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TCC 2018

O trabalho analisa a influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola Comandante Tomás Ferreira em Benguela. A pesquisa, de natureza exploratório-descritiva, revela que a leitura literária contribui para o desenvolvimento cognitivo e habilidades de leitura, escrita e expressão oral dos alunos. O estudo busca oferecer sugestões práticas para melhorar a utilização de textos literários na educação.
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TCC 2018

O trabalho analisa a influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola Comandante Tomás Ferreira em Benguela. A pesquisa, de natureza exploratório-descritiva, revela que a leitura literária contribui para o desenvolvimento cognitivo e habilidades de leitura, escrita e expressão oral dos alunos. O estudo busca oferecer sugestões práticas para melhorar a utilização de textos literários na educação.
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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO MARAVILHA

Influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem


dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo
Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela

TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIADO EM ENSINO DA PEDAGOGIA

Autor: Veríssimo Gabriel Ipupo

Benguela, 2018
INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO MARAVILHA

Influênciada leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem


dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo
Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela

TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIADO EM ENSINO DA PEDAGOGIA

Autor: Veríssimo Gabriel Ipupo

Tutora: Salomé Clara Chinofila Cabral, PhD.

Benguela, 2018
PENSAMENTO
“A literatura assume muitos saberes”.

(Barthes, 2007 citado por Gaignoux, 2014, p. 212).

ii
DEDICATÓRIA

Aos meus familiares, em especial meus pais, e meus irmãos, por estarem sempre do meu
lado apoiando diante de muitas ocupações e por saberem compreenderem-me em todos os
aspectos.

A todos os professores que passaram e deram sua contribuição em minha formação.

A todos e a todas que contribuem e contribuíram para o alcance desta meta de grande valor
em minha vida.

iii
AGRADECIMENTOS

A Deus, por me amparar nos momentos difíceis, dar-me força interior para superar as
dificuldades, mostrar os caminhos nas horas incertas e suprir-me em todas as minhas
necessidades.

Àminha orientadora e amiga, Prof. Dra.Salomé Clara Chinofila Cabral, por acreditar em
mim, mostrar-me o caminho da ciência, fazer parte da minha vida nos momentos bons e
ruins, por ser exemplo de profissional e por estar entre as mulheres que sempre farão parte
da minha vida.

À minha família, a qual amo muito, pelo carinho, paciência e incentivo.

Ao amigo Francisco Kanjangui Dumbo, pelo apoio incondicional, no momento da


realização desta investigação.

Aos amigos que fizeram parte desses momentos, sempre me ajudando e incentivando.

Aos meus colegas de Universidade que participaram directamente deste trabalho e


ajudaram-me em todos os momentos.

A todos os professores, pelo convívio e aprendizado.

iv
SÍNTESE

O presente trabalho tem como objectivo analisar a influência da leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino
Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela. Que teve como
ponto de partida o seguinte problema de investigação: que influência tem a leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola referida?
Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa e
quantitativa, que utilizou instrumentos de recolha de dados como o inquérito por
questionário a 24 alunos e entrevista a um membro de direcção e a dois professores de
Língua Portuguesa, bem como a grelha de observação a (sete) aulas da 9ª classe. Os
resultados da investigação revelam que a leitura de textos literários tem influência no
processo de ensino-aprendizagem porque contribui para o desenvolvimento cognitivo dos
alunos e favorece as habilidades de leitura, escrita, compreensão e expressão oral.

Palavras-Chave: Influência; Leitura; Textos literários; Processo de ensino-aprendizagem.

v
ÍNDICE
PENSAMENTO ..................................................................................................................... ii

DEDICATÓRIA .................................................................................................................... iii

AGRADECIMENTOS .......................................................................................................... iv

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9

CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................... 13

1.1. Definição de conceitos ............................................................................................... 14

1.2. Processo de ensino-aprendizagem da leitura de textos literários ............................... 15

1.2.1 Textos literários e textos não literários ................................................................ 16

1.3. Motivação da leitura de textos literários no processo de ensino- aprendizagem ....... 17

1.4. Trabalhar a oralidade em textos literários nos alunos ................................................ 18

1.4.1. Oralidade literária através do conto, romance e teatro ........................................ 20

1.5. A influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem ..... 24

1.5.1. Papel do leitor de textos literários ....................................................................... 27

1.6. Bibliotecas para incentivo a leitura de textos literários ............................................. 28

CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO ............................................ 30

2.1. Tipo de pesquisa ........................................................................................................ 31

2.2 Métodos e técnicas de investigação ........................................................................... 31

2.2.1. Técnicas e instrumentos de recolha de dados...................................................... 33

2.3. Caracterização de escola ............................................................................................ 33

2.4. População e amostra .................................................................................................. 34

CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS


RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO ............................................................................ 35

3.1. Apresentação, análise e interpretação dos resultados do inquérito por questionário


dirigido aos alunos ............................................................................................................ 36

3.2. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da entrevista aos professores . 44

3.3. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da entrevista a um membro da


direcção da escola ............................................................................................................. 46

vi
3.4. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da observação das aulas ......... 47

CONCLUSÕES................................................................................................................... 51

SUGESTÕES ...................................................................................................................... 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 53

APÊNDICES ....................................................................................................................... 56

Apêndice 1: Boletim de inquérito por questionário aplicado aosalunos .......................... 57

Apêndice 2: Roteiro de entrevista dirigido aos professores............................................. 59

Apêndice 3: Roteiro de entrevista dirigido a um membro da direcção ............................ 60

Apêndice 4: Grelha de observação das aulas ................................................................... 61

vii
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Técnicas e instrumentos de recolha de dados ...................................................... 33

Tabela 2- Gostas de ler textos literários? ............................................................................. 36

Tabela 3- Já leu algum texto literário sugerido pelo professor? .......................................... 36

Tabela 4- Você sente-se motivado ao ler textos literários? ................................................. 37

Tabela 5- Que textos literárias você já leu? ......................................................................... 38

Tabela 6- Que textos literários o professor te motiva para ler? ........................................... 39

Tabela 7- Quem tem te incentivado para leitura dos textos literários? ............................... 40

Tabela 8- Onde adquire os textos literários que você tem lido? .......................................... 41

Tabela 9- Que influência tem a leitura de textos literários no processo de ensino-


aprendizagem? ...................................................................................................................... 42

Tabela 10- Durante a fase da leitura de um texto literário que actividades teu professor tem
desenvolvido? ....................................................................................................................... 43

Tabela 11- Resultados da observação das aulas .................................................................. 48

viii
INTRODUÇÃO
O texto literário tem o poder de exercitar a fantasia e a imaginação, desenvolver a
sensibilidade e aumentar a visão do mundo, despertar emoções e fazer reflectir a nossa
própria existência. O texto literário, é arte de criatividade que representa o mundo, o
homem, a vida, através da palavra é tudo aquilo que envolve por sua natureza uma série de
significados não só transmitindo informações, mas criando sentidos que nos leva a
interpretar, pois é através dela que vivenciamos aquilo que lemos e criamos dentro de nós a
imagem proposta pelo texto.

A literatura é importante para os professores e alunos, pois constitui um instrumento de


educação, dela o individuo enriquece sua capacidade simbólica, pois quando lê ou até
mesmo escuta as histórias conseguem imaginar coisas extraordinárias como árvores
dançando, sapatos andando, pássaros falando.

A escola também tem a função de ampliar o domínio dos níveis de leitura de textos
literários e esta deve ocupar um lugar especial. Os professores enquanto, mediadores no
processo de ensino aprendizagem fundamentalmente os da disciplina de Língua Portuguesa
a incentivarem os alunos na utilização de textos literários em sala de aulas criando neles
ointeresse pela leitura, permitindo desenvolver habilidades de compreensão na
argumentação oral e escrita, e no enriquecimento do vocabulário.

O professor tem papel de motivador no processo de construção do aluno leitor, na busca


constante de textos narrativos actualizados que agreguem informações profundas.

O texto literário tem seu grande valor descoberto quando se entra em contacto com a obra
artística. Na sala de aula, além de se explorar as possíveis características estilísticas de
determinado autor ou de determinado texto, é muito mais proveitoso para o aluno realizar a
leitura literal, orientada e completa, desse mesmo texto (Maura, 2016).

Martins (1994), citado por Brito (2010, p. 3), define de uma forma bem simples e objectiva
o que é ler, “mostrando que este acto não é simplesmente um aprendizado qualquer, e sim
uma conquista de autonomia, que permite a ampliação dos nossos horizontes”. O leitor
passa a entender melhor o seu universo, rompendo assim as barreiras, deixando a
passividade de lado, encarando melhor a face da realidade. Ler faz parte de um contexto
pessoal, ajuda o leitor a desvendar os segredos do mundo, aumentando desta feita a
curiosidade e alimenta a imaginação.

9
Gaignoux (2014), considera que a prática da literatura, seja pela leitura, seja pela escritura,
consiste exactamente em uma exploração das potencialidades da linguagem, da palavra e da
escrita. Por meio da leitura de textos literários resgatamos lembranças mais especiais, que
fazem parte da nossa cultura de igual modo tem como finalidade a formação de cidadãos
críticos e conscientes.

O presente trabalho apresenta como tema influência da leitura de textos literários no


processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário
do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela.

Assim, a escolha do tema justifica-se a partir de algumas conversas formais de certas


manifestações de descontentamento entre professores de que os alunos não sabem ler, não
gostam de ler, não aprendem a ler e não entendem o que o texto diz. Estas questões,
levaram-nos a crer da existência de lacunas na formação dos alunos, fundamentalmente na
realização de actividades diversificadas na utilização de textos literários na sala de aulas
tais como poesias, romances, contos e outras, dificultando a compreensão e
desenvolvimento das habilidades leitoras.

Motivado por analisar a influência da utilização da leitura de textos literários no processo


de ensino-aprendizagem dos alunos chamou-nos atenção para a realização da pesquisa.

Em função dos aspectos supracitados formulou-se o seguinte problema de investigação:


Que influência tem a leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira
BG 1056 – Benguela?

A pesquisa formula objectivos de carácter gerais e específicos:

Geral:

Analisar a influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos


alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira
BG 1056 – Benguela.

Específicos:

 Sistematizar os fundamentos teóricos da influência da leitura de textos literários no


processo de ensino-aprendizagem dos alunos.

10
 Identificar as actividades que os professores promovem para a leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do
Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela.

 Descrever a influência da leitura de textos literários no processo de ensino-


aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo
Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela.

Perguntas de investigação

 Quais são os fundamentos teóricos que sustentam a influênciada leitura de textos


literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos?

 Que actividades os professores promovem para leitura de textos literários no


processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino
Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela?

 Que influência tem a leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem


dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante
Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela?

A pesquisa tem como objecto de estudo o processo de ensino-aprendizagem dos alunos da


9ª classe e o campo de acção circunscreveu-se na influência da leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino
Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela.

O trabalho apresenta valor teórico e prático. Assim, o valor teórico desta investigação
consiste em aprofundar os conhecimentos sobre a influência da leitura de textos literários,
apresentando uma visão sobre a compreensão dos textos literários na aprendizagem dos
alunos e na organização do processo de ensino-aprendizagem. Relativamente ao valor
prático, o trabalho oferecerá um conjunto de sugestões e orientações que uma vez
colocadas em prática, poderão contribuir para melhoria da utilização dos textos literários
que favorecerão o processo de ensino-aprendizagem na escola em estudo e o
desenvolvimento das habilidades da leitura nos alunos.

O trabalho está estruturado da seguinte da forma: introdução, no qual se destaca o


problema, perguntas de investigação, objectivos, campo de acção e objecto de estudo. No
primeiro capítulo são apresentados a fundamentação teórica, onde estão referenciados os
contributos necessários de vários autores sobre a influência da leitura de textos literários. O
segundo capítulo está dedicado à explicitação da metodologia adoptada para a realização da
11
pesquisa. Onde apresentamos a população, a amostra e identifica-se também os métodos e
descreve o ambiente investigativo. O capítulo terceiro trata da análise, discussão dos
resultados da investigação, contrastando com as teorias desenvolvidas no marco teórico.
Finalmente conclusões, sugestões, bibliografia e apêndices.

12
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

13
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, apresentamos os principais fundamentos teóricos que sustentam a nossa


abordagem científica da problemática em estudo, consubstanciado na perspectiva de
variados autores definindo inicialmente alguns conceitos-chaves para facilitar a
compreensão.

1.1. Definição de conceitos

Influência: “é o processo psicológico que actua sobre as actividades intelectuais, emoções


e acções de uma pessoa ou de um grupo modificando-as em conformidade com as
expectativas de outra pessoa ou grupo” (Galimbert, 2010, p. 639). Em nossa perspectiva o
conceito de influência pode ser entendido como o efeito de uma acção sobre outrém.

Leitura: segundo Martins (1994), citado por Basso e Silva (2013, p. 17):

é a maneira de interpretar um conjunto de informações ou determinado


conhecimento. Podemos considerá-la como um processo de compreensão de
expressões formais e simbólicas, onde o acto de ler refere-se tanto a algo escrito
quanto a outros tipos de expressão do ser humano, estabelecendo uma relação entre
o leitor e o que é lido.

Em nosso entender, leitura é o processo de compreensão dos códigos escritos, com o


objectivo de aquisição de novos conhecimentos, obter informações ou meramente para
entretenimento.

Textos literários: Barthes (1997), citado por Ferreira, (2007, p. 13), define “a literatura
como um monumento cultural capaz de abranger todas as áreas do saber humano”.
Entendemos que o texto literário é compreendido como um meio de estabelecer uma forma
de contrato de concordância entre leitor e autor. Dessa forma, a linguagem literária é
extremamente importante para uma formação linguística, além de demonstrar que forma de
escrita dos autores é o ponto alto de suas produções, e que a temática dos textos, na verdade
serve a essa linguagem artisticamente trabalhada.

Processo de ensino-aprendizagem: na visão de Libâneo (2013, p. 83) “compreende


acções conjuntas do professor e dos alunos pelos quais estes são estimulados a assimilar,
consciente e activamente, os conteúdos e os métodos, de assimilá-los com suas forças
intelectuais próprias bem como aplicá-los de forma independente nas várias situações

14
escolares na vida prática”. Em nossa opinião é o processo em que interagem professor e
alunos, com o objectivo de desenvolver habilidades e competências nos alunos.

1.2. Processo de ensino-aprendizagem da leitura de textos literários

O Processo de ensino-aprendizagem da leitura de textos literários, caracteriza-se pelo


desenvolvimento e transformação progressiva das capacidades intelectuais dos alunos em
direcção ao domínio dos conhecimentos e habilidade e sua aplicação. Neste processo a
leitura de textos literários constitui uma das competências chave e básicas no ensino
secundário do I Ciclo. Onde os alunos aprendem a utilização correcta da língua em
diferentes níveis e situações, que por sua vez influência o seu modo de se relacionar com o
mundo. É pelas palavras que expressamos e compreendemos o mundo que nos rodeia. De
tal modo que a aprendizagem em outras disciplinas e o sucesso nas classes subsequentes
estão relacionadas com a nossa capacidade linguística, denominada competência
linguística.

Para Gaignoux (2014) o papel do professor é fundamental, na medida em que é ele que,
concretamente, dá visibilidade ao acto de ler. É o professor que apresenta o livro, que expõe
e lê o texto, analisa-o, comenta-o, informa sobre os autores, sobre novas publicações;
enfim, aquele que transita pelo mundo das páginas, evidenciando sua experiência de leitor.
O professor é, dessa forma, o mediador entre o aluno e o livro. A afinidade entre o
professor e a leitura favorece a mediação.

Os alunos precisam entender a leitura como actividade interessante e motivadora, o que se


realiza, na escola, pela apresentação de textos que despertem sua atenção; pela oferta de
livros que, inicialmente, abordem assuntos de seus interesses, se aproximem de sua
linguagem (Gaignoux, 2014).

Segundo Rangel (2015, p. 15):

as dinâmicas de leitura “são utilizadas para auxiliar e fixar a aprendizagem,


para introduzir elementos que estimulem o trabalho de ler e aprender, para
incentivar habilidades necessárias ao estudo (observação, organização e
expressão de ideias, etc.), para diversificar actividades em todos os graus de
ensino e em qualquer disciplina”.

15
As dinâmicas de leituras, nos permitem desenvolver habilidades e superar as fraquezas de
compreensão e interpretação de textos literários .

Na visão de Sim-Sim (2007), citado por Azevedo (2012), o ensino da compreensão da


leitura tem de incluir, portanto, estratégias pedagógicas direccionadas para o
desenvolvimento do conhecimento linguístico dos alunos, para o alargamento das vivências
e conhecimento que possuem sobre o mundo e para o desenvolvimento de competências
específicas de leitura de textos literários. Para o desenvolvimento da competência
linguística requer a utilização de métodos e estratégias de ensino que proporcionam ao
professor orientação do processo de ensino de modo a garantir a aprendizagem dos alunos.
No entanto desenvolvimento de competências leitora de textos literários está ligada com a
busca pela qualidade de ensino, pois exige dos professores altas expectativas sobre o seu
trabalho e desempenho dos alunos, como também apresentar as melhores situações para que
a aprendizagem aconteça.

Segundo Alves (2010), para que a leitura de textos literários seja uma actividade aliciante, o
professor deve utilizar várias actividades, através das quais os alunos adquirem
progressivamente a sua autonomia, organizam e desenvolvem o seu pensamento”.
Passaremos a citar algumas actividades: resumo; reconto; descrição; retrato; concluir
histórias; composição colectiva; construir histórias a partir de imagens ou de palavras
dadas; jornal escolar; poesia; textos livres.

1.2.1 Textos literários e textos não literários

O processo de ensino-aprendizagem da leitura literária pode e deve ser um instrumento de


conhecimento e auto-conhecimento, partindo da sala de aula para a vida, embora se saiba
que o aluno já chega à escola com aquele letramento literário (num sentido mais amplo do
termo) adquirido dos familiares, amigos, dentre outros (Moura, 2016).

Os textos literários, segundo Becker (s/d) são baseados na vontade e imaginação do artista
e, portanto, são subjectivos. Sua função é entreter, e está ligado à arte.Por ser um texto
artístico, não tem compromisso com a objectividade e com a transparência das ideias.
Possui carácter estético, e não somente linguístico, onde a interpretação e significação
variam de acordo com a subjectividade do leitor. É comum o uso de figuras de linguagem e
de construção, assim como a subversão à gramática normativa. Exemplos: novelas, contos,
biografias, discursos, dramas, poemas, teatros e poesias.

16
Segundo Becker (s/d), os textos não-literários são textos informativos. Sua composição
utiliza factos para comprovar um ponto, e sua escrita é feita de forma objectiva. A
informação nos textos não-literários deve ser passada de modo a facilitar a compreensão da
mensagem, por isso o texto deve ser escrito de forma concisa e clara, de modo que o leitor
não tenha dificuldades para compreender as informações. Exemplos: livros didácticos,
documentos, artigos em revistas académicas, receita e manuais de instruções.

A leitura do texto literário libera a imaginação do leitor, e estimula a sua participação na


história no exercício lúdico de ler o mundo, ele age no processo de transformação da vida
dos alunos e é atraído pela qualidade de seu conteúdo. Entretanto a escola deve ficar atenta
para que haja uma interacção entre livro e vida, desenvolvendo o gosto pela leitura e a
formação de leitores críticos-criativos.

1.3. Motivação da leitura de textos literários no processo de ensino-


aprendizagem

“O educador deve saber o quanto sua prática e acção em sala de aulas é fundamental e que
sua mediação motivará ou não o aluno à prática da leitura” (Rauen, s/d, p. 3). Neste caso é
preciso motivar os alunos para a leitura de textos literários, sendo que o próprio professor
seria um exemplo de motivação. Na sala de aulas o professor deve enfatizar a real
influência da leitura dos textos literários e demonstrar que ele é apaixonado pela leitura
com o intuito de motivar os alunos a seguirem o exemplo.

No que concerne à motivação de auto-eficácia, esta remete para o sentimento de posse a um


objectivo exterior. Aplicando este conceito à leitura, Schunk & Rice (1993), citados por,
Rato (s/d, p. 9), referem que promover objectivos claros torna que as actividades de leitura
apresentem mais progressos na sua execução, ou seja, os alunos com elevada auto-eficácia
não só apreendem estes campos como se fossem seus, como ainda encaram o percurso
como sendo desafiador, trabalhando com afinco e usando estratégias cognitivas adequadas.

No processo de leitura, é fundamental que o texto literário desperte interesse no leitor e que
o ligue por uma questão pessoal, pois, segundo Marina & Válgoma (2007), citado por Rato
(2012, p. 9) “o desejo de fazer qualquer coisa depende do atrativo que essa acção revela”.
Além disso, a leitura deve despertar “afecto, atitude e motivação” pessoal, como atestam os
autores (Gutherie & McCann, 1997; Solé, 2000; Bártolo 2004; Curran & Smith, 2005; 186;
Sipe & McGuire, 2006 Citado por, Rato, 2012, p. 9).

17
De acordo Antunes (2009) citado por Gaignoux (2014, p. 211), a leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem deve ocorrer:

pelo estímulo a uma cultura do livro; pela fartura de um bom e diversificado


material de leitura; pelo acesso fácil e bem orientado a esse material; pela
diversidade de objectivos de leitura; pela frequência de actividades de ler e
de analisar materiais escritos; pela formação do gosto estético na
convivência com a literatura.

O papel do professor, enquanto mediador do processo de ensino-aprendizagem deve


procurar sensibilizar os alunos na escolha de leituras de textos literários fascinantes, que
estimulem o prazer para, mais tarde, procurarem leituras semelhantes.

1.4. Trabalhar a oralidade em textos literários nos alunos

Na perspectiva do ensino da língua através de texto literário, muitas vezes analisamos o


texto como uma espécie de língua estrangeira, pois o texto literário é muito complexo e
necessita de uma boa explicação e muita pesquisa, para que os alunos muitas vezes
entendam (Alves & Rodrigues, s/d).

Santos, Fonseca e Alves (2014) entendem que o professor precisa garantir em seu
planeamento que o texto literário entre como objecto de análise e interpretação, mas
também como prática social, resgatando a dimensão fruitiva da literatura. O aluno deve
desenvolver-se como leitor autónomo, com preferências, gostos e história de leitor. O texto
literário pode e deve ser trabalhado permanentemente, uma vez que é elemento fundamental
na construção da competência leitora e na formação do hábito leitor do estudante.

Nas salas de aulas, a aproximação leitor-texto literário nem sempre ocorre. Por motivos
vários, seja pelo pouco contacto com livros literários por parte dos alunos, sejam condições
físicas precárias por parte das escolas, seja a formação inadequada do professor, dentre
tantos outros (Maura, 2016).

Para Cosson (2009), citado por Gaignoux (2014, p. 212):

a prática da literatura, seja pela leitura, seja pela escritura, consiste


exactamente em uma exploração das potencialidades da linguagem, da
palavra e da escrita, que não tem paralelo em outra actividade humana. Por
essa exploração, o dizer mundo reconstruído pela força da palavra, que é a

18
literatura, revela-se como uma prática fundamental para constituição de um
sujeito da escrita. Em outras palavras, é no exercício da leitura e da escrita
dos textos literários que se desvela a arbitrariedade das regras impostas pelos
discursos padronizados da sociedade letrada e se constrói um modo próprio
de se fazer dono da linguagem que, sendo minha, também é de todos.

É necessário que os professores desenvolvam a criatividade do exercício da leitura para o


desenvolvimento da expressão oral dos alunos, a prática da oralidade nos alunos deve ser
feita constantemente na sala de aulas para a aquisição de conhecimentos e aperfeiçoamento
de hábitos e suas habilidades. Na visão de Gaignoux (2014, p. 212):

a questão do ensino da leitura literária envolve o exercício de


reconhecimento das singularidades e das propriedades compositivas que
matizam um tipo particular de escrita: o estético. Cabe, portanto, à escola
formar leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os
sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias.

O ensino da leitura da literatura, deve despertar no aluno o gosto de se familiarizar com


textos literários, a escola tem que se preocupar com a aprendizagem significativa dos
alunos disponibilizando recursos que permitam a utilidades dos textos literários no dia-a-
dia dos alunos e para poder reconhecer as suas indiferenças.“A literatura na escola suscita
práticas na sala de aula voltadas para o letramento literário dos alunos de modo a ampliar as
competências mais significativas para as actividades sociais, interactivas e de
encantamento, envolvendo actividades de fala, escuta, leitura, escrita, análise” (Gaignoux,
2014, p. 213).

As actividades voltadas para a formação de leitores, não se podem perder de vista a


importância da criteriosa selecção dos textos e da prática de leitura em voz alta pelo
professor. A forma de narrar também desperta a vontade de conhecer uma história. Ler
textos literários possibilita ao leitor o contacto com a arte da palavra, com o prazer estético
da criação artística, com a beleza trazida pela ficção, pela fantasia e pelo sonho, expressos
por um jeito de expressão singular, carregado de originalidade e encanto (Gaignoux, 2014).

Maura (2016), refere que não importando os motivos, a leitura literária sempre irá exigir
mais do leitor, seja prestando atenção ao ritmo de um poema, seja observando os traços
psíquicos de determinado personagem, seja admirando o ponto de vista de quem narra ou
ainda percebendo o discurso semi-oculto contido nas entrelinhas. É muito importante para o

19
aluno a convivência com os mais variados tipos de texto, pois cada um revelará ao leitor
uma faceta diferente da relação texto-mundo (Maura, 2016).

Ler textos literários, ajuda no crescimento da formação do próprio aluno. Os textos


literários exigem do leitor a máxima concentração e a capacidade de se socializar com a
informação obtida através da leitura.

Será necessário também que o professor articule diferentes situações de leitura: oral,
coletiva, individual e silenciosa, compartilhada; e que encontre os textos mais adequados
para alcançar os objectivos delineados para cada momento. O fundamental é conseguir que
a actividade de leitura seja significativa para os alunos, corresponda a uma finalidade que
eles possam compreender e compartilhem (Rauen, s/d).

É muito fundamental que os professores tenham o domínio da leitura dos textos literários,
de forma a desenvolver a aprendizagem significativa nos alunos. Os professores de todas as
áreas, ao invés de afirmarem que os alunos não têm o hábito da leitura, devem dedicar-se a
proporcionar muitas oportunidades para que todos descubram que ler é uma actividade
muito interessante, que a leitura proporciona prazer, diversão, conhecimento, enfim, uma
vida melhor. Essas oportunidades terão de ser tantas quantas forem necessárias para que o
aluno passe a gostar de ler e, por isso, sinta a necessidade da leitura e que esta torne-se
prática (Rauen, s/d).

Segundo Campêlo e Campêlo (s/d), textos literários é um elemento imprescindível no


processo de ensino-aprendizagem, além de estimular o prazer, também contribui na
construção da oralidade, permite ao leitor uma maior intimidade com a escrita e aguça a
curiosidade do que está ao seu redor, de entender e se posicionar diante do que está lendo,
entre tantos outros aspectos. É através desse contacto com a literatura que a criança começa
a se familiarizar com as letras, aprende a interpretar a si e o que está a sua volta.

1.4.1. Oralidade literária através do conto, romance e teatro

A oralidade literária, permite o desenvolvimento das capacidades e aptidões dos alunos


através dos contos, romances, teatros e etc. Pois se reflecte em momentos que prendem a
atenção do leitor, fazendo-o reflectir sobre o mundo imaginário, sobre a realidade a sua
volta e ter o domínio de desenvolver as suas habilidades e aumentar a curiosidade de
perceber sobre tudo que está ao seu redor. “O trabalho com os contos pode ser um estímulo
para desenvolver o gosto e, se possível, ao prazer da leitura, o enriquecimento vocabular e,
por conseguinte, para o amadurecimento da escrita” (Gaignoux, 2014, p. 207).

20
A utilização dos contos no processo de ensino-aprendizagem, incentiva no
desenvolvimento do gosto pela leitura e ajuda a obter conhecimento literário sobretudo na
maturação da escrita por parte dos alunos. Na mesma linha de pensamento Magalhães
Júnior (1972) citado por Gaignoux (2014, p. 216), considera que:

o conto é uma narrativa linear, que não se aprofunda no estudo da


psicologia dos personagens nem nas motivações de suas acções. Ao
contrário, procura explicar aquela psicologia e essas motivações pela
conduta dos próprios personagens. A linha do conto é horizontal: sua
brevidade não permitiria que tivesse um sentido menos superficial. Já
o romance, em vez de episódico, como o conto, é, ao contrário deste,
uma sucessão de episódios, interligados. E exige do autor tratamento
diverso, quer na apresentação dos acontecimentos, quer no estudo
dospersonagens. O romance explora os em sentido vertical, com uma
profundidade a que o conto não pode aspirar. Outra distinção, em que
insistem alguns críticos e ensaístas literários, é a de que o conto
geralmente narra um acontecimento pretérito, ao passo que o
romance narra história um acontecimento ou série de acontecimentos
no tempo presente, à medida que estes se desenrolam).

Para Fernandes e Campos (2003, p. 32), o resumo de um conto obedece a seguinte


estrutura:

 Ler integralmente o conto;

 Delimitar a sua estrutura tripartida: Introdução, desenvolvimento, e conclusão;

 Fazer o levantamento das várias sequências narrativas do desenvolvimento sob a


forma de frases-síntese;

 Detectar os momentos de pausa da acção;

 Registar o desfecho da acção apresentado na conclusão;

 Assinalar os vários articuladores do discurso, responsáveis pelo encadeamento


lógico das sequências narrativas e utilizá-los, sempre que necessário, no resumo;

 Elaborar o resumo, articulando as sequências narrativas de acordo com o texto-fonte


e eliminando os momentos de pausa;

21
 Ler novamente o texto-fonte e o resumo e verificar se há concordância entre os
textos, no que respeita à estrutura, sequencial temporal e referencial.

É essencial que os alunos passem mais tempo lendo diversificadamente os tipos de textos
literários, para obter domínio e competência de saber interpretar os contos, romances e
outros textos.

Na visão de Gaignoux (2014), o trabalho com esse género na sala de aula pode contribuir
para despertar no aluno tanto o desejo pela leitura quanto pela análise textual, levando-o a
perceber as marcas linguísticas que contribuem para a textualidade e para interpretação do
texto. O género em questão pode ser, portanto, um poderoso aliado tanto no
desenvolvimento da competência textual do aluno. Actividades que levem o aluno a
perceber as características do género bem como diferenciar os tipos de conto, podem,
efectivamente, desenvolver não só a capacidade de reconhecimento do género estudado,
bem como propiciar, pelo olhar crítico, a formação das preferências de leitura. O formato
actual do conto como narrativa curta constitui uma das vantagens para o trabalho desse
género em sala de aula.

O exercício do estudo do género literário na sala de aula fornece no aluno a ambição de se


aproximar a leitura literária. As actividades desenvolvidas pelo professor que conduzam o
aluno a compreender e saber diferenciar os tipos de géneros literários e constitui maior
relevância na aprendizagem do aluno, conforme ensina Pennac (1993), citado por Gaignoux
(2014, p. 215), que:

o professor não pode esquecer que, um romance conta, antes de tudo, uma
história; portanto, deve ser lido como um romance: saciando primeiro nossa
ânsia por narrativas. Recuperar na escola e trazer para dentro dela o prazer
da literatura é o ponto essencial para o sucesso de qualquer esforço de
incentivo à leitura.

O professor deve entender a leitura como prática intrínseca à sala de aula. O conto, género
do domínio literário, pode ser um recurso para o estímulo ao gosto pela leitura e,
consequentemente, ao enriquecimento vocabular e ao amadurecimento da leitura e, às
vezes, da escrita e, quem sabe, chegar ao prazer de ler (Gaignoux, 2014).

O professor deve transmitir aos alunos que a leitura de textos literários como o romance
por exemplo, é desenvolvido como uma história. Nesta óptica o professor deve entender
primeiro a leitura como uma motivação interna dentro da sala de aulas, para ter o domínio

22
do conto entre outros géneros literários para lhe servir como uma forma de incentivo aos
alunos e desenvolver neles o gosto pela leitura e sentirem-se prazeroso com o acto de ler.

Segundo Rauen, (s/d) afirma que uma multiplicidade de textos pode ser utilizada no
trabalho com a leitura, como: história em quadrinhos, piada, convite, classificado, conto,
relatório, acta, notícia, peça de teatro, manual de instruções, previsões de horóscopos,
boletins meteorológicos, poesia, slogan, oração, provérbio, informativo, jornalístico, carta,
bilhete, e-mail, crônica, panfleto, requerimento, manchete, lista telefônica, dicionário,
enciclopédia, receitas, instruções, regras de funcionamento, resumo, esquema, resenha,
literatura, propagandas, anedotas, charadas dentre outros.

Rauen (s/d, pp. 21-22), relata que:

a estrutura do texto oferece indicadores que permitem antecipar a


informação que veiculam e isso facilita enormemente sua
interpretação. Ensinar o que caracteriza cada um destes textos,
indicar as pistas que contribuem à sua melhor compreensão e fazer
com que o aluno adquira consciência de que pode utilizar as mesmas
formas que o autor usou para escrever, porém agora para interpretá-lo
é muito relevante.

Um primeiro motivo pelo qual é importante distinguir entre os textos que lemos é porque
eles são diferentes, têm estruturas e objectivos diferenciados. Não é da mesma forma que
vamos ler este artigo e um romance, nem a leitura de um relatório de pesquisa é a mesma
que a leitura de uma piada. Vale explicar no trabalho com os alunos que diferentes textos
despertam em quem lê, diferentes expectativas.

O ensino da competência leitora que articula-se com a teoria do teatro como espaço
libertador, e pode oferecer uma outra perspectiva de ensino baseada em uma interpretação
dos textos literários, alterando-se a expressão da linguagem escrita (contidas nos livros de
literatura) para linguagens corporais, pelo uso de exercícios e jogos de expressão, ou seja,
estimular o aluno a ler livros da biblioteca escolar com o uso das linguagens gestuais,
faciais, sonoras e corporais, de uma maneira cativante e criativa, onde o teatro de improviso
possibilita o fomento ao interesse pela leitura de diversos tipos de obras literárias ou não
(Santos, Fonseca e Alves, 2014).

Os alunos devem ser estimulados a lerem livros da biblioteca escolar, e adquirirem domínio
da percepção de linguagens gestuais, faciais, sonora e corporais. Para ter estes domínios é

23
importante que aprecie o teatro, que é uma das artes que se utiliza várias obras literárias. No
entanto, “o uso do teatro de improviso com trechos de obras literárias na sala tem
despertado o interesse do aluno a ler o livro que está sendo trabalhado por meio da
encenação” (Santos, Fonseca e Alves, 2014, p. 7). Assim, o teatro dentro da sala de aulas
ajuda o aluno a se familiarizar com o texto literário, desenvolver a criatividade, desenvolve
as suas capacidades e compreensão, como também estimula no aluno o gosto pela leitura.

1.5. A influência da leitura de textos literários no processo de ensino-


aprendizagem

A influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem é inegável,


uma vez que contribui para a formação de leitores, para o desenvolvimento de
competências e habilidades de leitoras, que representam as principais tarefas da escola.

De acordo Gaignoux (2014, pp. 213-214), para estimular os alunos a leitura de textos
literários ou mesmo desenvolver o gosto pela leitura, é importante entender que:

não se nasce com gosto pela leitura, do mesmo modo que não se
nasce com o gosto por coisa nenhuma. O acto de ler não é, por
conseguinte, uma habilidade inata. Se isso é verdadeiro para a leitura
de textos não literários, também o é para a leitura de “fruição do
belo”, que ultrapassa os interesses imediatos das exigências sociais e
profissionais. O prazer que o texto literário pode proporcionar e
apreendido por um estado de sedução, de fascínio, de encantamento.
Um estado que precisa ser estimulado, exercitado e vivenciado.

Assim, o gosto pela leitura resulta do conjunto de influências externas positivas, que
reforçam o comportamento do aluno para o hábito da leitura. É importante saber que o
gosto pela leitura desenvolve-se na medida em que nos mantemos mais próximos dos textos
literários ou quando a leitura desperta o prazer e garante ao aluno o sentido da compreensão
do texto e o desenvolvimento da sua expressão oral.

“Desse modo, a literatura possui a função maior de tornar o mundo compreensível,


transformando sua materialidade em palavras de cores, odores, sabores e formas
intensamente humanas. Necessita, portanto, ocupar um lugar especial na escola”
(Gaignoux, 2014, p. 212). A literatura tem a tarefa de transformar o universo, transformar a

24
mente do aluno para poder perceber as cores, odores, sabores no processo de ensino-
aprendizagem.

Na perspectiva de Gaignoux (2014), o convívio regular com os textos literários pode


resultar em mudanças do ponto de vista da apropriação da língua, o interesse pela leitura,
permite avanços significativos nas estratégias de argumentação oral e escrita, mais
facilidade na organização de ideias e evidente enriquecimento vocabular. O contacto
frequente com esse domínio discursivo permite melhorar as práticas de escrita, bem como
proporciona mais segurança na produção oral, pois, permite também os estudantes a
expressarem suas ideias e suas opiniões.

O aluno precisa entender o processo de escrita como um momento de interacção, ou seja,


escrever com um propósito planeado e definido. Formar leitores ou, ao menos, comprovar
que a leitura literária, além de poder vir a ser considerada pelos alunos uma actividade de
lazer, possibilita o contacto com novas realidades, reflecte nova visão de mundo e permite o
convívio com a língua em sua mais rica manifestação.

A literatura é considerada um bem cultural cujo acesso contribui para o desenvolvimento da


educação estética, da sensibilidade, da concentração, dos aspectos cognitivos e linguísticos,
do exercício da imaginação, além, de favorecer o acesso aos diferentes saberes sobre a
cultura de povos e lugares desconhecidos, seja do universo fictício ou real. A leitura
literária deixa em cada um dos leitores uma bagagem de experiências que nos define como
leitores e que se reflectem em nossa formação humana e profissional (Silva, s/d).

De acordo a visão de Maura (2016), a leitura e textos literários, contribui directamente para
o desenvolvimento cognitivo dos alunos, não somente na área de línguas, mas igualmente
nas demais áreas. Nesse sentido, é extremamente perceptível a diferença entre um aluno
leitor e outro aluno não acostumado às práticas de leitura. As respostas aos estímulos
geralmente são mais rápidas e mais precisas nos leitores do que nos não leitores. Ao que
parece, os alunos leitores organizam melhor suas ideias diante das propostas do professor, a
ponto de serem mais rápidos e mais precisos e fazem isso com um grau de facilidade maior
que os demais.

A literatura, por seu carácter lúdico-mágico é o caminho natural, a chave que abre a porta
de entrada principal que dá acesso ao mundo da leitura e a tudo o que ela pode nos
proporcionar. Conforme Gaignoux (2014), ressalta que é fundamental que as actividades na
sala de aulas devem incluir a leitura de textos literários, visto tratar-se de uma forma

25
específica de conhecimento. A experiência humana possui propriedades compositivas que
devem ser mostradas, discutidas e consideradas quando se trata de ler as diferentes
manifestações artísticas. É pertinente para o aluno a convivência com os mais variados
tipos de texto, pois cada um revela ao leitor uma faceta diferente da relação texto-mundo.

A leitura do texto literário é indispensável para o processo de ensino-aprendizagem,


influencia no desenvolvimento das habilidades da leitura, da escrita, da compreensão e
interpretação oral nos alunos, desperta neles o poder de exercitar a fantasia e a imaginação,
desenvolve a sensibilidade, amplia a visão de percepção do mundo, cria emoções e faz
reflectir sobre a própria existência.

Importa salientar a influência da leitura de textos literários para uma compreensão que nos
merece, uma vez que não há leitura sem compreensão, o que Magalhães (2006) citado por
Rato (2012, p. 7), apresenta os seguintes tipos de compreensão leitora:

Compreensão Literal: expressa o reconhecimento e memorização dos temas do texto,


nomeadamente, as ideias principais, identificação das personagens, as sequências da
narrativa. Contudo, o significado que o leitor consegue absorver assenta nas suas
experiências e no seu background.

Compreensão interpretativa: o leitor tem de possuir capacidade interpretativa, isto é, terá


de interagir com o texto, realizar novas inferências, assentes na reconstrução de
significados com conclusões explicáveis.

Compreensão avaliativa ou crítica: o leitor tece opiniões e comentários pessoais em


relação ao conteúdo do texto, analisando as intencionalidades do autor, recorrendo para
isso, à sua criatividade e imaginação, o que implica já um leitor com um nível cognitivo
bastante elaborado.

Compreensão de apreciação: permite verificar que transformações ocorrem no leitor


enquanto lê o texto, ou seja que interacção se estabelece entre o leitor e o autor.

É relevante que se tenha em conta esses quatro tipos de compreensão leitora, pois elas
ajudam no desenvolvimento das capacidades interpretativas dos alunos, tornando-os
reflexivos, bem como na melhoria das habilidades de leitura e compreensão de textos, e da
sua qualidade de aprendizagem significativa.

No entanto, o pensamento de Gaignox (2014), enfatiza que o aluno, deve procurar ter o
prazer ou o privilégio de se familiarizar com diversos textos literários, pois sabe-se que

26
cada texto desenvolve uma forma diferente do conto ou da história, e cabe ao aluno
interpretar o que texto lhe transmite.

1.5.1. Papel do leitor de textos literários

A leitura é uma actividade interactiva e o papel do leitor neste processo é de construtor.


Aquele se utiliza de estratégias como selecção, antecipação, inferência e verificação para
construir o sentido do texto. Segundo a definição geral de Leffa (1996) citado por
Malaquias, Vieira e Barros (2015, p. 5) “ler é, na sua essência, olhar uma coisa e ver outra,
é reconhecer o mundo através de espelhos”, e esses espelhos podem ter diferentes leituras
dependendo dos seus observadores, ou seja, do leitor, que é elemento relevante no processo
de leitura.

De acordo Shaw e Harry (1978) citados por Fernandes (2004, p. 11):

em literatura, a exposição é a forma do discurso que explica, define e


interpreta. Abarca todo gênero de composições orais ou escritas que não
tenha como principal finalidade descrever um objecto (descrição), contar
uma história (narração) ou defender uma posição (argumentação). O termo
exposição aplica-se também á primeira parte dum enredo, na qual se dá a
informação de fundo ou de base [...]. A matéria dos artigos de revista, dos
artigos de fundo e dos ensaios é geralmente, quase toda ela expositiva; as
peças de teatro, os romances, os contos e uma boa parte da poesia incluem
também alguma exposição, embora nos gêneros referidos sejam outros os
elementos dominantes do discurso.

Para ler e compreender o texto é importante ter conhecimentos prévios sobre o que se está
lendo. O leitor de textos literários atribuirá diferentes significados para a sua leitura de
acordo com o seu conhecimento do assunto lido. Segundo Leffa (1996), citado por,
Malaquias, Vieira e Barros (2015, p. 5) „„o conteúdo não se transfere no texto para o leitor,
mas antes se reproduz no leitor‟‟. Ao ler um texto literário, é necessário que haja a
capacidade de concentração por parte do leitor, para estar a par do conteúdo que está ler e
sentir-se ligado com o texto literário. Pois o acto de ler exige a compreensão e interpretação
do que se lê.

27
1.6. Bibliotecas para incentivo a leitura de textos literários

A biblioteca escolar é uma instituição do sistema social que organiza materiais


bibliográficos, audiovisuais e outros meios e os coloca à disposição de uma comunidade
educacional. Constitui parte integral do sistema educacional e participa de seus objetivos,
metas e fins. A biblioteca escolar “é um instrumento de desenvolvimento do currículo e
permite o fomento da leitura e a formação de uma atitude científica; constitui um elemento
que forma o indivíduo para a aprendizagem permanente; estimula a criatividade, a
comunicação, facilita a recreação, apoia os docentes em sua capacitação e lhes oferece a
informação necessária para a tomada de decisões na aula” (Costa, 2013, p. 24).

A biblioteca integra a escola, disponibiliza informação e auxilia os professores nas ações


pedagógicas e no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a biblioteca escolar
prepara o indivíduo para a aprendizagem ao longo da vida, proporciona o desenvolvimento
do pensamento crítico e inovador, “preparando-os para viver como cidadãos responsáveis”
(Costa, 2013, p. 25) na actual sociedade da aprendizagem.

De acordo com Hillesheim e Fachin (1999), citado por Costa (2013, p. 26), os objectivos
básicos da biblioteca escolar são:

 Ampliar conhecimentos, visto ser uma fonte cultural;

 Colocar à disposição dos alunos um ambiente que favoreça a formação e


desenvolvimento de hábitos de leitura e pesquisa;

 Oferecer aos professores o material necessário à implementação de seus trabalhos e


ao enriquecimento de seus currículos escolares;

 Proporcionar aos professores e alunos condições de constante actualização de


conhecimento em todas as áreas do saber;

 Estimular nos alunos o hábito de frequência a outras bibliotecas em busca de


informações e/ou lazer; integrar-se com outras bibliotecas, proporcionando
intercâmbios culturais, recreativos e de informações.

Os professores têm, num amplo sentido, o desafio de buscar, dentro do processo educativo,
formas criativas para cativar e atrair os alunos para obras contidas na biblioteca escolar
através do gosto pela leitura (Santos, Fonseca e Alves, 2014).

28
Na perspectiva de Jesus e Caliari (s/d), a compreensão do valor que deve ser dado à
biblioteca, ao contrário do que muitos pensam, não deve estar apenas na consciência dos
professores de Língua Portuguesa. Concebê-la como lugar onde o aluno experimenta,
através da leitura, outras sensações distintas daquelas vivenciadas em sala de aula, é dever
de todos os profissionais envolvidos na estrutura escolar.

A biblioteca é um espaço especialmente importante na escola, os educadores precisam criar


estratégias para motivar os alunos a se sentirem convidados a frequentá-la com ou sem o
professor, concebendo-a como um lugar onde se pode, além de pesquisar, experimentar o
prazer que o livro pode trazer, sensorialmente ter contacto com diversas obras, exercer seu
poder de escolha e construir seu gosto de leitor. Para isso, a implantação de novas
bibliotecas e a organização das já existentes é imprescindível (Jesus e Caliari, s/d).

Entretanto, a biblioteca é um lugar onde se pode encontrar conteúdos de diversos tipos de


textos literários. Onde os alunos terão o prazer de lerem várias obras literárias que lhes
incentiva a passar mais tempo, para desenvolver suas habilidades de leitura, escrita,
compreensão e expressão oral e criar mais gostos de pesquisar e enriquecer os seus
vocábulos.

29
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO

30
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
Neste capítulo é dedicado a metodologia da investigação, onde apresentamos de forma
detalhada a modalidade de pesquisa adoptada para a o desenvolvimento da pesquisa, os
métodos e instrumentos utilizados para a sua operacionalização, como também a população
sobre a qual recai a pesquisa. Também neste capítulo apresentamos a caracterização da
escola e os procedimentos utilizados para definir a amostra em estudo.

2.1. Tipo de pesquisa

O trabalho realizou-se com base uma pesquisa do tipo exploratório-descritivo com


abordagem qualitativa e quantitativa, sendo que “a pesquisa exploratória não requer a
elaboração de hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objectivos e
buscar informações sobre determinado assunto de estudo. Este tipo de pesquisa é realizado
quando o tema é pouco explorado e ainda considerada como etapa inicial para outros tipos
de pesquisa” (Cervo, Bervian e Da Silva 2013, p. 63). A pesquisa descritiva segundo
Rampazzo (2013, p. 53), é aquela que “procura descobrir com a precisão possível, a
frequência com que um fenómeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e
suas características”. A abordagem quantitativa proporcionada pela colecta dos dados
através dos questionários aplicados aos alunos serviu para recolher as opiniões sobre a
problemática da influência da leitura de textos literários dos alunos da 9ª classe da escola
em referência. A abordagem qualitativa através da grelha de observação das aulas permitiu
triangular toda informação recolhida, bem como a entrevista dirigida aos docentes e a
direcção da escola tendo em conta a combinação dos dois enfoques (quantitativo e
qualitativo).

2.2 Métodos e técnicas de investigação


Para o alcance dos objectivos elaborados utilizamos métodos de nível teórico e empíricos.

Métodos de nível teórico:

Analítico - Sintético: para Marconi e Lakatos (2011, p. 290) “estuda os factos partindo da
decomposição do objecto de estudo, em cada uma das partes, de forma individual (análise)
e, em seguida, estas partes são integradas para poder estudá-las de maneira integral
(síntese)”. Permitiu efectuar a análise do pensamento de diversos teóricos para fundamentar
o tema em estudo e sintetizar a perspectiva do nosso trabalho.

31
Indutivo-Dedutivo: segundo Andrade (2003, p. 91) “a indução é o caminho inverso da
dedução. Isto é, a cadeia do raciocínio estabelece conexão ascendente, do particular para o
geral”. O mesmo autor define dedução “como o caminho das consequências, pois uma
cadeia de raciocínio em conexão descendente, isto é do geral para o particular”. Este
método permitiu chegar a determinadas conclusões sobre a influência da leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos.

Pesquisa bibliográfica: para Cervo, Bervian e Da Silva (2013, p. 60) “este método procura
explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros
dissertações e teses”. Com a pesquisa bibliográfica buscou-se conhecer as contribuições
culturais ou cientificas concernente ao tema que está em estudo.

Métodos de nível empírico:

Assim sendo, neste trabalho destacam-se os seguintes métodos empíricos:

Inquérito por questionário: na visão de González, Fernández e Camargo (2014, p. 31) “é


um conjunto de perguntas normatizadas dirigidas a uma amostra representativa da
população ou instituições com o fim de conhecer sejam, estados de opinião, ou factos
específicos”. Por meio do boletim de inquérito aplicado aos alunos este método permitiu a
colecta de dados sobre a influência da leitura de textos literários no processo de ensino-
aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo
Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela.

Inquérito por entrevista: segundo Selltiz et al. (1967) citado por Gil (2014, p. 109) “é
uma forma de interacção social, e é bastante adequada para obtenção de informações acerca
do que as pessoas sabem, creem, esperam, sentem ou desejam”. A entrevista foi
operacionalizada por um roteiro de entrevista e permitiu a colecta de dados aos professores
e a um dos membros da direcção da escola sobre a influência da leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª classe da escola em estudo.

Observação as aulas: para Rampazzo (2013, p.35) “consiste em aplicar atentamente os


sentidos a um objecto, para se poder adquirir um conhecimento claro e preciso”. A
observação permitiu assistir atentamente as aulas dos professores da 9ª classe, para obter
informações e compreender a influência da leitura de textos literários no processo de
ensino-aprendizagem.

Procedimento matemático-estatístico: para a análise e tratamento estatístico da


informação recorremos ao procedimento matemático – estatístico, que é uma técnica que na

32
opinião de Gil (2014, p. 17) “consiste na utilização da teoria estatística da probabilidade e
constitui um importante auxilio para a pesquisa”. Facilitou a tabulação dos dados
quantitativos obtidos pelo inquérito por questionário através do programa excel, onde os
mesmos foram digitados nas planilhas do referido programa e transformados em tabelas
para facilitar a sua apresentação, análise e interpretação.

2.2.1. Técnicas e instrumentos de recolha de dados

Os métodos de pesquisa foram operacionalizados pela utilização de instrumentos de colecta


de dados aplicados na escola em que se realizou a pesquisa. Assim, utilizou-se os seguintes
instrumentos:

 Boletim de inquérito por questionários aos alunos da 9ª classe, cujo objectivo foi de
captar ideias dos alunos sobre a influência da leitura de textos literários no processo
de ensino-aprendizagem.

 Roteiro de entrevista aos professores da 9ª classe e a um membro da direcção da


escola cujo objectivo foi recolher informações sobre o problema em estudo.

 Grelha de observação as aulas dos professores da 9ª classe, o objectivo centrou-se


em assistir as aulas dos professores para analisar a influência da leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem.

Tabela 1- Técnicas e instrumentos de recolha de dados

TÉCNICAS INSTRUMENTOS SUJEITOS

Entrevista Roteiro de entrevista Professores e direcção


Inquérito Questionário Alunos
Observação Grelha de observação Professores

2.3. Caracterização de escola


A investigação foi realizada na escola do I Ciclo do Ensino secundária Comandante Tomás
Ferreira-Benguela. Está localizada no município de Benguela, zona D, província de
Benguela. Foi fundada no ano de 1989, com a finalidade de responder as necessidades
daquela comunidade. A escola conta para este ano de 2018 com 24 salas de aulas do tipo
definitivo, e com um total de 101 professores e dentre eles tem 12 Técnicos médios dos
quais 5 são do sexo feminino, 30 Bacharéis dos quais 14 são do sexo feminino, 59
Licenciados dos quais 36 são do sexo feminino.

33
2.4. População e amostra
Na perspectiva de Fortin et al. (2009), citado por Mendes e Manuel (2016, p. 117)
“população, é um grupo de pessoas ou de elementos que têm características comuns, sobre
a qual se faz o estudo”. A população afecta à investigação, está constituída por 3 membros
de direcção da escola; 244 alunos da 9ª classe, sendo 136 do género feminino; 2 professores
que leccionam a disciplina de Língua Portuguesa na 9ª classe, entre os quais 1 do género
feminino.

A amostra é representativa na medida em que, dá conta da diversidade da população de


onde ela foi extraída e reproduz dela as principais características, tendo em conta as
variáveis em estudo e é significativa a medida em que o tamanho da amostra reflecte o mais
possível a diversidade da população (Mendes e Manuel, 2016). Assim, selecionou-se de
forma aleatória simples 24 alunos da 9ª classe, equivalente a 10% da população. E de forma
intencional selecionou-se 2 professores de Língua Portuguesa na 9ª classe, equivalentes a
100% e 1 membro da direcção da escola na razão de 33.3%.

Dos alunos inquiridos 12 são do sexo masculino, igual número para feminino. Quanto as
idades dos alunos participantes 4 têm 14 anos de idade, 17 têm 15 anos de idade e 2 têm 16
anos de idade.

34
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO

35
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO

No presente capítulo, faremos a apresentação, análise e interpretação dos resultados dos


instrumentos submetidos a amostra em estudo na escola em que se realizou a pesquisa.

3.1. Apresentação, análise e interpretação dos resultados do inquérito por


questionário dirigido aos alunos
Para a compreensão do tema e aprofundar o estudo, recolheu-se informações aos alunos por
meio de inquérito por questionário, sendo que os dados obtidos serão analisados tendo em
conta os argumentos teóricos sistematizados no primeiro capítulo da pesquisa.

Tabela 2- Gostas de ler textos literários?

Opções Frequência Percentagem

Sim 22 91,6%

Não 2 8,3%

Total 24 100%

Dos alunos inqueridos, 22 equivalentes a 91,6% gostam de ler textos literários, enquanto 2
alunos que perfazem 8,3% não gostam de ler textos literários.

Os dados obtidos revelam que os alunos gostam de ler textos literários, o que pode
favorecer positivamente sobretudo na influência da leitura dos textos literários. Na visão de
Gaignoux (2014), refere que o exercício da leitura literária envolve a auto-aprendizagem e
desenvolve no leitor a capacidade de compor.

Tabela 3- Já leu algum texto literário sugerido pelo professor?

Opções Frequência Percentagem

Sim 23 95,8%

Não 1 4,1%

Total 24 100%

36
Dos 24 alunos inquiridos que totalizam 100% da amostra em estudo, 23 equivalentes a
95,8% já leram alguns textos literários, 1 aluno que perfaz 4,1% diz que nunca leu nenhum
texto literário sugerido pelo professor.

Os dados evidenciam que os alunos já leram alguns textos literários sugeridos pelos
professores, pois é muito fundamental que os alunos criem hábitos de leituras de textos
literários para desenvolverem as suas habilidades na escrita e na própria leitura, para
Cosson (2009), a prática da literatura, seja pela leitura, seja pela escritura, permite o
desenvolvimento das habilidades da linguagem, da palavra e da escrita. Ou seja, é nas
práticas da leitura e da escrita de textos literários que o aluno desenvolve a capacidade da
compreensão oral e da escrita.

Tabela 4- Você sente-se motivado ao ler textos literários?

Opções Frequência
Percentagem

Sim 23 95,8%

Não 1 4,1%

Total 24 100%

Dos 24 alunos inqueridos que totalizam 100% da amostra em estudo, 23 equivalentes a


95,8% dizem que sentem-se motivados ao ler textos literários, 1 aluno que perfaz 4,1% diz
que não sente-se motivado ao ler texto literário.

Os dados indicam que os alunos sentem-se motivados ao ler textos literários, que já é um
passo muito importante para o desenvolvimento das suas aprendizagens, segundo Rato
(2012), atesta que para a realização de uma determinada actividade depende muito nosso
interesse, pois quando lemos, devemos despertar o espírito de afeição, atitude e nos
serntirmos motivados sobretudo na leitura que fizemos para assim podermos compreender
de forma íntima o que lemos.

37
Tabela 5- Que textos literárias você já leu?

Opções Frequência Percentagem

Romance 1 4,1%

Conto 4 16,6%

Teatro 0 0%

Poesia 17 70,8%

Outros 2 8,3%

Total 24 100%

Sobre os textos literários lidos pelos alunos, 1 aluno que soma 4,1% diz que lê textos de
romance, 4 alunos que totalizam 16,6% dizem que lêem textos de contos, 17 alunos que
perfazem 70,8% dizem que lêem textos de poesias, 2 alunos que somam 8,3% dizem que
lêem outros tipos textos literários.

Os dados da tabela revelam que, os alunos lêem mais livros poéticos, assim, a poesia é um
instrumento relevante no processo de aprendizagem dos alunos, que os estimula, os provoca
e os encanta, bem como desperta nessas novas emoções, sentimentode alegria, tristeza entre
outros que os motivam a se envolverem, também a vivenciarem outras sensações e sonhos.
Pois a poesia, deve ou poderia ser o género escolhido para ajudar os alunos a desenvolver e
despertar o gosto pela leitura, visto que esse género, pela sua linguagem poética, atrai e
estimula o interesse a leitura aos alunos, na visão de Gaignoux (2014), a prática da leitura
de textos literários dentro da sala de aulas ajuda muito os alunos a desenvolverem o gosto
pela leitura, quanto pela análise textual fazendo-os entender as marcas linguísticas que
contribuem para a textualidade e para interpretação do texto.

38
Tabela 6- Que textos literários o professor te motiva para ler?

Opções Frequência Percentagem

Aventura 0 0%

Conto 4 16,6%

Teatro 0 0%

Poesia 15 62,5%

Outros 5 20,8%

Total 24 100%

Dos 24 alunos equivalente a 100%, 4 que perfazem 16,6% dizem que o professor lhes
motiva a ler textos de conto, 15 que perfaz 62,5% dizem que o professor lhes motiva a ler
textos de poesia e 5 alunos equivalentes a 20,8% dizem que o professor lhes motiva ler
outros textos literários.

Os dados permitem sustentar que, os professores motivam os alunos fundamentalmente na


leitura de livros poéticos, desta maneira, eles conseguem organizam melhor suas ideias
diante das propostas do professor, podem ser mais criativos na construção de seus próprios
conhecimentos e desenvolverem mais gostos pela leitura literária, na perspectiva de Rauen,
(s/d), o professor deve ter em conta sobre a sua actividade prática dentro da sala de aulas
como uma forma de motivar os alunos para lerem textos literários e aluno por si só
desenvolver-se como um leitor autónomo.

39
Tabela 7- Quem tem te incentivado para leitura dos textos literários?

Opções Frequência Percentagem

Família 2 8,3%

Professor 22 91,6%

Amigos 0 0

Outros 0 0

Total 24 100%

Dos 24 alunos equivalente a 100%, 2 que perfazem 8,3% dizem que a família é que lhes
incentiva a ler textos literários, 22 que perfaz 91,6% dizem que o professor é que lhes
incentiva a ler textos literários.

Os resultados demonstram que são os professores que mais incentivam os alunos na leitura
de textos literários, o gosto pela leitura é despertado pelo próprio entusiasmo do professor
que incentiva o aluno ao aproximar-se dos livros. Para formar leitores, é preciso que o
mediador desse processo se interesse porlivros de tipos variados e que compartilhe suas
descobertas e aprendizagens. Para facilitar a formação de leitores, é necessário que o
professor se apresente como leitor, actualizado e participante. Segundo Frantz (2011), é
muito fundamental que o aluno conviva com vários tipos de textos literários, assim o
ajudará a desenvolver suas capacidades mentais em compreender e interpretar o que lê.

40
Tabela 8- Onde adquire os textos literários que você tem lido?

Opções Frequência Percentagem

Biblioteca municipal 1 4,1%

Biblioteca escolar 19 79,1%

Livraria 0 0

Outras escolas 1 4,1%

Internet 1 4,1%

Em casa 2 8,3%

Outros 0 0%

Total 24 100%

Sobre aquisição dos textos literários lidos pelos alunos, 1 aluno que soma 4,1% diz que
adquiri na biblioteca municipal, 19 alunos que totalizam 79,1% dizem que adquirem na
biblioteca escolar, 1 aluno que perfaz 4,1% diz que adquiri em outras escolas, 1 aluno que
perfaz 4,1% diz que adquiri na internet, 2 alunos que somam 8,3% dizem que adquirem em
casa.

Os dados indicam que existe um número maior dos alunos que adquirem os textos literários
na biblioteca escolar. A biblioteca escolar deve ser utilizada no sentido de incentivar os
alunos na leitura, sendo que os professores devem estimular os alunos a frequentar ou
utilizar constantemente a biblioteca, para que desenvolvam o hábito da leitura e ampliem
seus conhecimentos. Assim, na perspectiva de Costa (2013), a biblioteca escolar é uma
instituição do sistema social que organiza materiais bibliográficos, audiovisuais e outros
meios e os coloca à disposição de uma comunidade educacional.

41
Tabela 9- Que influência tem a leitura de textos literários no processo de ensino-
aprendizagem?

Opções Frequência Percentagem

Desenvolvimento da compreensão 7 29,1%


oral

Desenvolvimentoda expressão 7 29,1%


oral

Desenvolvimento a auto-estima 2 8,3%

Desenvolvimento de competência 2 8,3%


em expressão escrita

Adquirir vocabulário 1 4,1%

Desenvolvimento competências 6 25%


em leitura

Total 24 100%

Dos alunos inquiridos, 7 que perfazem 29,1% dizem que influenciam no desenvolvimento
da compreensão oral, 7 que perfazem 29,1% dizem que influenciam no desenvolvimento da
compreensão oral, 2 que perfazem 8,3% dizem que influenciam no desenvolvimento da
auto-estima, 2 que somam 8,3% dizem que influenciam no desenvolvimento da
competência em expressão escrita, 1 que perfaz 4,1% diz que influência na aquisição de
vocabulário e 6 que somam 25% dizem que influenciam no desenvolvimento da
competência em leitura.

Os dados permitem sustentar que a leitura de textos literários influenciam porque permite o
desenvolvimento da compreensão oral, da expressão oral e das competências em leitura, na
visão do Souza, Girotto e Silva (2012), a leitura de textos literários influenciam porque têm
como propósito ensinar os alunos sobre como se processa a leitura e as estratégias para
alcançar a compreensão profunda do texto, o que poderá contribuir de forma favorável para
o desenvolvimento cognitivo dos alunos, quer na sua capacidade de leitura, interpretação,
imaginação e aquisição de novos conhecimentos.

42
Tabela 10- Durante a fase da leitura de um texto literário que actividades teu professor tem
desenvolvido?

Opções Frequência Percentagem

Resumo do texto 15 62,5%

Reconto do texto 4 16,6%

Exercício da escrita 4 16,6%

Dramatização do texto 1 4,1%

Total 24 100%

Dos 24 alunos equivalentes a 100% da amostra em estudo, 15 que perfazem 62,5% dizem
que durante a fase da leitura a actividade que o professor desenvolve é o resumo do texto, 4
que perfazem 16,6% dizem que durante a fase da leitura a actividade que o professor
desenvolve é o reconto do texto, 4 que somam 16,6% dizem que durante a fase da leitura a
actividade que o professor desenvolve é o exercício da escrita, 1 que perfaz 4,1% diz que
adurante a fase da leitura a actividade que o professor desenvolve é a dramatização do
texto.

Os dados da tabela indicam que durante a fase de leitura do texto literário, os professores
têm implementado a técnica de resumo de texto, que em nossa perspectiva permite não só a
compreensão do texto, como também o desenvolvimento da capacidade de interpretação
dos alunos, daí a sua influência no processo de ensino-aprendizagem. Na visão de
Gaignoux (2014), a leitura de textos literários facilita a aquisição de competências como a
fala, a escuta, a leitura, a escrita e análise. Esta última pode ser adquirida mediante
actividades de resumo de textos tal como nos apresenta os resultados da tabela em análise.
Assim, pode-se afirmar que o resumo de textos pode desenvolver a capacidade de análise.
Na mesma linha de pensamento Rauen (s/d), sustenta que é importante que o professor não
se limite a utilizar uma única estratégia ou actividade, tal como ilustra a tabela, mas sim,
articular diferentes estratégias e actividades para que leitura de textos literários tenha
resultados significativos na formação e desenvolvimento de competências.

43
3.2. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da entrevista aos
professores
Foram entrevistados 2 professores da 9ª classe, sendo professora A do sexo feminino e o B
do sexo masculino.

Questionado se os teus alunos gostam de ler textos literários, obtivemos as seguintes


respostas:

Professor A: Não, os meus alunos não gostam de ler.

Professor B: Sim, os meus alunos gostam de ler.

As respostam dos entrevistados o professor A e B divergem, enquanto o professor B,


afirma que os seu alunos gostam de ler, já o professor A responde que seus alunos não
gostam de ler os textos literários. Deste modo, o professor deve procurar incentivá-los a
criar gosto de leitura de textos literários, deve procurar transmitir aos alunos que é
pertinente usá-los para aumentarem a capacidade de compreensão e expressão oral.

Sobre que textos literários os teus alunos gostam de ler, os entrevistados afirmaram da
seguinte maneira:

Professor A: Os meus alunos gostam de ler poesias.

Professor B: Os meus alunos gostam de ler poesias.

O resultado obtido permite aferir que os alunos têm preferência pela poesia. A poesia,
inspira harmonia, eleva as ideias e desperta o sentimento do belo, os professores devem
transmitir essa inspiração aos alunos e incentivarem a lerem mais outros tipos de textos
literários como o conto, romance, etc, para se familiarizarem com vários tipos de textos
literários, e ajudá-los no desenvolvimento das suas habilidades e competências leitoras.
Apesar de se constatar uma contradição com relação ao professor A, visto que na questão
anterior afirma que os alunos não gostam de ler e nesta relata que gostam de ler poesias,
sendo uma transcrição literal da opinião do entrevistado restanos apenas respeitar.

Questionados sobre quais os textos literários que tem incentivado os teus alunos a ler,
os professores responderam da seguinte maneira:

Professor A: Incentivo-os a lerem poesias.

Professor B: Incentivo-os a lerem contos.

44
O professor A, incentiva os seus alunos a lerem poesias. Já o professor B, incentiva seus a
lerem contos. Os professores devem incentivar os alunos a lerem poesias e contos.
Também constituiu maneira ideal de manter os alunos em contacto com a literatura, pois
o professor deve ser a fonte de inspiração de seus alunos, ajudando-os a desenvolver as
suas competências leitoras.

Também questionou-se aos professores onde adquires os textos literários que tem
utilizado nas tuas aulas, as respostas foram as seguintes:

Professor A e B são unanimes e respodem que adquirem na livraria.

A entrevista permite aferir que os professores adquirem os textos literários na livraria e


constitui um passo muito importante e facilita o auto desenvolvimento das suas
capacidades. A escola deve preocupar-se colocar a disposição dos professores e alunos materiais
didácticos, fundamentalmente concernente a literatura literária, na biblioteca escolar para
incentivar seu uso, de modo a proporcionar a interpretação e compreensão oral dos estudantes.

Sobre que influência tem a leitura de textos literários, os professores responderam da


seguinte forma:

Professor A: no desenvolvimento da compreensão oral.

Professor B: permite desenvolver competências em expressão escrita.

Quanto a esta questão, o professor A, diz que a leitura literária influência ou permite o
desenvolvimento da compreensão oral. Enquanto o professor B, diz que a leitura literária
influência ou permite o desenvolvimento das competências e habilidades em expressão e
escrita. A compreensão oral e a competência da escrita dos alunos permite
desenvolvimento de competência linguística no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos.

Sobre que actividade tem promovido para a leitura de textos literários, obtivemos as
seguintes respostas:

Professor A: desenvolvo as actividades de exercícios de escrita.

Professor B: desenvolvo actividades de reconto do texto.

Os dados revelam que os professores desenvolvem penas actividades de exercícios de


escrita e de reconto do texto.

as actividades de leitura de textos literários, assim os ajudaria a terem mais domínios como
no exercício da escrita e de reconto do texto. Os professores devem promover actividades
45
diversificadas no processo de ensino-aprendizagem que incluem fundamentalmente para
estimular os alunos na utilização dos textos literários.

3.3. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da entrevista a


um membro da direcção da escola
Para aprofundar o tema em estudo, realizou-se uma entrevista a um membro da direcção da
escola, com a finalidade de obter suas percepções sobre a influência da leitura de textos
literários.

Questionado se acha que a utilização da leitura de textos literários ajuda a despertar o


gosto pela leitura por parte dos alunos, o entrevistado respondeu que: sim.

A entrevista permite aferir que a utilização de textos literários ajuda sim a despertar o gosto
pela leitura por parte dos alunos, ela oferece bons textos que prendem o leitor e ajuda a
desenvolver a sua criatividade como leitor e interpretar de forma ágil.

Questionado se em sua opinião, porque que se deve utilizar a leitura de textos


literários no processo de ensino-aprendizagem, o entrevistado respondeu que: para
obter hábitos e habilidades na leitura e interpretação de conteúdos.

O resultado indica que deve-se utilizar a leitura de textos literários no processo de ensino-
aprendizagem, para desenvolver hábitos e habilidades leitoras e na interpretação e
compreensão dos textos nos alunos.

Questionado se a leitura de textos literários, desenvolve as habilidades da expressão e


escrita nos alunos, o entrevistado respondeu: sim desenvolve.

Segundo os resultados da entrevista entende-se que os textos desenvolvem habilidades da


expressão escrita dos alunos. Assim, uma vez que os textos literários permitem o
desenvolvimento da compreensão oral e escrita, do mesmo modo também desenvolve
hábitos e habilidades para uma aprendizagem significativa dos alunos.

Sobre que actividades os professores promovem para leitura de textos literários, o


entrevistado respondeu: para além de acompanharem os conteúdos planificados,
acompanham os alunos n a biblioteca.

Os resultados revelam que os professores incentivam a biblioteca e acompanham com os


conteúdos programados para a aula. Os professores devem sempre promover actividades
sobre a leitura de texto literários, para ajudarem os alunos a compreenderem o que lêem. A

46
promoção de leitura de textos literários depende da eficácia das estratégias e das actividades
utilizadas pelos professores.

Questionado se consideras que a leitura de textos literários influencia no nos alunos?


Porquê? respondeu que: sim. Porque desenvolve no aluno sentimento de amor ao próximo.

Conforme os resultados apresentados a utilização de textos literários influencia no


desenvolvimento cognitivo dos alunos. Porque os textos literários, desenvolvem neles
capacidades de reflexão sobre uma determinada leitura. Os alunos sentem-se grande atração
quando lêem um conto, romance ou histórias, prende a atenção dos alunos.

Questionado se a escola possui uma biblioteca que permita os alunos consultar obras
literárias, o entrevistado respondeu que: possui.

Segundo os dados da entrevista entende-se que é pertinente que as escolas possuam


bibliotecas, porque incentivam ou contribuiem de forma significativa aos alunos
investigarem e a estarem mais próximo dos materiais didácticos. A biblioteca é um espaço
de leitura e que pode ser utilizado para estimular os alunos na leitura.

3.4. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da observação


das aulas
Para dar maior susntentabilidade a nossa investigação, observamos 7 (sete) aulas dos
profesores da 9ª classe das 8 (oito) previstas, no entanto, por indisponibilidade de um dos
professores uma aula não foi assistida. A Observação teve como principal objectivo de
obter evidências sobre a influência da leitura de textos literários no processo de ensino-
aprendizagem dos alunos da 9ª classe. Para o efeito foi utilizada a seguinte escala de
apreciação: 1.Excelente, 2.Bom, 3.Regular e 4.Mau. Referenciar que as escalas excelente e
bom, correspondem aos aspectos positivos e as escalas regular e mau foram utilizadas para
qualificar os aspectos negativos.

47
Tabela 11- Resultados da observação das aulas

Aspectos a observar Escala de apreciação

Total

1.Excelente 2.Bom 3.Regular 4.Mau

Explicita aos alunos os 0 7 0 0 7


objectivos a atingir

Actividades de resumo do 0 1 6 0 7
texto

Actividades de reconto do 0 2 5 0 7
texto

Actividades de exercícios de 0 6 1 0 7
escrita

Actividades de dramatização 3 3 1 0 7
do texto

Detecta dificuldades de 3 4 0 0 7
compreensão de textos
literários nos alunos

Diversifica a metodologia que 3 2 2 0 7


permite a compreensão de
textos literários

Marca, orienta e responsabiliza 4 3 0 0 7


os alunos, na realização das
tarefas para casa sobre os
textos literários

1- Explicita aos alunos os objectivos a atingir: sobre este aspecto verificou-se sete
aulas avaliadas na escala de bom.

Os resultados revelam que os professores explicitam os objectivos de forma lógica


obedecendo a regra do processo de ensino-aprendizagem visando estimular positivamente a
atenção dos alunos e desenvolver a participação activa dos alunos.

48
2- Actividades de resumo do texto: nesta etapa observou-se uma aula sendo avaliada
na escala de bom, seis aulas na escala de regular.

Os dados revelam que os professores demonstraram que ao longo das aulas observadas
desenvolviam regularmente as actividades de resumo de texto que é uma opção favorável
para o desenvolvimento das habilidades de leitura e da escrita. Pois no âmbito da leitura de
textos literários, é importante que os professores estimulem e motivem os alunos a
despertar o gosto pelos textos literários ajudando a desenvolver as competências leitoras.

3- Actividades de reconto do texto: verificou-se no cumprimento deste aspecto duas


aulas avaliadas na escala de bom, e cinco avaliadas na escala de regular.

Apesar de ter duas aulas avaliadas na escala de bom, os resultados observados indicam que
os professores são regulares nas actividades de reconto do texto, na utilização de textos
literários. Os professores devem insentivar os alunos nas actividades de reconto do texto
para o desenvolvimento da compreensão e interpretação oral.

Actividades de exercícios de escrita: constatou-se seis aulas na escala de bom, e uma aula
na escala de regular.

Os resultados da observação permitem aferir que os professores utilizam actividades de


exercícios de escrita, para influenciar positivamente a aprendizagem da escrita dos alunos.
Os alunos aprendem a escrever com base nos modelos que lhes são apresentados pelos
professores, no entanto é importante que os professores do ensino secundário possuam
competências técnicas relativas a escrita, isto é, escrita clara e legível, fundamentalmente
dos textos literários.

Actividades de dramatização do texto: verificou-se três aulas classificadas na escala de


excelente, e três aulas na escala de bom e uma aula na escala de regular.

Os dados revelam que os professores utilizam actividades de dramatização do texto,


permite familiarizar bem como aproximando os alunos com o texto literário, desenvolve
criatividade capacidades e compreensão, como também estimula nos mesmos o gosto pela
leitura.

4- Detecta dificuldades de compreensão de textos literários nos alunos: observou-


se três aulas na escala de excelente, e quatro aulas na escala de bom.

Constatou-se que os professores estiveram esta capacidadede detectar as dificuldades de


compreensão de textos literários nos alunos ao longo da aula. Mais do que transmitir os

49
conteúdos de ensino, importa verificar o progresso dos alunos e a assimilação significativa
dos conhecimentos, sendo que cada aluno apresenta características que definem seu estilo
de aprendizagem.

5- Diversifica a metodologia que permite a compreensão de textos literários:


observou-se três aulas avaliadas na escala de excelente, duas na escala de bom e
duas na escala de regular.

No que tange a diversificação da metodologia que permite a compreensão de textos


literários, os dados apresentam um aspecto positivo das aulas observadas, os que significa
que os professores diversificam métodos que permitam a compreensão de textos literários
na sala de aulas. Deve se ter aguns cuidados na selecção de métodos de ensino sobretudo
ter em conta o conteúdo de ensino, tempo disponível, a idade dos alunos para que os
métodos sejam eficazes no alcance aos objectivos.

6- Marca, orienta e responsabiliza os alunos, na realização das tarefas para casa


sobre os textos literários: verificou-se 4 aulas na escala de excelente e 3 na escala
de bom.

A observação permitiu verificar que os professores demonstram responsabilidades na


marcação e orientação da tarefa, o que pressupõe competência neste aspecto. Pois é uma
parte fundamental do processo de ensino-aprendizageme do plano de aula. A tarefa é um
momento crucial do processo de ensino-aprendizagem, em que os alunos trabalham
conteúdos orientados pelos professores para desenvolver habilidades na leitura e na escrita
de textos literários.

50
CONCLUSÕES
Apresentados os resultados da presente investigação, conclui-se que:

 Os fundamentos teóricos que sustentam a leitura de textos literários são baseados na


vontade e imaginação do artista, possuem um carácter estético e têm influência no
processo de ensino-aprendizagem dos alunos porque estimula o desenvolvimento
cognitivo dos alunos, ajuda no crescimento da formação do próprio aluno em que
exigem do leitor a máxima concentração e a capacidade de se socializar com a
informação obtida através da leitura.

 As actividades que os professores promovem para leitura de textos literários no


processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe são: implementação da
técnica de resumo de texto, de reconto do texto, promovem exercícios de escrita, a
fala, a escuta, a leitura, e análise do texto, que permite não só a compreensão do
texto, como também o desenvolvimento da capacidade, habilidades de interpretação
de textos literários pelos alunos.

 A leitura dos textos literários influenciam no processo de ensino-aprendizagem dos


alunos da 9ª Classe, porque permitem o desenvolvimento da compreensão oral, da
expressão oral e escrita, das competências em leitura, têm como propósito ensinar
os alunos sobre como se processa a leitura e as estratégias para alcançar a
compreensão profunda do texto, o que poderá contribuir de forma favorável para o
desenvolvimento cognitivo dos alunos, quer na sua capacidade de leitura,
interpretação, imaginação e aquisição de novos conhecimentos.

51
SUGESTÕES

Em função dos resultados alcançados, sugere-se:

 Que os professores apostem mais na utilização da leitura de textos literários, de


forma a contribuir no desenvolvimento da , compreensão, interpretação, resumo e
reconto dos textos literários para uma aprendizagem significativa por parte dos
alunos.

 Que os professores apostem na diversificação das metodologias para ajudar os


alunos na compreensão dos textos literários no processo de ensino-aprendizagem.

 Que a direcção da escola providencie dentro de suas possibilidades matérias de


textos literários na biblioteca para aproximar e incentivar os alunos a criarem gostos
de lerem diversos textos literários.

52
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55
APÊNDICES

56
Apêndice 1: Boletim de inquérito por questionário aplicado aos alunos

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA

Boletim de inquérito por questionário aplicado aosalunos

O presente formulário de inquérito, tem como objectivo obter informações a cerca da


influência da leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos da 9ª Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás
Ferreira BG 1056 – Benguela.

Solicitamos a sua colaboração sendo este processo anónimo e confidencial.


Agradeço sua colaboração que semdúvida contribuirá para a realização desta
pesquisa.
Por favor, assinale com X as opções que consideras adequados.

Género:
Masculino
Feminino
Idade_________
1.Gostas de ler textos literários?
Sim
Não

2. Já leu algum texto literário sugerido pelo teu professor?


Sim
Não

3. Você sente-se motivado ao ler textos literários?


Sim
Não

4. Que textos literários você já leu?


Aventura
Conto
Teatro
Poesia
Outros

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5. Que textos literários o professor te motivapara ler?
Aventura
Conto
Teatro
Poesia
Outros
6. Quem tem te incentivado para leitura dos textos literários?
Família
Professor
Amigos
Outros

7. Onde adquireos textos literários que você tem lido?


Biblioteca municipal
Biblioteca escolar
Livraria
Outras escolas
Internet
Em casa
Outros

8. Que influência tem a leitura de textos literários no processo de ensino-


aprendizagem?

Desenvolver a compreensão oral


Desenvolver a expressão oral Adquirir vocabulário
Desenvolver a auto-estima Desenvolver competências em leitura
Desenvolver competências em expressão escrita
9. Durante a fase da leitura de um texto literário que actividades o teu professor tem
desenvolvido?
Resumo do texto
Reconto do texto
Exercícios de escrita
Dramatização do texto

Obrigado pela contribuição!

58
Apêndice 2: Roteiro de entrevista dirigido aos professores

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA

Roteiro de entrevista dirigido aos professores

A presente entrevista, tem como objectivo obter informações a cerca da influência da


leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª
Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG
1056 – Benguela.

Dados preliminares

Sexo: Idade (anos): Habilitações académicas:

20-24 25-29 Ensino Médio Bacharel Licenciado


Masculino Mestre
30-34 35-39 Doutor
Feminino 40-44 45-49

Mais de 50 anos

1.Os teus alunos gostam de ler textos literários?

2.Que textos literários os teus alunos gostam de ler?

3.Quais dos textos literários que tem incentivado os teus alunos a ler?

4.Onde adquire os textos literários que tem utilizado nas tuas aulas?

5.Que influência tem a leitura de textos literários?

6.Que actividades tem promovido para a leitura de textos literários?

Obrigado pela contribuição!

59
Apêndice 3: Roteiro de entrevista dirigido a um membro da direcção

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA

Roteiro de entrevista aplicado a um membro da direcção

A presente entrevista, tem como objectivo obter informações a cerca da influência da


leitura de textos literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª
Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG
1056 – Benguela.

Dados preliminares
Sexo: Idade (anos): Habilitações académicas:

Ensino Médio Bacharel


20-24 25-29
Masculino Licenciado
30-34 35-39
Mestre
Feminino 40-44 45-49 Doutor

Mais de 50 anos

1.Acha que a utilização de textos literários ajuda a despertar o gosto pela leitura por parte
dos alunos?

2.Em sua opinião, porque que se deve utilizar os textos literários no processo de ensino-
aprendizagem?

3.Será que a leitura de textos literários, desenvolve as habilidades da expressão e escrita nos
alunos?

4.Que actividades os professores promovem para leitura de textos literários?

5. Consideras que a leitura de textos literários influencia nos alunos? Porquê?

6.A escola possui uma biblioteca capaz que permita os alunos consultar obras literárias?

Obrigado pela contribuição!

60
Apêndice 4: Grelha de observação das aulas

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA

Grelha de observação de aulas

Objectivo: Colher informações sobre a influência da leitura de textos literários nos alunos da 9ª
Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 –
Benguela.
Ano Lectivo________ Data_____/_____/_______
Professor (a)____________________________________________________________
Turma: ___ Tempo Lectivo_____Início: _______Fim: _____Término da aula: _______
Unidade Temática: _______________________________________________________
Assunto: ______________________________________________________________

Nº Aspectos a observar Escala de apreciação

Excelente Bom Regular Mau


1 Explicita aos alunos os objectivos a
atingir

2 Actividades de resumo do texto

3 Actividades de reconto do texto


4 Actividades de exercícios de escrita
5 Actividades de dramatização do
texto
6 Detecta dificuldades de
compreensão de textos literários nos
alunos
7 Diversifica a metodologia que
permite a compreensão de textos
literários

8 Marca, orienta e responsabiliza os


alunos, na realização das tarefas
para casa sobre os textos literários

O observador:________________________________________________________

61

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