TCC 2018
TCC 2018
Benguela, 2018
INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO MARAVILHA
Benguela, 2018
PENSAMENTO
“A literatura assume muitos saberes”.
ii
DEDICATÓRIA
Aos meus familiares, em especial meus pais, e meus irmãos, por estarem sempre do meu
lado apoiando diante de muitas ocupações e por saberem compreenderem-me em todos os
aspectos.
A todos e a todas que contribuem e contribuíram para o alcance desta meta de grande valor
em minha vida.
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me amparar nos momentos difíceis, dar-me força interior para superar as
dificuldades, mostrar os caminhos nas horas incertas e suprir-me em todas as minhas
necessidades.
Àminha orientadora e amiga, Prof. Dra.Salomé Clara Chinofila Cabral, por acreditar em
mim, mostrar-me o caminho da ciência, fazer parte da minha vida nos momentos bons e
ruins, por ser exemplo de profissional e por estar entre as mulheres que sempre farão parte
da minha vida.
Aos amigos que fizeram parte desses momentos, sempre me ajudando e incentivando.
iv
SÍNTESE
O presente trabalho tem como objectivo analisar a influência da leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do Ensino
Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela. Que teve como
ponto de partida o seguinte problema de investigação: que influência tem a leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola referida?
Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa e
quantitativa, que utilizou instrumentos de recolha de dados como o inquérito por
questionário a 24 alunos e entrevista a um membro de direcção e a dois professores de
Língua Portuguesa, bem como a grelha de observação a (sete) aulas da 9ª classe. Os
resultados da investigação revelam que a leitura de textos literários tem influência no
processo de ensino-aprendizagem porque contribui para o desenvolvimento cognitivo dos
alunos e favorece as habilidades de leitura, escrita, compreensão e expressão oral.
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ÍNDICE
PENSAMENTO ..................................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS .......................................................................................................... iv
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9
vi
3.4. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da observação das aulas ......... 47
CONCLUSÕES................................................................................................................... 51
SUGESTÕES ...................................................................................................................... 52
APÊNDICES ....................................................................................................................... 56
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 7- Quem tem te incentivado para leitura dos textos literários? ............................... 40
Tabela 8- Onde adquire os textos literários que você tem lido? .......................................... 41
Tabela 10- Durante a fase da leitura de um texto literário que actividades teu professor tem
desenvolvido? ....................................................................................................................... 43
viii
INTRODUÇÃO
O texto literário tem o poder de exercitar a fantasia e a imaginação, desenvolver a
sensibilidade e aumentar a visão do mundo, despertar emoções e fazer reflectir a nossa
própria existência. O texto literário, é arte de criatividade que representa o mundo, o
homem, a vida, através da palavra é tudo aquilo que envolve por sua natureza uma série de
significados não só transmitindo informações, mas criando sentidos que nos leva a
interpretar, pois é através dela que vivenciamos aquilo que lemos e criamos dentro de nós a
imagem proposta pelo texto.
A escola também tem a função de ampliar o domínio dos níveis de leitura de textos
literários e esta deve ocupar um lugar especial. Os professores enquanto, mediadores no
processo de ensino aprendizagem fundamentalmente os da disciplina de Língua Portuguesa
a incentivarem os alunos na utilização de textos literários em sala de aulas criando neles
ointeresse pela leitura, permitindo desenvolver habilidades de compreensão na
argumentação oral e escrita, e no enriquecimento do vocabulário.
O texto literário tem seu grande valor descoberto quando se entra em contacto com a obra
artística. Na sala de aula, além de se explorar as possíveis características estilísticas de
determinado autor ou de determinado texto, é muito mais proveitoso para o aluno realizar a
leitura literal, orientada e completa, desse mesmo texto (Maura, 2016).
Martins (1994), citado por Brito (2010, p. 3), define de uma forma bem simples e objectiva
o que é ler, “mostrando que este acto não é simplesmente um aprendizado qualquer, e sim
uma conquista de autonomia, que permite a ampliação dos nossos horizontes”. O leitor
passa a entender melhor o seu universo, rompendo assim as barreiras, deixando a
passividade de lado, encarando melhor a face da realidade. Ler faz parte de um contexto
pessoal, ajuda o leitor a desvendar os segredos do mundo, aumentando desta feita a
curiosidade e alimenta a imaginação.
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Gaignoux (2014), considera que a prática da literatura, seja pela leitura, seja pela escritura,
consiste exactamente em uma exploração das potencialidades da linguagem, da palavra e da
escrita. Por meio da leitura de textos literários resgatamos lembranças mais especiais, que
fazem parte da nossa cultura de igual modo tem como finalidade a formação de cidadãos
críticos e conscientes.
Geral:
Específicos:
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Identificar as actividades que os professores promovem para a leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª Classe da escola do
Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 – Benguela.
Perguntas de investigação
O trabalho apresenta valor teórico e prático. Assim, o valor teórico desta investigação
consiste em aprofundar os conhecimentos sobre a influência da leitura de textos literários,
apresentando uma visão sobre a compreensão dos textos literários na aprendizagem dos
alunos e na organização do processo de ensino-aprendizagem. Relativamente ao valor
prático, o trabalho oferecerá um conjunto de sugestões e orientações que uma vez
colocadas em prática, poderão contribuir para melhoria da utilização dos textos literários
que favorecerão o processo de ensino-aprendizagem na escola em estudo e o
desenvolvimento das habilidades da leitura nos alunos.
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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Leitura: segundo Martins (1994), citado por Basso e Silva (2013, p. 17):
Textos literários: Barthes (1997), citado por Ferreira, (2007, p. 13), define “a literatura
como um monumento cultural capaz de abranger todas as áreas do saber humano”.
Entendemos que o texto literário é compreendido como um meio de estabelecer uma forma
de contrato de concordância entre leitor e autor. Dessa forma, a linguagem literária é
extremamente importante para uma formação linguística, além de demonstrar que forma de
escrita dos autores é o ponto alto de suas produções, e que a temática dos textos, na verdade
serve a essa linguagem artisticamente trabalhada.
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escolares na vida prática”. Em nossa opinião é o processo em que interagem professor e
alunos, com o objectivo de desenvolver habilidades e competências nos alunos.
Para Gaignoux (2014) o papel do professor é fundamental, na medida em que é ele que,
concretamente, dá visibilidade ao acto de ler. É o professor que apresenta o livro, que expõe
e lê o texto, analisa-o, comenta-o, informa sobre os autores, sobre novas publicações;
enfim, aquele que transita pelo mundo das páginas, evidenciando sua experiência de leitor.
O professor é, dessa forma, o mediador entre o aluno e o livro. A afinidade entre o
professor e a leitura favorece a mediação.
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As dinâmicas de leituras, nos permitem desenvolver habilidades e superar as fraquezas de
compreensão e interpretação de textos literários .
Segundo Alves (2010), para que a leitura de textos literários seja uma actividade aliciante, o
professor deve utilizar várias actividades, através das quais os alunos adquirem
progressivamente a sua autonomia, organizam e desenvolvem o seu pensamento”.
Passaremos a citar algumas actividades: resumo; reconto; descrição; retrato; concluir
histórias; composição colectiva; construir histórias a partir de imagens ou de palavras
dadas; jornal escolar; poesia; textos livres.
Os textos literários, segundo Becker (s/d) são baseados na vontade e imaginação do artista
e, portanto, são subjectivos. Sua função é entreter, e está ligado à arte.Por ser um texto
artístico, não tem compromisso com a objectividade e com a transparência das ideias.
Possui carácter estético, e não somente linguístico, onde a interpretação e significação
variam de acordo com a subjectividade do leitor. É comum o uso de figuras de linguagem e
de construção, assim como a subversão à gramática normativa. Exemplos: novelas, contos,
biografias, discursos, dramas, poemas, teatros e poesias.
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Segundo Becker (s/d), os textos não-literários são textos informativos. Sua composição
utiliza factos para comprovar um ponto, e sua escrita é feita de forma objectiva. A
informação nos textos não-literários deve ser passada de modo a facilitar a compreensão da
mensagem, por isso o texto deve ser escrito de forma concisa e clara, de modo que o leitor
não tenha dificuldades para compreender as informações. Exemplos: livros didácticos,
documentos, artigos em revistas académicas, receita e manuais de instruções.
“O educador deve saber o quanto sua prática e acção em sala de aulas é fundamental e que
sua mediação motivará ou não o aluno à prática da leitura” (Rauen, s/d, p. 3). Neste caso é
preciso motivar os alunos para a leitura de textos literários, sendo que o próprio professor
seria um exemplo de motivação. Na sala de aulas o professor deve enfatizar a real
influência da leitura dos textos literários e demonstrar que ele é apaixonado pela leitura
com o intuito de motivar os alunos a seguirem o exemplo.
No processo de leitura, é fundamental que o texto literário desperte interesse no leitor e que
o ligue por uma questão pessoal, pois, segundo Marina & Válgoma (2007), citado por Rato
(2012, p. 9) “o desejo de fazer qualquer coisa depende do atrativo que essa acção revela”.
Além disso, a leitura deve despertar “afecto, atitude e motivação” pessoal, como atestam os
autores (Gutherie & McCann, 1997; Solé, 2000; Bártolo 2004; Curran & Smith, 2005; 186;
Sipe & McGuire, 2006 Citado por, Rato, 2012, p. 9).
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De acordo Antunes (2009) citado por Gaignoux (2014, p. 211), a leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem deve ocorrer:
Santos, Fonseca e Alves (2014) entendem que o professor precisa garantir em seu
planeamento que o texto literário entre como objecto de análise e interpretação, mas
também como prática social, resgatando a dimensão fruitiva da literatura. O aluno deve
desenvolver-se como leitor autónomo, com preferências, gostos e história de leitor. O texto
literário pode e deve ser trabalhado permanentemente, uma vez que é elemento fundamental
na construção da competência leitora e na formação do hábito leitor do estudante.
Nas salas de aulas, a aproximação leitor-texto literário nem sempre ocorre. Por motivos
vários, seja pelo pouco contacto com livros literários por parte dos alunos, sejam condições
físicas precárias por parte das escolas, seja a formação inadequada do professor, dentre
tantos outros (Maura, 2016).
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literatura, revela-se como uma prática fundamental para constituição de um
sujeito da escrita. Em outras palavras, é no exercício da leitura e da escrita
dos textos literários que se desvela a arbitrariedade das regras impostas pelos
discursos padronizados da sociedade letrada e se constrói um modo próprio
de se fazer dono da linguagem que, sendo minha, também é de todos.
Maura (2016), refere que não importando os motivos, a leitura literária sempre irá exigir
mais do leitor, seja prestando atenção ao ritmo de um poema, seja observando os traços
psíquicos de determinado personagem, seja admirando o ponto de vista de quem narra ou
ainda percebendo o discurso semi-oculto contido nas entrelinhas. É muito importante para o
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aluno a convivência com os mais variados tipos de texto, pois cada um revelará ao leitor
uma faceta diferente da relação texto-mundo (Maura, 2016).
Será necessário também que o professor articule diferentes situações de leitura: oral,
coletiva, individual e silenciosa, compartilhada; e que encontre os textos mais adequados
para alcançar os objectivos delineados para cada momento. O fundamental é conseguir que
a actividade de leitura seja significativa para os alunos, corresponda a uma finalidade que
eles possam compreender e compartilhem (Rauen, s/d).
É muito fundamental que os professores tenham o domínio da leitura dos textos literários,
de forma a desenvolver a aprendizagem significativa nos alunos. Os professores de todas as
áreas, ao invés de afirmarem que os alunos não têm o hábito da leitura, devem dedicar-se a
proporcionar muitas oportunidades para que todos descubram que ler é uma actividade
muito interessante, que a leitura proporciona prazer, diversão, conhecimento, enfim, uma
vida melhor. Essas oportunidades terão de ser tantas quantas forem necessárias para que o
aluno passe a gostar de ler e, por isso, sinta a necessidade da leitura e que esta torne-se
prática (Rauen, s/d).
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A utilização dos contos no processo de ensino-aprendizagem, incentiva no
desenvolvimento do gosto pela leitura e ajuda a obter conhecimento literário sobretudo na
maturação da escrita por parte dos alunos. Na mesma linha de pensamento Magalhães
Júnior (1972) citado por Gaignoux (2014, p. 216), considera que:
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Ler novamente o texto-fonte e o resumo e verificar se há concordância entre os
textos, no que respeita à estrutura, sequencial temporal e referencial.
É essencial que os alunos passem mais tempo lendo diversificadamente os tipos de textos
literários, para obter domínio e competência de saber interpretar os contos, romances e
outros textos.
Na visão de Gaignoux (2014), o trabalho com esse género na sala de aula pode contribuir
para despertar no aluno tanto o desejo pela leitura quanto pela análise textual, levando-o a
perceber as marcas linguísticas que contribuem para a textualidade e para interpretação do
texto. O género em questão pode ser, portanto, um poderoso aliado tanto no
desenvolvimento da competência textual do aluno. Actividades que levem o aluno a
perceber as características do género bem como diferenciar os tipos de conto, podem,
efectivamente, desenvolver não só a capacidade de reconhecimento do género estudado,
bem como propiciar, pelo olhar crítico, a formação das preferências de leitura. O formato
actual do conto como narrativa curta constitui uma das vantagens para o trabalho desse
género em sala de aula.
o professor não pode esquecer que, um romance conta, antes de tudo, uma
história; portanto, deve ser lido como um romance: saciando primeiro nossa
ânsia por narrativas. Recuperar na escola e trazer para dentro dela o prazer
da literatura é o ponto essencial para o sucesso de qualquer esforço de
incentivo à leitura.
O professor deve entender a leitura como prática intrínseca à sala de aula. O conto, género
do domínio literário, pode ser um recurso para o estímulo ao gosto pela leitura e,
consequentemente, ao enriquecimento vocabular e ao amadurecimento da leitura e, às
vezes, da escrita e, quem sabe, chegar ao prazer de ler (Gaignoux, 2014).
O professor deve transmitir aos alunos que a leitura de textos literários como o romance
por exemplo, é desenvolvido como uma história. Nesta óptica o professor deve entender
primeiro a leitura como uma motivação interna dentro da sala de aulas, para ter o domínio
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do conto entre outros géneros literários para lhe servir como uma forma de incentivo aos
alunos e desenvolver neles o gosto pela leitura e sentirem-se prazeroso com o acto de ler.
Segundo Rauen, (s/d) afirma que uma multiplicidade de textos pode ser utilizada no
trabalho com a leitura, como: história em quadrinhos, piada, convite, classificado, conto,
relatório, acta, notícia, peça de teatro, manual de instruções, previsões de horóscopos,
boletins meteorológicos, poesia, slogan, oração, provérbio, informativo, jornalístico, carta,
bilhete, e-mail, crônica, panfleto, requerimento, manchete, lista telefônica, dicionário,
enciclopédia, receitas, instruções, regras de funcionamento, resumo, esquema, resenha,
literatura, propagandas, anedotas, charadas dentre outros.
Um primeiro motivo pelo qual é importante distinguir entre os textos que lemos é porque
eles são diferentes, têm estruturas e objectivos diferenciados. Não é da mesma forma que
vamos ler este artigo e um romance, nem a leitura de um relatório de pesquisa é a mesma
que a leitura de uma piada. Vale explicar no trabalho com os alunos que diferentes textos
despertam em quem lê, diferentes expectativas.
O ensino da competência leitora que articula-se com a teoria do teatro como espaço
libertador, e pode oferecer uma outra perspectiva de ensino baseada em uma interpretação
dos textos literários, alterando-se a expressão da linguagem escrita (contidas nos livros de
literatura) para linguagens corporais, pelo uso de exercícios e jogos de expressão, ou seja,
estimular o aluno a ler livros da biblioteca escolar com o uso das linguagens gestuais,
faciais, sonoras e corporais, de uma maneira cativante e criativa, onde o teatro de improviso
possibilita o fomento ao interesse pela leitura de diversos tipos de obras literárias ou não
(Santos, Fonseca e Alves, 2014).
Os alunos devem ser estimulados a lerem livros da biblioteca escolar, e adquirirem domínio
da percepção de linguagens gestuais, faciais, sonora e corporais. Para ter estes domínios é
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importante que aprecie o teatro, que é uma das artes que se utiliza várias obras literárias. No
entanto, “o uso do teatro de improviso com trechos de obras literárias na sala tem
despertado o interesse do aluno a ler o livro que está sendo trabalhado por meio da
encenação” (Santos, Fonseca e Alves, 2014, p. 7). Assim, o teatro dentro da sala de aulas
ajuda o aluno a se familiarizar com o texto literário, desenvolver a criatividade, desenvolve
as suas capacidades e compreensão, como também estimula no aluno o gosto pela leitura.
De acordo Gaignoux (2014, pp. 213-214), para estimular os alunos a leitura de textos
literários ou mesmo desenvolver o gosto pela leitura, é importante entender que:
não se nasce com gosto pela leitura, do mesmo modo que não se
nasce com o gosto por coisa nenhuma. O acto de ler não é, por
conseguinte, uma habilidade inata. Se isso é verdadeiro para a leitura
de textos não literários, também o é para a leitura de “fruição do
belo”, que ultrapassa os interesses imediatos das exigências sociais e
profissionais. O prazer que o texto literário pode proporcionar e
apreendido por um estado de sedução, de fascínio, de encantamento.
Um estado que precisa ser estimulado, exercitado e vivenciado.
Assim, o gosto pela leitura resulta do conjunto de influências externas positivas, que
reforçam o comportamento do aluno para o hábito da leitura. É importante saber que o
gosto pela leitura desenvolve-se na medida em que nos mantemos mais próximos dos textos
literários ou quando a leitura desperta o prazer e garante ao aluno o sentido da compreensão
do texto e o desenvolvimento da sua expressão oral.
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mente do aluno para poder perceber as cores, odores, sabores no processo de ensino-
aprendizagem.
De acordo a visão de Maura (2016), a leitura e textos literários, contribui directamente para
o desenvolvimento cognitivo dos alunos, não somente na área de línguas, mas igualmente
nas demais áreas. Nesse sentido, é extremamente perceptível a diferença entre um aluno
leitor e outro aluno não acostumado às práticas de leitura. As respostas aos estímulos
geralmente são mais rápidas e mais precisas nos leitores do que nos não leitores. Ao que
parece, os alunos leitores organizam melhor suas ideias diante das propostas do professor, a
ponto de serem mais rápidos e mais precisos e fazem isso com um grau de facilidade maior
que os demais.
A literatura, por seu carácter lúdico-mágico é o caminho natural, a chave que abre a porta
de entrada principal que dá acesso ao mundo da leitura e a tudo o que ela pode nos
proporcionar. Conforme Gaignoux (2014), ressalta que é fundamental que as actividades na
sala de aulas devem incluir a leitura de textos literários, visto tratar-se de uma forma
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específica de conhecimento. A experiência humana possui propriedades compositivas que
devem ser mostradas, discutidas e consideradas quando se trata de ler as diferentes
manifestações artísticas. É pertinente para o aluno a convivência com os mais variados
tipos de texto, pois cada um revela ao leitor uma faceta diferente da relação texto-mundo.
Importa salientar a influência da leitura de textos literários para uma compreensão que nos
merece, uma vez que não há leitura sem compreensão, o que Magalhães (2006) citado por
Rato (2012, p. 7), apresenta os seguintes tipos de compreensão leitora:
É relevante que se tenha em conta esses quatro tipos de compreensão leitora, pois elas
ajudam no desenvolvimento das capacidades interpretativas dos alunos, tornando-os
reflexivos, bem como na melhoria das habilidades de leitura e compreensão de textos, e da
sua qualidade de aprendizagem significativa.
No entanto, o pensamento de Gaignox (2014), enfatiza que o aluno, deve procurar ter o
prazer ou o privilégio de se familiarizar com diversos textos literários, pois sabe-se que
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cada texto desenvolve uma forma diferente do conto ou da história, e cabe ao aluno
interpretar o que texto lhe transmite.
Para ler e compreender o texto é importante ter conhecimentos prévios sobre o que se está
lendo. O leitor de textos literários atribuirá diferentes significados para a sua leitura de
acordo com o seu conhecimento do assunto lido. Segundo Leffa (1996), citado por,
Malaquias, Vieira e Barros (2015, p. 5) „„o conteúdo não se transfere no texto para o leitor,
mas antes se reproduz no leitor‟‟. Ao ler um texto literário, é necessário que haja a
capacidade de concentração por parte do leitor, para estar a par do conteúdo que está ler e
sentir-se ligado com o texto literário. Pois o acto de ler exige a compreensão e interpretação
do que se lê.
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1.6. Bibliotecas para incentivo a leitura de textos literários
De acordo com Hillesheim e Fachin (1999), citado por Costa (2013, p. 26), os objectivos
básicos da biblioteca escolar são:
Os professores têm, num amplo sentido, o desafio de buscar, dentro do processo educativo,
formas criativas para cativar e atrair os alunos para obras contidas na biblioteca escolar
através do gosto pela leitura (Santos, Fonseca e Alves, 2014).
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Na perspectiva de Jesus e Caliari (s/d), a compreensão do valor que deve ser dado à
biblioteca, ao contrário do que muitos pensam, não deve estar apenas na consciência dos
professores de Língua Portuguesa. Concebê-la como lugar onde o aluno experimenta,
através da leitura, outras sensações distintas daquelas vivenciadas em sala de aula, é dever
de todos os profissionais envolvidos na estrutura escolar.
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CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
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CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
Neste capítulo é dedicado a metodologia da investigação, onde apresentamos de forma
detalhada a modalidade de pesquisa adoptada para a o desenvolvimento da pesquisa, os
métodos e instrumentos utilizados para a sua operacionalização, como também a população
sobre a qual recai a pesquisa. Também neste capítulo apresentamos a caracterização da
escola e os procedimentos utilizados para definir a amostra em estudo.
Analítico - Sintético: para Marconi e Lakatos (2011, p. 290) “estuda os factos partindo da
decomposição do objecto de estudo, em cada uma das partes, de forma individual (análise)
e, em seguida, estas partes são integradas para poder estudá-las de maneira integral
(síntese)”. Permitiu efectuar a análise do pensamento de diversos teóricos para fundamentar
o tema em estudo e sintetizar a perspectiva do nosso trabalho.
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Indutivo-Dedutivo: segundo Andrade (2003, p. 91) “a indução é o caminho inverso da
dedução. Isto é, a cadeia do raciocínio estabelece conexão ascendente, do particular para o
geral”. O mesmo autor define dedução “como o caminho das consequências, pois uma
cadeia de raciocínio em conexão descendente, isto é do geral para o particular”. Este
método permitiu chegar a determinadas conclusões sobre a influência da leitura de textos
literários no processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
Pesquisa bibliográfica: para Cervo, Bervian e Da Silva (2013, p. 60) “este método procura
explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros
dissertações e teses”. Com a pesquisa bibliográfica buscou-se conhecer as contribuições
culturais ou cientificas concernente ao tema que está em estudo.
Inquérito por entrevista: segundo Selltiz et al. (1967) citado por Gil (2014, p. 109) “é
uma forma de interacção social, e é bastante adequada para obtenção de informações acerca
do que as pessoas sabem, creem, esperam, sentem ou desejam”. A entrevista foi
operacionalizada por um roteiro de entrevista e permitiu a colecta de dados aos professores
e a um dos membros da direcção da escola sobre a influência da leitura de textos literários
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9ª classe da escola em estudo.
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opinião de Gil (2014, p. 17) “consiste na utilização da teoria estatística da probabilidade e
constitui um importante auxilio para a pesquisa”. Facilitou a tabulação dos dados
quantitativos obtidos pelo inquérito por questionário através do programa excel, onde os
mesmos foram digitados nas planilhas do referido programa e transformados em tabelas
para facilitar a sua apresentação, análise e interpretação.
Boletim de inquérito por questionários aos alunos da 9ª classe, cujo objectivo foi de
captar ideias dos alunos sobre a influência da leitura de textos literários no processo
de ensino-aprendizagem.
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2.4. População e amostra
Na perspectiva de Fortin et al. (2009), citado por Mendes e Manuel (2016, p. 117)
“população, é um grupo de pessoas ou de elementos que têm características comuns, sobre
a qual se faz o estudo”. A população afecta à investigação, está constituída por 3 membros
de direcção da escola; 244 alunos da 9ª classe, sendo 136 do género feminino; 2 professores
que leccionam a disciplina de Língua Portuguesa na 9ª classe, entre os quais 1 do género
feminino.
Dos alunos inquiridos 12 são do sexo masculino, igual número para feminino. Quanto as
idades dos alunos participantes 4 têm 14 anos de idade, 17 têm 15 anos de idade e 2 têm 16
anos de idade.
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CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO
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CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO
Sim 22 91,6%
Não 2 8,3%
Total 24 100%
Dos alunos inqueridos, 22 equivalentes a 91,6% gostam de ler textos literários, enquanto 2
alunos que perfazem 8,3% não gostam de ler textos literários.
Os dados obtidos revelam que os alunos gostam de ler textos literários, o que pode
favorecer positivamente sobretudo na influência da leitura dos textos literários. Na visão de
Gaignoux (2014), refere que o exercício da leitura literária envolve a auto-aprendizagem e
desenvolve no leitor a capacidade de compor.
Sim 23 95,8%
Não 1 4,1%
Total 24 100%
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Dos 24 alunos inquiridos que totalizam 100% da amostra em estudo, 23 equivalentes a
95,8% já leram alguns textos literários, 1 aluno que perfaz 4,1% diz que nunca leu nenhum
texto literário sugerido pelo professor.
Os dados evidenciam que os alunos já leram alguns textos literários sugeridos pelos
professores, pois é muito fundamental que os alunos criem hábitos de leituras de textos
literários para desenvolverem as suas habilidades na escrita e na própria leitura, para
Cosson (2009), a prática da literatura, seja pela leitura, seja pela escritura, permite o
desenvolvimento das habilidades da linguagem, da palavra e da escrita. Ou seja, é nas
práticas da leitura e da escrita de textos literários que o aluno desenvolve a capacidade da
compreensão oral e da escrita.
Opções Frequência
Percentagem
Sim 23 95,8%
Não 1 4,1%
Total 24 100%
Os dados indicam que os alunos sentem-se motivados ao ler textos literários, que já é um
passo muito importante para o desenvolvimento das suas aprendizagens, segundo Rato
(2012), atesta que para a realização de uma determinada actividade depende muito nosso
interesse, pois quando lemos, devemos despertar o espírito de afeição, atitude e nos
serntirmos motivados sobretudo na leitura que fizemos para assim podermos compreender
de forma íntima o que lemos.
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Tabela 5- Que textos literárias você já leu?
Romance 1 4,1%
Conto 4 16,6%
Teatro 0 0%
Poesia 17 70,8%
Outros 2 8,3%
Total 24 100%
Sobre os textos literários lidos pelos alunos, 1 aluno que soma 4,1% diz que lê textos de
romance, 4 alunos que totalizam 16,6% dizem que lêem textos de contos, 17 alunos que
perfazem 70,8% dizem que lêem textos de poesias, 2 alunos que somam 8,3% dizem que
lêem outros tipos textos literários.
Os dados da tabela revelam que, os alunos lêem mais livros poéticos, assim, a poesia é um
instrumento relevante no processo de aprendizagem dos alunos, que os estimula, os provoca
e os encanta, bem como desperta nessas novas emoções, sentimentode alegria, tristeza entre
outros que os motivam a se envolverem, também a vivenciarem outras sensações e sonhos.
Pois a poesia, deve ou poderia ser o género escolhido para ajudar os alunos a desenvolver e
despertar o gosto pela leitura, visto que esse género, pela sua linguagem poética, atrai e
estimula o interesse a leitura aos alunos, na visão de Gaignoux (2014), a prática da leitura
de textos literários dentro da sala de aulas ajuda muito os alunos a desenvolverem o gosto
pela leitura, quanto pela análise textual fazendo-os entender as marcas linguísticas que
contribuem para a textualidade e para interpretação do texto.
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Tabela 6- Que textos literários o professor te motiva para ler?
Aventura 0 0%
Conto 4 16,6%
Teatro 0 0%
Poesia 15 62,5%
Outros 5 20,8%
Total 24 100%
Dos 24 alunos equivalente a 100%, 4 que perfazem 16,6% dizem que o professor lhes
motiva a ler textos de conto, 15 que perfaz 62,5% dizem que o professor lhes motiva a ler
textos de poesia e 5 alunos equivalentes a 20,8% dizem que o professor lhes motiva ler
outros textos literários.
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Tabela 7- Quem tem te incentivado para leitura dos textos literários?
Família 2 8,3%
Professor 22 91,6%
Amigos 0 0
Outros 0 0
Total 24 100%
Dos 24 alunos equivalente a 100%, 2 que perfazem 8,3% dizem que a família é que lhes
incentiva a ler textos literários, 22 que perfaz 91,6% dizem que o professor é que lhes
incentiva a ler textos literários.
Os resultados demonstram que são os professores que mais incentivam os alunos na leitura
de textos literários, o gosto pela leitura é despertado pelo próprio entusiasmo do professor
que incentiva o aluno ao aproximar-se dos livros. Para formar leitores, é preciso que o
mediador desse processo se interesse porlivros de tipos variados e que compartilhe suas
descobertas e aprendizagens. Para facilitar a formação de leitores, é necessário que o
professor se apresente como leitor, actualizado e participante. Segundo Frantz (2011), é
muito fundamental que o aluno conviva com vários tipos de textos literários, assim o
ajudará a desenvolver suas capacidades mentais em compreender e interpretar o que lê.
40
Tabela 8- Onde adquire os textos literários que você tem lido?
Livraria 0 0
Internet 1 4,1%
Em casa 2 8,3%
Outros 0 0%
Total 24 100%
Sobre aquisição dos textos literários lidos pelos alunos, 1 aluno que soma 4,1% diz que
adquiri na biblioteca municipal, 19 alunos que totalizam 79,1% dizem que adquirem na
biblioteca escolar, 1 aluno que perfaz 4,1% diz que adquiri em outras escolas, 1 aluno que
perfaz 4,1% diz que adquiri na internet, 2 alunos que somam 8,3% dizem que adquirem em
casa.
Os dados indicam que existe um número maior dos alunos que adquirem os textos literários
na biblioteca escolar. A biblioteca escolar deve ser utilizada no sentido de incentivar os
alunos na leitura, sendo que os professores devem estimular os alunos a frequentar ou
utilizar constantemente a biblioteca, para que desenvolvam o hábito da leitura e ampliem
seus conhecimentos. Assim, na perspectiva de Costa (2013), a biblioteca escolar é uma
instituição do sistema social que organiza materiais bibliográficos, audiovisuais e outros
meios e os coloca à disposição de uma comunidade educacional.
41
Tabela 9- Que influência tem a leitura de textos literários no processo de ensino-
aprendizagem?
Total 24 100%
Dos alunos inquiridos, 7 que perfazem 29,1% dizem que influenciam no desenvolvimento
da compreensão oral, 7 que perfazem 29,1% dizem que influenciam no desenvolvimento da
compreensão oral, 2 que perfazem 8,3% dizem que influenciam no desenvolvimento da
auto-estima, 2 que somam 8,3% dizem que influenciam no desenvolvimento da
competência em expressão escrita, 1 que perfaz 4,1% diz que influência na aquisição de
vocabulário e 6 que somam 25% dizem que influenciam no desenvolvimento da
competência em leitura.
Os dados permitem sustentar que a leitura de textos literários influenciam porque permite o
desenvolvimento da compreensão oral, da expressão oral e das competências em leitura, na
visão do Souza, Girotto e Silva (2012), a leitura de textos literários influenciam porque têm
como propósito ensinar os alunos sobre como se processa a leitura e as estratégias para
alcançar a compreensão profunda do texto, o que poderá contribuir de forma favorável para
o desenvolvimento cognitivo dos alunos, quer na sua capacidade de leitura, interpretação,
imaginação e aquisição de novos conhecimentos.
42
Tabela 10- Durante a fase da leitura de um texto literário que actividades teu professor tem
desenvolvido?
Total 24 100%
Dos 24 alunos equivalentes a 100% da amostra em estudo, 15 que perfazem 62,5% dizem
que durante a fase da leitura a actividade que o professor desenvolve é o resumo do texto, 4
que perfazem 16,6% dizem que durante a fase da leitura a actividade que o professor
desenvolve é o reconto do texto, 4 que somam 16,6% dizem que durante a fase da leitura a
actividade que o professor desenvolve é o exercício da escrita, 1 que perfaz 4,1% diz que
adurante a fase da leitura a actividade que o professor desenvolve é a dramatização do
texto.
Os dados da tabela indicam que durante a fase de leitura do texto literário, os professores
têm implementado a técnica de resumo de texto, que em nossa perspectiva permite não só a
compreensão do texto, como também o desenvolvimento da capacidade de interpretação
dos alunos, daí a sua influência no processo de ensino-aprendizagem. Na visão de
Gaignoux (2014), a leitura de textos literários facilita a aquisição de competências como a
fala, a escuta, a leitura, a escrita e análise. Esta última pode ser adquirida mediante
actividades de resumo de textos tal como nos apresenta os resultados da tabela em análise.
Assim, pode-se afirmar que o resumo de textos pode desenvolver a capacidade de análise.
Na mesma linha de pensamento Rauen (s/d), sustenta que é importante que o professor não
se limite a utilizar uma única estratégia ou actividade, tal como ilustra a tabela, mas sim,
articular diferentes estratégias e actividades para que leitura de textos literários tenha
resultados significativos na formação e desenvolvimento de competências.
43
3.2. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da entrevista aos
professores
Foram entrevistados 2 professores da 9ª classe, sendo professora A do sexo feminino e o B
do sexo masculino.
Sobre que textos literários os teus alunos gostam de ler, os entrevistados afirmaram da
seguinte maneira:
O resultado obtido permite aferir que os alunos têm preferência pela poesia. A poesia,
inspira harmonia, eleva as ideias e desperta o sentimento do belo, os professores devem
transmitir essa inspiração aos alunos e incentivarem a lerem mais outros tipos de textos
literários como o conto, romance, etc, para se familiarizarem com vários tipos de textos
literários, e ajudá-los no desenvolvimento das suas habilidades e competências leitoras.
Apesar de se constatar uma contradição com relação ao professor A, visto que na questão
anterior afirma que os alunos não gostam de ler e nesta relata que gostam de ler poesias,
sendo uma transcrição literal da opinião do entrevistado restanos apenas respeitar.
Questionados sobre quais os textos literários que tem incentivado os teus alunos a ler,
os professores responderam da seguinte maneira:
44
O professor A, incentiva os seus alunos a lerem poesias. Já o professor B, incentiva seus a
lerem contos. Os professores devem incentivar os alunos a lerem poesias e contos.
Também constituiu maneira ideal de manter os alunos em contacto com a literatura, pois
o professor deve ser a fonte de inspiração de seus alunos, ajudando-os a desenvolver as
suas competências leitoras.
Também questionou-se aos professores onde adquires os textos literários que tem
utilizado nas tuas aulas, as respostas foram as seguintes:
Quanto a esta questão, o professor A, diz que a leitura literária influência ou permite o
desenvolvimento da compreensão oral. Enquanto o professor B, diz que a leitura literária
influência ou permite o desenvolvimento das competências e habilidades em expressão e
escrita. A compreensão oral e a competência da escrita dos alunos permite
desenvolvimento de competência linguística no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos.
Sobre que actividade tem promovido para a leitura de textos literários, obtivemos as
seguintes respostas:
as actividades de leitura de textos literários, assim os ajudaria a terem mais domínios como
no exercício da escrita e de reconto do texto. Os professores devem promover actividades
45
diversificadas no processo de ensino-aprendizagem que incluem fundamentalmente para
estimular os alunos na utilização dos textos literários.
A entrevista permite aferir que a utilização de textos literários ajuda sim a despertar o gosto
pela leitura por parte dos alunos, ela oferece bons textos que prendem o leitor e ajuda a
desenvolver a sua criatividade como leitor e interpretar de forma ágil.
O resultado indica que deve-se utilizar a leitura de textos literários no processo de ensino-
aprendizagem, para desenvolver hábitos e habilidades leitoras e na interpretação e
compreensão dos textos nos alunos.
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promoção de leitura de textos literários depende da eficácia das estratégias e das actividades
utilizadas pelos professores.
Questionado se a escola possui uma biblioteca que permita os alunos consultar obras
literárias, o entrevistado respondeu que: possui.
47
Tabela 11- Resultados da observação das aulas
Total
Actividades de resumo do 0 1 6 0 7
texto
Actividades de reconto do 0 2 5 0 7
texto
Actividades de exercícios de 0 6 1 0 7
escrita
Actividades de dramatização 3 3 1 0 7
do texto
Detecta dificuldades de 3 4 0 0 7
compreensão de textos
literários nos alunos
1- Explicita aos alunos os objectivos a atingir: sobre este aspecto verificou-se sete
aulas avaliadas na escala de bom.
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2- Actividades de resumo do texto: nesta etapa observou-se uma aula sendo avaliada
na escala de bom, seis aulas na escala de regular.
Os dados revelam que os professores demonstraram que ao longo das aulas observadas
desenvolviam regularmente as actividades de resumo de texto que é uma opção favorável
para o desenvolvimento das habilidades de leitura e da escrita. Pois no âmbito da leitura de
textos literários, é importante que os professores estimulem e motivem os alunos a
despertar o gosto pelos textos literários ajudando a desenvolver as competências leitoras.
Apesar de ter duas aulas avaliadas na escala de bom, os resultados observados indicam que
os professores são regulares nas actividades de reconto do texto, na utilização de textos
literários. Os professores devem insentivar os alunos nas actividades de reconto do texto
para o desenvolvimento da compreensão e interpretação oral.
Actividades de exercícios de escrita: constatou-se seis aulas na escala de bom, e uma aula
na escala de regular.
49
conteúdos de ensino, importa verificar o progresso dos alunos e a assimilação significativa
dos conhecimentos, sendo que cada aluno apresenta características que definem seu estilo
de aprendizagem.
50
CONCLUSÕES
Apresentados os resultados da presente investigação, conclui-se que:
51
SUGESTÕES
52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Basso, A. B. C. & Silva, G. A. ( 2013). A leitura de textos literários feita pelo Professor
nos 1º e 2º anos do ensino Fundamental. Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium.
LINS – SP.
Cervo, A. L., Bervian, P. A. & Da Silva, R. (2013). Metodologia Científica. (6ª Ed.). São
Paulo: Pearson Prentice Hall.
53
Fernandes, C. (2004). Argumentar é fácil. Lisboa: Plátano editora
Gil, A. C. (2014). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6ª Ed.) S. Paulo: Editora Atlas.
Rampazzo, L. (2013) Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós
graduação. (7ª Ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Rangel, M. (2015). Dinâmicas de leitura para sala de aula. (26ª Ed.). Rio de Janeiro:
Vozes.
54
Rato, R. M. dos S. T.(2012). Competência Literária e Literácita na Escola do Séc. XXI.
Dos Textos de Potencial Recepção Leitora às Práticas Pedagógicas dos Professores.
55
APÊNDICES
56
Apêndice 1: Boletim de inquérito por questionário aplicado aos alunos
Género:
Masculino
Feminino
Idade_________
1.Gostas de ler textos literários?
Sim
Não
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5. Que textos literários o professor te motivapara ler?
Aventura
Conto
Teatro
Poesia
Outros
6. Quem tem te incentivado para leitura dos textos literários?
Família
Professor
Amigos
Outros
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Apêndice 2: Roteiro de entrevista dirigido aos professores
Dados preliminares
Mais de 50 anos
3.Quais dos textos literários que tem incentivado os teus alunos a ler?
4.Onde adquire os textos literários que tem utilizado nas tuas aulas?
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Apêndice 3: Roteiro de entrevista dirigido a um membro da direcção
Dados preliminares
Sexo: Idade (anos): Habilitações académicas:
Mais de 50 anos
1.Acha que a utilização de textos literários ajuda a despertar o gosto pela leitura por parte
dos alunos?
2.Em sua opinião, porque que se deve utilizar os textos literários no processo de ensino-
aprendizagem?
3.Será que a leitura de textos literários, desenvolve as habilidades da expressão e escrita nos
alunos?
6.A escola possui uma biblioteca capaz que permita os alunos consultar obras literárias?
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Apêndice 4: Grelha de observação das aulas
Objectivo: Colher informações sobre a influência da leitura de textos literários nos alunos da 9ª
Classe da escola do Ensino Secundário do I Ciclo Comandante Tomás Ferreira BG 1056 –
Benguela.
Ano Lectivo________ Data_____/_____/_______
Professor (a)____________________________________________________________
Turma: ___ Tempo Lectivo_____Início: _______Fim: _____Término da aula: _______
Unidade Temática: _______________________________________________________
Assunto: ______________________________________________________________
O observador:________________________________________________________
61