.
c) Empresa proprietária do estabelecimento e a sua CAPÍTULO VII
forma jurídica; Exploração e Funcionamento
d) Empresa exploradora do estabelecimento e a sua
ARTIGO 55.º
natureza jurídica; (Denominações)
e) Identificação dos directores ou gerentes da empresa 1. Os empreendimentos turísticos não podem usar nomes
exploradora; ou denominações iguais a outras já existentes, ou por tal forma
f) Identidade do responsável pelo estabelecimento; semelhantes que possam induzir em erro, salvo se estiverem
g) Pacto social actualizado; integrados numa mesma organização ou pertencerem a um grupo.
h) Trespasse do estabelecimento; 2. As denominações dos empreendimentos turísticos não
i) Cessão de exploração do estabelecimento; podem sugerir uma tipologia, classificação ou características
j) Suspensão da actividade; que não possuam.
k) Encerramento do estabelecimento; 3- As denominações simples ou compostas que utilizem o
l) Cassação ou caducidade do alvará; termo «hotel» só podem ser utilizadas pelos Hotéis, Aparthotéis
m) As reclamações, sanções e louvores que hajam e Hotéis Rurais.
merecido. ARTIGO 56.º
4. Além destes elementos, podem a qualquer tempo, os (Publicidade)
serviços de hotelaria e turismo solicitar às empresas explo- 1. A publicidade, documentação comercial e merckandising
radoras, quaisquer outros que julgue necessários, bem como dos empreendimentos turísticos deve indicar o respectivo
exigir a prova documental das informações prestadas. nome e classificação, não podendo sugerir uma classificação
5. Os Serviços de Hotelaria e Turismo, quando concederem ou características que o empreendimento não possua.
a autorização de funcionamento ou o licenciamento provisório 2. Nos anúncios ou reclames instalados nos próprios
ao estabelecimento, procedem oficiosamente ao seu registo. empreendimentos devem sempre constar o seu nome.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 639

ARTIGO 57.º 5. Os proprietários das unidades de alojamento, quando


(Oferta de alojamento turístico)
ocupam as mesmas, usufruem dos serviços obrigatórios da
1. Com excepção do alojamento local, apenas os empreen- categoria do empreendimento, os quais estão abrangidos pela
dimentos turísticos previstos no presente Decreto Presidencial prestação periódica prevista no artigo 76.º.
podem prestar serviços de alojamento turístico. 6. As unidades de alojamento previstas no n.º 3 não podem
2. Presume-se existir prestação de serviços de alojamento ser exploradas directamente pelos seus proprietários, nem podem
turístico quando um imóvel ou fracção deste, esteja mobilado ser objecto de contratos que comprometam o uso turístico
e equipado e sejam oferecidos ao público em geral, além das mesmas, designadamente, contratos de arrendamento ou
de dormida, serviços de limpeza e recepção, por períodos constituição de direitos de uso e habitação.
inferiores a 30 dias.
ARTIGO 60.º
ARTIGO 58.º (Deveres da entidade exploradora)
(Exploração dos empreendimentos turísticos)
São deveres da entidade exploradora:
1. Cada empreendimento turístico deve ser explorado por
a) Publicitar os preços de todos os serviços oferecidos,
uma única entidade responsável pelo seu integral funcionamento
e nível de serviço e pelo cumprimento das disposições legais de forma bem visível, na recepção e mantê-los
e regulamentares aplicáveis. sempre à disposição dos utentes;
2. A entidade exploradora é designada pelo titular do res- b) Informar os utentes sobre as condições de prestação
pectivo alvará de autorização de utilização para fins turísticos. dos serviços e preços, previamente à respectiva
3. O disposto no n.º 1 do presente artigo, não obsta a que
contratação;
a empresa exploradora subcontrate outras entidades para a
prestação de alguns serviços inerentes aos estabelecimentos. c) Manter em bom estado de funcionamento todas as
4. Nos Resorts, os empreendimentos turísticos que o integram instalações, equipamentos e serviços do empreen-
podem ser explorados por diferentes entidades que, respondem dimento, incluindo as unidades de alojamento,
directamente pelo cumprimento das disposições legais. efectuando as obras de conservação ou de melho-
5. Nos Resorts, o funcionamento das instalações e equipa- ramento necessárias para conservar a respectiva
mentos e os serviços de utilização comum obrigatórios, nos
classificação;
termos da classificação atribuída e do título constitutivo, são
da responsabilidade da entidade administradora do Resort. d) Facilitar às autoridades competentes o acesso ao
6. Caso o empreendimento turístico integre estabelecimentos empreendimento e o exame de documentos,
comerciais e de restauração ou de bebidas, autonomamente livros e registos directamente, relacionadas com
autorizados, as respectivas entidades exploradoras respondem a actividade turística;
directamente pelo cumprimento das disposições legais. e) Cumprir as normas legais, regulamentares e con-
ARTIGO 59.º tratuais relativas à exploração e administração
(Exploração turística das unidades de alojamento)
do empreendimento turístico;
1. Sem prejuízo do disposto no artigo 63.º, as unidades de
f) Não alterar substancialmente a sua estrutura externa
alojamento estão permanentemente em regime de exploração
ou o seu aspecto estético exterior de forma a não
turística, devendo a entidade exploradora assumir a exploração
continuada da totalidade das mesmas, ainda que ocupadas afectar a unidade do empreendimento;
pelos respectivos proprietários. g) Não aplicar o mesmo a fim diverso daquele a que
2. A entidade exploradora deve assegurar que as unidades se destina;
de alojamento permanecem a todo o tempo mobiladas e equi- h) Não o aplicar em práticas ilícitas, imorais ou
padas, em plenas condições de serem alocadas para alojamento desonestas;
a turistas e que nelas sejam prestados os serviços obrigatórios i) Não exceder a capacidade prevista para o estabele-
da categoria atribuída ao empreendimento turístico. cimento e efectuar a sua manutenção;
3. Quando a propriedade e a exploração turística não j) Não efectuar actos ou obras susceptíveis de afectar
pertençam à mesma entidade ou quando o empreendimento a continuidade e unidade urbanística do empreen-
se encontre em regime de propriedade plural, a entidade
dimento ou prejudicar a implantação dos respec-
exploradora deve obter de todos os proprietários um título
tivos acessos.
jurídico que a habilite à exploração da totalidade das unidades
ARTIGO 61.º
de alojamento.
(Responsabilidade operacional)
4. O título referido no número anterior deve prever os
termos da exploração turística das unidades de alojamento, a 1. Em todos os empreendimentos turísticos deve haver
participação dos proprietários nos resultados da exploração da um responsável, nomeado pela entidade exploradora, a
unidade de alojamento, bem como as condições da utilização quem cabe zelar pelo seu funcionamento e nível de serviço,
desta pelo respectivo proprietário. 24 sobre 24 horas.
640 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. A responsabilidade operacional dos empreendimentos podendo a sua apresentação ser condicionada, por qualquer
turísticos de cinco estrelas luxo, cinco, quatro e três estrelas forma, designadamente pela imposição de necessidade de
deve caber a um funcionário habilitado ao exercício da pro- identificação do cliente.
fissão de director de hotel. 2. O original da folha de reclamação deve ser enviado à
ARTIGO 62.º entidade competente para fiscalizar e instruir os processos de
(Acesso aos empreendimentos turísticos) infracção, nos termos do presente Diploma.
1. É livre o acesso aos empreendimentos turísticos, salvo ARTIGO 66.º
o disposto nos números seguintes. (Dever de informação)
2. Pode ser recusado o acesso ou a permanência nos
1. Os empreendimentos turísticos devem prestar infor-
empreendimentos turísticos àqueles que:
a) Perturbem o seu funcionamento normal; mações exactas relativamente aos preços e condições dos
b) Incomodem os demais utentes do estabelecimento; serviços solicitados.
c) Sejam portadores de armas de fogo, produtos tóxicos, 2. Respeitar os preços e tarifas fixadas e publicitadas.
explosivos, insalubres ou mal cheiros; 3. Afixar em local bem visível, a indicação da existência
d) Não se apresentem ou se comportem de forma ade- de livro de reclamações e os contactos locais das diversas
quada ao nível e características do estabelecimento;
entidades que garantem a segurança, a saúde e socorro, bem
e) Se recusem, sem causa legítima a pagar os serviços
consumidos ou utilizados; como os direitos do consumidor, designadamente números ou
f) Alojarem indevidamente terceiros. linhas telefónicas, moradas físicas ou de correio electrónico.
3. O disposto no n.º 1 não prejudica, desde que devidamente 4. Guardar sigilo de todas as condições de serviço, salvo
publicitadas, a reserva temporária de parte ou da totalidade disposição legal ou instruções do cliente em contrário.
do empreendimento turístico.
ARTIGO 67.º
4. A utilização do empreendimento nos termos do número (Alteração de preços)
anterior, não pode prejudicar ou diminuir a oferta de serviços
obrigatórios próprios do estabelecimento. 1. Os valores constantes das tabelas de preços homologadas
5. A entidade exploradora dos empreendimentos turísticos nos termos do regulamento previsto no n.º 3 do artigo 39.º
pode reservar para os utentes neles alojados e seus acompa- podem ser alterados a pedido do interessado, sempre que as
nhantes, o acesso e a utilização dos serviços, equipamentos circunstâncias subjacentes à sua homologação se alterem,
e instalações do empreendimento.
e devem ser afixadas em local visível do estabelecimento.
6. As normas de funcionamento e de acesso ao empreendimento
devem ser devidamente publicitadas pela entidade exploradora. 2. A alteração mencionada no número anterior implica
sempre a avaliação e homologação pelo órgão competente
ARTIGO 63.º
(Período de funcionamento) nos termos do Capítulo III.
1. Sem prejuízo de disposição legal ou contratual, os ARTIGO 68.º
(Registo de hóspedes)
empreendimentos turísticos podem estabelecer livremente
os seus períodos de funcionamento. 1. Todos os empreendimentos turísticos devem possuir um
2. Os empreendimentos turísticos em propriedade plural registo de hóspedes, contendo a identificação, nacionalidade
apenas podem encerrar desde que haja acordo de todos e o respectivo período de hospedagem.
os proprietários. 2. O registo de hóspedes mencionados no número anterior
3. O período de funcionamento dos empreendimentos deve ser remetido mensalmente aos Órgãos Locais da Hotelaria
turísticos deve ser devidamente publicitado e afixado em local e Turismo e ao Serviço de Migração e Estrangeiros.
visível ao público, do exterior do empreendimento. 3. Para efeitos do presente Diploma, entende-se por aposento
ARTIGO 64.º o serviço que consiste na locação de um quarto e suas instalações
(Sinais normalizados) privativas por um período de 24 horas, o qual termina sempre,
Nas informações de carácter geral relativas aos empreen- salvo convenção em contrário, as 12 horas de cada dia.
dimentos turísticos e aos serviços que neles são oferecidos, 4. Quando o cliente não deixe o quarto livre até as 12 horas
devem ser usados os sinais normalizados constantes de tabela ou até a hora convencionada, entende-se que prolonga a sua
a aprovar por Decreto Executivo do Ministro da Hotelaria estadia por mais um dia.
e Turismo. 5. No caso mencionado no número anterior, o hoteleiro
ARTIGO 65.º pode não aceitar a continuação da hospedagem, se se tiver
(Livro de reclamações) comprometido com outro cliente.
1. Os empreendimentos turísticos e os estabelecimentos ARTIGO 69.º
de alojamento local devem dispor de livro de reclamações, (Reserva de aposentos)

nos termos e condições estabelecidos em Diploma próprio que 1. Considera-se reserva de aposento, o contrato de promessa
o prevê e regula, devendo ser facultado imediata e gratuita- de locação de aposento em estabelecimento hoteleiro, com
mente ao cliente sempre que por este lhe seja solicitado, não ou sem pensão completa, para período futuro determinado.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 641

2. Salvo convenção em contrário, o cancelamento ou 2. Os funcionários em serviço devem ter um cartão de


alteração da reserva de aposentos só é válido se efectuado com identificação segundo modelo a aprovar pelo Titular do
48 horas de antecedência do início da hospedagem, excepto Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo.
se se tratar de reservas para mais de cinco quartos, caso em 3. Nos estabelecimentos, demais instalações e locais sujeitos
que o prazo é de 8 dias. a fiscalização, os respectivos proprietários, administradores,
3. A inobservância do prazo mencionado no número
directores, encarregados e seus representantes, são obrigados:
anterior, confere ao estabelecimento hoteleiro o direito a uma
a) A permitir a entrada nas respectivas instalações do
indemnização de um dia de locação do aposento reservado
pessoal de Inspecção e Fiscalização, depois de
por cada 3 dias ou fracção de não ocupação, conforme o
devidamente identificados, bem como a sua per-
tempo convencionado.
4. O cancelamento de reserva ou a sua redução por parte manência neles pelo tempo que for necessário à
de estabelecimento hoteleiro sem motivo justificado, confere conclusão do serviço;
a quem reserva o direito a uma indemnização a liquidar nos b) A apresentar ao pessoal de inspecção, livros de
termos do número anterior. escrituração comercial e registo e quaisquer outros
5. Os contratos de reservas feitos por agências de viagens elementos que lhes forem exigidos e bem como
e de turismo, rege-se por legislação própria. prestar as informações julgadas necessárias.
ARTIGO 70.º
(Direitos dos clientes) CAPÍTULO VIII
Propriedade Plural em Empreendimentos Turísticos
1. O cliente alojado num estabelecimento hoteleiro tem
ARTIGO 72.º
direito a utilização do quarto e suas instalações privativas
(Noção)
ou do apartamento e ainda usufruir das instalações comuns
1. Consideram-se empreendimentos turísticos em pro-
do estabelecimento, não podendo ser-lhe cobrado algum
priedade plural aqueles que compreendem lotes e ou fracções
suplemento de preço por esta utilização.
autónomas de um ou mais edifícios.
2. Consideram-se instalações comuns, as seguintes:
2. As unidades de alojamento dos empreendimentos
a) Piscinas, praias, jardins, parques infantis e parques
turísticos podem constituir-se como fracções autónomas nos
temáticos;
termos da lei geral.
b) O equipamento próprio destas instalações;
ARTIGO 73.º
c) Os parques privativos de estacionamento.
(Regime aplicável)
3. Quando se trate de aparthotel, no preço do alojamento
As relações entre os proprietários dos empreendimentos
consideram-se ainda incluídos, os seguintes serviços:
turísticos em propriedade plural é aplicável o disposto no
a) O fornecimento de água e electricidade;
presente Diploma e, subsidiariamente, o regime da proprie-
b) O fornecimento de combustível para a cozinha,
dade horizontal.
esquentador e aquecimento, se for caso disso;
ARTIGO 74.º
c) A limpeza diária do apartamento; (Título constitutivo)
d) A recolha do lixo.
1. Os empreendimentos turísticos em propriedade plural
4. Os participantes de reuniões, congressos ou qualquer
regem-se por um título constitutivo elaborado e aprovado nos
outro evento que se realize num empreendimento turístico,
termos do presente Diploma.
podem utilizar as instalações mencionadas na alínea c) do
2. O título constitutivo do empreendimento turístico não
n.º 2 do presente artigo, sem que para isso tenham de efectuar
pode conter disposições incompatíveis com o estabelecido em
qualquer pagamento adicional.
alvará de loteamento ou título constitutivo da propriedade hori-
ARTIGO 71.º
(Serviços de inspecção) zontal aplicáveis aos imóveis que integram o empreendimento.
3. O título constitutivo de empreendimento turístico que
1. Os funcionários em Serviço de Inspecção e Fiscalização
são considerados agentes de autoridade e gozam dos seguin- se encontre instalado em edifício ou edifícios implantados
tes direitos: num único lote substitui o título constitutivo da propriedade
a) Receber auxílio em caso de necessidade, de quais- horizontal, quando esta não tenha sido previamente consti-
quer autoridades ou seus agentes para o exercício tuída, desde que conste de escritura pública ou de outro título
conveniente das suas funções; de constituição da propriedade horizontal e abranja todas
b) Livre-trânsito e acesso aos empreendimentos turís- as fracções do edifício ou edifícios onde esteja instalado o
ticos, devendo ser posto ao seu dispor todos os empreendimento turístico, independentemente do uso a que
elementos por eles solicitado. sejam afectas.
642 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. O título constitutivo é elaborado pelo titular do alvará h) O critério de fixação e actualização da prestação
de licença para a realização da operação urbanística relativa periódica devida pelos proprietários e a percenta-
à instalação do empreendimento, ou pelo titular do respectivo gem desta que se destina a remunerar a entidade
alvará de autorização de utilização, e carece de aprovação responsável pela administração do empreendimento,
pelo Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria e bem como a enumeração dos encargos cobertos
Turismo qual constitui condição prévia à outorga da escritura por tal prestação periódica;
pública a que se refere o número anterior, quando exista, sendo i) Os deveres dos proprietários, designadamente os
nesta exarada menção expressa à data da aprovação do título relacionados com o tempo, o lugar e a forma de
constitutivo pelo Departamento Ministerial responsável pela pagamento da prestação periódica;
Hotelaria e Turismo. j) Os deveres da entidade responsável pela administração
5. O Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria do empreendimento, nomeadamente em matéria
e Turismo deve pronunciar-se sobre o título constitutivo
de conservação do empreendimento;
no prazo de 30 dias após a apresentação do mesmo pelo
k) Os meios de resolução dos conflitos de interesses.
interessado e só pode recusar a sua aprovação caso o mesmo
2. Do título constitutivo de um Resort constarão a identificação
viole o disposto no presente Decreto Presidencial ou noutras
da entidade administradora do Resort, a identificação e descrição
disposições legais ou regulamentares aplicáveis.
dos vários empreendimentos turísticos, estabelecimentos ou
6. O título constitutivo é registado nos serviços do registo
instalações e equipamentos de exploração turística que o inte-
predial previamente à celebração de qualquer contrato de
gram, de formas a que fiquem perfeitamente individualizados,
transmissão ou contrato-promessa de transmissão dos lotes
o valor relativo de cada um desses elementos componentes
ou fracções autónomas.
do Resort, expresso em percentagem ou permilagem do valor
7. Deve fazer parte integrante dos contratos-promessa
total do empreendimento, o fim a que se destina cada um
de transmissão, bem como dos contractos de transmissão de
dos referidos empreendimentos turísticos, estabelecimentos
propriedade de lotes ou fracções autónomas que integrem o
e instalações ou equipamentos de exploração turística, bem
empreendimento turístico em propriedade plural, uma cópia
como as menções a que se referem as alíneas d) a j) do número
simples do título constitutivo devidamente aprovado e registado,
anterior, com as devidas adaptações.
cópia simples do título referido no n.º 3.
3. Do título constitutivo deve fazer também parte integrante,
8. Artigo 59.º, bem como a indicação do valor da presta-
um regulamento de administração do empreendimento, o
ção periódica devida pelo titular daqueles lotes ou fracções
qual deve reger, designadamente, a conservação, a fruição
autónomas no primeiro ano, nos termos do título constitutivo,
e o funcionamento das unidades de alojamento, das instala-
sob pena de nulidade do contrato.
ções e equipamentos de utilização comum e dos serviços de
ARTIGO 75.º utilização comum.
(Menções do título constitutivo)
ARTIGO 76.º
1. O título constitutivo deve conter obrigatoriamente as (Prestação periódica)
seguintes menções:
1. O proprietário de um lote ou fracção autónoma de um
a) A identificação da entidade exploradora do
empreendimento turístico em propriedade plural deve pagar
empreendimento;
à entidade administradora do empreendimento a prestação
b) A identificação e descrição física e de registo das
periódica fixada de acordo com o critério determinado no
várias fracções autónomas ou lotes, por formas a
título constitutivo.
que fiquem perfeitamente individualizadas;
2. A prestação periódica destina-se a fazer face às des-
c) O valor relativo de cada fracção autónoma ou lote,
pesas de manutenção, conservação e funcionamento do
expresso em percentagem ou permilagem do valor
total do empreendimento; empreendimento, incluindo as das unidades de alojamento,
d) O fim a que se destina cada uma das fracções autó- das instalações e equipamentos comuns e dos serviços de
nomas ou lotes; utilização comuns do empreendimento, bem como a remunerar
e) A identificação e descrição das instalações e equi- a prestação dos serviços de recepção permanente, de segurança
pamentos do empreendimento; e de limpeza das unidades de alojamento e das partes comuns
f) A identificação dos serviços de utilização comum; do empreendimento.
g) A identificação das infra-estruturas urbanísticas que 3. Além do disposto no número anterior, a prestação
servem o empreendimento, o regime de titularidade periódica destina-se a remunerar os serviços do revisor oficial
das mesmas e a referência ao contrato de urba- de contas e a entidade administradora do empreendimento,
nização estabelecido com o Governo Provincial, podendo suportar outras despesas desde que previstas no
quando exista; título constitutivo.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 643

4. Consideram-se serviços de utilização comuns do 3. A entidade exploradora do empreendimento deve ter


empreendimento os que são exigidos para a respectiva categoria. acesso às unidades de alojamento do empreendimento, a fim de
5. A percentagem da prestação periódica destinada a proceder à respectiva exploração turística, prestar os serviços
remunerar a entidade administradora do empreendimento não de utilização comum e outros previstos no título constitutivo,
pode ultrapassar 20% do valor total. proceder às vistorias convenientes para efeitos de conservação
ou de executar obras de conservação ou reposição.
6. Nos Resorts, cada um dos empreendimentos turísticos,
4. Os créditos resultantes da realização de obras decorrentes
estabelecimentos ou instalações e equipamentos de exploração do disposto no presente Decreto Presidencial ou no título
turística que integram o empreendimento contribuem para os constitutivo, por parte da entidade exploradora do empreen-
encargos comuns do Resort na proporção do respectivo valor dimento, bem como os respectivos juros moratórios, gozam
relativo, fixado no título constitutivo do empreendimento, nos do privilégio creditório imobiliário sobre o respectivo lote ou
termos previstos no n.º 2 do artigo 73.º fracção, graduado após os mencionados nos artigos 746.º e
7. Os créditos relativos às prestações periódicas, bem 748.º do Código Civil e os previstos em legislação especial.
como os respectivos juros moratórios, gozam do privilégio ARTIGO 78.º
creditório imobiliário sobre a respectiva fracção, graduado (Administração)
após os mencionados nos artigos 746.º e 748.º do Código 1. A administração dos empreendimentos turísticos em
Civil e aos demais previstos em legislação especial. propriedade plural incumbe à entidade exploradora, salvo
8. Uma percentagem não inferior a 4% da prestação quando esta seja destituída das suas funções, nos termos do
periódica deve ser afecta à constituição de um fundo de artigo 82.º
reserva destinado exclusivamente à realização de obras de 2. A administração dos Resorts incumbe a uma entidade
reparação e conservação das instalações e equipamentos de administradora única, designada no título constitutivo do Resort.
uso comum e de outras despesas expressamente previstas no 3. A entidade administradora do empreendimento exerce
título constitutivo. as funções que cabem ao administrador de condomínio, nos
9. Independentemente do critério de fixação da prestação termos do regime da propriedade horizontal, e é responsável
periódica estabelecido no título constitutivo, aquela pode ser pela administração global do empreendimento, incumbindo-lhe
alterada por proposta do revisor oficial de contas inserida nomeadamente, assegurar o funcionamento e a conservação
no respectivo parecer, sempre que se revele excessiva ou das instalações e equipamentos de utilização comum e dos
insuficiente relativamente aos encargos a que se destina e serviços de utilização comum previstos no título constitutivo,
desde que a alteração seja aprovada em assembleia convocada bem como a manutenção e conservação dos espaços verdes de
para o efeito. utilização colectiva, das infra-estruturas viárias e das demais
ARTIGO 77.º
instalações e equipamentos de utilização colectiva integrantes
(Deveres do proprietário) do empreendimento, quando tenham natureza privada.
1. Os proprietários de lotes ou fracções autónomas em ARTIGO 79.º
(Caução de boa administração e conservação)
empreendimentos turísticos em propriedade plural não podem:
1. Nos empreendimentos em propriedade plural, a entidade
a) Dar-lhes utilização diversa da prevista no título
administradora do empreendimento deve prestar caução de
constitutivo;
boa administração e conservação a favor dos proprietários
b) Alterar a sua volumetria ou a configuração arqui- das fracções autónomas ou lotes, cujo montante corresponde
tectónica exterior; a cinco vezes o valor anual do conjunto das prestações
c) Praticar quaisquer actos ou realizar obras, incluindo periódicas, a qual pode ser prestada por seguro ou garantia
pinturas, que afectem a continuidade ou unidade bancária emitida por uma entidade seguradora ou financeira,
urbanística, ou paisagística, do empreendimento, ou devendo o respectivo título ser depositado no Departamento
que prejudiquem o funcionamento ou utilização de Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo.
instalações e equipamentos de utilização comum; 2. A caução só pode ser accionada por deliberação da
d) Praticar quaisquer actos ou realizar obras que afec- Assembleia Geral de proprietários.
3. A caução deve ser constituída antes da celebração dos
tem a tipologia ou categoria do empreendimento;
contratos de transmissão da propriedade dos lotes ou das
e) Impedir a realização de obras de manutenção ou
fracções autónomas que integrem o empreendimento, sob
conservação da respectiva unidade de alojamento,
pena de nulidade dos mesmos.
por parte da entidade exploradora.
ARTIGO 80.º
2. A realização de obras pelos proprietários de lotes ou (Prestação de contas)
fracções autónomas, mesmo quando realizadas no interior 1. A entidade administradora do empreendimento deve
destes, carece de autorização prévia da entidade administradora organizar anualmente as contas respeitantes à utilização das
do empreendimento, sob pena de esta poder repor a situação prestações periódicas e submetê-las à apreciação de um revisor
às expensas do respectivo proprietário. oficial de contas.
644 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. O relatório de gestão e as contas a que se refere o número 4. A Assembleia Geral deve ser convocada por carta
anterior são enviados a cada proprietário, juntamente com a registada, enviada com pelo menos 30 dias de calendário antes
convocatória da Assembleia Geral Ordinária, acompanhados da data prevista para a reunião, no I Trimestre de cada ano.
do parecer do revisor oficial de contas. 5. A Assembleia Geral pode ser convocada pelo respectivo
3. Os proprietários têm o direito de consultar os elementos presidente sob proposta de proprietários que representem 10%
justificativos das contas e do relatório de gestão a apresentar dos votos correspondentes ao valor total do empreendimento.
na Assembleia Geral. 6. São aplicáveis à Assembleia Geral, as regras sobre quórum
4. A entidade administradora deve ainda facultar aos pro- deliberativo previstas no regime da propriedade horizontal.
prietários, na assembleia-geral destinada a aprovar o relatório 7. As deliberações são tomadas por maioria simples dos
de gestão e as contas respeitantes à utilização das prestações votos dos proprietários presentes ou representados, salvo:
periódicas, a análise das contas de exploração, bem como dos a) Quando esteja em causa accionar a caução de boa
respectivos elementos justificativos. administração ou destituir a entidade administradora
ARTIGO 81.º do empreendimento, caso em que a deliberação
(Programa de administração)
deve ser tomada pela maioria dos votos corres-
A entidade administradora dos empreendimentos turísticos pondentes ao valor total do empreendimento;
em propriedade plural deve elaborar um programa de admi- b) Nos outros casos previstos no regime da proprie-
nistração e de conservação do empreendimento para cada ano. dade horizontal.
O programa deve ser enviado a cada proprietário juntamente ARTIGO 84.º
com a convocatória da Assembleia Geral Ordinária em que se (Títulos constitutivos de empreendimentos existentes)
procede à respectiva aprovação para o ano seguinte. 1. As normas do presente capítulo não se aplicam aos
ARTIGO 82.º empreendimentos turísticos em propriedade plural cujo título
(Destituição da entidade administradora)
constitutivo já se encontre aprovado à data de entrada em
1. Se a entidade administradora do empreendimento não vigor do presente Decreto Presidencial, sendo- lhes aplicável
cumprir as obrigações previstas no presente Decreto Presidencial, o disposto nos seus regulamentos, desde que estes tenham
a Assembleia Geral de proprietários pode destituí-la das suas sido legalmente aprovados em cumprimento com a legislação
funções de administração. à data, em vigor.
2. A destituição só é eficaz se, no mesmo acto, for nomeada 2. As entidades exploradoras de empreendimentos turísticos
uma nova entidade administradora e se a mesma vier a prestar em propriedade plural que se encontram em funcionamento
a caução prevista no artigo 79.º no prazo de 15 dias. à data da entrada em vigor do presente Decreto Presidencial
ARTIGO 83.º mas que não disponham de título constitutivo devem proceder
(Assembleia Geral de proprietários) à respectiva elaboração e promoção da respectiva aprovação
1. A Assembleia Geral de proprietários integra todos os pro- em Assembleia Geral de proprietários no prazo máximo de
prietários dos lotes ou fracções que constituem o empreendimento. dois anos a contar de tal data.
2. Compete à Assembleia Geral: 3. A Assembleia de Proprietários é convocada nos termos
a) Eleger o presidente de entre os seus membros; do artigo anterior, devendo a convocatória ser acompanhada
dos documentos a aprovar.
b) Aprovar o relatório de gestão e as contas respeitantes
4. A Assembleia Geral pode deliberar desde que estejam
à utilização das prestações periódicas;
presentes proprietários que representem um quarto do valor
c) Aprovar o programa de administração e conservação
total do empreendimento, sendo as deliberações tomadas por
do empreendimento;
maioria dos votos dos proprietários presentes.
d) Aprovar, sob proposta do revisor oficial de contas,
5. O título constitutivo a que se referem os números
a alteração da prestação periódica, nos casos pre-
anteriores deve integrar o regulamento de administração e
vistos no n.º 9 do artigo 76.º; ser aprovado pelo Departamento Ministerial responsável
e) Accionar a caução de boa administração; pela Hotelaria e Turismo, e registado nos Serviços de Registo
f) Destituir a entidade administradora do empreendi- Predial nos termos do disposto no artigo 74.º
mento, nos casos previstos no artigo 82.º; 6. A entidade exploradora deve enviar a cada um dos
g) Deliberar sobre qualquer outro assunto que lhe proprietários uma cópia do título constitutivo devidamente
seja submetido pela entidade administradora do aprovado pelo Departamento Ministerial responsável pela
empreendimento. Hotelaria e Turismo, e registado nos Serviços de Registo Predial.
3. A Assembleia Geral é convocada pela entidade respon- 7. As alterações aos títulos constitutivos dos empreendimen-
sável pela administração do empreendimento. tos existentes são aplicáveis as normas do presente capítulo.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 645

CAPÍTULO IX ARTIGO 88.º


Declaração de Interesse para o Turismo (Infracções ligeiras)

Constituem infracções ligeiras:


ARTIGO 85.º
(Competência para declarar) a) A não inclusão na decoração das áreas como lobby,
1. O Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria recepção, lounge ou outras, de motivos culturais
e Turismo, a requerimento dos interessados ou do respectivo e/ou tradicionais angolanos;
Governo provincial, pode declarar de interesse para o turismo, b) A inobservância da obrigação de informar ao público
nos termos definidos em legislação sobre a Utilidade Turística, o horário de funcionamento, concretamente aber-
os estabelecimentos, iniciativas, projectos ou actividades de tura e encerramento;
índole económica, cultural, ambiental e de animação que, c) Desrespeito pelo número máximo de camas conver-
pela sua localização e características, complementem outras
tíveis que podem ser instaladas nas unidades de
actividades ou empreendimentos turísticos, ou constituam
motivo de atracção turística das áreas em que se encontram. alojamento dos empreendimentos turísticos, tal
2. A declaração de interesse para o turismo pode ser como previsto no n.º 2 do artigo 10.º;
retirada oficiosamente, quando deixarem de se verificar os d) O encerramento de um empreendimento turístico em
pressupostos que determinaram a sua atribuição. propriedade plural, sem consentimento de todos
os proprietários;
CAPÍTULO X
Fiscalização e) A falta de prestação de caução de boa administração
e conservação pela entidade administradora do
ARTIGO 86.º
empreendimento, nos termos previstos no n.º 1
(Competência de fiscalização e instrução de processos)
do artigo 79.º;
1. Sem prejuízo das competências dos Governos Provinciais,
no que respeita ao alojamento local, compete ao Gabinete f) O não cumprimento dos deveres de prestação de
de Inspecção do Departamento Ministerial responsável pela contas previstos no artigo 80.º;
Hotelaria e Turismo, fiscalizar o cumprimento do disposto g) A falta de remessa a cada um dos proprietários de
no presente Decreto Presidencial, bem como instruir os uma cópia do título constitutivo para os empreen-
respectivos processos, excepto no que se refere a matéria dimentos turísticos em propriedade plural, nos
de publicidade cuja competência pertence ao Departamento termos previstos no n.º 6 do artigo 84.º
Ministerial responsável pela Comunicação Social.
ARTIGO 89.º
2. As inspecções aos empreendimentos turísticos, devem (Infracções graves)
ocorrer, no mínimo de dois em dois anos, de forma a aferir
a manutenção das condições que determinaram, o nível de Constituem infracções graves:
classificação que lhe foi atribuído. a) O impedimento ou criação de obstáculos à acção
3. As sanções a aplicar no caso de violação das disposições de inspecção ou fiscalização a realizar por agente
do presente Decreto Presidencial relativas às instalação e ao com competência para o efeito e no exercício das
funcionamento dos estabelecimentos de alojamento local, suas funções;
seguem, com as devidas adaptações, os mesmos trâmites b) O desrespeito ou incumprimento de ordem ou
procedimentais estabelecidos no presente Diploma e suple-
notificação para a prática de acto de natureza
tivamente, o estatuído para as transgressões administrativas.
administrativa;
4. A aplicação das multas e das sanções acessórias previstas
no presente Decreto Presidencial compete: c) A cobrança de preço ou tarifa superior à tabela afixada;
a) Ao Gabinete de Inspecção do Departamento Ministe- d) O não cumprimento dos requisitos gerais de instalação
rial responsável pela Hotelaria e Turismo no caso previstos nos n.os 3 e 8 do artigo 5.º e no artigo 7.º;
dos Empreendimentos Turísticos; e) A falta de publicitação das regras de funcionamento
b) Aos Serviços de Inspecção a nível local, relativa- e acesso aos empreendimentos turísticos;
mente ao Alojamento Local, Pensões e Parques f) A falta de fornecimento ou envio de dados estatísti-
de Campismo e Caravanismo.
cos ao Departamento Ministerial responsável pela
CAPÍTULO XI Hotelaria e Turismo;
Infracções e Sanções g) A não afixação de forma visível e inequívoca da
ARTIGO 87.º
tabela de preços a praticar;
(Infracções) h) A não afixação no exterior da placa identificativa
Sem prejuízo do disposto noutros Diplomas legais, são da classificação do empreendimento turístico, tal
consideradas infracções em matéria de transgressões admi- como previsto no n.º 2 do artigo 49.º;
nistrativas, as acções ou não cumprimento das obrigações i) A não apresentação do pedido de revisão da classifi-
previstas na presente lei, classificando-se as mesmas em três cação do empreendimento turístico com a antece-
categorias: ligeiras, graves e muito graves. dência prevista no n.º 2 do artigo 52.º;
646 DIÁRIO DA REPÚBLICA

j) A violação do disposto no artigo 55.º, em matéria ARTIGO 90.º


(Infracções muito graves)
de identificação dos empreendimentos turísticos;
k) O desrespeito pela regra da unicidade da exploração Constituem infracções muito graves:
prevista no n.º 1 do artigo 58.º; a) A inexistência de alvará ou título válido para o exer-
l) A inexistência de livro de reclamações e o incum- cício da actividade;
b) O não funcionamento do sistema de escoamento de
primento do demais estabelecido no artigo 65.º;
esgotos de águas residuais;
m) A não utilização de sinais normalizados, nos termos
c) A verificação de condições de insalubridade, higiene
previstos no artigo 64.º;
e asseio, bem como a existência de animais que
n) A inexistência do registo actualizado de hóspedes,
pelas suas características, possam por em perigo
nos termos exigidos nos n.os 1 e 2 do artigo 68.º; a saúde e segurança humana, registadas, em
o) A falta de manutenção e a evidenciação da falta especial, nas unidades de alojamento, sanitários,
de condições de higiene, nomeadamente no que cozinha, copa, armazém ou despensa, restaurante
diz respeito ao asseio e limpeza, de segurança, ou espaço onde sejam servidas refeições, mesmo
bem como de climatização, quer nas unidades de que ligeiras;
alojamento, quer nos demais espaços comuns do d) A utilização e disponibilização, de produtos impró-
empreendimento; prios para consumo ou utilização humana, nomea-
p) A falta de conservação e evidenciação do mau fun- damente, que apresentem rótulo adulterado, se
cionamento e uso avançado dos equipamentos, encontrem fora do prazo de validade ou que
mobiliário e instalações de estabelecimento, atendendo as condições de acondicionamento e
incluído as colocadas nas unidades de alojamento; manuseamento sejam susceptíveis de ser perigosos
q) A inexistência de planos de segurança, bem como de ou vir a por em perigo a saúde humana;
extintores, dentro do prazo de validade; e) A inexistência de material e equipamento de pri-
r) A inexistência ou incumprimento de Plano de meiros socorros;
f) A violação do disposto no artigo 55.º, em matéria
Desinfestação;
de identificação dos empreendimentos turísticos;
s) A inexistência ou falta de funcionamento de sistema
g) A adopção de classificação ou de características
de água fria e quente;
que o empreendimento não possua na respectiva
t) A verificação de existência de produtos para con-
publicidade, documentação comercial e merchan-
sumo humano, em más condições de conservação, dising, tal como previsto no n.º 1 do artigo 56.º;
nomeadamente que se registe, que os mesmos se h) A proibição de livre acesso aos empreendimentos
encontrem em locais, temperaturas e recipientes turísticos nos casos não previstos nos n.os 2, 3 e
inadequados ou mal acondicionados, tendo em 4 do artigo 62.º;
conta a respectiva categoria, espécie ou natureza; i) O condicionamento do acesso aos espaços comuns
u) A falta de boletim médico actualizado, ou a cons- ou expulsão do cliente sem justificação plausível;
tatação de que o mesmo é ilegal ou incoerente j) A falta de manutenção e de bom funcionamento de
com os dados nele apostos e a evidente situação todas as instalações, equipamentos e serviços
clinica ou sanitária do estado de saúde e físico do abertos ou de acesso ao público;
funcionário do empreendimento; k) O fornecimento intencional de informação inexacta
v) A inexistência de espaços específicos para consumo de e a omissão de dados requeridos pelas autoridades
tabaco, concretamente, espaços ou salas de fumo; ou seus agentes com competência de inspecção
w) O desrespeito pelos proprietários de lotes ou frac- ou fiscalização, do Departamento Ministerial
responsável pela Hotelaria e Turismo;
ções autónomas em empreendimentos turísticos
l) O desrespeito pelo regime de exploração turística
do disposto nos n.os 1 e 3 do artigo 77.º;
em permanência e de exploração continuada das
x) O não cumprimento dos deveres relativos à elabo-
unidades de alojamento do empreendimento turís-
ração e disponibilização aos proprietários de um
tico, tal como previsto nos n.os 1 e 2 do artigo 59.º;
programa de administração e de conservação do
m) A falta de celebração de contrato de exploração
empreendimento turístico em propriedade plural com os proprietários ou a falta de previsão no
para cada ano, nos termos previstos no artigo 81.º; referido contrato dos termos da exploração turís-
y) A falta de elaboração e promoção da respectiva tica das unidades de alojamento, da participação
aprovação em Assembleia Geral de proprietários dos proprietários nos resultados da exploração
de título constitutivo para os empreendimentos das unidades de alojamento e das condições da
turísticos em propriedade plural já existentes, nos utilização destas pelos respectivos proprietários,
termos previstos no n.º 2 do artigo 84.º tal como previsto nos n.os 3 e 4 do artigo 59.º;
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 647

n) A violação pela entidade exploradora dos deveres ARTIGO 94.º


(Interdição de utilização)
previstos nas alíneas e) a j) do artigo 60.º;
o) O não cumprimento dos deveres de prestação de O Departamento Ministerial responsável pela Hotelaria e
Turismo é competente para determinar a interdição temporária
contas previstos no artigo 80.º
do funcionamento dos empreendimentos turísticos, na sua
ARTIGO 91.º totalidade ou em parte, quando a falta de cumprimento das
(Valor das multas)
disposições legais aplicáveis colocar em causa a segurança
As infracções ligeiras são puníveis com multa de 602,41 dos utilizadores ou a saúde pública.
a 1.807,23 UCF. ARTIGO 95.º
As infracções graves são puníveis com multa de 1.807,23 (Reincidência)
a 3.012,05 UCF. 1. Dá-se a reincidência sempre que o infractor a quem
As infracções muito graves são puníveis com multa de tenha sido aplicado uma sanção, cometer outra idêntica
3.012.05 a 9.036,14 UCF. antes de decorridos 6 meses sobre a data de cumprimento da
ARTIGO 92.º
sanção anterior.
(Sanções acessórias) 2. A reincidência é punível, elevando-se ao dobro os limites
mínimos e máximos aplicáveis.
1. Em função da gravidade e/ou da reiteração das infracções
ARTIGO 96.º
previstas no artigo anterior, bem como da culpa do agente, (Levantamento de suspensão ou encerramento)
podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:
Supridas as razões que tiverem fundamentado a aplicação
a) Apreensão do material através do qual se praticou das medidas de suspensão da actividade ou de encerramento,
a infracção; estas são levantadas no prazo máximo de 5 dias úteis após
b) Suspensão, por um período de até dois anos, do comunicação da supressão em requerimento do interessado,
exercício da actividade directamente relacionada acompanhado dos respectivos documentos comprovativos.
com a infracção praticada; ARTIGO 97.º
c) Encerramento, pelo prazo máximo de dois anos, do (Limites da muita em caso de tentativa e de negligência)

empreendimento ou das instalações onde estejam A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os limites
a ser prestados serviços de alojamento turístico mínimos e máximos das multas aplicáveis reduzidos para metade.
sem título válido, ou onde se verifique que a sua ARTIGO 98.º
(Levantamento de suspensão ou encerramento)
utilização é explorada com outro fim que não o
hoteleiro e turístico, ou se pratiquem reiterada- Supridas as razões que tiverem fundamentado a aplicação
mente infracções graves que sejam susceptíveis das medidas de suspensão da actividade ou de encerramento,
estas são levantadas no prazo máximo de 5 dias úteis após
de prejudicar a imagem do turismo nacional.
comunicação da supressão em requerimento do interessado,
2. Para efeitos do número anterior, consideram-se ainda
acompanhado dos respectivos documentos comprovativos.
muito graves as infracções em matéria de higiene alimentar,
ARTIGO 99.º
segurança contra incêndios e discriminação. (Graduação das sanções)
3. Quando for aplicada a sanção acessória de encerramento, 1. A sanção a ser aplicada é graduada em função da
é determinada pelo Departamento Ministerial responsável gravidade da infracção, a vantagem auferida pelo infractor, a
pela Hotelaria e Turismo, a cassação e apreensão do alvará, condição económica deste, o prejuízo causado a terceiros ou
quando exista. ao interesse turístico nacional, bem como às circunstâncias
ARTIGO 93.º atenuantes ou agravantes inerentes.
(Embargo e demolição) 2. Consideram-se circunstâncias atenuantes, a colaboração
1. Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras com os serviços de inspecção do Departamento Ministerial
entidades, compete ao Governador da respectiva Província, responsável pela Hotelaria e Turismo e a prontidão do infractor
ordenar/determinar o embargo e a demolição de obras realizadas no ressarcimento dos danos e reparação dos prejuízos causados.
3. Constituem circunstâncias agravantes, a prática reiterada
em violação do disposto no presente Decreto Presidencial, por
de infracções, a sonegação de informações e de documentos e os
sua iniciativa ouvido o Departamento Ministerial responsável
obstáculos impostos aos serviços de inspecção do Departamento
pela Hotelaria e Turismo, ou mediante comunicação deste.
Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo.
2. A sanção de embargo é aplicável aos projectos que não
ARTIGO 100.º
cumpram com os requisitos legalmente exigidos, embora (Produto das multas)
estejam adequados quanto à sua localização. 1. O valor das multas aplicadas pelos serviços de inspecção
3. A sanção de demolição é aplicável aos projectos que a nível central e local da hotelaria e turismo, são revertidas
não cumpram os requisitos legalmente exigidos e se localizem de acordo com a regra estabelecida nos termos do artigo 3.º
em áreas não aprovadas para a sua implantação. do Decreto n.º 17/96, de 29 de Julho.
648 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. O valor da receita pertencente ao Estado, subdivide-se 2. O prazo previsto no número anterior, pode a requerimento
da seguinte forma: do interessado, ser prorrogado por um período não superior
a) 50 %, para a Conta Única do Tesouro; a 180 dias, pelo Departamento Ministerial responsável pela
Hotelaria e Turismo.
b) 50 %, para o Ministério da Hotelaria e Turismo, que
3. Nos casos de impossibilidade mencionados no n.º 1 do
as destina à remuneração dos inspectores. presente artigo, pode o Departamento Ministerial responsável
ARTIGO 101.º pela Hotelaria e Turismo a requerimento do interessado,
(Direito subsidiário) reconhecer ou declarar essa impossibilidade para efeito da
Em tudo o que não for contrário ao presente Diploma, sua dispensa.
4. O não cumprimento do disposto no n.º 1, implica a
aplica-se subsidiariamente o Regime Jurídico das Transgressões
revisão da classificação para a categoria correspondente, salvo
Administrativas e as Normas do Código Penal. se, se verificar que o estabelecimento não reúne os requisitos
CAPÍTULO XII mínimos para ser classificado em qualquer grupo ou categoria,
caso em que deve ser determinado o seu encerramento e a
Disposições Finais e Transitórias
cassação do respectivo alvará.
ARTIGO 102.º 5. As empresas exploradoras dos estabelecimentos já abertos
(Empreendimentos existentes) ao público à data da entrada em vigor deste Diploma devem,
1. As empresas exploradoras de estabelecimentos já no prazo de 60 dias, a contar daquela, fornecer os elementos
necessários para o registo previsto no n.º 2 do artigo 54.º
abertos ao público à data da entrada em vigor deste Diploma,
devem satisfazer os requisitos nele previstos para a respectiva ARTIGO 103.º
(Empreendimentos em obras ou a aguardar autorização de abertura)
categoria no prazo de 12 meses a contar da data da sua entrada
As empresas exploradoras de estabelecimentos em obras
em vigor, salvo se, a satisfação desses requisitos se mostrar
de construção ou a aguardar a autorização de abertura, cuja
materialmente impossível ou comprometam a rendibilidade data de arranque de actividade prevista tenha lugar a menos de
do estabelecimento, como tal reconhecida pelo Departamento seis meses da data de entrada em vigor do presente Diploma,
Ministerial responsável pela Hotelaria e Turismo. ficam obrigados ao disposto no artigo anterior.

ANEXO I
ALOJAMENTO LOCAL
(X — Obrigatório; O — Opcional)
Moradia Apartamento
N.º Requisitos Hospedaria
Turística Turístico
1. Instalações

1 Edifícios bem conservados no exterior e no interior X X X

Ligação à rede pública de abastecimento de água ou Sistema privativo de abastecimento de água


2 X X X
com origem devidamente controlada
Ligação à rede pública de esgotos ou Fossas sépticas dimensionadas para a capacidade máxima
3 X X X
do estabelecimento

4 Agua corrente quente e fria. X X X

Unidades de alojamento com uma janela ou sacada com comunicação directa para o exterior que
5 X X X
assegure as adequadas condições de ventilação e arejamento

6 Unidades de alojamento dotadas de mobiliário, equipamento e utensílios adequados X X X

7 Unidades de alojamento com um sistema que permita vedar a entrada de luz exterior X X X

Unidades de alojamento com portas equipadas com um sistema de segurança que garanta a
8 X X X
privacidade dos utentes

9 Uma instalação sanitária por cada três quartos, dotada de lavatório, retrete e banheira ou chuveiro X X X

10 Instalações sanitárias com sistema de segurança que garanta privacidade. X X X

11 Normas de funcionamento do estabelecimento devidamente publicitadas X X X

12 Condições que permitam uma boa higienização e limpeza dos espaços X X X

2. Serviço

Serviços de arrumação e limpeza da unidade de alojamento, no mínimo, uma vez por semana e
13 X X X
sempre que exista uma alteração de utente
Mudança de toalhas e de roupa de cama, no mínimo, uma vez por semana e sempre que exista
14 X X X
uma alteração de utente
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 649

Moradia Apartamento
N.º Requisitos Hospedaria
Turística Turístico
3. Segurança
Extintores e mantas de incêndios acessíveis e em quantidade adequada ao número de unidades de
15 X X X
alojamento
16 Equipamento de primeiros socorros X X X
Manual de instruções de todos os electrodomésticos existentes nas unidades de alojamento ou, na
17 X X X
falta dos mesmos, informação sobre o respectivo funcionamento e manuseamento
18 Publicitação do número nacional de emergência X X X

19 Sistema de segurança contra riscos de incêndio de acordo com o projecto apresentado[l] X X X

20 Telefone móvel ou fixo com ligação à rede exterior1 X X X

[1] Estabelecimentos com capacidade para 50 ou mais pessoas

ANEXOII
PENSÕES
(X — Obrigatório; O — Opcional)
★★ ★★
N.º Requisitos ★ ★★
★ ★★
1. Gerais
De De De Boa De Muito
1 Dispor de instalações, equipamento, mobiliário e serviços Qualidade Qualidade Qualidade Boa Qualidade,
Gerais

Mínima Suficiente e Conforto Conforto e Aspecto

2 Possuir, no mínimo, dez unidades de alojamento X X X X

2. Infra-estruturas

3 Água corrente quente e fria X X X X

Reservatório de água com capacidade suficiente para satisfazer temporariamente


Infra-estruturas básicas

4 as necessidades correntes dos seus serviços, se faltarem as fontes normais de X X X X


abastecimento
Sistema de iluminação de segurança, concebido de modo a entrar em funciona-
5 X X X X
mento logo que o sistema de iluminação normal falhe

6 Telefone móvel ou fixo com ligação à rede exterior X X X X

Sistema próprio de armazenagem de lixos, quando não existir serviço público de


7 X X X X
recolha de lixo

8 Ar condicionado nas zonas de utilização comum X X X X


climatização
Sistemas de

9 Ar condicionado nas unidades de alojamento X X X X

10 Ventilação nas zonas de utilização comum X X X X

11 Ventilação nas unidades de alojamento X X X X

3. Unidades de alojamento

12 Quartos com uma cama individual (Incluindo área de roupeiros embutidos) 7,5m2 7,5m2 9m2 10m2

Quartos com duas camas individuais ou uma cama de casal (Incluindo área de
13 9m2 9m2 12m2 13m2
roupeiros embutidos)
Áreas

14 Quartos com três camas individuais (Incluindo área de roupeiros embutidos) 12m2 14m2 16m2 18m2

15 Salas privativas dos quartos e das suites 7,5m2 7,5m2 9m2 10m2

Por piso e Privativas Privativas


Casas de Banho com comunicação directa para o exterior ou dotadas de dis- Privativas em
por cada 5 em cada em cada
16 positivos de ventilação artificial com contínua renovação do ar adequados à sua cada unidade de
unidades de unidade de unidade de
dimensão alojamento
alojamento alojamento alojamento
Instalações sanitárias

17 Água corrente quente e fria nas casas de banho X X X X

18 Casas de banho simples compostas por polibanho com chuveiro, retrete e lavatório X X X X

As casas de banho completas compostas por banheira com chuveiro, bidé, retrete 20% das unidades
19 O O O
e lavatório de alojamento

20 Área mínima das casas de banho simples 2,5m2 2,5m2 2,5m2 3m2

21 Área mínima das casas de banho completas 3,5m2 3,5m2 3,5m2 4m2
650 DIÁRIO DA REPÚBLICA

★★ ★★
N.º Requisitos ★ ★★
★ ★★
22 Mesas de cabeceira ou soluções de apoio equivalentes X X X X

23 Luzes de cabeceira com comutador ao alcance da mão X X X X


Equipamento das unidades de alojamento

Campainha de chamada de pessoal de serviço, salvo se essa função for assegurada


24 X X X X
pelo telefone
25 Roupeiro espelho e Espelho, ou Roupeiro com espelho X X X X

26 Cadeira ou sofá X X X X

27 Telefone com acesso à rede exterior através da recepção X X X X

28 Telefone exterior com acesso directo à rede exterior O O O X

29 Tomadas de electricidade X X X X
Unidades de alojamento com um sistema que permita vedar a entrada de luz
30 X X X X
exterior
Unidades de alojamento com portas equipadas com um sistema de segurança que
31 X X X X
assegure a privacidade dos utentes
4. Zonas de utilização comum
Átrio de entrada com rampas destinadas a permitir ou facilitar a circulação de
32 X X X X
utentes com deficiências motoras
Átrio de entrada

33 Recepção/portaria no átrio de entrada X X X X

34 Portaria no átrio de entrada X X X X


No átrio ou No átrio ou No átrio ou No átrio ou
35 Zona de Estar na sala de na sala de na sala de ocupando
refeições refeições refeições sala contígua
Sala de refeições com comunicação directa para o exterior ou dotadas de dis-
36 positivos de ventilação artificial com contínua renovação do ar adequados à sua X X X X
acessórias
Zonas

capacidade ou Restaurante
Bar na zona de estar, Bar com zona privativa, Bar integrado na sala de refeições ou
37 O O O X
Bar no Restaurante
Instalações sanitárias comuns com comunicação directa para o exterior ou dotadas
Instalações sanitárias comuns

38 de dispositivos de ventilação artificial com contínua renovação do ar adequados a X X X X


sua dimensão
39 Instalações sanitárias comuns com separação por sexos X X X X

40 Instalações sanitárias comuns com água corrente fria X X X X

41 Instalações sanitárias comuns com água corrente quente O X X X


Instalações sanitárias comuns com retretes em cabines separadas e lavatórios com
42 X X X X
espelho
5. Zonas de serviço
As zonas de serviço instaladas por forma a evitar-se a propagação de fumos e
43 cheiros e a obter-se o seu conveniente isolamento das outras dependências do X X X X
estabelecimento
Zonas de serviço devem estar completamente separadas das zonas destinadas aos
44 X X X X
utentes
45 Coluna de serviço quando o estabelecimento esteja instalado em mais de um piso X X X X
Dependências gerais

46 Cozinha X X X X

47 Copa X X X X

48 Instalações frigoríficas X X X X

49 Zona de armazenagem X X X X

50 Rouparia X X X X
A garagem ou o parque de estacionamento, próximos do estabelecimento, com
capacidade mínima de veículos correspondente a 20% das unidades de alojamento
51 O O O X
do estabelecimento, salvo indicação em contrário no plano de ordenamento do
território aplicável
52 Vestiários X X X X
Instalações sanitárias para o pessoal, com comunicação directa para o exterior
Dependências para

53 ou dotadas de dispositivos de ventilação artificial com contínua renovação do ar X X X X


adequados à sua capacidade
o pessoal

Instalações sanitárias para o pessoal dotadas de chuveiros e retretes em cabinas


54 X X X X
separadas
55 Zona de refeições para o pessoal X X X X
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 651

★★ ★★
N.º Requisitos ★ ★★
★ ★★
6. Acessos

56 Entrada de serviço distinta da entrada para os utentes X X X X


Entradas

Entrada com rampa destinada a permitir ou facilitar a circulação de utentes com


57 X X X X
deficiências motoras

58 Escadas para os utentes X X X X


Escadas

59 Escadas de serviço X X X X
monta-cargas

Mais de Quatro ou Quatro ou


Elevadores e

Mais de três
Elevadores que sirvam todos os pisos onde se situem instalações destinadas aos quatro pisos, mais pisos, mais pisos,
60 pisos, incluindo o
utentes incluindo o incluindo o incluindo o
rés-do-chão
rés-do-chão rés-do-chão rés-do-chão

Mais de Quatro ou Quatro ou


Mais de três
Monta-cargas que sirvam todos os pisos onde se situem instalações destinadas aos quatro pisos, mais pisos, mais pisos,
61 pisos, incluindo o
utentes. incluindo o incluindo o incluindo o
rés-do-chão
rés-do-chão rés-do-chão rés-do-chão
7. Serviços
62 Serviço permanente de recepção/portaria bilingue (Português/ Inglês) O O O X
63 Serviço permanente de portaria X X X -
64 Serviço de pequenos-almoços na sala de refeições X X X X
65 Serviço de pequenos-almoços nas unidades de alojamento a pedido do utente O O O X
66 Serviço de refeições X X X X
67 Serviço de bar O O O X
68 Serviço de refeições nas unidades de alojamento a pedido do utente O X X X
Serviços

69 Serviço telefónico permanente com a rede exterior, bilingue (Português/ Inglês) O O X X


70 Serviço telefónico permanente com a rede exterior X X - -
71 Serviço de correio X X X X
72 Serviço de telecópia (fax) ou acesso à Internet O O O X
Serviço de guarda de valores em cofres individuais, de forma gratuita quando
73 O O O X
prestado em cofres instalados na recepcão
74 Serviço de arrumação e limpeza X X X X
75 Serviço de lavandaria e engomadoria O O X X

ANEXO III
HOTÉIS, APARTHOTÉIS, MOTÉIS, ESTALAGENS E POUSADAS
(X — Obrigatório; O — Opcional)
★★ ★ ★★★ ★ ★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★ ★★★
★ ★★ ★ ★L
1. Instalações

1 Entrada de serviço distinta da entrada para os utentes - X X X X X X

2 Acesso privativo às unidades de alojamento 10 X X X X X X


Dois elevadores e um monta cargas quando o edifício tenha
3 - X X X X X X
mais de 2 pisos, incluindo o rés-do-chão
Acessos

Escada principal, escada de serviço[l] e escada de emergên-


4 cia, devidamente equipada com meios que possibilitem o - X X X X X X
arejamento, quando instaladas em espaços fechados.
5 Largura mínima da escada principal - RGEU RGEU RGEU 2m 2m 2m

6 Largura mínima dos corredores principais - RGEU RGEU RGEU RGEU 2m 2m


Local identificado de recepção[2] destinado ao check in,
7 check out e informações aos hóspedes, que pode estar inserido - X X X X X X
em qualquer área de uso comum
8 Zona de back-office de apoio à recepção - X X X X X X
Zonas comuns

Área ou áreas de uso comum onde possam ser prestados os


9 - X X X X X X
serviços de refeições, pequenos-almoços ou bar
Instalações sanitárias[3] separadas por sexo, com retrete em
10 - X X X X X X
cabines
11 Área de estar equipada (mesas e sofás ou cadeiras) 10 X X X X X X

12 Posto médico de primeiros socorros - X X X X X X

13 Área mínima da recepção, lobby e lounge - 150m2 250m2 350m2 650m2 850m2 1000m2
652 DIÁRIO DA REPÚBLICA

★★ ★ ★★★ ★ ★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★ ★★★
★ ★★ ★ ★L
5 pts
(>1 m2 <2,5 m2)
10 pts
14 Área da recepção, lobby e lounge por unidade de alojamento X X X X X X
(>2,5m2 < 5 m2)
Zonas comuns

15 pts
(>5 m2)
Climatização das áreas comuns[4] que garantam o conforto
15 10 X X X X X X
térmico
Climatização dos corredores de hóspedes que garantam o
5
16 10 X X X X X X
conforto térmico
Acesso vertical de serviço aos pisos de alojamento indepen-
17 15 X X X X X X
dente do acesso dos clientes
Zonas de serviço

18 Cozinha, ou copa se apenas forem servidos pequenos-almoços - X X X X X X

19 Zona de armazenagem - X X X X X X

Área destinada ao pessoal, composta pelo menos por insta-


20 - X X X X X X
lações sanitárias e zona de vestiário
Unidades de alojamento com sistemas de climatização5 que
Unidades de alojamento (quartos ou

21 garantam o conforto térmico de intensidade regulável pelo - X X X X X X


cliente em cada ciclo
Unidades de alojamento com instalações sanitárias privativas
apartamentos)

22 constituídas no mínimo por sanita, lavatório e duche ou - X X X X X X


banheira
5 pts por cada 4
Varandas ou terraços com área mínima de 4 m2 em 20% das
23 m2/UA, até ao O O O X X X
unidades de alojamento
máximo de 15

24 Fechaduras electrónicas 5 O O X X X X
(quartos ou apartamentos)
Unidades de alojamento

≥10%
10 pts
Percentagem da área média das unidades de alojamento que ≥20%
25 O O O O O O
excede as áreas mínimas obrigatórias 12 pts
≥30%
15 pts

26 Área mínima dos quartos individuais - 10m2 12m2 14m2 16m2 18m2 25m2
Quartos e áreas[5] dos quartos

27 Área mínima dos quartos duplos - 15m2 17m2 18m2 20m2 25m2 25m2

5% das 5% das 5% das 8% das 10% 15% das


28 Suites 10
UA UA UA UA das UA UA

29 Suites ligadas a quarto duplo por via de porta de conexão 5 O O O X X X

Suite Presidencial[6], constituída por pelo menos um quarto


30 e por zonas de estar e de trabalho equipadas separáveis, com 5 O O O X X X
área mínima de 50 m2 cada

31 Área mínima com um quarto individual - 18,5m2 22m2 25,5m2 30m2 35m2 75m2
Apartamentos e Áreas6
dos apartamentos

32 Apartamento em estúdio - 15m2 19m2 21m2 24m2 27m2 50m2

33 Área mínima com um quarto duplo - 19,5m2 23,5m2 28m2 33m2 38m2 75m2

34 Área mínima de cada quarto suplementar - 9m 2


10,5m 2
12m 2
14,5m 2
17,5m 2
25m2

Pelo menos um apartamento para arrendar a longo prazo nos


35 5 O O O X X X
andares superiores do hotel
Garagem ou parque de estacionamento com capacidade[7]
Estaciona-

para um número de veículos correspondente a 50% das


mento

36 - X X X X X X
unidades de alojamento do estabelecimento, situado no hotel
ou na sua proximidade
Pala de protecção[8], na entrada principal do estabelecimento,
37 que permita a paragem de viaturas para tomada e largada de - X X X X X X
Estacionamento

utentes e bagagens

38 Garagem privativa do hotel com acesso directo à recepção 15 O O O O O O

Garagem ou parque de estacionamento para autocarros com


39 capacidade de 1 lugar por cada 30 unidades de alojamento do - X X X X X X
estabelecimento, situado no hotel ou na sua proximidade
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 653

★★ ★ ★★★ ★ ★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★ ★★★
★ ★★ ★ ★L
2. Equipamento/Mobiliário
Equipamento básico: equipamento para ocultação total da luz
exterior (blackout roupeiro ou solução equivalente, cabides,
40 - X X X X X X
cadeira ou sofá, mesas-de-cabeceira ou solução de apoio
equivalente, luzes de cabeceira, tomada de electricidade
Equipamento médio: equipamento básico mais local ou
41 equipamento para colocar bagagens, cesto de papéis, espelho 5 X X X X X X
de corpo inteiro, cobertor ou edredão adicional
Equipamento superior: equipamento médio mais interruptor
42 de iluminação geral junto da cama, minibar e zona de estar [9] 5 O O X X X X
ou zona de trabalho [10]
Equipamento do quarto

43 Cofre na unidade de alojamento - X X X X X X

44 Zona de estar em 50% das unidades de alojamento10 10 O O O O O O

45 Zona de trabalho em 50% das unidades de alojamento11 10 O O X X X X

Colchões com comprimento não inferior a 2m e largura não


46 inferior a l,10m para camas individuais e 1,80 para camas de 5 X X X X X X
casal

47 Cama suplementar/berço a pedido 3 X X X X X X

48 Menu de almofadas 2 O O X X X X

49 Interruptor geral automático 1 O O O X X X


Sala[l1]

Mesa de refeições ou adaptável para o efeito, cadeiras e sofá,


50 - X X X X X X
loiças, vidros e talheres

51 Frigorífico, microondas e lava-loiça - X X X X X X


Cozinha[12]

52 Utensílios de cozinha - X X X X X X

53 Fogão ou placa e exaustor de fumos 8 X X X X X X

Equipamento básico: espelho, toalhas (1 de rosto e 1 de banho


54 - X X X X X X
por pessoa) e suporte para toalhas
Equipamento superior: equipamento básico mais iluminação
55 no espelho do lavatório, caixote do lixo, saco de lavandaria e 7 O O O X X X
tapete ou toalha de chão, secador de cabelo e roupão
Pelo menos 50% das instalações sanitárias com banheira e
56 10 O O O X X X
duche separados
Pelo menos 50% das instalações sanitárias com separação
Equipamento/Acessórios sanitários

57 física entre área limpa (lavatório e duche ou banheira) e área 10 O O O X X X


suja (sanita e lavatório)
Pelo menos 50% das instalações sanitárias com lavatório
58 5 O O O O O O
adicional

59 Pelo menos 50% das instalações sanitárias com bidé 7 O O O X X X

60 Espelho de cosmética 2 O O O o X X

61 Aquecimento de toalhas 5 O O O X X X

62 Balança 1 O O O O O O

63 Amenities básico: sabonete ou gel de banho - X X X X X X

Amenities médio: amenities básico mais shampô e touca de


64 1 X X X X X X
banho
Amenities superior (escova e pasta de dentes, lâmina e gel de
65 2 O O X X X X
barbear, lima de unhas e algodão de limpeza) a pedido

66 TV a cores com controlo remoto na unidade de alojamento - X X X X X X


Sistemas de vídeo e

67 Sistema de som na casa de banho 5 O O O X X X


áudio

68 Música e filmes a pedido com mais de 20 opções 5 O O O X X X

69 Acesso a mais de 20 canais de TV 5 O O O X X X


654 DIÁRIO DA REPÚBLICA

★★ ★ ★★★ ★ ★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★ ★★★
★ ★★ ★ ★L
Meios de comunicação com o exterior acessíveis aos hóspedes
70 (pelo menos um meio de voz: telefone ou telemóvel e um - X X X X X X
meio de escrita: fax ou correio electrónico)
71 Telefone no quarto com acesso directo à rede exterior - X X X X X X
Acesso à Internet na zona comum (condicionada à disponibili-
Telecomunicações

72 - X X X X X X
dade do respectivo serviço público)
Acesso à internet em banda larga nas zonas comuns (condicio-
13
nada à disponibilidade do respectivo serviço público)
Acesso à Internet nas unidades de alojamento (condicionada à
74 5 o o X X X X
disponibilidade do respectivo serviço público)
Acesso à internet em banda larga nas unidades de alojamento
75 5 o o X X X X
(condicionada à disponibilidade do respectivo serviço público)
76 Sistema de registo de mensagens de voz 5 o o o o o o
Informações sobre o período do pequeno almoço, a hora do
77 check-out e o período de funcionamento das instalações e - X X X X X X
equipamentos do hotel
Equipamentos Suplementares

Manual do serviço de A a Z na unidade de alojamento,


incluindo entre outros capítulos com Informações sobre o
78 2 o o o X X X
período do pequeno-almoço, a hora do check-out e o período
de funcionamento das instalações e equipamentos do hotel
79 Amenities escritório: lápis ou caneta, papel e envelopes 1 o o X X X X
Amenities conforto: kit de engraxar, calçadeira e kit de
80 2 o o o X X X
costura, a pedido
Jornais diários ou informação impressa diária nas zonas
81 2 o o X X X X
comuns
3. Serviço

82 Percentagem mínima de trabalhadores com formação hoteleira - 25% 25% 40% 50% 75% 90%
Limpeza e arrumação das UA

83 Toalhas e roupa de cama de cor branca - X X X X X X

84 Limpeza e arrumação diária das unidades de alojamento - X X X X X X

85 Mudança diária de toalhas e a pedido do cliente - X X X X X X


Mudança de roupa de cama em dias alternados e sempre que
86 - X X X X X X
mude o cliente
Serviço de verificação dos quartos para a noite (abertura da
87 5 O O X X X X
cama, troca de toalhas, limpeza)
Serviço de bar associado com fornecimento de refeições
88 7 O O X X X X
ligeiras, na sala de estar ou em zona independente
89 Serviço de refeições 7 dias por semana - X X X X X X
Alimentação e bebidas

90 Equipamento para chá e café nas unidades de alojamento - X X X X X X


8 horas de room service e serviço de bar, incluindo bebidas e
91 - X X - - - -
refeições ligeiras
16 horas de room service e serviço de bar, incluindo bebidas e
92 8 O O X - - -
refeições ligeiras
24 horas de room service e serviço de bar, incluindo bebidas e
93 12 O O O X X X
refeições ligeiras

94 Serviço de pequeno almoço - X X X X X X


Pequeno-almoço

95 Pequeno-almoço buffet ou à-la-carte 3 O O X X X X

96 Pequeno-almoço à-la-carte nas unidades de alojamento 4 O O O X X X

97 Serviço de recepção presencial 24 horas - X X X X X X

98 Serviço de recepção multilingue (Português, Inglês e Francês) 5 X X X X X X


Serviço de recepção multilingue (Português, Inglês, Francês
Recepção/ Acolhimento

99 e pelo menos mais uma língua estrangeira e uma língua 5 O O X X X X


nacional local)
100 Porteiro (fardado e em dedicação exclusiva) 5 O O X X X X

101 Serviço de Valet Parking 5 O O O X X X

102 Serviço de informação e reservas - X X X X X X

103 Serviço de aceitação e entrega de mensagens 5 O O X X X X

104 Serviço de concierge disponível pelo menos 8 horas por dia 5 O O X X X X


I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 655

★★ ★ ★★★ ★ ★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★ ★★★
★ ★★ ★ ★L

105 Serviço de transporte de bagagens - X X X X X X


Bagagens

106 Serviço de depósito de bagagens - X X X X X X


Lavandaria

107 Serviço de lavandaria e engomadoria - X X - - - -

Serviço de lavandaria e engomadoria (entregue antes das 9 e


108 5 O O X X X X
pronto no mesmo dia - excepto no fim de semana)

109 Videovigilância em zonas públicas e de circulacão 6 X X X X X X

110 Aceitação de cartões de crédito ou débito - X X X X X X

111 Aceitação de cartões de crédito e débito 2 X X X X X X

112 Serviço de depósito de valores na recepção - X X X X X X

113 Serviço despertar 2 O O X X X X


Outros

114 Serviço de correio e telefax 2 O O X X X X

115 Venda de revistas e jornais diários 2 O O O X X X

116 Serviço de costura 4 O O O X X X

117 Serviço de engraxar sapatos 4 O O O X X X

118 Serviço de transporte privativo do estabelecimento 5 O O O O O O

119 Serviço de babysitter a pedido 4 O O O O O O

4. Lazer
5 pts
(>1 m2
Equipamentos e

≤,2,5
instalações

Área bruta privativa de equipamentos complementares (health


m2)
120 club, spa, squash, etc,) por UA, quando concorra para a área O O O X X X
10 pts
bruta de construção do empreendimento
(>2,5m2 ≤5m2)
15 pts
(>5m2)
5 pts

(>1 m2 ≤,2,5 m2)


Área bruta privativa de equipamentos
complementares (equipamentos
121 10 pts O O O X X X
desportivos, parque infantil, etc.) por UA, quando não con-
(>2,5m2 <5m2)
corra para a área bruta de construção do empreendimento
15 pts
(>5m2)
5 pts
Área bruta privativa para reuniões por UA, quando concorra por cada m2/UA
122 O O O X X X
para a área bruta de construção do empreendimento até máx.de
15 pts
Equipamentos e instalações

Business center (computador, acesso à internet, impressora,


123 10 O O X X X X
etc)
1500
Centro de convenções com lugar para pelo menos 500 500 1500
124 15 O O O pessoas
visitantes [13] pessoas pessoas
ou mais

125 Ginásio (com pelo menos 4 equipamentos diferentes) 10 O O O X X X

126 Spa (com pelo menos 4 equipamentos) 10 O O O O X X

127 Squash 10 O O O O O O

128 Cabeleireiro 10 O O O X X X
X
5 pts
Equipamentos exteriores (campo de ténis, campo de vôlei, pud- (Campo
129 por cada O O O O O
dle, minigolf , driving net, petanque, etc) de ténis
até máx.de 15 pts
e campo
multiusos)
130 Piscina exterior 10 O O O O X X
656 DIÁRIO DA REPÚBLICA

★★ ★ ★★★ ★ ★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★ ★★★
★ ★★ ★ ★L

131 Piscina interior 12 O O O O O O

132 Piscina aquecida 15 O O O O O O


Equipamentos instalações

133 Golf 15 O O O O O O

134 Clube nocturno ou discoteca 10 O O O O O X

135 Casino 15 O O O O O X

136 Lojas de Artigos de Luxo junto da Recepção 10 O O O O X X

Certificação da qualidade dos serviços por norma nacional ou


137 30 X X X X X X
internacional, quando não obrigatória por lei

Clube para crianças do próprio hotel (crianças até aos 3 anos),


138 10 O O O O O O
pelo menos 6 horas por dia
Outros

Clube para crianças do próprio hotel (crianças com mais de 3


139 10 O O O O O O
anos), pelo menos 6 horas por dia

Site informativo do empreendimento, possibilitando a reali-


140 5 O O O X X X
zação de reservas e transacções online

Soluções inovadoras na oferta de espaços, equipamentos e


141 5 O O O O O O
serviços

5. Qualidade ambiental e urbanística

Aproveitamento/valorização de edificações pré-existentes,


142 15 O O O O O O
com interesse individual ou de conjunto

Localização fora de um Pólo de Desenvolvimento Turístico,


143 10 O O O O O O
numa Zona de Interesse e Potencial Turístico

144 Localização num Pólo de Desenvolvimento Turístico 15 O O O O O O

5 pts por cada


145 Área de espaços verdes de utilização comum 20m2 /UA até máx. O O O O O O
15 pts

Certificação ambiental por norma nacional ou internacional,


146 30 O O O O O O
quando não obrigatória por lei

Total mínimo de pontos opcionais por categoria

- 22 77 108 116 216

[1] Com coluna de serviço quando o estabelecimento [8] Protecção do sol, da chuva e outros elementos.
estiver instalado em mais que um Piso. [9] Zona de estar, composta por: sofá ou maple, mesa de
[2] Quando num mesmo edifício estejam instalados vários apoio e iluminação.
hotéis, o local de recepção pode ser comum a todos. [10] Zona de trabalho, composta por cadeira, mesa de
[3] Pelo menos uma das instalações preparada para utili- trabalho, iluminação e tomada.
zadores com mobilidade condicionada. [11] Equipamento das salas de estar e de refeições, quando
[4] Climatização através de sistemas activos ou passivos. existam na Unidade de Alojamento.
[5] Área útil nos termos do Regulamento Geral das [12] Equipamento da cozinha ou kitchenette
Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto Executivo [13] Incluindo Zona de entrada com pelo menos 450m2,
n.º 13/07, de 26 de Fevereiro, na redacção em vigor. salões principais com pelo menos 1100m2, salas de reuniões
[6] Com janelas e portas à prova de bala e acesso inde- com pelo menos 300m2, casas de banho separadas por sexos
pendente ao exterior ou a heliporto. e com retretes em cabines independentes ocupando uma área
[7] 10% da capacidade deverá ser reservada para pessoas não inferior a 80m2, zona comercial e de escritórios superior
portadoras de mobilidade condicionada a 120m2, cozinha de serviço com pelo menos 150m2.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 657

ANEXO IV
CONJUNTOS EDIFICADOS PARA TURISMO
(X — Obrigatório; O — Opcional)
★★ ★★ ★★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★
★ ★★ ★★
1. Instalações

Elevador e monta cargas quando o edifício


Acessos

1 tenha mais de 2 pisos, incluindo o rés-do- 15 X X X X X


chão

Local identificado de recepção destinado


ao check in, check out e informações aos
2 hóspedes, que pode ser instalado no próprio - X X X X X
aldeamento Turístico ou em comum com
outro empreendimento turístico

3 Zona de back-office de apoio à recepção - X X X X X


Zona cmuns

Restaurante com zona de bar aberto 7 dias


4 - X X X X X
por semana

5 Posto médico de primeiros socorros - X X X X X

6 Piscina com anexo próprio para crianças[l] - X X X X X

Climatização das áreas comuns com sistemas


7 de climatização que garantam o conforto 15 X X X X X
térmico

8 Zona de armazenagem - X X X X X
Zona de
serviço

Área destinada ao pessoal composta pelo


9 - X X X X X
menos por vestiário e instalações sanitárias
Climatização das unidades de alojamento
UA (Apartamentos ou moradias)

10 com sistemas de climatização que garantam - X X X X -


o conforto térmico
Unidades de alojamento com sistemas
de climatização que garantam o conforto
11 - X X X X X
térmico de intensidade regulável pelo cliente
em cada ciclo
Varandas ou terraços com área mínima de 4 5 pts
12 O O X X X
m2 em 20% das unidades de alojamento 4m2 /UA
Apartamentos em estúdio com duas camas
13 - RGEU RGEU RGEU 28m2 31 m2
individuais ou uma cama de casal
Área mínima da unidade de alojamento com
14 - RGEU RGEU RGEU 40m2 50m2
um quarto duplo
Área mínima da unidade de alojamento com Quartos x
15 - RGEU RGEU RGEU Quartos x 30m2
mais de um quarto duplo 30m2
Áreas[2]

≥10%
10 pts
Percentagem da área média das unidades
≥20%
16 de alojamento que excede as áreas mínimas O O O O O
12 pts
obrigatórias
≥30%
15 pts
Uma casa de banho por cada 3 quartos, numa
mesma unidade de alojamento constituída,
17 - X X X - -
no mínimo, por sanita, lavatório e duche ou
banheira
Uma casa de banho por cada 2 quartos, numa
Casas de banho

mesma unidade de alojamento constituída,


18 10 O O O X -
no mínimo, por sanita, lavatório e duche ou
banheira
Casa de banho privativa para cada quarto
19 constiniída, no mínimo, por sanita, lavatório 12 O O O O X
e duche ou banheira
Uma casa de banho adicional apenas com
20 14 O O O O O
sanita e lavatório
Estacionamento privativo com capacidade
21 - X X X X X
Estacionamento

para um veículo por unidade de alojamento


Garagem ou parque de estacionamento para
autocarros com capacidade de 1 lugar por
22 - X X X X X
cada 30 unidades de alojamento do estabel-
ecimento
658 DIÁRIO DA REPÚBLICA

★★ ★★ ★★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★
★ ★★ ★★

2. Mobiliário/Equipamento

Equipamento básico: equipamento para


ocultação da total da luz exterior (blackout),
roupeiro ou solução equivalente, cabides, ca-
23 - X X X - -
deira ou sofá, mesas de cabeceira ou solução
de apoio equivalente, luzes de cabeceira e
tomada de electricidade
Equipamento do quarto

Equipamento médio: equipamento básico


24 mais cesto de papéis, espelho de corpo 5 O O O X -
inteiro e cobertor ou edredão adicional
Equipamento superior: equipamento médio
25 mais interruptor de iluminação geral junto da 5 O O O O X
cama, telefone, televisão
Colchões com comprimento não inferior a
26 2m e largura não inferior a 1,10m para camas 5 X X X X X
individuais e 1,80m para camas de casal

27 Cama suplementar/berço a pedido 3 O O O O O

Mesa de refeições ou adaptável para o efeito,


Sala

28 - X X X X X
cadeiras e sofá, loiças, vidros e talheres
Frigorífico, lava-loiça e armários para
29 víveres, fogão ou placa, exaustor de fumos e - X X X X X
utensílios de cozinha

30 Micro-ondas - X X X - -
Cozinha ou kitchenette

31 Forno e microondas 6 X X X X X

32 Máquina de lavar loiça 6 X X X X X

33 Máquina de lavar roupa 6 X X X X X

Varinha mágica, chaleira eléctrica e máquina


34 2 X X X X X
de café
Equipamento básico: espelho, toalhas (1 de
35 rosto e 1 de banho por pessoa) e suporte para - X X X X X
toalhas
Equipamento médio: equipamento básico
36 mais iluminação no espelho do lavatório, 5 X X X X X
caixote do lixo, e tapete ou toalha de chão
Equipamento superior: equipamento médio
37 7 O O X X X
mais secador de cabelo e roupão
Equipamento sanitário/Acessórios sanitários

Pelo menos 50% das instalações sanitárias


38 10 O O O X X
com banheira e duche separados
Pelo menos 50% das instalações sanitárias
com separação física entre a área limpa
39 10 O O O X X
(lavatório e duche ou banheira) e área suja
(sanita e lavatório)
Pelo menos 50% das instalações sanitárias
40 5 O O O X X
com bidé
Pelo menos 50% das instalações sanitárias
41 7 O O O O O
com lavatório adicional

42 Espelho de cosmética 2 O O O X X

43 Aquecimento de toalhas 5 O O O X X

44 Balança 1 O O O O O

Amenities básico: sabonete ou gel de banho


45 - X X X X X
a pedido
Amenities médio: amenities base mais
Equipamento sani-
tário/Acessórios

46 shampô, touca de banho e escova e pasta 1 X X X X O


sanitário

de dentes
Amenities luxo: amenities médio mais
47 lâmina e gel de barbear, lima de unhas, 2 O O O X X
algodão de limpeza e pente
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 659

★★ ★★ ★★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★
★ ★★ ★★

48 Serviço de depósito de valores na recepção - X X X O -


Depósito
valores

49 Cofre na unidade de alojamento 5 O O O X X

50 TV a cores com controlo remoto na sala - X X X X X


Sistemas vídeo/áudio

51 Leitor de DVD 6 O O O O O

52 Sistema de som na sala 6 O O O X X

53 Acesso a mais de 20 canais de TV 5 O O O X X

Meios de comunicação com o exterior aces-


síveis aos hóspedes (pelo menos um meio
54 - X X X X X
de voz: telefone ou telemóvel e um meio de
escrita: fax ou correio electrónico)

Telefone na unidade de alojamento com


55 - X X X X X
Telecomunicações

acesso à rede exterior

Acesso à internet nas unidades de alojamento


56 ou nas zonas comuns (condicionada à dis- - X X - - ‘
ponibilidade do respectivo serviço público)
Acesso à internet em banda larga nas
57 unidades de alojamento (condicionada à dis- 5 O O X X X
ponibilidade do respectivo serviço público)

Sistema de registo de mensagens de voz na


58 2 O O O O O
unidade de alojamento
Outros

Manual do serviço de A a Z na unidade de


59 - X X X X X
alojamento

3. Serviços

Percentagem mínima de trabalhadores com


60 - 25% 40% 40% 45% 55%
formação hoteleira

61 Toalhas e roupa de cama de cor branca - X X X X X

Limpeza e arrumação diária das unidades de


62 5 X X X X X
alojamento
Limpeza e arrumação das UA

Limpeza e arrumação das unidades de alo-


63 jamento em dias alternados e antes de serem - X X X X X
ocupadas pelos clientes

Mudança diária de toalhas e a pedido do


64 - X X X X X
cliente

Mudança de roupa de cama em dias alterna-


65 - X X X X X
dos e sempre que mude o cliente

Mudança de roupa de cama a pedido do


66 5 X X X X X
cliente

Serviço de verificação das unidades de alo-


67 jamento para a noite (abertura da cama, troca 5 O O X X X
de toalhas, limpeza)

8 horas de room service e serviço de bar,


68 - X X X - -
incluindo bebidas e refeições ligeiras
Alimentação e
Bebidas

16 horas de room service e serviço de bar,


69 4 O O O X -
incluindo bebidas e refeições ligeiras

24 horas de room service e serviço de bar,


70 8 O O O O X
incluindo bebidas e refeições ligeiras

71 Serviço de pequeno almoço - X X X - -


Pequeno-almoço

72 Pequeno-almoço buffet ou à-la-carte 1 O O O X X

Pequeno-almoço à-la-carte nas unidades de


73 2 O O O O X
alojamento
660 DIÁRIO DA REPÚBLICA

★★ ★★ ★★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★
★ ★★ ★★
Serviço de recepção (presencial) 24 horas,
74 próprio ou em comum com outro empreendi- - X X X X X
mento turístico
Serviço de recepção multilingue (Português,
75 - X X X X X
Inglês e Francês)
Serviço de recepção multilingue (Português,
76 Inglês, Francês e pelo menos mais uma lín- 5 O O O O O
gua estrangeira e uma língua nacional local)
Recepção

77 Serviço de portaria (presencial) - X X X X X

78 Serviço de informação e reservas - X X X X X

79 Serviço de aceitação e entrega de mensagens 5 O O X X X

Serviço de concierge disponível pelo menos


80 5 O O X X X
8 horas por dia

81 Serviço de depósito de bagagens - X X X X X


Lavandaria

Serviço de lavandaria e engomadoria a


82 - X X X X X
pedido

83 Vigilância 24 horas por dia - X X X X X


Segurança

Videovigilância em zonas públicas e de


84 6 X X X X X
circulação

85 Aceitação de cartões de crédito e débito - X X X X X

86 Serviço despertar 2 X X X X X
Outros

87 Serviço de correio 2 O O O O O

Serviço de transporte privativo do estabe-


88 5 O O O O O
lecimento

89 Serviço de babysitter a pedido 4 O O O O O

4. Lazer

5 pts
Equipamentos
e instalações

Área bruta privativa de equipamentos com- (>1 m2


plementares (health club, spa, squash, etc,) ≤2,5 m2)
90 O O O X X
por UA, quando concorra para a área bruta 10 pts
de construção do empreendimento (>2,5m2
≤5m2)
15 pts (>5 m2)
Área bruta privativa de equipamentos 5 pts
complementares (equipamentos desportivos, (>1 m2
91 parque infantil, etc.) por UA, quando não ≤2,5 m2) O O O X X
concorra para a área bruta de construção do 10 pts (>2,5m2
empreendimento ≤5m2)
Equipamentos e instalações

15 pts
(>5m2)
Business center (com computador, acesso à
92 10 O O O X X
internet, impressora, etc)
Ginásio (com pelo menos 4 equipamentos
93 10 O O O X X
diferentes)
Spa (com pelo menos 4 equipamentos
94 10 O O O X X
diferentes)

95 Squash 10 O O O O O

96 Cabeleireiro 10 O O O X X

Equipamentos exteriores (campo de ténis, 5 pts


Equipamentos e instalações

97 campo de vôlei, puddle, minigolf, driving por cada O O O O X


net, petanque, etc.) até máx. 15 pts

98 Piscina comum interior 12 O O O X X

99 Piscina comum aquecida 15 O O O O O

100 Golf 15 O O O O O
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 661

★★ ★★ ★★★
N.° Requisitos Pontos ★ ★★
★ ★★ ★★
Certificação da qualidade dos serviços por
101 norma nacional ou internacional, quando não 30 O O O O O
obrigatória por lei
Outros

Site informativo do empreendimento,


102 possibilitando a realização de reservas e 5 O O O X X
transações online
Soluções inovadoras na oferta de espaços,
103 5 O O O O O
equipamentos e serviços

5. Qualidade ambiental e urbanística

Relação área total do empreendimento/


capacidade (metros quadrados por pessoa),
104 - 80m2 90m2 l00m2 120m2 140m2
salvo se outra for determinada em Plano de
Ordenamento do Território aplicável
Mais 20% relativamente á área total do
105 empreendimento/capacidade (m2 por pessoa) 12 O O O O O
Qualidade

estabelecida
Aproveitamento/valorização de edificações
106 pré-existentes, com interesse individual ou 15 O O O O O
de conjunto
localização fora de um Pólo de Desenvolvi-
107 mento Turístico, numa Zona de Interesse e 10 O O O O O
Potencial Turístico
Localização num Pólo de Desenvolvimento
108 15 O O O O O
Turístico
5 pts por cada
Qualidade

109 Área de espaços verdes de utilização comum 50m2/UA até O O O O O


máx. 15 pts
Certificação ambiental por norma nacional
110 ou internacional, quando não obrigatória 30 O O O O O
por lei

Total mínimo de pontos opcionais por categoria

50 70 95 117 124

[1] A piscina pode ser dispensada quando todas as unidades de alojamento estejam dotadas de piscina privativa. A área
mínima das piscinas é calculada segundo a seguinte fórmula A=M+(KxN), sendo A — área; M — valor fixo dependente do
número de camas; K — constante dependente

Do tipo do aldeamento e do número de camas; N — Número de camas do aldeamento


Valores de K
N° de camas Valores de M
★ ★★ ★ ★★
★ ★★ ★ ★★
★ ★★

100 a 500 100 0,18 0,19 0,2 0,21 0,25

501 a 1000 90 0,17 0,18 0,19 0,21 0,23

Mais de 1000 80 0,16 0,17 0,18 0,19 0,21

[2] Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto Executivo

NEXO V
EMPREENDIMENTOS DE TURISMO DE HABITAÇÃO E EMPREENDIMENTOS NO ESPAÇO RUR
(X — Obrigatório; O — Opcional)
Turismo de
N.° Requisitos Casa de Campo Agro- Turismo Hotel Rural
Habitação
1. Gerais
Estabelecimentos de natureza familiar instalado em imóveis
1 antigos particular que pelo seu valor arquitectónico, histórico ou X O O O
artístico sejam representativo de uma determinada época

Estabelecimentos que se destinam a prestar, em espaços rurais,


2 O X X X
serviços de alojamento a turistas
662 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Turismo de
N.° Requisitos Casa de Campo Agro- Turismo Hotel Rural
Habitação
Residência do proprietário ou entidade exploradora ou do
3 seu representante no empreendimento durante o período de X O O O
funcionamento.
Enquadramento paisagístico, amenidades rurais envolventes,
4 qualidade ambiental e valorização de produtos e serviços pro- O X X X
duzidos na zona onde o empreendimento se localize
Imóvel situado em espaços rurais que, pela sua traça arqui-
5 tectónica e materiais de construção, respeitem as características O X O X
dominantes da província onde estão implantados.
Imóvel situado em explorações agrícolas e permitam aos
hóspedes o acompanhamento e conhecimento da actividade
6 O O X O
agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de
acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável

7 Licenciamento como empresas de animação turística [1] O O O O

Infra-estruturas, máquinas e, de um modo geral, de todo o equi-


pamento necessário para o funcionamento do empreendimentos
8 instalados de forma a não produzir ruídos, vibrações, fumos ou X X X[2] X
cheiros susceptíveis de perturbar ou, de qualquer modo, afectar
o ambiente do empreendimento e a comodidade dos hóspedes.
Identificação clara do empreendimento em que se integram, no
9 caso em que as unidades de alojamento se situem em vários X X X X
prlifíriro:

2. Infra-estruturas e equipamentos

10 Sistema de iluminação e água corrente quente e fria X X X X

Reservatórios de água com capacidade para satisfazer as ne-


11 X X X X
cessidades diárias do empreendimento

12 Sistema e equipamentos de segurança contra incêndios X X X X

Sistema de climatização adequado às condições climatéricas


13 X X X X
do local

14 Zona de arrumos separada das zonas destinadas aos hóspedes X X X X

Sistema de armazenagem de lixos quando não exista serviço


15 X X X X
público de recolha

16 Equipamento de primeiros socorros X X X X

17 Área de estacionamento X X X X

18 Telefone fixo ou móvel com ligação à rede exterior X X X X

3. Zonas comuns

Área de recepção e atendimento a hóspedes, devidamente


19 X X[3] X X
identificada

Sala de estar destinada aos hóspedes que pode ser a destinada ao


20 X X X X
uso do proprietário ou seu representante, quando ali residente

Sala de estar destinada aos hóspedes em cada edifício autónomo


21 X O X -
adicional

4. Unidades de alojamento

22 Dispor de um mínimo de 3 unidades de alojamento X X X -

23 Dispor de um máximo de 15 unidades de alojamento X X X -

24 Área mínima dos quartos individuais 10m 2 7m2 7m2 -

25 Área mínima dos quartos duplos 12m2 9m2 9m2 -


I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 663

Turismo de
N.° Requisitos Casa de Campo Agro- Turismo Hotel Rural
Habitação
Unidades de alojamento com, no mínimo, cama, mesa de
26 cabeceira ou solução de apoio equivalente, espelho, armário, X X X -
iluminação de cabeceira e tomada eléctrica
Quando disponham de suites, área mínima das respectivas salas
27 10m2 10m2 10m2 -
privativas

5. Cozinhas

Cozinha ou pequena cozinha (kitchenette) na sala privativa em


28 X O X -
cada edifício autónomo
Cozinhas ou pequenas cozinhas (kitchenettes) equipadas, no
mínimo, com frigorífico, fogão, placa ou microondas, lava-loiça,
29 X X X -
dispositivo para absorver fumos e cheiros e armários para
víveres e utensílios[4]

6. Instalações sanitárias

Unidades de alojamento devem estar dotadas de instalações


30 X O O -
sanitárias privativas
Pelo menos uma instalação sanitária por cada 3 quartos, e em
31 - X - -
cada edifício autónomo
Pelo menos uma instalação sanitária por cada 2 quartos, e em
32 - O X -
cada edifício autónomo
Instalações sanitárias afectas ou integradas em unidades de alo-
jamento com, no mínimo, sanita, duche ou banheira, lavatório,
33 X X X -
espelho, ponto de luz, tomada de corrente eléctrica e de água
corrente quente e fria
Instalações sanitárias afectas ou integradas em unidades de alo-
34 X X X -
jamento equipadas, no mínimo, com sabonete ou gel de banho
7. Serviço

28 Registo das entradas e saídas dos hóspedes X X X X

29 Serviço de reservas de alojamento X X X X


Recepção

Recepção, guarda e entrega aos hóspedes das mensagens, cor-


30 X X X X
respondência e demais objectos que lhes sejam destinados
Prestação de informação ao público sobre os serviços disponi-
31 X X X X
bilizados
Informações escritas em português e inglês sobre as condições
gerais da estada e normas de utilização do empreendimento,
incluindo preços dos serviços disponibilizados e
32 X X X X
respectivos horários, bem como equipamentos existentes à
disposição dos hóspedes para a prática de desportos ou de outras
actividades de animação turística e regras para a sua utilização
Publicitação e sinalização das áreas do empreendimento de
33 acesso reservado ao seu proprietário, explorador ou legal X X X X
representante
Informação

34 Publicitação dos produtos comercializados, sua origem e preço X X X X

Informação sobre as actividades agro-turísticas disponibilizadas,


35 - - X -
o seu funcionamento, horário e condições de participação
Informação escrita sobre o património turístico, natural,
36 histórico, etnográfico, cultural, gastronómico e paisagístico da X X X X
região onde o empreendimento se localiza
Publicitação da localizacão dos serviços médicos e das farmá-
37 X X X X
cias mais próximas
Publicitação dos meios de transporte público que sirvam o
38 X X X X
empreendimento e vias de acesso aos mesmos.
Serviço de pequeno-almoço
39 X X X -

Almoços e jantares, mediante solicitação prévia, sempre que não


40 X X[5] X -
exista estabelecimento de restauração a menos de 5 km
Refeições servidas em correspondência com tradição da cozinha
41 angolana e utilizando, na medida do possível, produtos da X X X X
Refeições

província ou da exploração agrícola do empreendimento


Comercialização de produtos artesanais e gastronómicos
42 produzidos no próprio empreendimento ou na província em que O O O O
se insere
Inclusão no preço diário do alojamento, do pequeno-almoço, o
serviço de arrumação e limpeza e o consumo ilimitado de água
43 X X X X
e de electricidade, desde que inerente aos serviços próprios do
empreendimento
664 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Turismo de
N.° Requisitos Casa de Campo Agro- Turismo Hotel Rural
Habitação
Instalações e os equipamentos mantidos em boas condições de
44 higiene, limpeza e funcionamento X X X

Unidades de alojamento arrumadas e limpas diariamente


Arrumação e limpeza

45 X X X -

Roupas de cama e as toalhas das casas de banho das unidades de


46 X X X -
alojamento substituídas pelo menos duas vezes por semana

Roupas de cama e as toalhas das casas de banho das unidades de


47 alojamento substituídas sempre que o hóspede o solicite X X X -

Roupas de cama e as toalhas das casas de banho das unidades de


48 alojamento substituídas sempre que haja mudança de hóspede X X X -

[1] Obrigatório quando as actividades de animação não [3] Os serviços de recepção podem ser prestados num
se destinem exclusivamente ã ocupação de tempos livres escritório de atendimento situado na mesma comuna onde
dos seus utentes ou não contribuam para a divulgação das os estabelecimento se situe
[4] As cozinhas destinadas a confeccionar refeições para os
características, produtos e tradições das províncias em que
hóspedes nos termos do disposto podem ser as destinadas ao
os mesmos se situam. uso do proprietário do empreendimento ou seu representante,
[2] Os factores perturbadores ou ruidosos que decorram do quando ali residente.
exercício normal, corrente e regular das actividades próprias [5] Excepto quando se trate de casas de campo não habitadas
das explorações agrícolas não são considerados, devendo, no pelo proprietário, explorador ou seu representante.
entanto, sempre que possível, ser minimizado o seu efeito. O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS 3. A lista dos bens e serviços sujeitos aos regimes de
preços fixados e vigiados é revista anualmente, em função das
circunstâncias e das propostas dos departamentos ministeriais,
Decreto Executivo n.º 62/16 dos produtores e dos distribuidores.
de 15 de Fevereiro
ARTIGO 2.º
Considerando a necessidade de se estabelecerem as listas (Revogação)

de produtos e serviços sujeitos aos regimes de preços fixados Ficam revogadas todas as disposições que contrariem o
presente Decreto Executivo.
e vigiados, previstos no Decreto Presidencial n.º 206/11,
ARTIGO 3.º
de 29 de Julho, que aprova as Bases Gerais para a Organização (Dúvidas e Omissões)
do Sistema de Preços;
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro
da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da das Finanças.
República de Angola, combinado com a alínea d) do n.º 1 do ARTIGO 4.º
(Entrada em vigor)
artigo 4.º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças,
O presente Decreto Executivo entra em vigor na data da
aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 299/14, de 4 de
sua publicação.
Novembro, e com o artigo 14.º do Decreto Presidencial
Publique-se.
n.º 206/11, de 29 de Julho, ouvido o Conselho Nacional de
Luanda, aos 15 de Fevereiro de 2016.
Preços, determino:
O Ministro, Armando Manuel.
ARTIGO 1.º
(Regime de preços)
LISTA DOS BENS E SERVIÇOS
1. Fazem parte do regime de preços fixados e vigiados, os A QUE SE REFERE O ARTIGO 1.º
bens e serviços constantes da lista anexa ao presente Decreto DO PRESENTE DECRETO EXECUTIVO
Executivo, fazendo dele parte integrante. PREÇOS FIXADOS:
2. Os bens e serviços não previstos no número anterior 1) LPG;
ficam sujeitos ao regime de preços livres. 2) Petróleo Iluminante;
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 665

3) Agua Canalizada; República de Angola, combinado com a alínea d) do n.º 1 do


4) Energia Eléctrica; artigo 4.º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças,
5) Tarifas do Transporte Público Colectivo Urbano de aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 299/14, de 4 de
Passageiros. Novembro, e com o n.º 3 do artigo 18.º do Decreto Presidencial
PREÇOS VIGIADOS: n.º 206/11, de 29 de Julho, que aprova as Bases Gerais para a
1) Açúcar; Organização do Sistema de Preços, determino:
2) Arroz;
ARTIGO 1.º
3) Carne; (Aprovação)
4) Peixe É aprovado o Regulamento de Funcionamento do Conselho
5) Farinha de trigo;
Nacional de Preços, anexo ao presente Decreto Executivo e
6) Feijão;
que dele é parte integrante.
7) Fuba de milho;
ARTIGO 2.º
8) Fuba de mandioca; (Dúvidas e omissões)
9) Leite;
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
10) Massa alimentar;
aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro
11) Óleo alimentar;
12) Óleo de palma; das Finanças.
13) Sabão em barra: ARTIGO 3.º
(Entrada em vigor)
14) Sal;
15) Batata; O presente Decreto Executivo entra em vigor na data da
16) Batata-doce; sua publicação.
17) Tomate; Publique-se.
18) Cebola;
Luanda, aos de de 2016.
19) Cenoura;
O Ministro, Armando Manuel.
20) Pimento;
21) Repolho;
22) Alho; REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO
23) Alface; DO CONSELHO NACIONAL DE PREÇOS
24) Mandioca ARTIGO 1.º
25) Pão; (Natureza)
26) Banana; 1. O Conselho Nacional de Preços é o Órgão Consultivo da
27) Banana pão; Autoridade Nacional de Preços e integra as seguintes entidades:
28) Laranja; a) O Ministro das Finanças, que o preside;
29) Tarifas de passagem aéreas de passageiros e carga;
b) O Ministro da Economia;
30) Tarifas de transporte rodoviário, marítimo e ferro-
c) O Ministro do Planeamento e do Desenvolvimento
viário de passageiros e de cargas;
Territorial;
31) Tarifas de serviço de táxi e transporte colectivo
urbano de passageiros; d) O Ministro do Comércio;
32) Tarifas portuárias, aeroportuárias, transporte, per- e) O Ministro da Agricultura;
milagem e armazenamento de produtos inseridos f) O Ministro das Pescas.
nesta lista. 2. Devido à abrangência intersectorial dos preços dos
O Ministro, Armando Manuel. sectores sob sua responsabilidade e a influência que estes
debitam na dinâmica do processo de formação de preços
Decreto Executivo n.º 63/16 de todos os outros sectores da economia, são convidados
de 15 de Fevereiro permanentes às reuniões do Conselho Nacional de Preços as
Considerando que o Conselho Nacional de Preços é o seguintes entidades:
Órgão Consultivo da Autoridade de Preços; a) O Ministro dos Transportes;
Havendo necessidade de se aprovar o regulamento de b) O Governador do Banco Nacional de Angola;
funcionamento do Conselho Nacional de Preços; c) O Secretário de Estado dos Transportes;
Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente d) O Secretário de Estado da Energia e Aguas; e
da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da e) O Secretário de Estado da Indústria.
666 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 2.º 2. As convocatórias devem conter:


(Atribuições)
a) A proposta da agenda de trabalho;
Compete ao Conselho Nacional de Preços: b) Os documentos de suporte referentes a cada ponto
a) Propor a formulação da política nacional de preços da agenda de trabalho;
a aprovar pelo Executivo; c) As informações suplementares consideradas úteis
b) Gerir as políticas de regulação do mercado; à reunião.
c) Traçar as linhas orientadoras para a gestão e execução 3. No caso de reuniões extraordinárias, a convocatória
das políticas de regulação de preços; deve ser enviada com uma antecedência mínima de 3 (três)
d) Acompanhar a actividade desenvolvida no domí- dias, acompanhada com a proposta da agenda de trabalho da
nio dos preços e propor medidas que se mostram reunião e com os documentos de suporte.
pertinentes;
ARTIGO 7.º
e) Pronunciar-se sobre todas as questões de preços e (Deliberação)
concorrência que lhe sejam submetidas. 1. Para efeitos de deliberação, considera-se regularmente
ARTIGO 3.º constituído o Conselho Nacional de Preços, sempre que este-
(Competências do Presidente do Conselho Nacional de Preços)
jam presentes ou representada a maioria dos seus membros.
1. Cabe ao Presidente do Conselho Nacional de Preços:
2. Se 30 (trinta) minutos após a hora marcada para o início
a) Convocar as reuniões e definir a sua agenda de
da reunião não existir o quórum, o Presidente do Conselho
trabalhos;
Nacional de Preços, ou o seu representante, deve declarar o
b) Presidir as reuniões e conduzir os trabalhos de modo
seu adiamento e convocar uma outra reunião, a realizar-se
a assegurar uma discussão objectiva e a votação
nos próximos 5 (cinco) dias úteis.
dos pontos agendados;
3. A convocatória para a reunião mencionada no n.º 2
c) Assegurar que todas as informações transmitidas aos
deste artigo só é considerada válida caso o Presidente do
membros do Conselho Nacional de Preços sejam
Conselho Nacional de Preços envie uma nova convocatória
prontamente divulgadas;
aos membros do conselho.
d) Coordenar as actividades do Conselho Nacional de
4. A agenda de trabalho da reunião adiada é a mesma para
Preços e assegurar o seu regular funcionamento.
a reunião seguinte.
2. Em caso de ausência, o Presidente do Conselho Nacional
ARTIGO 8.º
de Preços, nos termos do presente regulamento, pode indicar (Faltas)
o seu substituto.
1. As faltas às reuniões do Conselho Nacional de Preços,
ARTIGO 4.º
(Secretariado Executivo)
tanto ordinárias como extraordinárias devem ser justificadas
através de um documento escrito dirigido ao seu Presidente.
O Secretariado Executivo é o órgão de apoio técnico e
2. A justificação referida no número anterior deve ser
instrumental do Conselho Nacional de Preços, ao qual compete
acompanhada por um documento de indicação do substituto.
secretariar e elaborar as actas de todas as reuniões.
ARTIGO 9.º
ARTIGO 5.º (Funcionamento)
(Reuniões)
1. O Presidente do Conselho Nacional de Preços, ou seu
1. O Conselho Nacional de Preços reúne-se, ordinariamente,
substituto legal, pode delegar a qualquer um dos representantes
uma vez por trimestre e extraordinariamente, sempre que
para moderar os trabalhos de uma reunião, de acordo com a
necessário, após convocatória do seu Presidente.
especificidade da agenda de trabalho.
2. As datas das reuniões ordinárias constam de um calendário
2. O tempo de apresentação de cada ponto da Agenda tem
anual a ser aprovado pelo Conselho Nacional de Preços, sob
a duração máxima de 10 (dez) minutos.
proposta do seu Presidente.
3. As intervenções dos membros têm um tempo limite de
3. O Conselho Nacional de Preços pode, sempre que se
cinco minutos.
mostre necessário, a pedido de pelo menos um terço dos seus
4. As conclusões e recomendações saídas de cada reunião
membros, solicitar ao Presidente do Conselho Nacional de
Preços a convocação de reuniões extraordinárias. são aprovadas por unanimidade e devem constituir preocupação
da presidência de cada reunião.
ARTIGO 6.º
(Convocação) 5. Não havendo unanimidade, as conclusões e recomendações
1. As reuniões ordinárias do Conselho Nacional de Preços são aprovadas por uma maioria qualificada de 2/3 (dois terços)
são convocadas com a antecedência mínima de 8 (oito) dias. dos votos dos membros presentes ou dos seus representantes.
I SÉRIE – N.º 23 – DE 15 DE FEVEREIRO DE 2016 667

ARTIGO 10.º ARTIGO 13.º


(Actas) (Alterações)

1. O Secretariado Executivo deve elaborar a acta de cada 1. O presente regulamento pode ser alterado, por iniciativa
reunião realizada, onde são registados todos os assuntos do Presidente do Conselho Nacional de Preços ou sob proposta
abordados, devendo a mesma ser aprovada na reunião seguinte. de um terço dos membros do Conselho Nacional de Preços.
2. As actas devem ter o seguinte conteúdo: 2. As propostas de alteração do regulamento, com a res-
pectiva fundamentação, devem ser remetidas ao Presidente
a) Agenda de trabalho da reunião;
do Conselho Nacional de Preços para apreciação preliminar
b) Resumo dos assuntos abordados;
e decisão posterior dos seus membros.
c) Deliberações tomadas;
3. As alterações são aprovadas por consenso ou por maioria
d) Resultados alcançados; de votos dos membros presentes.
e) Outros aspectos relevantes dignos de registo; O Ministro, Armando Manuel.
f) Recomendações.
3. A acta deve ser elaborada no prazo de 2 (dois) dias úteis Despacho n.º 80/16
após a realização da reunião e é distribuída, no prazo de 24 de 15 de Fevereiro
(vinte e quatro) horas, aos membros do Conselho Nacional Em conformidade com os poderes delegados pelo
de Preços para contribuições. Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
4. A acta corrigida deve ser devolvida ao Secretariado Constituição da República de Angola, e de acordo com as
Executivo que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, remete disposições combinadas dos n.os 1 e 4 do artigo 2.º do Decreto
a versão final ao Presidente do Conselho Nacional de Preços. Presidencial n.º 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do
n.º 1 do artigo 4.º do Estatuto Orgânico do Ministério das
5. A acta da reunião do Conselho Nacional de Preços deve
Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 299/14,
ser arquivada de forma sequencial e assinada pelos membros
de 4 de Novembro, e do n.º 1 do Despacho Presidencial
presentes ou seus representantes.
n.º 44/14, de 25 de Abril, determino:
ARTIGO 11.º
1. É autorizada a desvinculação e alienação do imóvel
(Comissões Provinciais de Preços)
vinculado, localizado na Rua Alda Lara, n.º 5/5A, Bairro Nelito
1. De acordo com as necessidades e características especí- Soares, Município do Rangel, Luanda, inscrito no 2.º Bairro
ficas de cada Província, o Conselho Nacional de Preços pode Fiscal, sob Artigo Matricial n.º 044020405000063156.
criar Comissões Provinciais de Preços junto dos respectivos 2. São subdelegados plenos poderes ao Coordenador da
Governos Provinciais. Comissão Multissectorial para a Desvinculação e Venda de
2. As Comissões Provinciais de Preços são coordenadas Imóveis Vinculados (CMDVIV), Sílvio Franco Burity, para
pelo Vice-Governador para o Sector Económico e integradas em representação deste Ministério, outorgar a escritura pública
pelo Delegado Provincial das Finanças, o Director do Gabinete referente ao imóvel descrito no n.º 1.
Provincial de Estudos e Planeamento e o Director Provincial 3. Este Despacho entra imediatamente em vigor.
do Comércio. Publique-se.
ARTIGO 12.º Luanda, aos 8 de Fevereiro de 2016.
(Competências das Comissões Provinciais de Preços)
O Ministro, Armando Manuel.
1. As Comissões Provinciais de Preços incumbe desenvol-
ver, a nível local, todas as tarefas que lhes são conferidas no
domínio dos preços, competindo-lhes, em especial, o seguinte: MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR
a) Apresentar, aos órgãos centrais competentes, pro-
postas dos bens e serviços a incluir nos diversos Despacho n.º 81/16
de 15 de Fevereiro
regimes de preços;
b) Elaborar estudos e prestar informações sobre a evo- Havendo necessidade de se criar uma Comissão de Avaliação
de Desempenho dos Funcionários do Ministério do Ensino
lução dos preços;
Superior, nos termos do artigo 12.º do Decreto n.º 25/94,
c) Elaborar relatórios trimestrais da sua actividade e
de 1 de Julho, sobre as Regras e Procedimentos a Observar
da evolução da situação de preços, cuja cópia é na Classificação de Serviço dos Funcionários Públicos;
enviada ao órgão central de preços. Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente
2. As Comissões Províncias de Preços regem-se por da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da
regulamento próprio, a ser aprovado pelo Conselho Nacional República de Angola, combinado com o artigo 2.º do Decreto
de Preços. Presidencial n.º 6/10, de 24 de Fevereiro, determino:
668 DIÁRIO DA REPÚBLICA

1.º — É criada a Comissão de Avaliação de Desempenho f) Helena Preciosa Fernandes Gaspar — Representante
dos Funcionários do Ministério do Ensino Superior, coordenada Suplente do Pessoal;
por Jaime Guimarães Gabriel, Chefe de Departamento do g) Salatchiel Itumba Fernando Clemente — Represen-
Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento
tante Suplente do Pessoal.
de Estudos do Ensino Superior, na qualidade de Representante
2.º — A actuação da Comissão de Avaliação deve observar
da Administração, e que integra os seguintes membros:
o disposto no Decreto n.º 25/94, de 1 de Julho, sobre as Regras
a) Silvina Patrícia Delgado Portela — Representante
Efectivo da Administração; e Procedimentos a Observar na Classificação de Serviço dos
b) António Fernandes Vita Júnior — Representante Funcionários Públicos.
Efectivo do Pessoal; 3.º — As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
c) Nivaldo João Santos Domingos — Representante aplicação do presente Despacho são resolvidas pelo Ministro
Efectivo do Pessoal; do Ensino Superior.
d) Samo Pedro Miguel Ginga — Representante Suplente Publique-se.
da Administração;
e) Madalena Calonguela Inácio — Representante Luanda, aos 18 de Dezembro de 2015.
Suplente da Administração; O Ministro, Adão Gaspar Ferreira do Nascimento.

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