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PDF 06450 Ementa Literaturas Ciclo3

O documento apresenta a ementa formativa 'Literaturas nas Infâncias: Identidades e Práticas', que visa dialogar com professores sobre a pedagogia na Educação Infantil, enfatizando a importância da leitura e escrita como processos de interação. O ciclo III foca em oralidades e escritas, propondo reflexões sobre as narrativas e a identidade cultural das crianças. A formação busca ampliar a compreensão dos educadores sobre o papel da literatura e da escrita na construção da identidade e do repertório cultural das crianças.
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O documento apresenta a ementa formativa 'Literaturas nas Infâncias: Identidades e Práticas', que visa dialogar com professores sobre a pedagogia na Educação Infantil, enfatizando a importância da leitura e escrita como processos de interação. O ciclo III foca em oralidades e escritas, propondo reflexões sobre as narrativas e a identidade cultural das crianças. A formação busca ampliar a compreensão dos educadores sobre o papel da literatura e da escrita na construção da identidade e do repertório cultural das crianças.
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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Secretaria Municipal de Educação


Subsecretaria de Ensino
Escola de Formação Paulo Freire
Gerência de Formação de Educação Infantil

EMENTA FORMATIVA

LITERATURAS NAS INFÂNCIAS: IDENTIDADES E PRÁTICAS


QUE DIALOGAM COM O CURRÍCULO E OS COTIDIANOS

CICLO III

2025
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

RODRIGO RUAN MERAT MORENO FERNANDA CARDOSO DE MENEZES BAHIA


GERENTE II – GERÊNCIA DE FORMAÇÃO DE ASSISTENTE II – GERÊNCIA DE FORMAÇÃO DE
EDUCAÇÃO INFANTIL EDUCAÇÃO INFANTIL

CAROLINE CHAVES MARCIANO MARIANA CECÍLIA MATTOS MARQUES SANTOS


ASSISTENTE I – GERÊNCIA DE FORMAÇÃO DE EQUIPE – GERÊNCIA DE FORMAÇÃO DE
EDUCAÇÃO INFANTIL EDUCAÇÃO INFANTIL

CONTATOS:
TELEFONE: 2213-3038
EMAIL: [email protected]

FORMADORES ESCOLA PAULO FREIRE

CLAUDIA ALEXANDRE QUEIROZ MONICA MOTA DE OLIVEIRA

FORMADORES DAS COORDENADORIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO(CREs)

ANDRÉ LUIZ SILVA SOUZA FERNANDA BRANCO


BEATRIZ DIAS CARLOS FUTI JOSIELE SALGADO MOREIRA
CAROLLINE FERREIRA SOTERO DE OLIVEIRA MARIANNA RAMOS LEÃO
CRISTIANE FERREIRA CUNHA AMÂNCIO MARCIA CRISTINA DA SILVA VICTOR GONÇALVES
DAIANE MEDEIROS NASCIMENTO DOS SANTOS VANESSA COUTINHO FAGUNDES
ERICA DA SILVA TEIXEIRA VIVIANE DUTRA SANTOS SILVA
GERÊNCIA DE FORMAÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

TÍTULO DA FORMAÇÃO: Literaturas nas Infâncias: Identidades e fazeres que


dialogam com o currículo e com os cotidianos

OBJETIVO GERAL DA FORMAÇÃO:


Dialogar e refletir com os professores do componente curricular de Literaturas
nas Infâncias sobre as especificidades do trabalho pedagógico na Educação
Infantil, analisando as concepções de infância, leitura e escrita presentes na
Rede, no Currículo Carioca e nos materiais da Coordenadoria de Educação
Infantil e Primeira Infância. Além disso, é fundamental refletir sobre a identidade
do professor de Literaturas nas Infâncias, compreendendo seu papel no
desenvolvimento integral das crianças e na articulação das práticas pedagógicas
com os contextos culturais e sociais.

TEMA DO CICLO III: Oralidades e Escritas: espaços/tempos de tecer histórias

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO CICLO III:


• Refletir sobre as múltiplas formas de expressões e linguagens,
• Discutir os espaços de leitura e escrita a partir da concepção da Rede.
• Reflexionar os processos de leitura e escrita enquanto processos de
interação;

SINOPSE DO CICLO III:


O terceiro ciclo da formação abordará a concepção de leitura e escrita
apresentada nos documentos da Rede e reiterada pelos materiais da CEIPI, que
orientam para uma leitura e escrita como parte de um processo de interações
com o outro e com o mundo. Assim como afirma Paulo Freire (1988), a leitura do
mundo antecede a leitura da palavra. Antes de escrever, a criança balbucia,
oraliza, gesticula, desenha, canta e dança.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010)
apontam que as práticas pedagógicas da Educação Infantil devem possibilitar às
crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem
oral e escrita, além do convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais
e escritos.
Entendendo a criança como sujeito histórico, de direitos e produtora de
cultura, que se desenvolve a partir das relações e práticas a ela disponibilizadas,
questionamos: que espaços e tempos nós, profissionais da Educação Infantil,
estamos oferecendo para que os pequenos contem suas histórias?
E a minha provocação sobre adiar o fim do mundo
é exatamente sempre poder contar mais uma história.
Se pudermos fazer isso, estaremos adiando o fim.
(Ailton Krenak)
O filósofo, ambientalista e escritor indígena Ailton Krenak provoca
reflexões sobre como adiar o fim. Para Krenak, adiar o fim do mundo exige que
continuemos contando histórias. Mas que histórias são essas que queremos
contar? As primeiras histórias que contamos são as nossas: quem somos, de
onde viemos, nossas ancestralidades e os territórios que habitamos. Nossas
histórias são as primeiras a compor nosso repertório cultural. Elas não chegam
até nós de forma escrita, mas nos são contadas desde a barriga.
O também escritor indígena Daniel Munduruku considera o processo de
escrita uma novidade para os povos indígenas brasileiros.
A escrita é uma conquista recente para a maioria dos 250 povos
indígenas que habitam nosso país desde tempos imemoriais.
Detentores de um conhecimento ancestral apreendido pelos
sons das palavras dos avôs, estes povos sempre priorizaram a
fala, a palavra, a oralidade como instrumento de transmissão da
tradição, obrigando as novas gerações a exercitarem a memória,
guardiã das histórias vividas e criadas. (Munduruku, 2011)
Para o autor, há um fio muito tênue entre oralidade e escrita, que alguns
querem transformar em ruptura, mas que prefere enxergar esta relação como
uma complementação. A apropriação da escrita, para os indígenas, não apaga
sua ancestralidade e memórias, mas funciona também como uma forma de
mantê-las vivas, e permitindo que eles possam contar suas próprias histórias, a
partir do seu olhar e das suas vivências.
Partimos dessa concepção de leitura que emerge das narrativas e de uma
escrita que surge como um registro destas narrativas. A escritora potiguara
Graça Graúna, afirma que ao escrever dá conta da sua ancestralidade, do
caminho de volta e do seu lugar no mundo. Assim também é para as crianças.
Concebemos aqui uma escrita que nasce do brincar, do desenho, do registro...
O Currículo Carioca (2020) concebe os bebês e as crianças como sujeitos
ativos que constroem narrativas para compreender o mundo à sua volta.
Pensando nesse sujeito que significa o mundo a partir das suas interações, a
escrita está para além da apropriação de um código, funciona como um registro
de suas descobertas, suas memórias e suas pesquisas. O Caderno 5 do 1LEEI,
fundamento pela perspectiva dialógica de Bakhtin, olha para a linguagem a partir
das interações verbais, logo, na Educação Infantil, as práticas com a linguagem
oral e escrita devem ser pensadas por esta perspectiva:
As práticas com a linguagem oral e com a linguagem escrita a
serem efetivadas na Educação Infantil, pensadas a partir dessa
perspectiva, consideram as interações verbais, tanto na
modalidade oral quanto na escrita, como um fenômeno social
que ocorre a partir das condições concretas de vida das
crianças. Significa, em outras palavras, reconhecer que as
crianças se constituem como seres de linguagem, nas
interações que estabelecem com o mundo. ( MEC, pág.19,2016)

Olhando para o fazer docente na Educação Infantil, o professor das


infâncias é o potencializador, um mediador, entre a criança e o conhecimento.
Neste sentido, cabe ao professor ampliar os repertórios e as práticas vivenciadas
pelas crianças. A Coordenadoria de Educação Infantil e Primeira Infância,
através do material “Leitura e Escrita na Educação Infantil: do compromisso à
prática” (2024), enfatiza que devemos discutir a finalidade do que se escreve
para que elas possam compreender e problematizar a ação de escrever. É
importante que as crianças saibam que tudo que falamos pode ser escrito.
O grande cerne da leitura e da escrita na Educação Infantil, que tem como
eixos estruturantes interações e brincadeiras, está na preocupação com a
antecipação dos processos de alfabetização e letramento. A escritora Emilia
Ferreiro (2013), acreditam que quando permitimos que a criança entenda a
função da escrita, não estamos antecipando sua entrada no ensino
Fundamental, mas permitindo-lhes que ingressem nas práticas sociais
pertinentes para esse objeto social que é a escrita.
Assim, quando a criança entende por que a família guarda um documento,
a diferença entre um documento e uma receita médica, entre a história e o
poema, entre a estrutura de uma receita de bolo e de um jornal, ela está
realizando uma leitura de mundo, construindo e ampliando seu repertório dentro
da cultura do escrito. Mesmo que ainda não compreenda os códigos ali
apresentados, estará acessando esse universo e sendo convidada a desvendar

1
Projeto de Leitura e Escrita na Educação Infantil
seus mistérios, criando hipóteses sobre a escrita.
Desta forma, surge a indagação: como fazer? Antes de tudo, possibilitando
que as crianças tenham acesso à cultura do escrito e permitindo-lhes, como
afirma Krenak, sempre contar mais uma história.
Com esses pressupostos, o presente ciclo visa refletir, para e com os
professores, sobre as vivências de leitura e escrita na Educação Infantil,
debruçando-se e potencializando os materiais da rede, mas também
compreendendo esse processo e percebendo, conjeturando caminhos que
respeitem a pluralidade das crianças, suas infâncias e seus territórios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEB, 2013.

_______. Crianças como leitoras e autoras / Ministério da Educação, Secretaria


de Educação Básica.- 1.ed.- Brasília : MEC /SEB, 2016. 128 p. : il.;. 20,5 x 27,5
cm.-(Coleção Leitura e escrita na educação infantil ; v.6)

FERREIRO, E. Escrita e cultura infantil. São Paulo: Cortez, 2013.

KRENAK, Ailton. Ideias para odiar o fim do mundo. 1ªEdição: Companhia das
letras, 2019. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5727070/mod_resource/content/
1/ideias-para-adiar-o-fim-do-mundo-1-34.pdf> Acesso em: 12/02/25.

_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 23
dez. 1996.

NOVA ESCOLA. Emilia Ferreiro fala sobre cisão entre alfabetização e


letramento. YouTube, 11 de julho de 2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=BeYCWLqZvhA> Acesso em: 13/05/25.

RIO DE JANEIRO. Educação Infantil: Currículo. SUBSECRETARIA DE ENSINO.


Coordenadoria Geral Da Primeira Infância. RIO DE JANEIRO, RJ: 2020.

_______________. Educação Infantil: Leitura e Escrita na Educação Infantil: do


compromisso à prática. SUBSECRETARIA DE ENSINO. Coordenadoria Geral
Da Primeira Infância. RIO DE JANEIRO, RJ: 2024.

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